ANXIETY IN UNIVERSITY STUDENTS IN THE HEALTH FIELD: CHALLENGES, IMPACTS AND COPING STRATEGIES
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202503262107
Arthur Leal Guimarães1; Marina Wey Tavernari2; Mirella Teixeira Mendes Fernandes3; Rodrigo Cesar Carvalho Fretas4
RESUMO
O ingresso dos jovens nas universidades exige mudanças de comportamento. Estas mudanças implicam em alterações de hábitos sociais e emoções, por vezes difíceis de serem administradas. As mudanças de rotina e o comportamento dos jovens precisam ser administradas para dar aos mesmos qualidade de vida, como dotar uma rotina de sono saudável e exercícios regulares, dentre outros. No entanto, sabe-se que diversos fatores determinam a saúde mental de um universitário, podendo ser prejudicados em função da exposição a fatores de risco. Dos fatores mais recorrentes que podem prejudicar sua saúde mental está a pressão por maior autonomia e melhores resultados acadêmicos. O objetivo desta pesquisa é fazer uma revisão de literatura com o intuito de se investigar os fatores que desencadeiam a ansiedade entre estudantes universitários da área da saúde, bem como analisar estratégias e intervenções que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida e o alívio dos sintomas. Nossa justificativa é que os casos tem aumentado significativamente e merecem atenção, afim de evidenciar a necessidade de intervenções para proteger a sua saúde mental dos jovens universitários.
Palavras-chave: saúde mental; jovens universitários; ansiedade
Abstract
Young people’s admission to university requires behavioral changes. These changes imply changes in social habits and emotions, which are sometimes difficult to manage. Changes in routine and behavior of young people need to be managed to give them quality of life, such as providing a healthy sleep routine and regular exercise, among others. However, it is known that several factors determine the mental health of a university student, which can be harmed by exposure to risk factors. One of the most recurrent factors that can harm their mental health is the pressure for greater autonomy and better academic results. The objective of this research is to conduct a literature review with the aim of investigating the factors that trigger anxiety among university students in the health area, as well as to analyze strategies and interventions that can contribute to improving quality of life and alleviating symptoms. Our justification is that cases have increased significantly and deserve attention, in order to highlight the need for interventions to protect the mental health of young university students.
Keywords: mental health; young university students; anxiety
INTRODUÇÃO
A vida universitária inicia-se em um período crucial para o desenvolvimento e manutenção de hábitos sociais e emocionais (Craske; Stein, 2016). Os jovens precisam administrar os novos padrões e adotar uma rotina de sono saudável, exercícios regulares; desenvolvimento de enfrentamento de conflitos, resolução de problemas e habilidades interpessoais (Angelo; Zilbermann, 2010). Sabe-se que diversos fatores determinam a saúde mental de um universitário, podendo ser prejudicada em função da exposição a fatores de risco. Dentre os fatores que contribuem prejudicar sua saúde mental está a pressão por maior autonomia e melhores resultados acadêmicos (Demenech et al., 2021).
Um a cada 5 jovens sofrem de algum tipo de transtorno, o que demonstra a seriedade e gravidade da questão a ser enfrentada (Demenech et al., 2021). Dos transtornos mentais de maior evidência encontramos os transtornos ansiosos. Estudos científicos apontam que uma grande quantidade de universitários sofre de ansiedade patológica ao longo de sua vida acadêmica. Dados estatísticos apontam que cerca de 45% dos estudantes têm ansiedade generalizada, 60% têm dificuldade para dormir e 80% sofrem de falta de motivação e problemas de concentração (Demenech et al., 2021). Tal condição pode se tornar um grande desafio para jovens estudantes que acabam se prejudicando academicamente devido à falta de disposição e problemas para ter uma rotina de sono adequada, trazendo malefícios para o aprendizado (Craske; Stein, 2016). Nesse contexto, vale salientar a importância do diagnóstico precoce e de uma maior atenção aos discentes que possuem transtornos ansiosos, para que sejam analisados e tratados da melhor forma possível, em busca de uma maior qualidade de vida e um aprendizado eficiente.
A partir de estudos realizados por meio de uma literatura científica especializada em transtornos ansiosos entre jovens universitários, podemos sugerir um maior conhecimento sobre as causas e os efeitos da ansiedade na vida pessoal e acadêmica dos universitários. A compreensão da síndrome em questão é a forma mais efetiva de enfrentamento e prevenção, o que implica minimizar seus riscos e contribuir para o melhor tratamento, incluindo a melhoria da qualidade de vida, conforme preconizado pelo conceito de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A justificativa para estudar a ansiedade entre jovens universitários reside no aumento expressivo desses casos, evidenciando a necessidade de intervenções para proteger sua saúde mental. A investigação é crucial, pois jovens com problemas de saúde mental tendem a enfrentar dificuldades no desenvolvimento de habilidades emocionais e interpessoais, afetando negativamente seu futuro. Apesar do apoio familiar e acadêmico, a juventude enfrenta desafios como desemprego, conflitos familiares e pressão social, exigindo estratégias eficazes para lidar com o estresse e garantir um desenvolvimento saudável.
O objetivo desta pesquisa é fazer uma revisão de literatura com o intuito de se investigar os fatores que desencadeiam a ansiedade entre estudantes universitários da área da saúde, bem como analisar estratégias e intervenções que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida e o alívio dos sintomas dessa condição, considerando suas implicações físicas, mentais, acadêmicas e profissionais.
DESENVOLVIMENTO
O controle da ansiedade e uma maior percepção sobre o quadro do paciente são fundamentais para que ocorra um bom funcionamento do corpo humano, que necessita de um equilíbrio para que ocorra uma boa relação entre a vida em sociedade e os próprios pensamentos e sentimentos. Com base na bibliografia do compendio de clínica psiquiátrica de Orestes Vicente Forlenza (2012), é evidente que um quadro de ansiedade inicialmente se resulta de conflitos internos do indivíduo que podem atrapalhar o desempenho do mesmo em sua vida pessoal. Em casos mais graves podemos ver a ansiedade patológica que diz respeito a uma exteriorização desses conflitos internos através do corpo, gerando aparecimento de sintomas físicos, os quais podem dificultar de forma relevante a vida acadêmica. Vale dizer que o aumento dos sintomas pode também ser determinante para que o estudante apresente dificuldades em interagir socialmente (Craske; Stein, 2016).
A ansiedade tem seu processo originário na interpretação dos estímulos ambientais, que ocorrem no córtex sensorial, no tálamo e nos folículos superior e inferior. Quando as ameaças são detectadas, o cérebro faz a interpretação baseada, em parte, nas experiências que já aconteceram via circuitos da amígdala basolateral, que é responsável por gerar e detectar emoções relacionadas ao medo e coordenar respostas apropriadas ao perigo (Souza et al., 2022).
A caracterização dos eventos em ameaças ou não, ocorrem mediante o equilíbrio entre os circuitos de apoio e os de comportamentos defensivos, que são caracterizados especificamente pela ativação de neurônios da amígdala basolateral que se projetam para a subdivisão centromedial da amígdala (Souza et al., 2022).
Esse processo de resposta ao medo está diretamente relacionado às pressões enfrentadas pelos estudantes, como aponta Forlenza, (2012). Os estudantes costumam lidar com inúmeras pressões, tanto internas quanto externas, o medo e o estresse podem acarretar um quadro de ansiedade que pode ser identificado com uma sensação desagradável, uma inquietação interna, uma preocupação exagerada com o futuro que é acompanhada de sensações corporais como tontura, secura na boca, sensação de vazio no estômago, aperto no peito, batimentos cardíacos acelerados, suores, calafrios, tremores, formigamentos, caibras, urgência para urinar e cólicas abdominais.
Estudos indicam que um terço da população brasileira com transtornos de ansiedade está na faixa etária de 18 a 24 anos, sendo que muitos desses jovens estão em fase de formação acadêmica, o que pode afetar seu aprendizado devido aos altos níveis de ansiedade (Vitasari et al., 2010). No contexto universitário, essa prevalência é ainda mais alta, com cerca de 37,75% dos estudantes brasileiros apresentando transtornos de ansiedade, o que evidencia o impacto significativo dessa condição no ambiente acadêmico (Demenech et al., 2021).
Isso significa que a ansiedade pode ser um grande problema para estes jovens, que para além dos sintomas mencionados acima, podem desenvolver uma autocobrança movida pelo medo de ter um desempenho aquém do necessário. O ingresso na universidade acarreta responsabilidades e pouco convívio familiar (Silva; Panosso; Donadon, 2018).
O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), pode ser definido como um excesso de preocupação a respeito de diferentes eventos e atividades gerais que acontecem na vida do indivíduo. Este transtorno tende a atrapalhar a rotina e o funcionamento da vida acadêmica, social e interpessoal. De acordo com estudos, podemos notar que em média um a cada cinco estudantes sofrem de algum transtorno mental, sendo os transtornos de ansiedade o mais comum entre os jovens (Forlenza, 2012).
Para compreender o impacto dos transtornos de ansiedade no desempenho acadêmico dos estudantes, é fundamental considerar tanto os sintomas psicológicos quanto os somáticos. Conforme apontado por Forlenza (2012), no Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), além de sintomas psicológicos como irritabilidade e insônia, os estudantes podem apresentar manifestações clínicas como náuseas, diarreia, tensão muscular e sudorese, prejudicando significativamente sua vida acadêmica e social. Da mesma forma, o Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS), descrito por Nardi, Silva e Quevedo (2021), envolve sintomas somáticos semelhantes, como palpitações, cefaleia e sintomas gastrointestinais. Em casos graves, os pacientes podem se recusar a realizar atividades diárias, agravando ainda mais o impacto funcional. Assim, tanto no TAG quanto no TAS, a presença de sintomas somáticos e sua frequência destacam o efeito debilitante dessas condições sobre a capacidade dos estudantes de manter um desempenho acadêmico adequado.
O TAS é um dos mais comuns na infância e na adolescência e tende a surgir até os 18 anos. Após este período é comum que o jovem adulto sofra de fobia social. Tais problemas psicológicos podem se agravar nos casos em que o jovem precisa se mudar de casa para começar a graduação, mudança que muitas vezes são drásticas e acabam causando prejuízos na vida social e acadêmica do mesmo. Vale salientar que durante a faculdade o universitário acaba tendo muitas provas e trabalhos a fazer e isso pode gerar um afastamento familiar que pode influenciar em um aumento da ansiedade (Nardi; Silva; Quevedo, 2021).
Um dos fatores de desencadeamento da depressão é a ansiedade, fruto de um acúmulo de preocupações e frustrações podem acarretar um quadro depressivo, no qual é comum a falta de interesse pelas coisas, uma lentidão psicomotora, uma visão negativa sobre a vida, além de sintomas físicos. Ademais, as principais características deste transtorno são uma tristeza excessiva e anedonia, que é a perda da capacidade de sentir prazer (Nardi; Silva; Quevedo, 2021).
Outrossim, tal transtorno é prevalente entre estudantes jovens e pode comprometer significativamente o processo de aprendizado, devido à sobrecarga cognitiva. Um dos sintomas mais frequentemente observados é a lentificação psicomotora, caracterizada por uma marcante dificuldade do paciente em raciocinar e manter a concentração. É importante destacar que esses sintomas podem exacerbar a ansiedade, especialmente em função do acúmulo de tarefas associado à incapacidade de concentração. Adicionalmente, os distúrbios do sono, comumente associados à depressão, geram níveis elevados de ansiedade e agravam o quadro clínico, uma vez que o indivíduo apresenta fadiga intensa, caracterizada por cansaço recorrente, que geralmente resulta de conflitos internos não resolvidos. Essa fadiga contribui para uma sensação de impotência frente às adversidades (Silva; Panosso; Donadon, 2018).
De acordo com o médico Vinícius Guandalini Guapo, (2018), doutor em saúde mental pela USP de Ribeirão Preto, 40 a 50% dos quadros depressivos são genéticos e o restante se dá por meio do ambiente, sendo considerada uma doença multifatorial. A respeito dos estudantes universitários, vale salientar que passam por mudanças significativas em suas vidas ao começar uma graduação, que podem ser vistas como uma mudança do ambiente familiar, dificuldades com a vida acadêmica em si, pois normalmente apresenta uma alta carga de atividades e prazos relativamente curtos e muitas vezes uma falta de um acompanhamento psicológico adequado.
Ademais, conforme relatado por Angelo e Zilbermann (2010), o impacto do exercício físico sobre os transtornos de depressão e ansiedade é inegável. A prática de atividades físicas desempenha um papel crucial na atenuação dos sintomas de ansiedade, promovendo, entre outros benefícios, a melhoria dos hábitos de vida, o aumento da autoestima e o fortalecimento da autoconfiança. Nesse sentido, a ausência de exercício físico na rotina de estudantes universitários pode ter consequências negativas consideráveis sobre o desempenho acadêmico. Estudantes que enfrentam quadros mais graves de ansiedade e/ou depressão tendem a experimentar dificuldades significativas na realização de suas tarefas diárias, o que, por sua vez, os torna mais suscetíveis a prejuízos no âmbito acadêmico e limitações em sua vida social.
Fisiologicamente, podemos entender que a prática de atividades físicas promove a liberação de serotonina no central, por meio da elevação do triptofano-livre que é responsável pela síntese da mesma. A serotonina é um neurotransmissor que tem a capacidade de proporcionar sensação de felicidade, uma maior tolerância a frustrações e um sono regular. Portanto, caso um universitário realize exercícios físicos regularmente, é esperado que os níveis de ansiedade e depressão dele se encontrem baixos, em casos mais leves não é necessário o uso de medicamentos, pois os exercícios são capazes que reverter esse quadro, trazendo uma melhor qualidade de vida para o indivíduo.
As mudanças de hábito como a prática de atividade física e a eliminação do uso de estimulantes como nicotina e a cafeína são muito eficientes para o tratamento de transtornos de ansiedade e depressão. Porém, quando o quadro do indivíduo se encontra grave, com muitos sintomas físicos e cognitivos, comprometendo a vida do jovem, o uso de medicações é imprescindível (Craske; Stein, 2016).
Dessa maneira, existem duas abordagens terapêuticas principais no tratamento dos transtornos de ansiedade: uma que utiliza inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e outra que combina a inibição da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN). Essas classes de medicamentos são eficazes na redução dos sintomas de ansiedade, contudo, podem estar associadas a efeitos adversos indesejáveis, tais como náuseas, anorexia, insônia e disfunção sexual, incluindo perda de libido. Esses efeitos colaterais podem impactar negativamente a qualidade de vida dos pacientes, tornando essencial orientar os jovens sobre o mecanismo de ação dos medicamentos e os possíveis efeitos adversos (Demenech et al., 2021).
Além disso, no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG), os antidepressivos têm se mostrado altamente eficazes, seguros e geralmente bem tolerados pelos pacientes. No entanto, como qualquer intervenção medicamentosa, esses fármacos podem induzir efeitos colaterais, dentre os quais se destacam: desconforto gastrointestinal, disfunção erétil e insônia. Esses efeitos adversos devem ser monitorados e gerenciados adequadamente para otimizar o tratamento e minimizar o impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes.
METODOLOGIA
A metodologia adotada neste estudo foi uma revisão descritiva e narrativa, focada na ansiedade entre estudantes universitários na área da saúde. Iniciamos nossa investigação com uma busca minuciosa por informações em bancos de dados como: PubMed, Scielo e LILACS, que são referências na área da saúde. Esta busca foi essencial para garantir a qualidade e a relevância das fontes utilizadas, permitindonos acessar uma ampla gama de estudos e artigos científicos publicados.
Para a revisão bibliográfica, selecionando artigos publicados nos últimos cinco anos. Estabelecemos critérios de inclusão e exclusão claros, priorizando trabalhos que discutissem a ansiedade em estudantes universitários e que estivessem disponíveis em português ou inglês. Essa delimitação linguística foi importante para assegurar a compreensibilidade e a aplicabilidade dos resultados ao contexto em que o estudo está inserido. Artigos em outros idiomas foram excluídos, pois buscamos uma análise crítica e aprofundada que pudesse ser compartilhada com a comunidade acadêmica local.
Utilizamos descritores, disponíveis no “DeCS/MeSH”, pertinentes ao tema, como “ansiedade”, “estudantes universitários”, “saúde mental” e “qualidade de vida”, seguindo os requisitos dos bancos de dados consultados. Essa estratégia de busca foi crucial para filtrar e identificar os estudos mais relevantes para nossa análise. A partir daí, procedemos com a análise e síntese dos principais resultados e conclusões dos artigos selecionados, o que nos permitiu compreender melhor o estado atual do conhecimento sobre a ansiedade em estudantes universitários na área da saúde.
Por fim, a pesquisa bibliográfica desempenhou um papel fundamental em nosso estudo, fornecendo uma base sólida de evidências científicas. Através de uma análise crítica dos dados coletados, conseguimos não apenas mapear os desafios e impactos da ansiedade nesse grupo específico, mas também identificar estratégias de enfrentamento eficazes. Esta metodologia nos permitiu não só entender as nuances da ansiedade entre estudantes da área da saúde, mas também contribuir para o desenvolvimento de intervenções mais efetivas e direcionadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base na literatura revisada até o momento, os estudos (Tabela 1) indicam que a ansiedade é frequentemente causada por conflitos internos que podem se manifestar como sintomas físicos, especialmente em estudantes universitários. Esse grupo apresenta elevada prevalência de transtornos de ansiedade, impactando negativamente o desempenho acadêmico
Tabela 1: artigos analisados
Título do artigo | Metodologia | Resumo |
Response to college students’ mental health needs: a rapid review | Revisão de literatura | Propõe estratégias para incentivar a adoção de políticas voltadas ao fortalecimento da saúde mental de estudantes universitários da área da saúde, visando que essas políticas sejam implementadas pelas universidades. |
O impacto do exercício físico na depressão e ansiedade | Revisão de literatura e experimentos | Este artigo explora a relação entre o exercício físico e a melhora nos sintomas de depressão e ansiedade, destacando o papel de substâncias como as endorfinas e neurotransmissores na redução dos sintomas. Ele conclui que o exercício físico pode ser um tratamento complementar eficaz para melhorar o humor e o bem- estar. |
A influência do suporte social na qualidade de vida de pessoas com transtorno depressivo maior | Estudo de caso e revisão bibliográfica | O artigo discute como o suporte social pode influenciar positivamente a qualidade de vida de pacientes com transtorno depressivo maior, sugerindo que a presença de uma rede de apoio sólida auxilia na adesão ao tratamento e na melhora dos sintomas depressivos. |
Exercise as treatment for depression: A systematic review | Revisão sistemática | Esta revisão sistemática investiga como o exercício físico é utilizado como um tratamento não-farmacológico para a depressão. Os resultados indicam que o exercício regular pode reduzir significativamente os sintomas de depressão, especialmente em casos leves a moderados. |
Physical activity and depression | Estudo longitudinal | O estudo analisa como a atividade física regular pode prevenir o aparecimento da depressão e melhorar o tratamento de pacientes diagnosticados. Conclui que exercícios, principalmente de intensidade moderada, são eficazes para promover a saúde mental e prevenir recaídas. |
Ansiedade e depressão em profissionais da saúde durante a pandemia | Revisão de literatura | O artigo analisa o impacto da pandemia de COVID-19 na saúde mental dos profissionais da saúde, destacando o aumento de casos de ansiedade e depressão nesse grupo devido ao estresse e à sobrecarga de trabalho. |
Transtorno de ansiedade e depressão: Doenças extremas da mente | Revisão de literatura e análise crítica | Este texto apresenta uma visão geral sobre os transtornos de ansiedade e depressão, explorando os fatores que contribuem para seu desenvolvimento e as opções de tratamento disponíveis. O artigo enfatiza a necessidade de um tratamento multidisciplinar, incluindo terapia cognitivo- comportamental e medicamentos. |
Ansiedade em universitários: Fatores de risco associados e intervenções | Revisão crítica da literatura | O estudo foca nos fatores de risco que contribuem para a ansiedade em universitários e as intervenções mais eficazes, como programas de suporte emocional e aconselhamento psicológico. |
Associação entre depressão e função cognitiva em idosos | Estudo transversal | O artigo examina a relação entre a depressão e o declínio cognitivo em idosos, sugerindo que a depressão pode acelerar a perda cognitiva, afetando negativamente a qualidade de vida. |
Benefícios da atividade física e do exercício físico na depressão | Revisão de literatura | Este estudo destaca os benefícios do exercício físico para indivíduos com depressão, sugerindo que a prática regular pode melhorar o humor, autoestima e reduzir os sintomas de ansiedade. |
Anxiety in university students: A global perspective | Estudo multicêntrico | O artigo investiga os níveis de ansiedade em estudantes universitários de diferentes países, identificando fatores culturais e acadêmicos como principais contribuintes. Ele recomenda estratégias de intervenção para reduzir o impacto da ansiedade no desempenho acadêmico. |
Além de afetar o desempenho acadêmico, a ansiedade afeta também as relações interpessoais e o bem-estar geral do estudante. A transição para o ambiente acadêmico, as exigências acadêmicas e o afastamento do núcleo familiar podem desencadear sintomas físicos e psicológicos. Nesse cenário, a prática de exercícios físicos tem emergido como uma estratégia eficaz para combater esses sintomas. O exercício libera neurotransmissores, como serotonina, que promovem o bem-estar, sendo considerado uma abordagem não farmacológica viável em casos leves.
No entanto, para casos graves, os medicamentos são necessários, especialmente os inibidores seletivos de recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRS e IRSN). Embora eficazes, esses medicamentos podem causar efeitos colaterais indesejáveis, como perda de libido, insônia e mal-estar gástrico, impactando a qualidade de vida do paciente.
É crucial considerar abordagens multidimensionais no tratamento da ansiedade entre universitários, integrando práticas físicas e, quando necessário, intervenções farmacológicas. A promoção de políticas de saúde mental no ambiente acadêmico e o incentivo ao exercício físico são ferramentas fundamentais na redução da prevalência de transtornos de ansiedade.
Portanto, é fundamental que as universidades foquem sua atenção no bemestar dos seus estudantes. Gaiotto (2022), sugere que as universidades estabeleçam comissões institucionais com o intuito de implementar uma política de fortalecimento da saúde mental dos estudantes da área da saúde. Segundo ele, estas comissões devem ser capazes de reconhecer distintas necessidades de saúde, reconhecendo, assim, não só as moléstias físicas do corpo humano, mas também, o sofrimento psíquico. Dessa forma, seria possível haver uma mitigação dos danos psíquicos causados aos estudantes pela TAG, TAS e TD.
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1Discente do 8º período curso de Medicina da Fundação Oswaldo Aranha- FOA.
2Discente do 8º período do curso de Medicina da Fundação Oswaldo Aranha- FOA
3Discente do 8º período do curso de medicina da Fundação Oswaldo Aranha- FOA
4Docente da Fundação Oswaldo Aranha- FOA