REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10073690
Gabriela Brandalise B. Molleri1
Scheila Beatriz Sehnem2
RESUMO
A ansiedade é uma reação natural do organismo, desencadeada em resposta a situações percebidas como ameaçadoras, envolvendo mecanismos de alerta e preparo para a fuga. No entanto, quando a ansiedade se torna persistente e crônica, o estado de alerta constante pode resultar em alterações no organismo. Como resultado, muitas pessoas buscam formas de aliviar essas reações e, em alguns casos, recorrem à comida em busca de conforto. Neste estudo foi verificada a prevalência de fatores relacionados à ansiedade e traços de compulsão alimentar entre estudantes universitários da área de Psicologia. Para esse fim, foram aplicados dois questionários. O primeiro, o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) na sua adaptação e padronização brasileira, avaliou os níveis de ansiedade nos participantes. O segundo instrumento utilizado foi a Escala de Compulsão Alimentar Periódica de Gormally, Black, Daston e Rardin (1982), que permitiu identificar a presença de traços de compulsão em nossa amostra. Com base nos resultados encontrados, foram identificados níveis moderados de ansiedade e indícios de compulsão alimentar entre os acadêmicos do primeiro e último ano do curso de Psicologia. Portanto, destaca-se a importância de os acadêmicos reconhecerem seus próprios limites e preocupações, com o propósito de regularem os níveis de ansiedade e aprimorarem seus hábitos alimentares.
Palavra-chave: compulsão alimentar; ansiedade; universitários.
1. INTRODUÇÃO
A ansiedade é uma reação comum diante de situações que provocam medo, expectativas ou dúvidas. Em circunstâncias normais, a ansiedade auxilia a nos prepararmos para enfrentar momentos de perigo. No entanto, quando a ansiedade se torna constante e o estado de alerta persiste, pode se tornar patológica, interferindo nas atividades diárias (COSTA et al., 2017; AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior índice de ansiedade no mundo. O transtorno de ansiedade apresenta uma prevalência global de 3,6%, afetando 9,3% da população. A ansiedade é um transtorno dominante e de sobrecarga, sendo considerada um fator de risco para o desenvolvimento de outros transtornos alimentares, como anorexia e obesidade, em razão das alterações no apetite (FONSECA et al., 2020).
O período acadêmico é caracterizado por experiências, escolhas, medos, ansiedades e frustrações que podem acarretar mudanças significativas na vida dos estudantes. A transição para longe dos pais, o convívio com pessoas desconhecidas, o ritmo de estudos e a conciliação com o trabalho influenciam diretamente na saúde mental dos estudantes (VIZZOTTO; JESUS; MARTINS, 2017).
De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (BRASIL, 2022), estima-se que mais de 70 milhões de pessoas em todo o mundo sejam afetadas por algum transtorno alimentar, incluindo anorexia, bulimia, compulsão alimentar, entre outros. É importante ressaltar que os transtornos de ansiedade podem estar relacionados a diversos efeitos adversos à saúde, incluindo a obesidade decorrente da compulsão alimentar. Indivíduos com altos níveis de ansiedade podem buscar alívio dos sintomas por meio da comida, o que pode resultar em impactos negativos à saúde, estabelecendo um ciclo vicioso. Além disso, as alterações emocionais podem levar a impulsos alimentares (ROCHA; EUFRASIO, 2021).
Uma pesquisa realizada com 308 estudantes dos cursos de saúde em Bauru-FIB teve como objetivo avaliar transtornos alimentares e imagem corporal. Os resultados revelaram que 77,7% dos participantes apresentam sintomas de ansiedade, enquanto 31,9% demonstram comportamentos compulsivos. Além disso, constatou-se que 30% dos participantes manifestam preocupação com a imagem corporal, sendo que 28% deles estão acima do peso (BERNARDINO et al., 2019).
Nesse contexto, este estudo de investigação tem como objetivo analisar o nível de ansiedade e traços de compulsão alimentar em estudantes universitários.
1.1. ANSIEDADE
A ansiedade é um fenômeno experimentado pelos seres humanos em situações que podem representar perigo, resultando em um estado de vigilância. Ela pode ser caracterizada tanto como uma patologia quanto como um sintoma, envolvendo aspectos cognitivos e somáticos. Essas circunstâncias abrangem fatores cognitivos, comportamentais, afetivos, fisiológicos e neurológicos, os quais, em conjunto, influenciam a percepção do indivíduo em relação ao ambiente, desencadeando respostas específicas e direcionando ações adequadas (CLARK; BECK, 2014)
Quando os níveis de ansiedade estão dentro dos limites adequados, eles podem trazer benefícios aos indivíduos, contribuindo para um desempenho satisfatório e a sobrevivência. No entanto, quando se tornam excessivos e o indivíduo não consegue se adaptar adequadamente, há uma alta probabilidade de que se desenvolvam transtornos de ansiedade (BYSTRITSKY; KRONEMYER, 2014).
De modo geral, a ansiedade é uma reação normal diante de situações que podem evocar medo, expectativas ou dúvidas. Por exemplo, ela pode se manifestar antes de uma entrevista de emprego, de um exame ou de uma cirurgia envolvendo um membro da família. Nesses momentos, a ansiedade é considerada normal e auxilia na preparação para lidar com situações potencialmente perigosas. No entanto, quando a ansiedade se torna constante e o estado de alerta está sempre ativado, acaba interferindo nas atividades cotidianas, podendo assumir um caráter patológico (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013).
Para muitos pesquisadores, a ansiedade é considerada um dos principais males da atualidade, sendo um estado emocional sempre orientado ao futuro. Ela se torna patológica quando ocorre sem um motivo específico identificável. Em geral, pode-se distinguir entre ansiedade normal e patológica por meio da avaliação da reação ansiosa, que é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo presente ou não (BERNIK; LOPES, 2011).
É importante ressaltar que a ansiedade pode causar uma série de problemas para a saúde, tanto física quanto psicológica, como taquicardia, sudorese, falta de ar, boca seca, formigamento, náusea, tremores, tontura (sintomas físicos) e angústia, irritabilidade, alterações do sono (insônia), inquietação e alterações no apetite (diminuição ou aumento) (sintomas psicológicos). No caso de alterações no apetite, um aumento na ingestão de alimentos causado pela ansiedade pode levar ao desenvolvimento de traços de compulsão alimentar (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013).
1.2. COMPULSÃO ALIMENTAR
Os transtornos alimentares são caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação, que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013). Tendo em vista que temos vários transtornos alimentares, como anorexia, bulimia e compulsão alimentar, entre outros, este trabalho visou enfatizar a compulsão alimentar em estudantes do ensino superior.
A compulsão alimentar é caracterizada principalmente por episódios recorrentes de grande ingestão de alimentos, muito maior do que normalmente uma pessoa consumiria no mesmo período em outras circunstâncias semelhantes, em um curto período de tempo, acompanhada de uma sensação de descontrole e culpa. Para caracterizar compulsão alimentar deve ocorrer ao menos uma vez por semana, durante três meses (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013).
Em nossa sociedade episódios de exagero ou consumo excessivo de alimentos são frequentes, especialmente em eventos em que a comida desempenha um papel central, como festas e encontros sociais em torno da mesa, churrascarias, rodízios ou buffets. Nessas ocasiões, a comida desempenha um importante papel na sociabilidade, levando muitos indivíduos a consumirem mais do que o habitual, contribuindo para o problema da obesidade em nossa sociedade (VIANNA; NOVAES, 2019).
Nos episódios de Compulsão Alimentar (CA), uma pessoa experimenta uma intensa necessidade de comer, mesmo quando não está fisicamente com fome, e continua a se alimentar mesmo depois de já estar satisfeita, o que resulta na ingestão de uma quantidade significativa de comida em um período de tempo limitado, acompanhada por uma sensação de falta de controle sobre o ato de comer (VIANNA; NOVAES, 2019).
O indivíduo é incapaz de controlar a quantidade de comida consumida e a maneira como a ingere, esses episódios frequentemente ocorrem de forma escondida e somente são interrompidos por fatores externos, como a chegada de alguém, o esgotamento dos alimentos ou o desconforto físico decorrente da sobrecarga alimentar (VIANNA; NOVAES, 2019).
As atitudes alimentares englobam a maneira como nos relacionamos com os alimentos; quando o ato de comer é influenciado por sensações e emoções de forma anormal, isso pode estar relacionado a três principais tipos de transtornos alimentares: anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar (MUSAIGER et al., 2016).
2. MÉTODO
A pesquisa em questão foi conduzida utilizando uma abordagem exploratória e adotando uma perspectiva qualiquantitativa. A pesquisa exploratória permite explorar novas ideias, conceitos e perspectivas em um tema pouco explorado, enquanto a abordagem qualiquantitativa combina elementos qualitativos e quantitativos para obter uma compreensão mais abrangente do fenômeno em estudo.
A pesquisa foi realizada em uma instituição de ensino superior localizada na cidade de Joaçaba, meio-oeste catarinense. Os sujeitos participantes do estudo foram alunos das primeiras e últimas fases do curso de psicologia dessa instituição, totalizando 60 pessoas. A seleção dos participantes foi realizada por meio de um processo de amostragem voluntária, no qual os alunos foram convidados a participar e concordaram voluntariamente em fazer parte da pesquisa, assinando um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A inclusão desses sujeitos na pesquisa permite uma análise mais específica dos fatores de ansiedade e compulsão alimentar nessa população, contribuindo para a compreensão dos desafios enfrentados por estudantes universitários em relação à saúde mental e alimentação.
Para a coleta dos dados, foram utilizados diferentes instrumentos que visavam capturar aspectos relevantes da relação entre ansiedade e compulsão alimentar nos participantes. O primeiro instrumento utilizado foi um questionário semiestruturado, composto por quatro questões abertas e sete questões fechadas. Essas questões foram elaboradas para explorar a percepção dos estudantes em relação aos seus níveis de ansiedade e comportamentos alimentares. Além disso, foram aplicados dois instrumentos validados: o Inventário de Ansiedade de Beck (BECK; STEER, 1988) e a Escala de Compulsão Alimentar Periódica (FREITAS et al., 2006).
O Inventário de Ansiedade de Beck consiste em uma escala de autorrelato composta por 21 itens que avaliam os sintomas de ansiedade. Essa escala permitiu quantificar os níveis de ansiedade dos participantes de forma padronizada. Já a Escala de Compulsão Alimentar Periódica é um instrumento que busca avaliar os traços de compulsão alimentar. Por meio de perguntas específicas sobre comportamentos alimentares compulsivos e sua frequência, essa escala proporcionou informações objetivas a respeito dos padrões de alimentação dos estudantes em relação à compulsão.
A utilização desses diferentes instrumentos proporcionou uma abordagem abrangente e multidimensional na coleta dos dados, permitindo uma análise mais completa e detalhada da relação entre ansiedade e compulsão alimentar em estudantes do ensino superior.
A coleta de dados foi realizada em uma sala de aula disponibilizada pela coordenadora, na instituição de ensino superior, durante um período noturno, das 19h30 às 20h30, no dia 24 de maio de 2023. Antes do início da coleta, os participantes foram informados sobre os objetivos da pesquisa, os procedimentos a serem seguidos e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.
Os participantes foram orientados a respeito de como preencher os questionários e tiveram a oportunidade de tirar dúvidas antes de iniciar a resposta. Os participantes puderam responder aos questionários de forma autônoma e individual, garantindo a confidencialidade das respostas.
A análise dos dados foi conduzida de forma sistemática e abrangente, visando explorar as relações entre ansiedade e compulsão alimentar nos estudantes do ensino superior. As respostas abertas foram categorizadas e agrupadas em temas relevantes, permitindo identificar padrões, tendências e percepções dos participantes em relação à ansiedade e compulsão alimentar. Os dados quantitativos obtidos por meio do Inventário de Ansiedade de Beck e da Escala de Compulsão Alimentar Periódica foram analisados de maneira estatística. Foram utilizadas medidas descritivas, como média, desvio padrão e frequências, para descrever os níveis de ansiedade e a presença de traços de compulsão alimentar na amostra.
Este estudo de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Unoesc para avaliação e obteve aprovação sob o processo n. 6.051.840.
3. ANÁLISE DE DADOS
3.1. ANSIEDADE
Conforme destacado por Cardozo et al. (2016), a ansiedade desempenha um papel essencial ao preparar o indivíduo para lidar com situações de ameaça e perigo. Em conjunto com o medo, essas emoções abrangem diversos fatores, como aspectos cognitivos, comportamentais, afetivos, fisiológicos e neurológicos, todos influenciando a percepção do ambiente pelo indivíduo e desencadeando respostas específicas que orientam ações apropriadas.
Participaram deste trabalho de investigação 60 acadêmicos, sendo 38 da 1ª fase e 22 da 9ª fase do respectivo curso. Nos estudantes ingressantes houve a predominância de mulheres, representando 76,32% do total, enquanto os homens correspondiam a 23,68% do grupo. Na fase final, a amostra contou com 90,91% de mulheres e 9,09% de homens.
Conforme apontado na pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), em 2012, os resultados referentes à composição da comunidade de psicólogos no Brasil não divergiram substancialmente das descobertas anteriores. A pesquisa revelou que as mulheres representam uma maioria significativa, abrangendo 89% da categoria, baseando-se em dados populacionais extraídos diretamente do cadastro do CFP e utilizados como base para o dimensionamento da amostra. Essa constatação reforça a predominância feminina na profissão, confirmando tendências observadas em estudos anteriores.
A seguir, são apresentadas e discutidas as principais análises dos dados coletados neste estudo:
Tabela 1 – Dados coletados no estudo – Ansiedade
Fonte: os autores.
Com base nos resultados expostos, é possível notar que, entre os 60 alunos que participaram do estudo, 31,67% deles não manifestaram sintomas significativos de ansiedade. Dentre esses 31,67% alunos, 18,33% estão no início de sua jornada acadêmica, enquanto os outros 13,33% estão prestes a concluir o curso. Essa constatação sugere que, em geral, um número considerável de estudantes não está enfrentando níveis preocupantes de ansiedade.
No entanto, 25% dos participantes relataram experimentar sintomas leves de ansiedade. A literatura enfatiza que os níveis de ansiedade em universitários podem ter diferentes impactos no desempenho acadêmico (IGUE; BARIANI; MILANESI, 2008). Conforme estudos anteriores, a ansiedade em níveis leves pode, de fato, ter um efeito positivo no desempenho dos universitários. Isso ocorre porque certo grau de ansiedade pode aumentar a motivação e a energia, incentivando os alunos a se concentrarem em suas tarefas e estudos (FERNANDES et al., 2018). Dentro desse grupo, 11,67% são estudantes ingressantes e 13,33% estão prestes a se formar. Essa distribuição indica que a ansiedade em um nível leve é relativamente comum tanto entre os alunos iniciantes quanto entre os alunos mais experientes. Os sintomas moderados mencionados se manifestam por meio de influências nos aspectos da atenção, memória, concentração e habilidades de raciocínio (FERNANDES et al., 2018). Observou-se que 23,33% dos indivíduos apresentaram sintomas moderados de ansiedade, sendo 15% deles estudantes ingressantes e 8,33% que estão prestes a se formar.
Essa discrepância sugere que, em termos gerais, existe uma incidência maior de sintomas de ansiedade moderada entre os estudantes ingressantes.
Por fim, a análise dos resultados revelou que os sintomas graves de ansiedade foram mais proeminentes na fase inicial do curso, com 28,95% participantes relatando essa condição, em comparação com apenas 4,35% dos alunos na fase final. No entanto, quando a ansiedade atinge níveis mais elevados, ela pode ter efeitos prejudiciais. Nesses casos, a ansiedade excessiva pode prejudicar o desempenho dos alunos de várias maneiras. Por exemplo, pode afetar negativamente a atenção, tornando difícil para os alunos se concentrarem em suas tarefas. Além disso, a memória e o raciocínio podem ser comprometidos, o que pode levar a um desempenho acadêmico inferior. Algumas das causas mais comuns de sintomas ansiosos incluem o próprio desempenho acadêmico, pressões sociais, preocupações financeiras e a adaptação à transição do ambiente familiar para o ambiente universitário (LANTYER, 2016).
Já em um outro estudo envolvendo 205 estudantes de enfermagem de uma universidade pública federal no Nordeste do Brasil, os participantes foram submetidos à avaliação de seus níveis de ansiedade e depressão utilizando os Inventários de Beck. Os resultados apontaram que a maioria dos participantes era do sexo feminino. Além disso, a prevalência de depressão entre esses estudantes foi de 30,2%, enquanto a ansiedade foi ainda mais prevalente, atingindo 62,9%.
Ao analisarem a primeira fase, os acadêmicos com idades entre 17 e 22 anos demonstraram uma prevalência mais significativa de sintomas de ansiedade em comparação com outros indivíduos do mesmo grupo. Similarmente, a fase que está concluindo, destacou- se um padrão semelhante, com acadêmicos na faixa etária de 23 a 27 anos exibindo níveis mais acentuados de sintomas de ansiedade em relação aos seus colegas, compreendendo um percentual de 20% do total de acadêmicos analisados. Em uma pesquisa realizada na Faculdade Independente do Nordeste, com a seleção de participantes na faixa etária de 19 a 25 anos, composta por estudantes da área da saúde, em que objetivou analisar os fatores associados à ansiedade entre estudantes de uma faculdade particular em Vitória da Conquista, Bahia, a amostra, constituída por 110 estudantes universitários, apresentou a maior parte nível leve de sintomas.
3.2. COMPULSÃO ALIMENTAR
A compulsão alimentar é caracterizada por episódios recorrentes, em que a pessoa consome quantidades significativamente maiores de comida em um curto período, geralmente dentro de duas horas, do que as demais pessoas consumiriam sob circunstâncias semelhantes (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013).
A seguir, são apresentadas e discutidas as principais análises dos dados coletados neste estudo:
Tabela 2 – Dados coletados no estudo – compulsão alimentar
Fonte: os autores.
Com base nos dados da pesquisa, realizada com um grupo de 60 alunos, podemos observar que a prevalência de sintomas de compulsão alimentar é relativamente baixa. Constatou-se que 70% dos participantes não apresentaram quaisquer sinais de compulsão alimentar. Dos 23,33% de alunos que relataram sintomas moderados, notou-se que 20% deles estavam no início de sua jornada acadêmica, enquanto os 3,33% restantes estavam prestes a concluir o curso. Por outro lado, os sintomas graves foram manifestados por 6,67% dos acadêmicos e todos se encontravam na fase de conclusão do curso.
De acordo com o DSM-5, a ausência de sintomas de compulsão alimentar é um elemento fundamental a ser considerado durante a avaliação de transtornos alimentares. O manual enfatiza que o contexto no qual a ingestão de alimentos ocorre pode influenciar a avaliação de se a ingestão é excessiva ou não (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013). Em ocasiões especiais, como celebrações ou festas de fim de ano, é comum que as pessoas consumam quantidades de comida que, sob circunstâncias normais, poderiam ser consideradas excessivas. No entanto, é importante observar que o DSM-5 esclarece que tais episódios geralmente não são indicativos de um transtorno de compulsão alimentar (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013).
Os sintomas moderados apresentam episódios regulares de compulsão alimentar por semana, sendo relevante o controle da frequência dos episódios compulsivos e, por consequência, do peso (GALLETTI; MAYNARD, 2021). Observa-se maior frequência de sintomas moderados entre os estudantes que estão no início de seus estudos, contabilizando 20% dos casos, em contraste com apenas 3,33% de casos registrados entre aqueles que estão prestes a concluir a graduação.
Sintomas graves caracterizam-se pela ausência de controle sobre a ingestão alimentar, uma vontade incontrolável e uma compulsão para comer. Mesmo sem sentir fome ou estar saciado, a pessoa persiste na ingestão ininterrupta de alimentos, resultando na assimilação de grandes volumes em um curto intervalo de tempo (TORRES et al., 2020; AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013). A maior frequência de sintomas graves foi observada entre estudantes universitários que estão próximos de concluir seus cursos, com um total de quatro acadêmicos apresentando esses sintomas, e ausência de iniciantes.
No entanto, na pesquisa, notamos uma diferença significativa entre a turma que está começando a graduação e a que está prestes a concluir o curso. A turma que está começando a graduação apresenta uma porcentagem maior de acadêmicos com níveis elevados de ansiedade, atingindo 18,33%, em comparação com apenas 1,67% na turma que está prestes a concluir o curso. Além disso, observou-se que os acadêmicos que estão concluindo o curso têm uma incidência maior de sintomas graves de compulsão alimentar, chegando a 6,67%, enquanto na turma inicial, nenhum acadêmico apresentou sintomas graves de compulsão.
Uma pesquisa conduzida em Vitória da Conquista, Bahia, na Faculdade Independente do Nordeste, revelou uma elevada prevalência de ansiedade entre os estudantes que ingressam no ensino superior, afetando quase metade dos participantes. As estudantes do sexo feminino apresentaram taxas mais elevadas, com 28,8% relatando ansiedade leve, 9,6% moderada e 2,7% severa.
Por outro lado, em um estudo realizado na Universidade Federal de Alagoas, em Maceió, uma amostra composta por 133 estudantes foi submetida à investigação da prática de compulsão. Os resultados revelaram que 49,6% dos participantes relataram episódios compulsivos em seu comportamento, ressaltando a frequência dessa prática entre os universitários.
No âmbito da ansiedade, identificamos que 43,33% dos participantes apresentaram sintomas, o que equivale a menos da metade da população total examinada. Em relação aos traços de compulsão alimentar, 30% da amostra evidenciou sintomas. Embora a incidência de sintomas seja considerada moderada ao abordar ambas as variáveis, é de extrema importância não subestimar a necessidade de prevenção desses problemas.
No contexto universitário, é imperativo desenvolver estratégias que auxiliem os estudantes na gestão dos desafios que possam surgir. O papel do psicólogo na promoção da regulação emocional é primordial, visto que ajuda os indivíduos a adquirir as competências essenciais para o reconhecimento, compreensão e gestão saudável das suas emoções. Isso se revela de extrema importância para aprimorar o bem-estar emocional, a qualidade de vida e o desempenho global dos acadêmicos.
Dentro desse contexto, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) desempenha um papel central na regulação emocional, focalizando a interligação entre pensamentos, sentimentos e comportamentos (BECK, 2021). A TCC emprega uma variedade de estratégias, incluindo a identificação e reestruturação de pensamentos disfuncionais, o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento, a exposição gradual, a modificação de comportamentos, o cultivo do mindfulness, a reorganização cognitiva e a elaboração de planos de prevenção de recaídas (BECK, 2021). Essas abordagens se mostram essenciais para auxiliar os estudantes a prosperarem no ambiente acadêmico, promovendo maior equilíbrio emocional e uma experiência universitária mais satisfatória.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve como objetivo investigar os sintomas de ansiedade e traços de compulsão alimentar em estudantes de Psicologia, diferenciando entre aqueles que estão ingressando no curso e aqueles que estão prestes a concluir sua graduação.
O período de ingresso na universidade é frequentemente caracterizado por uma transição significativa, durante a qual os estudantes enfrentam desafios de adaptação. Essa fase de mudança pode levar a um aumento na carga emocional, potencialmente contribuindo para o aumento disfuncional dos níveis de ansiedade e padrões alimentares prejudiciais.
Os resultados deste estudo, embora informativos, estão sujeitos a algumas limitações que merecem atenção. Primeiramente, a pesquisa se baseou em uma amostra de tamanho limitado, o que ressalta a necessidade de futuros estudos com um número maior de participantes, a fim de consolidar e aprofundar nossas conclusões. Além disso, a utilização de uma variedade de instrumentos e métodos de pesquisa complementares poderia enriquecer ainda mais nossa compreensão das complexas interações entre a ansiedade e a compulsão alimentar na trajetória acadêmica dos estudantes de Psicologia.
Destacar a importância de os estudantes procurarem apoio dentro da instituição universitária é um aspecto fundamental. Ao fazê-lo, eles podem aprofundar a compreensão das suas necessidades emocionais, compartilhar vulnerabilidades e identificar os fatores desencadeantes relacionados à ansiedade e traços de compulsão alimentar. Portanto, é de extrema importância que a universidade continue a disponibilizar suporte psicológico aos estudantes de graduação que necessitem, contribuindo para o estabelecimento de relacionamentos saudáveis e a regulação emocional, prevenindo, assim, a intensificação de problemas de ansiedade e compulsão alimentar.
No contexto acadêmico, é crucial que os estudantes desempenhem um papel ativo na busca de apoio para a regulação emocional. Isso implica o desenvolvimento do autoconhecimento emocional, a habilidade de comunicar de forma eficaz as suas necessidades emocionais, a criação de redes de apoio, a utilização dos recursos de saúde mental oferecidos pela instituição, a adoção de estratégias de regulação emocional, a gestão do estresse e a busca de ajuda profissional, quando necessário. Assumir a responsabilidade pelo próprio bem-estar emocional não somente pode resultar em um desempenho acadêmico mais satisfatório, mas também promover um ambiente de aprendizado saudável e equilibrado.
Nesse contexto, é fundamental que as universidades continuem a oferecer suporte psicológico e serviços de aconselhamento aos estudantes. Esses recursos desempenham um papel fundamental na promoção de relacionamentos saudáveis, no desenvolvimento de habilidades de regulação emocional e na prevenção do agravamento de problemas relacionados à ansiedade e comportamentos alimentares disfuncionais. A busca ativa por esse suporte contribui para uma melhor qualidade de vida dos alunos, permitindo que enfrentem os desafios acadêmicos e pessoais de forma mais resiliente e equilibrada.
REFERÊNCIAS
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1 Graduanda do curso de Psicologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina. Endereço para correspondência: Universidade do Oeste de Santa Catarina. Rua Getúlio Vargas, n. 2125 – Flor da Serra. 89600- 000 – Joaçaba, SC – Brasil – Caixa Postal 542; gabrielamoleri@gmail.com
2 Professora orientadora; scheila.sehnem@unoesc.edu.br