ANOMALIA ANORRETAL COM FÍSTULA VESICAL EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10260000


Alberto Costa de Sousa Filho
Coautor(es):
Rayssa Moraes do Nascimento,
Gabriel José Gomes Leitão,
Auriane de Sousa Alencar,
Ivo Lima Viana
Orientador: Rogério de Araújo Medeiros


RESUMO  

INTRODUÇÃO: Anomalias anorretais são problemas congênitos comuns (1 em cada 5.000 nascimentos). Faz-se necessário a realização de exame anorretal adequado. A presença de escroto bífido está associada a fístulas vesicais, que são de pior prognóstico. Em pacientes masculinos, ânus imperfurado associado a fístula retovesical é a malformação anorretal mais frequente. Portadores dessa condição tendem a ter maior frequência de defeitos associados. Crianças nascidas com malformações anorretais podem ter outras associadas: urológicas (50%), cardiovasculares (30%), atresia esofágica (8%) e atresia duodenal (3%). Identificada a malformação anorretal, o paciente deve ser submetido a radiografia abdominal. Os achados ajudam a determinar prognóstico e condutas terapêuticas. A colostomia é uma das condutas. Destarte, esse trabalho visa relatar o caso de paciente pediátrico com anomalia anorretal associada a fístula vesical. ASPECTOS ÉTICOS: Submetido ao Comitê de Ética da Universidade Estadual do Piauí onde foi aprovado (parecer 5.986.759). RELATO DE CASO: Paciente de 1 ano e 7 meses, masculino. Com 3 dias de vida evoluiu com dor, distensão abdominal e vômitos. Encaminhado para o hospital onde teve diagnóstico de anomalia anorretal. Realizada colostomia duas bocas com ponte de pele, pós-operatório em UTI por 15 dias e alta com 20 dias do pós-operatório. Realizada investigação de anomalias associadas: colograma distal evidenciou fístula reto-vesical. Realizada anorretoplastia sagital posterior com cistorrafia. Paciente evoluiu bem no pós-operatório, tendo alta no 2º DPO. Após programa de dilatação anorretal e uretral, readmitido para realização de colograma distal que evidenciou perviedade. Realizado reconstrução de trânsito intestinal. Evoluiu bem no pós-operatório e teve alta hospitalar no 3º DPO. Programação de seguimento pela gastroenterologia e cirurgia pediátrica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Deve-se chamar a atenção da sociedade médica para essas condições, que podem ser graves e ainda vir associadas a outras anomalias. Além disso, sem condutas adequadas, podem levar a sequelas para o resto da vida dessas crianças.  

Palavras-chave: Malformações Anorretais, Fístula, Cirurgia Geral.

Referências 

PEÑA, A.; BISCHOFF, A. Surgical Treatment of Colorectal Problems in Children. Springer, 2015. WOOD, R. J.; LEVITT, M. A. Malformações anorretais. Clínicas em cirurgia de cólon e reto, v. 31, n. 2, p. 61-70, 2018.


Centro Universitário UNINOVAFAPI