ANEURISMAS EM MAMÍFEROS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202410312213


Marjory Soares da Silva
André Teixeira Lellis Bruna
Pinto Nascimento Rosa
Maria Candido Alves
Orientador: Pedro Enrique Navas Suáres


RESUMO

Os aneurismas são dilatações anormais que ocorrem nas paredes dos vasos sanguíneos ou do coração, tendo origem genética ou adquirida. Este trabalho tem como objetivo investigar a condição dos aneurismas em mamíferos, contribuindo para a compreensão e divulgação de informações relevantes na medicina veterinária. A metodologia utilizada consistiu em uma revisão bibliográfica, que abrangeu artigos científicos, livros e publicações especializadas sobre o tema. Os resultados obtidos demonstraram a necessidade de mais estudos sobre a epidemiologia e a incidência de aneurismas em mamíferos. Os tipos de aneurismas são classificados em saculares e fusiformes, verdadeiros e falsos, com implicações distintas em termos de tratamento e prognóstico. O diagnóstico é frequentemente realizado por meio de exames de imagem que permitem a avaliação morfológica dos aneurismas e contribuem para a elaboração de estratégias de tratamento. Este trabalho visa servir como uma ferramenta de difusão científica e ampliar o conhecimento sobre a condição dos aneurismas em mamíferos, destacando sua relevância na medicina veterinária.

Palavras-chave: aneurismas, mamíferos, medicina veterinária.

ABSTRACT

Aneurysms are abnormal dilations that occur in the walls of blood vessels or the heart, originating from genetic or acquired factors. This study aims to investigate the condition of aneurysms in mammals, contributing to the understanding and dissemination of relevant information in veterinary medicine. The methodology employed consisted of a literature review that encompassed scientific articles, books, and specialized publications on the topic. The results obtained demonstrated the need for further studies on the epidemiology and incidence of aneurysms in mammals. Aneurysms are classified into saccular and fusiform types, true and false, with distinct implications in terms of treatment and prognosis. Diagnosis is often performed through imaging exams that allow for the morphological evaluation of aneurysms and contribute to the development of treatment strategies. This work aims to serve as a scientific dissemination tool and to expand knowledge about the condition of aneurysms in mammals, highlighting their relevance in veterinary medicine.

Keywords: aneurysm, mammals, veterinary.

1 INTRODUÇÃO

Aneurisma é uma dilatação patológica em um segmento enfraquecido de vaso sanguíneo, sendo mais frequente em artérias elásticas de grande calibre (MILLER et al., 2013). Processos degenerativos ou inflamatórios promovem fragmentação de fibras elásticas, causando enfraquecimento das camadas estruturais do vaso (MAXIE, 2007).

Como a principal consequência dos aneurismas, tem-se a ruptura do vaso, podendo cursar hemorragia, choque hipovolêmico e morte súbita (MILLER et al., 2013).

Os aneurismas são mais comumente observados nos seres humanos, sendo vistos ocasionalmente nos animais domésticos (MAXIE, 2007). A prevalência de aneurismas cerebrais desenvolvidos naturalmente em animais é extremamente baixa (MARBACHER et al., 2019).

Segundo Muroi et al. (2019), a ausência dos achados de aneurismas cerebrais desenvolvidos naturalmente, faz com que modelos com indução artificial de formação de aneurismas sejam necessários. Os aneurismas intracranianos são de particular interesse, pela elevada taxa de morbidade e mortalidade em consequência da sua ruptura, levando à hemorragia subaracnóidea (OLIVA, 2016).

O tratamento adequado para o aneurisma depende do tamanho, localização, sintomas como também das condições gerais de saúde do paciente (JARBAS et al., 2020).

2 OBJETIVO

De acordo com o abordado acima, tem-se como objetivo a busca de informações sobre aneurismas em mamíferos.

3 METODOLOGIA

Foi utilizada pesquisa bibliográfica como ferramenta para coletar informações sobre aneurismas em mamíferos.

4 RESULTADOS

Após pesquisa bibliográfica foi desenvolvido uma revisão de literatura para ser usada como ferramenta de difusão científica na área da medicina veterinária.

4.1 DEFINIÇÃO DE ANEURISMA

Segundo Turjman et al. (2014), os aneurismas são dilatações patológicas que ocorrem nos pontos de maior fragilidade ao longo da parede dos vasos sanguíneos, normalmente uma artéria, em consequência do aumento da pressão hemodinâmica.

Compreende-se por aneurisma, dilatações que ocorrem nas paredes dos vasos sanguíneos ou do coração, podendo ser de origem genética ou adquirida (KUMMAR, 2016).

4.2 ETIOLOGIA DOS ANEURISMAS

A etiologia do aneurisma é multifatorial. Além dos fatores ambientais ou modificáveis, como a hipertensão arterial, tabagismo, contraceptivos orais, etilismo crônico, hiperlipidemia e diabetes mellitus, há também os fatores de risco não modificáveis, como a predisposição genética familiar, os fatores hemodinâmicos e hormonais, sexo, síndrome de Ehlers-Danlos e rins policísticos (MELO-SOUZA, 2008).

Na medicina humana, a hipertensão tem sido relacionada como importante causa de dilatação de artéria aorta, o que pode muitas vezes culminar com aneurisma, todavia, na medicina veterinária essa patologia é rara (SOUTO et al., 2017).

Embora, a hipertensão nos animais seja algo frequente, podendo levar a doenças como acidente vascular cerebral, retinopatias e nefropatias, parecendo não evoluir para o aneurisma, como ocorre em humanos, e as causas ainda são pouco conhecidas (ACIERNO et al., 2018).

A etiologia do aneurisma é multifatorial. Além dos fatores ambientais ou modificáveis, como a hipertensão arterial, tabagismo, contraceptivos orais, etilismo crônico, hiperlipidemia e diabetes mellitus, há também os fatores de risco não modificáveis, como a predisposição genética familiar, os fatores hemodinâmicos e hormonais, sexo, síndrome de Ehlers-Danlos e rins policísticos (MELO-SOUZA, 2008).

A etiologia dos AAA (aneurismas aórticos abdominais é diversificada, mas a maior parte se resulta do enfraquecimento da parede do vaso através de um processo inflamatório crônico, fato este que ocorre por concentração de gordura. Conforme a parede aórtica é enfraquecida, a pressão sanguínea pode gerar rompimento, levando a um quadro de choque hipovolêmico, sendo este o principal fator para o caso evoluir ao óbito (GOES et al., 2016).

4.3 CLASSIFICAÇÃO DE ANEURISMAS EM MAMÍFEROS

As primeiras descrições de aneurismas foram feitas por Galeno (129-217 d.C) em 1937, ele demonstrava entendimento desta condição, quando se referia a feridas arteriais da seguinte forma: “algumas vezes a ferida na pele cicatriza, enquanto a ferida na artéria fica aberta; o sangue acumulando-se então sob os tegumentos, forma um tumor, que os gregos chamam de aneurisma e que significa dilatação da artéria” (apud MORGADO, 1899).

Galeno também nos deu meios de diagnosticar esta condição “diagnóstica-se esta doença, pelas pulsações que produzem as artérias, mas quando se comprimem estes vasos o tumor “apaga-se” (apud MORGADO, 1899), seu conhecimento fazia referência a aneurismas traumáticos, mais comuns na época, mais tarde Antyllus demonstrou conhecimento em mais dois tipos de aneurisma, apresentando suas distinções: “um produzido pela dilatação local da artéria, outro pela laceração do vaso e passagem consecutiva do sangue para os tecidos vizinhos” (apud MORGADO, 1899). A primeira citação se referindo ao aneurisma verdadeiro (espontâneo) e a segunda ao aneurisma falso (traumático).

John Hunter foi o primeiro a estudar e aplicar modelos de aneurismas em animais (CHITWOOD, 1977).

4.4 TIPOS DE ANEURISMAS

Aneurismas cerebrais são uma doença cerebrovascular na qual o enfraquecimento de uma artéria cerebral causa uma dilatação focal anormal (TEXAKALIDIS et al., 2019).

4.5 ANEURISMAS VERDADEIROS VS. FALSOS

Os aneurismas são agrupados como verdadeiros e falsos. O verdadeiro se define por uma dilatação na parede arterial, envolvendo todas as três camadas da parede do vaso (íntima, média e adventícia) (CHITWOOD, 1977). “Quando um aneurisma envolve uma parede arterial atenuada intacta ou a parede ventricular mais fina do coração, é chamado de aneurisma verdadeiro” (apud KUMAR, 2010).

Os aneurismas falsos, também chamados de pseudoaneurismas, se desenvolvem quando há uma falha na parede arterial sendo contida por tecidos adjacentes. É composto basicamente por tecido cicatricial, formando uma cavidade externa à parede arterial, se dando por procedimentos invasivos ou lesões traumáticas (KUMAR, 2016).

Aneurismas ocorrem pelo enfraquecimento da parede arterial e quando a estrutura ou função do tecido estão comprometidas (KUMAR, 2016).

4.6 CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA

Morfologicamente os aneurismas podem ser classificados em três categorias: saculares, fusiformes e dissecantes. O sacular é o mais comum entre os aneurismas cerebrais, mas pode ocorrer em qualquer parte do corpo, se desenvolve comumente na área mais fraca da parede arterial, resultando em uma dilatação de formato saco em um dos lados do vaso, tal dilatação pode ser focal ou assimétrica, podem permanecer estáveis, mas ao aumentar de tamanho, aumentam também as chances de ruptura (MAFFEI et al., 2015).

Aneurismas fusiformes são caracterizados por um alargamento uniforme e gradual de uma sessão da artéria, podem ocorrer em qualquer lugar do corpo e são menos propensos a ruptura se comparando aos saculares (BRITO et al., 2020).

Aneurismas dissecantes ocorrem por uma dissecção na parede da artéria, esta condição ocorre quando há uma laceração na parede do vaso, possibilitando a infiltração de sangue entre as camadas da parede arterial, criando um “falso lúmen”, o aumento da pressão sanguínea nesse “falso lúmen” pode causar uma obstrução do fluxo sanguíneo ou causar expansão e ruptura da artéria, pode ocorrer em qualquer parte do corpo (MICHAELIS et al., 2017).

4.7 EPIDEMIOLOGIA E INCIDÊNCIA EM MAMÍFEROS

O aneurisma é uma condição que pode acometer qualquer artéria de maior calibre do corpo (GUYTON, 2011).

Os estudos sobre aneurismas em mamíferos concentram-se na experimentação animal, com objetivo de induzir e analisar mecanismos patológicos e potenciais tratamentos (MORITA et al., 2005).

Na medicina humana, a hipertensão tem sido relacionada como importante causa de dilatação de artéria aorta, o que pode muitas vezes culminar com aneurisma, todavia na medicina veterinária essa patologia é rara (SOUTO et al., 2017).

O quadro aneurismático pode ocorrer na aorta torácica ou na abdominal, se apresentando como pseudo aneurismas fusiformes e saculares (CORREIA et al., 2020). Estudos dizem que o aneurisma sacular é mais evidenciado em fêmeas, podendo ocorrer em uma ou múltiplas artérias. No círculo de Willis, círculo de artérias que suprem o cérebro, pode ser a causa de hemorragias subaracnóideas espontâneas (ARMBRUST-FIGUEIREDO,1952).

Jarbas et al. (2020) confirma os mesmos resultados, onde 76% dos aneurismas saculares foram diagnosticados em indivíduos do sexo feminino, enquanto apenas 24% foram encontrados em indivíduos do sexo masculino.

Resultados semelhantes foram verificados em estudos que avaliaram a influência de fatores de risco na mortalidade por aneurisma cerebral e na distribuição anatómica dos aneurismas entre machos e fêmeas. Em ambos os casos, os estudos mostraram uma maior incidência de aneurismas nas fêmeas, sendo cerca de 72% (IMAIZUMI et al., 2023).

Esses resultados podem ser explicados pois a fisiologia dos vasos sanguíneos das fêmeas e dos machos apresentam diferenças, onde os vasos sanguíneos das fêmeas são menores, elevando uma pressão maior nas paredes dos vasos e bifurcações. (HORIKOSHI et al., 2002).

A ruptura do aneurisma sacular é a principal causa de hemorragia subaracnóidea não relacionada a trauma, correspondendo a cerca de 85% dos casos (SILVEIRA 2013).

Já se tratando de aneurismas de artérias renais (AARs), eles podem acometer todo o comprimento da artéria renal e apresentar formatos variados, sendo majoritariamente os fusiformes e saculares. A hipertensão arterial é a comorbidade mais prevalente nos pacientes acometidos por este tipo de aneurisma (BARROS et al., 2014). Contemplam de 10 a 22% dos aneurismas viscerais e acomete predominantemente a artéria renal direita (60% dos casos), com localização próxima à bifurcação da artéria renal (FRASER, et al., 2009). São comumente assintomáticos e seu diagnóstico normalmente é feito de forma impremeditada através de exames de imagem (GÓES et al., 2016).

De acordo com Maffei et al. os aneurismas de artéria poplítea (AAP) são os mais comuns se tratando de aneurismas periféricos. O AAP configura aproximadamente 85% (WAIN, 2007) dos aneurismas periféricos, se apresenta na forma bilateral em 50% dos pacientes e em 60% dos casos está associado ao AAA (DOMINGUES et al., 2015).

4.8 FISIOPATOLOGIA DOS ANEURISMAS

A parede tecidual da artéria é formada por camadas e estas camadas são compostas por células musculares, elastina, colágeno, células do endotélio e glicosaminoglicanos, com função de impedir a adesão de células sanguíneas na parede do vaso (CORREIA et al., 2020).

Segundo Miller et al. (2013), a maioria dos casos de aneurismas em animais é de origem idiopática, porém importantes causas de aneurismas em animais domésticospodem incluir: deficiência de cobre em suínos (FERRERAS et al., 2001), a migração do parasita Spirocerca lupi em cães (BAILEY, 1972; IVOGHLi, 1977), do parasita Strongylus vulgaris em equídeos (SIMOENS et al., 1999), associados à linfadenite caseosa visceral em caprinos (PINHEIRO et al., 2013) e a infecções bacterianas multissistêmicas crônicas causadas por Trueperella pyogenes e Mannheimia haemolytica (SANTA ROSA et al., 1992).

Em bovinos, alguns casos descritos foram associados a um defeito hereditário relacionado à síntese reduzida de fibrilina, condição conhecida como síndrome de Marfan (POTTER, 1994). Também é associado à síndrome da veia cava caudal, comumente relacionada à acidose ruminal crônica (GUDMUNDSON et al., 1980) e a casos de etiopatogênese em artérias abdominais de vacas leiteiras (LAMM et al., 2007). No aneurisma da aorta abdominal ocorre uma expansão da parte inferior da aorta, podendo ocasionar um sangramento da parede vascular e levar a uma apoplexia, levando ao diagnóstico clínico de hemoperitônio (CORREIA, 2020).

Em estudo realizado por SOUTO et al. (2017), onde um total de 2.088 ruminantes foram necropsiados, 803 (38,45%) eram bovinos, 651 (31,18%) ovinos e 634 (30,37%) caprinos. Destes, foram identificados quatro casos de aneurisma com ruptura de aorta, representando um percentual de 0,19%, sendo dois caprinos (0,31%), um ovino (0,15%) e um bovino (0,12%). O mesmo autor conclui que são escassos os dados na literatura científica a respeito de aneurismas com ruptura de aorta em ruminantes.

O aneurisma cerebral (AC) ocorre devido a uma dilatação em parte da artéria intracraniana, podendo ser ocasionada por degeneração, onde a pressão sanguínea na parte interna da artéria dá origem a dilatação. Este processo pode ser progressivo e lento, porém com o enfraquecimento da parede arterial, pode ocorer ruptura seguida de hemorragia, levando a quadro de acidente vascular cerebral (AVC) (SPOTTI et al, 2001).

4.9 FATORES DE RISCO

Observa-se que as mulheres apresentam maior prevalência de aneurisma cerebral em relação aos homens, onde fatores hormonais e hemodinâmicos parecem explicar a diferença entre os sexos (JARBAS et al., 2020).

Estudos demonstram que entre homens e mulheres há uma diferença no diâmetro dos vasos sanguíneos, sendo os vasos de menor calibre encontrados nas mulheres, com maior velocidade do fluxo sanguíneo. Essa característica, leva a uma maior tensão nas paredes dos vasos, principalmente nas bifurcações da ACI, o que favorece a formação aneurismática no sexo feminino (LINDEKLEIV et al., 2010).

A evolução do aneurisma depende de alguns fatores, onde seu tamanho é um fator de importância, pois constitui o maior fator prognóstico para o risco de ruptura (CHANDRA et al., 2022).

Segundo Amaral et al (2021), os principais fatores de risco para aneurismas aórticos são: hipertensão arterial sistêmica, idade, raça, sexo, genética, dislipidemia, doença arterial coronariana e doença arterial periférica (AMARAL et al., 2021)

A presença de gordura nos vasos também deve ser considerada como um fator importante para o desenvolvimento do AAA, pois gera inflamação crônica na parede do vaso, aumentando a possibilidade de desenvolver necrose gordurosa no endotélio do vaso. A resposta fisiológica a esse excesso pode ser a dilatação da parede vascular, dando origem ao aneurisma (SÁ, 2011).

4.10 DIAGNÓSTICO DE ANEURISMAS EM MAMÍFEROS

Através de exames de imagem, é possível chegar ao diagnóstico de um aneurisma bem como identificar suas características morfológicas, auxiliando no tratamento (LAURIC et al., 2018)

A tomografia tem sido usada como opção para diagnosticar aneurismas em populações com maior risco de desenvolver aneurismas intracranianos. (MENEZES et al., 2017; AGUIAR et al., 2019)

O padrão ouro para diagnóstico de aneurisma intracraniano é a angiografia cerebral por cateterização intra-arterial, porém é um método de diagnóstico mais invasivo e com maior chance de complicações. Aproximadamente 5% dos casos apresentam complicações, com índice de morbidade neurológica total de 1% e morbidade neurológica relacionada a déficits permanentes em torno de 0,5%. (SPOTTI et al., 2001)

Sobre a identificação e monitoramento de aneurisma aórtico abdominal, a ultrassonografia abdominal é considerada o melhor método, devido à alta sensibilidade e especificidade, além do custo relativamente baixo. É considerado uma técnica não invasiva, apresentando pouco risco de complicações (ASCANIO et al., 2021).

Para planejamento cirúrgico, a angiotomografia de aorta abdominal pode ser utilizada, podendo obter informações sobre a localização, tamanho, acometimento dos ramos da aorta e presença de trombos e calcificações dentro do aneurisma. Através da angiotomografia também é possível coletar informações sobre tortuosidade, angulação e extensão do trombo intraluminal (GOMES et al., 2021).

4.11 ACHADOS CLÍNICOS E SINTOMAS ASSOCIADOS

A maioria dos pacientes com aneurismas aórticos são assintomáticos e o diagnóstico pode ser feito durante exames de imagem realizados para outras causas (GOMES et al., 2021).

Aneurismas intracranianos são silenciosos ou assintomáticos, diagnosticados acidentalmente por meio de exames clínicos, ocorrência familiar, queixas não relacionadas ao evento e por neuroimagem (TOTH et al., 2018).

Normalmente os aneurismas de artéria poplítea são assintomáticos, podendo apresentar aumento de volume, dor e edema por comprimir nervos e veias (WISSGOTT et al 2014). O aneurisma de artéria poplítea na maior parte dos indivíduos é assintomático, porém em 30% dos casos haverá complicações como embolização ou trombose (GALLAND, 2008).

O aneurisma aórtico abdominal (AAA) se dá através de um abaulamento causado por dilatação da aorta, onde o paciente com esta condição terá seu diagnóstico clínico como hemoperitônio (PEARCE et al., 2014).

4.12 MODELOS ANIMAIS PARA ESTUDO DOS ANEURISMAS

Existem semelhanças histológicas entre as artérias de humanos e animais, porém a prevalência de aneurismas naturalmente desenvolvidos em animais é extremamente baixa. Dessa maneira, modelos com indução artificial de formação de aneurisma são necessários para estudos (MARBACHER et al., 2020).

As espécies utilizadas inicialmente consistiam predominantemente de roedores, porém outras espécies, como aves e, atualmente, os mamíferos não-primatas e primatas vem sendo utilizados com maior frequência (NARAYANASWAMY et al., 2000).

Não existe modelo experimental animal ideal, porém cada modelo desenvolvido contribui de forma única, para o entendimento do processo biológico de resposta à doença e ao seu tratamento (BERRY et al., 2007).

Segundo Wanderer et al. (2020), modelos animais devem respeitar as condições reológicas, hemodinâmicas e de parede do aneurisma para garantir bons resultados.

Os modelos animais contribuem para a compreensão básica da patobiologia dos aneurismas cerebrais humanos, sendo indispensáveis para testar novas abordagens de tratamento e além de serem essenciais para o treinamento de neurorradiologistas e neurocirurgiões intervencionistas na medicina humana (MARBACHER et al., 2020).

Artificialmente foram criados em coelhos fêmeas da raça New Zealand White aneurismas de bifurcação através de anastomose término-lateral da artéria carótida comum direita na esquerda, ambas servindo como artérias-mãe para a bolsa arterial, que posteriormente foi costurada micro cirurgicamente (WANDERER et al., 2020).

Também se encontrou relatos de modelos de aneurisma extracraniano para o estudo de terapias endovasculares em macacos (TENJIN et al., 1995). O autor induziu 23 aneurismas nas artérias carótidas de 16 macacos japoneses, onde 19 aneurismas foram ocluídos com molas artificiais colocados por meio de cirurgia endovascular.

4.13 TRATAMENTO

O tratamento pode ser realizado por duas técnicas distintas: cirurgia convencional aberta ou correção endovascular (GOMES et al., 2021).

A cirurgia aberta é considerada efetiva e definitiva, com registros de utilização desde 1951, porém a técnica possui taxas de morbimortalidade consideráveis, com internação prolongada e necessidade de hemotransfusão (NOVERO et al., 2012).

Devido à alta mortalidade associada com ruptura, à morte intraoperatória, à morbidade e comorbidades dos pacientes, pesquisas foram realizadas na procura de alternativas para o procedimento aberto clássico (SIMÃO et al, 2009).

O tratamento endovascular desenvolveu-se a partir de 1991 como uma alternativa para pacientes que não poderiam se submeter à cirurgia aberta. Atualmente, com o desenvolvimento de próteses seguras e flexíveis, o tratamento endovascular pode ser considerado como o de escolha, mesmo em pacientes de risco cirúrgico e características anatômicas favoráveis à técnica cirúrgica aberta convencional (MASTRACCi et al., 2007).

Parodi et al., (1991) foram os primeiros a relatarem o uso de técnica endovascular. Esse procedimento baseia-se em duas pequenas incisões que expõem a artéria femoral por onde é introduzida, através de cateteres e fio guia, uma prótese no segmento aneurismático da aorta.

Desde então, essa opção de tratamento obteve ampla aceitação por ser uma alternativa menos invasiva (BREWSTER et al 2006).

A técnica endovascular apresenta menores taxas de mortalidade hospitalar, permanência hospitalar, mortalidade por todas as causas, mortalidade relacionada ao aneurisma, mortalidade perioperatória e mortalidade em 1 ano. Entretanto, apresenta maiores índices de complicações e reintervenções. A durabilidade do enxerto, real vantagem na sobrevida e no custo-benefício são incertos, e outros estudos são necessários para o seguimento em longo prazo. Treinamento e aperfeiçoamento da equipe médica influem nos resultados após o REVA (SIMÃO et al, 2009).

Segundo Bandeira et al. (2018), o tratamento convencional do aneurisma é a cirurgia aberta, com objetivo de excluir o aneurisma e revascularizar o membro acometido. Nos últimos anos, o tratamento endovascular ganhou popularidade, onde é um tratamento menos invasivo e de menor morbidade, porém de alto custo.

Alguns autores descrevem o uso de cirurgias endovasculares. O tratamento do aneurisma de aorta através da técnica endovascular vem sendo utilizada com frequência, porém vêm sendo observados vazamentos relacionados às endopróteses, geralmente decorrentes de defeitos precoces de seus componentes ou fadiga do material. Dessa maneira, Oliveira et al. (2016) testou em suínos um implante de triplo stent para correção endovascular do aneurisma, com avaliação por duplex scan quanto ao padrão do fluxo sanguíneo antes e após o implante dos stents. Após o tratamento foi possível identificar alterações do padrão do fluxo sanguíneo do aneurisma sacular de aorta abdominal.

Maffra (2003) utilizou o agente embolizante Onyx na oclusão de vazamentos pós- tratamento endovascular de aneurisma da aorta abdominal, onde a oclusão do vazamento foi efetiva e permaneceu durável durante o período de estudo. A análise histológica da AA demonstrou somente uma discreta reação inflamatória local à presença do Onyx.

Mossmann (2008) avaliou o processo de organização do trombo e de formação de tecido fibrocelular dentro do aneurisma com o tratamento endovascular utilizando molas revestidas (Matrix) comparadas às sem revestimento (GDC) em suínos. Por meio da análise histológica baseada em escala criada para avaliar a organização do trombo, o autor verificou diferença significativa a favor das molas com revestimento de copolímero.

Tenjin et al. (1995) também utilizou molas após indução de aneurisma na artéria carótida de macacos, onde as molas iniciaram uma resposta celular dentro de algumas horas da oclusão do aneurisma. Em 2 semanas após a colocação da mola, a endotelização estava acontecendo e em 3 meses após a oclusão, a remodelação do aneurisma havia progredido para produzir uma estrutura semelhante à média no antigo aneurisma.

Após estudos, Jesus-Silva et al. (2018) observou que pacientes submetidos ao tratamento endovascular apresentaram sobrevida semelhante aos submetidos à cirurgia aberta eletiva. O tempo de internação, tempo de cirurgia e mortalidade hospitalar foram menores no grupo endovascular, porém o julgamento do cirurgião deve ser o fator determinante para definir o tratamento a ser instituído

Para aneurismas cerebrais, o tratamento microcirúrgico e endovascular objetiva eliminar aneurismas cerebrais da circulação cerebral e prevenir a ruptura. Apesar dos avanços no desenvolvimento do tratamento endovascular, a oclusão completa e duradoura do aneurisma ainda é um desafio (TEXAKALIDIS et al., 2019).

A hemorragia subaracnóidea aneurismática representa uma causa significativa de mortalidade e incapacidade globalmente. Estudos mostram que o sulfato de magnésio pode ter efeitos neuroprotetores e ajuda a reverter o vasoespasmo cerebral. A milrinona também é utilizada para tratar essa condição (SOLIMAN, 2019)

5 CONCLUSÃO

Após realização da pesquisa bibliográfica foi possível concluir que a criação padronizada e reproduzível de aneurismas em modelos animais é de suma importância para melhorar a avaliação pré-clínica de novos dispositivos endovasculares.

Além disso, o desenvolvimento de novas técnicas para tratamento dos aneurismas requer a criação de bons modelos experimentais para testar essas metodologias e entender a progressão da doença.

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