ANEMIA FERROPRIVA GESTACIONAL: PREVALÊNCIA E ASPECTO NUTRICIONAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

GESTATIONAL IRON DEFICIEN ANEMIA: PREVALENCE AND NUTRITIONAL ASPECT: AN INTEGRATIVE LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411071247


Débora Fernandes Vidal1
Sheila Veloso Marinho Guedes2


RESUMO: A anemia ferropriva, é uma condição no qual ocasiona carência nutricional, caracterizada pela redução de glóbulos vermelhos e hemoglobina, é a forma mais comum de anemia, representando 90% dos casos. Essa é uma condição geralmente acometida por mulheres em estado gestacional, apresentando um grupo de risco devido à sua vulnerabilidade à carência de ferro. Essa pesquisa tem como objetivobuscar evidências científicas sobre a prevalência da anemia ferropriva em gestantes e os aspectos nutricionais associados a essa condição.  Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura, descrito nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (Pubmed) e Literatura Latino-Americana em ciências da saúde (Lilacs). A busca pelas publicações ocorreu com recorte temporal dos últimos 10 anos de (2013 a 2023).  Os estudos indicam que a anemia é comum entre mulheres no país, com uma taxa de prevalência de 29,4%; tendo como contribuintes para alta prevalência em gestantes, fatores como: condições socioeconômicas, acesso insuficiente ao prénatal e uma nutrição inadequada.  Ainda nessa perspectiva, autores enfatizam que a suplementação de ferro, junto a uma dieta equilibrada, é uma das principais estratégias para prevenir e tratar a anemia. No entanto, sua eficácia depende de uma abordagem multidisciplinar, sobre a importância da suplementação que inclua educação nutricional e políticas públicas a fim de evitar complicações para a saúde materna e fetal.

Palavras – Chave: Anemia na gravidez, Anemia Ferropriva, Prevalência.

ABSTRACT: Iron deficiency anemia is a condition that causes nutritional deficiency, characterized by a reduction in red blood cells and hemoglobin. It is the most common form of anemia, accounting for 90% of cases. This condition generally affects women during pregnancy, representing a risk group due to their vulnerability to iron deficiency. This research aims to seek scientific evidence on the prevalence of iron deficiency anemia in pregnant women and the nutritional aspects associated with this condition. This is an integrative literature review study, described in the Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (Pubmed) and Latin American Literature in Health Sciences (Lilacs) databases. The search for publications took place with a temporal cut of the last 10 years, between September and December 2023, and 06 articles were included.

Studies indicate that anemia is common among women in the country, with a prevalence rate of 29.4%; contributing to the high prevalence in pregnant women are factors such as socioeconomic conditions, insufficient access to prenatal care, and inadequate nutrition. Still from this perspective, authors emphasize that iron supplementation, together with a balanced diet, is one of the main strategies to prevent and treat anemia. However, its effectiveness depends on a multidisciplinary approach, on the importance of supplementation that includes nutritional education and public policies in order to avoid complications for maternal and fetal health.

Keywords: Anemia in pregnancy, Iron deficiency anemia, Prevalence.

1 INTRODUÇÃO 

A anemia ferropriva é caracterizada pela redução do número de glóbulos vermelhos e da hemoglobina. Segundo o Ministério da Saúde (2023), a anemia por deficiência de ferro, conhecida como ferropriva, é a forma mais frequente de anemia, correspondendo a 90% dos casos. No Brasil, a anemia é comum entre mulheres, com uma taxa de prevalência de 29,4% (BRASIL, 2023). Segundo Schafaschek et al., (2018), a prevalência global da anemia gestacional chega a cerca de 40%, configurando-se como um sério problema de saúde pública.

Diante dessa realidade, a prevalência da anemia ferropriva acometida pela população brasileira torna-se preocupação central, como demonstram os dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS). 

Entre as mulheres, o grupo de gestantes merece atenção especial, dado o impacto significativo da anemia durante a gestação. Diversos fatores, como infecções crônicas e deficiências nutricionais, podem influenciar a anemia, e essa condição afeta cerca de 30% das grávidas no Brasil. Dentre esses casos, aproximadamente metade está diretamente ligada à deficiência de ferro, destacando a importância da prevenção e do manejo adequado durante a gestação (SOUZA et al., 2023).

Essas condições fisiológicas tornam a anemia ferropriva um desafio comum durante a gravidez. O aumento do volume sanguíneo, que pode alcançar até 50% durante a gestação, combinado com a alta demanda por ferro, torna as gestantes mais suscetíveis à anemia ferropriva. Essa condição pode acarretar complicações graves, como parto prematuro e baixo peso ao nascer (OLIVEIRA LUIZ et al., 2019).

Estudos apontam que as gestantes apresentam ingestão insuficiente de ferro devido a dietas inadequadas ou a barreiras socioeconômicas. Outra condição, é a absorção de ferro ser comprometida por fatores inibidores presentes em dietas baseadas em vegetais, o que torna crucial a promoção de uma alimentação equilibrada associada a suplementação quando necessária. A recomendação é que nutrientes como vitamina C, B12 e ácido fólico são fundamentais no planejamento alimentar, pois ajudam a melhorar a saúde tanto da mãe quanto do feto (SCHAFASCHEK et al., 2018).

Além dos fatores biológicos, a nutrição desempenha um papel crucial na prevenção e manejo da anemia ferropriva gestacional. As demandas nutricionais elevadas podem ser agravadas por uma dieta inadequada e perdas sanguíneas frequentes (OLIVEIRA et al., 2021). 

Para prevenir a anemia e atender às necessidades nutricionais, é essencial conhecer as fontes de ferro na alimentação. O ferro heme, presente em alimentos de origem animal como carnes e peixes, é mais facilmente absorvido pelo corpo. Já o ferro não heme, encontrado em vegetais de folhas verde-escuras e leguminosas, tem sua absorção melhorada quando consumido com alimentos ricos em vitaminas C e A, como frutas cítricas e hortaliças (BRASIL, 2023). Dessa forma, o monitoramento constante e o tratamento adequado da anemia são fundamentais para garantir a saúde da mãe e do bebê, prevenindo complicações que afetam o bem-estar materno e neonatal (ROCHA; GONTIJO, 2022).

Além da dieta, estratégias mais amplas de saúde pública também são necessárias para combater a anemia ferropriva gestacional. Uma abordagem eficaz envolve programas de suplementação de ferro, campanhas educativas sobre alimentação e a capacitação de profissionais de saúde para monitorar o estado nutricional das gestantes. Fortalecer a segurança alimentar e estabelecer parcerias com organizações locais são estratégias importantes para garantir suporte adequado às gestantes (GOELZER, 2023). O pré-natal regular, com a identificação precoce da anemia e a adoção de medidas preventivas, é essencial para garantir uma gestação saudável e segura. Portanto, as intervenções devem ser abrangentes, abordando desde a alimentação até o pré-natal regular, 

Diante do exposto, a relevância da pesquisa justifica-se por abordagem de estudos apontarem uma alta prevalência da anemia em gestantes, tendo como objetivo buscar evidências sobre a prevalência da anemia ferropriva em gestantes e os aspectos nutricionais associados a essa condição. Dessa forma, colaborar com informações sobre essa abordagem; um fator importante, tanto na prevenção como ao longo do período gestacional.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, um método que permite organizar o conhecimento existente por meio da busca, análise crítica e síntese das evidências disponíveis sobre o tema. Essa abordagem proporciona uma visão atualizada do assunto, auxiliando na implementação de intervenções eficazes e na identificação de lacunas para futuras investigações (SOUSA et al., 2017).

Para a elaboração da revisão, as seguintes etapas foram seguidas: definição da questão norteadora e dos objetivos da pesquisa; estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão das publicações; busca na literatura; análise e categorização dos estudos; e, por fim, a apresentação e discussão dos resultados.

A questão norteadora da pesquisa foi: Como a alimentação, o estilo de vida e o início tardio da realização do pré-natal influenciam a prevalência da anemia em gestantes? Na busca realizada nas bases de dados, foram encontrados 24 artigos na LILACS, 4 na SciELO e 139 na PubMed. Após a aplicação dos critérios de inclusão por leitura dos títulos e resumos, foram selecionados 6 artigos da LILACS, 1 da SciELO e 21 da PubMed, totalizando 28 artigos para análise completa. Durante essa etapa, 22 estudos foram excluídos, resultando em 06 artigos para amostra final.

Os critérios de inclusão adotados foram: estudos que abordassem o tema anemia ferropriva em gestantes, indexados nas bases mencionadas, publicados nos últimos 10 anos (20132023), que apresentassem pesquisas primárias qualitativas ou quantitativas, e que estivessem disponíveis em texto completo, no idioma português Os critérios de exclusãoincluíram: artigos sem texto completo disponível, que não estavam relacionados diretamente à questão norteadora ou eram duplicados, além de estudos que apresentavam resultados secundários ou irrelevantes para os objetivos da pesquisa.

Para organizar e resumir as informações, foi utilizado um instrumento de coleta de dados que identificava o título do artigo, autores, metodologia, principais resultados e conclusões. As informações foram então categorizadas e discutidas segundo os objetivos da revisão, abordando os fatores relacionados à anemia ferropriva em gestantes, os aspectos nutricionais e as suas consequências para o recém-nascido.

Figura 1. Diagrama do resultado da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão do estudo

Fonte: Autoria Própria, 2024

Para esclarecer ao leitor as informações sobre as publicações científicas para melhor compressão dos artigos e autenticidade do mesmo, foi elaborado um quadro contendo as descrições dos artigos analisados.

Quadro 1: Sinopse dos artigos incluídos na revisão integrativa. Imperatriz, MA,2024.

AUTOR/ANOTITULOTIPO DE ESTUDO CONCLUSÃO
ALIZADEH, L; SALEHI, L. (2016)  A suplementação de ferro de rotina é necessária em mulheres grávidas com hemoglobina alta?O estudo trata-se de um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por pla- ceboDadas as consequências negativas das altas concentrações de ferro materno nos resultados da gravidez, parece que a suplementação de ferro em mulheres com alta hemoglobina (Hb) deve ser limitada.
OLVEIRA; BARROS.; FERREIRA. (2021)            Fatores de associados à anemia em gestantes da rede pública de saúde de uma capital do Nordeste do Brasil.Trata-se de um estudo de caráter transversal, realizado em Unida- des Básicas de Saúde (UBS)Prevalência de anemia nas gestantes atendidas pela rede pública de saúde do município é um problema moderado de saúde pública, tornando necessário o planeja- mento de medidas efeti- vas para o seu controle.  
FILHO et al. (2016)  Prevalência de anemia entre gestantes de um município pernambucano      Estudo de natureza descritiva, com abor- dagem quantitativa.  A prevalência de anemia entre as gestantes apre- sentou um número maior na zona urbana, cons- tando de sete gestantes, enquanto que, na zona rural, apenas   três gestantes tinham anemia.  Percebeu com o estudo que não existe relação entre a anemia gestacio- nal e a zona de moradia  
LIMA, L et al. (2020)  Anemia ferropriva em adolescentes ao final da gestação: Amazônia Ocidental Brasileira, AcreEstudo descritivo, transversal de abordagem quantitativa, rea- lizado na maternidade de Cruzeiro do SulAnemia ferropriva é uma condição nutricional fre- quente em gestantes adolescentes, devendo ser acompanhada com atenção pelos profissionais de saúde, principalmente ao final da gestação, onde essa deficiência nu- tricional pode interferir negativamente nos
   desfechos maternos e neonatais
RODRIGUES et al (2020)  Prevalecia de anemia ferropriva e consumo alimentar de ferro em ges- tantes do vale do Jequitinhonha, brasilPesquisa descritiva, transversal, realizada em 15 municípios do Vale do Jequitinhonha, com 492 gestan- tesConclui-se que, diante desse resultado, uma abordagem profilática por meio da preparação de profissio- nais para avaliar o estado nutricional das gestantes precocemente é necessária, assim como realizar as orientações adequadas durante as consultas pré- natais na região e em locais com características socioeconômicas semelhantes.    
SCHAFAS- CHEK, H. DA S.et al. (2019)Estudo da prevalência de anemia gestacional e fatores associados na maternidade de referência do município de Joinville – SC.Estudo observacional, do tipo corte transversal, em uma maternidade pública do Sul do Brasil.O estudo avaliou 740 parturientes, das quais 263 (35,6%) apresentaram anemia gestacional em algum dos três trimestres. As gestantes anêmicas tinham menor idade, escolaridade e menor proporção de casa- das, além de maior pre- valência de baixo IMC e início mais precoce do pré-natal. A prevalência geral de anemia gestacional foi de 36,5%.

Fonte:  Elaborado pela autora (2024) DISCUSSÕES 

A anemia gestacional representa um grave problema de saúde pública, com consequências sérias tanto para a mãe quanto para o feto, sendo prevalente em várias regiões do mundo (SILVA et al., 2024). Clinicamente, caracteriza-se pela redução nos níveis de hematócrito e hemoglobina, ou pela queda na concentração de hemácias por unidade de volume (ZAGO, 2014). Diversos fatores, como a idade, o estágio de desenvolvimento e o sexo, influenciam os níveis de hemoglobina em indivíduos saudáveis. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a deficiência de ferro como uma das mais comuns, especialmente entre gestantes. A suplementação de ferro, em particular o sulfato ferroso, é amplamente recomendada devido à sua eficácia e custo acessível. A OMS sugere uma dose diária de 30 a 60 mg para gestantes, enquanto o Ministério da Saúde recomenda 40 mg por dia (ALIZADEH et al., 2016; MILMAN et al., 2016). Contudo, a prevalência da anemia ferropriva está fortemente ligada a fatores socioeconômicos. Oliveira (2015) apontou que condições como residir em lares com maior número de membros, falta de abastecimento de água pela rede pública e insegurança alimentar estão associadas ao aumento dos casos de anemia. Lindoso (2022) reforça que a baixa escolaridade e a renda limitada são fatores que intensificam os riscos gestacionais, frequentemente acompanhados de piores condições nutricionais. De maneira semelhante, Filho (2016) observa que gestantes com menor escolaridade apresentam maior prevalência de anemia ferropriva.

Gestantes adolescentes compõem um grupo particularmente vulnerável. De Paula et al. (2016) reporta que a prevalência de anemia é mais alta em gestantes com menos de 20 anos. Lima (2020) acrescenta que a deficiência de ferro é especialmente comum entre adolescentes de 13 a 14 anos, devido às demandas nutricionais aumentadas após a menarca.

Estudos como o de Schafaschek et al. (2020) indicam que a prevalência global de anemia em gestantes atinge 35,6%. A maioria dos casos são leves, mas casos graves ou moderados são mais frequentes no segundo e terceiro trimestres, sem impacto significativo nos desfechos neonatais. Adicionalmente, Filho et al. (2016) em seu estudo realizado em Itapetim– PE, com 30 gestantes cadastradas nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBS), revelou que 33,3% foram diagnosticadas com anemia, todas com anemia leve do tipo ferropriva. A prevalência foi maior na zona urbana, onde sete gestantes apresentaram anemia, em comparação com três na zona rural. 

No entanto, Bernardo et al. (2016) alertam que o diagnóstico da anemia durante a gestação pode ser desafiador, visto que muitas mulheres são assintomáticas ou apresentam sintomas que se confundem com as alterações típicas da gravidez.

Embora a suplementação de ferro seja crucial, ela precisa ser complementada por uma nutrição adequada. Milman (2019) destaca que a suplementação oral é o tratamento principal para casos leves e moderados, enquanto a administração parenteral pode ser necessária em casos graves ou de intolerância a via oral. 

Para prevenir a anemia e atender às necessidades nutricionais, é essencial conhecer as fontes de ferro na alimentação. O ferro heme, presente em alimentos de origem animal como carnes e peixes, é mais facilmente absorvido pelo corpo. Já o ferro não heme, encontrado em vegetais de folhas verde-escuras e leguminosas, tem sua absorção melhorada quando consumido com alimentos ricos em vitaminas C e A, como frutas cítricas e hortaliças (BRASIL, 2023). 

No entanto, no que diz respeito ao aspecto nutricional Rodrigues (2020) aponta que 65,6% das gestantes não consomem ferro de forma adequada, o que está diretamente relacionado às condições socioeconômicas. Segundo Bonfim (2020), a ingestão de ferro pela alimentação, sozinha, não é suficiente para atender às necessidades aumentadas da gestante, sendo indispensável a suplementação. Sem dúvida, que o programa de fortificação das farinhas é uma estratégia relevante na redução da deficiência de ferro. No entanto, é importante ressaltar que a inclusão de alimentos ricos em ferro, e educação nutricional, são necessárias para garantir uma abordagem completa na prevenção da anemia ferropriva. 

Garantir uma nutrição adequada ao longo de toda a gestação é essencial para promover a saúde da mãe e do bebê. O reconhecimento precoce dos sintomas clínicos e o diagnóstico adequado são fundamentais para o manejo eficaz da anemia. O teste de hemoglobina continua sendo o principal método diagnóstico, complementado por outros exames laboratoriais que ajudam a identificar a causa da anemia. O tratamento oportuno, seja por meio da suplementação de ferro ou, em casos graves, pela administração parenteral, é crucial para evitar complicações e garantir um desfecho gestacional favorável (BONFIM, 2020).

Portanto, é de suma importância uma abordagem multidisciplinar com assistência às gestantes que inclua intervenções nutricionais e preventivas visando minimizar os riscos associados à deficiência de ferro melhorando os resultados e garantindo dessa forma uma gestação saudável tanto para a mãe quanto para o bebê.

CONCLUSÃO 

A anemia ferropriva gestacional representa um grave problema de saúde pública, afetando significativamente o bem-estar materno e fetal. Ao longo deste estudo, foi evidenciado que diversos fatores, como condições socioeconômicas, acesso insuficiente ao pré-natal e uma nutrição inadequada, contribuem para a alta prevalência dessa condição em gestantes. A suplementação de ferro, quando aliada a uma dieta equilibrada, surge como uma das principais estratégias para a prevenção e o tratamento da anemia, porém, sua eficácia pode ser limitada sem uma abordagem multidisciplinar que inclua educação nutricional e o fortalecimento de políticas públicas de saúde.

Os achados reforçam a necessidade de uma atuação mais eficaz por parte dos profissionais de saúde, especialmente no acompanhamento pré-natal, garantindo a detecção precoce e o manejo adequado da anemia ferropriva. Além disso, destaca-se a importância de intervenções educativas para aumentar o conhecimento das gestantes sobre a importância da suplementação de ferro e da adoção de hábitos alimentares saudáveis. Dessa forma, espera-se que, com medidas integradas, seja possível reduzir a prevalência da anemia ferropriva gestacional e promover melhores desfechos para a saúde da mãe e do bebê.

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Artigo apresentado ao Curso de Bacharelado em Nutrição do Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão – IESMA/Unisulma

1 Acadêmico do curso de Bacharelado em Nutrição do Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão – IESMA/Unisulma. E-mail: deborafernandes0964@gmail.com

2 Professora orientadora. Especialista em Nutrição Clínica. E-mail: sheilamguedes@hotmail.com