ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR) APLICADA À CONSTRUÇÃO DE UM POÇO TUBULAR PROFUNDO (PTP) PARA CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202506081030


Felix Santos Vicente1
Letícia Efrem Natividade de Oliveira (orientadora)2


RESUMO: A perfuração de poços tubulares profundos (PTP) é uma alternativa importante para o abastecimento de água no Brasil, sendo responsável pela captação de água subterrânea. Porém, essa atividade envolve diversos riscos para os trabalhadores. Neste cenário, o objetivo deste estudo é analisar os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores ficam expostos, durante a construção de um PTP, totalmente revestido, através da aplicação da metodologia análise preliminar de riscos (APR). É um estudo de caso exploratório e descritivo, de abordagem qualitativa e natureza aplicada. Realizou-se uma revisão bibliográfica acerca do tema pesquisado, a partir de consultas em livros, artigos científicos, manuais e normas. A pesquisa documental foi utilizada para a coleta de dados, a partir da observação da ficha de análise de riscos da tarefa (ART), disponibilizada pela empresa executora da obra. Identificouse 22 (vinte e dois) riscos diferentes na atividade analisada. Observa-se que 51% (cinquenta e um por cento) dos riscos encontrados enquadram-se nos níveis alto e muito alto, para os quais destaca-se a necessidade de implementação imediata das medidas preventivas e corretivas propostas. Para estudos futuros, sugere-se a aplicação de outras técnicas de análise de riscos à atividade pesquisada. Recomenda-se, também, que outras metodologias de execução de PTP sejam identificadas e exploradas quanto aos riscos a elas associados.

Palavras-chave: gerenciamento de riscos; riscos; perfuração de poços; sonda perfuratriz.

Abstract: The drilling of deep tube wells (DTP) is an important alternative for water supply in Brazil and is responsible for collecting groundwater. However, this activity involves a number of risks for workers. Against this backdrop, the aim of this study is to analyse the occupational risks to which workers are exposed during the construction of a fully-covered PTP by applying the preliminary risk analysis (PRA) methodology. It is an exploratory and descriptive case study, with a qualitative approach and an applied nature. A bibliographical review was carried out on the subject, using books, scientific articles, manuals and standards. Documentary research was used to collect data, based on observation of the task risk analysis form provided by the company carrying out the work. Twenty-two (22) different risks were identified in the activity analysed. It can be seen that 51% (fifty-one per cent) of the risks found fall into the high and very high categories, for which the need for immediate implementation of the proposed preventive and corrective measures stands out. For future studies, it is suggested that other risk analysis techniques be applied to the activity researched. It is also recommended that other methodologies for carrying out PTPs be identified and explored in terms of the risks associated with them.

Keywords: risk management; risks; well drilling; drilling rig.

1 INTRODUÇÃO

O acesso à água no Brasil ainda é um desafio enfrentado pelos governos e toda a sociedade. No país, cerca de 35 (trinta e cinco) milhões de pessoas não possuem acesso à água potável (Oliveira; Scazufca; Sayon, 2023). Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG, 2022), as águas subterrâneas são aproximadamente 100 vezes mais abundantes do que as águas superficiais encontradas em rios e lagos. Embora sejam armazenadas nos poros e fissuras das rochas, frequentemente de maneira milimétrica, elas ocorrem em grandes extensões, criando volumes significativos. Neste contexto, a perfuração de poços tubulares profundos torna-se uma opção ao abastecimento da população.

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2006), a Norma Brasileira (NBR) 12.244 determina os requisitos para a construção de poços tubulares para captação de água subterrânea, a fim de que a extração ocorra de forma eficiente e sustentável. Essa atividade expõe os trabalhadores a diversos riscos, o que pode resultar na ocorrência de acidentes de trabalho. 

O Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT), do Ministério da Previdência Social (MPS), registra os acidentes conforme a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE). Como não há detalhamento por subclasse, a CNAE nº 4399-1/05 – Perfuração e construção de poços de água – engloba a atividade perfuração de poços tubulares profundos (PTP) para captação de água subterrânea, objeto deste estudo (BRASIL, 2023). O anuário aponta que, no ano de 2023, a referida CNAE foi responsável por 4.320 (quatro mil, trezentos e vinte) ocorrências de acidentes de trabalho em todo o território nacional, o que equivale a 0,59% do total de registros. No Espírito Santo, onde localiza-se o PTP objeto deste estudo, foram registrados 128 acidentes relacionados a essa CNAE, o que corresponde a 0,86% dos casos notificados no estado (BRASIL, 2023).

Em razão dos acidentes de trabalho relacionados à perfuração de PTP para captação de água subterrânea, entende-se que é necessário controlar os riscos envolvidos nessa atividade, a fim de preservar a saúde e a segurança dos trabalhadores. Segundo Bristot (2019), o gerenciamento de riscos envolve a identificação e a avaliação dos riscos existentes em um ambiente de trabalho. 

Uma das técnicas utilizadas nesse processo é a Análise Preliminar de Riscos (APR), que permite a identificação dos riscos, além de suas causas e consequências. Através da APR, é possível que os riscos sejam classificados de acordo com a sua gravidade e frequência, o que possibilita a priorização da implementação de ações e medidas, sejam essas corretivas ou preventivas (Barbosa; Pinheiro; Crisóstomo, 2021).

Outra justificativa para esse estudo diz respeito à escassez de pesquisas que abordem a segurança do trabalho na construção de PTP para captação de água subterrânea. Diante do exposto, tem-se o seguinte problema de pesquisa: Quais são os riscos ocupacionais presentes na atividade de construção de PTP para captação de água subterrânea e quais medidas podem ser adotadas para controlá-los?

A partir do problema apresentado, o objetivo geral deste estudo é analisar os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores ficam expostos, durante a construção de um PTP, totalmente revestido, para a captação de água subterrânea, através da aplicação da metodologia APR. Os objetivos específicos compreendem: analisar o processo de construção do PTP; identificar os riscos ocupacionais presentes em tal processo, assim como suas causas e consequências; propor medidas preventivas e/ou corretivas que auxiliem no controle de tais riscos.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CONSTRUÇÃO DE POÇO TUBULAR PROFUNDO (PTP)

De acordo com a Agência Nacional de Água (ANA, 2018), a construção de um poço tubular é uma obra de engenharia geológica, na qual utiliza-se uma sonda perfuratriz para a execução de uma perfuração vertical, que permite o acesso e a captação da água subterrânea. Os poços perfurados em aquíferos confinados podem ser denominados: jorrantes, quando a perfuração possibilita que a água jorre naturalmente na superfície do terreno; e não jorrantes, nos casos em que o nível de água encontra-se acima do topo do aquífero, mas não atinge a superfície do terreno (ANA, 2018). Além disso, os poços tubulares que possuem profundidade de até 50 (cinquenta) metros são classificados como poços tubulares rasos. Já aqueles cuja profundidade é maior do que 50 (cinquenta) metros são denominados poços tubulares profundos (ANA, 2018).

Segundo Giampá e Gonçales (2015), a utilização das NBR definas pela ABNT assegura a conformidade dos poços em relação aos padrões técnicos e legais. A NBR 12.212 estabelece as exigências para elaboração de projeto de poços tubulares para captação de água subterrânea (ABNT, 2017). Já a NBR 12.244, detalha os procedimentos construtivos dos mesmos (ABNT, 2006). Além disso, normas específicas regulamentam os ensaios e a produção dos materiais utilizados nesses poços. 

A definição do método de perfuração a ser utilizado na construção de um PTP ocorre em função das características da rocha a ser perfurada. Um dos métodos utilizados é denominado roto-pneumático, que utiliza o ar comprimido transmitido por um compressor para triturar a rocha e remover os fragmentos (ANA, 2018).

Na Figura 1, é possível observar o perfil construtivo de um PTP totalmente revestido.

Figura 1- Esquema do perfil construtivo do PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea.

Fonte: Adaptado de Giampá e Gonçales (2015).

O Quadro 1, a seguir, descreve as etapas construtivas de um PTP para captação de água subterrânea, através do método de perfuração roto-pneumático.

Quadro 1 – Etapas construtivas do PTP – Método roto-pneumático (continua)

EtapaDescrição
Preparação do canteiro de obrasAs instalações de apoio a execução do PTP devem ser dimensionadas, levando-se em consideração as proporções e as características do mesmo, conforme determinado em projeto. Devem ser observadas as condições de acesso ao local, de modo a considerar a disposição dos materiais e insumos, além da movimentação segura de equipamentos e máquinas. A perfuratriz deve ser posicionada no local do poço e, em seguida, estabilizada e nivelada, tomando-se como referência a torre articulada.
Perfuração rotopneumáticaEste serviço contempla a perfuração de solos e rochas sedimentares consolidadas. A perfuração é realizada utilizando-se uma sonda perfuratriz rotativa hidráulica, na qual um bit é acoplado a um martelo de impacto e acionado com ar comprimido gerado por um ou mais compressores, a depender do diâmetro da perfuração. O ar comprimido também é utilizado para a limpeza dos fragmentos de rocha resultantes da perfuração.
RevestimentoO revestimento do PTP – geralmente executado com materiais como aço carbono, aço galvanizado, aço inox ou policloreto de vinila (PVC) – tem a função de sustentar as paredes do poço, evitando desmoronamentos, permitindo a condução de água e abrigando o equipamento de bombeamento submerso. A dimensão do revestimento deve considerar as pressões de colapso e tração previstas para o poço.
FiltrosOs filtros são um tipo de revestimento com ranhuras que permite a passagem de água para o interior do poço. Intercalados a tubos lisos, eles compõem a coluna de produção. Devem ser dimensionados de modo a cobrir cerca de 70% (setenta por cento) da espessura do aquífero e minimizar a velocidade de entrada de água no interior do poço. 

Quadro 1 – Etapas construtivas do PTP – Método roto-pneumático (conclusão)

EtapaDescrição
Pré-filtroO pré-filtro é um material composto predominantemente de quartzo selecionado (granulometria de cascalho), que é introduzido no espaço anular entre a perfuração e o revestimento e filtros, com a finalidade de estabilizar as paredes do poço e evitar a entrada de areia da formação para o seu interior.
DesenvolvimentoEsta etapa compreende um conjunto de operações que visam a eliminação dos resíduos de perfuração que possam comprometer o fluxo de água para o interior do poço, além da estimulação da produção do aquífero. Esta etapa compreende a execução de métodos hidráulicos, mecânicos e químicos, cuja finalidade é melhorar o rendimento do poço e minimizar as perdas de carga de entrada de água.
CimentaçãoConsiste na introdução de pasta de cimento no espaço anular entre a perfuração e o revestimento de superfície (tubo de boca), com a finalidade de ancorar o tubo no terreno e prover a proteção sanitária do poço.
Fonte: Adaptado de Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR, 2021) e Agência Nacional de Águas (ANA, 2018).

2.2 RISCO OCUPACIONAL

Os riscos ocupacionais derivam de atividades laborais que podem causar danos à saúde dos trabalhadores ou provocar acidentes. A eliminação ou neutralização desses riscos diminui a probabilidade de ocorrência dessas consequências (Bristot, 2019).

A Norma Regulamentadora nº 1 define risco ocupacional como a “combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um evento perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo à saúde” (Brasil, 2025). O Quadro 2 apresenta os agentes de risco ocupacional, suas respectivas descrições e exemplificações.

Quadro 2 – Classificação dos agentes de risco ocupacional

Agente DescriçãoExemplos
FísicoQualquer forma de energia que, em função de sua natureza, intensidade e exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador.Ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes.
QuímicoSubstância química, por si só ou em misturas, em seu estado natural ou, ainda, produzida, utilizada ou gerada no processo de trabalho, que em função de sua natureza, concentração e exposição, pode causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador.Fumos de cádmio, poeira mineral contendo sílica cristalina, vapores de tolueno, névoas de ácido sulfúrico.
BiológicoMicrorganismos, parasitas ou materiais originados de organismos que, em função de sua natureza e do tipo de exposição, pode acarretar lesão ou agravo à saúde do trabalhador.Bactéria Bacillus anthracis, vírus linfotrópico da célula T humana, príon agente de doença de Creutzfeldt-Jakob, fungo Coccidioides immitis.
MecânicoGerado por situação inadequada no local de trabalho, ocasionando dano à integridade física do trabalhador.Queda, choque elétrico, impacto, explosão, dentre outros. 
ErgonômicoResultante de: relações e organização do trabalho; mobiliário e condições ligadas ao conforto no ambiente de trabalho.Esforço repetitivo, esforço físico acima da capacidade do trabalhador, postura inadequada, dentre outros.
Fonte: Adaptado de Brasil (2025) e Bristot (2019).

Oliveira (2020) destaca que os riscos ocupacionais devem ser identificados, analisados, avaliados e controlados. Assim o gerenciamento desses riscos deve ser realizado de maneira sistemática e eficiente.

2.3 GERENCIAMENTO DE RISCOS

O gerenciamento de riscos é o processo sistemático ou a metodologia que permite a sugestão e a implantação de medidas, assim como de procedimentos técnicos e administrativos, que tenham como objetivo prevenir, reduzir e controlar os riscos em um ambiente de trabalho. Isso só é possível, conhecendo-se a tarefa a ser desempenhada e os riscos relacionados ao desenvolvimento da mesma (Bristot, 2019).

A NR 01 determina que cabe ao empregador implementar medidas de prevenção nos locais de trabalho, ouvidos os trabalhadores, Essa implementação deve ocorrer, conforme a seguinte ordem de prioridade: inicialmente, deve-se tentar eliminar os fatores de risco; em seguida, deve-se adotar medidas de proteção coletiva e, caso essa alternativa não seja suficiente, implementar medidas administrativas ou de organização do trabalho, na tentativa de minimizar e controlar os fatores de risco; finalmente, deve-se adotar medidas de proteção individual (Brasil, 2025).

Existem diversos métodos e técnicas que podem sistematizar o processo avaliação de riscos, na implementação de um sistema de gerenciamento de riscos, tais como: Análise “E se…?” (What if…?); Lista de Verificação (Checklist); Análise Preliminar de Risco (APR); Análise de Modos e Efeitos de Falhas (FMEA); Análise de Perigos e Operabilidade (HAZOP); Análise por Árvore de Falhas (AAF); e Análise de Árvore de Eventos (AAE). Essas técnicas antecipam e identificam os riscos, as falhas e suas consequências, permitindo a adoção de ações preventivas e de planos de contingência (Oliveira, 2020).

2.4 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)

A APR consiste no estudo, realizado nas etapas iniciais de um projeto, para identificar e avaliar os riscos potenciais que podem surgir durante a operação de um novo produto ou sistema. Trata-se de uma análise qualitativa, considerada fundamental para sistemas inovadores ou pouco conhecidos, pois permite a antecipação e a mitigação de problemas antes de sua ocorrência. A APR também pode ser utilizadas em sistemas que já estejam em operação, a fim de identificar falhas ignoradas (Sherique, 2015).

De acordo com Wertzner (2024), a APR é uma ferramenta utilizada para estudar as tarefas envolvidas em uma atividade específica, que possibilita a identificação dos possíveis riscos envolvidos em sua execução. Além disso, essa metodologia permite a detecção dos agentes geradores de tais riscos, o que viabiliza a sugestão de medidas que visem a sua eliminação ou a minimização de suas consequências, como a ocorrência de acidentes de trabalho (Faria et al., 2020).

Segundo Wertzner (2024), não há uma norma específica que estabeleça a estrutura e a documentação que uma APR deve conter. Bristot (2019) estabelece as etapas básicas para o desenvolvimento de uma APR, que abrangem: a revisão de experiências envolvendo sistemas similares ou análogos, a afim de determinar os riscos possíveis no sistema analisado; a revisão dos objetivos, das exigências de desempenho, das principais funções e procedimentos, e dos ambientes onde as operações do sistema ocorrem; a determinação dos principais riscos, ou seja, aqueles com potencial de causar lesões, perdas de função, danos a equipamentos e perda de material; a determinação dos riscos iniciais e contribuintes, com a construção das séries de risco; a revisão dos meios de eliminação ou controle dos riscos; a análise dos métodos que possam ser empregados na restrição de danos, no caso de perda de controle sobre os riscos; e a determinação dos responsáveis pela implementação das ações preventivas ou corretivas.

No Quadro 3, a seguir, é possível observar um modelo de APR.

Quadro 3 – Modelo de APR

Fonte: Adaptado de Wertzner (2024) e Oliveira (2020).

No Quadro 3, na coluna “Etapa”, deve-se especificar as etapas nas quais o processo em estudo foi dividido. Já na coluna “Risco”, devem ser descritos os perigos identificados, os eventos iniciadores em potencial, além de outros eventos capazes de gerar consequências indesejáveis para cada etapa do processo. As causas de cada um dos perigos e os seus possíveis efeitos danosos deverão ser descritos nas colunas “Causa” e “Consequência”, respectivamente (Wertzner, 2024).

Segundo Oliveira (2020), a categoria frequência de um risco pode ser estimada por um profissional especializado, de forma subjetiva, a partir da análise de dados históricos, taxas de falhas ou outros critérios estatísticos. No Quadro 4, é possível observar a periodicidade e a descrição das categorias de frequência que podem ser relacionadas aos riscos.

Quadro 4 – Categorias de frequência de riscos

Fonte: Adaptado de Sherique (2015).

De acordo com Oliveira (2020), o grau de severidade de um risco é determinado com base na gravidade de suas consequências danosas. Para Wertzner (2024), a classificação do grau de severidade deverá ser realizada a partir da análise do histórico de acidentes ocorridos na empresa, ou em outros locais.

O Quadro 5, que segue, apresenta as classificações que o grau de severidade dos riscos pode assumir e suas respectivas descrições.

Quadro 5 – Classificação da severidade dos riscos

Fonte: Adaptado de Sherique (2015).

Segundo Oliveira (2020), o nível dos riscos identificados na APR é determinado a partir da combinação entre a severidade e a frequência de cada rico, utilizando-se uma matriz de riscos. A definição do nível de cada risco permite a priorização de ações destinadas a alimentar o processo de prevenção (Bristot, 2019). O Quadro 6 apresenta uma matriz de riscos.

Quadro 6 – Matriz de riscos

Oliveira (2020) afirma que os níveis de risco definidos como muito alto (5) e alto (4), a partir da matriz de riscos, indicam a necessidade de implementação de medidas de controle mais rigorosas e devem ser tratados de forma imediata. Conforme Wertzner (2024), tais medidas são mais eficientes quando abrangerem o coletivo de trabalhadores da organização.

3 METODOLOGIA

Este estudo possui abordagem qualitativa pois, conforme determina Siena et al. (2024), analisa textos e procedimentos, e não utiliza dados numéricos ou técnicas estatísticas para a investigação dos dados. Quanto a sua natureza, trata-se de uma pesquisa aplicada, uma vez que busca encontrar soluções para os problemas observados pelos pesquisadores, de acordo com a definição de Silva (2024).

Em relação aos seus objetivos, o estudo classifica-se como exploratório e descritivo. A pesquisa exploratória visa a obtenção de maior familiaridade com o problema pesquisado, de forma a explicitá-lo. Já a pesquisa descritiva busca descrever as características de um fenômeno (Siena et al., 2024).

Trata-se de um estudo de caso, pois compreende a investigação profunda da execução da atividade de construção de um PTP para captação de água subterrânea, a fim de que os riscos envolvidos na mesma sejam identificados e analisados. O estudo de caso é uma metodologia de pesquisa que permite aprofundar o entendimento sobre um determinado tema, por meio da análise de um caso concreto (Guerra, 2024). 

Os procedimentos metodológicos utilizados incluem a pesquisa documental. Trata-se de um método amplamente utilizado em diversas áreas do conhecimento para coletar e analisar informações a partir de fontes documentais (Guerra, 2024).

A fim de fundamentar e contextualizar o tema deste estudo, realizou-se uma revisão bibliográfica, a partir de fontes como livros, artigos científicos, manuais e normas. Em pesquisa realizada na base de artigos científicos Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (periódicos CAPES), utilizando-se como buscadores os termos “segurança do trabalho”, “poço tubular profundo”, “poço artesiano”, de forma associada, não foram encontrados resultados satisfatórios. Ampliando-se a busca com a utilização das palavras-chave “risco”, “análise preliminar de riscos”, “APR”, “perfuração”, “poço” e “água subterrânea”, também não foram encontrados estudos, o que evidencia uma lacuna no conhecimento sobre o tema proposto.

Além da fase construtiva de um PTP para captação de água subterrânea, a pesquisa analisou as etapas de mobilização e desmobilização de veículos, equipamentos e da equipe necessária para a execução da obra. O levantamento dos riscos ocorreu a partir da observação da ficha de Análise de Riscos da Tarefa (ART) disponibilizada pela empresa executora da obra. A análise dos dados foi realizada utilizando-se a metodologia APR. Assim, a partir da definição da frequência e da severidade de cada um dos riscos identificados, determinou-se os níveis de risco, o que permitiu a identificação daqueles mais críticos. Em seguida, foram propostas medidas preventivas e corretivas.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA OBRA ANALISADA

A obra de construção de um PTP para captação de água subterrânea, objeto desta análise, foi realizada na zona rural de um município localizado no interior do estado do Espírito Santo, distante aproximadamente 80 (oitenta) quilômetros da capital, Vitória. O PTP construído abastece uma comunidade de cerca de 30 (trinta) pessoas.

Trata-se de um PTP totalmente revestido com tubo PVC geomecânico, com diâmetro equivalente a 6” (154 mm) e profundidade de 183 (cento e oitenta e três) metros. Na execução da obra, foram utilizados veículos e equipamentos – caminhonete cabine dupla, caminhão para transporte de material, caminhão com compressor de ar e perfuratriz roto-pneumática – pertencentes a uma empresa especializada neste tipo de serviço, que possui considerável experiência na área. 

A obra contou com uma equipe de sete profissionais, distribuídos entre sondador, ajudante, motorista, técnico de segurança, geólogo e encarregado. A construção iniciou-se em 23/04/2024 e teve um prazo de execução de 23 (vinte e três) dias, contados da data de mobilização até o dia em que foi finalizada a concretagem da laje de proteção.

As etapas da obra de construção do PTP estão representadas no fluxograma a seguir, exibido na Figura 2.

Figura 2 – Fluxograma das etapas da obra de construção do PTP

A seguir, o Quadro 7 apresenta as etapas construtivas da obra, objeto desta pesquisa, com os registros fotográficos.

Quadro 7 – Etapas da obra de construção do PTP (continua)

Quadro 7 – Etapas da obra de construção do PTP (conclusão)

Fonte: Elaborado pelos autores (2024).

A compreensão das etapas construtivas do PTP e a observação da ART do processo possibilitaram a identificação de 55 (cinquenta e cinco) potenciais riscos. A análise desses ricos é apresentada na APR, descrita no Quadro 8, a seguir.

Quadro 8 – Análise Preliminar de Riscos (APR) de uma obra de construção de PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea (continua)

Quadro 8 – Análise Preliminar de Riscos (APR) de uma obra de construção de PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea (continua)

Quadro 8 – Análise Preliminar de Riscos (APR) de uma obra de construção de PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea (continua)

Quadro 8 – Análise Preliminar de Riscos (APR) de uma obra de construção de PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea (continua)

Quadro 8 – Análise Preliminar de Riscos (APR) de uma obra de construção de PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea (continua)

Quadro 8 – Análise Preliminar de Riscos (APR) de uma obra de construção de PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea (continua)

Quadro 8 – Análise Preliminar de Riscos (APR) de uma obra de construção de PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea (continua)

Quadro 8 – Análise Preliminar de Riscos (APR) de uma obra de construção de PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea (continua)

Quadro 8 – Análise Preliminar de Riscos (APR) de uma obra de construção de PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea (continua)

Quadro 8 – Análise Preliminar de Riscos (APR) de uma obra de construção de PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea (continua)

Quadro 8 – Análise Preliminar de Riscos (APR) de uma obra de construção de PTP, totalmente revestido, para captação de água subterrânea (conclusão)

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

A APR do processo construtivo do PTP permitiu a identificação de 22 (vinte e dois) riscos diferentes. Como um mesmo risco pode estar presente em etapas diversas, o seu nível pode variar, dependendo da etapa à qual ele está vinculado, em razão da diversificação das categorias de frequência e de gravidade.

Dentre os riscos encontrados, considerando-se a sua repetição nas diversas etapas, quatro classificam-se no nível cinco (risco muito alto) e 23 (vinte e três) correspondem ao nível quatro (risco alto). Os níveis de risco três (risco moderado), dois (risco baixo) e um (risco muito baixo), correspondem a, respectivamente, 12 (doze), 10 (dez) e quatro riscos. Observa-se que 51% dos riscos encontrados enquadram-se nos níveis alto e muito alto, o que demostra o perigo enfrentado pelos trabalhadores na execução da obra. A Figura 3 sintetiza os resultados obtidos na APR, conforme o nível de risco.

Figura 3 – Número de ocorrências, conforme o nível de risco

Fonte: Elaborado pelos autores (2025).

Os riscos ocupacionais ruído e poeira foram classificados no nível 5 (risco muito alto). Dessa forma, esses riscos merecem atenção especial por parte da organização, que deve priorizar a implementação das medidas corretivas e preventivas propostas para os mesmos.

Conforme destacam Tavares et al. (2020), a exposição excessiva ao ruído, pode provocar estresse, problemas gastrointestinais, cardíacos, psicológicos, auditivos entre outros. Segundo Silva et al. (2024), as medidas preventivas e corretivas devem ser adotadas nos casos em que o nível de ruído permanece acima daquele estabelecido pela legislação. Gonçalves et al. (2019) afirmam que a exposição ocupacional à poeira e o potencial tóxico da substância no organismo ocasionam efeitos nocivos à saúde.  

Apesar dos níveis de risco 1, 2 e 3 serem considerados menos impactantes, as medidas sugeridas para esses casos também devem ser implementadas. Embora não sejam classificados como prioritários, também é preciso atentar-se a esses riscos.

Os estudos realizados por Kummer (2016) apresentam uma APR relacionada à atividade de sondagem rotativa (perfuração) associada a processos de mineração. Apesar de não se tratar de uma atividade equivalente àquela abordada nesta pesquisa, reconhece-se certo grau de paridade na metodologia executiva dessas atividades, visto que conforme (Valec, 2019), as sondagens rotativas consistem em perfurações profundas realizadas no terreno. 

Os resultados deste estudo corroboram com aqueles encontrados na pesquisa realizada por Krummer (2016), na qual destacaram-se os riscos poeira mineral, ruído e exposição ao sol (radiação não ionizante), classificados como risco crítico, moderado e crítico, respectivamente. Essa convergência de resultados reforça a necessidade da priorização da implementação de medidas de controle para esses riscos.

5 CONCLUSÃO

Este estudo analisou os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores ficam expostos, durante a construção de um PTP, totalmente revestido, para a captação de água subterrânea, através da aplicação da metodologia APR. Dentre os níveis de risco encontrados, 51% correspondem a riscos alto e muito alto. Isso destaca os perigos presentes na execução desse tipo de obra e a necessidade de priorização do controle desses riscos, para os quais recomendase a implementação imediata das medidas preventivas e corretivas sugeridas. 

Embora os riscos classificados como baixos e muito baixos sejam considerados de menor impacto, eles não devem ser negligenciados. A gestão contínua e o monitoramento desses riscos podem evitar que os mesmos se tornem ameaças maiores ao longo do tempo.

Destaca-se que o gerenciamento de riscos contribui para a sustentabilidade das operações e a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores. Os resultados deste estudo evidenciam a importância de uma abordagem holística na gestão de riscos, contemplando todas as fases do processo produtivo. Dessa forma, além de assegurar o cumprimento das NR, promove-se também o bem-estar dos trabalhadores.

O estudo restringiu-se à análise dos riscos associados às etapas centrais da construção de poços tubulares profundos, não compreendendo atividades complementares, como testes de vazão, montagem de equipamentos e futuras manutenções, o que restringe a visão abrangente dos riscos. Além disso, não foram encontradas pesquisas acerca da atividade abordada, que possibilitassem análises comparativas dos riscos encontrados.

Para estudos futuros, sugere-se a aplicação de outras técnicas de análise de riscos à atividade pesquisada. A utilização de métodos quantitativos associados às abordagens qualitativas pode contribuir para o aumento da precisão das investigações. Recomenda-se, também, que outras metodologias de execução de PTP sejam identificadas e exploradas quanto aos riscos a elas associados.

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS – ANA. Estudos hidrogeológicos para a gestão das águas subterrâneas da região de Belém/PA: Anexo I – Manual orientativo de poços tubulares profundos para a região de Belém e projeto de poço tubular para os sistemas aquíferos Barreiras e Pirabas, v. 3. Brasília, 2018. Disponível em: <https://metadados.snirh.gov.br/geonetwork/srv/api/records/4e560d0e-9534-44e2-8e19-31ba5fb3596a/attachments/ANEXO%20I%20%20Manual_orientativo_po%C3%A7os_Volume3.pdf>. Acesso em: 18 mai. 2025.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12212: Projeto de poço tubular para captação de água subterrânea – Procedimento. Rio de Janeiro: 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12244: Poço tubular – Construção de poço tubular para captação de água subterrânea. Rio de Janeiro: 2006. 

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1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais – IFMG, Avenida Minas Gerais, 5189 – Bairro Ouro Verde – CEP 35057-760 – Governador Valadares – MG.
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