ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 

ERGONOMIC ANALYSIS OF LABOR IN CIVIL CONSTRUCTION: A SYSTEMATIC REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202409051412


Emerson Luiz Brito de Carvalho1; Elvis Brito de Carvalho2; Mayara Carneiro Alves Pereira3; Keilane Maria da Costa Silva 4; Juliana Beatriz Santos Santiago 5


Resumo

A construção civil pode ser aperfeiçoada com aplicação de conhecimentos de ergonomia. Neste sentido o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática sobre Análise Ergonômica do Trabalho (AET) na construção civil. Os procedimentos adotados foram buscas por artigos em português e inglês publicados de 2010 a 2021 em sete bases de dados internacionais com quatro combinações de palavras-chave que retratassem o tema. Os resultados encontrados mostraram que as atividades da construção civil apresentam grande potencial causador de DORTs, além das metodologias adotadas utilizarem combinações de métodos qualitativos e quantitativos, os quais em sua maioria, envolvem avaliações rápidas das situações encontradas. Concluiu-se que além de uma tendência de métodos quantitativos, a parte corpórea verificada em todos os estudos foi o tronco. Por fim, elucida-se algumas limitações do estudo, assim, como sugestões para trabalhos futuros que visem enriquecer a temática. 

Palavras-chave: Risco ergonômico. Distúrbio osteomuscular. Lesão.

Abstract

Civil construction can be improved with the application of ergonomic knowledge. In this sense, the objective of this study was to carry out a systematic review on Ergonomic Analysis of Work (AET) in civil construction. Searches were carried out for articles in Portuguese and English published from 2010 to 2021 in seven databases with four combinations of Keywords, Totaling nine articles were selected. The results found in the research show that civil construction activities have great potential for causing WMSDs, the methodologies adopted are combinations of qualitative and quantitative methods, which, in their majority, involve rapid evaluations of situations being helped with the use of technologies such as of movements and postures and software for compiling and analyzing data. 

Keywords: Ergonomic risk. Musculoskeletal disorder. Injury.

1 INTRODUÇÃO

Os trabalhadores da construção civil frequentemente manuseiam materiais e dispositivos que demandam intensos esforços físicos por meio de diversos segmentos corporais. Isto ocorre em ritmo acelerado especialmente em obras de grande complexidade e executadas em posições corporais por vezes desfavoráveis (Pereira et al, 2015; Iida; Guimarães, 2016). Essas situações tendem a acarretar incidência dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORTs) que afetam a saúde e segurança do trabalhador sendo causas comuns de lesões e deficiências em distintos países (Saedpanah et al, 2018). Sobre os trabalhadores afetados, as DORTs originam dor, inchaço, distúrbios sensoriais, formigamento, limitação do movimento e redução do controle do movimento, entre outros desconfortos. Já na perspectiva das organizações, tem-se perdas significativas de tempo de trabalho, aumento de custos de produção além de causar danos à saúde dos trabalhadores, sendo assim considerado o maior problema de saúde ocupacional nos países desenvolvidos (Beheshti; Javan; Yarahmadi, 2017).

As DORTs podem ser minimizadas ou evitadas com adoção da ergonomia no local de trabalho, que segundo Falzon (2015), visa adequar os trabalhos, ambientes e máquinas ao ser humano. Nesse contexto, existem distintas metodologias ergonômicas que podem ser adotadas para a avaliação de um local de trabalho (Soares; Diniz, 2019), contudo no Brasil a Norma Regulamentadora (NR) 17 prevê a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, e obriga o empregador a realizar a Análise Ergonômica do Trabalho (Brasil, 2018). Assim, além ser de suma importância, a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) se constitui em um conjunto estruturado e intercomplementar de análises situadas, de natureza global e sistemática, sobre os determinantes da atividade das pessoas numa organização (Vidal, 2011).

No que diz respeito aos procedimentos de execução da AET, muitos autores desenvolveram as mais diversificadas formas de abordagens metodológicas, com diferentes técnicas e ferramentas para análise ergonômica tendo em vista que a escolha é realizada em função da natureza dos problemas colocados no momento da demanda (Abrahão et al, 2009; Carvalho, 2016). Nesse sentido, o Quadro 1 elucida algumas características que devem estar presentes na AET.

Quadro 1 – Características presentes na AET

Considerem as dimensões trabalhador, contrato e empresa. Tal consideração diz respeito a análise do trabalho prescrito e real, bem como suas vertentes, no que diz respeito à individualidade do trabalhador e especificidades do contrato de trabalho e da empresa
Relacionem com a participação efetiva do gestor do processo produtivo, do engenheiro ou técnico do processo, com envolvimento do pessoal operacional
Combinam técnicas de observação (anotação, fotografia e vídeo, esquemas) com métodos de quantificação (mensurações, estatísticas e escrutínios) e procedimentos interacionais (conversações, entrevistas abertas e fechadas e grupos de foco)
Buscam combinar procedimentos de descrição (quadros, tabelas, gráficos e ambas), validação (restituição de resultados, autoconfrontações) e modelagem (plantas, perspectivas, maquetes e simulações)
Operam com variáveis quantitativas (quantidades, frequências, sequências) e qualitativas (contextos de ocorrências, singularidades, curiosidades anedóticas)
Que defina as alternativas de solução permitindo a elaboração de um plano de ação viável, além de definir quanto a existência ou não do risco de adoecimento decorrente das condições ergonômicas
Fonte: Adaptado de Vidal (2011); Nogueira e Venanzi (2016); Couto e Couto (2020)

Ao vislumbrar o Quadro 1, constata-se que são vários atributos metodológicos que permeiam a AET nas quais podem estar presentes em publicações científicas que envolvam a construção civil. Diante disso, o mapeamento de estudos atuais difundidos na literatura que abordem a AET na construção civil permitem delinear quais características da análise estão sendo contemplados, contribuindo para esclarecer tendências e desafios na área. Assim, emerge a relevância da revisão sistemática, que é uma revisão na qual seleciona documentos segundo critérios específicos, descrevendo minuciosamente os procedimentos de busca, além dos critérios utilizados para a seleção daqueles que foram incluídos na revisão e os procedimentos empregados na síntese dos resultados obtidos pelos estudos revisados (Scorsolini-Comin, 2014; Flick, 2012).

Inicialmente limitada à clínica médica, a revisão sistemática foi adotada por outras grandes áreas de estudo (Costa; Zoltowsk, 2014), sendo atualmente disseminada tanto nas áreas de engenharias quanto na de humanidades. Sua difusão ocorreu mediante as limitações das revisões de literatura tradicionais, pois essas tendem a fornecer detalhes sobre os estudos sem explicar os critérios usados para identificar e incluir esses estudos ou por que certos estudos são descritos e discutidos e outros não (Gough; Oliver; Thomas, 2012). Nesse contexto, a revisão sistemática permite evidenciar resultados de novas pesquisas que podem confirmar, rejeitar, contrastar ou complementar conclusões de pesquisas anteriores, além da possibilidade de identificar novas hipóteses que podem ser geradas a respeito de subgrupos específicos (Greenhalgh, 2013; Morandi; Camargo, 2015). Do exposto, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão sistemática sobre Análise Ergonômica do Trabalho (AET) na construção civil.

2 METODOLOGIA

Os dados coletados de uma revisão sistemática devem ser precisos, completos e acessíveis no desenvolvimento de estudos futuros, a definição de um protocolo de revisão sistemática é essencial. Nesse contexto, Shamseer et al. (2015), elenca uma série de benefícios, dentre os quais cita-se: (I) possibilitam que os autores documentem todo o planejamento antes de iniciarem sua revisão, permitindo a comparação com outras revisões; (II) dificulta a tomada de decisão arbitrária com relação aos critérios de inclusão, exclusão e extração de dados e; (III) tende a reduzir a duplicidade de esforços por parte de outros pesquisadores, além de fomentar uma rede de colaboração, quando for possível (Li; Higgins; Deeks, 2019).

Diante disso, a declaração PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) emerge com um protocolo atual e robusto que possibilita desenvolver estudos de revisão sistemática com um elevado padrão de qualidade. Assim, com a finalidade de atender ao objetivo proposto, a presente revisão sistemática adotou a declaração PRISMA como protocolo norteador na coleta e análise de dados.

Sendo assim, elencou-se sete base de dados científicas de relevância na literatura internacional para compor a pesquisa, nas quais são: Web of Science, Directory of Open Access Journals (DOAJ), Emerald, SciELO, ScienceDirect, SpringerLink e Wiley Online Library. Por conseguinte, definiu-se que a pesquisa por palavras-chave seria no campo de resumo (abstract) das bases de dados e, quando não houvesse possibilidade de efetuar tal pesquisa, a mesma ocorreria no campo de título (title) da base de dado correspondente. Ademais, mediante a necessidade de mapear o atual panorama proposto pelo objetivo do trabalho, definiu-se que a pesquisa iria compreender os trabalhos apenas da década passada em diante, isto é, do ano de 2010 até o ano de 2021.

Em seguida, analisou-se quais palavras-chave poderiam retratar o objetivo do presente trabalho com a finalidade de captar os estudos presentes na literatura que norteiam o tema. Diante disso, elaborou-se quatro combinações de palavras-chave que são exibidas no Quadro 2. Deve-se evidenciar que as combinações de palavras-chave foram em língua portuguesa (língua nativa dos autores) e língua inglesa (língua predominante nas bases de dados internacionais).

Quadro 2 – Combinações de palavras-chave utilizadas

CombinaçãoCombinações de Palavras-chave
Combinação 1“ergonomic analysis” construction  
Combinação 2ergonomic “civil construction”  
Combinação 3“human factors” “civil construction”  
Combinação 4ergonomic construction method  
Fonte: Autores (2021)

A partir do Quadro 2 constata-se que as quatro combinações buscam mapear a temática em estudo, não só pelo aspecto de análise ergonômica, mas para todo o contexto da ergonomia e construção. Após encontrar os resultados obtidos pelas bases de dados, iniciou-se a quantificação desses trabalhos por meio de uma planilha eletrônica, na qual continha seu título do trabalho, nome do periódico, ano de publicação e nome da base de dado pesquisada. Mapeados todos os trabalhos na planilha, adotaram-se os critérios de exclusão propostos por Rebelo et al, (2020) sendo eles:

– Publicações que não são provenientes de artigos científicos;

– Artigos que se repetem em diferentes portais científicos e/ou campos de pesquisa;

– Artigos escritos em outro idioma que não sejam português ou inglês pois fogem do domínio de fluência dos autores;

– Artigos que não houve a possibilidade de se obter o acesso integral à leitura e posterior análise.

Após os critérios de exclusão, foram utilizados dois critérios de elegibilidade de artigos, sendo eles:

– Artigos que não tenham como objetivo a definição/validação de modelo/método teórico e artigos de revisão da literatura e seus distintos tipos;

– Artigos que não tenham como objetivo a análise ergonômica na construção civil.

Deve-se destacar a diferença entre os critérios de elegibilidade e o de exclusão, na qual o de elegibilidade demanda a leitura na íntegra do(s) artigo(s) já os de exclusão não exige tal leitura (Rebelo et al, 2020). Posteriormente, os artigos que estiveram aptos após a filtragem dos critérios de exclusão e elegibilidade foram selecionados para compor a discussão de suas características para checar os pontos de concordância e congruência entre eles, assim como as particularidades que visam agregar valor à discussão da temática em estudo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

Realizada as buscas nas bases de dados, obteve-se os resultados conforme exibe a Tabela 1.

Tabela 1 – Número de publicações encontradas nas bases de dados

Fonte: Autores (2021)

Ao vislumbrar a Tabela 1, verifica-se um total de 171 publicações dentre as quais a busca por palavras-chave ergonomic construction method representam aproximadamente 73,09% (125) dos resultados sendo a combinação de palavras-chave que mais representou as buscas efetivadas. Por outro lado, a busca por ergonomic “civil construction” representou apenas 1,75% (3) dos resultados sendo a busca que menos representou as buscas efetivadas, isto é, aquelas que retornaram algum resultado. Quanto as bases de dados, as que mais apresentaram buscas efetivadas foram ScienceDirect, Wiley Online Library e Directory of Open Access com 36,26% (62), 28,07% (48) e 15,20% (26) respectivamente, somando aproximadamente 79,53% (136) das buscas efetivadas.

Contudo, esses resultados referem-se a quaisquer tipos de publicações, dentre as quais tem-se conferências, editoriais, pontos de vista, opiniões, memoriais e reportagens. Com a finalidade de verificar apenas artigos publicados em periódicos como critério de qualidade, fez-se uma triagem nas publicações que apenas representem os artigos publicados entre 2010 e 2021, conforme é exibido na Tabela 2.

Tabela 2 – Número de artigos encontrados nas bases de dados

Fonte: Autores (2021)

Ao visualizar a Tabela 2, nota-se um total de 114 artigos científicos encontrados dentre as quais a busca por palavras-chave ergonomic construction method continuam com a maior representatividade dentro das combinações de palavras-chave, pois representam aproximadamente 78,07% (89) dos resultados. A busca por ergonomic “civil construction” continua sendo a menos representativa com apenas 1,75% (2) dos resultados efetivados. A tendência também se mantém para as bases de dados, com ScienceDirect, Wiley Online Library e Directory of Open Access sendo as mais representativascom 35,96% (41), 27,19% (31) e 19,3% (22) respectivamente, somando aproximadamente 82,45% (94) dos resultados.

Ademais, após os resultados obtidos nas Tabelas 1 e 2, houve uma redução de 18 publicações pois não são oriundas de artigos científicos e 39 pois são artigos publicados antes de 2010. Assim, esse é o primeiro critério de exclusão adotado, nos quais os demais critérios são sintetizados na Tabela 3.

Tabela 3 – Número de exclusão após a adoção dos critérios de exclusão

Fonte: Autores (2021)

Mediante aos dados da Tabela 3, denota-se que os critérios de exclusão com maior relevância foram o de artigos repetidos, representando 38,77% (19) dos resultados, seguido por artigos que não são oriundos de periódicos 36,73% (18) e artigos com outro idioma 22,45% (11). O critério com menor relevância foi o de artigos indisponíveis para leitura, isto se deve provavelmente pelo uso do acesso da comunidade acadêmica federada (CAFe) pelo Portal Periódicos CAPES.

Dos artigos escritos em outro idioma, encontraram-se cinco em língua espanhola, dois escritos em persa, dois escritos na língua russa, além de um escrito tanto na língua turca quanto francesa. Por conseguinte, pode-se adotar os critérios de elegibilidade que são exibidos na Tabela 4.

Ao analisar a Tabela 4, constata-se que os critérios de elegibilidade tiveram a mesma relevância, com destaque para o critério  artigos que não tenham como objetivo a definição/validação de modelo/método teórico e artigos de revisão da literatura e seus distintos tipos representando 50,00% (37) das exclusões, sendo que a maior parte se constituía de apresentações de protocolos 33,78% (25), já o critério artigos que não tenham como objetivo a análise ergonômica na construção civil apresentou 50,% (37) das exclusões, sendo mais relevante que o de apresentações de protocolos. Portanto, após a aplicação dos critérios de elegibilidade restaram apenas 9 (nove) artigos científicos para análise, na qual a Figura 1 sumariza todos os procedimentos adotados e os valores encontrados.

Figura 1 – Fluxograma sucinto da revisão sistemática

A Figura 1 exibe de forma holística os procedimentos da pesquisa com os valores relativos a cada etapa. Ressalta-se que tais informações estão em sintonia com a metodologia já elucidada na subseção anterior. Por conseguinte, apresentam-se os nove artigos científicos que estão no Quadro 3.

Quadro 3 – Número de artigos que compõe o intuito da revisão sistemática

TítuloAnoPeriódico
1Ergonomic Analysis of Material Handling for a Residential Building at Rourkela2020Journal of The Institution of Engineers (India): Series A
2Ergonomic Evaluation of Risk Factors for Musculoskeletal Disorders in Construction Workers by Key Indicator Method (KIM)2018Archives of Occupational Health
3Physical Risk Factors among Construction Workers by Workplace Ergonomic Risk Assessment (WERA) Method2018Archives of Occupational Health
4Self-compacting concrete use for construction work environment Sustainability2018Journal of Civil Engineering and Management
5Ergonomic Evaluation of Musculoskeletal Disorders in Construction Workers Using Posture, Activity, Tools, Handling (PATH) Method2017International Journal of Occupational Hygiene
6Ergonomic lumbar risk analysis of construction workers by NIOSH method2015Revista Produção Online
7Risk Assessment on Filipino Construction Workers2015Procedia Manufacturing
8Assessing the ergonomic exposures for drywall workers2014International Journal of Industrial Ergonomics
9The benefits of an additional worker are task-dependent: Assessing low-back injury risks during prefabricated (panelized) wall construction2012Applied Ergonomics
Fonte: Autores (2021)

O Quadro 3 relata o título, ano e periódico das nove publicações que foram analisadas na presente revisão sistemática. Como deve-se discuti-las em separado, elas foram enumeradas e discutidas sucintamente a posterior.

O artigo nº 1 dos autores Rabbani e Ahmed (2020) comparou métodos para análise dos riscos associados a DORTs no tronco de trabalhadores envolvidos em atividades de manuseio de materiais na construção civil da Índia. Os instrumentos empregados foram um questionário subjetivo com os trabalhadores para identificação dos principais problemas, e os métodos quantitativos Avaliação Rápida dos Membros Superiores (RULA), Avaliação Rápida de Corpo Inteiro (REBA) e a Verificação Rápida de Exposição para Riscos Musculoesqueléticos (QEC). Os resultados expuseram diferenças entre os métodos quantitativos, uma vez que REBA era o único com categoria de risco muito alto. Também indicaram semelhanças nos resultados entre RULA e QEC para os níveis baixos e altos de ricos.

Os mesmos autores observaram que o método QEC apresenta uma avaliação melhor que os demais pois ele pode dar uma pontuação diferente para diferentes partes do corpo, como ombro, pulso, tronco, pescoço entre outros, além de ser mais fácil e conveniente. Foi relatada uma redução de produtividade e demora nas análises dos métodos RULA e REBA. A partir da pontuação normalizada, apontou-se o REBA como método mais preventivo para todas as tarefas, pois retornou um valor de pontuação mais alto em cada atividade. Como conclusão, verificou-se que não há diferença significativa no nível de exposição ao risco para RULA, REBA e QEC.

O artigo nº 2 dos autores Hokmabadi, Fallah e Esmailzadeh (2018) avaliou a postura física dos trabalhadores iranianos da construção civil, nos quais se caracterizam como armadores, instaladores de gesso, azulejistas, pedreiros e pintores. O método utilizado para avaliar o desconforto musculoesquelético foi questionário nórdico, já para avaliar a postura de trabalho foi utilizado o Método dos Indicadores Chave (KIM). Os resultados apresentaram uma diferença significativa em relação à duração do trabalho e da tarefa. O KIM revelou que os trabalhadores, principalmente os armadores, apresentavam maior prevalência de desconforto na região lombar, com um impacto significativo na incidência de DORTs devido ao manuseio de materiais pesados e posturas inadequadas.

Outro ponto apontado pelos citados autores foi que os azulejistas e pedreiros apresentavam, além da já mencionadas, enorme sobrecarga nos ombros e pescoço devido às posturas inadequadas e aos pesos das ferramentas e materiais já que os trabalhos eram executados acima da cabeça e com cotovelos acima da linha dos ombros. As conclusões mostraram que os DORTs são altamente prevalentes entre os trabalhadores estudados, principalmente devido a posturas inadequadas do tronco e das mãos, bem como carregar e levantar objetos e ferramentas pesadas com técnicas erradas.

O artigo nº 3 dos autores Saedpanah et al. (2018) investigou a relação entre o desconforto musculoesquelético e os fatores ergonômicos em trabalhadores iranianos da construção civil, nas tarefas de reboco, assentamento de tijolos e concretagem. O método utilizado na pesquisa foi o Workplace Ergonomic Risk Assessment (WARE), para verificar dor ou sua ausência em seis partes do corpo, além de uma entrevista subjetiva estruturada com gráficos de autorrelato (Body Desconforto Chart) realizada com os participantes para cada tarefa. Os resultados encontrados pela avaliação WERA mostram que os fatores de risco ergonômico são as causas mais comuns de desconforto, tendo impacto significativo na prevalência de DORTs.

Os resultados da entrevista revelaram que os trabalhadores sentiam desconforto nas costas em três atividades (concretagem, reboco de parede e alvenaria) sendo relatado por 94%, 92% e 83% dos trabalhadores respectivamente, já desconfortos nos ombros foram relatados em duas atividades (concretagem e reboco de parede) sendo 86% e 84% respectivamente, na região do punho foi relatado que o desconforto era gerando na tarefa de assentamento de tijolos sendo relatada por 80% dos entrevistados. As conclusões apontam que os trabalhadores apresentam dores nas regiões de costas, ombros, punho, cotovelo, pescoço e perna em todas as tarefas estudadas, e a tarefa de concretagem apresenta maior pontuação em comparação com reboco e assentamento de tijolos.

O artigo nº 4 dos autores Rwamamara e Simonsson (2018) ocorreu na Suécia e comparou o Método Tradicional de Concretagem (MTC) de pontes com o método de Concretagem com Concreto Autoadensável (CAA) sob a perspectiva ergonômica avaliando a tensão física, vibração mão-braço e ruído. Os métodos utilizados para avaliar os riscos de DORTs foram uma entrevista com os trabalhadores, o QEC (Verificação de exposição rápida para riscos musculoesqueléticos), PLIBEL (Lista de verificação para identificação de perigos ergonômicos) e ErgoSAM (método de tecnologia de produção ergonômica). Os resultados da lista de verificação PLIBEL mostraram que usar CAA em vez de MTC apresenta uma redução de risco de cinco vezes para pescoço, ombros, parte superior das costas, cotovelos, antebraços e mãos. Para pés, joelhos, quadris e região lombar, a redução é de 50% a aproximadamente 70%.

Já os resultados da QEC mostram que, ambos apresentam a mesma pontuação para pescoço ao concretar uma parede, o CAA apresenta pontuação moderada para pulso/mão enquanto o MTC apresenta pontuação alta, e o CAA também apresenta pontuação moderada para ombro/braço e costas enquanto o MTC apresenta pontuação muito alta. Ademais, todas as áreas do corpo apresentaram chances significativas de desenvolvimento de DORTs durante todas as tarefas realizadas com o MTC, em particular ao fazer a vibração de concretos nas paredes. Já análise pelo modelo ErgoSAM apresentou o CAA como três vezes melhor que MTC que apresentou valor médio do ciclo de trabalho de 18,2, o que é inaceitável para o método. Conclui-se que os riscos ergonômicos atuais decorrentes do método de concreto tradicional podem ser significativamente reduzidos com o uso de concreto autoadensável eliminando posturas de trabalho inadequadas, ruído e mãos vibração do braço, além reduzindo e/ou eliminando lesões musculoesqueléticas durante a concretagem.

O artigo nº 5 dos autores Beheshti, Javan e Yarahmadi (2017) avaliou fatores de risco ergonômicos para distúrbios musculoesqueléticos nas tarefas de alvenaria (preparação de material e assentamento de tijolos), fundações (preparação de armações, formas e concretagem) e marcenaria (gesso, revestimentos e pinturas) em trabalhadores iranianos. Foi utilizado para a avaliação ergonômica no local de trabalho o método Postur, Activity, Tools, Handling (PATH) e a análise de dados foi realizada pelo software estatístico SPSS 20 e o uso de entrevista foi mencionado apenas para coleta de informações demográficas. Os resultados apresentados mostraram que durante o trabalho em geral 39% apresentaram posição neutra, 43% apresentam uma curvatura no corpo leve, 15% curvatura acentuada, 27% apresentaram curvatura lateral e flexão e torção apresentam em 1% dos colaboradores.

Quanto à posição das mãos em todos os trabalhos estudados, os resultados tiveram a menor porcentagem em posição neutra. A avaliação da posição das pernas mostrou que 46% dos trabalhadores estavam em posição neutra e os autores indicaram que nessa situação, práticas ergonômicas devem ser realizadas para prevenir distúrbios musculoesqueléticos. Quanto ao peso suportado durante as tarefas, cerca de 50% dos trabalhadores suportam mais de 15 kg, sendo que 100% trabalham levando 15kg ou mais durante a concretagem das fundações. Concluíram que o estado impróprio do corpo, das mãos e do peso carregado pode causar muitos danos e distúrbios musculoesqueléticos, que as práticas ergonômicas de estampagem, concretagem, pintura e gesso parecem necessárias para prevenir distúrbios musculoesqueléticos o treinamento sobre como transportar cargas adequadamente para reduzir os distúrbios também parece eficaz.

O artigo nº 6 avaliou o grau de risco lombar dos trabalhadores da construção civil brasileiros nas atividades de carregamento de materiais. O principal instrumento de pesquisa utilizado foi a equação do National Institute for Ocupational Safety and Health (NIOSH) para verificação risco na região lombar, auxiliada pela Escala Visual Analógica (EVA) para avaliação da intensidade da dor, o software e-Corlett 1.0 para o mapeamento do quadro álgico e a escala de Borg para a percepção subjetiva da intensidade do esforço físico. Os resultados apresentados apontaram que, para aquelas condições estudadas, um limite máximo para levantamento de peso na ordem de 8Kg sendo seis vezes menor que o praticado, tendo em vista que os trabalhadores manipulam sacos de cimento de 50Kg o que já desrespeita o limite máximo proposto pela NIOSH de 23Kg.

Além disso, o trabalho recomendou reconfigurações dos locais de trabalho e exploração de dispositivos auxiliares para levantamento, transporte e descarregamento. Conclui-se que durante o tempo de trabalho o tronco dos trabalhadores estava em uma postura não neutra mostrando que os trabalhadores estão expostos a distúrbios musculoesqueléticos.

O artigo nº 7 dos autores Domingo et al. (2015) avaliou os riscos associados às tarefas de construção civil de trabalhadores nas Filipinas. Como instrumentos, os autores utilizaram uma pesquisa subjetiva baseada no Questionário Nórdico de Sintomas Osteomuscular (QNSO) para avaliar os diferentes tipos de dor percebidos pelos trabalhadores. Também foram empregadas Avaliação Rápida dos Membros Superiores (RULA) e Avaliação Rápida de Corpo Inteiro (REBA).

Os resultados revelaram que todas as tarefas realizadas causam dores com intensidade que varia de leve a tolerável. As tarefas mais difíceis e mais frequentemente realizadas pelos trabalhadores foram avaliadas por meio dos métodos quantitativos RULA e do REBA e mostram que todas as tarefas consideradas na análise, como lascar, demolir e soldar, apresentam risco ao bem estar do trabalhador e indicando que a mudança nas tarefas deve ser implementada. As análises estatísticas dos dados mostram uma inconsistência entre os resultados dos métodos de avaliação subjetivo e objetivo, indicando que não é suficiente confiar apenas em métodos de avaliação subjetiva. Os autores concluíram que há uma correlação fraca entre as pontuações da pesquisa e suas respectivas contrapartes RULA e REBA, indicando que não é suficiente confiar apenas em métodos de avaliação subjetiva para identificar os riscos associados às tarefas.

O artigo nº 8 dos autores Dasgupta et al. (2014) analisou exposições ergonômicas a fatores de risco que pudessem levar a lesões musculoesqueléticas em trabalhadores da construção civil norte-americanos que executavam a tarefa de encaixe de painel de drywall e instalação. As informações sobre operações e tarefas de trabalho foram obtidas a partir da documentação dos contratos de trabalho, observação direta e entrevistas com o pessoal, já caracterização das exposições durante as tarefas foi feita com o método PATH e as partes corporais analisadas foram: pernas, braços e tronco. O trabalho apresentou como resultado a ocorrência de vários riscos ergonômicos, durante a instalação dos painéis de drywall constatou-se posturas corporais inadequadas, como postura do braço acima da cabeça, flexão do tronco e manuseio de painéis de drywall pesados, constatou-se também um risco de segurança frequentemente que pode ser constatado quando o pé de um trabalhador estava mal apoiado em uma escada enquanto levantava partes dos painéis de drywall para serem instalados no teto.

A conclusão do trabalho apontou que a tarefa de instalação do painel de drywall apresenta exposições relacionadas a fatores de risco para as costas, braços e ombros, bem como o risco potencial de quedas de escadas, e que as exposições musculoesqueléticas ocorreram principalmente devido ao manuseio de painéis pesados e volumosos com posturas inadequadas de tronco, perna e braço durante o trabalho na escada.

O artigo nº 9 dos autores Kim, Nussbaum e Jia (2012), desenvolvido nos EUA, avaliou os efeitos de trabalhadores adicionais sobre os riscos de lesões, principalmente na região lombar, causadas pelo manuseio manual de materiais durante as tarefas de montagem em equipe de painéis, especificamente quantificando como os riscos de lesões são afetados pelo aumento do número de trabalhadores. Os instrumentos utilizados foram um modelo baseado em sistemas de eletromiografia (EMG) de telemetria da coluna lombar e musculatura associada para estimar o percentil 95 (máximo) de compressão espinhal (FY) e forças de cisalhamento anteroposterior e lateral (Fx e FZ), um modelo de regressão logística múltipla para estimar a probabilidade de pertencer a um grupo de alto risco de transtorno lombar, a equação de levantamento NIOSH revisada para obter o índice de levantamento (LI) e avaliações de esforço percebido para todo o corpo e para lombar usando a escala CR-10 de Borg.

Os resultados indicaram, de maneira geral, que o uso de um trabalhador adicional durante as tarefas de ereção do painel é geralmente benéfico na redução dos riscos ergonômicos, embora a magnitude de tal benefício varie com a tarefa específica que está sendo executada. Os autores (2012) concluíram que uma recomendação simples e generalizada em relação às tarefas de levantamento de painéis baseadas em equipe não é garantida. Apresentando como uma opção mais precisa, uma abordagem mais em nível de sistema, levando em conta o risco de lesões e a produtividade.

4 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mediante a toda análise realizada, nas próximas subseções são apresentadas as conclusões decorrentes da pesquisa bem como suas limitações e sugestões para trabalhos futuros. Com base nas informações obtidas com a presente pesquisa conclui-se que as atividades da construção civil apresentam grande potencial causador de DORTs e esta situação motiva pesquisas em várias partes do mundo como na América do Norte e do Sul, além de Europa, Oriente Médio e Ásia. Conclui-se também que parte do corpo mais avaliada é o tronco, pois todas as pesquisas o avaliaram, isto é, foi a parte corpórea presente em todos os estudos selecionados. As metodologias adotadas nos trabalhos analisados foram constituídas com combinações de métodos quantitativos e qualitativos, com entrevista ou questionário, seja para identificação das atividades que mais causam desconforto, seja para quantificar os níveis de dor em escalas como as de Borg.

Os métodos quantitativos utilizados, em sua maioria, envolvem alguma avaliação rápida da situação que dependem de observação e tendem a gerar dados mais fidedignos que os métodos qualitativos e/ou auto perceptivos, pois esses tendem a apresentar classificar situações potencialmente causadores de distúrbios como toleráveis. Não obstante, os métodos quantitativos têm sido auxiliados com o uso de tecnologias como captura de movimentos e posturas e softwares para compilação e análises de dados gerando informações que auxiliam em tomadas de decisões. 

Embora o presente estudo tenha atingido seu objetivo, algumas limitações podem ser elencadas. A quantidade de bases de dados utilizadas na pesquisa foi satisfatória na caracterização do estudo, porém sua adoção foi mediante a uma amostragem não probabilística por conveniência dos autores. Outra limitação é que só foram considerados artigos publicados na última década, o que gerou eliminação de 57 trabalhos encontrados, um valor considerável quando se verifica todos os artigos coletados.

Neste sentido, são sugeridas pesquisas com os mesmos moldes desta incluindo outras bases de dados como, por exemplo, a base SCOPUS, além de não limitar as pesquisas por ano de publicação. Sugere-se também revisões sistemáticas a respeito dos trabalhos que avaliem riscos físicos como o ruído na construção civil, tendo em vista que este risco foi apontado por umas pesquisas avaliadas neste trabalho como potencial causador de insalubridade na construção civil podendo levar a perdas auditivas. 

REFERÊNCIAS

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1 Mestre em Engenharia de Materiais (PPGEM/IFPI) Departamento de Engenharia – SEDUC, Piauí. e-mail: emerson.luiz91@gmail.com

2 Engenheiro Civil. Engenheiro em Segurança do Trabalho (UFPI). Fiscal de Obras pela Secretaria Estadual de Educação do Piauí (SEDUC). e-mail: elvis_c4rvalho@hotmail.com

3 Docente em Psicologia do Centro de Ensino Unificado do Piauí (CEUPI). Mestre em Políticas Públicas (PGPP/UFPI). e-mail: mayaracapereira@gmail.com

4 Discente em Psicologia do Centro Universitário Maurício de Nassau, Teresina, Piauí. e-mail: silvakeilane212@gmail.com

5 Discente em Psicologia do Centro Universitário Maurício de Nassau, Teresina, Piauí. e-mail: juliana.beatrizsanti@gmail.com