ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA TEMPORAL DOS PROCEDIMENTOS DE COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA NO NORDESTE ENTRE 2013 E 2022.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10257550


Antonio Gabriel Coimbra Rocha
Co-autor(es)
Maria Luíza Moura Sousa Silva,
Arthur de Vasconcelos Eigenheer,
Paulo Eduardo Moura Wehmuth Sampaio,
Leonardo Barros Monteiro Paulo Vieira,
Orientador: Felipe José Mendes Raulino Neto.


Resumo 

Introdução: A colecistectomia videolaparoscópica é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo empregado para a excisão da vesícula biliar, e demanda cuidados hospitalares adicionais, mesmo quando eletiva. Objetivos: Fazer uma análise epidemiológica temporal das hospitalizações para colecistectomia videolaparoscópica no nordeste. Metodologia: Estudo quantitativo e ecológico, com dados colhidos no item de produtividade do sistema de informações hospitalares da plataforma DATASUS. A amostra foi composta de pacientes submetidos a colecistectomia videolaparoscópica, em hospitais públicos no nordeste, de janeiro de 2013 a dezembro de 2022. Resultados e Discussão: As internações aumentaram de 5.993 em 2013 para 22.556 em 2022. A média de permanência foi a mais alta em 2015 (3,2 dias) e a mais baixa em 2022 (2,2 dias). O número de óbitos variou ao longo dos anos, com o menor número em 2013 (n=5) e o maior em 2021 (n=21). A mortalidade foi a mais baixa em 2013 (n=5) e 2018 (n=8), ambos com 0,08%, e a mais alta em 2021, com 0,15% (n=21). O segundo maior pico de internações foi em 2019 (n=17.787), período que antecedeu a pandemia da COVID-19 em 2020, ano em que ocorreu um declínio (n=10.640), seguido pelo maior pico em todo o período, em 2022 (n=22.556). A Bahia teve o maior número de internações (n=42.534). O maior número de óbitos foi registrado no Ceará (n=26). A mortalidade foi maior em Sergipe, com 0,23%. Conclusão: Houve um aumento progressivo nas internações para colecistectomia videolaparoscópica nessa década. A média de permanência hospitalar diminuiu ao longo do tempo. A taxa de mortalidade apresentou picos nos períodos pré e pós pandemia da Covid-19. No entanto, é importante notar que a taxa de mortalidade permaneceu relativamente baixa, reforçando a segurança do procedimento.

Referências: 

  1. BRASIL. Banco de dados do Sistema Único de Saúde – DATASUS. Ministério da Saúde. Disponível em:<http://www.datasus.gov.br>. Acesso em: 18 de set, 2023. 
  2. DA SILVA, Vitor Hugo Vieira et al. Análise comparativa entre colecistectomia aberta e videolaparoscópica nos últimos 5 anos no Rio de Janeiro. Revista de Saúde, v. 13, n. 3, p. 91-95, 2022. 
  3. IRIGONHÊ, Alan Tibério Dalpiaz et al. Análise do perfil clínico epidemiológico dos pacientes submetidos a Colecistectomia Videolaparoscópica em um hospital de ensino de Curitiba. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 47, 2020. 

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