REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202505161351
Axel Rocha de Alencar da Costa1; Isadora Haissa Marques Cavalcante2; Maria Eduarda Brito Gonçalves3; Marcus Vinícius Moreira Barbosa4
RESUMO
O suicídio representa um grave problema de saúde pública, sendo responsável por milhares de mortes anualmente no Brasil. Este estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por lesões autoprovocadas no estado do Tocantins entre os anos de 2014 e 2022. Por conseguinte, trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e retrospectiva, com dados coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Isto posto, os resultados revelaram um total de 710 óbitos por suicídio no período analisado, com predominância entre indivíduos do sexo masculino (79,5%), com idade entre 20 e 29 anos (20,42%) e estado civil solteiro (58,73%). O enforcamento foi o método mais utilizado (77,18%), e os municípios de Palmas, Araguaína e Gurupi concentraram o maior número de casos. Também se observou uma oscilação no número de óbitos ao longo dos anos, com queda em 2020 e aumento posterior, além de variações sazonais com maior incidência nos meses de janeiro e setembro. Portanto, conclui-se que o suicídio no Tocantins apresenta um padrão preocupante, exigindo a ampliação de estratégias preventivas regionalizadas e o fortalecimento das políticas públicas de saúde mental.
Palavras-chave: suicídio, epidemiologia, saúde pública, Tocantins, lesões autoprovocadas.
1 INTRODUÇÃO
Na atualidade, o suicídio é caracterizado, de modo geral, como uma grave questão de saúde pública (Teixeira et al., 2018). Conceituado como o ato de causar a própria morte de maneira intencional, o suicídio ainda é tido como um paradigma social, haja vista que a abordagem ao tema é rotineiramente negligenciada, mesmo que seja um tema evidente na sociedade (Fernandes et al., 2020). Portanto, o conhecimento da distribuição geográfica e temporal dos óbitos por suicídios, em cada Unidade Federativa e município do Brasil, é imprescindível para a compreensão das vulnerabilidades, bem como a implementação de ações e medidas preventivas.
Com o advento tecnológico, as gerações mais jovens estão mais suscetíveis a distúrbios mentais e às suas ramificações. Alguns estudos sugerem que esse fenômeno pode ter relação com as implicações do processo de globalização, no qual o ambiente social deixou de ser restrito a pessoas com convívio físico e foi drasticamente expandido, tornando a sociedade imersa numa ampla rede global interconectada. Como desdobramento desse processo, os transtornos mentais tornaram-se comuns na comunidade mundial (Valdevino, 2023). Entre os anos de 2015 a 2020 foram notificadas 640 mortes por suicídio no Estado do Tocantins, sendo o ano de 2020, aquele com a menor taxa de mortalidade por suicídio, mesmo sendo o ano do início da pandemia de COVID-19, em que as pessoas ficaram mais vulneráveis a problemas psicológicos (Da silva et al., 2021)
Portanto, o suicídio é uma das principais causas de morte no mundo, ficando em segundo lugar em números absolutos de mortes, estando atrás somente dos acidentes de trânsito (Doran, 2020). Em 2019, de acordo com a OMS (2019), houveram mais de 700 mil mortes globalmente, número que representa uma morte por suicídio a cada 100 mortes. Dados epidemiológicos demonstram que o suicídio é mais comum entre adolescentes e jovens adultos, mais especificamente, entre 15 e 29 anos de idade (Doran, 2020). O suicídio dos homens se destaca negativamente com a taxa de prevalência de 12,6 a cada 100 mil homens, em comparação com 5,4 a cada 100 mil mulheres. Todavia, o número de tentativas suicidas é de 10 a 20 vezes maior entre pessoas do sexo feminino (OMS, 2019).
O suicídio é um fenômeno complexo de causas multifacetadas que possui diversos fatores preponderantes responsáveis pela sua concretização, como doenças mentais, aspectos sociais e psicológicos e as condições de saúde do indivíduo, possuindo maior destaque os transtornos mentais, que representam 35,8% das causas de atos suicidas. Dentre os fatores apresentados que levam indivíduos a cometerem um ato suicida sobressaem os problemas financeiros, questões amorosas e sociais, como preconceitos e discriminação a determinados grupos, bem como distúrbios mentais – como dito anteriormente- e o abuso de álcool e drogas (De araujo barbosa et al., 2021; Da silva; Marcolan, 2022).
Quanto à etiologia do suicídio, atualmente, existem três teorias que buscam explicar este fenômeno. A primeira aborda o aspecto social como um importante motivador ao ato suicida; a segunda tenta demonstrar o fator psicológico, entretanto, destaca-se que a condição psicológica não é indicativo absoluto deste fenômeno; e por último se destaca o fator biológico, onde estudos indicam que uma dosagem diminuída de serotonina no corpo está associada ao comportamento suicida (Da mata; Daltro; Ponde, 2020). Somado a isso, quanto ao fator social, estudos relacionam a diminuição significativa de suicídio no Estado do Tocantins no ano de 2020 ao fortalecimento dos laços socio-afetivos durante a pandemia, o chamado “pulling together effect”, no qual durante o compartilhamento de determinadas experiências, as pessoas apoiam-se, aumentando a conexão entre elas (Wand et al., 2020).
Nesse viés, a psicóloga brasileira Maria Julia Kovács, em seu livro Morte e desenvolvimento humano (1992) afirma que o suicídio não significa apenas matar a si mesmo, pois a morte autoinfligida é um ato humano que provoca o sofrimento nas pessoas que ficaram e vivenciaram seu impacto. Portanto, o ato suicida tende a trazer uma drástica desestruturação familiar, causando consequências a todos os envolvidos. Deste modo, entender o perfil epidemiológico das mortes por suicídio no contexto tocantinense é imprescindível, a partir da necessidade de compreender de forma mais aprofundada os padrões e as tendências do suicídio dentro da realidade local, visando elaborar estratégias de prevenção mais eficientes e específicas por meio da análise dos fatores de risco e das características dos grupos mais suscetíveis.
2 METODOLOGIA
A presente pesquisa se trata de um estudo ecológico exploratório, especificamente, um estudo analítico de desenho de série temporal, onde serão analisados dados acerca do suicídio no estado do Tocantins no período de 2014 a 2022. Em se tratando de um estudo ecológico, a pesquisa tem como alicerces as bases de dados consolidadas como o DataSUS e os dados obtidos de fontes como o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Dito isso, a população analisada foi alocada em grupos de acordo com o fornecimento das informações cedidas pelo DataSUS.
Como critérios de inclusão foi incluída a população residente no estado do Tocantins no período de 2014 a 2022 em que seus óbitos foram registrados devidamente no acervo pesquisado. Por outro lado, como critérios de exclusão, foram denegadas as populações resistentes fora do estado do Tocantins, também foram excluídas as populações residentes no estado do Tocantins que estivessem registradas em datas anteriores ao ano de 2014.
Sendo assim, as variáveis analisadas foram: Sexo, faixa etária, estado civil, métodos de autoextermínio, local (município de registro do óbito), mês e ano do óbito. Ao final foi calculada com base no número de óbitos por suicídio de residentes em determinada região do estado para representar o número de óbitos por suicídio por 100.000 habitantes no período analisado.
Ademais como forma de apresentação foram elaborados gráficos que demonstrem os resultados obtidos a fim de facilicitar a leitura e interpretação dos leitores. Por fim, faz-se conveniente salientar que estes estudos se utiliza apenas de informações disponíveis publicamente e não identificam os indivíduos envolvidos, uma vez que o trabalho se utilizou de fontes de dados secundários, excluindo a participação ativa de indivíduos. Portanto, não houve necessidade de apreciação e aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dito isso, a pesquisa aprofundada parte dos dados consolidados do Ministério da Saúde do Brasil em que foram avaliadas as variáveis: sexo, faixa etária, estado civil, métodos de autoextermínio, mês e ano do óbito, além de local (município de registro do óbito) e os resultados foram compilados em gráficos visando o entendimento acessível e didático. Em suma, é importante destacar que haverá duas categorias de dados, dados locais relacionados a unidade federativa do Tocantins, e dados nacionais, posto isso, ao fim serão comparados com a finalidade de datar parâmetros epidemiológicos.
Ao examinar a primeira variável (sexo), nota-se uma disparidade significativa entre os gêneros quanto aos óbitos por lesões autoprovocadas no Tocantins entre os anos de 2014 e 2022. O número de óbitos entre os indivíduos do sexo masculino é consistentemente mais elevado ao longo do período analisado, apresentando um crescimento gradual e expressivo, com destaque para os anos de 2019 e 2021, este último atingindo o maior número de registros. Tal tendência corrobora a literatura que aponta os homens como grupo de maior risco para o suicídio consumado, muitas vezes associado a fatores como menor procura por ajuda psicológica, métodos mais letais e questões socioculturais ligadas à masculinidade. Em contrapartida, os óbitos entre o sexo feminino, embora presentes, ocorrem em menor número e se mantêm relativamente estáveis, com maior crescimento apenas em 2022. A linha de tendência total reflete esse padrão, evidenciando um aumento geral nos casos ao longo dos anos.
Gráfico 1 – Óbitos por Lesões Autoprovocadas por ano segundo sexo no Tocantins (2014-2022).

Da mesma forma, ao analisar a variável faixa etária conclui-se que o intervalo de idade que apresentou os maiores índices de mortalidade por autoextermínio ao longo do período analisado foi de 20 a 29 anos, o que é compatível com a literatura que, por sua vez, aponta que a maior prevalência de óbitos por lesões autoprovocadas ocorre entre jovens adultos. Nota-se também um crescimento gradual nos números de óbitos em faixas etárias subsequentes, especialmente entre os 30 a 39 anos e 40 a 49 anos, o que sugere a manutenção de fatores de risco ao longo da vida adulta. Em contrapartida, a ocorrência entre crianças e adolescentes menores de 14 anos é visivelmente baixa, o que pode estar relacionado à menor exposição a fatores desencadeantes ou subnotificação. Já na população idosa, apesar dos números serem menos expressivos em comparação com os adultos jovens, observa-se uma continuidade nos registros, o que pode indicar reincidência ou agravamento de condições psicológicas preexistentes.
Gráfico 2 – Óbitos por Lesões Autoprovocadas por ano segundo faixa etária no Tocantins (2014-2022).

Além disso, os resultados indicam uma predominância significativa de autoextermínio entre indivíduos solteiros ao longo de todo o período analisado, com aumento expressivo a partir de 2018 e pico em 2021. Esse dado ratifica os estudos que associam o isolamento social e a ausência de vínculos afetivos estáveis como fatores de risco para o suicídio. Os indivíduos casados aparecem em segundo lugar, com uma tendência crescente nos últimos anos, o que pode refletir conflitos relacionais ou pressões sociais não visíveis externamente. Destaca-se ainda a categoria “outros”, que mantém valores constantes e superiores às demais categorias minoritárias, como viúvos e separados judicialmente, sugerindo a necessidade de maior investigação sobre esses perfis. Já os viúvos e judicialmente separados apresentam os menores índices, embora não desprezíveis, ressaltando que a perda de um parceiro ou a ruptura conjugal também pode atuar como fator desencadeante de sofrimento psíquico.
Gráfico 3 – Óbitos por Lesões Autoprovocadas por ano segundo estado civil no Tocantins (2014-2022).

Ao analisar os casos de suicídio no recorte temporal de 2014 a 2022, observase uma tendência geral de aumento na incidência ao longo dos anos. Contudo, em consonância com a literatura, verifica-se uma redução significativa no ano de 2020, com o registro de aproximadamente 103 mortes autoprovocadas — número 34% superior ao menor valor observado (2014) e 27% inferior ao pico registrado em 2021. Nos anos subsequentes, nota-se um aumento progressivo das ocorrências, seguido por uma nova queda em 2022. Ao todo, foram contabilizados 959 casos no período analisado.
Gráfico 5 – Óbitos por Lesões Autoprovocadas por ano no Tocantins (2014-2022).

No que se refere à distribuição mensal dos óbitos por lesões autoprovocadas no estado do Tocantins, no período de 2014 a 2022, os dados revelam uma variação significativa na ocorrência desses eventos ao longo do ano. Destacam-se os meses de dezembro, outubro e agosto, que apresentaram picos de incidência, com dezembro registrando o maior número de ocorrências, ultrapassando 100 casos. Em contraste, os menores índices foram observados em fevereiro, abril e setembro, com aproximadamente 72 óbitos. Essa flutuação sugere a influência de fatores sazonais e psicossociais que podem atuar como desencadeadores em indivíduos em situação de vulnerabilidade. Corroborando essa observação, um estudo recente realizado por Silva, Souza e Pereira (2023) identificou padrões sazonais semelhantes em diversas regiões do Brasil, com aumento dos suicídios nos meses mais quentes, como dezembro e janeiro, e redução nos meses mais frios. Esses achados reforçam a importância de considerar a temporalidade na formulação de políticas públicas e estratégias de prevenção ao suicídio, adaptando-as às especificidades regionais e aos períodos de maior risco.
Gráfico 6 – Óbitos por Lesões Autoprovocadas por mês no Tocantins (2014-2022).

Complementarmente, os estudos apontam que dentre os meios utilizados para tirar a própria vida o enforcamento ocupa o primeiro lugar como principal método de escolha para o autoextermínio, com 797 casos registrados, destacando-se de forma expressiva em relação aos demais mecanismos utilizados, não apenas no estado do Tocantins, mas em todo país. Em escala significativamente menor, observam-se métodos como armas de fogo leve (39 óbitos), outros meios de fogo (37), armas de fogo maior (8), fogo e chamas (9), venenos e substâncias corrosivas (17), além de afogamento (4), impacto com veículo a motor (5) e precipitação de lugar elevado (2). A escolha majoritária pelo enforcamento sugere a busca por métodos de fácil acesso, alta letalidade e execução silenciosa.
Gráfico 7 – Óbitos por Lesões Autoprovocadas por método de autoextermínio no Tocantins (20142022).

Em relação à distribuição geográfica no estado tocantinense, os resultados mostram uma expressiva concentração dos casos em municípios de maior densidade populacional e urbanização. Palmas, capital do estado, lidera com 167 registros de suicídio, seguida por Araguaína (119) e Gurupi (66), evidenciando uma possível correlação entre fatores urbanos, como anonimato social, estresse cotidiano e desigualdade socioeconômica, com o aumento da vulnerabilidade psíquica. Outras cidades como Porto Nacional (50), Paraíso do Tocantins (29) e Guaraí (26) também apresentaram números relevantes. Em contrapartida, municípios de menor porte, como Miracema do Tocantins, Miranorte e Dianópolis, registraram entre 10 e 14 óbitos, sugerindo um impacto proporcional à população e à oferta de serviços em saúde mental. Essa distribuição desigual demonstra a necessidade de estratégias regionalizadas de prevenção, com atenção especial aos centros urbanos, onde a demanda por suporte psicossocial e acompanhamento psiquiátrico tende a ser mais crítica.
Gráfico 4 – Óbitos por Lesões Autoprovocadas por município no Tocantins (2014-2022).

Por fim, de acordo com os dados apresentados após a análise dentro do recorte temporal, observa-se que o número total de óbitos por ocorrência no Brasil é significativamente elevado, somando 104.860 registros. Dentro desse panorama, a Região Norte representa 7,3% do total nacional, com 8.356 casos, o que evidencia um volume considerável de ocorrências em uma região com menor densidade populacional e desafios estruturais importantes. Ao analisar especificamente o estado do Tocantins, identifica-se um total de 959 óbitos, correspondendo a cerca de 11,5% dos casos da Região Norte e 0,9% do total nacional. Embora proporcionalmente menor no cenário brasileiro, o índice de Tocantins chama atenção dentro da própria região, posicionando-se entre os estados com maior número de ocorrências, atrás apenas de Pará, Amazonas e Rondônia; merecendo investigação aprofundada para possíveis fatores locais de risco como: desigualdade social, acesso limitado a serviços de saúde mental e fatores culturais específicos. De acordo com Silva, Souza e Pereira (2023), compreender a dinâmica territorial do suicídio é essencial para o direcionamento de políticas públicas eficazes e sensíveis às realidades locais.
Gráfico 7 – Óbitos por ocorrência: Brasil, Região Norte e Tocantins (2014-2022).

4 CONCLUSÃO
Os dados epidemiológicos analisados no presente estudo revelam importantes disparidades regionais que levam ao atual panorama da distribuição dos casos de suicídio no Tocantins, observado a partir do recorte temporal. Observa-se uma maior concentração de óbitos em municípios com maiores índices populacionais, o que reflete, em parte, tanto o volume populacional quanto às diferenças no acesso aos serviços de saúde mental. A baixa representatividade de muitos municípios nos registros pode indicar subnotificação, fragilidades na vigilância epidemiológica ou ainda ausência de recursos especializados que permitam o diagnóstico e acompanhamento adequado de indivíduos em sofrimento psíquico.
Essa realidade evidencia as limitações da infraestrutura hospitalar e das redes de atenção psicossocial em regiões periféricas, revelando a urgência em fortalecer os serviços de saúde mental, sobretudo na Atenção Primária. A priorização de atendimentos de urgência em detrimento das ações preventivas compromete a capacidade do sistema em identificar precocemente situações de risco, ampliando a vulnerabilidade dos indivíduos e dificultando intervenções oportunas. A centralização da assistência em centros urbanos maiores, somada às barreiras de deslocamento e ao estigma ainda presente em torno da saúde mental, agrava as dificuldades de acesso e perpetua desigualdades territoriais no cuidado.
Nesse contexto, é imprescindível que sejam desenvolvidas estratégias que promovam uma distribuição mais equitativa dos serviços de saúde mental em todo o estado, de modo que fatores como localização geográfica ou condições socioeconômicas não determinem a possibilidade de acolhimento e tratamento. Investimentos em infraestrutura, capacitação de profissionais, ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e fortalecimento das redes de apoio psicossocial são medidas urgentes e fundamentais para reduzir os índices de suicídio e garantir uma assistência integral à população tocantinense.
Portanto, os achados deste trabalho reforçam a importância da análise epidemiológica como ferramenta norteadora na formulação de políticas públicas mais eficazes e territorializadas. A prevenção ao suicídio exige uma abordagem multidisciplinar e intersetorial, que vá além do campo biomédico e considere determinantes sociais, culturais e econômicos, a fim de garantir uma visão holística do paciente. Somente por meio de ações articuladas, que priorizem o acesso universal, a escuta qualificada e o cuidado contínuo, será possível transformar o panorama atual e preservar vidas que, silenciosamente, clamam por atenção e acolhimento.
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