ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO E QUADRO VACINAL DE PACIENTES PEDIÁTRICOS COM SARAMPO NO ESTADO DO PIAUÍ, 2015-2022

ANALYSIS OF THE CLINICAL-EPIDEMIOLOGICAL PROFILE AND VACCINE SCHEDULE OF PEDIATRIC PATIENTS WITH MEASLES IN THE STATE OF PIAUÍ, 2015-2022

ANÁLISIS DEL PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO Y CRONOGRAMA DE VACUNACIÓN DE PACIENTES PEDIÁTRICOS CON SARAMPIÓN EN EL ESTADO DE PIAUÍ, 2015-2022

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202408212209


Marianna Barbosa Neiva Mota¹; Roberta Oriana Assunção da Ponte Lopes²; Juliana Paraguassu Demes Freitas³; Alice Lima Rosa Mendes⁴; Joana Elisabeth Sousa Martins Freitas⁵; João de Jesus Cantinho Júnior⁶; Fernanda Rodrigues de Araújo Paiva Campelo⁷; Klégea Maria Câncio Ramos Cantinho⁸; Suely Moura Melo⁹; Caroline Nogueira Paranhos¹⁰.


RESUMO

O sarampo é uma patologia de caráter agudo e infectocontagioso que pode evoluir com resposta inflamatória sistêmica, possui elevada taxa de transmissibilidade e impacta diretamente nos níveis de morbimortalidade, sobretudo nas faixas etárias infanto-juvenis no Brasil. Assim, este estudo objetivou traçar perfil epidemiológico dos casos de sarampo no estado do Piauí de 2015 a 2022. Tratou-se de um estudo epidemiológico, documental, observacional, aplicado, de cunho descritivo e de abordagem quantitativa, baseado em dados do SINAN e disponibilizados no Sistema DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) pelo Ministério da Saúde. O estudo foi do tipo censitário composto por todos os casos confirmados de Sarampo no estado do Piauí entre os anos de 2015 e 2022 em crianças de até 14 anos de idade. Houveram doze casos confirmados no estado do Piauí, com média anual de 1,5 casos. Em 2019, ano com mais registros de casos de sarampo no estado do Piauí, contabilizou-se sete casos (58,33%). Os resultados encontrados foram: sete (58,33%) em crianças do sexo masculino; sete (58,33%) casos em indivíduos com <1 ano de idade; escolaridade “não foi aplicada” em onze casos (91,66%); seis casos em crianças pardas (50%); critério laboratorial em nove casos (74%); cura em oito casos (66,66%); a cidade com maior número de casos foi Campo Grande do Piauí com três casos (25%). As macrorregiões com maior número de casos foram o Semiárido e o Litoral com quatro casos (33,33%); 2016 apresentou a maior porcentagem de cobertura vacinal (69,35%). Assim, o perfil de indivíduos pediátricos com sarampo no estado do Piauí foi: sexo masculino, idade menor que um ano e raça parda. O nível de escolaridade mais encontrado respectivo à categoria “não se aplica”. O principal critério confirmatório foi laboratorial, a principal evolução foi para a cura e o município com maior número de casos foi Campo Grande do Piauí. As macrorregiões com mais casos foram semiáridas e litorâneas. O ano de 2016 apresentou a maior porcentagem de cobertura vacinal. Espera-se com o estudo contribuir com a literatura e as ciências médicas de forma ampla.                                                                                                                 

Palavras-chave: Sarampo; Pediatria; Epidemiologia.

ABSTRACT

Measles is an acute and infectious disease that can evolve with a systemic inflammatory response, has a high transmissibility rate and directly impacts morbidity and mortality levels, especially in children and adolescents in Brazil. Thus, this study aimed to outline the epidemiological profile of measles cases in the state of Piauí from 2015 to 2022. It was an epidemiological, documentary, observational, applied study, with a descriptive nature and a quantitative approach, based on data from SINAN and made available in the DATASUS System (Informatics Department of the Unified Health System) by the Ministry of Health. The study was of the census type, comprising all confirmed cases of Measles in the state of Piauí between the years 2015 and 2022 in children up to 14 years of age. age. There were twelve confirmed cases in the state of Piauí, with an annual average of 1.5 cases. In 2019, the year with the most records of measles cases in the state of Piauí, seven cases were recorded (58.33%). The results were: seven (58.33%) in male children; seven (58.33%) cases in individuals <1 year of age; education “was not applied” in eleven cases (91.66%); six cases in brown children (50%); laboratory criteria in nine cases (74%); cure in eight cases (66.66%); the city with the highest number of cases was Campo Grande do Piauí with three cases (25%). The macro-regions with the highest number of cases were the Semiarid and the Coast with four cases (33.33%); 2016 had the highest percentage of vaccination coverage (69.35%). Thus, the profile of pediatric individuals with measles in the state of Piauí was: male, aged less than one year and mixed race. The most common level of education found in the “not applicable” category. The main confirmatory criterion was laboratory, the main evolution was towards a cure, the municipalities with the highest number of cases were in Campo Grande do Piauí. The macro-regions with the most cases were Semi-arid and Coastal. The year 2016 presented the highest percentage of vaccination coverage. The study is expected to contribute to literature and medical sciences in a broad way.

Keywords: Measles; Pediatrics; Epidemiology.

RESUMEN

El sarampión es una enfermedad aguda e infecciosa que puede evolucionar con una respuesta inflamatoria sistémica, tiene una alta tasa de transmisibilidad e impacta directamente los niveles de morbilidad y mortalidad, especialmente en niños y adolescentes en Brasil. Así, este estudio tuvo como objetivo perfilar el perfil epidemiológico de los casos de sarampión en el estado de Piauí en el período de 2015 a 2022. Fue un estudio epidemiológico, documental, observacional, aplicado, de carácter descriptivo y abordaje cuantitativo, basado en datos del SINAN y puesto a disposición en el Sistema DATASUS (Departamento de Informática del Sistema Único de Salud) por el Ministerio de Salud El estudio fue de tipo censal, comprendiendo todos los casos confirmados de Sarampión en el estado de Piauí entre los años 2015 y 2022 en niños hasta. 14 años de edad. En el estado de Piauí hubo doce casos confirmados, con un promedio anual de 1,5 casos. En 2019, año con mayor registro de casos de sarampión en el estado de Piauí, se registraron siete casos (58,33%). Los resultados fueron: siete (58,33%) en niños del sexo masculino; siete (58,33%) casos en individuos <1 año de edad; la educación “no se aplicó” en once casos (91,66%); seis casos en niños morenos (50%); criterios de laboratorio en nueve casos (74%); curación en ocho casos (66,66%); la ciudad con mayor número de casos fue Campo Grande do Piauí con tres casos (25%). Las macrorregiones con mayor número de casos fueron el Semiárido y la Costa con cuatro casos (33,33%); 2016 tuvo el mayor porcentaje de cobertura de vacunación (69,35%). Así, el perfil de los niños pediátricos con sarampión en el estado de Piauí fue: masculino, menor de un año y mestizo. El nivel de educación más común que se encuentra en la categoría “no aplicable”. El principal criterio confirmatorio fue el laboratorio, la principal evolución fue hacia la curación, los municipios con mayor número de casos fueron en Campo Grande do Piauí. Las macrorregiones con más casos fueron Semiárida y Costa. El año 2016 presentó el mayor porcentaje de cobertura de vacunación. Se espera que el estudio contribuya de manera amplia a la literatura y las ciencias médicas.

Palabras clave: Sarampión; Pediatría; Epidemiología.

INTRODUÇÃO

O sarampo é uma doença aguda viral infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o Paramyxovirus, pertencente à família Paramyxoviridae e ao gênero Morbillivirus. Morfologicamente, é um vírus de RNA de cadeia simples, de orientação negativa, envolvido por um envelope e não segmentado. É considerado monotípico antigenicamente, o que significa que suas características relacionadas à taxa de mutação genética e antigênica são estáveis em comparação com outros vírus de RNA. Apesar de sua diversidade genotípica, os epítopos da proteína H, responsável pela ligação do vírus aos receptores celulares específicos, permanecem geneticamente inalterados até o momento, o que garante eficácia contra reinfecção e imunização por meio da vacinação (Gandra et al., 2021).

O vírus do sarampo adentra o corpo humano por meio das vias aéreas superiores e se adsorve, a priori, às células epiteliais do trato superior. A glicoproteína de superfície hemaglutinina (H) utiliza os receptores celulares CD150/SLAM, encontrados em células linfocíticas de sinalização e dendríticas, como alvo de adsorção e absorção do vírus. Aliado a isso, encontra-se com a proteína F, a hemaglutinina medeia a fusão do envelope viral com a membrana da célula. Em algumas cepas vacinais do vírus atenuado, a infecção também pode ocorrer por meio de receptores CD46, que são reguladores de ativação do sistema complemento. Portanto, a hemaglutinina é o principal alvo neutralizante do vírus, garantindo a eficácia da vacinação (Almeida et al., 2019).

Paralelo a isso, devido a sua disseminação por meio das vias aéreas, associado a características do próprio vírus, o sarampo é considerado um agravo de elevada capacidade de disseminação capaz de induzir rapidamente viremia sistêmica, que leva à replicação viral e à infecção de órgãos linfóides, o que repercute em vasculite generalizada nos tecidos conjuntivos, como a região ocular, cavidade oral, trato gastrointestinal e respiratório (Almeida et al., 2019; Carvalho et al., 2019).

Junto a isso, existem aspectos que influenciam a incidência da doença, suas evoluções clínicas e a letalidade, como: condições socioeconômicas, estado nutricional e defesa imunológica do doente. Logo, crianças em situação de vulnerabilidade socioeconômica são as principais atingidas por este agravo (Garcia et al., 2020). Na atualidade, o foco do Ministério da Saúde é a retomada das campanhas de vacinação e o fomento à educação em saúde, visto que não há tratamento para o sarampo, apenas imunização. A recomendação é que pessoas na faixa etária entre 12 meses e 29 anos de idade recebam duas doses da vacina em intervalo de quatro semanas, e para a população entre 30 e 49 anos a indicação é uma dose (Brasil, 2019).

Por conta disso, o estudo foi guiado pelo questionamento: qual o perfil epidemiológico dos casos de sarampo no Piauí? Portanto, para sanar esse questionamento foi realizado um estudo epidemiológico na base de dados DATASUS, cujo objetivo foi traçar perfil epidemiológico dos casos de sarampo no estado do Piauí de 2015 a 2022 e como objetivos específicos: caracterizar os casos de sarampo no estado do Piauí, distribuídos entre os anos de 2015 a 2022 quanto ao sexo, faixa etária, raça e escolaridade. Identificar os casos de sarampo quanto ao critério confirmatório e evolução. Mapear os casos conforme macrorregião e município de residência.

METODOLOGIA

A pesquisa tratou-se de um estudo epidemiológico realizado em bancos de dados de acesso públicos, logo, não houve necessidade de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que os dados da pesquisa foram obtidos mediante a coleta direta do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), que é um banco de dados epidemiológicos de livre acesso. Mesmo assim, os pesquisadores respeitaram os preceitos das resoluções Nº 466/12 e Nº 510/16, que estabelecem direcionamentos para pesquisas com seres humanos, no intuito de pautar o estudo nos princípios de benefício à comunidade e não oferecer riscos à dignidade humana.

Tratou-se de um estudo epidemiológico, documental, observacional, aplicado, de cunho descritivo e de abordagem quantitativa, baseado em dados provenientes do SINAN e disponibilizados no Sistema DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde) pelo Ministério da Saúde.

O estudo foi do tipo censitário composto por todos os casos confirmados de Sarampo no estado do Piauí entre os anos de 2015 e 2022. A pesquisa foi realizada por meio da coleta de banco de dados dos pacientes registrados no SINAN pelo Ministério da Saúde. Foram contabilizados doze casos de sarampo (em indivíduos menores de um ano a quatorze anos).

Foram coletadas informações dos casos notificados de sarampo no estado do Piauí entre os anos de 2015 e 2022. As variáveis de interesse do estudo foram: faixa etária, raça, escolaridade, sexo, critério confirmatório e evolução. Os dados foram coletados de agosto a outubro de 2023.

Os dados coletados foram acomodados em planilhas no software Excel, versão 2020. Os dados foram analisados através de estatística básica e porcentagem na base 100 e cálculos estatísticos, sendo dispostos em forma de gráficos para melhor compreensão dos resultados.

A faixa etária eleita para a realização do estudo foi delimitada por indivíduos em idade pediátrica, uma vez que o intuito da pesquisa foi observar o perfil epidemiológico do Sarampo em pacientes pediátricos no estado do Piauí.

O recorte temporal foi utilizado devido à falta de registros de Sarampo no estado do Piauí anteriormente ao ano de 2015, visto que, antes deste ano os casos de sarampo em populações pediátricas haviam sido zerados no estado. Foram excluídos do estudo outros pacientes que não eram residentes no estado e indivíduos com idade superior a 14 anos.

Os riscos que o estudo proporcionou foram mínimos, uma vez que não foram realizadas abordagens diretas, administração de substâncias e nem aplicação de questionários. O único risco da pesquisa seria a identificação de pacientes, mas como os dados foram analisados de forma global, a possibilidade de identificação dos sujeitos do estudo foi reduzida a quase zero.

O estudo poderá trazer como benefícios conhecer o perfil epidemiológico do sarampo em pacientes pediátricos no estado do Piauí, além de poder servir de base para a formulação e/ou atualização de políticas de saúde pública voltadas ao combate da negligência para esse agravo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O estudo apresentou um total de doze casos confirmados no estado do Piauí com uma média anual de 1,5 casos. O Gráfico 1 apresenta os casos confirmados de sarampo infantil no estado do Piauí ocorridos entre 2015 e 2022.

Gráfico 1. Casos confirmados de sarampo infantil, segundo o ano de ocorrência Piauí. 2015-2022 (n= 12).

Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net.

Conforme a análise do Gráfico 1, foi possível observar que o ano de 2019 foi o ano em que mais houve registros de casos de sarampo no estado do Piauí, com sete casos (58,33%). O ano de 2018 com dois casos (17%); 2015, 2020 e 2022 apresentaram um caso (9,09%). Já os anos de 2016, 2017, e 2021 não apresentaram nenhum caso registrado de sarampo em indivíduos de até 14 anos no estado do Piauí. Ao analisar o gráfico, foi possível observar que os dados estão semelhantes à literatura, como no encontrado pelo estudo de Barroso e Giangarulo (2020), fomentado por Oliveira (2022), em que foram observadas as tendências de queda do sarampo até o ano de 2015, o que foi perceptível pelo gráfico; durante os anos de 2016 e 2017 não houve registros de sarampo no estado em indivíduos com menos de 12 anos.

Ao analisar os dados, no entanto, foi possível constatar que os casos começam a ressurgir no ano de 2018, o que coincidiu com o ano em que o Brasil registrou 10 mil casos da doença e afetou a certificação da OMS de região livre de sarampo, como observado pelo estudo de Parra et al. (2022).

Parra et al. (2022) inferiu que os casos de sarampo no Brasil se iniciaram na região norte do país, com elevadas taxas de incidência nos estados do Amazonas, Roraima e Pará. Essas áreas foram as primeiras a receberem indivíduos que imigraram forçadamente de seus países, em especial imigrantes venezuelanos, que fugiram em decorrência dos problemas socioeconômicos e políticos encontrados em seu país. Conforme Arruda-Barbosa, Sales e Souza (2020), a cobertura vacinal, praticamente inexistente, aliada à situação de vulnerabilidade socioeconômica, permitiu que esses imigrantes se tornassem mais suscetíveis ao sarampo e disseminassem variações não comuns da doença no Brasil, o que favoreceu o reaparecimento e a notificação de casos dessa doença.

Ademais, outro dado que chama a atenção com relação aos anos de 2020 e 2021 foi a ausência de registros relacionados ao sarampo no Piauí (em indivíduos menores de 12 anos). A literatura apontou para duas hipóteses, a primeira e mais provável: devido à subnotificação de casos. Segundo Formigosa, Brito e Neto (2022), o ano de 2020 registrou o ápice da pandemia de COVID-19 no Brasil, o que voltou todos os esforços ao controle da pandemia, logo, demais doenças passaram a ser negligenciadas. Outra hipótese é confirmada pelo estudo de Alvarenga et al. (2022), sobre o aumento da cobertura vacinal como fator redutor dos casos de sarampo.

Nesse caso, uma hipótese não exclui a outra. Embora tenha havido casos de subnotificação de demais agravos durante os anos de 2020 e 2021, o que justificou o ressurgimento de casos em 2022, a retomada da cobertura vacinal durante esses anos também foi um fator importante para o controle e redução do número de casos de sarampo, como o averiguado por Alvarenga et al. (2022), visto que as ações de vigilância laboratorial adotadas no Brasil também contribuíram para o controle da doença (Brasil, 2021). A Tabela 1 apresenta os casos confirmados de sarampo infantil conforme o ano de ocorrência no estado do Piauí de 2015 a 2022.

Tabela 1. Casos confirmados de sarampo infantil, segundo o ano de ocorrência e sexo. Piauí. 2015-2022 (n= 12).

Ano 1º Sintoma(s)20152016201720182019202020212022Tota l%
Masculino10013101758,33
Feminino00014000541,66
Total1002710112100
Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net.

O Gráfico 2 apresenta os casos confirmados de sarampo infantil conforme o ano de ocorrência no estado do Piauí de 2015 a 2022.

Gráfico 2. Casos confirmados de sarampo infantil, segundo o ano de ocorrência e sexo. Piauí. 2015-2022 (n= 12).

Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net.

Conforme a análise da Tabela 1 e do Gráfico 2, foi possível observar que o maior número de casos confirmado de sarampo infantil ocorreu no sexo masculino com sete casos (58,33%), já o sexo feminino apresentou cinco casos (41,66%). Não foram registrados dados sobre casos ignorados ou brancos.

Ao examinar os dados – o conjunto total de casos – o resultado mostrou-se similar às expectativas nacionais, em que os dados provenientes do Boletim Epidemiológico de janeiro de 2022, Brasil (2021), emitido pela secretaria de Vigilância em Saúde, apresentou o maior número de registros em indivíduos do sexo masculino, com trezentos e cinquenta casos (52,4%). Além do resultado coincidir com o do informado pelo boletim epidemiológico, também está de acordo com o estudo de Santos et al. (2021), no entanto, o estudo de Santiago et al. (2022) sobre internações por sarampo entre 2018 a 2020 demonstrou que, segundo o sexo, em 2020, a prevalência no sexo masculino foi um pouco menor do que no sexo feminino.

De acordo com Cesaro, Santos e Silva (2019), homens costumam ser mais negligentes com a própria saúde, isso é observado em várias áreas, seja no campo das doenças infecciosas, seja no campo das causas externas de mortalidade. Isso ocorre devido a vários fatores socioculturais, como a estrutura patriarcal da sociedade em que o papel masculino é ser provedor e não pode demonstrar fraqueza, o que socialmente pode ser interpretado como adoecimento, demonstração de afeto ou sentimentos, entre outros comportamentos. Portanto, culturalmente, os homens negligenciam sua própria saúde e se tornam vulneráveis a várias doenças, como o sarampo.

No entanto, pode haver discrepância entre os resultados de estudos epidemiológicos, devido às faixas etárias analisadas e/ou regiões específicas, o que influencia as variáveis e pode indicar que, em fases não economicamente ativas, esses homens não têm o mesmo grau de exposição que os homens adultos. Portanto, não é esperado que, nessas faixas etárias mais jovens, os homens tenham maior risco de desenvolver doenças, como nas faixas etárias adultas, como mostrado por Wanderley et al. (2021), que constataram que não há preferência entre os sexos. A Tabela 2 apresenta os casos confirmados de sarampo infantil, conforme o ano de ocorrência e faixa etária, dados relativos aos anos de 2015 a 2022, no estado do Piauí.

Tabela 2. Casos confirmados de sarampo infantil, segundo o ano de ocorrência e faixa etária. Piauí. 2015-2022 (n= 12).

Faixa Etária20152016201720182019202020212022Total%
<1 Ano25758,33
01– 04 anos121433,33
05 – 09 anos118,33
Total137112100
Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN Net.

Ao analisar os dados provenientes da Tabela 2, foi possível constatar que a faixa etária com maior número de acometidos foi a de menores de um ano de idade com sete casos (58,33%); um a quatro anos teve o registro de quatro casos (33,33%). Cinco a nove anos de idade com apenas 1 caso (8,33%) notificado.

Os dados estão em concordância com o Brasil (2021), Santos et al. (2021) e Wanderley et al. (2021), que demonstraram que a maior quantidade de casos de sarampo ocorre em crianças abaixo de quatro anos, especialmente aquelas que têm menos de 1 ano de idade. Santos et al. (2021) afirmou em sua pesquisa que, de 2011 a 2020, o grupo de idade dos internados por sarampo, no Brasil, foi composto por indivíduos menores de um ano de idade com 1015 casos (37,29%).

De acordo com Malta et al. (2021) e Santos et al. (2021), o elevado número de casos de sarampo em crianças com menos de um ano é justificado pelo fato de que elas não possuem anticorpos contra a doença, uma vez que a primeira dose de rotina contra o sarampo é administrada a partir dos doze meses de idade. Por essa razão, o Ministério da Saúde implementou a dose zero para crianças de seis meses a onze meses e vinte e nove dias, a partir de agosto de 2019, na tentativa de resolver essa problemática.

Entretanto, como observado por Santos et al. (2021), a dose zero não garante a proteção adequada contra o problema, uma vez que o principal fator para a persistência dos casos de sarampo é a baixa taxa de vacinação entre as crianças menores de 5 anos, onde as metas estão abaixo das estabelecidas pelo Ministério da Saúde, o que contribui para os surtos e os casos de infecção em crianças menores de um ano. Garcia et al. (2020) demonstrou que a dose zero é importante, além do fato de que a imunização não se limita ao público infantil e é o principal foco para garantir uma barreira de proteção com o objetivo de conter a disseminação do vírus.

Conforme Elídio (2019), a prevenção da doença é baseada na imunização individual, mas com ênfase nas faixas etárias de 1 a 5 anos de idade, visto que ao vacinar esse grupo de crianças e conferir imunidade a elas, cria-se uma resistência coletiva à doença, o que beneficia os indivíduos mais vulneráveis, como os menores de um ano e os adultos entre 20 e 29 anos. O Gráfico 3 apresenta o nível de escolaridade dos casos confirmados de sarampo em indivíduos de até 12 anos no estado do Piauí de 2015 a 2022.

Gráfico 3. Casos confirmados de sarampo infantil, segundo o ano de ocorrência e escolaridade. Piauí. 2015-2022 (n= 12).

Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net.

Ao analisar os dados obtidos pelo Gráfico 3, foi possível observar que o dado mais expressivo foi o de indivíduos em que a escolaridade não foi aplicada com o número de onze casos (91,66%), e houve registro de apenas um caso (8,33%) de indivíduo que tinha de 1ª a 4ª série incompleta do ensino fundamental. O estudo foi realizado com faixas etárias de indivíduos de até 12 anos de idade.

De acordo com o Gráfico 3, foi possível perceber que a variável “não se aplica” foi a de maior expressividade. Como já demonstrado por Santos et al. (2021) e Malta et al. (2021), a maioria dos casos de infecções por sarampo ocorrem em indivíduos com menos de um ano de idade, portanto, esses indivíduos não estão em idade escolar e essa variável não é aplicável. Isso fortalece o fato de que os menores de um ano são os mais afetados e, de acordo com Santos et al. (2021), também são os que mais são hospitalizados devido ao agravamento do caso de sarampo. O Gráfico 4 apresenta os casos confirmados de sarampo infantil de acordo com o ano de ocorrência e a raça no estado do Piauí de 2015 a 2022.

Gráfico 4. Casos confirmados de sarampo infantil, segundo o ano de ocorrência e raça. Piauí. 2015-2022 (n= 12).

Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net.

Ao analisar o Gráfico 4, observou-se que o maior índice de casos notificados de sarampo em indivíduos de até 14 anos que estão no Piauí, de 2015 a 2022, ocorreu em pardos com o registro de seis casos (50,00%), em indivíduos brancos foram notificados quatro casos (33,33%) e apenas dois casos classificados como ignorados (16,66%).

De acordo com os dados do Gráfico 4 foi observado que o número mais significativo ocorreu em indivíduos de cor parda; estudos étnicos e sociais mostraram que a maioria da população brasileira se autodeclara como parda. Os dados do estudo estão em conformidade com Souza et al. (2020) e Porto et al. (2021), quando afirmam em sua pesquisa que a maioria dos indivíduos que contraíram sarampo eram de cor parda.

Como evidenciado na pesquisa, houve o registro de apenas quatro casos na categoria étnica branca, o que historicamente se manteve, uma vez que indivíduos racializados, como povos negros, pardos e indígenas, sempre tiveram menos acesso à saúde, consequentemente adoecendo com mais frequência e, em geral, apresentando quadros clínicos mais graves. Isso pode ser observado no estudo, no qual houve sete casos em indivíduos pardos e apenas quatro em indivíduos brancos, assim, a disparidade racial também pode ser considerada um fator determinante do processo saúde-doença, como inferido por Cobo, Cruz e Dick (2021), em sua pesquisa sobre o acesso à saúde por indivíduos pertencentes a etnia negra e parda.

Também não foram encontrados dados relacionados a indivíduos negros, o que pode estar associado ao estigma social de desvalorização dos indivíduos negros que muitas vezes costumam se declarar como pardos. Além disso, não há registros relacionados a povos indígenas, no estado do Piauí e especialmente nas faixas etárias consideradas no estudo (Cobo; Cruz; Dick, 2021). A Tabela 3 evidenciou os critérios confirmatórios para o diagnóstico de sarampo no estudo do Piauí, em indivíduos de até 12 anos, no período de 2015 a 2022.

Tabela 3. Casos confirmados de sarampo infantil, segundo o ano de ocorrência e critério confirmatório. Piauí. 2015-2022 (n= 12).

Critério confirmatório20152016201720182019202020212022Total%
Laboratório371083,33
Clínico11216,66
Total47112100
Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net.

Conforme a análise da Tabela 3, foi constatado que o critério confirmatório mais utilizado para o diagnóstico foi o critério laboratorial com dez casos (83,33%) e o critério clínico (16,66%). Apesar da clínica médica ser dominante, atualmente, os profissionais médicos, para se protegerem e justificarem suas condutas, atribuem o diagnóstico não apenas ao exame clínico, mas sim à combinação entre o exame clínico e os exames complementares, como no caso de critério confirmatório do sarampo ser principalmente laboratorial, como mostrado por Andrade et al. (2022) em seu estudo que demonstrou que a maior prevalência do critério confirmatório foi de natureza laboratorial.

Além disso, os exames complementares, apesar desse termo, fornecem uma ampla gama de informações ao médico, visto que permitem a avaliação de marcadores imunológicos, bem como parâmetros laboratoriais que avaliam as linhagens de células sanguíneas para compará-las com achados que são compatíveis com alterações infecciosas (Quadros et al., 2020). Exames laboratoriais, como hemograma, não são específicos ou apresentam achados característicos, no entanto, revelam alterações nas linhagens de células brancas e/ou vermelhas que podem ser compatíveis com certas condições (Oliveira, 2022).

Portanto, ao comparar os exames complementares com a clínica do paciente, é possível estabelecer o diagnóstico do caso em análise. Por isso, cabe ao médico usar a moderação na utilização de métodos clínicos, como a observação de manchas de Koplik, entre outros aspectos relacionados ao sarampo, juntamente com as informações obtidas nos achados laboratoriais (Xavier et al., 2019). A Tabela 4 apresenta os casos confirmados de sarampo infantil, segundo o ano de ocorrência e evolução, ocorridos no estado do Piauí, de 2015 a 2022.

Tabela 4. Casos confirmados de sarampo infantil, segundo o ano de ocorrência e evolução. Piauí. 2015-2022 (n= 12).

Evolução20152016201720182019202020212022Total%
Ign/Branco21325
Cura135975
Total137112100
Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net.

A Tabela 4 evidenciou que a maioria dos casos tenderam à cura com nove casos (75%), ignorados ou brancos corresponderam a três casos (25%). Não houve o registro de mortes em pessoas com até 14 anos que contraíram sarampo no Piauí de 2015 a 2022. Esses dados estão de acordo com a literatura consultada, como no estudo de Quadros et al. (2020), Almeida et al. (2020) e Luna (2021), que constataram que o sarampo é uma doença cuja causa é amplamente conhecida, mesmo que não haja um tratamento antiviral específico. O tratamento consiste em aliviar os sintomas e monitorar para evitar complicações graves.

De acordo com Oliveira (2022), os avanços médicos dos últimos anos – como o acesso melhorado à saúde e a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros – contribuíram para a redução dos casos de morbimortalidade relacionados ao sarampo. Até a década de 60, era comum que muitas crianças morressem devido à baixa cobertura vacinal e à falta de infraestrutura de atendimento adequado. Essas complicações eram frequentes e levavam à morte.

Como observado por Wanderley et al. (2021), o aumento das taxas de vacinação e a administração das vacinas tríplice e tetra viral foram alguns dos principais fatores que contribuíram para a redução da mortalidade relacionada ao sarampo, especialmente em crianças com até 5 anos. Além disso, Garcia et al. (2020) e Ribeiro, Couto e Mantovani (2020) mostraram que a dose zero, embora não forneça imunidade total, ajudou a reduzir a mortalidade. A Tabela 5 mostra os casos confirmados de sarampo no estado do Piauí conforme município de residência.

Tabela 5. Casos confirmados de sarampo infantil, segundo município de residência Piauí. 2015-2022 (n= 12).

MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIACASOS CONFIRMADOS%
AVELINO LOPES18,33
CAMPO GRANDE DO PIAUI325
LAGOA DE SAO FRANCISCO216,33
LAGOA DO SITIO18,33
MILTON BRANDAO18,33
PATOS DO PIAUI18,33
PICOS18,33
PIRIPIRI18,33
SIMÕES18,33
TOTAL12100
Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net.

Ao analisar os casos da Tabela 5, foi possível observar que os únicos municípios do estado do Piauí que apresentaram mais de um caso foram os municípios de Campo Grande do Piauí com três casos (25%), Lagoa de São Francisco com dois casos (16,133%). Já nos demais municípios de Avelino Lopes, Lagoa do Sítio, Milton Brandão, Patos do Piauí, Picos, Piripiri, Simões, tiveram o registro de apenas um caso (8,33%) respectivamente de sarampo, na faixa etária de indivíduos de até 12 anos de idade.

De acordo com a literatura, foi possível comprovar que houve uma estabilidade do número de casos entre as cidades, uma vez que a vigilância laboratorial implementada para controle do sarampo se mostrou eficiente na contenção dessa doença, portanto, foi possível constatar que não houve disseminação da enfermidade para as demais regiões, apesar da predominância em cidades do centro sul do Piauí (Marques et al., 2020).

Em uma outra perspectiva, não é possível deduzir que os casos de sarampo nessas cidades sejam resultado, exclusivamente, da baixa taxa de vacinação, uma vez que foram poucos casos notificados. Caso a falha tivesse sido na cobertura vacinal, haveria mais casos e um número significativamente maior. Com base no observado, foi possível acreditar que os casos podem estar relacionados às deficiências da imunização individual ou à falta de cuidado parental com os indivíduos, visto que a análise foi feita em indivíduos menores de 1 ano e até 12 anos de idade, ou seja, esses casos estão ligados à ausência de imunização dessas crianças, ou então à negligência parental — em não se imunizar ou em favorecer o contágio — por meio de cuidados inadequados, que geralmente são resultado da vulnerabilidade socioeconômica e da falta de informações (Rosa, 2020).  O Gráfico 5 apresenta os casos confirmados de sarampo no estado do Piauí segundo a macrorregião de saúde de notificação do caso.

Gráfico 5. Casos confirmados de sarampo infantil, segundo o ano de ocorrência e macrorregião de notificação Piauí. 2015-2022 (n= 12).

Fonte: Adaptado Ministério da Saúde/SVS – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Net.

Ao analisar os casos noticiados de sarampo no estado do Piauí, conforme o Gráfico 5, foi possível observar que o maior número de casos foram registrados no Semiárido e no Litoral, com quatro casos (33,33%). Já no Meio-Norte, houveram apenas três casos (16,33%) e nos Cerrados apenas um caso (8,33%).

Com base nessas informações, foi possível observar semelhança de casos entre o sul do Piauí e o norte do estado, uma vez que ambos apresentaram 4 casos respectivamente, enquanto o Meio-Norte, onde está localizada a capital, apresentou apenas três casos. Isso pode indicar que podem haver fragilidades nas coberturas vacinais e nas estratégias individuais de proteção contra o sarampo longe da capital, considerando que o Meio-Norte é onde está a capital Teresina, com maior ênfase em políticas e campanhas de saúde. Portanto, acredita-se que, fora da capital, o acesso a recursos de saúde seja menor (Marques et al., 2020).

Paralelamente a isso, com apenas 1 caso confirmado nos Cerrados, podemos inferir duas hipóteses: que nessa região há menor população, consequentemente menos casos confirmados, e/ou que há melhor acesso aos serviços de saúde. Acredita-se nas duas hipóteses, uma vez que os Cerrados são novas áreas de expansão agrícola do Piauí, com intensas atividades agropecuárias e, por isso, maior poder econômico, o que justifica o fato dessas pessoas não apresentarem tanta vulnerabilidade socioeconômica como as populações do Semiárido e das áreas rurais do Litoral piauiense (Brito et al., 2022). O Gráfico 6 apresenta as porcentagens de doses das vacinas Tríplice Viral e Tetraviral referentes aos anos de 2015 a 2019.

Gráfico 6. Porcentagem de cobertura vacinal de doses de Tríplice Viral e Tetraviral segundo ano. Piauí. 2015-2022 (n= 54,44).

Fonte: Adaptado Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Os dados registrados do PNI somente constam registros atualizados até o ano de 2019, logo, dados atualizados referentes ao período pandêmico e pós-pandêmico ainda não foram consolidados até o período de coleta dessa pesquisa. Segundo o Gráfico 6, foi possível analisar as coberturas vacinais ao longo dos anos, foi perceptível que o ano de 2016 apresentou a maior média de cobertura entre os imunobiológicos com 69,35% de cobertura de todos os imunizantes juntos, já o ano com a menor média de cobertura destes imunizantes foi o ano de 2019 com apenas 32,99% de cobertura vacinal para os três imunobiológicos. Tais dados são preocupantes e mostram que a partir do ano de 2015 as coberturas vacinais estiveram em queda, visto que, as médias projetadas pelo Ministério da Saúde eram de coberturas em cerca de 95% e o estado do Piauí, no ano de maior registro, atingiu apenas 69,35% da cobertura, ou seja, um valor abaixo do estipulado pelo Ministério da Saúde, tal fato reforça a hipótese que o retorno dos casos de sarampo, não apenas no estado do Piauí, mas no Brasil, são fruto da não adesão às campanhas de vacinação (Arroyo et al., 2020).

Esta realidade é reforçada pelo estudo de Oliveira (2022) em que foi evidenciado que a redução da cobertura vacinal do sarampo é o principal fator para o aumento dos casos no Brasil, contudo, a autora reforça que essa redução não é uma simples problemática de não adesão, mas sim fruto de desinformação acerca da doença, do imunobiológico e também da importância da vacinação, não apenas de forma individual, mas a proteção da sociedade como um todo, já que a literatura mostra que a faixa etária mais atingida são de adultos, entretanto, a faixa etária que mais sofre as consequências são as crianças, logo, imunizar adultos pode atuar como prevenção ao agravo em crianças em faixa-etária que a vacinação ainda não é recomendada e também proteger indivíduos que por vulnerabilidade socioeconômica possuem difícil acesso ao sistema de saúde e a vacinação.

Ademais, Freitas et al., (2020) em seu estudo também faz um adendo à importância da COVID-19 nas baixas coberturas vacinais, uma vez que, durante o período pandêmico, não apenas a vacinação contra o sarampo, mas contra diversos agravos imunopreviníveis registraram quedas drásticas em suas coberturas, sobretudo, devido ao isolamento social, medidas restritivas, fechamento de unidades de atenção primária, redução de profissionais e ao pânico relacionados a infecção pelo coranavírus.

Por fim, ainda pode ser listada como maior dificuldade para a realização do estudo os dados mal registrados ou em branco averiguados no sistema de dados consultado comprometendo a análise do real perfil socioepidemiológico dos casos de sarampo no estado do Piauí. Ademais, os dados avaliados pelo estudo assemelham-se com os observados pelos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde, o que corroboram com a importância do estudo, uma vez que, este além de contribuir com subsídios técnicos e científicos, também almeja fomentar mais pesquisas sobre a temática.

CONCLUSÃO

Com base no estudo, foi possível observar que a análise do perfil clínico- epidemiológico e quadro vacinal de pacientes pediátricos com sarampo no estado do Piauí, 2015-2022 foi de indivíduos do sexo masculino, com idade menor que um ano e raça parda. O nível de escolaridade mais encontrado foi respectivo à categoria “não se aplica”. O principal critério confirmatório mais utilizado foi o laboratorial, a principal evolução foi para a cura, o município com maior número de casos foi o município de Campo Grande do Piauí. As macrorregiões com maior número de casos foram as regiões do Semi-árido e do Litoral. O ano com maior cobertura vacinal foi o ano de 2016, com 69,35% de cobertura vacinal.

O estudo está de acordo com os boletins epidemiológicos publicados pelo Ministério da Saúde, o que corrobora com a veracidade dos dados encontrados na pesquisa. Ademais, sugere-se também a realização de mais pesquisas a fim de fomentar o estudo do Sarampo, sobretudo, em faixas-etárias pediátricas, com o objetivo de entender a epidemiologia do agravo e proporcionar a otimização de políticas de enfrentamento voltadas a este agravo.

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Centro Universitário Unifacid Wyden
E-mail: mariannaneivatheo@outlook.com
²ORCID:https://orcid.org/0009-0003-7024-1774
Centro Universitário Unifacid Wyden
E-mail: roberta.oriana@uol.com.br
³ORCID:https://orcid.org/0009-0000-6242-3656
Centro Universitário Unifacid Wyden
E-mail: julianapdemes@gmail.com
⁴ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1960-9647
Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil
E-mail: alice_lima_@hotmail.com
⁵ORCID: https://orcid.org/0000-0002-738800-6426
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: desousamartinsfreitasj@gmail.com
⁶ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7025-3845
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: cantinhojr@hotmail.com
⁷ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5733-9924
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: frapc_paiva@hotmail.com
⁸ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1685-5658
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: professoraklegea@gmail.com
⁹ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9996-0850
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: suelymelo6@gmail.com
¹⁰ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2882-5277
Centro Universitário Unifacid Wyden, Brasil
E-mail: drcaroline.pediatra@gmail.com