ANÁLISE DO NÍVEL DE EMPATIA DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA COM INDIVÍDUOS TRANSGÊNEROS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411011543


Angela da Silva
Eliane Wisnheski
Rosilaine Zedral


1     INTRODUÇÃO

Este estudo aborda a análise da empatia de estudantes de psicologia em relação a indivíduos transgêneros, considerando a importância da empatia no contexto psicoterapêutico e as dificuldades enfrentadas por essa comunidade para encontrar profissionais psicológicos capacitados. A literatura destaca que os transgêneros enfrentam obstáculos significativos para acessar atendimento psicológico especializado devido à transfobia e outras formas de discriminação (Melo et al., 2011). Embora haja instituições no Brasil que ofereçam atendimento psicológico para grupos vulneráveis, a escassez de profissionais capacitados para atender especificamente a comunidade LGBTQIAPN+ é preocupante.

Segundo o Código de Ética Profissional do Psicólogo (CFP, 2018), profissionais da psicologia têm o dever de respeitar e promover os direitos humanos, sem qualquer tipo de incitação discriminatória, seja ela relacionada à orientação sexual, identidade de gênero ou qualquer outra característica pessoal. Portanto, embora os locais de atendimento social contam com um quadro de psicólogos, existem poucos profissionais que façam o atendimento específico aos indivíduos transgêneros. Isso levanta questões importantes sobre a capacitação dos profissionais em relação às demandas específicas desse grupo, embora a literatura acadêmica e as diretrizes éticas da Psicologia enfatizarem a necessidade de formação e competência nos atendimentos à diversidade, garantindo um ambiente terapêutico seguro e livre de preconceitos.

Diante disso, esta pesquisa visou analisar a empatia dos estudantes de psicologia em relação a esse grupo, considerando a jornada única de autodescoberta, aceitação e, em alguns casos, busca por apoio médico para a transição de gênero que pode incluir terapias hormonais ou cirúrgicas. Esta pesquisa justifica-se academicamente, porque o acompanhamento psicológico a indivíduos transgêneros possui relevância significativa, o que exige ampliar o interesse por essa demanda de forma acolhedora e empática. Conforme Silva (2008), a empatia é a capacidade de considerar e respeitar os sentimentos alheios, de se colocar no lugar do outro, vivenciando o que uma outra pessoa sentiria em uma situação semelhante. Considera-se também que além da relevância acadêmica, a relevância científica, a pedagógica, a política e a social, uma vez que desconstrói estereótipos historicamente construídos com relação aos indivíduos transgêneros e à comunidade LGBTQIAPN+, oferecendo um atendimento de melhor qualidade, promovendo o bem-estar e garantindo os direitos constitucionais e humanos.

Esta pesquisa tem como objetivo geral e específicos a análise da empatia de estudantes de psicologia, relacionada diretamente com indivíduos transgêneros, bem como, sintetizar as principais queixas e demandas relacionada a transgeneridade e analisar dados relacionados à empatia frente à dificuldade dos psicólogos e psicólogas de acolher e entender os pacientes no processo de identidade de gênero.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

A empatia é fundamental para os futuros profissionais da psicologia no setting terapêutico ao atender os indivíduos transgêneros, pois a transformação do corpo é uma esfera constitutiva no desenvolvimento das pessoas. No entanto, para os transgêneros, essa esfera assume uma magnitude intensa, percorrendo várias etapas, desde a identificação até as necessidades de alteração física, podendo ocorrer ou não, conforme a percepção sobre si de cada sujeito.

A Organização Mundial de Saúde – OMS, oficializou em 21 de maio 2019, a retirada da classificação da transexualidade da categoria de transtorno mental e integrou como “condição relacionada à saúde sexual” classificada como “incongruência de gênero” no CID-11 – Código Internacional de Doença ou Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas de Saúde, que tem como intenção de ser implantado no sistema de informação da vigilância brasileira a partir de 1 de janeiro de 2025 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022).

A OMS (Resolução CFP nº 01/2018) refere-se que pessoas transgêneros têm relação direta com seu próprio gênero e possui uma identidade diferente do sexo de seu nascimento. É importante destacar que a identidade transgênero não deve ser considerada como uma patologia, e nem todas as pessoas transgênero vivenciam a disforia de gênero, que envolve a percepção de incompatibilidade entre a identidade de gênero e o sexo biológico, resultando em sofrimento emocional, conflitos internos e externos. Esse cenário pode levar ao desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade, mas não é uma experiência universal. Esta incongruência de emoções é internalizada, conforme o indivíduo se vê, em relação ao outro e ao mundo; é uma descarga emocional causando desconforto psicológico por serem diferentes de como se percebem no mundo. (SAADEH, 2019). Ser transexual não é doença, ser diferente não deve ser compreendido como um sujeito doente, as Nações Unidas enfatizam que a patologização da identidade é um dos fatores primários da violação de direitos humanos (NAÇÕES UNIDAS, 2017).

Meyer (2003) destaca que a homofobia internalizada é uma forma de estigma social que pode causar danos à saúde mental dos indivíduos, como ansiedade, depressão e ideação suicida. Ressalta ainda que esta condição pode ser agravada pela falta de apoio social e familiar. Em muitos casos, esses indivíduos convivem com pessoas, que não aceitam ou não compreendem a diversidade sexual e de gênero, o que pode levar à internalização de valores homofóbicos.  Além disso, a ausência de representatividade e a perpetuação de estereótipos negativos podem influenciar e reforçar comportamentos homofóbicos quando são veiculados pela mídia e difundidos pela cultura em geral.

A identidade de gênero se transformou em um cenário de confronto, quando a sociedade dominante homogeneizada não respeita a diversidade e não reconhece a transexualidade como uma identidade de gênero, por não seguir os padrões biológicos. Desta forma os indivíduos transgêneros constroem sua identidade não como se identificam, mas como a sociedade delimita, oprimindo sua condição e privilegiando modelos padrões sociais devidamente identificados pela sociedade (GROSSBERG, 1996). 

A identidade de gênero possibilita ao sujeito se construir como pessoa pública e capacitando-o a gerenciar sua própria identificação, seu corpo e seu sexo. A heteronormatividade e a delimitação imposta socialmente entre sexo biológico, identidade de gênero, orientação sexual e papel de gênero não compreende a desconstrução do corpo com o sexo biológico e a identificação de identidade transgênero, recriminando por não estar de acordo com as crenças impostas, bem como serem renegados por acreditarem ser uma ameaça a construção da sociedade (RUBIN, 2012).

A escola é importante na orientação e no processo de conscientização e instrumentalização do corpo da criança na formação do indivíduo. Defender a classificação do indivíduo com base em etnia, classe ou gênero apenas reforça hierarquias, perpetuando diferenças e exclusão social. Isso coloca em situação vulnerável aqueles que não se enquadram nas normas hegemônicas, resultando na exclusão das propostas contemporâneas de inclusão da diversidade sexual. (CASTRO, 2004).   

O atendimento psicológico às pessoas transexuais no Brasil é um tema importante e complexo, que envolve questões de ética, direitos humanos, saúde mental e cidadania. Demanda uma escuta que provoca o aprendizado e a desconstrução de normas sobre gênero, sexualidade e corpo. A Resolução CFP Nº 001, de 29 de janeiro de 2018, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação às pessoas transexuais e travestis, é um grande marco e avanço, mas ainda precisa ser mais conhecida e aplicada pelos profissionais da área. (GUTIERRES, 2020).

É importante enfatizar que não existe uma abordagem psicológica exclusiva para atendimento a indivíduos trans, mas a Terapia Cognitivo Comportamental – TCC, atua numa perspectiva empírica, com metas, lógicas e métodos descritos e está intrinsecamente ligada a diferentes crenças e práticas sociais e culturais.

 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa é um estudo transversal descritivo, cujo método teve por finalidade compreender às experiências e percepções referente à empatia dos estudantes de psicologia a indivíduos transgêneros, objetivando a identificação, as nuances e complexidades envolvidas nas experiências individuais.

A pesquisa foi aplicada em outubro 2023 aos 173 graduandos do primeiro ao décimo semestre do curso de psicologia, em uma universidade particular de Joinville/SC, por amostragem de forma on line, via Google Forms, conforme modelo da Escala Jefferson de Empatia Psicológica – versão estudante (JSE), que enfatiza a empatia como um atributo cognitivo, buscando compreender a experiência do outro no seu processo de entendimento, ou seja, uma função intelectual, podendo ser considerado um atributo principalmente emocional ao compartilhar sentimentos. Através da avaliação do nível de empatia dos estudantes, a escala permite identificar áreas em que precisam melhorar e, consequentemente, criar um plano de ação com foco no aprimoramento de suas habilidades.

Os voluntários para participar da pesquisa precisaram atender alguns critérios específicos, devendo ser estudantes de psicologia, devidamente matriculados no curso, maiores de 18 anos, além de concordarem com o termo de consentimento livre e esclarecido – TCLE, conforme critérios propostos pelo comitê de ética da plataforma Brasil e aprovado pelo Parecer nº 6.434.700. Na instituição de ensino superior, do curso de psicologia de Joinville/SC, acadêmicos da primeira à décima fase foram convidados a participar da pesquisa, que foi apresentada de forma presencial aos 173 alunos matriculados, 55 demonstraram interesse em participar, 49 responderam.

A análise envolveu a exploração das experiências e ocorrências dos participantes, buscou identificar as nuances e complexidades envolvidas nas suas vivências. A análise dos resultados se baseou na abordagem da Terapia Cognitivo Comportamental – TCC, para uma melhor compreensão da empatia em relação ao comportamento, funcionamento cerebral, processos cognitivos e subjacentes às respostas dos participantes, com o intuito de analisar a capacidade dos graduandos de psicologia de se colocar no lugar do paciente através dos processos cognitivos de empatia, como conseguem entender e se conectar emocionalmente com as experiências dos pacientes.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A pesquisa foi apresentada de forma presencial aos 173 alunos matriculados do primeiro ao décimo semestre em uma Instituição de ensino superior na cidade de Joinville/SC, 55 ingressantes demonstraram interesse em participar da pesquisa, mas 49 responderam de fato. Os participantes que optaram por mais de uma resposta na mesma afirmativa tiveram sua participação excluída, bem como um participante com menos de 18 anos e 01 que assinalou não ter interesse em participar, resultando assim para análise de dados a participação de 34 acadêmicos.

A análise dos dados se fundamentou em três dimensões: “vivenciar no lugar do outro”, “assumir a perspectiva do outro” e “cuidados compassivos” conforme o fator de frequência estabelecido pela JSE, cuja pontuação global obtida foi de 73 pontos (52%). Já nas dimensões individuais obteve-se: dimensão “vivenciar no lugar do outro” 6 pontos (43%); dimensão “assumir a perspectiva do outro” 52 pontos (74%) e dimensão “cuidados compassivos” 15 pontos (27%).

Dentro da leitura de análise fatorial “os cuidados compassivos” e “vivenciar no lugar do outro” ficou abaixo da média pré-estabelecida pela JSE, isto levanta a hipótese de o quanto a trangeneralidade e empatia ao indivíduo transgênero, deve ser fomentada no meio acadêmico, social, político e científico, para desmistificar o conceito estruturado historicamente, desta forma poderá ser minimizado a abrasividade e agressividade onde a sociedade julga a partir de suas experiências o outro pela sua identidade, excluindo socialmente o sujeito que é pertencente da mesma sociedade, indivíduo este que busca o seu diretos de atendimento à saúde especializada e um ambiente que se sinta seguro e acolhido.

Assim, na dimensão “vivenciar no lugar do outro”, segundo Beck (2011), a empatia é essencial para que o paciente mantenha o tratamento e desenvolva uma relação terapêutica construtiva. A compreensão da linguagem não verbal, permeiam pela percepção cognitiva do viés psicológico, no setting terapêutico a escuta e o visual traspassam para linguagem verbal.  Esta dimensão refere-se a valorização e a capacidade do terapeuta de se colocar no lugar do paciente, com empatia e compreensão genuína. A empatia por parte do profissional psicólogo é fundamental na construção de uma relação terapêutica sólida e eficaz, face que, os pacientes valorizam a atenção que os psicólogos têm com seus sentimentos e compreendem a empatia como um componente terapêutico valioso, essa compreensão é um passo positivo na formação de psicólogos que são capazes de oferecer cuidados sensíveis e eficazes, especialmente no contexto do atendimento a pessoas transgênero por fazerem parte de um grupo minoritário (MARTINS, 2018).

A dimensão “Assumir Perspectiva do Outro” é uma técnica frequentemente usada na Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) para promover empatia e compreensão nas interações terapêuticas, baseando-se na importância e compreensão do paciente, auxiliando a estabelecer uma relação terapêutica positiva, na qual o paciente se sente acolhido e apoiado, além de ajudar na identificação e modificação de pensamentos disfuncionais (BECK, 2011).

Na dimensão “Cuidados Compassivos” a análise da empatia Cuidados compassivos incorpora a compaixão e a empatia em todo o processo de tratamento. Embora a TCC seja frequentemente associada a uma abordagem mais focada na cognição e no comportamento, a inclusão de cuidados compassivos reconhece a importância da relação terapêutica e do suporte emocional na melhoria do bem-estar do paciente. (BECK, 2011).

Os cuidados compassivos envolvem, empatia e aceitação; suporte emocional; compreensão profunda; construção de aliança terapêutica; foco no autocuidado; e atenção às necessidades individuais. Considerando estes fatores a pesquisa revela o entendimento da complexidade do tratamento psicológico, a valorização da relação terapêutica e a preparação para práticas que consideram a importância dos laços emocionais entre psicólogos e pacientes. Beck (1976) destaca como a qualidade da relação entre terapeuta e paciente tem influência no processo terapêutico e na eficácia geral do tratamento.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados e discussões apresentados neste estudo visam contribuir para uma melhor compreensão da empatia no contexto da psicologia e para a melhoria do atendimento oferecido aos indivíduos transgêneros, porque essa pesquisa não apenas preenche uma lacuna na literatura acadêmica, mas também tem implicações práticas e políticas significativas para garantir o bem-estar e os direitos dessa comunidade. Com o resultado da pesquisa é possível vislumbrar o nível de empatia dos estudantes de psicologia, quando se trata do atendimento aos indivíduos transgêneros, auxiliando-os a compreender que é possível realizar ou dar sequência no processo de transição sem discriminação. O emprego de instrumentos como a JSE (adaptada à psicologia), para avaliar o nível de empatia dos estudantes, pode ser considerado uma ferramenta de extrema valia, face que, análises empáticas são fundamentais para psicólogos e profissionais da saúde, a fim de fornecendo dados e assim aperfeiçoar uma melhora no vínculo terapêutico. A promoção da empatia e do cuidado ao paciente deve ser uma prioridade para as instituições, permitindo aprimorar a qualidade dos atendimentos.

A aplicação da TCC nesse contexto, representa um avanço significativo na busca por uma assistência de saúde mais eficaz e compassiva. Ao explorar o nível de empatia dos estudantes de psicologia relacionado aos indivíduos transgêneros, esta pesquisa também contribui para a formação de profissionais mais sensíveis preparados para lidar com as complexidades emocionais e as necessidades específicas desses indivíduos, resultando em um ambiente terapêutico mais inclusivo e respeitoso.

Palavras-chave: Transexualidade. Estudantes de Psicologia. Empatia.

REFERÊNCIAS

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