ANÁLISE DO GRAU DE SATISFAÇÃO SEXUAL EM MULHERES JOVENS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8342756


Letícia Prieto Trindade1
Rafael Marcos Dias Costa2
Fernanda Medeiros Cabral3
Tayná Silva Santos4
Alessandra Vidal Prieto5


RESUMO

Introdução: A satisfação sexual é um marcador que representa um efeito positivo da atividade sexual em associação ao bem-estar geral, a saúde individual e ao ajustamento relacional da mulher. Objetivo: Analisar o nível de satisfação sexual na população de mulheres jovens pela constatação informal das queixas sobre o assunto. Métodos: A coleta dos dados foi realizada por meio do preenchimento do questionário online que constava o instrumento: Female Sexual Function Index (FSFI) na íntegra, e divulgado via mídias sociais como: Whatsapp, Instagram e Facebook. Foram obtidas 136 respostas, porém, apenas 122 se enquadraram nos critérios de inclusão do estudo. Resultados: As mulheres que possuem parceiro fixo apresentaram índice de satisfação sexual significativamente superior (p = 0,04) do que as que não possuem parceiro fixo, e quando comparado ao estado civil, as mulheres casadas são mais satisfeitas quando comparado a mulheres solteiras (p = 0,01). Apenas o domínio “satisfação” apresentaram diferença entre os grupos. Conclusão: Mulheres com parceiros fixos ou casadas são mais satisfeitas do que mulheres solteiras e sem relacionamento estável, fator que pode estar ligado a aspectos como a intimidade, ao afeto e ao bem-estar conjugal, que tem tanta ou mais influência na satisfação sexual do que o próprio ato sexual em si. No entanto, faz-se necessário mais estudos incrementem o conhecimento sobre a influência dos fatores psicossociais e relacionais na função sexual feminina.

Palavras-chave: Sexualidade; Saúde da mulher; Disfunções Sexuais Psicogênicas; Comportamento sexual; Relação sexual;

ABSTRACT

Introduction: Sexual satisfaction is a marker that represents a positive effect of sexual activity in association with women’s general well-being, individual health, and relational adjustment. Objective: To analyze the level of sexual satisfaction in the population of young women by informally finding complaints about the subject. Methods: Data collection was performed by completing the online questionnaire that contained the instrument: Female Sexual Function Index (FSFI), and disseminated via social media such as: Whatsapp, Instagram and Facebook. A total of 136 responses were obtained, but only 122 met the study inclusion criteria. Results: Women with a steady partner had a significantly higher rate of sexual satisfaction (p = 0.04) than women without a steady partner, and when compared to marital status, married women were more satisfied when compared to single women ( p = 0.01). Only the domain “satisfaction” showed differences between the groups. Conclusion: Women with fixed or married partners are more satisfied than single women without a stable relationship, a factor that may be linked to aspects such as intimacy, affection and marital well-being, which has as much or more influence on sexual satisfaction. that the sex act itself. However, further studies are needed to increase knowledge about the influence of psychosocial and relational factors on female sexual function. 

Keywords:  Sexuality; Women’s health; Psychogenic Sexual Dysfunctions; Sexual behavior; Sexual intercourse;

INTRODUÇÃO

A satisfação sexual feminina é um marcador que representa um efeito positivo da atividade sexual em associação ao bem-estar geral, a saúde individual e ao ajustamento relacional (MULHALL et al., 2008). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), compreende-se hoje que a saúde sexual se classifica como um estado de bem-estar emocional, mental e físico correlacionado à sexualidade, não abrangendo apenas dados aspectos da saúde sexual, como também, a possibilidade de ter uma vida sexual mais agradável e segura, livre de repressão, discriminação ou violência (PECHORRO et al., 2015).

Dentre os fatores psicológicos que tem correlação com as disfunções sexuais, a satisfação sexual é de longe o mais analisado, sendo reconhecida pela OMS como um problema de saúde pública, a satisfação sexual é um dos fatores psicológicos mais avaliados na área das disfunções sexuais. A OMS aconselha sua investigação, por acarretar importantes alterações no quesito de qualidade de vida (“Organização Mundial de Saúde”, 2019.). A disfunção sexual feminina continua altamente prevalente incidindo de 20 a 50% da população feminina. No entanto, ainda que frequente, a disfunção sexual feminina segue a ser pouco diagnosticada e tratada além de dificilmente reportada pelas mulheres acometidas (PRADO et al., 2010).

É importante selecionar medidas de avaliação da disfunção sexual que sejam consistentes com esta definição. O estudo da satisfação sexual apresenta dificuldades em sua realização pela pobre conceptualização do construto. Em decorrência disso, a medida da satisfação sexual tem sido igualmente difícil. Entretanto, diversas escalas têm sido desenvolvidas para avaliar a satisfação sexual. Recomenda-se para a investigação focada na satisfação sexual, o uso de escalas com validade e fidelidade, bem como o uso de um ou mais itens globais para medir as avaliações e sentimentos dos sujeitos sobre a qualidade das suas relações sexuais (BEZERRA et al., 2018).

            Apesar da relevância dos estudos e pesquisas relacionados ao tema da satisfação sexual feminina, por motivos culturais há uma certa dificuldade em abordar mulheres dispostas a falar sobre o assunto. Por esse motivo, a maneira mais objetiva e eficaz de pesquisa são questionários, como o Female Sexual Function Índex (FSFI), que enfatizam perguntas objetivas sobre a vida sexual e sentimental da entrevistada, garantindo assim maior exatidão sobre sua qualidade de vida sexual, podendo entender suas complexidades físicas e psicológicas de acordo com a avaliação do estudo.  (PRADO, [s.d.])

Diante do exposto, este estudo teve como objetivo verificar o nível de satisfação sexual na população de mulheres jovens pela constatação informal das queixas sobre o assunto.

METODOLOGIA

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB no dia 03 de outubro de 2019. Trata-se de um estudo de corte transversal, observacional e analítico que conta com a participação de 136 mulheres, porém apenas 122 mulheres se enquadraram nos critérios de inclusão do estudo, que foram: ser do sexo feminino, ter parceiro fixo ou eventual e ter idade entre 20 e 40 anos. Foram excluídos do estudo mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e participantes que não fizerem o preenchimento por completo do questionário.

            O cálculo amostral foi realizado com auxílio do software G*Power, versão 3.1.9.2 e foi utilizado cálculo para apenas um grupo, com coeficiente de correlação de Pearson superior a 0,8, trabalhando com um nível de significância de 0,05 e um poder de 80%, sendo necessárias no mínimo 64 mulheres para a realização do estudo (DAMÁSIO, 2012).

            As participantes foram convidadas a preencher um formulário online que constava o instrumento: Female sexual function index (FSFI) na íntegra, que foi distribuído via questionário google (apêndice A). Esse questionário teve o objetivo de analisar e catalogar informações a respeito de frequência sexual, desejo, satisfação, lubrificação, dificuldades em atingir o orgasmo, dor na penetração, proximidade com o parceiro e interesse sexual. O questionário possui perguntas de múltipla escolha onde tem o intuito de analisar o grau de interesse ou desinteresse a respeito do assunto estudado.

            O estudo foi feito em duas grandes etapas sendo a primeira etapa a de divulgação por meio de mídias sociais como Facebook, Instagram e Whatsapp, por meio das quais a pesquisa foi divulgada com o objetivo de estimular e motivar as mulheres para que mulheres se sintam interessadas e motivadas a participar do estudo. No segundo momento foi compilada foram compiladas as informações do questionário respondido por pelas mulheres que se enquadraram nos critérios de inclusão para que se conheçam a fim de se conhecer os graus de satisfação ou insatisfação a respeito de frequência, desejo, e interesse sexual.

            Após compiladas as informações, analisar foi feita a análise de como os resultados funcionaram e se relacionaram com a satisfação sexual da mulher jovem adulta e foi feita a busca de  relações de causa e efeito para o contentamento ou descontentamento a respeito das relações sexuais da mulher em questão. Com os resultados produzidos, será publicada uma pesquisa onde haverá correlação de fatores sociodemográficos que influenciem na insatisfação sexual da mulher jovem adulta. 

            A coleta de dados foi realizada entre período de outubro a novembro de 2019, a partir do questionário de Female Sexual Funciont Index (FSFI) online que conta com 19 questões de múltipla escolha e 5 padrões de respostas diferentes; Padrão A corresponde as questões 1-3-6-7-9-11-17-18; Padrão B corresponde as questões 2-4-19; Padrão C corresponde a questão 5; Padrão D corresponde as questões 8-10-12 ; e padrão E corresponde as questões 13-14-15-16, onde as mulheres responderam a respeito do grau de desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor. Com base nas respostas obtidas foi averiguado a partir dos escores (Figura 1) quais respostas foram mais comuns, podendo-se fazer uma relação entre grupos de parceiros fixos ou eventuais e estado civil das participantes (casado, namorado ou solteira).

            Figura 1. Escores de avaliação do FSFI

Fonte : Scores de avaliação do FSFI – Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v25n11/04.pdf

Inicialmente, a variáveis foram verificadas quanto à distribuição de normalidade por meio do teste Kolmogorov-Smirnov. Não assumindo o pressuposto de distribuição normal (Kolmogorov-Smirnov <0,05 em todas as variáveis), optou-se por utilizar o teste U de Mann-Whitney (possui um parceiro fixo ou não) e o teste de Kruskal-Wallis (estado civil), com correção de Bonferroni (STREINER; NORMAN; CAIRNEY, 2015). A idade foi expressa em média ± desvio padrão e as demais variáveis categóricas em frequência absoluta e relativa. Todas as análises foram conduzidas no software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 23.0.

RESULTADOS

TABELA 1. Características da amostra e comparação por parceiro fixo. Dados expressos em média ± desvio padrão. Possui parceiro fixo?

Fonte: elaborada pela as autoras
* Diferença estatisticamente significativa

O teste U de Mann-Whitney (teste correspondente não paramétrico ao teste t independente) mostrou que existe diferença no grau de satisfação entre os grupos que possuem ou não parceiro fixo (p = 0,04). Mulheres com parceiro fixo tendem a apresentar um grau de satisfação maior que mulheres sem parceiro fixo. As demais comparações não apresentaram diferenças estatisticamente significativas (TABELA 1).

TABELA 2. Características da amostra e comparação por estado civil. Dados expressos em média ± desvio padrão. Estado civil

 Solteira (n:44)Namorando (n:46)Casada (n:32)P
Idade (anos)24,02 ± 0,7623,54 ± 0,5628,22 ± 1,08 
Variáveis analisadas    
Desejo4,60 ± 0,164,30 ± 0,154,42 ± 0,230,63
Excitação3,25 ± 0,223,28 ± 0,163,45 ± 0,200,73
Lubrificação4,02 ± 0,264,60 ± 0,154,38 ± 0,180,49
Orgasmo3,85 ± 0,254,13 ± 0,144,12 ± 0,190,90
Satisfação4,55 ± 0,35**5,56 ± 0,256,08 ± 0,24**0,01*
Dor3,41 ± 0,283,01 ± 0,193,21 ± 0,230,39
Fonte: Elaborada pelas autoras
*  Diferença estatisticamente significativa
** Grupos com diferença estatisticamente significativa

O teste de Kruskal-Wallis (teste correspondente não paramétrico à ANOVA de uma via) mostrou que existe diferença no grau de satisfação entre os grupos de estado civil (p = 0,01). O teste de post hoc de Bonferroni evidenciou, com significância estatística, que mulheres casadas apresentam um grau maior de satisfação em relação às mulheres solteiras. As demais comparações não apresentaram diferenças estatisticamente significativas (TABELA 2).

DISCUSSÃO

Este estudo teve como objetivo identificar e analisar o grau de satisfação sexual na população de mulheres jovens, com idades entre 20 e 40 anos que tenham um parceiro fixo ou eventual. O estudo analisou a resposta sexual feminina em seis domínios: desejo, excitação, lubrificação vaginal, orgasmo, satisfação sexual e dor. Com a aplicação do questionário FSFI online, observou-se, através das respostas das entrevistadas, uma diferença estatisticamente significativa quanto à satisfação das mulheres, quando separadas em dois grupos das que possuem ou não um parceiro fixo e quando analisado pelo estado civil (entre solteiras e casadas). (DE CARVALHO PACAGNELLA; ZANGIACOMI MARTINEZ; MELONI VIEIRA, 2009)

Os escores finais encontrados no nosso estudo que teve como base o questionário FSFI foram bastante satisfatórios. Embora o questionário possua algumas deficiências no tocante à falta de informações mais precisas sobre aspectos tais como: satisfação sexual no âmbito do relacionamento entre o casal e intimidade entre  parceiros, outros estudos apontam ainda que, a carência dessas informações, corrobora com a perspectiva de que as mulheres valorizam sexualmente muito mais outros aspectos, que não somente a questão do funcionamento sexual .(HENTSCHEL et al., [s.d.]). Aspectos, como por exemplo, a intimidade, o afeto ou o bem-estar conjugal têm paradoxalmente mais influência na satisfação sexual que o próprio funcionamento sexual como é operacionalizado pelo FSFI. (DE CASTRO BEZERRA et al., [s.d.]). Pesquisas com a aplicação de outros instrumentos de avaliação comprovaram que, não houve associação da satisfação sexual com o sexo oral e vaginal. Entretanto, confirma a importância das carícias e preliminares para a satisfação sexual das mulheres.  (PECHORRO et al., 2015). 

No presente estudo, os grupos apresentaram diferenças significativas quanto a possuir parceiro fixo e não fixo (p=0,04) e quando relacionados ao estado civil (p=0,01), resultado similar foi verificado no estudo de Bezerra et al.,2018, que analisou a disfunção sexual de acordo com o status de relacionamento (solteira, parceiro fixo e casado) em mulheres jovens (20 a 29 anos) através do questionário online, comprovou-se então que mulheres apresentaram prevalência significativa quando comparadas em estado civil, solteira, casada/união estável (p=0,04). Esses achados confirmam a importância da proximidade com o parceiro sexual no desempenho sexual feminino e das relações conjugais na resposta sexual satisfatória (BEZERRA et al., 2018).

 Um estudo anterior traçou o perfil sexual e identificou que indivíduos mais velhos reportaram maior insatisfação com a sua qualidade de vida sexual (BEZERRA et al., 2018). A pesquisa encontrou relação negativa entre a idade e os domínios de “satisfação” e desejo, e com o score geral do FSFI (p=0,044), pressupõe-se que, à medida que a idade entre as mulheres avança, aumenta então a possibilidade da disfunção sexual,  à atrofia vaginal e suas consequências. (LEVINE; WILLIAMS; HARTMANN, 2008)

Convém destacar que os dados relativos à prevalência para as disfunções sexuais, em geral, apresentam grande diversidade entre si, pelo fato de existir diferentes métodos de avaliação, sistemas classificatórios e grupos populacionais (DE CASTRO BEZERRA et al., [s.d.]). Há um aumento no interesse pelo tema, porém, ainda há uma escassez de dados confiáveis e muitas pesquisas são realizadas inadequadamente. Apesar de ser um assunto conhecido em âmbito mundial, são raras as investigações que avaliaram a sexualidade na população jovem (PRADO, [s.d.]).

É um desafio analisar o grau de satisfação sexual em mulheres, pois são diversas as variáveis que interagem entre si (biológicas, psicológicas, fisiológicas, padrões culturais) e que podem influenciar o índice de satisfação final (HENTSCHEL et al., 2007).

Os resultados deste estudo devem ser interpretados conforme suas limitações. A satisfação sexual foi medida apenas por auto avaliação e com questionário online, sem possibilitar a entrevistada  fazer algum questionamento ao pesquisador, caso fosse necessário. Vale ressaltar que o estudo aplicou apenas o FSFI sem associação com outros instrumentos de avaliação clínica o que dificulta o entendimento do porquê das mulheres casadas possuírem  melhor escore em quase todas as funções em relação às mulheres solteiras. A razão dessa constatação pode ser questionada, porém não pode ser respondida apenas com o questionário FSFI. Podemos inferir que aspectos da  vida conjugal possam alterar as respostas, fazendo uma variação de satisfação baseada na vida extra sexual, como: o bem-estar afetivo com o parceiro, intimidade e outros fatores que fogem ao aspecto meramente sexual. (PEREIRA; NARDI; SILVA, 2013)

CONCLUSÃO

                   Na busca da coerência do propósito inicial do presente trabalho que é verificar o nível de satisfação sexual na população de mulheres jovens, o   estudo permitiu compreender que apesar dos resultados consolidados pelo FSFI, onde foi constatado que mulheres com parceiros fixos ou casadas  são mais satisfeitas do que mulheres com parceiros eventuais ou solteiras, os aspectos relacionados à intimidade, ao afeto e ao bem estar conjugal tem tanta ou  mais influência na satisfação sexual  do que o próprio ato sexual em si.

                   Essa variação da satisfação baseada na vida extra sexual e sua ingerência na alteração das respostas, pode ser explicada pelas limitações impostas ao nosso estudo em decorrência do emprego do questionário FSFI que só permite mensurar o nível de satisfação sexual por meio da autoavaliação das entrevistadas e resumindo-se ao questionário online, não possibilitando assim, a interação entre a entrevistada e o pesquisador, por exemplo. Somada a isso, a falta de associação do FSFI com outros instrumentos de avaliação clínica foi um fator impeditivo para que se compreendesse melhor o motivo pelo qual as mulheres casadas tenham obtido melhor escore na maioria das funções pesquisadas.

                    Contudo reconhecemos a necessidade da realização de investigações mais precisas e aprofundadas que possibilitem o conhecimento sobre a influência dos fatores psicossociais, emocionais e relacionais na função sexual feminina.

REFERÊNCIAS

ANTÔNIO, J. Z. et al,. Função sexual feminina, desgaste emocional por insatisfação sexual e inteligência emocional. Fisioterapia Brasil, v. 17, n. 6, p. 544, 4 jan. 2017.
DE CARVALHO PACAGNELLA, R.; ZANGIACOMI MARTINEZ, E.; MELONI VIEIRA, E. Validade de construto de uma versão em português do Female Sexual Function Index Construct validity of a Portuguese version of the Female Sexual Function Index. v. 25, n. 11, p. 2333–2344, 2009.  
DE CASTRO BEZERRA, K. I. et al,. Função sexual de universitárias: estudo comparativo entre Brasil e Itália Sexual function of undergraduate women: a comparative study between Brazil and Italy La función sexual de universitarias: estudio comparativo entre Brasil e Italia PESQUISA. [s.d.].  
HENTSCHEL, H. et al,. VALIDAÇÃO DO FEMALE SEXUAL FUNCTION INDEX (FSFI) PARA USO EM LÍNGUA PORTUGUESA VALIDATION OF THE FEMALE SEXUAL FUNCTION INDEX (FSFI) FOR PORTUGUESE LANGUAGE  
LEVINE, K. B.; WILLIAMS, R. E.; HARTMANN, K. E. Vulvovaginal atrophy is strongly associated with female sexual dysfunction among sexually active postmenopausal women. Menopause, v. 15, n. 4, p. 661–666, jul. 2008.
MULHALL, J. et al. Importance of and Satisfaction with Sex Among Men and Women Worldwide: Results of the Global Better Sex Survey. The Journal of Sexual Medicine, v. 5, n. 4, p. 788–795, abr. 2008.  
PECHORRO, P. S. et al,. Validação portuguesa da Nova Escala de Satisfação Sexual. Revista Internacional de Andrologia, v. 13, n. 2, p. 47–53, 29 ago. 2014.
PECHORRO, P. S. et al,. Validação portuguesa da Nova Escala de Satisfação Sexual. Revista Internacional de Andrologia, v. 13, n. 2, p. 47–53, 29 ago. 2014.
PEREIRA, A. et al,. Comunicação com o/a parceiro/a sexual acerca de preocupações preventivas, auto-eficácia contracetiva e (in)satisfação sexual. v. 2, p. 195–206, 2015.
PEREIRA, V. M.; NARDI, A. E.; SILVA, A. C. Sexual dysfunction, depression, and anxiety in young women according to relationship status: an online survey .Trends Psychiatry Psychother.  
PRADO, D. S. Prevalência de disfunção sexual em dois grupos de mulheres de diferentes níveis socioeconômicos Prevalence of sexual dysfunction in two women groups of different socioeconomic status

APÊNDICE

A. Questionário FSFI – Índice da Função Sexual Feminina

INSTRUÇÕES: essas questões falam sobre seus sentimentos e respostas sexuais durante as últimas 4 semanas, por favor respondas as seguintes questões tão honesta e claramente quanto possível. Suas respostas serão mantidas em completo sigilo. Ao responder estas questões considere as seguintes definições:

Atividade sexual – pode incluir carícias preliminares, masturbação e relações sexuais; Relação sexual – é definida como a penetração (entrada) do pênis na vagina; Estimulação sexual – inclui situações como carícias preliminares com um parceiro, auto estimulação (masturbação) ou fantasia sexual;

MARQUE APENAS UMA ALTERNATIVA POR QUESTÃO.

Desejo ou interesse sexual é um sentimento que inclui querer ter uma experiência sexual, sentir-se à vontade para iniciação sexual com um parceiro e pensar ou fantasiar como se você estivesse fazendo sexo.

1) Nas últimas 4 semanas, com que frequência você sentiu desejo ou interesse sexual?

 ( ) Sempre ou quase sempre

( ) A maioria das vezes (mais que a metade do tempo)

( ) Algumas vezes (aproximadamente a metade do tempo)

 ( ) Poucas vezes ( menos que a metade do tempo)

( ) Quase nunca ou nunca

 2) Nas últimas 4 semanas, como você classificaria seu nível (grau) de desejo ou interesse sexual?

( ) Muito alto

( ) Alto

( ) Moderado

( ) Baixo

( ) Muito baixo ou nenhum

Excitação sexual é um sentimento que inclui aspectos físicos e mentais de excitação sexual. Pode incluir sentimento de calor ou formigando nos órgãos genitais, lubrificação (umidade), ou contrações de músculo.

3) Nas últimas 4 semanas, quantas vezes você se sentiu excitada durante a atividade sexual ou a relação sexual?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Sempre ou quase sempre

( ) A maioria das vezes (mais que a metade do tempo)

( ) Algumas vezes (aproximadamente a metade do tempo)

( ) Poucas vezes ( menos que a metade do tempo)

( ) Quase nunca ou nunca

 4) Nas últimas 4 semanas, como você classificaria seu nível (grau) de excitação durante a atividade sexual ou a relação sexual?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Muito alto

( ) Alto

( ) Moderado

( ) Baixo

( ) Muito baixo ou nenhum

5) Nas últimas 4 semanas, quão confiante você esteve quanto a ficar excitada durante a atividade sexual ou a relação sexual?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Confiança muito alta

( ) Confiança alta

( ) Confiança moderada

( ) Baixa confiança

( ) Muito baixa ou nenhuma confiança

6) Nas últimas 4 semanas, quantas vezes você ficou satisfeita com sua excitação durante a atividade sexual ou a relação sexual?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Sempre ou quase sempre

( ) A maioria das vezes (mais que a metade do tempo)

( ) Algumas vezes (aproximadamente a metade do tempo)

( ) Poucas vezes ( menos que a metade do tempo)

( ) Quase nunca ou nunca

7) Nas últimas 4 semanas, quantas vezes você ficou lubrificada (molhada) durante a atividade sexual ou a relação sexual?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Sempre ou quase sempre

( ) A maioria das vezes (mais que a metade do tempo)

( ) Algumas vezes (aproximadamente a metade do tempo)

( ) Poucas vezes (menos que a metade do tempo)

( ) Quase nunca ou nunca

8) Nas últimas 4 semanas, o quanto foi difícil ficar lubrificada (molhada) durante a atividade sexual ou a relação sexual?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Extremamente difícil ou impossível

( ) Muito difícil

( ) Difícil

( ) Ligeiramente difícil

( ) Não foi difícil

9) Nas últimas 4 semanas, quantas vezes você se manteve lubrificada até o final da atividade sexual ou da relação sexual?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Sempre ou quase sempre

( ) A maioria das vezes (mais que a metade do tempo)

( ) Algumas vezes (aproximadamente a metade do tempo)

( ) Poucas vezes ( menos da metade do tempo)

( ) Quase nunca ou nunca

10) Nas últimas 4 semanas, o quanto foi difícil manter sua lubrificação até o final da atividade sexual ou da relação sexual?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Extremamente difícil ou impossível

( ) Muito difícil

( ) Difícil

( ) Ligeiramente difícil

( ) Não foi difícil

11) Nas últimas 4 semanas, quando você teve estimulação sexual ou relação sexual, quantas vezes você atingiu o orgasmo (clímax)?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Sempre ou quase sempre

( ) A maioria das vezes (mais que a metade do tempo)

( ) Algumas vezes (aproximadamente a metade do tempo)

( ) Poucas vezes ( menos que a metade do tempo)

( ) Quase nunca ou nunca

12) Nas últimas 4 semanas, quando você teve estimulação sexual ou relação sexual, o quanto foi difícil atingir o orgasmo (clímax)?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Extremamente difícil ou impossível

( ) Muito difícil

( ) Difícil

( ) Ligeiramente difícil

( ) Não foi difícil

13) Nas últimas 4 semanas, o quanto satisfeita você esteve com a sua habilidade de atingir o orgasmo (clímax) durante a atividade sexual ou a relação sexual?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Muito satisfeita

( ) Moderadamente satisfeita

( ) Igualmente satisfeita e insatisfeita

( ) Moderadamente insatisfeita

( ) Muito insatisfeita

14) Nas últimas 4 semanas, o quanto satisfeita você esteve com a intensidade de intimidade emocional entre você e seu parceiro durante a atividade sexual?

( ) Nenhuma atividade sexual

( ) Muito satisfeita

( ) Moderadamente satisfeita

( ) Igualmente satisfeita e insatisfeita

( ) Moderadamente insatisfeita

( ) Muito insatisfeita

15) Nas últimas 4 semanas, o quanto satisfeita você esteve com a relação sexual com seu parceiro?

( ) Muito satisfeita

( ) Moderadamente satisfeita

( ) igualmente satisfeita e insatisfeita

( ) Moderadamente insatisfeita

( ) Muito insatisfeita

16) Nas últimas 4 semanas, o quanto satisfeita você esteve com a sua vida sexual como um todo?

( ) Muito satisfeita

( ) Moderadamente satisfeita

( ) Igualmente satisfeita e insatisfeita

( ) Moderadamente insatisfeita

( ) Muito insatisfeita

17) Nas últimas 4 semanas, com que freqüência você experimentou dor ou desconforto durante a penetração vaginal?

( ) Nenhuma tentativa de relação sexual

( ) Sempre ou quase sempre

( ) A maioria das vezes (mais que a metade do tempo)

( ) Algumas vezes (aproximadamente a metade do tempo)

( ) Poucas vezes ( menos que a metade do tempo)

( ) Quase nunca ou nunca

18) Nas últimas 4 semanas, com que frequência você experimentou dor ou desconforto após a penetração vaginal?

( ) Nenhuma tentativa de relação sexual

( ) Sempre ou quase sempre

( ) A maioria das vezes (mais que a metade do tempo)

( ) Algumas vezes (aproximadamente a metade do tempo)

( ) Poucas vezes ( menos que a metade do tempo)

( ) Quase nunca ou nunca

19) Nas últimas 4 semanas, como você classificaria o seu nível (grau) de desconforto ou dor durante ou após a penetração vaginal?

( ) Nenhuma tentativa de relação sexual

( ) Muito grande

( ) Grande

( ) Moderado

( ) Pequeno

( ) Muito pequeno ou nenhum

Obrigado por completar este questionário!


1Médica- Email: Letprieto@hotmail.com

2Médico – Email: rafaelfamego@gmail.com

3Fisioterapeuta – Email: ffernanda309@gmail.com

4Fisioterapeuta

5Centro Universitario de Brasilia – CEUB, Brasília/DF, Brazil
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8861-9155
CV: http://lattes.cnpq.br/3157837431398905
Email: alessandraprieto@gmail.com