ANÁLISE DO DESEMPENHO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DO CAP MODIFICADO COM RESÍDUOS DE PEBD EM COMPARAÇÃO AO CAP CONVENCIONAL

PERFORMANCE ANALYSIS OF THE PHYSICAL PROPERTIES OF CAP MODIFIED WITH PEBD WASTE IN COMPARISON TO CONVENTIONAL CAP

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202507091745


Letícia Adão da Silva1
Cleidiane Morais Novais Marquezin2
Robinilson Gusen Braga3


RESUMO  

O presente artigo tem por objetivo avaliar o desempenho das propriedades físicas do  incremento de um resíduo plástico como material alternativo na modificação do  cimento asfáltico de petróleo (CAP) 50/70, no intuito de obter características  melhoradas e reduzir os impactos ambientais relativos ao descarte inadequado  deste material. Para isso foram produzidas três amostras de ligante asfáltico  modificado com Polietileno de Baixa Densidade (PEBD) nas proporções de 1%, 3%  e 5% em relação ao peso do CAP e realizou-se os seguintes ensaios: i) penetração;  ii) ponto de amolecimento; iii) índice de susceptibilidade térmica (IST); iv)  recuperação elástica; e v) viscosidade Brookfield. Através da análise dos resultados  é possível concluir que os CAPs modificados apresentaram ganho na consistência  aumentando a rigidez e resistência à deformação permanente nas trilhas de roda.  Os valores de penetração diminuíram e o ponto de amolecimento e viscosidade  aumentaram em função da porcentagem de PEBD adicionada, segundo a  especificação do CAP convencional os valores de IST foram positivos apenas para  uma amostra modificada, e a recuperação elástica não teve um acréscimo  significativo. Isto posto, os resultados sugerem que o resíduo polimérico pode ser  uma boa alternativa para se utilizar em camadas de revestimentos na pavimentação  de regiões com temperaturas de serviço elevadas.  

Palavras-chave: Asfalto modificado. Asfalto sustentável. Polímeros. Reciclagem.  Termoplásticos.  

ABSTRACT  

The objective of this paper is to evaluate the performance of the physical properties  of the increment of a plastic waste as an alternative material in the modification of the  petroleum asphalt cement (CAP) 50/70, in order to obtain improved characteristics  and reduce the environmental impacts related to the inadequate disposal of this  material. For this purpose, three samples of low density polyethylene (LDPE)  modified asphalt binder (1%, 3% and 5%) were produced in relation to the weight of  PAC and the following tests were performed: i) penetration; ii) softening point; iii)  thermal susceptibility index (IST); iv) elastic recovery; and v) Brookfield viscosity.  Through the analysis of the results it is possible to conclude that the modified CAPs  presented a gain in consistency, increasing the rigidity and resistance to permanent  deformation in the wheel tracks. The penetration values decreased and the softening  point and viscosity increased as a function of the percentage of LDPE added,  according to the specification of the conventional CAP the IST values were positive  only for a modified sample, and the elastic recovery did not increase significantly.  That said, the results suggest that the polymer residue may be a good alternative for  use in coating layers in the paving of regions with high operating temperatures.  

Keywords: Modified asphalt. Sustainable asphalt. Polymers. Recycling.  Thermoplastics. 

1. INTRODUÇÃO

O modal rodoviário brasileiro tem grande importância econômica para o país,  uma vez que o transporte de cargas e passageiros é feito principalmente através  dele. Apesar disso, os investimentos relativos à manutenção e construção dessa  infraestrutura vem mostrando ineficiência se considerarmos a condição atual dos  pavimentos no Brasil e também a baixa extensão de rodovias pavimentadas.  

Segundo a Confederação Nacional do Transporte – CNT (2017b) o modal  rodoviário é responsável por mais de 90% do transporte de passageiros, cerca de  60% do transporte de cargas, e apenas 12,3% da extensão total de rodovias  encontra-se pavimentada. Ainda segundo a CNT (2017a) onde realizou um estudo  sobre o transporte rodoviário, acerca do desempenho do setor, infraestrutura e  investimentos, constatou que 58,2% das rodovias federais e estaduais apresentam  deficiências no estado geral (pavimento, sinalização e geometria) e em relação à  qualidade do pavimento, 48,3% dos trechos são classificados como regular, ruim ou  péssimo, fator esse que pode elevar em até 24,9% o custo operacional do transporte  rodoviário de cargas.  

Morilha Junior (2004) discorre sobre os impactos gerados frente a esta  realidade, como dificuldades operacionais dos usuários para o transporte e  integração entre regiões, perda de competitividade do país em função do aumento  de custos acarretado pela depreciação dos veículos e maior exposição à acidentes  em pistas com mau estado de conservação.  

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT (2006) cita  que o pavimento tem como funções, receber e resistir as cargas de tráfego, bem  como as ações de desgaste, além de garantir condições de rolamento que  proporcionem aos usuários segurança, conforto e economia. Sabendo que estas  funções têm ligação direta com as condições da superfície de rolamento, e a partir  dos problemas precoces observados nas vias, iniciaram-se investigações para  melhorar a qualidade dos revestimentos e torná-los mais duráveis.  

Considerando a atual preocupação com o meio ambiente e a geração de  resíduos poliméricos, surgiram investigações aplicando-se materiais alternativos,  para que ao mesmo tempo fossem soluções sustentáveis. A modificação do ligante  asfáltico pela adição de polímeros é o método mais abordado para sanar os  principais defeitos da superfície do pavimento, sendo que, as manifestações patológicas mais recorrentes nas vias são a trinca por fadiga e a deformação  permanente nas trilhas de roda (ODA, 2000). Segundo Morilha Junior (2004) essa  técnica tem melhorado as propriedades dos ligantes e, em consequência, a  qualidade das misturas asfálticas.  

O incremento de agentes modificadores tem como objetivo melhorar as  propriedades físicas, químicas e reológicas do ligante asfáltico convencional, de  maneira a aumentar sua durabilidade, onde a principal finalidade é obter uma vida  útil prolongada e menor necessidade de manutenção dos revestimentos.  

Balbo (2007) cita como os polímeros mais comuns para este fim: SBS –  estireno-butadieno estireno; EVA – etileno-acetato de vinila; SBR – estireno butadieno-rubber. De acordo com Lima (2008), embora sejam indicados para  melhorar as características dos ligantes asfálticos, podem contribuir  consideravelmente no aumento do custo da obra, limitando então sua utilização em  alguns casos. Bernucci et al. (2006) explicam que o asfalto modificado deve ser  aplicado apenas quando viável técnica e economicamente.  

Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Plástico – ABIPLAST  (2017) no Brasil a produção de transformados plásticos gira em torno de 6 milhões  de toneladas ao ano, sendo que os polímeros mais consumidos são,  respectivamente, os polietilenos (PE), polipropilenos (PP), policloretos de vinila  (PVC) e os poliésteres (PET), fato este que evidencia a necessidade de aderir as  rotas da sustentabilidade e economia circular. A reciclagem desses resíduos de  polímero aliada à sua incorporação em misturas de ligantes asfálticos, se mostram  como uma boa alternativa para melhorar as características das camadas de  revestimentos na pavimentação, além de reduzir a extração de matérias-primas em  fontes não renováveis e o descarte irregular desse material, e por outro lado, serve  como incentivo à produção de novos materiais sustentáveis.  

Além disso, Manoel (2015) explica que apesar de já existirem estudos sobre a  adição de termoplásticos (plásticos) em ligantes asfálticos, a literatura relativa a  estes polímeros ainda é modesta. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo  avaliar o desempenho das propriedades físicas do incremento de Polietileno de  Baixa Densidade (PEBD) como material alternativo na modificação do Cimento  Asfáltico de Petróleo (CAP) 50/70, em diferentes proporções, através de ensaios  laboratoriais normatizados, bem como, comparar os resultados obtidos entre as  amostras, buscando verificar se suas características contribuem com um comportamento favorável, demonstrando viabilidade funcional, para emprego em  camadas de revestimento de pavimento flexível.  

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Por pavimento entende-se como a estrutura construída acima do terreno de  fundação (subleito), no qual compreende as camadas de sub-base, base e  revestimento. De acordo com a CNT (2017b) a malha rodoviária nacional é  composta 99% por pavimentos flexíveis. Neste caso, o revestimento na maioria das  vezes é constituído pela junção de ligante asfáltico mais agregado mineral, formando  as misturas asfálticas.  

É atribuído o nome cimento asfáltico de petróleo (CAP) para os asfaltos  obtidos pelo refino do petróleo, com características específicas de qualidade e  consistência para uso na pavimentação (BERNUCCI et al., 2006). Esse material,  compõe cerca de 5% das misturas asfálticas, é responsável principalmente pela  ligação entre os agregados, por isso é denominado também como ligante asfáltico  (MANOEL, 2015), além de ter propriedades impermeabilizantes.  

Trata-se de um material termoviscoelástico, que se comporta como um  semissólido a baixas temperaturas, viscoelástico à temperatura ambiente e líquido  em temperaturas elevadas (BERNUCCI et al., 2006). Sua suscetibilidade térmica  tem grande importância em seu comportamento na camada de pavimento, que está  sujeita a diferentes situações de temperatura (-20°C a +60°C), pois ligantes  asfálticos muito sensíveis à variação de temperatura, geram grandes mudanças na  consistência e causam prejuízos à camada de rolamento (ODA, 2000).  

Oda (2000) cita ainda que durante a vida útil é característico um  comportamento inicial com menor rigidez e resistência a deformações permanentes,  como também, sofre maior influência sobre temperaturas elevadas e tempos longos  de aplicação de carga. Ao longo do tempo, com o envelhecimento do ligante, a  resistência às trincas por fadiga diminui, há um aumento de sua rigidez, tornando  também a mistura asfáltica mais rígida devido a perda de elasticidade.  

Conforme discorrem Balbo (2007) e Manoel (2015) são características  desejáveis aos CAPs modificados, em maior ou menor alcance dependendo do  polímero utilizado: diminuição da suscetibilidade térmica; melhora nas propriedades  de ductilidade e recuperação elástica; aumento da viscosidade e do ponto de amolecimento; maior adesividade e coesividade; e resistência ao envelhecimento.  Estes fatores implicam na redução das deformações permanentes (trilhas de roda) e  da formação de trincas térmicas e por fadiga.  

De acordo com Robinson (2004) é um trabalho desafiador utilizar um polímero  que ao final melhore todas as características do ligante asfáltico ao mesmo tempo,  sua escolha deve levar em conta os aspectos técnicos e econômicos, além de que,  diferentes pavimentos têm diferentes necessidades de desempenho. Logo, ao  projetar, são pontos importantes a viabilidade técnica e econômica da utilização de  um polímero, e quando aplicado, o quanto deve ser adicionado para obter as  características desejadas.  

Há dois processos de incorporação dos polímeros numa mistura asfáltica,  úmido e seco. No processo úmido ou wet process, o polímero é incorporado ao  ligante asfáltico aquecido criando então um ligante com novas propriedades. Já no  processo seco ou dry process, ele é adicionado na mistura asfáltica substituindo  parte dos agregados (BERTOLLO, 2002).  

Segundo Balbo (2007) os polímeros passíveis de modificar ligantes asfálticos  podem ser divididos em quatro grupos: i) termofixos (poliuretano e resina epóxica); ii)  termoplásticos (polietileno, polipropileno e EVA); iii) elastômeros (SBR); e iv)  elastômeros termoplásticas (SBS). 

Ainda de acordo com o autor, os polímeros termoplásticos são aqueles que  amolecem quando aquecidos e endurecem ao serem resfriados, podendo ser  repetido esse processo diversas vezes sem que o material perca suas propriedades,  além disso, é característico desse material a pequena habilidade para sofrer  deformações, tornando o ligante frágil, logo, são mais aproveitados para locais com  clima quente (BALBO, 2007). Miranda (2014) explica que a utilização de  termoplásticos apresenta desempenho inferior em locais com clima frio comparado à  um polímero elastomérico, por exemplo, dado que o ligante se torna mais rígido e  propenso a ocorrência de trincas térmicas por temperaturas baixas.  

Os polietilenos tem sido um dos termoplásticos estudados como aditivo em  ligantes asfálticos. Miranda (2014) utilizou resíduos de PEAD (Polietileno de Alta  Densidade) para alterar as propriedades de um cimento asfáltico de petróleo na  proporção de 5% em relação ao peso do ligante. Na caracterização, os ensaios  laboratoriais indicaram um aumento considerável da consistência, comparado ao  CAP convencional. Depois ainda produziu uma mistura asfáltica com este ligante asfáltico modificado e através do ensaio de resistência à deformação permanente  observou uma melhora significativa desta propriedade, o que sugere maior rigidez  da mistura. Em vista disso, concluiu-se que este polímero é mais apropriado para locais  com temperatura elevada e trânsito lento.  

Manoel (2015) realizou uma análise com diferentes tipos de polietilenos para  modificação de um ligante asfáltico, onde produziu amostras nas concentrações de  1% a 7% de polímero (m/m). Verificou-se que para todos os CAPs modificados  houve, em comparação ao CAP puro, aumento no ponto de amolecimento e na  viscosidade, e a penetração diminuiu, sendo as alterações mais expressivas aquelas  com porcentagens maiores de polímero. Além disso, os estudos reológicos  indicaram um aumento da elasticidade e maior resistência sobre as deformações  permanentes.  

Nesta análise o autor fez também a comparação entre a utilização dos  polietilenos e o polímero comercial SBS, apenas na proporção de 4% em relação ao  peso do ligante. Chegou à conclusão que os polietilenos alteraram mais  significativamente os resultados que o SBS, sugerindo que podem ser utilizados em  menores porcentagens e alcançar resultados semelhantes (MANOEL, 2015).  

Costa et al. (2013) num estudo com diferentes polímeros, utilizaram EVA  virgem e reciclado na modificação de um CAP e compararam seu desempenho.  Constataram que, tanto para o polímero virgem quanto para o reciclado, houve  aumento do ponto de amolecimento, da viscosidade e recuperação elástica e  diminuição dos valores da penetração, sendo que os valores de ambos foram bem  próximos, o que sugere a viabilidade de substituir polímeros virgens por reciclados e  alcançar os mesmos resultados. Dessa forma, a viabilidade da aplicação de  reciclados de PEBD em CAP, para utilização em camada de revestimento de  pavimento tem sido provada, por fatores como: aumento da consistência do ligante,  rigidez da mistura e resistência à deformação permanente melhorada em  temperaturas elevadas. A literatura existente apresenta como alternativa promissora  a utilização deste tipo de material em regiões com clima quente e revestimentos  submetidos a longos tempos de aplicação de cargas. 

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Realizou-se o estudo e a caracterização do ligante asfáltico modificado por  PEBD, com a finalidade de avaliar a interação do polímero com o ligante e as  implicações dessa adição nas suas propriedades finais. Para fins de comparação,  foram preparadas quatro amostras, uma com CAP puro e três modificadas com  resíduo plástico. As misturas foram produzidas pelo processo úmido nas  concentrações de 1%, 3% e 5% relativas ao peso do CAP (m/m).  

Durante o processo de produção, utilizou-se um fogareiro para aquecer as  amostras de ligante asfáltico e, em seguida, dissolver completamente o polímero,  não ultrapassando um período de 30 minutos de homogeneização, nem a  temperatura máxima de 177°C. A escolha da temperatura de mistura obedeceu às  limitantes do processo de fluidização e de degradação do ligante.  

Estas condições de preparo foram aplicadas a todas as amostras. Para uma  quantidade de CAP (300 g), estipulada como suficiente para realizar todos os  ensaios de caracterização, definiu-se a massa necessária de polímero na  modificação, assim como apresentado na Tabela 1. 

Tabela 1 – Materiais utilizados na composição das amostras

Fonte: Autora

Com o intuito de caracterizar as propriedades físicas do cimento asfáltico de  petróleo e das amostras modificadas, foram realizados os seguintes ensaios  laboratoriais: penetração, ponto de amolecimento, índice de suscetibilidade térmica  (IST), recuperação elástica e viscosidade Brookfield. Os métodos dos ensaios  seguiram as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 

3.1. ENSAIO DE PENETRAÇÃO  

Este ensaio tem como objetivo avaliar a consistência dos ligantes asfálticos  por meio da penetração. Com os resultados é possível analisar o grau de dureza dos  CAPs, tem-se que quanto menor a penetração maior será o grau de dureza. A  Figura 1 demonstra seu equipamento e método.  

Segundo a NBR 6576 “Materiais asfálticos – Determinação da penetração”, a  penetração equivale à profundidade, expressa em décimos de milímetro (dmm ou  0,1 mm), que uma agulha padrão penetra verticalmente na amostra do material sob  condições específicas de carga (100 g), tempo de aplicação da carga (5 s) e  temperatura (25 °C). Devem ser feitas, no mínimo, três determinações sobre a  superfície da amostra, com distância entre elas e da borda do recipiente com pelo  menos 10 mm. O resultado do ensaio será a média desses três valores (ABNT,  2007). 

Figura 1: Ensaio de penetração, mostrando em a) Penetrômetro; b) Amostra de ligante  asfáltico dentro da cápsula de ensaio, em banho a 25°C

Fonte: Autora

3.2. ENSAIO DE PONTO DE AMOLECIMENTO  

O ponto de amolecimento é considerado como o valor de temperatura em que  o material altera sua consistência, passando do estado semissólido para o estado  líquido. A norma NBR 6560 “Ligantes asfálticos – Determinação do ponto de  amolecimento – Método do anel e bola”, descreve os procedimentos. A Figura 2  mostra algumas etapas do ensaio. 

Figura 2: Ensaio de ponto de amolecimento (método anel e bola), em a) Amostras  durante o aquecimento; b) Momento em que as amostras tocam a placa de  referência 

Fonte: Autora

Duas amostras de ligante asfáltico moldadas em anéis padronizados são  levadas para um béquer com água à temperatura de (5±1) °C e de modo que fiquem  a uma distância de pelo menos 25,4 mm do fundo. Os anéis com CAP e uma esfera  padronizada devem ser mantidos no banho durante 15 minutos. Em seguida a  esfera é posicionada no centro de cada amostra e ocorre o aquecimento do banho a  uma taxa controlada, onde promove o amolecimento das amostras que cede ao  peso das esferas. A temperatura é registrada no instante em que cada amostra toca  a placa de referência ao fundo do recipiente. O resultado será a média desses  valores (ABNT, 2016).  

3.3. ÍNDICE DE SUSCETIBILIDADE TÉRMICA (IST) 

As especificações brasileiras utilizam o índice de Pfeiffer e Van Doormal,  onde determinam a suscetibilidade térmica através dos resultados da penetração a  25°C (PEN) e do ponto de amolecimento (T °C), conforme a Equação 1: 

Os valores de IST indicam a sensibilidade da consistência do CAP frente às  variações de temperatura, tem-se que quanto menor o IST, em valor absoluto,  menor será a suscetibilidade térmica do ligante (BERNUCCI et al., 2006).  

3.4. ENSAIO DE RECUPERAÇÃO ELÁSTICA  

O ensaio de recuperação elástica demonstra a capacidade de retorno do  material após ser tracionado. O método do ensaio é especificado pela NBR 15086  “Materiais betuminosos – Determinação da recuperação elástica pelo ductilômetro”.  Uma amostra de ligante asfáltico imersa em água é tracionada até atingir o  alongamento de 20 cm, em condições padronizadas de velocidade (5±0,25 cm/min)  e temperatura do banho (25±0,5 °C). Em seguida, ao atingir o alongamento  esperado, a amostra é cortada em seu ponto médio com uma tesoura e deixada em  repouso por 60 min para que ocorra a recuperação. Após esse tempo, a amostra  será movida até que as pontas cortadas se toquem (ABNT, 2006).  

A Figura 3 demonstra o ensaio de recuperação elástica, onde foram moldados três corpos de prova  para cada amostra. 

Figura 3: Ensaio de recuperação elástica por meio do ductilômetro, mostrando em a)  Amostras tracionadas 20 cm; b) Amostras seccionadas em período de recuperação

Fonte: Autora

Ainda segundo a normativa, a recuperação elástica é expressa pela Equação  2:  

Sendo: “E” o comprimento da amostra após a tração, em centímetros; e “X” o  comprimento da amostra após a junção das pontas, em centímetros. 

3.5. VISCOSIDADE BROOKFIELD

A viscosidade pode ser descrita como a resistência apresentada pelo material  para fluir, ou seja, quanto mais viscoso, mais difícil a fluidez do líquido. Trata-se de  uma medida da consistência do CAP, definida pela resistência ao escoamento em  diferentes temperaturas. O ensaio de viscosidade tem como principal objetivo  determinar as temperaturas adequadas para as etapas de mistura, espalhamento e  compactação, logo, através da viscosidade sobre diferentes temperaturas avalia-se  a consistência adequada destes processos. O viscosímetro Brookfield mede a  viscosidade aparente, dada em centiPoise (cP). A Figura 4 exemplifica o  procedimento do ensaio e equipamentos.  

Figura 4: Ensaio de viscosidade rotacional, mostrando em a) Viscosímetro Brookfield  com controlador de temperatura; b) Detalhe do ensaio com a haste mergulhada na  amostra 

Fonte: Autora 

De acordo com a NBR 15184 “Materiais betuminosos – Determinação da  viscosidade em temperaturas elevadas usando um viscosímetro rotacional” uma  amostra de ligante asfáltico é vertida no tubo de ensaio e colocado no equipamento,  em seguida é determinado a temperatura de ensaio e velocidade requerida. Quando  a amostra atinge a temperatura desejada inicia-se a rotação de uma haste de dimensão padronizada. Dessa forma, determina-se a viscosidade por meio da força  necessária (torque) para rotacionar uma haste de dimensões padronizadas,  enquanto ela está mergulhada numa amostra de CAP à determinada temperatura,  em velocidade constante e uniforme (ABNT, 2004).  

3.6. MATERIAIS

Empregou-se para modificação de resíduos de PEBD obtidos da trituração de  sacos plásticos. Esse material foi escolhido por ser um dos mais consumidos e gerar  grande quantidade de resíduos, encontrado comumente em lixos domésticos. O  processo utilizado para posterior incorporação ao CAP consistiu em lavar e cortar  manualmente o polímero até atingir a granulometria desejada. Através do  peneiramento selecionou-se apenas as partículas passantes na peneira #10 (2mm),  mostrado na Figura 5. Miranda (2014) explica que dimensões maiores que estas  dificultam a homogeneização e levam maior tempo para digestão do polímero no  CAP, diminuindo a qualidade do asfalto modificado. 

Figura 5: Polímero PEBD passante na peneira #10, em a) Amostra utilizada; b)  Detalhe da granulometria 

Fonte: Autora

O cimento asfáltico de petróleo utilizado na produção de todas as amostras foi  o CAP 50/70, cedido pelo Departamento de Estradas, Rodagens, Infraestrutura e  Serviços Públicos de Rondônia (DER-RO). Optou-se por este ligante devido sua  utilização em grande parte dos serviços de pavimentação. O material fornecido  encontrava-se dentro de um recipiente em alumínio e lacrado, não houve nenhum  tratamento posterior ao recebimento para preparação das amostras. 

3.7. ESPECIFICAÇÕES NORMATIVAS

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)  estabelece por meio da Resolução n° 19, de 11.07.2005 as especificações  constantes na Tabela 2 para a utilização do CAP 50/70. 

Tabela 2 – Especificações dos Cimentos Asfálticos de Petróleo (CAP) Classificação  por Penetração

Fonte: ANP (2005)

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados da caracterização dos CAPs estão resumidos na Tabela 3. Em  seguida é realizada uma análise referente a cada propriedade.

Tabela 3 – Resultados dos ensaios de caracterização dos CAPs puro e modificado.

Fonte: Autora

4.1. PENETRAÇÃO E PONTO DE AMOLECIMENTO

Analisando os resultados do ensaio de penetração, evidenciados na Figura 6,  nota-se que o ligante asfáltico sem modificação possui o maior valor, no entanto,  ainda dentro dos limites de sua classificação (50 – 70 dmm). Com a adição de PEBD  ao CAP houve um decréscimo considerável na penetração à medida que as  porcentagens de polímero aumentavam. Ao contrário, o ponto de amolecimento  demonstra que os valores tendem a aumentar com o incremento de resíduo plástico.

Figura 6: Resultados do ensaio de Penetração e Ponto de amolecimento. 

Fonte: Autora 

Manoel (2015), destaca que esse comportamento é esperado para ligantes  asfálticos modificados com polímeros termoplásticos. Estas alterações são em  função da quantidade de resíduo plástico adicionado e maiores concentrações geram resultados mais expressivos, assim como aparece para o CAP com 5% de  PEBD. Além disso, quando se compara os dados do ponto de amolecimento das  amostras com a especificação da ANP (2005), todas satisfazem o limite atribuído ao  CAP 50/70, onde o mínimo é 46 °C.  

Nos trabalhos de Costa et al. (2013) e Manoel (2015) os resultados da  utilização de PEBD foram semelhantes aos alcançados. Estes autores explanam  que as características obtidas sugerem melhora na resistência à deformação  permanente nas trilhas de roda, isto devido ao aumento da rigidez e redução da  sensibilidade do CAP diante de temperaturas elevadas.  

O ensaio de penetração serve como uma medida da consistência do ligante  asfáltico e o ponto de amolecimento indica a temperatura na qual o material se torna  fluído. De acordo com Silva (2004, apud LIMA, 2008) o resultado do ponto de  amolecimento é utilizado como referência para temperatura de aplicação do  material. Valores altos são benéficos para a vida de serviço, suportando climas  quentes sem amolecer, contudo, exige temperaturas mais elevadas nas etapas de  aplicação.  

Segundo um estudo comparativo da IMPERPAV (2008), em regiões com  elevada temperatura e revestimentos submetidos a longo tempo de aplicação de  carga, ou seja, veículos trafegando em velocidade baixa, o ligante se comporta  como um líquido, apresentando disposição ao escoamento. Nestes casos faz-se  necessário CAPs mais consistentes, com maior ponto de amolecimento e baixa  penetração, deste modo diminui-se a ocorrência de deformações permanentes nas  trilhas de roda. Estas características dão maior rigidez à mistura asfáltica e o  aumento da consistência também reduz a oxidação no período de vida de serviço. 

4.2. ÍNDICE DE SUSCEPTIBILIDADE TÉRMICA

Os resultados do IST foram calculados através dos dados do ensaio de  penetração e ponto de amolecimento, a partir da Equação 1, e estão apresentados  na Tabela 3. A atual especificação da ANP estabelece que o IST do CAP 50/70 deve  estar entre (-1,5) e (+0,7), logo estes serão os valores de referência para todas as  amostras. Bernucci et al. (2006) explicam que valores de IST superiores a (+1)  indicam que os asfaltos têm pouca sensibilidade a temperaturas elevadas e tornam se quebradiços em temperaturas baixas, sugerindo asfaltos oxidados. 

Os valores abaixo de (-2) indicam asfaltos muito sensíveis, alterando sua  consistência sobre pequenas mudanças de temperatura. Os asfaltos com valor de  IST igual a zero são os mais indicados. Como demonstrado na Tabela 3, o CAP  convencional está dentro do especificado com valor de (-1,29). Dentre as amostras  modificadas, apenas aquela com 5% de PEBD atendeu a normativa, pois  apresentou valor (+0,07), assim, propõe que tenha baixa oxidação e seja adequada  para se utilizar em misturas asfálticas. As outras amostras tiveram resultados abaixo  de (-1,5) sugerindo que sejam sensíveis às variações de temperatura. 

4.3. RECUPERAÇÃO ELÁSTICA

Na Tabela 4 estão os valores de recuperação elástica calculados por  intermédio da Equação 2, pertinentes aos três corpos de prova produzidos para  cada amostra. A recuperação elástica das amostras, expressa na última coluna, será  a média destes três resultados, ressaltando que a normativa do ensaio exige atribuir  o valor inteiro mais próximo. 

Tabela 4 – Resultados da recuperação elástica, em %.

Fonte: Autora

Conforme demonstra a Tabela 4, houve um crescimento da recuperação  elástica à medida que a porcentagem de plástico aumentou. Apesar de não haver  especificação na ANP (2005) para esta propriedade do CAP convencional, é  possível verificar, de acordo com os dados obtidos, que a utilização de  modificadores aumenta a capacidade de retorno do material, supondo que adquira  maior elasticidade. Ariza e Solano (2011) e Costa et al. (2013) também registraram  este comportamento para CAPs modificados com resíduos de PEBD.  

Embora observado um aumento da recuperação elástica, estes valores ainda  são relativamente baixos, principalmente quando comparado ao especificado para alguns polímeros elastoméricos ou asfalto borracha, por exemplo. Bernucci et al.  (2006) relatam que para os elastômeros (SBR) estes valores são bem evidentes,  geralmente em torno de 80%, contudo nos plastômeros (PEBD) é quase  imperceptível.  

De acordo com Balbo (2007) os polímeros termoplásticos causam  simplesmente um aumento da consistência, conferindo maior rigidez e não alteram  significativamente a recuperação elástica do CAP. Ainda segundo Bernucci et al.  (2006) o ensaio de recuperação elástica é utilizado para medir a capacidade de  recuperação de ligantes modificados e como forma de comparar ao desempenho do  ligante convencional. Através deste método consegue-se observar claramente o  efeito da adição de polímeros, porém mais notavelmente para os elastômeros,  sendo que esta característica tem maior influência da interação entre o polímero  utilizado e o CAP, do que com o teor de polímero adicionado.  

4.4. VISCOSIDADE BROOKFIELD

A avaliação da viscosidade rotacional, apresentada na Figura 7, permite  constatar que as amostras modificadas obtiveram um aumento na viscosidade em  comparação ao CAP convencional. 

Figura 7: Resultados da viscosidade Brookfield 

Fonte: Autora

Relativamente aos ligantes modificados, houve um crescimento da  viscosidade para todas as temperaturas conforme aumentava-se a porcentagem de  PEBD. Em relação ao CAP com 1% de polímero, comparado ao CAP convencional  apenas a temperatura de 135°C superou o valor da viscosidade, sendo que para as outras temperaturas os valores estavam abaixo. A especificação exige valores  mínimos de 274 cP a 135°C, 112 cP a 150°C e valores entre 57 e 285 cP para  177°C, logo, todas as amostras atenderam este requisito e são passíveis de uso nos  serviços de pavimentação.  

Analisando os resultados da viscosidade nota-se que os valores obtiveram  maiores variações à mudança de temperatura comparado às variações devido ao  aumento da porcentagem de resíduo plástico. Manoel (2015) obteve análise  semelhante, de acordo com o autor, para sistemas viscoelásticos, os resultados da  viscosidade são em função da quantidade de polímero adicionado à amostra, e em  maior extensão, da temperatura. Ariza e Solano (2011) concluíram que a  viscosidade é proporcional ao incremento de polímero e está relacionada com o  aumento da consistência do ligante, demonstrada pela redução da penetração.  

Segundo Souza (2010) espera-se o aumento da viscosidade para CAPs  modificados com polímeros. Esta característica pode presumir um bom  comportamento do ligante asfáltico quanto à deformação permanente, além disso,  CAPs mais viscosos formam uma camada de envolvimento mais espessa sobre os  agregados indicando maior resistência ao envelhecimento. 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Relativamente ao ensaio de penetração, a modificação do CAP fez estes  resultados diminuírem à medida que as porcentagens de PEBD aumentaram,  revelando então que os ligantes asfálticos modificados são mais duros a 25 °C.  Quanto ao ponto de amolecimento, as temperaturas apresentaram-se dentro do  valor mínimo exigido, comparando o ligante convencional aos modificados, as  temperaturas aumentaram com a adição de polímero. Logo, analisando estas duas  propriedades físicas houve um aumento na consistência do material.  

O índice de suscetibilidade térmica apresentou resultados satisfatórios  apenas para as amostras de CAP 50/70 e CAP com 5% de resíduo polimérico, logo,  somente estas amostras seriam adequadas na pavimentação, porém, conforme já  foi citado, alguns autores explicam que em ligantes asfálticos modificados o IST  pode apresentar valores diferentes do intervalo (-1,5) e (+0,7), e não  necessariamente indica que sejam sensíveis às pequenas variações de temperatura. 

Referente a viscosidade, os resultados aumentaram com a adição de PEBD, e  notou-se que a viscosidade é influenciada pela concentração do polímero em menor  alcance e pela temperatura em maior alcance.  

Além disso, o aumento desta propriedade sugere que a espessura do ligante  asfáltico sobre o agregado seja maior, minimizando os efeitos do envelhecimento ao  longo do tempo. O aumento da consistência evidenciado nos ensaios de penetração,  ponto de amolecimento e viscosidade indicam que este material pode melhorar a  rigidez e resistência à deformação permanente de revestimentos aplicados em  regiões com temperatura de serviço elevadas, em comparação com o ligante  asfáltico convencional.  

A recuperação elástica obteve um crescimento irrelevante com a incorporação  do polímero, assim como esperado para plastômeros, não influenciando  significativamente esta propriedade. Dentre as concentrações de polímero  incorporadas ao ligante asfáltico, a porcentagem de 1% produziu valores pouco  expressivos, não alterando significativamente as amostras, diferentemente das  amostras com 5% de PEBD, onde apresentou resultados mais significativos para o  desempenho do CAP.  

Desta maneira, os resultados obtidos com esta pesquisa se mostraram  promissores, considerando os efeitos positivos das propriedades físicas analisadas e  o aspecto ambiental. Indicam, portanto, que a incorporação de PEBD em CAP 50/70  pelo método úmido, melhora o comportamento desse material em uma mistura  asfáltica, sugerindo então sua viabilidade técnica para utilização em camada de  revestimento de pavimento flexível, entretanto, sendo necessário ainda uma  pesquisa mais aprofundada de outras propriedades dos ligantes asfálticos, como  características químicas e reológicas, e até mesmo o estudo com misturas asfálticas.

6. REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS –  ANP. Regulamento técnico n° 03/2005. Resolução ANP n° 19, de 11 de julho de  2005 DOU 12.07.2005. Brasília, DF. Disponível em: < http://legislacao.anp.gov.br/?path=legislacao-anp/resol-anp/2005/julho&item=ranp19–2005>. Acesso em: 14 nov. 2017.  

ARIZA, Hernando Luque; SOLANO, Alvaro José Rincón. Evaluación de las  propiedades físicas de un cemento asfáltico 60/70 modificado con residuos de  la fabricación de productos con polietileno de baja densidad. Trabalho de  graduação em Engenharia Civil. Pontificia Universidad Javeriana. 2011. Disponível  em: < https://repository.javeriana.edu.co:8443/>. Acesso em: 15 ago. 2018.  

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDUSTRIA DO PLÁSTICO – ABIPLAST. Perfil  2017.Disponível em:
<https://file.abiplast.org.br/file/download/2018/Perfil_WEB.pdf>.  Acesso em: 29 set. 2018.  

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15086: Materiais  betuminosos – Determinação da recuperação elástica pelo ductilômetro. Rio de  Janeiro – RJ, 2006.  

______. NBR 15184: Materiais betuminosos – determinação da viscosidade em  temperaturas elevadas usando um viscosímetro rotacional. Rio de Janeiro, RJ:  ABNT, 2004.  

 ______. NBR 6560: Ligantes asfálticos – Determinação do ponto de  amolecimento – Método do anel e bola. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2016.  

______. NBR 6576: Materiais asfálticos – determinação da penetração. Rio de  Janeiro, RJ: ABNT, 2007.  

BALBO, José Tadeu. Pavimentação asfáltica: materiais, projetos e restauração. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.  

BERNUCCI, Leidiani Legi Bariani, MOTTA, Laura Maria Goretti da, CERATTI, Jorge  Augusto. Pereira, SOARES, Jorge Barbosa. Pavimentação asfáltica: formação  básica para engenheiros. Rio de Janeiro: PETROBRAS: ABEDA, 2006.  

BERTOLLO, Sandra Aparecida Margarida. Avaliação laboratorial de misturas  asfálticas densas modificadas com borracha reciclada de pneus. Tese de  doutorado em Transportes. Escola de Engenharia de São Carlos – Universidade de  São Paulo. 2002.Disponível em:  <www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18137/tde…/Tese_Bertollo_SandraAM.pdf>.  Acesso em: 14 out. 2017.  

Brasil. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria de  Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de  Pesquisas Rodoviárias. Manual de Pavimentação. 3 ed. Rio de Janeiro. 2006.  

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE – CNT. Transporte rodoviário:  desempenho do setor, infraestrutura e investimentos. Brasília, 2017a. Disponível  em: <http://www.cnt.org.br/Estudo/transporte-rodoviario-desempenho>. Acesso em:  14 out. 2017. 

______CNT. Transporte rodoviário: por que os pavimentos das rodovias brasileiras  não duram?. Brasília, 2017b. Disponível em: <www.cnt.org.br/Estudo/transporte rodoviario-pavimento>. Acesso em: 14 out. 2017.  

COSTA, Liliana, SILVA, Hugo Manoel Ribeiro Dias da., OLIVEIRA, Joel,  FERNANDES, Sara R. M. Valorização de resíduos plásticos na modificação de  betumes para pavimentos rodoviários. Artigo cientifico. Universidade do Minho.  2013. Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/26293>.  Acesso em: 10 ago. 2018  

IMPERPAV PROJETOS E CONSULTORIAS. CAP30-45 e CAP50-70 Sua  utilização em revestimentos asfálticos: estudo comparativo. São Paulo: ABCR,  2008. Disponível em: <www.abcr.org.br/>. Acesso em: 12 set. 2018.  

LIMA, Cristian Kelly Morais de. Estudo da incorporação de resíduo industrial  polimérico ao CAP. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande  do Norte. 2008. Disponível em:  <https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/15744>. Acesso em: 25 set.  2018.  

MANOEL, Getúlio Francisco Caracterização físico-química e estudo reológico de  asfaltos modificados pelos polímeros PEAD, PEBD, PELBD e contribuição ao  estudo do envelhecimento do cimento asfáltico de petróleo. Tese de doutorado  em Engenharia Química. Universidade Federal de Minas Gerais. 2015. Disponível  em: < http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/BUBD-A3ZG8A>.  Acesso em: 25 set. 2018.  

MIRANDA, Ricardo Felipe Martins. Estudo da modificação de betumes com  polímeros reciclados. Dissertação de mestrado. Escola de Engenharia –  Universidade do Minho. 2014. Disponível em:  <http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/36399>. Acesso em: 28 set. 2017.  

MORILHA JUNIOR, Armando. Estudo sobre a ação de modificadores no  envelhecimento dos ligantes asfálticos e nas propriedades mecânicas e de  fadiga das misturas asfálticas. Dissertação de mestrado em Engenharia Civil.  Universidade Federal de Santa Catarina. 2004. Disponível em:  <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/87049/207429.pdf?sequence>. Acesso em: 28 set. 2017.  

ODA, Sandra. Análise da viabilidade técnica da utilização do ligante asfalto borracha em obras de pavimentação. Tese de doutorado em Transportes. Escola  de Engenharia de São Carlos – Universidade de São Paulo. 2000. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18137/tde-30012018-151928/pt br.php>. Acesso em: 14 out. 2017.  

ROBINSON, H. Polymers in Asphalt. 2004. Rapra Review Reports, Volume 15,  Number 11. Disponível em:  <http://www.polymerjournals.com/pdfdownload/944274.pdf>. Acesso em: 25 nov.  2017.  

SOUZA, Marcos Vinícius Ribeiro. Efeito de fibras sintéticas nas propriedades de  ligantes e concretos asfálticos. Dissertação de mestrado em Geotecnia. Universidade de Brasília. 2010. Disponível em:  <http://repositorio.unb.br/handle/10482/7602>. Acesso em: 18 out. 2018.


1Graduada em Engenharia Civil pela UNEMAT, Pós-graduada em Orçamento e Licitação de Obras  pelo INBEC.
E-mail: sleticiaas@gmail.com

2Graduada em Engenharia Civil pela UNEMAT, Mestre em Ambiente e Sistemas de Produção  Agrícola pela UNEMAT, professora interina na UNEMAT (Campus de Tangará da Serra) E-mail:  cleidiane.novais@unemat.br

3Graduado em Engenharia Civil pela FARO, Pós-graduado em Infra Estrutura de Transportes e  Rodovias pela UNICID. E-mail: robinilsonbraga@hotmail.com