ANÁLISE DE UMA ASSOCIAÇÃO VOLTADA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA CIDADE DE VITÓRIA DA CONQUISTA -BA SOB O ASPECTO DA ACESSIBILIDADE PARA DEFICIENTES VISUAIS

ANALYSIS OF AN ASSOCIATION FOR PEOPLE WITH DISABILITIES IN THE CITY OF VITÓRIA DA CONQUISTA -BA FROM THE ASPECT OF ACCESSIBILITY FOR THE VISUALLY DISABLED

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10213862


AIRA DANTAS FERREIRA
ORIENTADORA: ÉRIKA ALEZARD OSTERMANN
AVALIADOR INTERNO: FERNANDO SALGADO BERNARDINO
AVALIADOR EXTERNO: RAFAEL VINICIUS MEIRA CELINO


 

RESUMO

A inclusão social de pessoas com deficiência está prevista em diversas leis e normas que busca por intermédio delas promover um espaço igualitário a todos. No que se refere a acessibilidade para deficientes visuais consisti na criação de ambientes, como edifícios, calçadas e transporte público, sejam projetados de maneira a facilitar a locomoção de pessoas com deficiência visual, com a presença de sinalizações táteis, corrimãos e rampas adequadas. Sendo assim, o objetivo do estudo é uma análise de uma associação voltada para pessoas com deficiência na cidade de Vitória da Conquista. Para isso foi necessário um estudo inicial bibliográfico apontando conceito acerca do tema e posteriormente aplicado a abordagem exploratória descritiva apontando características do local. Foi possível perceber que mesmo sendo uma local que foi construído a algum tempo possui uma estrutura para os deficientes visuais necessitando apenas de algumas reformas e de um maior investimento e doações por se manter com o auxílio do município e de entidades privadas da cidade.

Palavras-chave: Acessibilidade. Arquitetura Multissensorial. Deficientes Visuais.

 

ABSTRACT

The social inclusion of people with disabilities is provided for in various laws and regulations that we seek by promoting an equal space for all. Not that accessibility for the visually impaired consists of the creation of environments, such as buildings, sidewalks and public transport, that are designed in a way that facilitates the movement of people with visual impairments, with the presence of tactile signs, handrails and appropriate ramps. Therefore, the objective of the study is an analysis of an external association for people with disabilities in the city of Vitória da Conquista. To achieve this, an initial bibliographical study was necessary, pointing out the concept of the topic, and then an exploratory, descriptive approach was applied, pointing out characteristics of the location. It was possible to see that even though it was a place that was built some time ago, it has a structure for the visually impaired, requiring only some renovations and greater investment and donations to maintain itself with the help of the municipality and private entities in the city.

Keywords: Accessibility. Multisensory Architecture. Visually Impaired.

1 Estudante de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Independente do Nordeste: E-mail:

airadantas9@gmail.com

1      INTRODUÇÃO

Buscando o processo de inclusão social na educação a Lei nº 13.146/15, que trata do Estatuto da Pessoa com Deficiência, vem assegurar e promover condições de igualdade para todos, com o devido exercício dos direitos e das liberdades fundamentais. Reforçar, assim, o acesso a locais inclusivos para crianças, adolescentes, adultos com necessidades especiais. Porém, grande parte dos locais não possuem o suporte ou não foram projetados com a finalidade de atender a todos de forma igualitária (COSTA, 2021).

Adentrando na inclusão, a noção do tema está intrinsecamente ligada ao direito à igualdade que, desde o século XVIII, marca as lutas sociais e um ideário político e social fincado nas relações de democracia ou de igualdade. Contudo, no Brasil no campo da educação e atenção a essas pessoas, a ideia de inclusão só foi iniciada em meados do século XX, e apenas em 1960 passou a integrar a organização das Secretarias de Estado da Educação como parte da estrutura e funcionamento dos sistemas de ensino (ROSSI e HEREDERO, 2010).

Foi a partir da década de 70 que é observado por especialistas a questão da inclusão das pessoas com algum tipo de deficiência na sociedade. Até esse momento, a constatação de que muitas pessoas “cegas” liam o Braille com os olhos, levou os especialistas a uma reformulação, propondo um diagnóstico educacional de deficiência visual que dava ênfase à maneira como o indivíduo é capaz de utilizar a percepção visual em seu processo de aprendizagem, surgindo a preocupação com o uso do resíduo visual (MOREIRA, 2006).

Costa (2021) menciona que, proporcionar um espaço adequado para essas pessoas não se refere à exclusão, mas sim a um suporte que permita o aprendizado, o que pode levar a resultados positivos para a formação do conhecimento. No entanto, a autora acredita que garantir a igualdade não é uma tarefa fácil, e que fornece recursos adequados para a realização de atividades voltadas para a particularidade das pessoas é um meio importante para melhorar as habilidades e reduzir as dificuldades de aprendizagem.

Desta forma, o papel da arquitetura na fundamentação sensorial do ambiente para pessoas com deficiência visual é de fundamental importância, pois conforme Frago e Escolano (2001), a arquitetura se define pela relação do indivíduo com o espaço vivido, e esta possui uma função essencial na percepção do espaço e das influências percebidas nos elementos como cores, natureza e materiais sobre as pessoas. A arquitetura assim não deveria ser observada como uma imagem isolada, mas sim que através dela é possível sentir a sua essência de emoções e associações que o espaço visa proporcionar, incorporando assim as estruturas físicas e mentais na integração, exprimindo no indivíduo a coerência, significado à experiência de vida, sensação de realidade e identidade pessoal (PALLASMAA, 2011).

Sendo assim, o objetivo do trabalho é analisar uma associação voltada para pessoas com deficiência na cidade de Vitória da Conquista, buscando apontar aspectos da acessibilidade para deficientes visuais. O tema proposto visou compreender e aprofundar, por intermédio de um estudo exploratório com abordagem descritiva sobre o local em específico.

2      METODOLOGIA

O material consistiu em um estudo exploratório-descritivo, de abordagem descritiva, por intermédio da análise de um local em específico na cidade de Vitória da Conquista. Para o desenvolvimento da pesquisa, como dito anteriormente, foi utilizada uma abordagem exploratória de pesquisa descritiva, Gil (2017) conceitua como uma pesquisa que visa descrever características de uma população, local, amostra, contexto ou fenômeno. Normalmente são usadas para estabelecer relações entre construtos ou variáveis nas pesquisas quantitativas. São pesquisas que buscam levantar a opinião, atitudes e crenças de um tema em específico.

A estratégia de investigação foi qualiquantitativo desta forma, adotando de acordo com Creswell (2009), uma abordagem de “métodos mistos”. Essa escolha se justifica na medida em que se trata de um estudo para a análise de uma associação voltada para pessoas com deficiência na cidade de Vitória da Conquista – BA tendo assim um aspecto da acessibilidade para deficientes visuais. Desta forma, esse instrumento mostrou ser o mais adequado para fornecer uma análise compreensiva da problemática da pesquisa por possibilitar a validação cruzada entre os relatos recolhidos, fornecidos pelos dados achados no site e toda bibliografia já existente de trabalhos que possuem um viés de investigação equivalente.

Os dados da pesquisa foram coletados por intermédio inicialmente da pesquisa em toda a bibliografia existente, em seguida a ida até o local para uma análise somete visual, buscando aspectos que atendem as normas vigentes para deficientes visuais. Em seguida realizado um parâmetro que contem principalmente na NBR 9050 para deficientes visuais e o que contém no local específico que atende ou não o que é tratado em norma.

3      REFERENCIAL TEÓRICO

 

3.1 A DEFICIÊNCIA VISUAL E SEUS CONCEITOS

 

De acordo com a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência realizada pelas Nações Unidas (2012), as pessoas com deficiência são aquelas que apresentam características físicas, mentais, intelectuais ou sensoriais que em interação com diversas barreiras, pode acabar dificultando a sua participação sóbria e efetiva na sociedade em igualdade as demais pessoas.

A constituição Brasileira de 1988 traz como conceito, dando a entender, que á pessoa deve se adaptar ao meio onde vive, e não o contrário.  Conforme Lopes (2009), é importante pontuar a negligência do estado com tal problema. Sendo considerado dever do Estado manter o bem-estar de toda a população. Desta forma, é notório que o governo brasileiro não o raciocínio, pois a própria constituição contém expressões como “padrão considerado normal”, e levado em consideração a ausência de leis suficientes que garantam o acesso e a locomoção de forma segura para pessoas com deficiência (ARANHA, 2001).

Adentrando na deficiência visual segundo o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão a deficiência visual se define como:

“A deficiência visual pode ser considerada como cegueira, alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos Abrangente; e como baixa visão, sensibilidade à luz e alterações de campo visual como dificuldades para definir um padrão de tamanho de fonte para leitura, prejuízo na percepção de cores e contrastes, cálculo da distância com pessoas e objetos, dependendo do grau e intensidade.”

A deficiência visual pode ser definida em dois grupos, sendo as pessoas cegas ou as de baixa visão, que há uma limitação das funções do sistema visual. Sendo assim entende-se que o termo cegueira não vai ser absoluto, pois dentro deste mesmo grupo encontra-se pessoas com vários graus de visão residual, mas que por fatores neurológicos e fisiológicos dificultará nas realizações de atividades cotidianas. Também chamada de visão subnormal as pessoas com baixa visão vão apresentar uma alteração na capacidade funcional, sendo decorrente de um fator significativo na acuidade visual, além de uma importante redução do campo visual e na sensibilidade dos contrates. Descrevendo de uma forma mais técnica “[…] a pessoa com baixa visão é aquela que possui acuidade visual menor que 30% e comprometimento periférico ou central do campo visual entre 20° e 50°, sendo a visão auxiliada por recursos ópticos” (CONDE, 2012).

Entende-se que a diferentes níveis de deficiência visual, que vai depender muito da cidade visual da pessoa. Vão incluir as pessoas de baixa visão, que serão aquelas que tem alguma capacidade de enxergar, mas que enfrentam dificuldades consideradas significativas, mas que se utiliza de dispositivos que servirá para auxiliar e melhorar a visão. As que vão apresentar cegueira parcial, onde tem uma visão muito limitada, percebendo luz e sombras, mas que não consegue distinguir detalhes visuais. As de cegueira total que se refere a perda total da visão e que acabam necessitando de outras pessoas para a realização de tarefas do cotidiano. A deficiência visual congênita, que são indivíduos que já nascem com a deficiência visual, podendo ser devido a fatores genéticos ou condições que foram adquiridas durante a gravidez. Também vai ter aquelas pessoas que apresentarão a deficiência visual que foi adquirida, que podem ocorrer devido a algum tipo de lesão, doença ou envelhecimento (CONDE, 2012).

Mesmo com o Brasil apresentando números relevantes de pessoas com deficiência visual, assim como mostra no IBGE (2010) atingindo mais de 16,70% (35 milhões) da população, muitas pessoas ainda sofrem exclusão, preconceitos e rejeição da sociedade. Fazendo com que:

“O sujeito passa a conviver com obstáculos que, até então, eram inexistentes, dentre eles a redução das habilidades e capacidades básicas, ocasionando a dificuldade de locomoção. A independência na locomoção, para pessoas que antes possuíam a visão, se torna um grande obstáculo, não apenas físico, mas também emocional (GOMES, 2015)”

Em Vitória da Conquista, os deficientes visuais representavam 17,46% (53.593) da população, sendo 0,95% (512) pessoas que não conseguem enxergar de modo algum, 16,60% (8.895) pessoas que tem grande dificuldade, de acordo o censo (IBGE) de 2010. Por possuir números consideráveis de pessoas com deficiência visual a cidade acaba não apresentando infraestruturas que auxilie os deslocamentos de deficientes visuais em seu espaço urbano, apontando assim a grande necessidade para a discursão sobre políticas públicas para pessoas portadores de acessibilidade especiais, pela ausência nítida de política de acessibilidade nas ruas, calçadas e avenidas da cidade.

A partir disso se faz necessário superar barreiras que muitas vezes se fazem transparentes para a sociedade, com políticas públicas e projetos urbanos que visam a concepção de ambientes que serão capazes de proporcionar a pessoa com deficiência visual o direito sobre a cidade com a devida dignidade e igualdade para todos os seres humanos. Sendo assim, oferecer igualdade de oportunidades e a inclusão dessas pessoas na sociedade sem qualquer tipo de preconceito, respeitando e valorizando a diversidade humana. Pessoas com deficiência fazem parte desse mosaico de diferenças humanas e como qualquer cidadão apresentam particularidades (CAMBIAGHI, 2007).

É importante salientar que a deficiência visual não vai implicar necessariamente em uma limitação na capacidade que o indivíduo tem em relação ao seu intelecto ou nas suas habilidades. Muitas pessoas com deficiência visual desenvolvem estratégias que as possibilitam de realizar tarefas cotidianas e participam plenamente da sociedade. A inclusão de tecnologias assistidas, como os leitores de tela ampliadores de texto, bengalas e cão-guia, acabam desempenhando um papel muito importante na promoção da independência e da qualidade de vida das pessoas que possuem alguma deficiência visual, as tornando ativas em meio a cidade. Além disso, é importante ressaltar a sensibilização da sociedade e aos desenhos dos ambientes acessíveis são fundamentais para a inclusão dessas pessoas e a sua participação plena no direito de igualdade em relação de oportunidade para todas as pessoas (CAMBIAGHI, 2007).

3.2 NBR 9050 E SEUS PARÂMETROS PARA O DEFICIENTE VISUAL

 

No que se refere a acessibilidade a ABNT NBR 9050/2020 (Associação Brasileira de Normas Técnicas) vem tratar da acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, busca a inclusão de todas as pessoas no espaço projetado, incluindo aquelas com deficiência visual. Esses parâmetros são importantes para garantir a inclusão e acessibilidade de pessoas com diferentes necessidades. 

Alguns dos parâmetros específicos para deficientes visuais observados na NBR 9050 vão incluir a sinalização tátil e visual através de símbolos; Corrimãos; Apoios; Espaços livres e de circulação; Mobiliário urbano; Equipamentos e instalações.

A norma vai estabelecer a necessidade da sinalização tátil no piso para orientar as pessoas com deficiência visual. Composta por informações em relevo, podendo ser visto como textos, símbolos e Braille. Vai incluir também a utilização dos pisos táteis direcionais e de alerta que vão possuir texturas específicas e próprias que vão ter a função de indicar os caminhos e alertar onde tiver obstáculos (NBR 9050, 2020).

Para a sinalização visual e gráfica norma traz que se deve ter para indicar a existência de equipamentos, mobiliários e serviços para pessoas com deficiência visual. A sua representação consiste em um pictograma branca sobre o fundo azul. Este símbolo pode, operacionalmente, ser representado em branco e preto (pictograma branco sobre o fundo preto ou pictograma preto com o fundo branco) e deve estar sendo voltado para a direita (NBR 9050, 2019).

Os corrimãos e apoios de acordo com a NBR 9050 sua altura e dimensão devem estar sempre em conformidade com as diretrizes que serão apresentadas na norma, fazendo assim com que possa proporcionar suporte adequado para as pessoas com deficiência visual, a fim de evitar acidentes. Sempre presentes em escadas e rampas e sempre acompanhadas de sinalização tátil.

A norma vai definir sobre os espaços livres e de circulação dimensões mínimas que deverão permitir a locomoção segura de pessoas com deficiência visual, evitando que possa haver a presença de obstáculos e fazendo assim com que essas pessoas tenham uma passagem adequada, trazendo segurança e autonomia para aquele que vai utilizar do espaço (NBR 9050, 2020).

Em relação ao mobiliário urbano a NBR 9050 vai abordar sobre a sua disposição dando o exemplo de bancos e quiosques, de forma que não obstrua a passagem das pessoas com deficiência visual, além de proporcionar para esse usuário segurança e autonomia de uso, e assegurar que tenha um espaço apropriado para aproximação, alcance, manipulação e uso dele, a postura e a mobilidade do usuário em relação ao mesmo.

Os equipamentos e instalações nas edificações, como mencionados pela norma, os elevadores, sanitários, escadas e rampas devem ser pensadas, projetadas e construídas de modo a atender as necessidades de acessibilidade para as pessoas com deficiência visual, fazendo com que não exista uma exclusão, e fazendo com que todos possam utilizar desses equipamentos de forma segura e autônoma (NBR 9050, 2020).

Além disso, é importante ressaltar que a NBR 9050 é revisada de maneira periódica para sempre se adequar as mudanças das normas, tecnológicas que estão sempre em constante variação de acordo com a realidade vivida na época. Portanto é sempre recomendável que haja a verificação da versão mais recente disponibilizada da norma, para que assim possa ser garantido a conformidade dos requisitos que foram atualizados e que encaixam na realidade que está sendo vivida. Garantindo assim igualdade e acessibilidade a todos, sendo aqueles com alguma deficiência e os que não apresenta nenhuma.

3.3 ARQUITETURA INCLUSIVA

 

A palavra inclusão possui diversos sinônimos entre eles, integração, inserção, junção, incorporação, sendo esses mais expressivos no que se refere ao ato projetual do arquiteto. Quando um indivíduo perde a capacidade para desenvolver atividades consideradas normais, ela sofre uma exclusão em diversas áreas como social, política, familiar, cultural, tendo assim uma desintegração dos seus direitos individuais. Porém a arquitetura inclusiva vem contribuir para o processo de reinclusão dessa pessoa (Medeiros, 2019).

É notório que a arquitetura está diretamente ligada nas percepções do ser humano, especialmente em casos que requer uma atenção especial. A influência da relação do homem e o meio em que ele vive reflete diretamente em suas ações e comportamentos. Ao analisar nas especificidades e dificuldades que essas pessoas vivem é de extrema importância o respeito da eliminação de barreiras para acesso aos espaços seja ele público ou privado (Costa, 2021). Desta forma, o Estatuto da Pessoa com Deficiência (2016), aponta o que é conceituado as barreiras:

IV – Barreiras: obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros […] (BRASIL, 2015, p. 1).

 

Costa (2021), vem destacar que a arquitetura inclusiva está relacionada com o conceito de Desenho Universal, ou seja, a ideia de que toda a estrutura das condições e seus devidos equipamentos devem ser utilizados por todas as pessoas. Desta forma, o objetivo primordial da inclusão é tornar a vida das pessoas que possuem necessidades especiais mais fáceis e simples, projetando assim espaços pensados dessa maneira, avaliando os obstáculos que podem ser evitados para não acarretar dificuldades para a pessoa com deficiência.

No que se refere a participação das pessoas com deficiência visual na arquitetura, Bianchin e Heylighen (2018) aponta que a verdadeira deficiência é decorrente de interações das pessoas com o ambiente em torno. Pois, uma vez que os ambientes são passíveis de intervenções estruturais e de projeto pode-se alterar e adequar esses espaços tornando-os passíveis de intervenções estruturais. Contudo, observa-se que pessoas que possuem deficiência visual são pouco incluídas nos projetos de arquitetura, visto que é somente considerado acessível o espaço que apresenta soluções para pessoas com dificuldade de se locomover.

Araújo (201), destaca que:

 

“Qualquer estrutura arquitetônica está apta a ser inclusiva, na medida em que através do seu design seja possível vivenciar, com grande aproximação e clareza, um programa centrado em todos os cidadãos e focado na extensa variedade e complexidade das suas capacidades, aptidões e sensibilidades.

Conforme, Fervença (2012) os espaços inclusivos devem ser projetados de forma que toda a sociedade possa utilizar de forma segura, fácil e prazerosa, contendo espaços responsivos, acolhendo os comentários de toda a comunidade e de seus respectivos usuários, sendo flexíveis, adaptáveis conforme a necessidade das pessoas. Sendo assim, deve ser avaliado a convivência e a acomodação afim de garantir o acesso a todos desde mobilidade reduzida até outros tipos de deficiência. Garantindo assim, locais realistas e viáveis para a execução e utilização, oferecendo soluções para equilibra a necessidade comum.

A arquitetura inclusiva para os deficientes visuais é uma abordagem que deseja criar espaços e edificações que sejam acessíveis e utilizadas por todas as pessoas, sem qualquer tipo de exclusão e independente da sua capacidade de enxergar. É importante ter em mente elementos que tornaram a arquitetura mais inclusiva (COSTA 2021).

É importante que se priorize de um design universal, que serão ambientes criados para atender a maior quantidade de pessoas possível, incluindo aquelas que tem deficiência visual, criando assim espaços que são intuitivos e fáceis de navegar. Pensar nas acessibilidades nas entradas, certificando que toda a entrada das edificações seja acessível e que proporcionem rampas suaves, corrimãos e sinalização tátil. Pisos táteis, que serão utilizados para indicar o caminho e as mudanças de nível e direção. Uma sinalização tátil e sonora que vai ser para orientar as pessoas que possuem algum tipo de deficiência visual, incluindo as informações braile, mapas táteis e sinais sonoros para que possa indicar a direção ao algum pode de referência ajudando na localização. Pensar em pisos e superfícies que sejam seguros e fáceis para as pessoas percorrerem, seja com o auxílio de uma bengala ou cão guia. Apresentando Banheiros acessíveis com barras de apoio, sinalização tátil e um layer que seja mais intuitivo. Tendo espaços abertos e como praças e jardins que utilizem de caminhos amplos, sinalização tátil e uma vegetação que não se apresente como obstáculo para as pessoas que tem deficiência visual. Uma tecnologia assistida, que vai integrar tecnologias como leitores de tela e sistemas de áudio que irão fornecer informações sobre o ambiente (COSTA 2021).

De acordo com Costa (2021), ao notar e incorporar sobre esses princípios de design inclusivo, é importante que a arquitetura inclusiva se torne mais acolhedora e funcional para todos, podendo assim proporcionar a participação ativa e a independência das pessoas com deficiência visual independente do ambiente que ela esteja inserida.

 

3.4 ARQUITETURA MULTISSENSORIAL

Os cinco sentidos tradicionalmente conhecidos que os seres humanos possuem são: a visão, audição, paladar, olfato e tato. Permitem a captação das imagens, sons, sabores, odores e toques, sendo responsáveis pela capacidade que o ser humano tem de interpretar o ambiente que o cerca. Sem eles não seria possível a capacidade de perceber variações no ambiente, e tendo como resultado, produzir ações que sejam adequadas diante de determinada situação (SANTOS, 2019).

A visão é responsável em captar o estímulo luminoso fazendo com que possibilite a percepção de imagens. A audição possibilita perceber as ondas sonoras e compreender os sons ao redor. O paladar vai se responsabilizar na percepção dos sabores. O olfato é o sentido que captar as partículas que estão presentes no ar. O tato faz a captação de estímulos táteis como sentir pressão, dor e sentir as diferentes variações de temperatura (SANTOS, 2019).

Conforme citado por Magalhães (2019) a sensação do olfato só é permitida graças a sensação do epitélio olfativo que fica localizado no teto das cavidades nasais. Já a audição vai ocorrer graças a orelha humana, que apresenta mecanorreceptores, localizados na cóclea, e vão compreender as ondas sonoras. O paladar apresenta a boca como ferramenta onde o sentido vai ser captado, graças a proeminências que estão relacionadas as papilas gustativas. Na visão as imagens serão assimiladas pelos olhos, onde os fotorreceptores estão presentes na retina, e são responsáveis a responder os estímulos luminosos. O tato diferente dos outros sentidos não se localiza em apenas uma parte do corpo, mas está presente em todas as partes, já que os receptores vão estar localizados na pele.

Através disso, é importante observar os impactos que o ambiente detém sobre uma pessoa, já que a primeira impressão que se tem ao entrar em um ambiente e as emoções que nele pode ser percebida são consequências de uma arquitetura sensorial, que deve ser pensada em causar sensações, diferente de como é vista a arquitetura convencional que não tem como objetivo causar explicitas sensações no cliente. Por esse motivo que é um grande desafio do profissional desenvolver ambientes aos quais as pessoas vão utilizar e se interligar emocionalmente através dos sistemas sensoriais, trazendo memórias e experiências marcantes e faça com que esses visitantes se sintam confortáveis e queiram retornar ao local (NEVES,2017).

O profissional de arquitetura vai ser responsável em transformar por inteiro o projeto dos seus clientes, independente do que seja, por meio de elementos que serão capazes de combinar os cinco sentidos que fazem parte do corpo humano. Todos os tipos de textura, pintura, revestimentos e objetos devem trazer uma série de sensações. Mesmo que por diversas vezes as pessoas não consigam identificar e captar os estímulos que foram planejadas por quem projetou o ambiente, já que essa impulsos planejados ficaram evidentes na atmosfera (ARCHTRENNDS, 2018).

“A primeira impressão que fica não é um impacto meramente visual, e sim sensorial: a temperatura, o aroma, a umidade do ar, a intensidade da luz, os sons do ambiente, a resposta do piso aos nossos passos – todos esses elementos, e uma infinidade de situações – influenciam o modo como nos sentimos em determinado lugar” NEVES, 2017, p.8

Para Magalhães (2019) as pessoas com deficiência visual, os sentidos acabam desempenhando um papel ainda mais crucial em relação as pessoas que não apresentam qualquer tipo de problema visual, já que a compreensão do ambiente ao seu redor e na interação com o mundo são necessários. Por isso é importante entender algumas das maneiras específicas em que os sentidos vão se encaixar da melhor forma para as pessoas com deficiência visual.

A audição para os indivíduos que são cegos ou que apresenta alguma deficiência visual, vai desempenhar um papel fundamental na compressão dessas pessoas com o ambiente ao qual estão inseridos. Como o som, que pode ser utilizado para facilitar a orientação e localização, além de características sonoras que vão ser importantes para ajudar na identificação de espaço e objetos, para que assim possa ser evitado acidentes (MAGALHÃES, 2019).

O sentido do tato é essencial para a exploração física e que assim possa ser possível a exploração física e a compreensão dos espaços. Utilizar de superfícies com texturas e formas que sejam percebidas por meio do toque, fornecendo assim informações valiosas sobre o ambiente circundante (MAGALHÃES, 2019).

O olfato seria utilizado para identificar diferentes áreas, como as áreas internas das áreas externas. Além disso existe uma característica particular em fornecer pistas sobre a atmosfera em que o indivíduo está inserido em um lugar específico (MAGALHÃES, 2019).

Mesmo que o paladar não esteja diretamente relacionado a uma experiencia espacial, ele acaba sendo muito relevante em contextos de restaurantes e praças de alimentação, já que a experiencia vai ser complementada pela comida do ambiente em que o indivíduo se encontra (MAGALHÃES, 2019).

Além disso, Santos (2019) menciona o quanto é importante que haja uma consideração cuidadosa nesses sentidos em relação a arquitetura, á que através dela pode-se criar ambientes mais inclusivos para as pessoas que tenham algum tipo de deficiência visual, ou que são cegos. Algumas dessas práticas que podem ser mencionados existe a sinalização tátil, por meio de pisos táteis e placas em braile, que facilitaram a orientação das pessoas meio ao espaço; A utilização dos contrates, podendo ser eles visuais ou táteis, para destacar áreas específicas e facilitando a identificação de elementos arquitetônicos; Projetar espaços que leve em consideração a acústica, ajudando na orientação e na criação de ambientes sonoros seguros; Criar layouts acessíveis que sejam simples e intuitivos, podendo evitar acidentes com obstáculos desnecessários e contribuir para a facilidade de deslocamento das pessoas no espaço.

Ao arquiteto pensar e projetar espaços acessíveis para pessoas com deficiência visual, atenderam não apenas as necessidades funcionais aos quais esses indivíduos precisam, mas também irão proporcionar experiências positivas, significativas e inclusivas, promovendo a autonomia e a qualidade de vida dessas pessoas (SANTOS, 2019)

4      RESULTADOS E DISCUSSÃO

Fundada em 1989 a Associação Conquistense de Integração do Deficiente (ACIDE), foi fruto de uma junção de 4 amigos um deles o professor Luís Fernando que atua até hoje no local. Foi realizado uma breve entrevista com o fundador que apontou que durante a década de 1981 a 1982 houve uma grande mobilização por intermédio da ONU (Organização das Nações Unidas) para uma maior conscientização para promover oportunidade a pessoas com deficiência. Essa conscientização foi promovida logo após a Segunda Guerra Mundial, por intermédio de um padre francês que observou as pessoas mutiladas e sem perspectiva de vida, criando assim um grupo que se alastrou por todo o mundo e que no ano de 1985 Luís Fernando soube do movimento e foi até salvador para participar de uma capacitação sobre a importância da assistência a pessoas com deficiência.

Após fundada a associação passou por diversos locais até possuir a sede principal. Primeiramente foi na casa de uma das fundadoras, após isso a Lions Club cedeu o seu espaço onde ficou por muito tempo. No ano de 1999, por intermédio de doação de um terreno por parte da prefeitura que a ACIDE possuiu o seu espaço, porém só após 10 anos que ocorreu a sua inauguração, pois para construi-lo foi preciso diversas doações tanto do âmbito público quanto o privado.

Atualmente a ACIDE é um importante centro de educação especial na cidade, que oferece as pessoas com deficiência uma atenção mais específica, recursos e metodologias apropriadas, sendo referência na região Sudoeste da Bahia e Norte-nordeste de Minas Gerais. No seu estatuto a missão do local consiste em: “ser referência na prestação de serviço a pessoa com deficiência, promovendo sua inclusão na sociedade, com qualidade de vida e auto realização pessoal.” e para a realização disso buscam promover ações internas e externas que buscam conscientizar a sociedade e as pessoas com deficiência a respeito dos seus direitos e deveres.

O seu enfoque inicial era o apoio pedagógico para deficientes visuais, cegos ou com baixa visão, porém devido ao crescimento do local outros objetivos foram sendo inseridos como aponta o seu estatuto e destacado também na entrevista:

“1- Realizar atividades pedagógicas adequadas as Pessoas Com Deficiência; 2-Estimular a autonomia da Pessoa Com Deficiência através de orientação especializada; 3-Incentivar a participação das famílias, da comunidade e do governo nesse processo educacional; 4-Investir em recursos humanos e materiais afim de implementar uma educação de qualidade; 5-Promover práticas esportivas apropriadas a esse público; 6-Fomentar a inclusão digital dos Pessoas Com Deficiência;7- Facilitar o acesso dos Pessoas Com Deficiência a eventos culturais; 8-Propiciar o desenvolvimento físico, intelectual, emocional e profissional da Pessoa Com Deficiência, bem como sua inserção no mercado de trabalho.

Desta forma é realizado aulas de brailes; soroban que é um instrumento de cálculo manual e retangular, composto pela parte externa, denominada moldura, como um ábaco; escrita cursiva; orientação e mobilidade; informática adaptada; apoio psicológico; educação física; caratê e oficinas de músicas provida de voluntários. Além disso, foi citado que diversas empresas buscam por profissionais com algum tipo de deficiência visual e por intermédio da ACIDE ocorre a indicação do profissional proporcionando a eles a entrada no mercado de trabalho. Outro ponto citado que ocorre aulas de artesanatos que posteriormente serve como forma de renda para eles.

No que tange aos profissionais que atuam no local existe uma parceria no município que os professores, funcionários dos serviços gerais, cozinham portaria e todos em geral são responsabilidade da secretaria de educação o pagamento, com isso diminuindo os custos do local. Sendo responsabilidade apenas de doação para a sua manutenção.

Adentrando ao espaço possui 15,00×36,00 totalizando 555 m² localizado na Avenida Siqueira Campos, na proximidade da Avenida Luís Eduardo Magalhães, como mostra a figura 01 e figura 02.

Figura 01 – Fachada ACIDE

Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 02 – Fachada interna ACIDE

Fonte: Autoria Própria (2023)

É perceptível por intermédio das imagens que o local possui rampas de acessibilidade, corrimão e piso tátil. Os recuos laterais do prédio obedecem a legislação prevista em Vitória da Conquista.

Figura 03 – Recuo Lateral

Fonte: Autoria Própria (2023)

No que se refere a sua estrutura interna no pavimento térreo contém um salão de convivência, um refeitório, três salas, uma academia, uma diretoria, uma secretaria, uma cozinha, dois banheiros sendo um feminino outro masculino e o hall de entrada, conforme as figuras abaixo.

Figura 04 – Hall de entrada

Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 05 – Salão de convivência inferior

Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 06 – Diretoria


Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 07 – Refeitório

Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 08 – Corredor de acesso as salas

Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 09 – Cozinha

Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 10 – Banheiro

Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 11 – Academia

Fonte: Autoria Própria (2023)

É perceptível que o local possui um amplo espaço comum, que contempla as pessoas frequentes que chega a ser 40 a 60 pessoas de segunda a quinta, porém associadas contém 250 pessoas. Em relação a acessibilidade para os demais ambientes as portas são padronizadas em 0,80 cm e na cozinha contém piso tátil em todo o espaço. Para o acesso ao andar superior contém uma rampa (Figura 12).

Figura 12 – Rampa para acesso ao pavimento superior

Fonte: Autoria Própria (2023)

No andar superior contém um salão que liga as 7 salas, 2 banheiros sendo um feminino e um masculino. A grande parte das aulas que o espaço oferece é realizado nessas salas, por serem mais amplas e arejadas, como mostra as figuras abaixo.

Figura 13 – Salão superior

Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 14 – Área Superior

Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 15 – Acesso ao banheiro e banheiro superior

Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 16 – Sala de Informática

Fonte: Autoria Própria (2023)

Figura 17 – Soroban

Fonte: Autoria Própria (2023)

O pavimento superior contém um amplo espaço, assim como o inferior, porém foi perceptível a falta de manutenção de alguns itens nas salas, devido ao fato de viverem de doação e recursos da iniciativa privada fica limitado esse progresso. Além disso necessita-se de uma reforma que já está sendo prevista em relação ao estrutural pois os pilares são grosseiros.

Pode-se perceber também que os banheiros necessitam de recursos de acessibilidade como trincas e pias mais acessíveis, além de sinalização nas paredes ao decorrer de todo o espaço promovendo uma arquitetura sensorial para aqueles que frequentam o local.

 

5      CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme visto no estudo, foi possível perceber que a acessibilidade para pessoas com deficiência visual é fundamental para garantir a igualdade de oportunidades, a participação social e a inclusão dessas pessoas na sociedade. Os conceitos da deficiência visual foram abordados podendo ela variar de uma perda parcial de visão até uma cegueira total. Buscou-se apontar também as barreiras enfrentadas por essas pessoas muitas vezes estão relacionadas à falta de acessibilidade em vários aspectos da vida cotidiana.

No que tange a arquitetura sensorial foi possível perceber que se trata de uma abordagem na concepção de espaços que considera e integra as experiências sensoriais das pessoas, indo além da visão e incluindo os sentidos do olfato, tato, paladar e audição. Essa abordagem tem ganhado destaque na arquitetura contemporânea devido aos seus benefícios na criação de ambientes mais envolventes, inclusivos e emocionalmente ricos. Sendo assim, a arquitetura sensorial prioriza a experiência do usuário, levando em consideração não apenas a estética visual, mas também como um espaço faz as pessoas se sentirem, interagirem e se conectarem emocionalmente com o ambiente ao seu redor contribuindo para a criação de espaços mais significativos e memoráveis.

O espaço avaliado foi possível perceber que sua concepção no ano de 2010 buscou atender da melhor forma possível as necessidades de uma pessoa com deficiência, com salas amplas, salões de convivência, rampas com piso tátil, além de uma boa iluminação e ventilação em todo o ambiente. Contudo é necessário passar por algumas reformas até para manutenção do espaço, sugere-se então que por intermédio de dos recursos provenientes de doações se invista em piso tátil em outros locais além da cozinha e da entrada, além de sinalizações nas paredes favorecendo uma arquitetura sensorial.

É necessário também incentivar a sociedade de Vitória da Conquista a buscar compreender como funciona a ACIDE e sua importância não só para aqueles que utilizam o local, mas sim para todos pois por intermédio desse tipo de política pública é possível promover uma cidade mais igualitária.

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