ANÁLISE DE REAÇÕES ADVERSAS ENTRE O USO DE ANSIOLÍTICOS, ANTIDEPRESSIVOS E FITOTERÁPICOS NO TRATAMENTO DA ANSIEDADE

ANALYSIS OF ADVERSE REACTIONS BETWEEN THE USE OF ANXIOLYTICS, ANTIDEPRESSANTS AND PHYTOTHERAPY IN THE TREATMENT OF ANXIETY

ANÁLISIS DE LAS REACCIONES ADVERSAS ENTRE EL USO DE ANSIOLÍTICOS, ANTIDEPRESIVOS Y MEDICAMENTOS A BASE DE PLANTAS EN EL TRATAMIENTO DE LA ANSIEDAD

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10201781


FREITAS, Joyce Kelly Gomes¹;
VIEIRA PINTO, Angelica²;
STEFANELLO, Naiara³.


Resumo: A ansiedade pode ser considerada como sendo uma condição de humor desagradável, irritação, desconfortável inquietude e percepção negativa no que se refere ao futuro. Além disso, o aumento nas últimas décadas de casos de transtornos de ansiedade tem gerado muitos estudos e pesquisas. Assim, tratar desse problema se tornou de extrema necessidade. Esse estudo teve como objetivo tecer considerações sobre a eficácia terapêutica e efeitos adversos dos ansiolíticos, antidepressivos e fitoterápicos utilizados nos tratamentos para transtornos de ansiedade. Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, por meio do instrumento utilizado na Prática Baseada em Evidências (PBE) com base em dados escolhidas: Scienfic Electronic Library Online (SciELO), PubMed, Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medline. Sendo, dos artigos pesquisados selecionados 24 estudos, destes 07 artigos sobre ansiolíticos, 06 sobre antidepressivos e 11 sobre os fototerápicos. Após, análise dos resultados, observou-se que os ansiolíticos e antidepressivos usados no tratamento dos transtornos de ansiedade causam efeitos colaterais adversos e prejudiciais à saúde em relação aos fitoterápicos no tratamento desses pacientes. Mas, para melhor tratar dos transtornos de ansiedade ou demais transtornos neurológicos é essencial que ocorram mais estudos que analisam e avaliam as novas moléculas para que promovam maior eficiência terapêutica e menos ações adversas quando comparado aos fármacos já existentes.

Palavra-chave: Transtornos de Ansiedade. Ansiolíticos. Antidepressivos. Fitoterápicos.

Abstract: Anxiety can be considered to be a condition of unpleasant mood, irritation, uncomfortable restlessness and negative perception of the future. In addition, the increase in cases of anxiety disorders in recent decades has generated a lot of studies and research. Thus, dealing with this problem has become extremely necessary. The aim of this study was to consider the therapeutic efficacy and adverse effects of anxiolytics, antidepressants and herbal medicines used in the treatment of anxiety disorders. This is an integrative literature review, using the Evidence-Based Practice (EBP) tool from the following databases: Scienfic Electronic Library Online (SciELO), PubMed, Latin American and Caribbean Health Sciences Literature (LILACS) and Medline. Of the articles searched, 24 studies were selected, of which 07 were on anxiolytics, 06 on antidepressants and 11 on phototherapy. After analyzing the results, it was observed that anxiolytics and antidepressants used in the treatment of anxiety disorders cause adverse and harmful side effects compared to herbal medicines in the treatment of these patients. However, in order to better treat anxiety disorders or other neurological disorders, it is essential that there are more studies that analyze and evaluate new molecules so that they promote greater therapeutic efficiency and fewer adverse actions when compared to existing drugs.

Keywords: Anxiety Disorders. Anxiolytics. Antidepressants. Phytotherapeutics.

Resumen: La ansiedad puede considerarse un estado de ánimo desagradable, irritación, inquietud incómoda y percepción negativa del futuro. Además, el aumento de los casos de trastornos de ansiedad en las últimas décadas ha generado numerosos estudios e investigaciones. Así pues, abordar este problema se ha convertido en algo sumamente necesario. El objetivo de este estudio fue analizar la eficacia terapéutica y los efectos adversos de los ansiolíticos, los antidepresivos y las hierbas medicinales utilizados en el tratamiento de los trastornos de ansiedad. Se trata de una revisión bibliográfica integradora, utilizando la herramienta Práctica Basada en la Evidencia (PBE) de las siguientes bases de datos: Scienfic Electronic Library Online (SciELO), PubMed, Literatura Latinoamericana y del Caribe en Ciencias de la Salud (LILACS) y Medline. De los artículos buscados, se seleccionaron 24 estudios, de los cuales 7 eran sobre ansiolíticos, 6 sobre antidepresivos y 11 sobre fototerapia. Tras analizar los resultados, se observó que los ansiolíticos y los antidepresivos utilizados en el tratamiento de los trastornos de ansiedad causan efectos secundarios adversos y perjudiciales en comparación con las hierbas medicinales en el tratamiento de estos pacientes. Sin embargo, para tratar mejor los trastornos de ansiedad u otros trastornos neurológicos, es esencial que haya más estudios que analicen y evalúen nuevas moléculas para que promuevan una mayor eficacia terapéutica y menos efectos adversos en comparación con los fármacos existentes.

Palabras clave: Trastornos de ansiedad. Ansiolíticos. Antidepresivos. Fitoterapia.

1. INTRODUÇÃO

A ansiedade é um sentimento que manifesta naturalmente sendo reflexo das situações cotidianas que as pessoas enfrentam. Contudo, quando a ansiedade é persistente pode comprometer essas funções e influenciar na qualidade de vida das pessoas (PEROSSI, 2019). A ansiedade pode ser considerada como sendo uma condição de humor desagradável, irritação, percepção negativa no que se refere ao futuro e uma desconfortável inquietude (LOPES; SILVA; SANTOS, 2018). Com isso, é possível entender quando a ansiedade é considerada normal e quando é patológica, pois ela pode ser compreendida como uma reação que o organismo manifesta diante de possíveis situações de ameaças que, o indivíduo se sente incapaz de resolver ou se defender, ou até mesmo de fugir, e não lhe acarretará prejuízos (SOUZA et al., 2015).

A ansiedade patológica é quando o sentimento é desproporcional à causa aparente, interferindo no cotidiano e trazendo aflição. É também, um sentimento desagradável que gera desconforto, inquietação, medo e pode surgir de algo conhecido ou não, causando sofrimento ao psicológico da pessoa (PEROSSI, 2019). Atualmente, os transtornos de ansiedade veem se destacando e ganhando mais atenção dos profissionais da saúde, pois atinge diferentes faixas etárias, desde crianças até idosos (SILVA; BATAEL; COSTA, 2019).

Hoje, existem vários transtornos de ansiedade, e por isso muitos medicamentos vêm sendo utilizados, entre eles destacam-se os antidepressivos e ansiolíticos. Assim, esses medicamentos de uso controlado (psicotrópicos) e medicamentos fitoterápicos são administrados na tentativa de reduzir a ansiedade. Contudo, muitos desses medicamentos apresentam diversos efeitos adversos que podem ser prejudiciais à saúde, afetando a qualidade de vida desses pacientes (TOMIM, 2022).

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é o mais frequente, e se dá pelo excesso de preocupação, muitas vezes sem motivos, causando sofrimento, cansaço excessivo, dificuldade de concentração e insônia. Esse transtorno é aliado a uma grande parcela de comorbidade como a depressão e demais transtornos de ansiedade, entre eles pânico, fobia social e fobias específicas.  No entanto, o TAG é um dos transtornos psiquiátricos com menor procura por tratamento. (ZUARDI 2017).  

O Transtorno de Ansiedade Social, vai além de uma timidez, uma pessoa diagnosticada com essa doença sofre com medo exagerado de ser observado ou avaliado por outras pessoas, gerando insegurança pois esses indivíduos se sentem inferiores às demais pessoas. Por isso, podem possuir baixa autoestima e sensação de humilhação, pois se sentem incapazes de realizar tarefas como pedir uma informação, orientação, ou produzir algo (SILVA, 2017). Esse transtorno interfere nas relações sociais de forma significativa, prejudicando o paciente na sua progressão pessoal e social, ocasionando impactos negativos na vida, impedindo de realizar atividade do dia a dia, levando ao isolamento (SILVA, 2021).

O transtorno do pânico (TP) se apresenta com recorrentes ataques de pânico, onde o paciente vivencia situações de medo ou intenso mal-estar e vem acompanhada de sintomas cognitivos e físicos, os quais começam acontecer de maneira brusca e chegam a máxima intensidade em até 10 minutos. Ataques esses que, provocam preocupações que persistem, gerando importantes alterações de comportamento, devido à possibilidade que possa vir ocorrer novos situações de ansiedade, levando a novos ataques de pânico (BRANDÃO et al., 2020).

O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), é uma condição psiquiátrica de ansiedade, onde sua característica principal são as crises de compulsão ou obsessão por algo (GUIMARÃES et al., 2015). Obsessão são ideias ou pensamentos que permanecem repetidamente na mente da pessoa sem que ela permita, sendo então algo desagradável para ela. Por isso, para que a pessoa possa suportar tantas repetições de pensamentos, ela desenvolve uma espécie de ritual característico da compulsão, como se fosse um escape que alivia a ansiedade. Inclusive, esse ritual geralmente segue etapas rígidas, pois geralmente a pessoa que sofre com isso, acha que se não realizar tal etapa, algo ruim pode acontecer. Porém, devido a ocorrência dos pensamentos obsessivos e com a realização dos rituais, o transtorno pode se agravar, sendo possível comprometer a realização das atividades diárias dessa pessoa (BARBOSA; DELAGE; PRADO, 2016). Por isso, é comum que pessoas portadoras de TOC, tenham alguns comportamentos como, pensamentos obsessivos, organização, medo exagerado de contaminação por germes e bactérias, nojo excessivo, rituais de limpeza e lavagem e verificações repetitivas (porta, torneira, janela entre outros) (SOUZA et al., 2016).

Os ansiolíticos como os benzodiazepínicos possuem eficácia em tratamentos de curta duração, considerando aproximadamente quatro semanas. Contudo, seu uso prolongado além dos riscos de efeitos adversos que serão vistos a seguir, também pode causar dependência, o que leva a prejuízos aos pacientes (NUNES; BASTOS, 2016).

Atuação dos benzodiazepínicos (BDZ) tem como alvo os receptores do ácido o γ-aminobutírico tipo A (GABA-A). Esses receptores são compostos por uma combinação, no somatório de cinco subunidades α, β e γ inserida na membrana pós-sináptica (LIMA et al., 2020). Sendo que todos os estudos fazem um apanhado sobre a composição química dos BZP é formada por meio de um sistema de anéis heterocíclicos formados pela junção de um anel de benzeno (A) e um anel (B) que possui dois átomos de nitrogênio, este é o anel diazepínico (NASCIMENTO et al., 2022). As inúmeras substituições nos radicais criam as diferentes benzodiazepinas predominando algumas propriedades: hipnóticos, ansiolíticos e anticonvulsivantes (MENEZES; TRISTÃO, 2019).

Além disso, outra escolha para o tratamento de transtornos de ansiedade são os antidepressivos, que além de auxiliar no tratamento, também promove uma melhora significativa nos sintomas de ansiedade. E diferente dos ansiolíticos, esses fármacos não geram a dependência ao paciente.

Outra forma de tratamento dos transtornos de ansiedade são os fitoterápicos como a Passiflora incarnata (maracujá), Piper methysticum G. Forst (kava-kava), Matricaria recutita (camomila) e a Valeriana officinalis (valeriana). Esses medicamentos estão ligados a matérias primas de origem vegetal, podendo ser extraído das raízes, caule, folhas, flores e sementes das plantas medicinais.

Tendo em vista os diversos efeitos adversos, muitos pacientes embora sejam os responsáveis pela adesão ao tratamento, não o aderem, nos seis primeiros meses como tem demonstrado dados da literatura (NUNES; BASTOS, 2016). Sem o tratamento adequado, o transtorno pode evoluir e tornar-se crônico. Em vista disso, não é bem especificado na literatura a real causa da não adesão ao tratamento. Porém, suspeita-se que seja devido aos efeitos adversos que muitas vezes afetam a qualidade de vida dos pacientes (SILVA et al, 2020).

Mediante o exposto, este estudo foi além de um interesse acadêmico, tem também o intuito de considerar a possível eficácia e efeitos dos tratamentos com medicamentos convencionais e medicamentos fitoterápicos com pacientes que sofrem com algum transtorno de ansiedade, além de uma preocupação com a saúde e qualidade de vida dos mesmos. Portanto, ocorreu a necessidade de um estudo entre a eficácia terapêutica de medicamentos convencionais e medicamentos fitoterápicos e os efeitos adversos de ambos. Na busca da possibilidade de tratamento igualmente eficaz (fitoterápicos), e com efeitos adversos menos significativos, destacando os bons resultados terapêuticos desse grupo de medicamentos.

Nessa perspectiva, o objetivo desse estudo foi por meio de revisão integrativa da literatura, tecer considerações sobre a eficácia terapêutica e efeitos adversos dos ansiolíticos, antidepressivos e fitoterápicos utilizados nos tratamentos para transtornos de ansiedade, para possibilitar o leitor de forma clara e objetiva a compreensão do tema abordado na pesquisa.

2. METODOLOGIA

O estudo trata-se de uma análise bibliográfica, que será utilizada a metodologia da revisão integrativa da literatura, por meio do instrumento utilizado na Prática Baseada em Evidências (PBE) que possibilita a síntese e análise do conhecimento produzido acerca da proposta de pesquisa que será investigada constituindo-se em uma técnica de pesquisa com precisão metodológica, promovendo a credibilidade, segurança em relação às conclusões da revisão utilizada (COSCRATO, PINA, MELLO, 2010). Esse método tem como objetivo reunir e sintetizar os resultados de estudos delimitando uma determinada delimitado questão ou tema, de forma ordenada e sistemática, auxiliando assim se aprofundar o conhecimento sobre o tema em investigação (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2008, p.759).

Buscando assim responder as questões norteadoras iniciais da pesquisa: qual é o benefício versus malefício para o tratamento da ansiedade com medicamentos de uso controlado? A ansiedade pode ser tratada tanto com medicamentos de uso controlado quanto com fitoterápicos? Quando comparado indivíduos diagnosticados com o mesmo tipo de transtorno de ansiedade, sendo que um faz uso de medicamentos controlados e outro indivíduo utiliza medicamentos fitoterápicos, qual a qualidade de vida destes, em relação aos efeitos colaterais? Medicamentos fitoterápicos podem tratar os transtornos de ansiedade? Foram definidos na busca quatro critérios de inclusão: “antidepressivos”, “transtorno de ansiedade”, “ansiolíticos e filantrópicos”.

A seleção do material para amostragem da literatura, foi através do critério de inclusão de artigos originais ou resumo publicados em português, inglês e espanhol entre o período de 2015 até 2023, em bases de dados, a saber: Scienfic Electronic Library Online (SciELO), PubMed, Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medline. Os critérios de exclusão foram artigos publicados anteriores a 2015, textos incompletos e artigos que não estivessem disponíveis na íntegra on-line e artigos que abordam outros tipos de tratamento para ansiedade.

A categorização do texto final, foi construída e sintetizada por: título, objetivo do estudo, autores, ano e revista e principais resultados. Sendo, que para fase de interpretação e síntese do levantamento de dados que geraram os resultados, seguiu-se a leitura comparativa entre as pesquisas e/ou artigos, analisando suas similaridades e realizando o agrupamento 

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

No levantamento bibliográfico inicial foram obtidos 98 artigos, sendo 36 Scienfic Electronic Library Online (SciELO), 23 PubMed, 22 Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e 18 da Medline. Depois da leitura de títulos e resumos, 44 trabalhos foram selecionados para a próxima etapa e destes 51 foram excluídos por não responderem o objetivo do estudo. Sendo assim, 46 trabalhos foram realizados a leitura na integra, onde 24 responderam ao objetivo da pesquisa e foram incluídos na amostra final da revisão.

Em relação aos anos de publicação dos trabalhos incluídos na revisão, foram escolhidos aqueles entre o período de 2015 a 2023. No quadro 1 dispõe dos artigos escolhidos para o estudo relacionados as pesquisas com os ansiolíticos, nela contém as principais informações dos mesmos, como respectivamente o título do artigo, e autor (es), ano, revista de publicação, objetivo do trabalho, método e principais resultados, sendo escolhido 07 para compor os resultados sobre esse fármaco.

Quadro 1. Síntese dos estudos selecionados sobre os ansiolíticos

ArtigoAutores Ano RevistaObjetivo do EstudoMétodoPrincipais Resultados  
A1Bases fisiológicas e medicamentos do transtorno da ansiedade.LIMA et al.   2020. Research, Society and DevelopmentDiscutir as bases neurofisiológicas envolvidas no transtorno da ansiedade e mecanismos de ação dos tratamentos usados.Revisão NarrativaO tratamento medicamentoso dos sintomas por completo ainda permanece desconhecida, além disso, alguns medicamentos utilizados podem acarretar efeitos adversos graves. Assim sendo, é necessário o desenvolvimento de futuros estudos e aplicações de fontes naturais para o tratamento desse transtorno.
 A2Benzodiazepínicos: uma revisão sistemáticaMENEZES, TRISTÃO 2019 RVq. Revista Virtual de Química.Revisar sistematicamente os aspectos clínicos dos benzodiazepínicosRevisão SistemáticaO uso prolongado de BZDs está relacionado a múltiplos efeitos adversos, sedação, amnésia, deterioração cognitiva, além de ocasionar um maior número de quedas. Acrescenta-se ainda o surgimento de dependência psicológica nos pacientes crônicos de BZDs. Além disso, o uso indevido e/ou prolongado desses fármacos, acarretam problemas de tolerância, dependência.
 A3Intoxicação medicamentosa por benzodiazepínicos.MORA MARQUES et al., 2021   Revista Científica UnilagoMostrar a importância dos profissionais capacitados na orientação aos pacientes, minimizando efeitos indesejáveis e tóxicos.                  Revisão da LiteraturaOs principais efeitos terapêuticos dos BZDs são redução da ansiedade, da agitação e indução ao sono. Como efeitos adversos se demonstram tontura, sonolência, fadiga, amnésia anterógrada e falta de coordenação motora. Os riscos decorrentes da interação de BZDs com cimetidina, dissulfiram, isoniazida, anticoncepcional oral e omeprazol, demonstram um aumento dos BZDs na concentração plasmática que podem resultar em um maior efeito sedativo e depressão do sistema respiratório. As principais intoxicações decorrentes do uso incorreto dos BZDs podem ser evidenciadas por déficits cognitivos, alterações motoras e sedação excessiva.
 A4Uso de ansiolíticos e antidepressivos por acadêmicos da área da saúde: uma revisão bibliográficaNERI, TESTON, ARAÚJO 2020 Brazilian Journal of Development.  Compreender o que leva os acadêmicos a fazerem uso de medicamentos para controle da ansiedade e depressão.    Revisão BibliográficaO consumo de ansiolíticos e antidepressivos por acadêmicos vem sendo cada vez mais comum, principalmente na área da saúde que gera um desgaste maior dos estudantes, visto que seu material de estudo são vidas humanas. Os alunos passam por situações de ansiedade e depressão e passam a usar fármacos, porém, se tiver conhecimento desses transtornos desde o início do curso, poderá reconhecer em si os sintomas e buscar alternativas que venha a prevenir seu agravo. É importante o apoio das instituições, profissionais e docentes em estratégias para amenizar o sofrimento psicológico dos acadêmicos.
   A5Uma abordagem ao uso indiscriminado de medicamentos Benzodiazepínicos.  SILVA,  FERNANDES, JÚNIOR. 2018 Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio AmbienteBuscar na literatura científica, informações sobre as principais consequências do uso indiscriminado destes medicamentos.                Revisão da LiteraturaOs BZD estão entre os medicamentos mais consumidos no mundo, e constituem um grupo farmacológico eficiente no combate a distúrbios do sono e controle de ansiedade, no entanto, podem ocasionar sérios riscos à saúde, quando não consumidos de forma responsável. O uso destas substâncias sem o devido acompanhamento de profissional competente pode acarretar uma série de agravos à saúde, dentre eles:  tolerância, dependência, interações medicamentosas, intoxicações, além de ser fator de risco e porta de entrada ao uso de outras drogas. O uso indiscriminado de medicamentos, dentre eles os BZD, constitui um fenômeno social que evidencia um grave problema de saúde pública, sendo possível observar, com base em projeções, que este consumo será cada vez maior com o passar do tempo.
 A6Uso de ansiolíticos: abuso ou necessidade?FÁVERO, SATO, SANTIAGO     2017   Visão Acadêmica.Analisar as indicações clínicas dos ansiolíticos em uma farmácia de dispensação, identificando o tempo de uso, a especialidade médica do prescritor e os medicamentos ansiolíticos mais vendidos.        Pesquisa de Campo.  O fármaco, na maioria dos casos foi indicado pelo médico clínico geral, psiquiatra ou neurologista. No entanto, o acesso aos ansiolíticos ocorreu também através de familiares ou amigos, sem prescrição médica. Quanto ao motivo do uso da medicação, destacaram-se a ansiedade, a depressão e a insônia. Em se tratando da frequência do seu uso, a maioria relatou consumi-las diariamente; porém alguns só o fazem esporadicamente. Apenas três pacientes relataram ter apresentado reações adversas. Constatou-se que muitos pacientes ao tentar interromper o seu uso, apresentaram sintomas de abstinência. Concluiu-se que o uso de ansiolíticos na maioria das vezes ocorre de forma irracional.
 A7O uso abusivo de benzodiazepínicos em pacientes adultosNASCIMENTO et al.,   2022   Research, Society and Developmentidentificar os efeitos do uso abusivo de benzodiazepínicos por pessoas adultas.Revisão Integrativa da LiteraturaUso indiscriminado é só uma parcela da problemática que tem causas multifatoriais e variáveis que podem contribuir negativamente para saúde do paciente que usa os benzodiazepínicos. A população feminina a mais afetada, pois em mais de um estudo o relato de uso indiscriminado e a dependência estava relacionado a mulheres principalmente na faixa de 40 anos. As causas que levam a utilização dos benzodiazepínicos vão desde à prescrição para o tratamento de patologias de cunho psíquicas a ao uso de maneira indevida atrelada a automedicação devido a problemas pessoais e do sono. O uso indiscriminado tem como principais fatores que corroboram sua ocorrência a dispensação desacompanhadas, faltas de orientação e prescrições compulsórias. O uso por mais de 4 semanas acentua os riscos de dependência e ocorrência de efeitos adversos.

Fonte: Segundo dados de pesquisa, 2023.

Os estudos apresentados mostraram que, devido ao elevado número de casos de transtorno de ansiedade no Brasil, há um grande consumo de fármacos antidepressivos e ansiolíticos. Dentre esses, os benzodiazepínicos são os medicamentos mais usados para o tratamento de transtornos de ansiedade (MORA MARQUES, 2021).

Os estudos A1, A2 e A5, apresentaram que esta classe de medicamentos substituiu os barbitúricos e o meprobamato por serem considerados mais seguros e eficazes. Entre os benzodiazepínicos mais utilizados estão o diazepam, midazolam e alprazolam. Apesar de serem utilizados com frequência, ainda assim não são os de melhor escolha no tratamento contra ansiedade, pois são considerados calmantes, que agem no sistema nervoso central controlando a ansiedade, mas seus efeitos colaterais podem causar prejuízo à saúde, sendo sempre necessário acompanhamento médico (NERI, TESTON E ARAÚJO, 2020). 

O estudo A1, A2 e A5 apresentaram que estes fármacos sejam utilizados para transtornos de ansiedade grave, descartando seu uso ao longo da vida. Pois estes fármacos possuem uma dependência alta e é recomendável seu uso por curto período de tempo (SILVA; FERNANDES; JÚNIOR, 2018). Eles possuem mecanismo de ação que gera a perda do tono e dos reflexos musculares, ou seja, são miorrelaxantes e são anticonvulsivantes.

Nos estudos A3, A4, A5 existem uma preocupação muito grande em relação ao uso dos benzodiazepínicos que é devido ao seu potencial para o abuso após 4 a 6 semanas de uso de BZD, e é comum levar os pacientes a desenvolverem tolerância, abstinência e a dependência química. E os estudos A3, A5, A7 destacaram que pode ocorrer overdose devido ao abuso desses medicamentos (NASCIMENTO et al., 2022).

Podemos destacar que segundo os estudos A1, A2 e A3, estes fármacos geralmente são prescritos no tratamento de quadros agudos de ansiedade, transtornos de humor, insônia, e que por mais que sejam indicados em baixas dosagens, quando utilizado por períodos prolongados, o benzodiazepínico leva ao aparecimento de efeitos adversos que podem ser descritos como: vertigem, sonolência, confusão mental, cansaço, ansiedade, letargia, dores de cabeça, hipotensão postural, amnesia retrógrada, ataxia, acidentes, tolerância, dependência e um expressivo aumento nas quedas e dificuldades de coordenação motora (LIMA, 2020).

O estudo A4 demonstrou que, o uso dos ansiolíticos por acadêmicos na área da saúde, e reitera que os benzodiazepínicos são lipofílicos, de ação rápida, e após administração oral, são absorvidos rapidamente e distribuídos no organismo e Sistema Nervoso Central (SNC) (NERI; TESTON; ARAÚJO, 2020).

Todos os artigos salientam que, os efeitos adversos mais frequentes são sedação e confusão, quando administrados em doses mais elevadas pode se perder a coordenação motora impossibilitando a realização de atividades rotineiras como dirigir automóvel. Dentre os benzodiazepínicos, o Triazolam tem demonstrado possuir um rápido desenvolvimento de tolerância, provocam insônia na madrugada, ansiedade no decorrer do dia, além de amnésia e confusão (MORA MARQUES, 2021) Os estudos ainda mostram que entre os principais efeitos desse grupo de fármacos estão a redução da ansiedade, relaxamento muscular, sedação e efeito anticonvulsivante (FÁVERO; SATO; SANTIAGO, 2017).

No quadro 02 dispõe os artigos escolhidos para o estudo relacionados as pesquisas com os antidepressivos, sendo 06 estudos que compõe a revisão integrativa.

Quadro 2. Síntese dos estudos selecionados sobre os antidepressivos

ArtigoAutores Ano RevistaObjetivo do EstudoMétodoPrincipais Resultados  
        A8O uso de antidepressivos e sua possível influência na manifestação de comportamento suicida  SANTOS, PAULA, CARVALHO   2020   Revista JRG de Estudos AcadêmicosInvestigar, por meio de um estudo bibliográfico, a possível relação que há entre o uso de antidepressivos e a manifestação de ideações suicidas.Estudo BibliográficoAntidepressivos são medicamentos utilizados para auxiliar na saúde emocional de pacientes mentalmente deprimidos, para leva-los a um estado mental melhor, reduzindo a intensidade dos sintomas. No entanto, em estudos realizados com pacientes que fazem uso destes medicamentos, observou-se uma elevação no risco de ideação suicida, tentativas de suicídio e autolesões não fatais. Apesar de existirem estudos que evidenciem este risco, existem estudos que comprovam a real eficácia desta classe de medicamentos no tratamento da depressão.
      A9Uso de Antidepressivos em Adolescentes: uma Revisão Sistemática da Literatura  VALADARES, ROSA, PRETO   2022   REVISTA CEREUS.Realizar uma revisão sistemática sobre o uso de antidepressivos em adolescentes.   Revisão Sistêmica de Literatura com método PRISMAEntende-se que a terapia farmacológica deve ser baseada na sintomatologia de cada paciente, por isso, nos diferentes estudos descritos no decorrer da pesquisa houve discrepância entre os fármacos prescritos para o tratamento dos pacientes, afinal, o transtorno ocorre de diferentes formas a depender de cada indivíduo, pois os mesmos decorrem da influência de fatores externos e internos.
        A10Os efeitos dos antidepressivos no organismo. SOUZA et al.   2015.   UNILUS Ensino e Pesquisa.Compreender quais os efeitos dos antidepressivos no organismo.     Um dos problemas mais frequentes associados ao uso desses inibidores é aparecimento de síndrome de abstinência, quando sua administração é interrompida abruptamente. Síndrome de abstinência é definida como “um conjunto de sinais e sintomas de instalação e duração previsíveis, que envolve sintomas psicológicos e orgânicos previamente ausentes à suspensão da droga e que desaparecem depois que ela foi reiniciada”. Quanto mais rapidamente a pessoa parar de tomar o medicamento após o início do tratamento, é mais provável que ela sofra com essa síndrome, para que o paciente não sofra com isso, a dose de medicamento deve ser diminuída gradativamente.
          A11Antidepressivos dispensados nos centros de atenção psicossocial do recôncavo baiano que apresentam efeitos sexuais.LIMA et al., 2020 Revista Brasileira de Saúde FuncionalInvestigar a presença de fármacos antidepressivos que são dispensados nos Centros de Atenção Psicossocial de cidades do Recôncavo Baiano e relacionar aos respectivos efeitos colaterais sexuais que a literatura apresentaEstudo de Caso Transversal Descritivo.A maior presença de medicamentos antidepressivos disponíveis para dispensação nos Centros de Atenção Psicossocial estudados são, exatamente, os fármacos que a literatura aponta com os maiores índices de disfunção sexual. Bupropiona, trazodona e mirtazapina são apontados na literatura com menores índices de disfunção sexual e abandono do tratamento e estão entre os fármacos menos presentes nos Centros de Atenção Psicossocial do Recôncavo Baiano. 
         A12Uso de antidepressivos e percepção de saúde entre adultos de 40 anos ou mais: estudo longitudinalMENOLLI, et al., 2020   Rev. Colomb. Cienc. Quím. Farm.,Verificar a relação entre o uso de antidepressivos e a autopercepção de saúde em população de 40 anos ou mais.Estudo de Caso longitudinal, de base populacional.A prevalência do uso de antidepressivos foi 17,6% em 4 anos. O uso de antidepressivos esteve associado à autopercepção negativa da saúde para os indivíduos que estavam em uso somente no ano de 2015 na população geral (RP 1,082; IC 95% 1,004-1,166). Não foi verificada relação entre uso antidepressivos e autopercepção da saúde, salvo para os que utilizavam antidepressivos apenas em 2015.
           A13Adesão ao tratamento medicamentoso por pessoas com transtorno de ansiedadeSOUSA, VEDANA, MIASSO 2016   Cogitare Enfermagem.Verificar os fatores relacionados à adesão de pessoas com transtorno de ansiedade quanto à farmacoterapia prescrita.Estudo de Caso quantitativo, transversal, descritivo.A maioria dos participantes foi considerada aderente aos medicamentos. Não foram evidenciadas diferenças estatisticamente significativas entre a adesão e as variáveis investigadas. Destaca-se a alta porcentagem de participantes em uso prolongado de benzodiazepínicos, com ansiedade moderada e severa apesar da adesão aos medicamentos e que desconheciam a dose dos medicamentos prescritos. Este estudo aponta elementos que interferem na segurança do tratamento farmacológico da pessoa com transtorno de ansiedade e que são passíveis de intervenção, contribuindo para a otimização do seu tratamento.

Fonte: Segundo dados de pesquisa, 2023.

Conforme, os estudos apresentados no quadro 02 dessa revisão integrativa da literatura, apontam que os antidepressivos são medicamentos responsáveis pela elevação do humor nos pacientes. Quando ministrados, com grupos farmacologicamente diferentes apresentam benefícios por meio da produção de efeitos funcionais distintos.

Na atualidade, existem no mercado farmacêutico vários tipos de antidepressivos usados para auxiliar na melhora do estado mental de pacientes deprimidos, minimizando a intensidade dos sintomas. Segundo as pesquisas A8 e A10 mostram que esses fármacos melhoram a psicomotricidade e o humor de forma plena, por ser estimulante do tônus psíquico elevando a biodisponibilidade de neurotransmissores no SNC, como adopamina (DA), noradrenalina ou norepinefrina (NE) e serotonina (5-HT) em conjunto com elevando sua sensibilidade e diminuindo o número de neuroreceptores (SANTOS; PAULA; CARVALHO, 2020).

As pesquisas apresentam que, no início do tratamento, é preciso ser levado em consideração aspectos como, as características da depressão, interações medicamentosas, efeitos secundários, custo, entre outras, para a decisão de qual antidepressivo deve ser utilizado com o paciente. Já os trabalhos A8, A11, A13 os antidepressivos de primeira geração são os ADT’s e os IMAO’s e de segunda geração estão incluídos os ISRS’s os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRN’s). Existe também outro grupo de outros antidepressivos atípicos, entre eles tem destaque a mirtazapina e a bupropiona (LIMA et al., 2020). Os estudos A8, A10, A11, A13, mostram que os antidepressivos denominados de segunda geração (por exemplo, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina ou os inibidores seletivos da recaptação da serotonina-norepinefrina) são os fármacos mais recomendados como tratamento inicial (SOUSA; VEDANA; MIASSO, 2016).

O trabalho A12, demonstra que, não ocorre uma influência de maneira considerável dos antidepressivos no organismo normal em seu estado basal, apenas corrigem condições anômalas. Em indivíduos normais não provocam efeitos estimulantes ou euforizantes como as anfetaminas (MENOLLI et al., 2020). Estes medicamentos antidepressivo, apresentam um atraso no surgimento dos efeitos clínicos e terapêuticos favoráveis tornem aparentes, para eles se manifestam “após uma longa latência. Dependendo do antidepressivo, passam-se dias ou até mesmo 1 a 3 semanas antes de melhoras objetivas ou subjetivas serem observadas”. Necessitando que os profissionais da saúde trabalhem com o paciente antes de iniciar o tratamento, sobre a importância de respeitar o tempo que demora para surgir os efeitos dos antidepressivos e a importância de aderir a essa terapêutica (LIMA et al., 2020).

O trabalho A9, A10, A12 e A13 demonstram que a duração do período agudo do tratamento com antidepressivo gera em entorno de 06 a 10 semanas e tem como finalidade de remissão dos sintomas.  Sendo apontado nesses estudos que, período de continuação do tratamento tem duração de 04 a 09 meses depois do período de remissão ou quando se pretende acabar com algum resquício dos sintomas residuais que, ainda possam existir ou prevenir possível recaída do paciente (SANTOS; PAULA; CARVALHO, 2020). E, o período de manutenção tem duração de 12 a 36 e seis meses e tem como objetivo prevenir a recorrência de um novo episódio de depressão ou ansiedade (MENOLLI et al., 2020).

O trabalho A9 mostrou que, as pesquisas apresentam discrepância entre os fármacos prescritos para o tratamento dos pacientes, pois o transtorno de ansiedade pode ocorrer de diferentes formas a depender de cada indivíduo, pois os mesmos decorrem da influência de fatores externos e internos (VALADARES; ROSA; PRETO, 2022).

Os estudos apresentados no quadro 02, apontaram que ainda não é bem conhecido o mecanismo de ação dos principais antidepressivos atípicos mais utilizados nas terapias. Entre estes fármacos, o mecanismo de ação da bupropiona possui relação com o bloqueio da recaptação da dopamina e com leve recaptação de NA e 5- HT (inibidor da recaptação da noradrenalina e dopamina – NDRI). Entre os principais efeitos secundários estão as náuseas, insônia, cefaleias e irritabilidade (SOUZA et al., 2015).

Os antidepressivos como reboxetina e atomoxina atuam inibindo de maneira seletiva os transportadores de recaptação de noradrenalina (NET) que, estão situados nas membranas pré-sinápticas nos terminais noradrenérgicos, elevando os níveis de noradrenalina no interior das fendas sinápticas (SOUSA; VEDANA; MIASSO, 2016). No entanto, alguns estudos como o A8, A9 e A13 sugerem que esses antidepressivos têm menor eficácia que outros. Além disso, eles causam alguns efeitos adversos como: náusea, agitação, perda de apetite, tontura, boca seca, sedação, insônia, fadiga, sudorese, constipação, palpitações e hipertensão (VALADARES; ROSA; PRETO, 2022)

Os antagonistas dos receptores 5-HT2 incluem a trazodona e nefazedona, que se apresentam como um dos principais efeitos farmacológicos o antagonismo dos receptores pós-sináptico 5HT2A/C, além de bloquear em algum grau a recaptação da serotonina. Seus efeitos colaterais são anorexia, náuseas, insônia, perda da libido e frigidez.  Alguns desses efeitos adversos, são devido ao aumento da estimulação dos receptores 5-HT pós-sinápticos, resultantes desses fármacos elevar os níveis extracelulares de 5-HT (SCHATZBERG; DEBATTISTA, 2016).

Outro grupo de fármacos são os inibidores da recaptação da serotonina-noradrenalina (IRSN), sendo os mais usados a venlafaxina e duloxetina, que apresentaram efeito positivo no tratamento de ansiedade, mas com menos tolerância que os ISRS. Sendo seus efeitos mais comuns são dores de cabeça, insônia, disfunção sexual, tontura, boca seca e sudorese (BANDELOW; MICHAELIS; WEDEKIND, 2017). Sem contar que o tratamento está relacionado ao risco de desenvolver disfunção hepática e gerar um aumento da pressão arterial (CALIXTO, 2021). Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), são mais toleráveis e eficientes que os ansiolíticos, em um grande número de transtornos psiquiátricos, como a ansiedade, depressão e transtorno alimentares (LIMA et al., 2020).  

Quadro 03 vem apresentar os estudos voltadas ao uso de fitoterápicos no tratamento da ansiedade, sendo 11 pesquisas selecionadas para compor essa etapa da revisão integrativa.

Quadro 3. Síntese dos estudos selecionados sobre os fitoterápicos

ArtigoAutores Ano RevistaObjetivo do EstudoMétodoPrincipais Resultados  
A14Aspectos farmacológicos da Matricaria Recutita (Camomila) no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada e sintomas depressivos.LIMA, LIMA FILHO, OLIVEIRA 2019. Visão Acadêmica  Estudar acerca dos benefícios e da abordagem fitoterapêutica com a Matricaria recutita (camomila) para o TTO do TAG e na redução dos sintomas depressivos e discorrer sobre suas propriedadesRevisão Sistêmica de LiteraturaO extrato de camomila produziu uma redução clinicamente significativa em pacientes com TAG moderado a grave e com sintomas depressivos, eficaz sobretudo por sua baixa toxicidade e boa tolerabilidade. O que representa importante característica para produção de fitoterápico, de forma a abranger seu uso para além do empirismo empregado pela cultura popular, o que proporcionaria maior aproveitamento de suas propriedades farmacológicas.
 A15Aplicações terapêuticas do Hypericum perforatum (erva-de-são-joão) no tratamento da ansiedade e depressão: Revisão Integrativa. CHAGAS et al.     2023 Faculdade de Medicina de OlindaAvaliar os benefícios e riscos dos fitoterápicos contendo Hypericum perforatum. no tratamento da ansiedade e depressão.    Revisão Integrativa. Evidências de ensaios clínicos randomizados confirmaram a eficácia dos extratos de Hypericum Perforatu. em relação ao placebo no tratamento da depressão leve a moderadamente grave. Outros estudos randomizados controlados forneceram algumas evidências de que os extratos da planta são tão eficazes quanto alguns antidepressivos convencionais na ansiedade e depressão leve a moderada.
 A16Utilização de Passiflora incarnata tratamento da ansiedade.LOPES, TIYO, ARANTES   2017 Revista UNINGÁConhecer sobre espécie Passiflora incarnata Linné, com a identificação botânica, conhecimento dos aspectos farmacológicos, com a utilização nos transtornos de ansiedade.Revisão BibliográficaA Passiflora tem grande utilização no tratamento da ansiedade, por apresentar ação ansiolítica, agindo como depressor inespecífico do sistema nervoso central. Pode-se encontrar como constituintes da Passiflora alcalóides, flavonóides, glicosídeos cianogênicos, fração de esteroides e saponinas.
A17Plantas medicinais no tratamento da ansiedade e da depressão: uma revisão de dados científicos.BAUMGARTEN   2021 Universidade Federal de Santa Catarina  Apresentar breve definição de ansiedade e depressão e revisar a literatura científica sobre plantas medicinais utilizadas para o tratamento da ansiedade e depressão.Revisão da Literatura CientíficaEstudos com plantas medicinais mostram que estas espécies atuam por mecanismos de ação semelhantes aos de medicamentos de síntese usados na clínica médica. O uso das plantas medicinais e fitoterápicos nos transtornos do sistema nervoso central mostra resultados positivos no tratamento da depressão, ansiedade e insônia, com a vantagem de produzirem menos efeitos adversos comparados aos fármacos comercializados.
 A18Kava-Kava e seus benefícios no tratamento da ansiedade: uma revisão integrativa.JUVINO et al., 2018 Anais III CONBRACIS  Fazer uma pesquisa bibliográfica acerca da eficácia desta planta e os fitoterápicos dela produzidos para ansiedade. Revisão IntegrativaConstatou-se que a Piper methysticum é uma das espécies com o maior número de estudos envolvendo pacientes com transtornos de ansiedade, e os estudos analisados têm demonstrado a sua eficácia. A partir da análise dos achados é possível concluir que o uso da kava-kava é uma terapêutica eficaz e promissora no tratamento da ansiedade.
A19Maracujá (passiflora incarnata): tratamento alternativo do transtorno da ansiedade.CHAVES et al.   2018   Mostra Científica da Farmácia    Apresentar que a planta Passifflora incarnata é uma alternativa terapêutica no tratamento de transtornos da ansiedade.Revisão de LiteraturaApós o levantamento de dados sobre a ação terapêutica da Passiflora incarnata verificou-se que pode ser uma alternativa para o tratamento da ansiedade, porém com menos efeitos adversos não ocasionando dependência como os medicamentos sintéticos. A fitoterapia é uma alternativa segura e eficaz para o tratamento de várias doenças trazendo um grande desafio, tanto para o profissional da área da saúde quanto para o paciente que irá fazer uso.
   A20Novas alternativas terapêuticas para o tratamento da ansiedade: uma revisão integrativa.SILVA   2022     Faculdade de Enfermagem Nova Esperança de Mossoró – FACENE/RN  Realizar uma revisão integrativa sobre novas alternativas terapêuticas para o tratamento da ansiedade, abordando além dos tratamentos clássicos a inserção das práticas integrativas e complementares, em especial a Fitoterapia.Revisão Integrativa  Entre as muitas plantas medicinais utilizadas para o tratamento da ansiedade, algumas espécies se destacam, como: Valeriana officinalis, Piper methysticum, Matricaria recutita, Passiflora edulis e Melissa officinalis. Porém, Valeriana officinalis e Passiflora edulis foram as espécies mais citadas como alternativas eficazes e seguras segundo os estudos analisado. Desse modo, os fitoterápicos têm ação efetiva, com poucos efeitos adversos, e com baixo custo, o que possibilita os pacientes a continuidade em seu tratamento.
 A21Avaliação do perfil de produção de fitoterápicos para o tratamento de ansiedade e depressão pelas indústrias farmacêuticas brasileiras.SILVA et al.    2020   Brazilian Journal of Development.  Avaliar o perfil de produção de fitoterápicos para o tratamento de ansiedade e depressão pelas indústrias farmacêuticas brasileiraEstudo de Caso sobre as indústrias farmacêuticas associadas ao SINDUSFARMA (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos)  As indústrias farmacêuticas brasileiras que fitoterápicos voltados para ansiedade e depressão estão alinhadas com os achados na revisão de literatura. O Brasil é um país com uma biodiversidade muito rica, entretanto possui uma parcela tão pequena na produção de insumos ativos para as indústrias de fitoterápicos, assim como na produção de medicamentos fitoterápicos.
 A22O Piper Methysticum G.  Forster, conhecido popularmente como Kava-Kava, na luta contra ansiedade.NETTO et al.,   2022   Brazilian Journal of Case Reports.    Avaliar o perfil do fitoterápico Piper Methysticum G. Forster, conhecido popularmente como Kava-Kava para o tratamento de ansiedade e descrever os aspectos gerais de Kava-Kava e suas terapêuticas.    Revisão BibliográficaOs medicamentos fitoterápicos na terapia medicamentosa contra transtornos de ansiedade, quando usados em doses adequadas e prescrita pelos profissionais da saúde, em especial a Piper Methysticum G. Forster (Kava-Kava), se mostrando bastante promissora, implicando em uma ausência de frequência e intensidade dos efeitos colaterais típicos de outros fármacos, como os benzodiazepínicos. Desta forma, adesão ao tratamento e a diminuição de malefícios, trazem impacto positivo não somente no que tange ao aspecto individual dos pacientes, mas também no social, de maneira bem abrangente.
A23Aplicação de plantas medicinais no tratamento da ansiedade: uma revisão da literatura    SILVA SANTOS, SILVA, VASCONCELOS     2021   Brazilian Journal of DevelopmentMostrar as alternativas aos medicamentos alopáticos como a última alternativa e que as práticas integrativas trazem benefícios para a saúdeRevisão da literatura Foi analisado quatro plantas, sendo elas:   hortelã (Mentha), Ervacidreira (Melissa   Officinales), Maracujá (Passiflora incarnata), Valeriana (Valeriana officinalis). Trazendo investigações sobre sua eficácia clínica, propriedades químicas, seus benefícios e suas características botânicas e farmacológicas. Foi observado a dificuldade de encontrar estudos comprobatórios que evidenciem e mostrem à eficácia de cada espécie não apenas com sabedoria popular, mas, sim com estudos seja placebo ou pesquisas de seus componentes químicos na literatura mais recente.
A24Efeitos farmacológicos do fitoterápico valeriana no tratamento da ansiedade e no distúrbio do sonoRODRIGUES et al.,   2021   Brazilian Journal of Development    Descrever os efeitos farmacológicos do fitoterápico Valeriana Officinalis L.  no tratamento da ansiedade e no distúrbio do sono através de terapias adicionais e contributivas, avaliando sua eficácia e possíveis reações adversas.Revisão BibliográficaOs fitoterápicos ocupam um maior espaço no mercado em virtude do desenvolvimento de novos medicamentos sintéticos estar se tornando cada vez mais difícil e oneroso. Os fitoterápicos têm se tornadas boas alternativas para tratamento que envolve doenças do SNC, pois possuem menos efeitos adversos e não causam dependências químicas, sendo uma excelente escolha para uso em pacientes com transtornos de insônia e ansiedade.

Fonte: Segundo dados de pesquisa, 2023.

As plantas medicinais, têm um enorme potencial para a produção de novos fármacos, os fitoterápicos, produtos estes que se obtém da matéria-prima ativa vegetal, em exceção as substâncias isoladas, quando esse ativo é oriundo de uma única espécie vegetal para uso medicinal, ou composto, quando o ativo é oriundo de mais que uma espécie vegetal, segundo a Resolução do RDC nº 26 (13/05/2014) (BRASIL, 2016a).

Dos estudos analisados o A17, A20, A21 e A23 apresentam que no Brasil, a Agência Nacional de vigilância Sanitária (ANVISA) apresenta uma lista com dez medicamentos fitoterápicos a base de plantas medicinas estudadas que servem para aliviar ansiedade e insônia leve, sendo elas: Citrusaurantium L. (laranja amarga), Alpiniazerumbet (colônia), Crataegus, Cymbopogoncitratus (capimlimão), Erythrina mulungu B, Lavandula angustifólia (alfazema, lavanda), Lippia alba (erva-cidreira de arbusto), Melissa officinalis L., Passiflora incarnata L. (maracujá), Valeriana officinalis L. (bom indutor do sono) (BAUMGARTEN et al., 2021).

No Brasil, existe uma variedade muito grande de espécies de plantas medicinais utilizadas para o tratamento de diversas disfunções do SNC. Conforme a ANVISA, existe no país aproximadamente 146 plantas usadas para o tratamento de transtornos de humor, 80 fitoterápicos simples e 66 compostos de ervas. Os estudos A17 e A21 demonstraram que consumir fitoterápicos para uso terapêutico é uma prática muito antiga realizada pela maioria das pessoas em todo mundo, sendo as plantas medicinais amplamente utilizadas e conhecidas por desempenhar um papel importante na terapia e intervenção de algumas doenças. Em certas comunidades, as plantas são a única forma de tratamento de enfermidades (SILVA et al., 2020).

Os estudos apresentados no quadro 03, mostram que ocorreram uma crescente procura, nos últimos anos, por métodos alternativos para tratar ou curar os principais sintomas ocasionados pela ansiedade, dentre os métodos alternativos está o uso de medicamentos fitoterápicos. Entre os fitoterápicos mais usados no tratamento da ansiedade estão a Camomila, Kava -Kava, passiflora incarnata e Hypericum perforatum (erva de são joão).

O estudo A14 apresenta que a Camomila ou Matricaria recutita apresenta resultados satisfatórios no tratamento de ansiedade e na diminuição de sintomas depressivos, com quase nenhum efeito colateral. E que o extrato de Matricaria recutita apresenta resultados clinicamente significativos na redução dos sintomas de ansiedade em pacientes com transtornos de ansiedade moderado (LOPES; TIYO; ARANTES, 2017).

Os estudos A16, A19 e A13 demonstram que os medicamentos fitoterápicos são benéficos e confiáveis para a saúde de maneira geral, e produzem bons resultados.  A passiflora incarnata que faz parte da família do maracujá, possui importantes efeitos farmacológicos e estudos demonstram atividade terapêutica eficaz no manejo da ansiedade (SILVA SANTOS; SILVA; VASCONCELOS, 2021). E ainda, a pesquisa A19 mostra que para que ocorram resultados positivos, o tratamento com plantas medicinais é de longa duração, principalmente em casos de ansiedade patológica (CHAVES et al., 2018). Sabe-se que, nem sempre os pacientes com transtornos de ansiedade, conseguem se adaptar aos ansiolíticos devido aos efeitos adversos que eles ocasionam no organismo e isso leva a desistência do tratamento (SILVA, 2022).

Outro medicamento fitoterápico segundo o estudo A23 e A24 é a Valeriana Officinalis, a qual é muito comum ser usada em situações que o paciente apresenta episódios de insônia, uma vez que essa planta tem um princípio ativo com propriedades sedativa, ansiolítica e hipnótica (RODRIGUES et al., 2021). Valeriana Officinalis, possui ação eficaz em casos de leves desequilíbrios do sistema nervoso, através do aumento na concentração de GABA na fenda simpática logo após sua administração, além de ser uma excelente relaxante muscular, anticonvulsivante e hipnótica (SILVA SANTOS, SILVA, VASCONCELOS, 2021). 

Os estudos A17, A20 e A23 Valeriana Officinalis e a P. Incarnata são os fitoterápicos mais usados nos tratamentos de ansiedade e insônia, estudos demonstram o excelente resultado desse filantrópico, nos tratamentos de ansiedade (Silva, 2022). Estudo A24 Valeriana Officinalis é encontrada no campo farmacêutica, em forma de comprimidos ou cápsulas nas concentrações de 300 a 1000mg. Este fitoterápico é eficaz contra ansiedade, leves desequilíbrios do sistema nervoso e angústia, e não apresenta contraindicações, devido a isso é muito usada como primeira escolha por pacientes com ansiedade que não querem fazer uso de ansiolíticos devido aos seus efeitos colaterais (CORREA et al., 2022).

Os estudos A18 e A22 apontam que a fitoterápica conhecida como kava-kava (piper methysticum) é indicada no tratamento de ansiedade e para insônia. Sua ação é calmante, atuando sobre os distúrbios nervosos como cansaço ou estresse. Sua composição química contém inúmeras substâncias (JUVINO et al., 2018), entre elas estão açúcares, bornil-cinamato, estigmasterol, taninos, ácido benzóico, ácido cinâmico, tetrahidroiangoninas, flavocavaínas, mucilagens, α-pirona e alguns tipos de sais minerais, sendo o potássio, o principal deles. As α-pirona caracterizadas como cavapironas ou cavalactonas são as principais constituintes responsáveis pela sua atividade farmacológica (NETTO, et al., 2022).

Os estudos A20 e A21 também apontam que a Kava- Kava é uma planta segura, pois, seu uso não leva a dependência química e é um ansiolítico efetivo no tratamento da ansiedade. Estudos comprovaram que a kava-kava possui inúmeros efeitos sobre o SNC, entre eles, podemos citar atividades ansiolíticas, sedativas, anticonvulsivantes, anestésica local, espasmolítica e analgésica (JUVINO et al., 2018). Sendo uma de suas principais vantagens da ação ansiolítica é que a Kava-Kava não produz os efeitos adversos dos benzodiazepínicos, como danos as funções cognitivas, redução da coordenação motora e sonolência (SILVA SANTOS, SILVA, VASCONCELOS, 2021).

O estudo A15 demonstra que entre as muitas plantas com alto potencial medicinal, Hypericum perforatum L. (HP), também conhecida como erva-de-São-João, se destacando os extratos orgânicos e aquosos de HP que vem sendo muito usado no tratamento de diversas doenças na medicina popular, depressão unipolar leve, moderada e no transtorno de ansiedade (CHAGAS et al., 2023).

No estudo A17 hipérico ou hipericão como também é conhecida, tem recebido muita atenção nos últimos anos, pois inúmeros ensaios clínicos apresentaram sua eficácia para auxiliar no tratamento da depressão moderada (BAUMGARTEN, 2021). E, também existem estudos empíricos seguidos por testes clínicos que comprovam o uso da hipérico como antidepressiva, confirmando que os extratos aquosos são tão eficazes no tratamento como os antidepressivos comuns, mas com uma larga vantagem de causar menos efeitos adversos (MENDONÇA, 2016).

Os estudos A14 e A17, A7, A19 e A23 demonstraram que os medicamentos fitoterápicos podem atuar de inúmeras maneiras e nos mais variados órgãos do nosso corpo e no nosso metabolismo, em razão de suas propriedades terapêuticas e nutricionais estimularem inúmeras e variadas diferentes respostas metabólicas aos mecanismos de ação desses componentes, auxiliando assim no tratamento de ansiedade e outras doenças (SILVA – SANTOS; SILVA; VASCONCELOS, 2021).

Atualmente entre os ansiolíticos mais utilizados para tratamento do transtorno de ansiedade aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), e que são muito populares nos meios clínicos e farmacêuticos estão os benzodiazepínicos (BDZ) e não benzodiazepínicos (barbitúricos, propranolol e buspirona) (FEDOTOVA et al., 2017). O uso clínico desses medicamentos é controlado, devido aos efeitos adversos conhecidos e a baixa tolerância pelos pacientes (FAJEMIROYE et al., 2016). Assim a tabela 4 adaptada do estudo de Lima (2022), vem apresentar os fármacos usados no tratamento de ansiedade, aprovados pelo Food and Drug Administration (FDA).

Quadro 4 – Principais ansiolíticos usados no tratamento de ansiedade

ClasseFármacosReação AdversaMecanismos de ação
            BenzodiazepinicosClonazepam  Confusão, alucinações, micção dolorosa ou difícil, entre outros.Estes agentes ligam-se ao local BZD do GABAA aumentando a frequência de abertura do canal de cloro, potenciando assim o efeito inibitório do GABA.  
diazepam,Sedação, dependência, ataxia, amnésia, fala arrastada, etc.
alprazolam.Confusão, hostilidade, agitação, hiperatividade, dor no peito, etc.
LorazepamSonolência, fadiga, confusão, amnésia, etc.
OxazepamSonolência, fadiga, problemas cognitivos, alterações do apetite.
ClordiazepóxidoSonolência, problemas cognitivos, alteração do apetite, fadiga.
TCA (Antidepressivo Tricíclico)Doxepina  Boca seca, constipação, retenção urinária, sonolência, tontura, ganho de peso e disfunção.Inibição da receptação de 5-HT e NE por bloqueio do SERT e NET.
Imipramina  Boca seca, constipação, retenção urinária, sonolência, tontura, ganho de peso e disfunção.
SNRI, Inibidor da Recaptação de Norepinefrina SerotoninaVenlafaxina  Náuseas, boca seca, tontura, diminuição da libido, delírio, etc.Melhora a função. monoaminérgica pela inibição da receptação neuronal de 5-HT e NE.
DuoxetinaTremores, convulsões, atividade reduzida, resposta pupilar leta, etc.
SSRIs (Inibidor Seletivo da Recuperação de Serotonina).  FluoxetinaDisfunção sexual, azia, nariz escorrendo ou entupido, etc.Inibição seletiva da recaptação de 5-HT  
EscitalopramDisfunção sexual, azia, nariz escorrendo ou entupido, etc.
ParoxetinaDisfunção sexual, azia, nariz escorrendo ou entupido, etc.
SertralinaDiminuição do apetite ou perda de peso, diarreia ou fezes moles, etc.
Anti-histamínicos  HidroxizinaTontura, hipotensão, constipação, boca seca, confusão, etc.Antagonistas do receptor de histamina H1.
MAOI (Inibidor da monoamina oxidase).FenelzinaTontura, dor de cabeça, hiperatividade, constipação e boca seca.Inibição da MAO – A e MAO-B.
AzapironaBuspironaTontura, insônia, nervosismo, dor e náusea.Agonista parcial do receptor 5-HT1A.
BarbitúricosSeconalDor de cabeça, confusão, tontura, bradicardia, ataxia, etc.Interação dos barbitúricos com receptores GABAA diminui a taxa de dissociação do GABA destes receptores, aumentando assim a duração da abertura dos canais de cloro ativada pelo GABAA.
AmytalSonolência, dor de cabeça, confusão, hipercinesia, ataxia, etc.
TuinalSonolência e tontura, dor de estômago, dor de cabeça, fraqueza etc.
Nembutalrespiração superficial, confusão, pulso fraco, alucinações, etc.
FenobarbitalTonturas, coordenação motora alterada, excessiva sonolência diurna etc.

Fonte: Adaptado de LIMA (2022, p. 12-14).

Os barbitúricos, principalmente o fenobarbital, usados no tratamento de epilepsia, foram os mais utilizados para tratar da ansiedade, devido à sua ação ansiolítica. Mas, quando sua administração é realizada com altas dosagens, causa graves efeitos colaterais entre esses estão a dependência psicológica e fisiológica, sedação, e pode causar intoxicação gravíssimas, podendo levar o paciente a morte (NASCIMENTO et al., 2022).  O meprobamato (lepenil) passou a ser o mais utilizado nos transtornos de ansiedade, se tronando popular, mas de seu valor alto, com eficácia menor e altamente prejudicial e perigoso como os barbitúricos (LIMA et al., 2020).

Os fármacos mais importantes no tratamento dos transtornos de ansiedade são os benzodiazepínicos (BZN) (NERI, TESTON E ARAÚJO, 2020). Esses fármacos realizam a ligação do GABA ao receptor GABAA, que age no receptor GABAA, fazendo com que este seja mais receptível no recebimento desse neurotransmissor (MENEZES; TRISTÃO, 2019). No entanto, os benzodiazepínicos apresentam inúmeros reações adversas entre elas temos: sedação, diminuição da coordenação motora e sonolência. E sobretudo podem causar dependência e tolerância e até mesmo, se administrado em altas doses ser fatal (FÁVERO, SATO, SANTIAGO, 2017).

O quadro 5 vem apresentar os principais fitoterápicos usados no tratamento dos transtornos de ansiedade, apresentando os autores dos estudos e ano, fitoterápico, nome da planta medicinal e os mecanismos de ação.

Quadro 5 Principais fitoterápicos utilizados no tratamento de ansiedade

    AutoresFitoterápicos  Planta Medicinal Mecanismo de ação  
CHAVES et al., 2018. LOPES et al., (2017)CalmamPassiflora incarnata L. Crataegus oxyacantha L. Salix alba L.Anticolinérgica, bloqueia os efeitos da pilocarpina sobre a musculatura lisa intestinal.
SILVA, 2022CalmasynPassiflora incarnata L.Efeitos sedativos do pentobarbital e hexobarbital, aumentando o tempo de sono de pacientes.
LOPES, TIYO, ARANTES, 2017.MaracujáHerbarium Passiflora incarnata L.A inibição da monoamina oxidase (MAO) e a ativação dos receptores de ácido gama-aminobutírico (GABA) podem estar envolvidos. Sedação.
SILVA SANTOS, SILVA, VASCONCELOS,2021ValerianeOfficinalis L. Officinalis L.Modular o receptor GABA, efeito sedativo moderado, controla a ansiedade, melhora a insônia e melhora significativa do humor.
RODRIGUES et al., 2021ValerimedValeriana Officinalis L.Liga-se aos receptores GABA-A no SNC, inibindo a atividade neuronal. Aumenta a ligação do GABA a esses receptores, resultando em um efeito calmante e relaxante.
NETTO et al., 2022. PAVANELLI, 2021Kava- Kava(Piper methysticum G. Forst.).Inibição reversível da enzima monoamino oxidase B (MAO-B). Os efeitos nas estruturas límbicas podem gerar o sono mesmo em ausência de sedação.
CHAGAS et al., 2023. PAVANELLI, 2021.Erva São JoãoHypericum perforatum L.Aumenta a serotonina no sistema nervoso central e atua como um inibidor da monoamino-oxidade (IMAO).
SOARES et al., 2022. BAUMGARTEN, 2021HortelãMentha piperita Ansiolítica, depressora do sistema nervoso central
SILVA, 2022  MelissaMelissa Officinalis (Erva Cidreira)  Inibidores da transaminase do ácido gama-aminobutírico, potencializando os níveis de GABA Produz uma modulação de humor e melhoria do desempenho cognitivo. Indutora do sono e tranquilizante.
SILVA, PINTO, 2021. LIMA, LIMA FILHO, LIVEIRA, 2019  CamomilaMatricaria chamomillaAção ansiolítica afeta o GABA, noradrenalina (NA), dopamina (DA) e neurotransmissão de serotonina ou modulando a função do eixo hipotálamo-hipófise adrenocortical.

Fonte: Gomes; Vieira Pinto, Stefanello, 2023. Segundo dados de pesquisa.

As plantas de cunho medicinal como a erva de São João, a raiz de valeriana e a kava-kava e a lavanda são indicadas como opções naturais para tratamento do transtorno de ansiedade bem como de outros transtornos neurológicos (BAUMGARTEN, 2021). E entre elas a Valeriana officinalis é vista como eficaz no tratamento de ansiedade, leves desequilíbrios do sistema nervos e angústia, pois apresentaum dos mais amplos dos mecanismos de sinergismo no reino vegetal. Isto posto, alguns dos seus princípios ativos atuam de maneira coordenada em prol da atividade farmacológica (SILVA SANTOS, SILVA, VASCONCELOS, 2021). É uma das fitoterápicas mais utilizadas em quadros de ansiedade e insônia por possuir propriedades sedativa, hipnótica e ansiolítica (ALVES; FELIX, 2022).

Segundo o estudo de Silva Santos, Silva, Vasconcelos (2021), os extratos desta planta vêm demonstrando resultados positivos no transtorno de ansiedade e com baixo índice de reação adversa são leves e raras. Além de que a planta pode apresenta interações com outros fármacos que também atuam no SNC, ocasionando reações aditivas, sinérgicas e/ou antagônicas, potencializando ou reduzindo dos efeitos sedativos destes medicamentos (SILVA, 2022).

Além disso, pelo fato que muitos pacientes não se adaptam a tratamento com medicação como os ansiolítico e antidepressivos, as plantas como a Camomila, Erva São João, Maracujá, Melissa, Valeriana, Kava-Kava e Hortelã podem ser uma opção de ansiolítico. Nesse sentido, o estudo de Baumgarten (2021) apresentou que a Hortelã (Mentha piperita), por sua vez, atua como depressora do SNC e pode apresentar efeito hipnótico. Já o trabalho de Soares et al. (2022), utilizando o extrato da planta, junto de outras drogas como o diazepam e o pentobarbital para a avaliação ansiolítica em animais (ratos), apresentou resultados relacionados a ação farmacológica da Mentha piperita no tratamento dos transtornos de ansiedade.

Na pesquisa de Lima, Lima Filho e Liveira (2019), a Matricaria chamomilla (Camomila) apresentou resultados positivos no controle dos transtornos de ansiedade, além de sua baixa toxicidade e quase nenhuma reação adversa. Ela possui um efeito calmante e relaxante tanto para o corpo quanto para a mente. No trabalho de Silva e Pinto (2021), a Camomila tem auxiliado no controle do sono, promovendo uma melhor qualidade de vida da população afetada por transtorno de ansiedade que gera tantos efeitos ao organismo e a saúde das pessoas (SILVA; PINTO, 2021).

O estudo de Pavanelli (2021), sobre a erva-de-são-joão (Hypericum perforatum L.), demonstrou que essa planta contém em sua composição química hipericina e hiperforina, as quais agem sobre atividades ansiolíticas e antidepressiva. Por mais que seu mecanismo de ação ainda não é de todo conhecido, vem sendo considerada mais eficaz em comparação a fluoxetina. Pois são as hiperforinas seus compostos principais que auxiliam nesse efeito, pois atuam como inibidoras dos transportadores que são responsáveis pela receptação da serotonina, dopamina e noradrenalina liberados na fenda sináptica neuronal (CHAGAS et al., (2023).

Já na pesquisa de Netto et al., (2022) a Piper methysticum G. Forst, popularmente chamada de kava-kava, devido a presença de alfa-pironas que atua no SNC, expressando a capacidade de inibir inúmeras formas do citocromo P450. Devido a kava-kava, apresentar atividades farmacológicas sedativas e ansiolíticas que podem ser relacionadas ao tratamento dos transtornos de ansiedade e da depressão (PAVANELLI, 2021).

O estudo de Chaves et al (2018) sobre a Passiflora incarnata L. (Maracujá) apresentou em sua composição flavonóides, alcalóides, glicosídeos fração de esteróides, cianogênicos e saponinas. Em relação ao seu mecanismo de ação em relação a ansiedade ainda não está elucidado, mas, acredita-se que a ativação dos receptores de ácido gama-aminobutírico (GABA) e diminuição da monoamina oxidase (MAO) estão relacionados ao seu mecanismo de ação. Dessa maneira, em casos de estresse, o GABA age no bloqueio dos circuitos neuronais (LOPES et al., 2017). Assim, a planta apresenta característica sedativas e ansiolítica, sem reações adversas, mas necessita de mais comprovações cientificas de suas ações terapêuticas.

No estudo de Silva (2022) a Melissa officinalis L., sendo mais conhecida por seu nome popular erva-cidreira verdadeira, é uma planta que tem ação no controle das emoções através de sua atividade, indutora do sono e tranquilizante. A cidreira devido aos seus princípios ativos como taninos, óleo essencial, glicosídeos, ácidos rosmarínico, flavonóides, e os compostos beta e alfa citral tem sido usada como uma planta de uso medicinal. Esses princípios ativos são essenciais para desencadear a ação farmacológica da planta. Além disso, está presente no extrato da Melissa officinalis L., uma quantidade significativa de ácido oleanólico, ácido rosmarínico, ácido ursólico e os triterpenóides, que atuam como inibidores da transaminase do ácido gama-aminobutírico, potencializando os níveis de GABA no SNC (SILVA, 2022).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os ansiolíticos, por serem medicamentos controlados que atuam no sistema nervoso central, precisam ser utilizados moderadamente em pacientes que possui doença hepática, e devem ser evitados em pacientes com glaucoma de ângulo fechado agudo. Além disso, o álcool e outros depressores do SNC quando administrados comitantemente potencializam os efeitos hipnóticos sedativos. Contudo, a frequência de casos fatais devido ao uso de doses altas é relativamente baixa quando comparadas com outros depressores do SNC. E, entre os efeitos colaterais dos ansiolíticos mais comuns estão a cefaleia, os problemas gastrointestinais, alterações no sono e no nível de energia e distúrbios na coordenação motora.

As pesquisas apresentadas nesse estudo, demonstram que o uso de medicamentos antidepressivos, devem se basear na eficácia, tolerabilidade, segurança, toxicidade, riscos de dosagem excessiva, números de efeitos indesejáveis e custos. Sendo que bé preciso sempre ser levado em consideração no ato da prescrição medica as comorbidades dos pacientes e as possíveis interações medicamentosas, na busca de diminuir os riscos e melhorar a resposta terapêutica. Pois muito são os efeitos adversos dos antidepressivos como: náusea, agitação, perda de apetite, tontura, boca seca, sedação, insônia, fadiga, sudorese, constipação, palpitações e hipertensão.

Os estudos analisados mostram que ocorreram uma crescente procura nos últimos anos por métodos alternativos para tratar ou curar os principais sintomas ocasionados pela ansiedade e o uso de medicamentos fitoterápicos está incluído nessa busca. Assim, seu uso pode ser uma alternativa para melhorar a saúde e qualidade de vida dessas pessoas. As terapias com uso de medicamentos fitoterápicos para os transtornos que envolvem o SNC como a ansiedade, insônia e depressão, se apresentam com resultados positivos com a vantagem de apresentarem menos efeitos colaterais em relação aos medicamentos comercializados como os ansiolíticos e antidepressivos.

As pesquisas demonstraram que, na atualidade, existem vários estudos sobre inúmeras plantas relacionando seus mecanismos de ação para alterar positivamente o comportamento e o humor, tornando-se alternativas complementares no tratamento da ansiedade, depressão, estresse e nervosismo. Os medicamentos fitoterápicos a base de Passiflora, Camomila, Valeriana, Melissa, Kava-Kava, Erva de São João e Maracujá por possuírem propriedades terapêuticas que auxiliam no sono e serem calmantes naturais, tem auxiliado na redução de transtornos leves de ansiedade.

Em relação as plantas medicinais citadas nesse estudo, na literatura mais recente, ocorrem dificuldade de achados de pesquisa comprobatórias que apresentam a eficácia das plantas Passiflora, Camomila, Valeriana, Melissa, Kava-Kava, Erva de São João e Maracujá, no tratamento do transtorno de ansiedade. Portanto, para melhor tratar dos transtornos de ansiedade ou demais transtornos neurológicos é essencial que ocorram mais estudos que analisam e avaliam novas moléculas de fonte natural que promovam maior eficiência terapêutica e menos ações adversas quando comparado aos fármacos já existentes e mencionados nesse estudo.

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