ANÁLISE DE EFICÁCIA DOS MÉTODOS DE CONTROLE GLICÊMICO NA DIABETES GESTACIONAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

ANALYSIS OF THE EFFECTIVENESS OF GLYCEMIC CONTROL METHODS IN GESTATIONAL DIABETES: INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202410272030


Elane Ramos dos Santos1
Lindines dos Anjos Santos2
Valdomiro Victor Azevedo Dias3
Rodrigo Santos Damascena4


RESUMO

O diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma condição comum durante a gravidez, afetando cerca de 25% das gestantes em todo o mundo. Ao longo dos anos, as medidas preventivas para o DMG têm mostrado resultados variados, e revisões recentes identificaram novos tratamentos e intervenções promissoras. Este trabalho de revisão tem como objetivo avaliar a eficácia dos diferentes protocolos de controle glicêmico no manejo da diabetes gestacional. Trata-se de uma revisão integrativa que discute as informações presentes na literatura sobre o controle glicêmico do DMG nos últimos três anos, destacando os efeitos de duas intervenções específicas nos resultados da gravidez. Foram encontrados 79 trabalhos na plataforma PubMed, dos quais 16 foram selecionados para análise detalhada. A revisão identificou diversas abordagens eficazes para o controle do DMG, incluindo o uso de metformina e mio-inositol, além de aconselhamento dietético com foco em alimentos de baixo índice glicêmico. Exercícios de resistência moderada também mostraram-se benéficos. Conclui-se que uma abordagem integrada, que combine essas intervenções, pode promover um melhor controle do DMG, beneficiando tanto a saúde materna quanto a fetal durante a gravidez.

Palavras Chaves: Diabetes mellitus gestacional; controle glicêmico; saúde materno-fetal

ABSTRACT

Gestational diabetes mellitus (GDM) is a common condition during pregnancy, affecting about 25% of pregnancies worldwide. Over the years, preventive measures for GDM have shown varying results, and recent reviews have identified new promising treatments and interventions. This review aims to evaluate the efficacy of different glycemic control protocols in the management of gestational diabetes. It is an integrative review that discusses the information present in the literature on GDM glycemic control over the past three years, highlighting the effects of two specific interventions on pregnancy outcomes. A total of 79 studies were found on the PubMed platform, of which 16 were selected for detailed analysis. The review identified several effective approaches for GDM control, including the use of metformin and myo-inositol, as well as dietary counseling focused on low glycemic index foods. Moderate resistance exercise also proved beneficial. It is concluded that an integrated approach combining these interventions can promote better GDM control, benefiting both maternal and fetal health during pregnancy.

Keywords: Gestational diabetes mellitus; glycemic control; maternal-fetal health

1 INTRODUÇÃO

A incidência de diabetes na gravidez está se tornando uma epidemia global, especialmente associada à obesidade. Além do aumento da prevalência de diabetes tipo 1 e tipo 2 em indivíduos em idade reprodutiva, observa-se um significativo aumento nas taxas de diabetes mellitus gestacional (DMG). O diabetes apresenta riscos significativos tanto para a mãe quanto para o feto, principalmente relacionados aos níveis de hiperglicemia e às complicações crônicas e comorbidades associadas (Global Burden of Disease Collaborative Network, 2019).

O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é caracterizado pela diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada durante a gravidez e podendo persistir após o parto. Essa definição engloba casos semelhantes ao Diabetes Mellitus (DM) tipo 1 ou tipo 2, bem como casos de tolerância à glicose diminuída diagnosticados apenas durante a gestação (Global Burden of Disease Collaborative Network, 2019).

A prevalência do DMG varia de 1% a 14%, dependendo de fatores como a população estudada, etnia, localização geográfica, frequência de rastreamento e critérios diagnósticos utilizados. No Brasil, a prevalência do DMG em mulheres com mais de 20 anos atendidas pelo SUS é de 7,6%, sendo que a maioria dos casos apresenta apenas tolerância diminuída à glicose (Brasil, 2022). Além disso, dentre os fatores de risco para o DMG, estão incluídos idade superior a 20 anos, histórico pessoal ou familiar de diabetes, antecedentes obstétricos como macrossomia e polidrâmnio, e características físicas como baixa estatura e excesso de gordura abdominal. As complicações materno-fetais associadas ao DMG são diversas, incluindo infecções urinárias, hipertensão, aborto, hipoglicemia neonatal, prematuridade e malformações, entre outras (Sarwar et al, 2010).

Este aumento está intimamente ligado ao crescimento das prevalências de obesidade e diabetes tipo 1 e tipo 2 em indivíduos em idade reprodutiva, exacerbando os riscos associados durante a gestação. Dados recentes indicam que o DMG pode afetar entre 1% e 14% das gestações, dependendo de diversos fatores como etnia, localização geográfica e critérios diagnósticos (Global Burden of Disease Collaborative Network, 2019; Brasil, 2022).

Dada a gravidade destes riscos e crescente prevalência do DMG, é imperativo investigar estratégias mais eficazes para o seu diagnóstico, manejo e prevenção. Neste trabalho, pretende-se discutir essas intervenções descritas na literatura e tem como objetivo realizar uma revisão de literatura a fim de fundamentar recomendações práticas que possam ser implementadas nos sistemas de saúde pública, particularmente em países com recursos limitados como o Brasil, onde a prevalência desta condição é notoriamente alta entre mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

2 METODOLOGIA

Esse trabalho trata-se de uma revisão de literatura norteada pela pergunta “quais abordagens apresentam eficácia no manejo do diabetes gestacional e na promoção da saúde materna e fetal durante a gravidez?”.

As buscas dos trabalhos utilizados para a execução desta revisão foram realizadas nas bases de dados PubMed, além de consultas a registros de ensaios clínicos e revisões de literatura publicadas até a data mais recente possível, considerando um recorte temporal dos últimos 3 anos para garantir a relevância e atualidade dos dados.Foi utilizada uma combinação de termos de busca relacionados a “diabetes mellitus gestacional”, “intervenções de estilo de vida”, “exercício físico”, e “nutrição”. Os termos foram adaptados para cada base de dados usando os respectivos descritores e operadores booleanos (AND, OR). Foram incluídos estudos primários e secundários que abordaram intervenções de estilo de vida (nutrição e exercício físico) e uso de medicamentos para prevenir ou gerenciar o DMG. Excluímos estudos que não relataram dados específicos sobre intervenções de estilo de vida ou que eram relatos de caso, editoriais ou cartas ao editor.

Revisores independentes conduziram a seleção dos estudos, inicialmente através de uma triagem de títulos e resumos, seguida de uma análise dos textos completos dos artigos selecionados. Discrepâncias foram resolvidas por consenso pelo grupo. Os dados foram sintetizados qualitativamente e, quando possível, quantitativamente através de análise temática para identificar padrões e tendências nas intervenções e resultados. Discussões temáticas agruparam os estudos por similaridade nos tipos de intervenções e desfechos medidos (ex.: intervenção nutricional ou não nutricional).

Os resultados foram discutidos em relação ao contexto atual de prevenção do DMG, considerando a eficácia das intervenções de estilo de vida. As implicações para práticas futuras e políticas de saúde pública também serão exploradas. As limitações do estudo serão abordadas, e recomendações para pesquisas futuras serão propostas, focando em lacunas identificadas durante a revisão.

Figura 1. Fluxograma da seleção dos estudos

Fonte: Elaborado pelos autores

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados 79 resultados, considerando o período de 2020 a 2024, tendo sido 16 estudos selecionados com base no título, considerando presença e avaliação de intervenção, desfecho analisado (controle do diabetes gestacional) e excluindo revisões, metanálises e estudos similares.

Quadro 1 – Relação de artigos selecionados para a revisão

AUTORTIPO DE ESTUDOOBJETIVOCONCLUSÃO
Dunne et al, 2023Ensaio clínico randomizado controladoPara testar se a iniciação precoce de metformina reduz a necessidade de iniciar insulina ou melhora a hiperglicemia em jejum nas semanas 32 ou 16 de gestação.A iniciação precoce de metformina não reduziu a ocorrência da combinação de um nível de glicose em jejum de 5,1 mmol/L ou maior nas semanas 32 ou 16 de gestação ou da iniciação de insulina. A revisão contínua das taxas de pequenos para a idade gestacional deve continuar quando se utiliza metformina.
Khurana et al, 2023Ensaio clínico randomizado controladoO objetivo do estudo conduzido pela clínica Jim Pattison Diabetes and Pregnancy (JP DAP) era avaliar a eficácia da transição de cuidados presenciais para virtuais para o manejo de gestantes com diabetes gestacional (DMG) durante a pandemia de COVID-19.Os resultados mostraram que os tempos de encaminhamento para endocrinologistas diminuíram inicialmente, mas aumentaram durante a segunda onda da pandemia. Houve um aumento nas faltas às consultas durante a primeira onda, que mais tarde se estabilizaram abaixo dos níveis de base após ajustes no agendamento.
Li et al. 2021Ensaio clínico  randomizadoInvestigar os padrões de mudança dos ácidos graxos do fosfolipídio plasmático antes e depois do diagnóstico e tratamento, comparando mulheres com DMG a controles pareados sem DMG.O estudo identificou 8 ácidos graxos (FAs) com padrões de mudança únicos antes e depois do diagnóstico de diabetes mellitus gestacional (DMG), que diferiram significativamente entre mulheres com e sem DMG. Esses achados podem esclarecer o papel do metabolismo dos ácidos graxos na fisiopatologia, manejo e progressão da DMG.
Chaves et al. 2021Estudo retrospectivoO uso de metformina no diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma prática comum. Embora seu uso em combinação com insulina possa ser vantajoso, nunca foi formalmente testado. Os autores estudaram se o tratamento combinado estava associado a melhores resultados obstétricos e neonatais em comparação com a insulina isolada.Mulheres com DMG tratadas com insulina mais metformina apresentaram complicações obstétricas e neonatais semelhantes, ganho de peso e dose de insulina comparados às tratadas apenas com insulina.
Kumar et al. 2020Estudo retrospectivoO objetivo principal deste estudo foi avaliar o impacto clínico de uma abordagem baseada em metformina para o manejo do DMG através da avaliação dos resultados da gravidez, eficiência da clínica e satisfação do paciente.A introdução do protocolo MF, que deu aos pacientes a escolha informada entre insulina e metformina, foi associada a um controle glicêmico e resultados da gravidez semelhantes, mas melhorou a satisfação do paciente e a eficiência da clínica.
Wattar et al. 2020Ensaio multicêntrico randomizadoMulheres grávidas com fatores de risco metabólicos têm alto risco de complicações. Nosso objetivo foi avaliar se uma dieta no estilo mediterrâneo reduz as complicações adversas da gravidez em mulheres de alto risco.Uma dieta simples e individualizada no estilo mediterrâneo durante a gravidez não reduz o risco geral de complicações adversas para a mãe e o bebê, mas tem o potencial de reduzir o ganho de peso gestacional e o risco de diabetes gestacional.
Wang et al, 2022Ensaio clínico randomizado controladoPara comparar a eficácia e segurança da metformina, gliburida e insulina para o diabetes gestacional (DMG), realizamos uma análise de subgrupos dos resultados para mulheres com DMG de acordo com os critérios diagnósticos da International Association of Diabetes and Pregnancy Study Groups (IADPSG).A metformina é benéfica para mulheres com DMG para controlar o ganho de peso total durante a gravidez em comparação com a insulina, regular o peso ao nascer do feto mais do que a insulina e a gliburida, e aumentar o risco de não alcançar as metas de tratamento em comparação com a insulina. Comparado com a metformina, a gliburida está associada à hipoglicemia neonatal.
Huifen et al, 2022Ensaio clínico randomizado controladoPara investigar os efeitos de um programa estruturado de exercícios de resistência de intensidade moderada nos níveis de glicose no sangue e outros indicadores relacionados à saúde em pacientes com diabetes gestacional (DMG).O exercício de resistência de intensidade moderada foi útil para a melhoria do controle da glicose no sangue e do uso de insulina, ganho de peso gestacional e pressão arterial em pacientes com diabetes gestacional (DMG).
Shmuel et al. 2021Estudo retrospectivoComparar a segurança e a eficácia da gliburida e da insulina como tratamentos para o diabetes mellitus gestacional (DMG).    A gliburida é tão segura e eficaz quanto a insulina, exceto por taxas mais altas de hipoglicemia materna. Considerando suas vantagens em relação à insulina, a gliburida pode ser considerada como tratamento de primeira linha para DMG, especialmente quando o valor da glicemia de jejum no teste oral de tolerância à glicose (OGTT) não é alto.
Paavilainen et al, 2023Ensaio clínico randomizado controladoPara comparar a composição corporal, adiposidade visceral, adipocitocinas e marcadores de inflamação de baixo grau em descendentes pré-púberes de mães que foram tratadas com metformina ou insulina para diabetes gestacional (DMG).O tratamento materno com metformina para DMG não teve efeitos sobre adiposidade, composição corporal, gordura hepática ou marcadores de inflamação em descendentes pré-púberes em comparação com o tratamento materno com insulina, mas foi associado a uma maior concentração de adiponectina e menor relação leptina/adiponectina em meninos.
Yu et al, 2023Ensaio clínico prospectivo, randomizado, duplo-cego e controladoOs padrões de prescrição contemporâneos de medicamentos antidiabéticos após mudanças nas diretrizes que recomendam a metformina como farmacoterapia de primeira linha para diabetes gestacional (DMG) são pouco explorados. Nosso objetivo foi examinar o uso de metformina e insulina durante a gravidez entre mulheres com DMG ao longo de 20 anos no Reino Unido.A metformina foi o medicamento mais prescrito para DMG, com grandes aumentos nas últimas duas décadas. O aumento do uso de medicamentos antidiabéticos orais durante a gravidez, consistente com outras regiões, destaca a necessidade de estudos futuros que examinem a eficácia e segurança do uso de medicamentos antidiabéticos durante a gravidez.
Dingena et al, 2023Estudo restrospectivoEstudos que utilizam monitoramento contínuo de glicose (CGM) para monitorar mulheres com diabetes gestacional (DMG) destacam a importância de gerenciar a disglucemia durante um período de 24 horas. No entanto, o efeito dos métodos de tratamento atuais sobre a disglucemia ao longo de 24 horas ainda é desconhecido. Este estudo teve como objetivo caracterizar as métricas de CGM ao longo de 24 horas em mulheres com DMG e o efeito moderador da estratégia de tratamento.A glicemia varia consideravelmente ao longo do dia, sendo a glicemia matinal a que demonstra maior variabilidade. Além disso, nosso trabalho apoia que indivíduos designados para dieta+metformina têm maior dificuldade em gerenciar a glicemia, e os resultados sugerem que o aumento da ingestão de proteínas pode ajudar no manejo da disglucemia.
Esmaeilzadeh et al, 2023Ensaio clínico randomizado controladoEste estudo se propôs a investigar a hipótese de que uma baixa dosagem de suplementação de mio-inositol poderia diminuir a probabilidade de diabetes gestacional em mulheres grávidas com sobrepesoA redução absoluta do risco e o número necessário para tratar para diabetes gestacional foram de 26,8% (IC 95%: 5,6-48) e 3,7 (IC 95%: 2,1-18,0), respectivamente. Portanto, pode-se concluir que aproximadamente uma em cada quatro mulheres grávidas com sobrepeso que receberam mio-inositol se beneficiaram da sua ingestão diária.
Absalom et al, 2023Estudo retrospectivoEste estudo teve como objetivo avaliar um modelo atual de cuidado dietético com desfechos maternos e neonatais.Alternativas para a entrega de educação para mulheres com DMG, como a telemedicina e o uso de plataformas digitais, podem ajudar a aliviar as pressões sobre o sistema de saúde e garantir cuidados ótimos para as mulheres durante a gravidez.
Kazakou et al, 2023Estudo restrospectivoO objetivo deste estudo retrospectivo foi comparar o controle glicêmico, os desfechos da gravidez e os desfechos neonatais em mulheres com diabetes gestacional (DMG) tratadas com (a) insulina detemir e (b) insulina neutra protamina Hagedorn (NPH).O uso de insulina detemir foi considerado igualmente eficaz e seguro em comparação com a NPH em mulheres com diabetes gestacional (DMG).
Jaworsky et al, 2023Ensaio clínico randomizado controladoO objetivo deste estudo foi examinar como o aconselhamento sobre mudanças no estilo de vida pode afetar os riscos cardiometabólicos em mulheres com diabetes gestacional (DMG). Especificamente, o estudo procurou determinar os efeitos de uma intervenção nutricional que incluiu a suplementação com frutas vermelhas e vegetais folhosos, além de exercício pós-prandial, em comparação com a educação nutricional convencional baseada nas diretrizes do USDA, sobre os biomarcadores de risco cardiometabólico em mulheres com DMG.O ensaio clínico randomizado demonstrou que, em mulheres diagnosticadas com diabetes gestacional, o aconselhamento dietético que enfatiza a adição diária de frutas vermelhas e vegetais folhosos durante a gravidez modula diretamente os parâmetros metabólicos maternos. As diminuições significativas na glicose sanguínea aleatória e no soro IL-6, juntamente com os aumentos significativos no HDL-colesterol e na capacidade antioxidante total do soro, sugerem que a suplementação de frutas vermelhas e vegetais folhosos modula diretamente as vias metabólicas implicadas no diabetes gestacional.

Fonte: Elaborado pelos autores

Primeiramente, é importante destacar que o cenário durante e pós-pandemia alterou os modelos de intervenções clínicas, incluindo o controle glicêmico de gestantes com diabetes gestacional. A implementação de ferramentas virtuais, como consultas por telemedicina, recursos educacionais online e o uso de aplicativos de monitoramento de glicose para smartphone, ajudou a manter a qualidade do cuidado e a satisfação dos pacientes. Notavelmente, não houve aumento nas complicações materno-fetais na população analisada durante a pandemia, sugerindo que as estratégias virtuais adotadas mitigaram os riscos potenciais associados ao atraso no cuidado presencial (Khurana et al., 2023).

As intervenções baseadas em aconselhamento dietético de baixo índice glicêmico (IG) durante a gravidez, avaliadas por Deng et al. (2023), mostraram resultados positivos em relação ao ganho de peso gestacional (GPG) e ao risco de parto prematuro em mulheres com risco elevado de diabetes gestacional. Essas intervenções foram eficazes em reduzir o GPG e diminuir o risco de parto prematuro em comparação com dietas controle. No entanto, as intervenções não tiveram um impacto significativo na prevenção do desenvolvimento de DMG nessas mulheres. Isso sugere que, embora a dieta com baixo IG possa ser benéfica em termos de resultados gestacionais específicos, pode não ser suficiente para prevenir completamente o desenvolvimento de DMG em mulheres com risco elevado. Portanto, embora as intervenções com aconselhamento dietético de baixo IG mostrem benefícios em termos de GPG e risco de parto prematuro, estratégias adicionais podem ser necessárias para a prevenção eficaz do desenvolvimento de DMG em mulheres com risco elevado, especialmente aquelas com IMC mais alto.

O estudo sobre diabetes gestacional na Austrália revela uma associação interessante entre o número de consultas com dietistas e os desfechos de saúde materna e neonatal. A análise retrospectiva dos dados hospitalares mostrou que mulheres com diabetes gestacional que tiveram mais consultas apresentaram maior probabilidade de complicações maternas, enquanto houve menor chance de admissão de bebês na UTIN entre aquelas que tiveram mais consultas. Esses resultados levantam questões sobre a eficácia dos modelos de cuidado atuais para mulheres com diabetes gestacional. A associação entre o número de consultas e as complicações maternas pode refletir a complexidade dos casos ou o risco elevado das pacientes que recebem mais atenção médica (Absalom et al., 2023).

Os dados de Dingena et al. (2023) evidenciam que o monitoramento contínuo da glicose (CGM) durante a gravidez em mulheres com diabetes mellitus tratado com insulina está associado a resultados perinatais significativos. O estudo revelou que, em gestações com diabetes tipo 1, uma média de glicose mais alta no segundo trimestre esteve associada a um maior risco de nascimento de bebês grandes para a idade gestacional (GIG). Em gestações com diabetes tipo 2 ou diabetes gestacional tratada com insulina, uma área sob a curva de glicose acima do limite também foi associada ao aumento de GIG. Esses achados ressaltam a importância do controle glicêmico durante a gravidez em mulheres com diabetes tratado com insulina. Embora o controle glicêmico seja crucial para reduzir o risco de complicações perinatais, como o agravamento do diabetes gestacional, outros fatores podem influenciar esses desfechos, exigindo um acompanhamento cuidadoso e personalizado durante a gestação (Kazakou et al., 2023).

Estudos comparativos sobre o uso de hipoglicemiantes convencionais, como metformina e insulina, revelam informações importantes sobre a farmacoterapia em mulheres com diabetes gestacional (DMG). Ao comparar insulina detemir e insulina NPH, os resultados indicam que a insulina detemir é igualmente eficaz e segura em comparação com a NPH. Não houve diferenças significativas em relação à semana de início da insulina, dose total de insulina, duração do tratamento, dose diária de insulina por peso, número de injeções diárias ou ganho de peso materno durante a gravidez. Observou-se que os níveis de HbA1c foram ligeiramente mais baixos ao final da gestação no grupo tratado com detemir, sugerindo um possível benefício no controle glicêmico. Não foram relatados casos de hipoglicemia ou reações alérgicas em ambos os grupos, indicando a segurança dessas formas de insulina. O estudo sugere que tanto a insulina detemir quanto a NPH são opções eficazes e seguras para o tratamento de DMG, proporcionando um controle glicêmico adequado e minimizando os riscos para a mãe e o bebê durante a gravidez (Kazakou, 2023).

O uso precoce de metformina como estratégia para prevenção de DMG não se mostrou superior ao placebo para o desfecho primário composto, que incluiu a necessidade de iniciar insulina ou apresentar um nível de glicose em jejum elevado nas semanas 32 ou 16 de gestação. No entanto, alguns desfechos secundários, como o tempo até o início da insulina, o controle glicêmico autorrelatado e o ganho de peso gestacional, favoreceram o grupo que recebeu metformina. Desfechos neonatais secundários também mostraram diferenças, com recém-nascidos menores no grupo da metformina, embora não tenham ocorrido diferenças significativas em outras complicações neonatais importantes. Assim, embora a metformina não tenha demonstrado superioridade no desfecho primário, os resultados dos desfechos secundários sugerem que a metformina pode ter benefícios em certos aspectos da gestação de mulheres com diabetes gestacional (Dunne et al., 2022).

A metformina tem se mostrado eficaz no tratamento do diabetes gestacional (DMG) em mulheres grávidas. A análise comparativa de Wang et al. (2022) entre metformina, gliburida e insulina revelou que a metformina melhora o controle do ganho de peso gestacional em comparação com a insulina e regula o peso ao nascer do feto de forma mais eficaz do que a insulina e a gliburida. Além disso, a gliburida está associada a um maior risco de hipoglicemia neonatal em comparação com a metformina. Esses benefícios no controle do peso gestacional e peso ao nascer podem superar os riscos, especialmente considerando o impacto positivo na saúde da mãe e do bebê. Os resultados sugerem que a metformina pode ser uma escolha eficaz e segura para o tratamento do DMG, levando em conta seus benefícios no controle do peso gestacional e do peso ao nascer do feto, em comparação com outras opções como a insulina e a gliburida (Dunne et al., 2022).

O estudo EMERGE, um ensaio clínico de fase III, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, avalia a eficácia da metformina iniciada precocemente no diabetes gestacional (DG). Os resultados esperados são cruciais para a prática clínica, já que atualmente a terapia de primeira linha para DG é a insulina, apesar de suas limitações, como o risco de hipoglicemia e ganho excessivo de peso gestacional. A metformina é considerada uma opção segura para grupos específicos, mas sua eficácia a longo prazo em comparação com a insulina ainda não está bem estabelecida. O estudo visa determinar se a metformina pode controlar efetivamente os níveis de glicose no sangue, reduzir a necessidade de insulina, minimizar complicações maternas e neonatais e potencialmente melhorar a qualidade de vida das mulheres com DG (Dunne et al., 2022).

O estudo de Paavilainen et al. (2023) revela mudanças significativas nos padrões de prescrição de medicamentos antidiabéticos para mulheres com diabetes gestacional (DMG) no Reino Unido ao longo de duas décadas. A metformina tornou-se o medicamento mais prescrito para DMG, com um aumento no uso de menos de 5% das gestações antes de 2007 para 42,5% em 2008. Em 2015, mais de 85% das gestações que receberam farmacoterapia foram tratadas inicialmente com metformina. Esta mudança reflete uma tendência global de aumento do uso de medicamentos antidiabéticos orais durante a gravidez, em comparação com a insulina. A transição pode estar ligada a mudanças nas diretrizes e práticas clínicas, incluindo maior confiança na segurança e eficácia da metformina em mulheres grávidas com DMG.

O uso de mio-inositol é amplamente discutido no controle de DMG. Estudos globais indicam que a suplementação de mio-inositol pode ser promissora na prevenção de DMG e na melhoria de outros aspectos da saúde materna durante a gravidez, embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar esses benefícios e explorar potenciais efeitos adversos a longo prazo. Dados de estudos selecionados mostram que a suplementação de mio-inositol em mulheres grávidas com sobrepeso resultou em uma redução significativa na incidência de diabetes gestacional comparado ao grupo controle que recebeu apenas ácido fólico. Esses estudos apontam uma redução absoluta do risco de aproximadamente 26,8% para diabetes gestacional com o uso de mio-inositol, sem afetar negativamente parâmetros como triglicerídeos, indicando a segurança do tratamento (Motuhifonua, 2023; Esmaeilzadeh, 2023).

Estudos envolvendo aconselhamento dietético de baixo índice glicêmico (IG) durante a gravidez podem ter benefícios específicos, mesmo que não reduza significativamente o risco de desenvolver diabetes gestacional (DG) em mulheres com alto risco. Embora não tenha impacto na prevenção da DMG, o aconselhamento dietético de baixo IG demonstrou reduzir o ganho de peso gestacional (GWG) e o risco de parto prematuro nessas mulheres. Esses achados destacam a importância de estratégias dietéticas específicas durante a gravidez para gerenciar o peso e reduzir o risco de complicações como o parto prematuro, independentemente do desenvolvimento da DG (Deng, 2023).

Ensaios clínicos randomizados realizados por Jaworsky et al (2023) mostraram melhorias notáveis nos marcadores de controle glicêmico, valores lipídicos sanguíneos e composição corporal em mulheres que receberam suplementos ou alimentos ricos em fitoquímicos em comparação com aquelas nos grupos de controle. Esses resultados respaldam a ideia de que intervenções nutricionais baseadas em plantas podem ser uma abordagem eficaz e viável para reduzir a hiperglicemia em mulheres com DMG e em aquelas com alto risco de desenvolver a condição. Portanto, promover uma alimentação saudável e rica em fitoquímicos durante a gestação pode ter benefícios significativos para a saúde materna e fetal, ajudando a mitigar os riscos associados à diabetes gestacional.

Outra dieta, estudado por Wattar et al (2019), avalia como a dieta baseada nos hábitos alimentares do mediterrâneo pode impactar nos níveis glicêmicos de mulheres grávidas com fatores de risco metabólicos. Nesse caso, não houve uma redução significativa no risco combinado de complicações maternas e neonatais adversas, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia. Porém, as mulheres que seguiram a dieta ganharam menos peso durante a gestação, o que é positivo considerando os riscos associados ao ganho excessivo de peso na gravidez e DMG.

De modo geral, esses achados combinados sugerem que uma abordagem dietética individualizada, como a dieta mediterrânea e a baseada em plantas, pode ser uma ferramenta valiosa na gestão da saúde materna durante a gravidez, especialmente em mulheres com fatores de risco metabólicos. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender completamente os efeitos dessa dieta em diferentes populações e suas consequências a longo prazo para mães e bebês (Jaworsky, 2023; Wattar, 2019) .

Além das intervenções farmacológicas e nutricionais, estudos recentes destacam os benefícios do exercício de resistência de intensidade moderada no controle da glicose e outros indicadores de saúde em pacientes com DMG. Segundo Huifen et al. (2022), o exercício reduz os níveis de glicose no sangue em jejum e pós-prandial e diminui a necessidade e quantidade de insulina no grupo experimental em comparação com o grupo de controle. Também houve melhora significativa no ganho de peso gestacional e na pressão arterial. No entanto, é essencial um acompanhamento a longo prazo para avaliar os efeitos duradouros do exercício na saúde das mães e dos bebês, incluindo o risco de obesidade e diabetes após o parto, proporcionando uma compreensão mais completa dos benefícios contínuos do exercício durante e após a gravidez.

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no que foi apresentado, é possível concluir que há uma variedade de abordagens eficazes para o manejo do diabetes gestacional (DMG). A metformina emergiu como um dos medicamentos mais prescritos para o DMG, refletindo uma tendência global de aumento do uso de medicamentos antidiabéticos orais durante a gravidez.

Além das intervenções farmacológicas, as estratégias nutricionais desempenham um papel significativo no controle do DMG, assim como o exercício de resistência de intensidade moderada.

No entanto, são necessários estudos de acompanhamento a longo prazo para avaliar os efeitos duradouros dessas intervenções, especialmente em relação ao risco de obesidade e diabetes pós-parto. Em suma, uma abordagem integrada que inclua medicamentos adequados, orientação dietética personalizada e exercícios físicos moderados pode ser altamente eficaz no controle do DMG e na promoção da saúde materna e fetal durante a gravidez.

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1 Discente do Curso de Nutrição do Centro Universitário de Excelência de 2024 (UNEX)
e-mail:
2 Discente do Curso de Farmácia do Centro Universitário de Excelência de 2024 (UNEX)
e-mail: lindines.santos@ftc.edu.br
3 Discente do Curso de Farmácia do Centro Universitário de Excelência de 2024 (UNEX)
e-mail: valdomiro.dias@ftc.edu.br
4 Docente e Orientador do Centro Universitário de Excelência de 2024 (UNEX)
e-mail: rodrigo.damascena@ftc.edu.br