REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202503101203
Orientador: Fábio Costa De Vasconcelos1 / Taise Cunha de Lucena2 / Alberto Simões Jorge Júnior3 / Jamilie Suelen dos Prazeres Campos4 / Simone do Socorro Fernandes Marques5 / Raissa Ribeiro da Silva6 / Roberta Monteiro de Oliveira Cruz7 / Erika Kariny Nascimento Reis8 / Ana Marla Duarte de Souza9 / William Robert De Souza10 / Warryson Canelas Almeida Lemos11 / Larissa Thalita Lais Cardoso Cardoso12 / Pamela de Souza Martins13 / Anaele de Carvalho Souza14 / Ranyele Karoline Leite Castro15
RESUMO
Introdução. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as doenças crônicas não transmissíveis integram um conjunto de progressões de rápida ou longa duração que no geral são acometidas por múltiplas causas. Objetivo. Analisar a associação entre variáveis quantitativas com as doenças crônicas em pacientes diabéticos. Metodologia. Foi realizado um estudo transversal analítico quantitativo descritivo. Amostra foi por conveniência e consistiu de 30 pacientes idosos com diabetes mellitus tipo 2, atendidos no consultório de nutrição em um hospital de referência. A coleta de dados foi realizada por meio de análise do banco de dados da pesquisa intitulada “Riscos cardiovasculares em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 atendidos em um ambulatório de nutrição na cidade de Belém-PA”. As variáveis coletadas foram: idade, sexo, doenças crônicas, circunferência da cintura e consumo de alimentos. Para a verificação de associação significativa entre as variáveis nominais pesquisadas, foi realizada a análise de correspondência, através do software STATISTICA versão 8. Resultados. A média de idade foi de 68,91 ± 7,32 anos. A faixa etária prevalente foi entre 65 a 69 anos (46,66%). O sexo feminino teve maior distribuição (63,33%). As doenças cardiovasculares e a obesidade foram as DCNT que mais acometeram os pacientes diabéticos. De acordo com a AC, as associações observadas foram doenças crônicas e fatores de risco (tabagismo, etilismo, circunferência da cintura e consumo alimentar); com significância estatística <0,05. Conclusão. O estudo de doenças crônicas não transmissíveis torna-se relevante e traz benefícios indiscutíveis a partir de dados obtidos nesta pesquisa, com aumento dessas doenças na população em geral.
ABSTRACT
Introduction. According to the World Health Organization, chronic non-communicable diseases are part of a set of rapid or long-lasting progressions that are generally affected by multiple causes. Objective. To analyze the association between quantitative variables with chronic diseases in diabetic patients. Methodology. A descriptive quantitative analytical cross-sectional study was carried out. A convenience sample consisted of 30 elderly patients with type 2 diabetes mellitus, treated at the nutrition office of a referral hospital. Data collection was performed through the analysis of the research database entitled “Cardiovascular risks in patients with type 2 diabetes mellitus treated at a nutrition clinic in the city of Belém-PA”. The variables collected were: age, sex, chronic diseases, waist circumference and food consumption. To verify the significant association between the nominal variables surveyed, correspondence analysis was performed using the STATISTICA software version 8. Results. Mean age was 68.91 ± 7.32 years. The prevalent age group was between 65 and 69 years (46.66%). Females had a greater distribution (63.33%). Cardiovascular diseases and obesity were the CNCDs that most affected diabetic patients. According to the CA, the connections observed were chronic diseases and risk factors (smoking, alcohol consumption, waist circumference and food consumption); with statistical significance <0.05. Conclusion. The study of non- communicable chronic diseases becomes relevant and brings indisputable benefits from the data obtained in this research, with an increase in these diseases in the general population.
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2014), às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) integram um conjunto de progressões de rápida ou longa duração que no geral são acometidas por múltiplas causas, o que retarda seu prognóstico, podendo ser assintomáticas ou oligossintomáticas (BRASIL, 2013).
Até o ano 2019 o IBGE com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) percorreu mais de 2 mil municípios do Brasil, onde verificou que dentre 11,2 milhões de brasileiros ou 7,6% da população com mais de 18 anos, 6,2% apresentavam o diagnóstico de diabetes e 21,4% de hipertensão (IBGE, 2019). A Secretaria de Saúde do Pará (SESPA) destaca o crescimento de internações hospitalares por DCNT no estado. Avaliando agravos e fatores socioambientais, podemos destacar mudança de hábitos alimentares, falta de água potável e saneamento básico como importantes variáveis para este incremento (SESPA, 2019).
Dentre as principais DCNT podemos destacar as cardiovasculares, diabetes mellitus, câncer e complicações respiratórias pulmonares, que são responsáveis pela maioria dos óbitos atuais em todo o mundo. Diante disto a OMS realizou intervenções em saúde e a criação de políticas públicas emergenciais realizadas por autoridades nacionais de diversos países, onde percebeu-se que a relação entre os casos de DCNT são significativamente maiores em países de baixa renda quando comparados a países de alta renda (MALTA, et al 2017).
A Organização Mundial da Saúde considera ainda que a insuficiência de atividade física, má alimentação, tabagismo e uso exagerado de álcool são os quatro principais fatores que levam a população a desenvolverem esses tipos de doenças crônicas. A deficiência na prática de atividade física por pelo menos 150 minutos por semana, aumenta de 20% a 30% as chances de o indivíduo desenvolver alguma DCNT, bem como o excessivo uso de sal (sódio), seja incorporado nas preparações ou disponível na mesa assim como o alto consumo de produtos industrializados e processados fabricados por indústrias alimentícias (DUNCAN et al, 2012).
Além disso, em relação ao quadro de má alimentação a Dietary Reference Intakes (DRIs) recomenda uma investigação e maior atenção ao consumo das vitaminas C, D, E, além de Zinco e Magnésio num grupo específico portadores das DCNT, especificamente os Diabetes Mellitus Tipo 2 (DMT2). Deste modo, a dieta inadequada de pacientes com DMT2 sugere maior risco para morbidades associadas o que torna o acompanhamento nutricional de fundamental importância para este grupo (BERTONHI et al, 2012).
Segundo Binsfild (2018), a relação entre avaliação nutricional, dobras cutâneas aumentadas, sobrepeso e obesidade estão diretamente ligadas a características de pacientes com DMT2. Valores acima dos padronizados demonstram visivelmente o excesso de adiposidade corpórea nesse grupo de indivíduos, considerando que 15% para homens e 25% para mulheres seria a taxa ideal, e que a taxa de obesidade, segundo a OMS representa maior carga para DMT2.
De acordo com o exposto, a pesquisa tem como objetivo analisar a associação entre variáveis quantitativas com as doenças crônicas em pacientes diabéticos na amostra estudada.
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
- Associar os fatores etiológicos com doenças crônicas em pacientes idosos diabéticos atendidos em ambulatório de nutrição em um hospital de referência.
2.2 Objetivos específicos
- Identificar as doenças crônicas prevalentes no atendimento nutricional;
- Aplicar a análise de correspondência para associações entre as variáveis etiológicas (tabagismo, etilismo, circunferência da cintura, alimentos processados e ultraprocessados) e as doenças crônicas.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Doenças crônicas
3.1.1 Diabetes mellitus tipo 2
Embora a prevalência alta de doenças cardiovasculares no diabetes em todo o Brasil, fato que revelou estudos sobre esse grupo de DCNT, Lira et al, (2017) mostrou o possível aumento de riscos associados a essas patologias quando se fala em comorbidades e que é de fundamental importância ligar ações de progressões para a melhora na resposta metabólica desses indivíduos com a intenção de auxiliar e prevenir doenças cardiovasculares. O percentual elevado do Índice de Massa Corpórea (IMC) em (66,5%) de adultas quanto em (31%) idosas, concluindo 77,5% de 131 das que participaram do estudo com o diagnóstico de sobrepeso e valor médio analisados de 68,3 kg, revelou o risco elevado na maioria das diabéticas.
No resumo de evidências realizado por Faludi et al, (2017) temos a Calcificação Arterial Coronariana (CAC) como um dos fatores de agravos em eventos cardiovasculares e mortalidade. A CAC é a carga de placas arterioscleróticas, preditivo de complicações coronárias que também é um potencializador em pacientes diabéticos, que quanto maior a carga CAC, maior o risco para episódios cardiovasculares. Por ser uma doença heterogênica e com riscos cardiovasculares aumentados na maior parte dos pacientes, o diabetes mostrou que em indivíduos sem indícios clínicos para aterosclerose têm menor risco quando comparados a pacientes com indícios subclínicos.
Desse modo, reduzir a glicemia em pacientes diabéticos tipo II é de fundamental importância uma vez que a diminuição na doença de pequenos vasos é favorável na desaceleração dessa patologia, a vinculação entre essas doenças é fisiopatologicamente indiscutível, a conduta engloba uma visão diferenciada e um olhar individualizado para portadores de DM. Para Aguiar et al, (2019) o novo referencial para o tratamento do DM2 consiste na escolha acertada do fármaco, sempre visando as características do paciente e a relação com DCV. O controle do índice glicêmico com segurança e eficiência para portadores de DM2, respeitando fatores de riscos cardiometabólicos, o que é primordial para a diminuição da morbidade e mortalidades cardiovasculares associadas a DM.
Sendo o diabetes uma das principais razões de amputação de membros inferiores, cegueira, falência renal, complicações micro e macro vasculares além do alto índice de mortalidade. Mudanças no estilo de vida incluindo a alimentação mais saudável, bem como o diagnóstico precoce e a escolha acertada do fármaco contribuem para a melhora no tratamento a curto e longo prazo. Com isso podemos afirmar a importância de conhecer e investigar fatores de riscos que no geral são na maioria das DCNT desconhecidos. Diante disto a OMS destacou como fatores de riscos para DMT2 e DCNT, dois principais pontos descritos por Ramos et al (2018), como os sociais, econômicos e culturais, e fatores individuais, dentre os sociais, econômicos e culturais estão particularidades como, costume e particularidades dos doentes, analfabetismo e desemprego, particularidades essas que deixa esse grupo vulneráveis ao dos fatores individuais, idade, sexo, falta de informação, conhecimento sobre a patologia, confiança no tratamento, falta de prática de administrar o fármaco, ansiedade, entendimento da necessidade de adesão ao tratamento são fatores que levam a melhora ou agravo do quadro clinico.
Com isso, conhecer o perfil de pacientes portadores de DCNT é importante, uma vez que os valores econômicos e sociais atribuídos ao tratamento são elevados e se tornam ainda maiores quando se tem complicações. Nesse contexto, Silva et al (2020), realizou estudos em avaliação nutricional e fatores de riscos ligados a comorbidades em indivíduos com DMT2. O consumo alimentar dos participantes foi verificado por meio do recordatório de 24 horas e medidas corpóreas aferidas por meio de antropometria, onde verificou-se um elevado percentual de obesidade, resultado que atenta para complicações, uma vez que a obesidade está diretamente ligada ao descontrole do índice glicêmico. O mapeamento e identificação de populações portadoras de DCNT são necessários para o melhor controle metabólico e diminuição dos custos econômicos e sociais. Atribuir uma dieta qualitativa equilibrada e perda ponderal de peso se faz necessário para redução da obesidade na tentativa de minimizar os efeitos negativos dos fatores de riscos associados.
3.1.2 Doenças cardiovasculares
Segundo a OPAS (2020). As doenças cardiovasculares são um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos e incluem:
- Doença coronariana – doença dos vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco;
- Doença cerebrovascular – doença dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro;
- Doença arterial periférica – doença dos vasos sanguíneos que irrigam os membros superiores e inferiores;
- Doença cardíaca reumática – danos no músculo do coração e válvulas cardíacas devido à febre reumática, causada por bactérias estreptocócicas;
- Cardiopatia congênita – malformações na estrutura do coração existentes desde o momento do nascimento;
- Trombose venosa profunda e embolia pulmonar – coágulos sanguíneos nas veias das pernas, que podem se desalojar e se mover para o coração e pulmões.
3.1.3 Obesidade e sobrepeso
De acordo com Barroso e Sousa (2020), com a transição demográfica a obesidade e sobrepeso tornaram-se problemas de saúde global, sendo fatores de risco para DCNT, tais como DM, câncer e doenças cardiovasculares. Dados revelam que 39% de toda a população mundial cerca de 1.9 bilhões de adultos apresentam sobrepeso. A OMS ressalta que até 2019, 38 milhões de crianças com idade até cinco anos apresentavam obesidade, o que aumenta o risco de desenvolvimento de Hipertensão Arterial Sistêmica, DM, além de maior risco de fraturas, doenças cardiovasculares, dificuldades respiratórias e resistência a insulina. A obesidade na infância como fator relevante para doenças cardiovasculares está ligada a presença de dislipidemia o que aumenta o perigo do aparecimento de DCV na vida adulta. Com a adiposidade corpórea em níveis superiores aos padronizados, são análogos a presença de dislipidemia, que são observadas a partir dos níveis de lipoproteínas de baixa e alta densidade e colesterol total sérico, verificando que a dislipidemia aterogênica e doença aterosclerótica podem surgir ainda na infância. Para os autores é necessário criar estratégias de rastreamento e detecção rápida para o problema de saúde pública global de obesidade e DCV, avaliando o perfil lipídico por apoliproteínas tal como biomarcadores sensíveis para a detecção de riscos e criação de indicadores de vigilância em saúde de crianças e adolescentes.
Fusco et al (2020), descrevem que, por ser uma patologia complexa, multifatorial e que envolvem fatores relacionados à alimentação e atividade física, a obesidade sugere um tratamento de difícil adesão por meio do indivíduo. Nesse caso, é necessário investigar a fundo além do peso, mas as causas que levam alguém a adquirir a doença, como sinais e sintomas associados à diversidade cultural e suas individualidades, buscando a melhoria da qualidade de vida dessa parcela da população. Ansiedade, qualidade do sono e compulsão alimentar são tópicos descritos como possíveis fatores para obesidade. Desses indivíduos, os que apresentaram maior taxa de ansiedade consequentemente estavam associados ao maior quadro de compulsão alimentar e pior qualidade de sono. 96% dos participantes apresentaram quadro no mínimo leve de ansiedade, bem como, 83% mostraram terem o sono ruim e 60% compulsão alimentar, sendo este último acentuado pelo estresse. Frente ao exposto, os resultados demonstram relações de sobrepeso e obesidade com essas variáveis na intenção de colaborar para maior qualidade na abordagem ao paciente no intuito de oferecer qualidade de vida e diminuir fatores de riscos para DCNT.
O estudo realizado por Santos et al (2020), em quilombolas baianos, sugere que 6 em cada 10 adultos têm o diagnóstico de obesidade, feitos a partir de avaliação por balança de bioimpedância, o que denota a relevância do monitoramento da prevalência dessa doença para os gestores públicos, principalmente em países de baixa renda. O presente estudo subsidiou ação de prevenção e redução da obesidade e comorbidades correlacionadas. No geral, mulheres têm maior risco de desenvolver obesidade. Diversidades culturais e percepção da imagem corporal são fatores que estão associados a sobrepeso e obesidade em mulheres de origens africanas. Para os quilombolas que fizeram parte do estudo, as atividades descritas na literatura e realizadas diariamente pelas mesmas estão associadas a patologia, uma vez que mulheres tendem a armazenar maior quantidade de gordura subcutânea progressivamente com o avanço da idade do que homens. A histórica negligencia da saúde pública com povos quilombolas brasileiros, refletem nos resultados achados pelos autores, onde, além da obesidade predominantemente no sexo feminino, também se tem um alto índice de diagnósticos de doenças evitáveis.
3.1.4 Hipertensão arterial sistêmica
A evolução do envelhecimento da população e o desenvolvimento do país é observada de forma desigual em diferentes regiões, estima-se que até o ano de 2040 sejam 153 idosos para cada 100 jovens. Ligado ao envelhecimento populacional caracterizado a partir dos 40 anos, está também o aparecimento de DCNT como Hipertensão Arterial Sistêmica descrita por dispor de valores iguais ou superiores a 140 mmHg por pressão arterial sistólica e 90 mmHg de pressão arterial diastólica sendo a morbidade mais comum em idosos acometendo cerca de 50% da população de 60 a 69 anos e capaz de chegar a até 70% dos indivíduos acima dos 70 anos no Brasil (RABELO et al, 2019).
O estudo realizado por Dias et al (2019) com 48 idosos hipertensos participantes da Unidade Saúde da Família (USF) com idade entre 60 a 64 anos maioria do sexo feminino com 29 participantes (60,42%) e 19 participantes do sexo masculino (39,58%),
chama a atenção que tanto homens quanto mulheres apresentam medidas de circunferências abdominais aumentadas, com valores acima de 88cm, onde é possível verificar a relação entre circunferência abdominal e sexo é um importante fator de risco para complicações metabólicas principalmente em mulheres, onde foi visto uma maior predominância quando comparados a homens, como também o histórico familiar, onde a maioria dos pacientes pertencentes a pesquisa relatou apresentar algum familiar com HAS. O predomínio de mulheres diagnosticadas pode estar diretamente ligado a procura por serviços de saúde e também a condições fisiológicas e hormonais naturais como queda significativa nos níveis de estrogênio e aumento no ganho de peso,
3.1.5 Hiperlipidemia
Junior, Couto (2021) descrevem que o elevado nível de colesterol e triglicerídeo no sangue caracteriza a Dislipidemia que é uma patologia causada pela alimentação inadequada diariamente e hábitos de vida prejudiciais à saúde, além de ser um fator de risco relacionado a acidente vascular cerebral, diabetes mellitus, infarto agudo do miocárdio e hipertensão. Para os autores, avaliar o perfil lipídico de pacientes é uma ferramenta extremamente necessária visando políticas públicas de saúde na intenção de prevenir alterações cardiovasculares na população em geral, uma vez que a obesidade representa riscos à saúde e ao estado nutricional, principalmente em idosos. Intensificar a promoção da educação à saúde e melhoria do estado nutricional bem como incentivar a prática de alimentação saudável e atividade física para pacientes com dislipidemia e auxiliar na reparação da alimentação e ingesta regular de fibras foi o objetivo proposto.
3.2 Consumo alimentar
O aumento da procura por atendimento nutricional tanto em ambulatório da rede básica de saúde quanto em consultórios e clínicas tem crescido significativamente durante as últimas décadas, fato que se dá em virtude dos elevados casos de DCNT na população. Fisberg et al (2009), ressalta que a intervenção nutricional é um tratamento comprovado ou no mínimo coadjuvante para a prevenção e tratamento da obesidade, DM, HAS, DCV, e câncer, revelando que para uma melhor eficácia é necessário um aprofundado conhecimento sobre os fatores que fundamentam o consumo alimentar. O estado nutricional e o consumo alimentar são reflexos de suas necessidades básicas diárias, a avaliação do estado nutricional do individua tem como objetivo verificar riscos, auxiliar na recuperação da saúde e monitorar a evolução do mesmo, assim como o consumo alimentar individualizado tem como objetivo verificar a finalidade para aplicar a melhor conduta nutricional, orientar a escolha do método por inquérito além de verificar fatores que levam o indivíduo a procurar o atendimento nutricional para assim direcionar a avaliação correta de consumo alimentar.
Com isso Fisberg et al (2009), descrevem as principais fontes de erros na avaliação do consumo alimentar e destaca três pontos para que o resultado final seja subestimado ou superestimado, que são: o entrevistado, o entrevistador e o método de inquerido utilizado para analisar as informações obtidas. O entrevistado requer uma memória basicamente razoável para que consiga informar corretamente os alimentos consumidos sem deixar de relatar algum, ou acrescentar algo que não consumiu, vários fatores interferem para que isso aconteça como idade, gênero, escolaridade, etnia e até mesmo o local da entrevista, entretanto essas sucessões de erros também pode vir do entrevistador uma vez que reações diante da resposta do paciente, omissões de perguntas e fatores de comportamento são pontos que fazem que detectam erros de mensuração e controle e por fim o método de inquérito aplicado, podendo haver erros sistemáticos e aleatórios em virtude do método utilizado.
Campos et al 2020, com a intenção de mostrar os fatores prevalentes no consumo alimentar de idosos e evidenciar as características da conjuntura da nutrição geriátrica no Brasil, auxiliou na prevenção e cuidado da saúde dos idosos no intuito de melhorar a alimentação e oferecer qualidade de vida e saúde para essa população. O alto índice de má alimentação e nutrição em idosos é mostrado em diversos estudos sobrepeso, e obesidade são na maioria das vezes estados nutricionais predominantes em relação aos indivíduos eutróficos, achados esses que são recorrentes nas condições em que eles se encontram sejam elas socioeconômicas, ambientais, avanço da idade, familiares ou alterações fisiológicas naturais causadas pela idade. A população geriátrica brasileira encontra-se em grave situação, o que faz necessária a investigação do estado nutricional para reconhecer as peculiaridades que afetam o consumo alimentar de idosos, destacando, preservando e valorizando a cultura alimentar de cada região do país.
3.3 Etilismo
O etilismo tem tido um aumento significativo na população, tanto na forma casual quanto em âmbito religioso. Há séculos o álcool faz parte de cultos e atos religiosos, entretanto, o consumo exagerado está relacionado a malefícios sociais, físicos como comorbidades e psíquico para indivíduos de todo o mundo. O uso abusivo demonstra graves problemas de saúde pública, além de afetar negativamente a saúde com o alto custo, elevado grau de mortalidade e ineficiência de seus usuários (ALMEIDA et al, 2020).
Descrito pela OMS como classificação internacional de doença (CID-10), o etilismo é uma síndrome de dependência com conjunto de fenômenos comportamentais, fisiológicos e cognitivos. Em relação a problemas associados à família, trabalho e sociais como pobreza, violência e violência no trânsito, a análise de defesa e do mecanismo do ego verificou que a maioria das respostas dos participantes do estudo sinalizavam para família com 24,9%, seguido de trabalho e segundo lugar e problemas sociais como pobreza e violência em terceiro lugar. Compensação, conversão, negação, deslocamento e dissociação são alguns dos mecanismos relacionados ao alcoolismo, no entanto esses resultados apontam que a pessoa com doença alcoólica é quase inevitável adquirir complicações com comorbidades e mortalidade associadas, afetando a vida social e saúde mental (ALMEIDA et al, 2020).
3.4 Tabagismo
No Brasil um país em desenvolvimento a média de idade para considerar um indivíduo idoso é a partir de 60 anos e para a Organização Mundial da Saúde o nível de desenvolvimento do idoso é caracterizado pelo desenvolvimento socioeconômico de cada país. Gomes et al 2020, relata que o tabagismo é considerado com o maior índice de mortes evitáveis em todo o mundo, acredita-se que cerca de 1,25 bilhões de pessoas sejam fumantes e em relação ao grupo de idosos estima-se que esse hábito seja responsável por 7 entre as 14 mortes mais recorrentes bem como a prática do fumo está associada a diversas doenças crônicas entre elas as doenças cardiovasculares, doenças do sistema respiratórios e neoplasias.
Mahmud et al (2021), ressalta que largar o hábito de fumar mesmo que após os 60 anos oferece benéficos a saúde do idoso e a expectativa de vida comparado a multimorbidades e evitando complicações principalmente relacionadas ao câncer, hipertensão e doenças pulmonares uma vez que o grupo dos idosos são os mais afetados por doenças crônicas em todo o mundo.
Deste modo, Souza et al (2021), ao perceber que a população idosa é a que mais consome fármacos sempre com a intenção de melhora e manutenção da qualidade de vida muito embora efeitos indesejáveis e a adesão a esses medicamentos têm sua eficácia diminuída uma vez que o uso do tabaco é atrelado a rotina de vida desses indivíduos ainda que seja realizadas campanhas educacionais e informativas a respeito do tabaco ser responsável por desenvolver uma série de doenças crônicas, seu uso global ainda é significativo, o costume do uso do tabaco é considerado possível comprometimento sobre o uso e adesão da farmacoterapia.
Para Nogueira et al 2021, o risco de morte em fumantes aumenta por doenças cardiovasculares é o dobro o que também tem o nível considerável nos fumantes ditos passivos além de o tabagismo ser e um dos preditores por morte súbita cardíaca, aumento de doença arterial periférica, isquemia miocárdica e acidente vascular cerebral, prejuízo causado pela nicotina, substância com maior quantidade no cigarro que é capaz de modificar o tônus vascular gerando alterações hemodinâmicas.
4. METODOLOGIA
4.1 Tipo de estudo
O presente estudo foi do tipo transversal analítico quantitativo descritivo, com indivíduos idosos, portadores de diabetes mellitus tipo 2 com doenças crônicas associadas, acompanhados pelo ambulatório de nutrição de um hospital público na primeira consulta.
4.2 Coleta de dados
A coleta de dados foi realizada por meio de análise do banco de dados da pesquisa intitulada “Riscos cardiovasculares em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 atendidos em um ambulatório de nutrição na cidade de Belém-PA”. Aplicou-se uma ficha de coleta de dados (APÊNDICE A), que abordou aspectos sobre: idade, sexo, doenças crônicas (obesidade, hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, dislipidemia, outras), circunferência da cintura e consumo de alimentos processados e ultra processados, obtido pelo questionário de frequência alimentar adaptado do Novo Guia Alimentar para a população brasileira.
4.3 Antropometria
4.3.1 Circunferência da cintura (CC)
Parâmetro bastante utilizado na avaliação nutricional é a circunferência da cintura. A aplicação da medida permite avaliar a distribuição central da gordura corporal. Ressalta-se que, atualmente tem recebido importante atenção na avaliação do risco cardiovascular por ser forte preditora da quantidade de gordura visceral, a principal responsável pelo aparecimento de alterações metabólicas e de doenças crônicas (STAUDT; DE MATTOS, 2011).
Portanto, a CC foi medida no ponto médio da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca no sentido horizontal, sem a compressão da pele. Foi realizada na ausência de roupas na região de interesse. O indivíduo ficou ereto, com o abdome relaxado (ao final da expiração), os braços estendidos ao longo do corpo e as pernas fechadas (BRASIL, 2011).
Para a classificação foram utilizados os pontos de corte propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2000 – Quadro 1).
Quadro 1 – Parâmetros de circunferência da cintura
Sexo | Sem risco | Risco aumentado | Risco muito aumentado |
Masculino | < 94 cm | 94 a 102 cm | > 102 cm |
Feminino | < 80 cm | 80 a 88 cm | > 88 cm |
Fonte: OMS, 2000.
4.4 Consumo alimentar
A avaliação dietética foi realizada através do questionário de frequência alimentar (APÊNDICE B) adaptado conforme o Guia Alimentar para a população brasileira (BRASIL, 2014), onde foram analisados 2 grupos de alimentos, a seguir: processados e ultraprocessados.
Na análise do consumo alimentar foi usada a metodologia baseada na proposta de Sichieri (1998), adaptada pela autora. O cômputo geral do consumo foi obtido a partir da transformação das frequências em frações diárias, ou seja, o número de vezes de consumo em um mês, dividido por trinta, traduzindo o referencial “dia”. Assim, um consumo de três vezes ao dia, foi transformado em três vezes trinta, igual a 90/30, ou 3, cinco vezes por semana foi transformada em cinco vezes quatro, igual a 20/30 ou 0,67 e assim sucessivamente, até a frequência zero, que representa as opções “raro” e “nunca”. Após este processo, foi calculada a média ponderada da frequência de consumo usual e em seguida, aplicado o ponto de corte para a categorização do nível de consumo, conforme o quadro 2.
Quadro 2. Ponto de corte para a categorização do nível de consumo alimentar.
Categorização | Ponto de Corte |
Alimento de consumo Elevado | 3 a 1 |
Alimento de consumo Médio | 0,99 a 0,33 |
Alimento de consumo Baixo | 0,32 a 0 |
Fonte: SICHIERI, 1998
4.5 Período
A coleta dos dados foi desenvolvida no mês de agosto de 202
4.6 Local
O estudo foi realizado na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, localizado na Travessa Alferes Costa, número S/N, no bairro da Pedreira, Belém-PA.
4.7 População alvo
A população alvo foram os pacientes com diagnóstico confirmativo de diabetes mellitus tipo 2, associados às demais doenças crônicas (co-morbidades), de ambos os sexos, independentemente de cor e raça, com idade igual ou superior a 60 anos, em acompanhamento nutricional ambulatorial. A amostra foi por conveniência, a partir do atendimento de pacientes no consultório de nutrição do hospital.
4.8 Análise e estatística
Os dados secundários coletados foram armazenados em banco de dados e organizados em planilhas para as avaliações descritas. Para a verificação de associação significativa entre as variáveis nominais pesquisadas, foi realizada a análise de correspondência, através do software STATISTICA versão 8. Os resultados foram observados a partir de tabelas que mostram o resíduo e o coeficiente de confiança das variáveis em análise no qual foi maior ou igual a 0,70 ou equivalentemente 100×γ % = 70% .
4.9 Considerações éticas
A garantia dos aspectos éticos foi pautada segundo os preceitos da Declaração de Helsinque e do código de Nuremberg, respeitando as normas de pesquisa envolvendo seres humanos (Resolução CNS nº 466/2012) do Conselho Nacional de Saúde, garantindo o sigilo no que se refere à identificação do paciente. Bem como, mediante o aceite do orientador Prof. MSc. Fábio Costa de Vasconcelos (APÊNDICE C) e por meio da autorização do autor do Projeto “Risco cardiovascular em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 atendidos em um ambulatório de nutrição na cidade de Belém- PA”, conforme o Termo de Compromisso de Utilização de Dados – TCUD (APÊNDICE D).
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (ANEXO A) da Fundação Pública Estadual Hospital das Clínicas Gaspar Vianna sob o parecer número: 3.576.855 e CAEE: 14130719.1.3001.0016.
4.10 Critérios de inclusão e exclusão
Os pacientes incluídos foram os indivíduos portadores de diabetes mellitus tipo 2, associados às demais doenças crônicas, que aceitarem participar deste projeto, com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, em condições físicas acessíveis de coleta de dados antropométricos, realizada na primeira consulta no ambulatório de nutrição e aqueles que aceitaram assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídos da pesquisa indivíduos menores de 60 anos, não portadores de Doenças Crônicas e aqueles em condições físicas inacessíveis para a coleta de dados antropométricos, amputados, e os que não assinaram o TCLE.
4.11 Riscos e benefícios
O risco da realização da pesquisa pode ser referente à divulgação errônea dos dados coletados referentes às informações dos indivíduos, assim como quebra do sigilo e constrangimento de exposição das informações. Para evitar que ocorra a divulgação de forma errônea, ou que as informações sejam violadas, assim como a identificação dos indivíduos, os pesquisados foram identificados por códigos e os dados obtidos publicados. A pesquisa foi utilizada para o processo de avaliação acadêmica; além disso, a coleta foi embasada nos preceitos éticos e morais para a manutenção do sigilo dos dados.
Os benefícios estão relacionados ao conhecimento acerca do estado clínico desses pacientes e a possível utilização dessas informações para estudos posteriores, assim como comporta benefícios ao pesquisador no que se refere a enriquecer os conhecimentos técnicos e científicos através do estudo com esta população específica.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Análise descritiva
A pesquisa foi composta por 30 pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2, associados às demais doenças crônicas, apresentando média de idade 68,91 ± 7,32 anos, em um hospital público de referência em doenças cardiovasculares.
A tabela 1 mostra o número e porcentagem de pacientes diabéticos tipo 2 acometidos de acordo com faixa etária, gênero e doenças crônicas. Em relação à faixa etária, verifica-se maior percentual (46,66%) de pacientes entre 65 a 69 anos. Nota-se uma distribuição de 63,33% de pacientes do gênero feminino. Em relação às doenças crônicas, a obesidade teve maior destaque correspondendo a 30,00% dos casos.
Tabela 1. Número e percentual de pacientes diabéticos tipo 2 de acordo com faixa etária, gênero, as doenças crônicas e fatores de risco em um hospital de referência, 2021.

Nota: HAS: hipertensão arterial sistêmica
Fonte: Protocolo de pesquisa.
Diante dos resultados encontrados, é possível verificar a associação das variáveis quantitativas e doenças crônicas. Silveira et al (2018), após analisar 412 idosos do Centro- Oeste do país o que se torna relevante uma vez que pesquisas para essa faixa etária e região não são comuns em idosos de ambos os sexos, associou a obesidade abdominal (AO) com DCNT, especificamente doenças do aparelho respiratório em homens e DM em mulheres, evidenciando a correlação entre OA e morbidades nessa população, cerca de 65,5 % das mulheres e 34,8% dos homens apresentam OA, o que corresponde aos resultados acima onde a prevalência de obesidade em idosos chega a 30% de toda a pesquisa.
O estudo realizado por Santos et al (2020), constatou a prevalência de 76,8% dos idosos apresentavam HAS, e que a mortalidade pela mesma contribui para 50% dos óbitos por doenças cardiovasculares e a morte por acidente vascular cerebral chega a 40% dos casos, e em 50% por insuficiência renal. Em relação ao sobrepeso e obesidade foi observado que idosos nessas condições têm de 1,7 a 3,85% mais de chances de desenvolver HAS quando relacionados aos eutróficos. Já os idosos com excesso de peso e obesidade os riscos de serem hipertensos chega às 1,2 e 1,4 respectivamente, comparados a eutróficos, comparações essas que mencionam a combinação de excesso de peso e obesidade com HAS interpretados por alterações hemodinâmicas e evidenciado pelo acúmulo de gordura associado a uma resistência vascular periférica e o aumento do débito cardíaco.
5.2 Análise de correspondência
Em relação a Análise de Correspondência (AC), observa-se que os pacientes com diabetes tipo II associado com Doenças Crônicas (DC), apresentaram significância estatística com os fatores de risco, a seguir: tabagismo, etilismo, circunferência da cintura, consumo alimentar. A Tabela 02 apresenta resultado dos testes para verificar a dependência das variáveis em estudo ao nível de significância de 5%, a partir do valor do qui-quadrado, p e critério β.
Verificam-se então que, as variáveis que tiveram condições viáveis para aplicação da técnica em estudo foram: DC versus Tabagismo; DC versus Etilismo; DC versus Circunferência da Cintura e DC versus consumo alimentar (alimentos processados e ultraprocessados).
Ressalta-se que as variáveis testadas e consideradas independentes não foram apresentadas.
Tabela 02. Resultados do teste de dependência das variáveis: fatores de risco para pacientes diabéticos associadas a doenças crônicas, em um Hospital Público de Referência em Belém, Ano 2021.

Nota: DC: Doenças Crônicas; χ2 = qui-quadrado; g.l. = grau de liberdade; p = nível descritivo; l = número de linhas; c = número de colunas.
Fonte: Protocolo de pesquisa.
As variáveis que apresentaram relações significativas são relacionadas na sequência do texto. Os valores destacados em negrito nas Tabelas 3 e 6 apresentam grau de confiança maior que 70% para efeito de relação estatística.
5.2.1 Aplicação da AC às Variáveis: Doenças Crônicas e Tabagismo
A Tabela 03 mostra os resíduos e grau de confiança das variáveis: Doenças Crônicas e Tabagismo. Houve associação dos pacientes que tiveram diagnóstico de obesidade, hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares e obesidade + HAS e o tabagismo, com nível de confiança de 89,43%, 83,21%, 99,13% e 98,97%, respectivamente. Em relação aos pacientes obesos + hiperlipêmicos não houve associação com o uso do cigarro.
Tabela 03: Resíduos e Níveis de Confiança Resultantes da Aplicação da Análise de Correspondência às Variáveis: Doenças Crônicas e Tabagismo, em um Hospital Público de Belém, Ano 2021.

Fonte: Protocolo de pesquisa.
As variáveis analisadas e descritas na tabela acima demonstram as principais associações entre doenças crônicas e tabagismo. Obesidade + HAS destacam-se como mais importantes entre elas. Beltrame et al (2017), ao verificar fatores de riscos e o uso do tabaco por 4.023 idosos de 27 municípios do estado Minas Gerais relacionados aos casos de HAS, entre estes a maioria dos idosos eram do sexo masculino na faixa etária de 60 a 69 anos que se ratificou chance de 2,77 vezes maiores de serem tabagistas em relação a mulheres da mesma faixa etária, bem como a correlação entre quantidade de cigarros consumidos diariamente correspondentes a HAS, observando-se a alta prevalência na chance de idosos tornarem-se hipertensos.
O Tabagista acima de 50 anos apresenta maior dependência da nicotina como também fumam mais cigarros durante o dia. Quando comparados a fumantes mais novos o grupo dos idosos fumam a mais tempo e apresentam maior chance de desenvolver problemas com a saúde referentes ao fumo, além do que quanto maior a quantidade de cigarro consumido durante o dia, mais chances de tornarem-se hipertenso e que mudanças na alimentação, prática de atividade física e suspender o uso do tabaco são práticas eficazes no controle de DCNT (BELTRAME et al., 2017).
Já o estudo realizado em 91 Unidades Básicas de Saúde das 6 regionais da cidade de Fortaleza-CE, com 1.527 indivíduos divididos por faixa etária entre, adultos (30-39), meia-idade (40-49) e idosos (acima de 60 anos), Silva et al (2021) ao conceituar os aspectos excesso de peso, obesidade abdominal, DM, HAS e prática de atividade física, com 1.109 mulheres e 418 homes. Destes 463 idosos (30,3%), verificou-se que 130 (8,5%) dos indivíduos eram fumantes e que a maior prevalência do uso de tabaco foi pelo público masculino (11,7%) quando comparados às mulheres (7,3%).
Em relação a população masculina, Silva et al. (2021), descreve que 12% são considerados fumantes. Chama atenção o avanço da idade e a alta prevalência de idosos com HAS (45%). Comparados a adultos a alta prevalência de HAS e DM triplicam na população de meia idade, bem como a obesidade abdominal em que 65,5% da amostra apresenta riscos cardiometabólicos e o excesso de peso com valores elevados em indivíduos adultos é considerado um dos cinco fatores de riscos para mortalidade em todo o mundo.
5.2.2 Aplicação da AC às Variáveis: Doenças Crônicas e Etilismo
A Tabela 04 mostra os resíduos e grau de confiança das variáveis: Doenças Crônicas e Etilismo. Houve associação dos pacientes que tiveram diagnóstico de obesidade, hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares e obesidade + HAS e o etilismo, com nível de confiança de 88,34%, 73,21%, 88,43% e 84,07%, respectivamente. Em relação aos pacientes obesos + hiperlipêmicos não houve associação com o uso do álcool.
Tabela 04: Resíduos e Níveis de Confiança Resultantes da Aplicação da Análise de Correspondência às Variáveis: Doenças Crônicas e Etilismo, em um Hospital Público de Belém, Ano 2021.

Fonte: Protocolo de pesquisa.
O quadro acima demonstra a relação entre etilismo e DCNT, entre elas obesidade encontra-se em segundo lugar ficando atrás de doenças cardiovasculares. A obesidade em idosos representa um importante fator de complicações à saúde. Deste modo, Costa et al 2020, ao avaliar 206 idosos compostos por 59,2% do sexo feminino e 40,8 % do sexo masculino com 37,4 % etilistas demonstrou que os não etilistas fazem mais dietas quando comparados aos consumidores de álcool, como também o sedentarismo é fator determinante para obesidade onde ficou evidente a relação do mesmo com etilismo.
Embora verifiquem-se a média de alcoolismo baixa na maioria dos estudos realizados em idosos, Gomes et al 2020, investigando os” Padrões alimentares de idosos e seus determinantes” com 1.426 indivíduos do sul do Brasil e idade superior a 60 anos. Relatou que 1,0 % dos indivíduos apresentaram dependência de álcool, foi verificado também a adesão a alimentação saudável e uma das variações achadas sinaliza o grupo de dependência alcoólica como o que menos aderiu a prática de alimentação considerada saudável. 56,5 % dos indivíduos encontram-se em sobrepeso/obesidade desse modo a baixa adesão por dietas saudáveis por consumidores de álcool, explica-se pelo teor calórico das bebidas e alimentos escolhidos para acompanhamento, reduzindo assim seu apetite.
5.2.3 Aplicação da AC às Variáveis: Doenças Crônicas e Circunferência da Cintura
A Tabela 05 mostra os resíduos e grau de confiança das variáveis: Doenças Crônicas e Circunferência da Cintura. Houve associação dos pacientes que tiveram o diagnóstico de Obesidade, hipertensão artéria sistêmica, doenças cardiovasculares, obesidade + HAS, obesidade + hiperlipidemia com nível de confiança de 99,39%, 83,71%, 99,27% e 98,97%, 74,21%, respectivamente.
Tabela 05: Resíduos e Níveis de Confiança Resultantes da Aplicação da Análise de Correspondência às Variáveis: Doenças Crônicas e Circunferência da Cintura, em um Hospital Público de Belém, Ano 2021.

A gordura visceral indica marcadores importantes no rastreio de várias doenças crônicas não transmissíveis, entre elas Hipertensão arterial sistêmica e diabetes. Ribeiro et al 2021, ao investigar “Relação entre variáveis bioquímicas, antropométricas e controle metabólico em idosos com diabetes mellitus” em 21 idosos com 60 anos ou mais de ambos os sexos com diagnóstico de DM, Realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) na Universidade Federal do Amapá – UNIFAP determinou que a relação do colesterol Total e LDL correlacionadas as variáveis antropométricas e bioquímicas apresentam relação positiva para a gordura visceral.
Ribeiro, discutiu sobre esses fatores estarem ligados ao envelhecimento uma vez que o acúmulo de gordura visceral junto a falta de atividade física, presença de sarcopenia e diminuição da função mitocondrial são fatores importantes para o aumento da resistência à insulina. Importante ressaltar o que a literatura descreve sobre mulheres que estão na menopausa e andropausa apresentam alterações hormonais, ficando mais suscetíveis ao aumento da circunferência da cintura e ganho de gordura visceral, sendo necessária uma investigação detalhada para saúde das idosas.
Assim como o estudo de coorte de modo transversal realizado por Souza et al 2020, na Unidade Saúde da família na cidade de Barreiras – BA com 49 idosos de 60 anos ou mais onde percebeu-se a extensa diferença entre mulheres e homens com os valores de 18,5 cm e 87,6 cm respectivamente para área de gordura visceral indicando o rico aumentado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares para o sexo feminino de áreas de gordura visceral. Deste modo, avaliar por meio da obesidade central aspectos de gordura abdominal torna-se um indicador importante para o diagnóstico de riscos cardiovasculares em idosos. Vale ressaltar que todos os marcadores realizados, entre eles áreas de gordura visceral indicam riscos aumentados para doenças cardiovasculares no sexo feminino que apresentou percentual elevado para todos.
Seguindo raciocínios anteriores temos Queiroz et al 2020, que em relação a GV avaliou 1.025 indivíduos quilombolas do Norte de Minas Gerais sendo eles 258 (19,5%) idosos acima de 60 anos divididos por 142 (19,1 %) mulheres e 116 (20,2 %) homens. A prevalência de adiposidade abdominal na faixa etária de 60 a 69 anos foi de (82,5%) em mulheres e (40,8 %) em homens, o importante percentual destacando o elevado valor entre mulheres demonstrou características relacionadas ao avanço da idade e alterações hormonais sobretudo, modificações na composição corporal capaz de favorecer a concentração de gordura.
5.2.4 Aplicação da AC às Variáveis: Doenças Crônicas e Consumo Alimentar
A Tabela 06 mostra os resíduos e grau de confiança das variáveis: Doenças Crônicas e Consumo Alimentar (alimentos processados e ultraprocessados).
Houve associação dos pacientes que tiveram o diagnóstico de Obesidade, hipertensão artéria sistêmica, doenças cardiovasculares, obesidade + HAS, e obesidade + hiperlipidemia com nível de confiança de 99.14%, 81.61%, 98.19%, 97.97% e 74.21% respectivamente.
Tabela 06: Resíduos e Níveis de Confiança Resultantes da Aplicação da Análise de Correspondência às Variáveis: Doenças Crônicas e Consumo Alimentar (alimentos processados e ultraprocessados), em um Hospital Público de Belém, Ano 2021.

Dados atualizados em 2019 do inquérito transversal anual do sistema Vigitel e descritos por Costa et al 2021, nas 27 capitais brasileiras verificou a frequência do consumo de 13 grupos de alimentos ultraprocessados. No Brasil dietas com maior densidade energética estão ligadas ao alto consumo de alimentos ultraprocessados ricos em gorduras ruins, açúcar e menor teor de proteínas, vitaminas, minerais e fibras, induzindo ao surgimento de doenças crônicas não transmissíveis bem como Hipertensão Arterial Sistêmica, Obesidade, Diabetes, Câncer e Depressão. sexo, a frequência do consumo de alimentos de ultraprocessados foi relativamente menor nas mulheres com a diferencia amentando em relação a idade.
O consumo alimentar investigado por inquérito de frequência alimentar nos últimos sete dias foi utilizado por Pereira et al (2020), para analisar a qualidade da alimentação da população idosa da zona urbana de Pelotas, RS. Foram avaliados peso, estado nutricional a partir de índice de massa corpórea (IMC) e presença de multimorbidades que consideravam sobrepeso e obesidade componentes para o desfecho, os resultados a seguir revelam o consumo de alimentos considerados não saudáveis, bem como processados e ultraprocessados. Doces, refrigerantes, sucos industrializados, frituras, conservas, embutidos e enlatados foram consumidos nos sete dias da semana por 66,7 % dos idosos, revelando esse um fator determinante para presença de multimorbidades nessa população.
Dessa forma, objetivando avaliar o estado nutricional e consumo alimentar de 50 idosos diagnosticados com HAS e/ou DM residentes da zona da mata – Pernambuco, Campos et al (2021), usou antropometria, circunferência da cintura (CC), circunferência da panturrilha (CP) e questionário de frequência alimentar (QFA) para obter os seguintes resultados: 50% dos idosos apresenta sobrepeso, reforçando os resultados da tabela 6. Divididos por faixa etária, os grupos de idosos A e B apresentaram diferenças quanto ao consumo de alimentos processados e ultraprocessados. Margarina, manteiga, sorvete, macarrão e sucos industrializados são exemplos de alimentos consumidos em maior quantidade pelo grupo B. Diante disto, embora a pesquisa não englobe todos os idosos brasileiros, os autores ressaltam a necessidade de ações preventivas de agravos e promoção à saúde referentes aos cuidados nutricionais para o grupo dos idosos e doenças como as DCNT.
6. CONCLUSÃO
O estudo de doenças crônicas não transmissíveis torna-se relevante e traz benefícios indiscutíveis a partir de dados obtidos nesta pesquisa, com aumento dessas doenças na população em geral. Os resultados dessa pesquisa possibilitam verificar as DCNT mais prevalentes na população idosa com diagnóstico de Diabetes, foram a Obesidade, Hipertensão Arterial Sistêmica e Doenças Cardiovasculares apresentam-se em alta predominância.
Demonstrou-se também a relação entre análise de correspondência associado a variáveis etiológicas e doenças crônicas, em que todas as variáveis houve associação com DCNT. Chama atenção o índice elevado das variáveis. Etilismo, Tabagismo, Circunferência da Cintura e Consumo Alimentar de alimentos processados e ultraprocessados, demonstrando a importância de mais trabalhos que estude a fundo e de maneira eficaz as circunstâncias que levam esse grupo de indivíduos a expor-se a riscos na sua maioria das vezes evitáveis. vale ressaltar a importância de políticas públicas e ações de prevenção e educação nutricional a fim de minimizar esses efeitos.
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1Graduação em Nutrição, vinculado à Universidade da Amazônia. ORCID: 0000-0001-9777-9468. Orientador
2Graduação em Nutrição, vinculada ao Centro Universitário da Amazônia. ORCID: 0009-0008-4214-253X
3Graduação em Farmácia, vinculada a Secretária de Saúde do Estado do Pará. ORCID: 0009-0008-5008-6910
4Graduação em Nutrição, vinculada ao Centro Universitário do Estado do Pará. ORCID: 0000-0003-1996-294X
5Graduação em Nutrição, vinculada ao Centro Universitário do Estado do Pará. ORCID: 0000-0003-2808-3787
6Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia. ORCID: 0000-0001-5088-7517.
7Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.
8Graduação em Nutrição, vinculada ao Centro Universitário da Amazônia.
9Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.
10Graduação em Nutrição, vinculado à Universidade da Amazônia.
11Graduação em Nutrição, vinculada ao Centro Universitário da Amazônia.
12Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.
13Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.
14Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.
15Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.