REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10425556
Marcos Alexandre Andrade1;
Fabricio Balestrin2.
RESUMO
Este estudo investigou o impacto de três diferentes concentrações de um aditivo plastificante de pega normal nas propriedades mecânicas do concreto, visando aprimorar sua resistência e durabilidade. O experimento incluiu a variação controlada das concentrações durante a produção do concreto, com foco em características como resistência à compressão. Os resultados revelaram uma correlação positiva entre a concentração do aditivo e a resistência à compressão, indicando melhorias significativas com concentrações mais elevadas. Em um contexto mais específico, a pesquisa também analisou o aditivo POLIFAST 1005 em concentrações de 1%, 1,25% e 1,50%, concentrando-se nas propriedades mecânicas e na trabalhabilidade do concreto. A concentração de 1,25% destacou-se como a mais equilibrada, proporcionando maleabilidade sem comprometer a resistência. Os resultados sugerem um potencial para a redução no consumo de água e desperdício de materiais, contribuindo para práticas construtivas mais sustentáveis. Este estudo oferece insights valiosos para a adoção consciente de aditivos na indústria, promovendo eficiência, sustentabilidade e desempenho otimizado na construção civil.
Palavras-chave: Aditivo Plastificante; Trabalhabilidade; Resistência à compressão; Concreto usinado.
1 INTRODUÇÃO
O uso de concreto é uma parte essencial da construção civil e seu desempenho depende não apenas da formulação dos materiais, mas, também, dos processos envolvidos em sua produção e aplicação. O transporte de concreto fresco em caminhões betoneira é uma etapa crítica, durante a qual ocorre a hidratação das partículas de cimento. Com objetivo de melhorar a trabalhabilidade durante a aplicação, são adicionados aditivos plastificantes, o que deixa o concreto maleável.
A construção civil é conhecida como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento econômico e social, e, por outro lado, é conhecida, também, como a grande geradora de impactos ambientais, quer seja pelo consumo de recursos naturais, ou pela geração de resíduos [1].
Uma considerável parcela do concreto utilizado em diversos países é proveniente de centrais dosadoras de concreto. Nesse contexto, o principal desafio na produção de concreto dosado em central se dá em preservar a trabalhabilidade da mistura até o momento do lançamento na obra. O endurecimento resultante do processo de cura do concreto torna-se mais dificultoso à medida que o tempo de mistura aumenta, especialmente em condições climáticas adversas, como temperaturas elevadas, por exemplo [2,5,10].
Várias pesquisas buscam aprofundar a compreensão das implicações da incorporação de aditivos plastificantes nos materiais cimentícios, explorando potenciais vantagens, como a melhoria da trabalhabilidade e a redução da quantidade de água necessária na mistura. Ao mesmo tempo, analisam cuidadosamente as possíveis desvantagens, como efeitos na resistência do concreto, tempo de pega e durabilidade. Esses estudos são cruciais para orientar práticas mais eficientes na indústria da construção, promovendo a utilização controlada desses aditivos para otimizar o desempenho dos materiais [3,4].
Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo aprofundar a compreensão dos efeitos provocados pela incorporação do aditivo POLIFAST 1005 em concentrações de 1%, 1,25% e 1,50% durante a produção de concreto. O foco principal está na análise das implicações dessas concentrações nas propriedades mecânicas, especialmente na resistência à compressão e na trabalhabilidade do concreto. O propósito subjacente é abordar o desafio de reduzir o desperdício de materiais, uma vez que a compreensão do impacto dessas concentrações no desempenho do concreto pode contribuir de maneira significativa para a minimização de resíduos no processo construtivo. Essa análise detalhada desempenha um papel crucial na promoção de práticas construtivas mais eficientes e sustentáveis, representando um avanço significativo para otimizar a eficácia global desses processos na construção civil.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A produção de concreto é vital na construção civil, sendo essencial para o desenvolvimento de uma variedade de estruturas devido à sua versatilidade e durabilidade. Representando cerca de 70% do volume total de materiais na construção, o concreto desempenha um papel fundamental na edificação de infraestruturas, desde fundações até construções complexas. A versatilidade desse material em diversas aplicações demanda uma abordagem consciente para reduzir seu impacto ambiental. Inovações na produção não apenas aprimoram suas propriedades mecânicas, mas também visam diminuir o consumo excessivo de materiais, o desperdício e a pegada ambiental. Essa busca por práticas construtivas sustentáveis não apenas preserva a importância do concreto, mas o integra a uma abordagem mais responsável na construção urbana.
2.1 Produção de Concreto
O concreto é qualquer produto ou massa produzida através do uso de um fortalecedor, ou seja, é formado pela reação entre um aglomerante que endurece em contato com a água [5].
A produção de concreto dosado em central surgiu com o objetivo de atender às obras de infraestrutura que necessitavam de grandes volumes de concreto em curto período de tempo e com uma menor variabilidade de suas resistências mecânicas [6].
Para garantir a viabilidade econômica e ambiental de uma central de concreto e que atenda à necessidade premente de soluções sustentáveis, é crucial avaliar minuciosamente a série de tecnologias disponíveis que podem efetivamente minimizar os impactos ambientais prejudiciais associados à produção de concreto.
A trabalhabilidade é a propriedade determinante do esforço exigido para manipular o concreto recém-misturado, perdendo o mínimo possível de homogeneidade [7].
A redução da quantidade de água no traço do concreto, mediante a utilização de plastificantes, traz benefícios cruciais ao minimizar os efeitos de retração. Os plastificantes, como aditivos, desempenham um papel essencial ao reduzir a necessidade de água na produção do concreto, contribuindo para a eficiência no uso desse recurso e diminuindo o impacto ambiental.
2.2 Utilização de Aditivo de Plastificante
Os aditivos são substâncias que podem ser adicionadas ao concreto para modificar suas propriedades, como a trabalhabilidade, a resistência, a durabilidade e o tempo de pega.
Atualmente, os aditivos passaram por um grande processo de aperfeiçoamento, e são muito importantes nas preparações e dosagens do concreto, consistindo no quarto elemento da preparação composta de água, cimento, agregados e aditivos [8].
Os plastificantes são um tipo de aditivo que reduz a quantidade de água necessária para produzir o concreto, sem comprometer suas propriedades. Isso contribui para a redução do consumo de água e do impacto ambiental da produção de concreto.
Além disso, podem contribuir para a redução de custos durante a obra, melhorando a qualidade das argamassas e concretos, diminuindo a necessidade de materiais e até eliminando desperdícios. Esses benefícios não apenas impactam os custos imediatos da construção, mas, também, atuam na prevenção de problemas futuros, como a formação de fissuras e a redução da resistência estrutural [9].
Os aditivos, especialmente os plastificantes, são uma importante ferramenta para reduzir o impacto ambiental da produção de concreto. Eles oferecem uma série de benefícios, incluindo a redução do consumo de água, a redução do desperdício de concreto e a melhoria da durabilidade.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para alcançar uma resistência à compressão de 30 MPa, foram utilizadas as seguintes proporções de agregados em relação à quantidade de cimento. A Tabela 1 apresenta a distribuição quantitativa dos agregados para mistura de 1 m³.
Para a realização dos ensaios, as proporções foram ajustadas para 20 litros. Tabela 2.
Essa combinação de materiais é comumente utilizada na região e atende a uma variedade de projetos. A escolha desses materiais foi influenciada pela disponibilidade comercial frequente na região e pela familiaridade e acessibilidade dos mesmos.
A mistura foi realizada em betoneira por 15 minutos. Após a medição do abatimento, foram moldados 6 corpos de prova para cada uma das três misturas com diferentes porcentagens de aditivo: 1%, 1,25% e 1,5%. Os corpos de prova foram submetidos a um período de cura de 7 dias em solução saturada de hidróxido de cálcio, conforme [11-13].
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados do estudo indicam que o aditivo POLIFAST 1005 é eficaz na melhoria da trabalhabilidade do concreto. A trabalhabilidade é uma propriedade essencial para a aplicação do concreto, pois influencia a facilidade com que o material pode ser moldado e compactado, resultando em uma superfície mais uniforme.
Ao variarmos a porcentagem do aditivo POLIFAST 1005, observamos uma correlação direta: quanto maior a concentração do aditivo, maior é o abatimento do concreto. O abatimento é uma medida da trabalhabilidade do concreto, sendo um indicador da facilidade com que o concreto pode ser espalhado.
A Figura 2 representa a capacidade de resistência do concreto aos 7 dias de cura, variando as percentagens de aditivo e avaliando o desempenho estrutural.
A concentração de 1,00% do aditivo plastificante, embora tenha proporcionado melhorias na trabalhabilidade do concreto, apresentou resultados abaixo do esperado. A adição de água necessária para alcançar o nível desejado de trabalhabilidade, também reduziu a resistência do concreto. Essa constatação destaca a importância de encontrar o equilíbrio certo entre a trabalhabilidade e a resistência do concreto, levando em consideração as necessidades específicas de cada aplicação. Esse resultado destaca a importância de encontrar o equilíbrio certo entre a trabalhabilidade e a resistência do concreto, levando em consideração as necessidades específicas de cada aplicação.
A concentração de 1,25% mostrou-se uma boa opção, pois oferece uma combinação equilibrada de fluidez e resistência. Esse resultado indica que existe uma faixa de dosagem que permite obter um concreto mais maleável e resistente ao mesmo tempo.
A concentração mais elevada de aditivo plastificante, alcançando 1,50%, demonstrou efetivamente um aumento na fluidez do concreto, contribuindo para uma melhor maleabilidade durante a aplicação.
A Tabela 3 resume as porcentagens do aditivo POLIFAST 1005 e os resultados de abatimento e resistência à compressão do concreto após 7 dias de cura. Os dados confirmam a tendência de redução na quantidade de água necessária para a mistura, proporcionando não apenas benefícios econômicos, mas também contribuindo para a sustentabilidade ambiental ao diminuir o consumo de recursos hídricos.
Esses resultados indicam uma redução potencial no desperdício de materiais, sugerindo um caminho para práticas construtivas mais eficientes e sustentáveis. No entanto, é preciso considerar as propriedades específicas do material, como a durabilidade, a resistência e a trabalhabilidade, considerando fatores externos que possam influenciar o desempenho em condições práticas, garantindo que as descobertas sejam aplicáveis e confiáveis.
5 CONCLUSÃO
Em resumo, os resultados desta pesquisa mostram que o aditivo POLIFAST 1005 pode melhorar significativamente as propriedades do concreto, especialmente sua resistência à compressão e trabalhabilidade. O aditivo confere ao concreto maior maleabilidade, o que facilita sua aplicação e reduz o desperdício de materiais. Além disso, o aditivo pode reduzir o consumo de água na produção do concreto, o que contribui para a sustentabilidade ambiental.
Os resultados do estudo mostram que a concentração de 1,25% foi a que proporcionou o melhor equilíbrio entre trabalhabilidade e resistência. Este resultado sugere que existe uma faixa de dosagem que permite obter um concreto mais maleável sem comprometer sua resistência estrutural.
A utilização eficiente do aditivo POLIFAST 1005 não apenas aprimora a sustentabilidade ambiental ao diminuir o consumo de água na produção do concreto, mas também destaca-se como um caminho promissor para práticas construtivas mais eficientes.
É essencial ressaltar que estes dados oferecem perspectivas promissoras, uma análise mais aprofundada é recomendada para uma compreensão completa do comportamento do concreto produzido. Essa análise adicional pode envolver estudos mais detalhados sobre propriedades específicas do concreto, bem como a consideração de fatores externos que possam influenciar seu desempenho em condições práticas.
REFERÊNCIAS
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- TSIMAS, S; ZERVAKI, M. Reuse of waste water from ready–mixed concrete plants. Management of Environmental Quality: An International Journal, v. 22, n. 1, p. 7–17. DOI 10.1108/14777831111098444, 2011.
- FOIATO, M.; CERVELIN, S.K. Avaliação Da Influência Da Combinação Entre Diferentes Tipos De Cimento Com Tipos Distintos De Aditivos Redutores De Água Em Pasta De Cimento. In: XXIV Seminário de Iniciação Científica, Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão e Mostra Universitária, Joaçaba, SC, 2018.
- SCHEEREN, S.C.S., et al. Influência de aditivos superplastificantes a base de policarboxilato na resistência a compressão e propriedades no estado fresco de um cimento Portland tipo I. Revista de engenharia civil IMED, v.4, n.2, pp. 129-141, Nov. 2017.
- NEVILLE, A. M.; BROOKS, J. J. Tecnologia do Concreto. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
- REGATTIERI, Carlos Eduardo Xavier; MARANHÃO, Flávio Leal. Concreto: Ciência e Tecnologia. 2. ed. São Paulo: IBRACON, 2011. Cap. 14. p. 501 – 535.
- PAOLINI M.; KHURANA, R. Admixtures for recycling of waste concrete. Cementand Concrete Composites, v. 20, 221-229, 1998.
- VALIN JR, Marcos de Oliveira; CHIQUITA Aparecida Natalína. Uso de aditivo plastificante para concreto aplicado com mais de 150 minutos. Profiscientia, n. 14, 2020.
- GASPARINI, Gasparin ; MASCOLO, Rafael. Avaliação da influência do aditivo plastificante na resistência mecânica do concreto dosado pelo método ABCP. XI Congresso de Ciência e Tecnologia do Vale do Taquari. Orgs.: Mouriac Halen Diemer et al. – Lajeado, RS : Ed. da Univates, 2017.
- ABNT. ASSOCIOAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 67 – Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.
- ABNT. ASSOCIOAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738 – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova de concreto. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
- ABNT. ASSOCIOAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9479 – Argamassa e concreto – câmaras úmidas e tanques para cura de corpos de prova. Rio de Janeiro, 2006.
- ABNT. ASSOCIOAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739 – Concreto – Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro: ABNT, 2007.
ANEXOS
ANEXO A – FICHA TÉCNICA DO ADITIVO PLASTIFICANTE
PRODUTO: POLIFAST 1005 1.
1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO DA EMPRESA
Nome do Produto: POLIFAST 1005
Aplicação: Incorporado junto na água de amassamento. Deve ser utilizado na dosagem de 0,8% até 1,2% S.P.C (Sob peso do cimento) sendo que esta dosagem é orientativa. Recomenda-se a realização de testes laboratoriais.
Descrição: Aditivo plastificante de pega normal desenvolvido especialmente para concretos onde se requer acabamento e trabalhabilidade sem retardar o tempo de pega inicial. Este aditivo age na superfície das partículas de cimento causando excelente homogeneização entre os grãos mergulhados da mistura, outorga assim alto poder de penetração da agua na massa cinzenta permitindo maior hidratação do cimento com baixo consumo de água (Fator A/C) provocando alto desempenho e considerável ganho nas resistências mecânicas iniciais e finais atendendo as normas ABNT:NBR 11768-1:2019 (Tipo P). Compatível com todas as classes de cimento Portland.
Fabricante: DAF INDÚSTRIA QUÍMICA
Endereço: Rua Santa Maria, 3450 Cidade/CEP/Estado: Realeza / 85770-000 / Paraná
Telefone: 46-3543-1794
E-mail: contato@dafquimica.com.br CNPJ: 12.495.567/0001-65 Inscrição Estadual: 905.32072-67
2. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS
Produto classificado como não perigoso.
Ingestão: Pode provocar irritação da mucosa digestiva.
Inalação: Não emite vapores irritantes ou tóxicos, não afetando as vias respiratórias.
Contato com a pele: Em contato prolongado com a pele sensível pode provocar irritações.
Contato com os olhos: Pode provocar leves irritações.
Sistema de Classificação Adotado: Norma ABNT – NBR 14725-2: 2012. Adoção do Sistema Globalmente Harmonizado para a Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos, ONU. Elementos apropriados da rotulagem: Não aplicável, por ser não classificado como perigoso. Palavra de advertência: Não aplicável, por ser não classificado como perigoso. Frase de advertência: Não aplicável, por ser não classificado como perigoso. Visão Geral de Emergência: Em caso de vazamentos, bloquear e conter o líquido derramado. Frase de precaução: P264 Lavar a pele cuidadosamente após manuseio. P270
Não coma, beba ou fume durante a utilização deste produto. P280 Use luvas de proteção/roupa de proteção/proteção ocular/proteção facial. P273 Evite a liberação para o meio ambiente.
3. COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS INGREDIENTES
Solução Aquosa de Polímeros e outros.
Teor de Sólidos 22,33%
4. MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS
Contato com os olhos: verificar se estão sendo usadas lentes de contato e removê-las; lavar os olhos com água em abundância, mantendo as pálpebras abertas.
Ingestão: não induzir ao vômito; fornecer água à vítima; consultar um especialista. Nunca fornecer nada pela boca se a vítima estiver inconsciente.
5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO
Classificação: Não inflamável.
Modos de extinção: Não aplicável.
Meios de extinção não apropriados: Não aplicáveis.
Perigos específicos: Não apresenta riscos de danos à vegetação.
Métodos específicos: Eliminar possíveis derramamentos a córregos e rios.
6. MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO OU VAZAMENTO
Precaução com as pessoas: Não apresenta riscos.
Remoção de fontes de ignição: Não aplicável por se tratar de produto não inflamável.
Controle de poeira: Não aplicável por se tratar de produto líquido.
Prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosa e olhos: Utilizar equipamentos de proteção individual.
Precauções com o meio ambiente: Conter o líquido vazado com diques de terra ou areia, prevenindo descarga em bueiros, esgotos e cursos d’água.
Sistema de alarme: Sinalizar e isolar o local, avisar bombeiros ou polícia rodoviária.
Métodos de limpeza: Misturar o material com terra ou areia.
Disposição: Conforme órgão ambiental local.
7. MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
Manuseio: Usar equipamento de proteção individual apropriado. Evitar contato direto com o produto (olhos, pele, roupas, e não ingerir o produto).
Prevenção de incêndio e explosão: Não aplicável por se tratar de produto não inflamável. Manter o recipiente bem fechado em posição vertical a fim de evitar vazamentos.
Armazenar em local longe de fontes de calor e da luz direta do sol.
8. CONTROLE DE EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Proteção respiratória: Não emite vapores tóxicos.
Proteção das mãos: Luvas de PVC.
Proteção dos olhos: Óculos de segurança.
Proteção da pele: Use avental, roupas e calçados impermeáveis.
Outras medidas: Chuveiro e um lavador de olhos devem estar próximos ao local de trabalho.
9. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS
Composição: Polímeros (Isento de cloretos).
Cor: Marrom.
Aparência: Líquido denso e odor característico. Estado Físico: Líquido. Peso específico g/cm3: 1.095 +/- 0,02 g/cm3 pH (produto puro): 6,20 +/-1 Solubilidade em água: Solúvel.
Validade: 12 meses após a fabricação.
10. ESTABILIDADE E REATIVIDADE
Instabilidade: Em condições normais de armazenamento, o produto é estável.
Substâncias incompatíveis. Ácidos fortes.
11. INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS
Toxidade Aguda: Produto de baixa toxidade. Não há limites de exposição, por se tratar de produto não perigoso.
Inalação: Produto de fraco odor e pouco volátil;
Contato com a pele: Não se espera irritação;
Contato com os olhos: Pode causar leve irritação;
Ingestão: A ingestão acidental poderá produzir os seguintes efeitos: desconforto abdominal, náuseas e vômitos.
12. INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
Mobilidade: Todas as ações devem atender às exigências dos órgãos ambientais locais.
Impacto ambiental: Não apresenta riscos de contaminação.
13.CONSIDERAÇÕES SOBRE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO
Resíduos do produto: Restos que não serão mais utilizados devem ser descartados conforme legislação do local vigente.
Embalagem contaminada: Não deve ser reutilizada.
14.INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE
Produto não enquadrado como perigoso, não se aplicando as exigências:
Terrestre – Decreto nº 96.044, de 18/05/1988 – Regulamento para Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e Resolução nº 420, de 12/02/2004 da Agência Nacional de Transportes Terrestre – Ministério dos Transportes.
Hidroviário – DPC – Diretoria de Portos e Costas (Transporte em águas Brasileiras).
Normas de Autoridade Marítima (NORMAM) NORMAM 01/DPC: Embarcações Empregadas na Navegação em Mar Aberto. NORMAM 02/DPC: Embarcações Empregadas na Navegação Interior IMO – “International Maritime Organization” (Organização Marítima Internacional) International Dangerous Goods Code (IMDG CODE).
Aéreo – ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil – Resolução nº 129 de 8 de dezembro de 2009. RBAC Nº 175 – (REGULAMENTO BRASILEIRO DA AVIAÇÃO CIVIL) – TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS EM AERONAVES CIVIS. IS Nº 175-001 – INSTRUÇÃO SUPLEMENTAR – IS
ICAO – “International Civil Aviation Organization” (Organização da Aviação Civil Internacional) – Doc 9284-NA/905 IATA – “International Air Transport Association” (Associação Internacional de Transporte Aéreo) Dangerous Goods Regulation (DGR).
15.REGULAMENTAÇÕES
Decreto Lei nº 96.044 de 18/05/1988 complementado pelas Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos aprovadas pela Resolução ANTT nº 420, de 12 de fevereiro de 2004.
ABNT NBR 14725/01-2012: Produtos Químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente.
Parte 1: Terminologia ABNT NBR 14725/02-2012: Produtos Químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente.
Parte 2: Sistema de Classificação de Perigo.
ABNT NBR 14725/03-2013: Produtos Químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente.
Parte 3: Rotulagem
ABNT NBR 14725/04-2014: Produtos Químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente.
Parte 4:
Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). ONU – GHS: Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos.
16.OUTRAS INFORMAÇÕES
As informações aqui contidas baseiam-se no atual nível de conhecimento da empresa e foram elaboradas de boa fé. Esta ficha completa as notas técnicas de utilização, mas não as pode substituir. É chamada a atenção dos usuários sobre os riscos eventualmente encontrados quando um produto é utilizado para outros fins que não aqueles que se conhecem. Esta ficha não dispensa em caso algum o usuário de conhecer e aplicar o conjunto de textos que regulamenta sua atividade. É de sua inteira responsabilidade tomar precauções ligadas à utilização do produto que ele conhece. O conjunto das regulamentações mencionadas tem simplesmente como alvo ajudar o usuário a cumprir as obrigações que lhe incumbem quando da utilização de produto perigoso. Esta enumeração não deve ser considerada como exaustiva. Ela não isenta o usuário de cumprir outras obrigações legais, acerca do armazenamento e utilização do produto, além das mencionadas, pelas quais ele é o único responsável.
Bibliografia
∙ ABNT NBR 14725:2012 – FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS – FISPQ; ∙ CONSULTA DE CAS (CHEMICAL ABSTRACT SERVICE) – www.buyersguidechem.de
∙ AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA/MINISTÉRIO DA SAÚDE – www.anvisa.gov.br
∙ RESOLUÇÃO Nº420 DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES (ANTT) – REGULAMENTA O TRANSPORTE TERRESTRE DE PRODUTOS PERIGOSOS; ∙ ALTERAÇÕES CONFORME A NOVA REVISÃO DA LEGISLAÇÃO ABNT NBR 14725.
Fabricado por DAF Indústria Química LTDA. Tel. (46) 3543-1794 e-mail: contato@dafquimica.com.br CNPJ: 12.495.567/0001-65 – IE: 90.532.072-67 Rua Santa Maria 3450 – Realeza – Paraná – Brasil www.dafquimica.com.br Químico Responsável DAVID ARIEL FIRMAN CRQ-IX Região 091011.
1Acadêmico de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Francisco Beltrão. E-mail: marcos.andrade@edu.unipar.br
2Prof. Orientador, Especialista em Arquitetura e Construção Civil, do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Francisco Beltrão. E-mail: fabriciobalestrin@prof.unipar.br