ANALISE DA PRÁXIS HUMANA NO VIÉS ESTRUTURALISTA DO EGO AS FASES PSICOSSEXUAIS E A CONSTRUÇÃO DE UMA CLÍNICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7261759


Patryck Vieira Leal Silva


“O filho de José e de Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo de sangue de sua mãe, viscoso das suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo.”

(Evangelho Segundo Jesus Cristo)


Esta analise trabalha a práxis do ser humano com seus determinados e subjetivos instintos, pulsões, comportamento, regência inconscientes e suas relações com o mundo em fases da psicanalise Freudiana/Lacaniana. Primeiro há uma análise no viés das práxis humana, construtivista e das relações do indivíduo e suas subjetivas vontades e objetos no aparato social complexo que estamos inseridos e a dinâmica dos egos, uma visão sobre as fases psicossexuais de forma evolucionista, e, depois uma construção de uma clínica com uma integração da psicanalise, psicologia dialética cognitivo comportamental, analise existencial e o humanismo no tratamento, e por fim os conceitos de técnica no tratamento.

No começo só há um corpo que grita incomodado, o primeiro momento de um ser com instinto, pulsão e uma estrutura neuroanatômica singular.

No seu instinto ele clama primeiramente por calma, calmaria, pois ele agora sente, tem sensações estranhas e únicas. Quando é pego pela sua figura familiar ele se acalma, ele é bombardeado por luzes, cores, cheiros e sensações tácteis que nunca sentiu antes, essa é sua primeira ferida, ele agora faz parte de uma série de signos (visuais, auditivos e sensíveis), o bebê clama por sua auto conservação e para ser retirado de certos incômodos.

Conceitos:

É de suma importância entender e abstrair esses conceitos para ler o manuscrito e seu entendimento

A figura da Família

É os primeiros indivíduos que regem o alimento ao ser e também todos os signos e objetos empíricos e linguístico que o ser entra em contato na fase egoica arcaica, assim também tendo uma demanda sobre evolução de habilidades, afetividade, regras, e conceitos egoicos.

A figura materna

É um sujeito que foi escolhido pelo ser para uma simbiose de construção egoica narcísica, este indivíduo foi escolhido pois tem uma grande proximidade sobre diversos estímulos como a auto sustentação, alimentação, estímulos e signos empíricos positivos de prazer. Assim a figura materna serve como ideal até a castração narcísica, ela pode ser a mais subjetiva possível. Como animal o ser humano precisa de alguém para a criação de habilidades e principalmente dos próprios conceitos críticos e de moralidade subjetiva nos aspectos culturais a onde está inserido pois temos uma complexa estrutura social, cultura e de relações.

Signos: Sinais empíricos como: auditivos, sensíveis e visuais que a pessoa fica exposta por algum tipo de figura em determinada fase da vida captados pelo tálamo e qualificados pelo giro do cíngulo.

Significante: Signo que por quantidade e qualidade ligados as sensações nas vias ascendentes e sua relação com o hipocampo, assim criam reflexos e remetem a determinado comportamento, sentimento, defesa egoicas e também um dos capitais que serão explicados posteriormente e que são mais recorrentes carregados de importância na história psíquica, além de uma dinâmica que determinada figura ou signo cria em uma das fases assim se faz uma impressão psíquica forte que remete a uma repetição e a certos traços de comportamento.

Signos Refratário:

Signos empíricos e fenomenológicos (táteis, visuais, auditivos, estéticos, situações que o indivíduo está sobre influencia a médio ou longo prazo), que cria uma estrutura simbólica sobre algo (lugar, som, objetos, situação ou situação dialética)

Significante Refratário

Estrutura de comportamentos, conceitos ou aspectos de viés que foram criados pois uma defesa egoica bem-sucedida na história do indivíduo diversas vezes frente as situações que ela teve que defender seu ego, assim está defesa e seus conceitos se integram no indivíduo, pois ela se deu por quantidade e qualidade positiva.

Ideal do ego

É o que o indivíduo espera de si mesmo, na sua construção simbólica e fantasiosa, assim o ser abstrai conceitos em sua história carregados de significantes que constroem um ideal, muitos deles veem da suposição do sujeito, a figura materna, os capitais sociais e seus influenciadores sociais além de impressões sobre o contexto cultural e social, deles existem as impressões mais fortes sobre qual ideal vai ser construído sobre o ego.

Capitais

Capital Cultural

Signos abstraídos pelo indivíduo nas dinâmicas com figuras, ciclos sociais e certo tipo de nicho cultural da sociedade que viram significantes em aspectos estéticos, morais e de dialética com outros, são carregados de certa energia pois foram abstraídos e qualificados no ser, são regidos também pela cultura subjetiva que o indivíduo mais valoriza e suas relações em ciclos sociais.

Capital Econômico

Determinado nicho social que como signo regeu a história do indivíduo e virou significante sobre ideais do ego, julgamento social, comportamento refratários e escolhas sobre objetos que tem aspecto de classe social e aspecto socioeconômico.

Capital Narcísico

Escolha objetal que remete ao próprio ego e ideal do ego sobre indivíduos, significantes e escolhas afetivas.

Capital Afetivo

Escolha objetal carregada de energia de sentimento que pode ser que remeta a uma dinâmica do passado com certa figura, assim sendo uma escolha objetal significante refrataria sobre uma figura, pode estar ligada a conflitos inconscientes dialéticos sobre determinada figura, situação e regra está ligado a historização do indivíduo.

Pulsão do Processo primário: Conjunto de estímulos neurobiológicos e de instinto que buscam por “alivio” de certa tensão ou o oposto, dependendo das situações e as impressões sobre as figuras e a história subjetiva do indivíduo o que Freud nomina como sexual, são um conjunto de traços mnêmicos ligados ao hipocampo que são ligados a significantes e subtraem a auto conservação de maneira quantitativa e de qualidade, se estruturam sobre objetos e significantes psíquicos e comportamentais. Eles se utilizam do sistema límbico para obtenção de prazer quando o sistema nervoso se depara com uma baixa estimulação prazerosa ou algum gatilho psíquico vem à tona, sendo subjetiva esse objeto de prazer, por meios de comportamentos, estimulação e significantes refratários e o instinto mais primitivo que molda esta pulsão.

Signo Capital Social: Signo ligado ao nicho cultural, social, narcísico ou afetivo, podem ser um tipo de vestimenta, música, apetrecho, maneira de falar (certo tipo de dialeto sociocultural) ou certo aspecto corporal que remeta a algum destes nichos.

Significante Capital Social: Signo ligado a um capital (cultural, social, moral, religioso, político, narcísico ou afetivo) que os indivíduos utilizam em diversas áreas da vida na estética, e em outras áreas, estes significantes se diferenciam do signo capital pois ele remete a estrutura do passado psíquico do indivíduo e sua relação com figuras e abstrações sociais, o significante capital é uma junção da estrutura da psique, o desfecho das fases psicossexuais, os tipos de cultura vigente, o nicho social aonde a pessoa está inserida e o começo das relações objetais e sociais da fase social abstrativa.

Viés Simbólico

Visão cognitiva que relaciona significantes é uma visão lúdica, esta visão cognitiva tem como meio utilizar uma figura conceitual sobre a regência dos signos refratarios, então está relacionado com uma imagem mais ligada a conceitos e, estes conceitos são ligados a signos que vão se elaborando e se ligando a conceitos, muito interessante analisar isto no aspecto das categorias da metafisica aristotélica como substancia = símbolo e suas categorias quantidade, qualidade, relação, onde, quando, posição, ter, fazer, ser afetado e a análise dos significantes que tem relação com os sentimentos ligados a conceitos que produzem este determinado símbolo.

Viés Imaginário

Estrutura Cognitiva ligada a construção fantasiosa de figuras, ciclos sociais, situações do presente e do passado, os “próximos passos” ou a visão sobre o futuro, capitais e ideal do ego, esta visão é uma visão narrativa, esta narrativa está ligada aos signos refratários, sua qualidade quantidade na nossa psique, assim temos uma narrativa sobre figuras, situações, comportamentos, signos dialéticos e dinâmicas e o próximos passos ou o que fantasiamos para fazer a curto, médio e longo prazo e claro a visão imaginaria do outro, dos ciclos sociais e da sociedade e cultura que estamos inseridos.

Ambivalência: Dois tipos de carga de sentimentos opostos ligados a significantes em uma figura.

Patologias Neurobiológicas

São problemas neura estruturais que podem interferir na estrutura das fases como: depressão, esquizofrenia e outras patologia, ela irá se demonstrar em comportamentos sobre significantes empíricos, figura família, materna ou os ciclos sociais, ela pode estar na gênese do ser ou se desencadear em alguma fase, é importante ter um viés no decorrer da clínica sobre o indivíduo e suas relações com os sintomas no aspecto pessoal e social.

Defesas Egoicas

Recalcamento: Conflito entre uma forte vontade pulsional sobre um elemento inaceitável pelo ego, ciclo social, cultura, de alguma figura ou ideal do ego, formando assim um conflito interno entre uma vontade poderosa e um impedimento, estes vão formando o caráter neurótico do indivíduo, pois em sua história este mecanismo para se integrar a realidade é muito utilizado para se moldar as demandas de figuras.

Dissociação: Desligamento da consciência, tipo de amnesia, pode ser ligada a se deparar com um significante, dinâmica ou situação que por existir um grave conflito psíquico interno ou patologia neura biológica se desligue a cognição por um certo tempo.

Cisão: Defesa a onde o indivíduo lida com uma ambivalência, e lindando com ela ele não consegue abstrair toda a experiência e se liga e idealiza um ponto dela, descartando ou julgando o resto da experiência como inaceitável.

Idealização: Construção altamente fantasiosa, a onde o indivíduo utiliza a cisão para proteger seu viés sobre algo, assim nessa construção os conceitos positivos ou negativos são rígidos na mente do indivíduo.

Negação: Outro mecanismo ligado a cisão, negação total de certo signo ou significante.

Projeção: Tipo de defesa aonde para não nos defrontar com aspectos inaceitáveis em nós mesmos o indivíduo utiliza este aspecto para julgar um outro ou outros assim de certa forma se sente aliviado pois se na consciência presente o outro está errado e focando no erro do outro não nos deparamos com estes aspectos em nós mesmo.

Racionalização: Utilizar um viés simbólico e carregados de conceitos para de dissociar da carga afetiva que certo significante nos remete.

Isolamento: Isolar uma ideia de sua carga afetiva.

Anulação Retroativa: Mecanismo que o indivíduo utiliza um afeto ou reforço positivo sobre algo ou alguém perante a um mal-estar psíquico interno sobre este, como que o seu gesto simbólico anulasse este conflito interno.

Reatividade: se dá por força instintiva, ambiental, social, algum tipo de situação que cria traços opostos a suposição do sujeito pela figura familiar ou maternal, esse tipo de traço faz ele ter uma regressão a algum tipo de fase ou carregar traços. Primeiramente a reatividade se dá sobre o aspecto da demanda da figura familiar, depois pode sobre a figura materna e finalmente sobre a fase social abstrativa a onde o ser pode ser mais inibido ou mais desinibido de forma patológica a reatividade pode ser dar por se utiliza uma defesa egoica em grande quantidade na história sobre uma situação assim moldando uma estrutura de comportamentos sobre esta situação especifica.

Regressão: A Regressão e as personalidades

Dependendo da dinâmica o indivíduo pode utilizar como uma defesa o retorno a algum prazer de uma situação de alguma destas fases, além que ele pode manter algum comportamento de uma das fases, pois o prazer ou desprazer ou a situação empírica foi muito forte, desta forma fazendo um conjunto de comportamentos desta fase esse conjunto de comportamento cria molda o meio de encarar o complexo de corte narcísico e a fase social abstrativa, de forma podendo ter elementos patológicos ou não, como a personalidade reativa(patológica) que é fraca, pouco construída, frágil e utiliza mal os mecanismos de defesa e a personalidade neurótica(normal) que utiliza os mecanismos e tem bons resultados diante da situação.

Introjeção: Introjetar em si por meio fantasioso os sentimentos do outro assim como meio empático de sentir o outro.

Denegação: Mecanismo a onde o indivíduo nega ou dissocia uma ação que ele mesmo praticou.

Volta Contra Si: Por meio do simbolismo julgar a própria persona, ideal do ego ou conceitos de maneira drástica pelo viés de significantes e capitais do outro, outros ou socialmente.

Conversão Orgânica: Conflito psíquico ou traumático ligado a signos ou significantes patológicos refratários que se soma as estruturas do corpo criando sintomas psicossomáticos.

Ego e sua estruturação

Estrutura de conceitos, defesas, significantes e abstração sobre a realidade e a visão do outro. Ele é construído por meio de dinâmicas com outros aonde a uma transferência afetiva com este outro (1), depois uma troca dialética e abstração de conceitos em uma crítica incosciente sobre os signos e significantes refratários (2), um mecanismo interno que de forma crítica liga ou transforma estes signos do outro em significantes (3) e por final este outro irá se tornar um conjunto de conceitos, hábitos, conceitos morais, existenciais e com relação aos capitais desta forma abstraímos por nossa visão crítica criando uma persona imaginaria do indivíduo( pois na realidade o outro é apenas um imaginário para nós) sendo que todos os indivíduos que nos relacionamos no passado e no presente são personas imaginárias pois é impossível abstrair ou sentir tudo que o outro é no real ou na estrutura pessoal de existência dele. Logo que apenas temos contato com estimulações de signos, significantes, capitais, situações e comportamento. O ego é formado por estas dinâmicas aonde nossa história com figuras, estímulos empíricos, situações, o uso de defesas sobre algo ou alguém e sua quantidade e sucesso na proteção egoica, além do desfecho de cada fase da vida vão criando esta estrutura. O ego é um aparato do homo sapiens para ver o outro de forma crítica e também de forma a esta critica voltar a nós como um espelho assim nos localizar na estrutura social, comparar habilidades e julgar por meio dos capitais, a visão de determinado ou determinados outros é recompensatória pois esta visão nos mostra que estamos mais bem encaixados no nosso viés imaginário na sociedade, nos ciclos sociais, e em determinado capital que valorizamos mais ou pode nos ligar a conceitos anteriores de figuras ligados a significantes afetivos que nos trazem emoções positivas ou negativas.

O ser na sua gênese é um corpo, um corpo com certa estrutura no seu DNA e neuro biológica, esta estrutura é um norte para o homem, o que todo animal tem, seu instinto, o instinto mais primitivo e mais básico de qualquer forma de vida, o animal humano consegue de forma peculiar moldar este instinto para algo a mais, isto remete a alguns pontos, o homo sapiens é o único animal que entende que morrerá, isto é de suma importância pra uma análise do desenvolvimento individual e social, pois, quando nós conseguimos a capacidade de entender a nossa limitação de tempo, algumas estruturas se formaram, uma destas foi forjada pelo medo e a ansiedade, o que faremos com o tempo que nos é dado ?, o interessante nesta questão é a defesa humana que se desenvolveu com diante da visão desta impossibilidade biológica, a negação do fim, nós vivemos o cotidiano de forma a não nos depararmos com esta questão , não conseguiríamos fazer diversas coisas sabendo que hoje pode ser nosso último dia, se deparar com esta questão nos levou a o sentimento “oceânico” que Freud fala em seu livro O Mal Estar Na Civilização, esta defesa contra o fim, esta defesa em suma nos remete a questão da eternidade e então chego a um outro ponto, a questão da formação do complexo de conceitos pessoais ligados ao social e as figuras presentes na vida do indivíduo que tem um grande peso psíquico, o ego, o ego historicamente parece advir da criação de pactos sociais, assim vem a comunicação, que evolui até chegar a linguística, nestes pactos sociais os humanos começaram a viver não só mais em ambientes familiares pequenos mas agora se juntavam com outros, para facilitar a sobrevivência e também entrar em acordos, acordos ligados a não agressão, cooperação e respeito pelas propriedades, desta forma se aumenta bastante o sucesso em caçadas, criação de artefatos e a proteção da prole. A criação da linguagem vem de certa forma a ter uma troca dialéticas de demandas, a própria demanda do indivíduo com a do outro em pequenos ambientes, depois uma evolução para a dialética social a onde o indivíduo se torna político na sua dialética, estas relações dialéticas de certa forma cria um espirito social de pactos e a estruturação de um espirito cultural com os significantes capitais sociais que foram legislados e acabaram se formando símbolos estes símbolos estão ligados a regência dos signos refratários nos influenciadores sociais , mas e a individualização, está criação de ego, qual o porquê da criação desta instância de individualização?, perante os outros a onde o indivíduo utiliza diversos capitais para demonstrar algo a outro, isso remete a questão do indivíduo primeiramente não se ver como uno e sim ele e o outro são de alguma forma confundidos na psique, isto está ligado a estruturação da cognição, quando essa confusão acaba de certa forma está instancia “ego” e a visão do ser como único progride para a procura um viés simbólico com capitais no campo socioeconômico que é também regido pelos estímulos da figura familiar e está simbiose com uma figura materna que será sua “treinadora” para a vida fora do campos familiar, esta parte é a interessante, quando o “treino” acaba, como qualquer animal vamos a frente, para a relação objetal ,o ego agora de certa forma está constituído sobre bases pulsionais ligadas a história do indivíduo sua cultura suas relações com figuras e com os ciclos sociais, os significantes são signos que carregados de energia afetiva, instintiva ou auto conservadora que vão criando estes traços, como um filtro cognitivo. O Interessante da espécie humana que eu posso chamar de viés existencial, o viés existencial dos animais é bem moldado, ele tem uma missão existencial bem especifica, neste caso seria: auto conservação, reprodução, busca do prazer e fuga da dor, mas e o ser humano, nosso viés existencial extrapolou para algo diferente, algo que forma prazeres diferentes em objetos e partes do corpo diferentes, necessidades sociais, estas necessidades sociais estão bem ligadas ao ego , logo ele que foi formado de maneira digamos” instintual“ na prática humana acabou virando algo maior, e neste ponto entra o “outro”, quando a comunicação e individualização começou a criar este viés existencial no homo sapiens, podemos nos ferir de maneiras diferentes, existe um ditado antigo que me recordo algo como: “o primeiro homem que revidou uma flechada com um xingamento criou a sociedade.”, isto demonstra que logo que não só com garras ou socos nos ferimos precisamos de novas defesas, nosso ego está ai agora, quem irá defender-nos de um xingamento ou uma piada de mal gosto em um bar ?, mas isto vai além, quanto mais pessoas se juntavam mais diversidade de pontos de vista, e para utilizar a argumentação nos combates dialéticos nem sempre utilizava-se a lógica, se apelava para signos dialéticos agressivos ou utilizavam de um grupo maior de pessoas para se sobrepor, sim os humanos misturam seus instintos agressivos ou afetivos na escolha de palavras, signos linguísticos e comportamentos , estes signos e que usamos podem ser retrocedidos na vida do indivíduo para achar os significantes, utilizando da psicanalise como captadora de dados, a associação livre utilizada de forma a captar ou investigar significantes pode ser muito eficaz, porque a escuta do inconsciente é muito importante, esta estrutura cheia de conexões, significantes, figuras, capitais e comportamentos carregados de energia, o inconsciente cria um filtro de cognição e de captação de sentimentos, de acordo com a história do indivíduo e seus caminhos de prazer e desprazer, assim seu viés real se cria, o que chamamos de pulsão, a pulsão como estrutura de viés do real e também se formando com vontades instintivas, o instinto tem grande força sobre este inconsciente e de lá esta força se encontra com o ego que está ligado no princípio da realidade, assim o ego molda este viés real, a vontade do instinto se moldam perante a construção do ego e seu determinado contexto sociocultural com seus significantes levando o indivíduo na fase social de abstração utilizar uma certa gama de significantes capitais sociais, nesta fase, quando ” o animal sai da toca e tem que caçar com o que aprendeu.”. Já que temos necessidades diferentes dos outros animais como reconhecimento pessoal ou de ciclos sociais que está ligado ao ego e a visão eu e o outro, com determinados significantes capitais construímos nosso ideal nas trocas dialéticas e também nas relações com outros indivíduos que tem influência sobre nós, isto vai moldando pelo viés da imaginação estruturas de comportamento para cumprir os passos do seu ideal imaginário, esses ideais imaginários se ligam ao nosso viés simbólico do outro, temos certa estrutura de conceitos e também um tipo de transferência com cada indivíduo, e cada indivíduo dos ciclos sociais regem certo significantes sobre nós, interessante analisar as mudanças linguísticas que são fenômenos sociais de países a onde a mesma língua é utilizada mas a maneira de falar de cada região é diferente, isto demonstra bem as relações entre egos e seus significantes em ciclos sociais legislados por uma figura que influenciara mais os outros por algum tipo de ideal de capital social que ele está mais desenvolvido, dependendo por exemplo qual capital social você tem como significante e seu ideal sobre este capital, um outro que for mais desenvolvido neste terá mais influência sobre você, assim desta forma criando os ciclos sociais e os grupos sociais, em nossa democracia representativa por exemplo o político é um símbolo com certos conceitos que despertam significantes nas massas que o seguem, assim desta forma dividindo os segmentos da sociedade, assim temos um viés de como se estrutura a sociedade por egos e seus influenciadores egoicos em um campo maior, com a diferenciação do ser humano sendo um tipo de conversão do instinto sobre o ego e o princípio da realidade o nosso conceito de procriação o sexual se transforma em um viés existencial diferente dos outros animais, porque está força instintiva se transforma pelo ego em algo além, uma força construtora, destrutiva e que molda uma existência muito mais complexa com objetos de prazer diversificados e individuais(subjetivos) juntando sito ao contexto socioeconômico, a diferenciação de classes se mostra ser uma força potente nesse movimento de diferenciação do outro, podemos ver isto na história: primeiramente os mais fortes, depois os mais ricos e poderosos, estas dinâmicas de classe forçam de certa forma o ego a ter significantes capitais sociais mais individualizados e também juntando-se com seu determinado grupo social, outro motivo que acarreta esta individualização é a relatividade moral de cada um, pessoas mais agressivas ou outras mais calmas, o humor e outros tipos de sentimento diferenciam as relações sócias e tem um papel nesta visão, esta compreensão do jovem indivíduo que ele é único.

Dentre os animais o homo sapiens é um dos que mais depende da figura familiar, pois no nosso complexo mecanismo social ele tem que ser direcionado a se encaixar nas diversas estruturas culturais, sociais e econômicas, e, utilizarem o capital cultural, social, econômico, afetivo e narcísico como significantes que o indivíduo pode valorizar mais ou menos dependendo de diversos caminhos e descaminhos de sua vivência e também a regência de significantes que agora a família terá o papel de desempenhar, a cognição do bebe não enxerga os outros seres nem ele mesmo, apenas entra em contato com sensações que podem ser transitórias ou mais duradouras dependendo da quantidade de tempo em contato. A mais duradoura é a sensação de ser alimentado.

O ser humano é um dos mamíferos que demora mais tempo de existência como filhote se amamentado, e, existe uma alta dependência, nessa situação o ser pode ser suficientemente, altamente ou pouco alimentado.

A regência sobre o bebê com muita ou pouca atenção também irá reger certos comportamentos, porque, a mistura das sensações empíricas com os sentimentos ligados a atenção do papel familiar vai construindo certas bases para comportamentos. A fase oral é regida pela suposição do sujeito e os traços de auto sustentação quantitativamente satisfatórios fazem o indivíduo ser levado a experimentar melhor e com maior qualidade as sensações empíricas de prazer e nisso se vão criando traços mnêmicos que o levam a uma exploração mais saudável do ambiente e mais positivas também, mas, um indivíduo com uma “fome” menos recompensatória na sua cognição básica irá ter menos estímulos e mais signos negativos, a cognição sobre o material auto conservador é estimulado por meio de suas vias sinápticas de modo que o ser não entende mais o alívio é nessa trama essencial para os primeiros passos desse ser, o que vai ser levado para sua vida toda, um “alívio”.” seu extinto molda esse “alívio” para algo além, os traços levados para o hipocampo ainda bem arcaico vão se quantificando e qualificando todos os alívios principalmente ligados a zona a onde ele se sustenta que é a boca, mas além disso todos os sentimentos empíricos regidos pela figura familiar também qualificam essa passagem, essa figura familiar irá ter em mente e reger o que esse ser entra em contato, do que se alimenta e quantas vezes, também da quantidade de sensações de prazer e desprazer que podem ocorrer, esses signos criam a percepção psicótica, pois esses signos foram alcançados e sentidos por uma cognição ainda pouco desenvolvida, então nessa dinâmica um indivíduo que é amamentado e regido por muito prazer irá continuar seu desenvolvimento com a fase oral com sentimentos psicóticos demasiadamente positivos, se foi pouco amamentado e regido por mais desprazer e “fome” acaba continuando com uma posição de falta e psicótica negativa.

A falta existe nos dois casos pois no útero o indivíduo era totalmente alimentado e tinha uma percepção totalmente aliviada, agora ele experimenta não só a falta do alívio mas também o começo dos seus impulsos instintuais , o papel do instinto leva o ser a sobrepor a auto recompensação da “fome” por seu extinto animal de prazer sexual, que nessa fase se pode se concentrar principalmente na boca, mas vai além para sensações tácteis, luminosas e auditivas e também da condição afetiva do papel da família que rege toda essas sensações.

O oral psicótico positivo: Ele irá sentir com a qualidade de alívio significantemente altas na sua cognição uma boa vontade, um sentimento de qualidade sobre os momentos, afetos e percepções, já o demasiadamente positivo pode sentir uma impressão de quase muita proximidade sobre esses certos traços empíricos e também sobre a dinâmica dos afetos que o regeram levando essa dinâmica a frente com demasiada positividade e passividade, pois do útero ao termino da sua fase oral não ouve abalos sobre a cognição muito fortes:(levando a certo tipo de reação psicótica de certa sensação de positividade e passividade sobre os próximos momentos.)

O oral psicótico negativo: As sensações demasiadamente insuficientes vão reger certo tipo de desconforto sobre as sensações empíricas sobre essa fase, logo as impressões negativas vão se quantificar e qualificar numa falta, mas também num distanciamento maior sobre o útero, o que criará um indivíduo mais apto a achar outros modos de se satisfazer na sua auto conservação, levando-o a uma procura por um objeto psicótico positivo, a sexualidade não irá se subtrair a boca logo que ela não foi satisfeita, então ela irá ficar de forma latente ou irá se subtrair a outro signo empírico do seu próprio corpo ou de algum significante empírico psicótico, certa tensão irá criar uma ansiedade nesse indivíduo, uma vontade do extinto se subtrair a algo.

Fase oral ambivalente

Logo o ser vai criando seus dentes, então começa a sentir uma potência, o oral psicótico chega ao oral psicótico ambivalente, pois, com essa potência ele consegue destruir, o que fará o alívio passar do totalmente passivo a algo passivo e ativo sobre conseguir morder, moer com os seus dentes demonstra ao ser uma força que antes ele não tinha, dependendo da força extintiva e a cognição o ser pode ser oral psicótico passivo ou agressivo, dependendo de como ele utiliza essa nova potência, a visão das percepções psicóticas sobre os signos que o papel da família rege vira ambivalente e também situações de ansiedade ou calmaria agora podem ser qualificadas pelo indivíduo, pois, ele experimenta em si a destruição e a passividade, logo existe esses dois traços vividos no seu cotidiano, o oral psicótico que for mais passivo com seus dentes e ter uma regência mais calma no ambiente irá ter menor inclinação a agressividade e de certa forma será mais auto suficiente, o oral psicótico agressivo terá inclinação a duplicar os afetos de forma positiva e negativa e será mais confuso e indeciso pois o ambiente volátil e sua forte inclinação a ambivalência da destruição cria esse significante na sua psique.

O ser nessa fase psicótica é regido pelo princípio primário, que basicamente é a qualidade e quantidade de auto conservação ligados aos instintos humanos que eram latentes no útero, a chamada pulsão e a regência de símbolos e signos da figura da família, também ligado a qualidade do ambiente e das impressões dos sentidos empíricos, todas esses signos criam uma certa estrutura psicossocial psicótica o que é chamado de “real”.

Muitos desses signos empíricos, situacionais e ambientais irão virar significantes, onde o ser no decorrer das situações irá sempre retornar a algumas impressões psicóticas dessas fases.

A fase psicótica está ligada às defesas arcaicas, pois, o indivíduo se depara com uma situação com uma cognição muito frágil, então, se ocorrer uma patologia a defesa irá se encaixar como uma cisão, dissociação ou negação aonde o ser se separa da realidade e entra em um tipo de realidade dissociada psicótica.

A Fase Transicional

O indivíduo primeiramente apenas está interessado no alívio ou essa volta ao útero, mas quando ele tem que se adequar as demandas dos regentes ou figuras familiares ele começa a ver a diferença da dinâmica familiar para outras dinâmicas que ele participa, além de que ele percebe que tem que ter progressivamente uma autossuficiência.

A autossuficiência vai mostrando que ele é um ser, ele vai descobrindo certas habilidades nele mesmo, nisso ele vê a si mesmo no espelho além de outro, um descobrimento que causa um amor extremo sobre si, se enchendo de potência, mas seu corpo ainda é frágil, ele tenta fazer coisas mas vai percebendo que não tem todo poder estrutural para realizar, logo tenta criar uma simbiose, um laço com alguém que ele acha que tem o poder de ensinar ser o tutor para não só a auto suficiência mas também para a potencial instintual ou pulsional, ele se vê mas também vê que sempre precisara do olhar de um outro, isto cria em sua mente sempre uma dinâmica dialética de subtrair algo do outro e ser subtraído também, uma relação que também é regida pela ambivalência e pode ser julgada pelo desfecho da fase oral psicótica ambivalente esse é o princípio da criação de um projeto de ego e um narcisismo arcaico.

Fase do princípio ou Fase Anal

Vendo os outros indivíduos como seres únicos e tendo que se ligar a uma figura ou figuras, ele vai percebendo as demandas desse ou desses indivíduos e terá que se subtrair a lei, pois, mesmo um ser que tem um ego arcaico forte, a primeira demanda da autossuficiência é levada ao âmbito da limpeza aonde o indivíduo tem que se subtrair novamente a uma ambivalência, sendo submisso ou reativo a lei, a submissão está ligada a estrutura mais passiva anteriores ou mais reativa de um indivíduo com uma pulsão mais ambivalente, agressiva e confusa sobre o aspecto das impressões afetivas e regida por um signos empíricos mais fragmentados, logo o âmbito da limpeza é levado ao social a onde o indivíduo com alguma capacidade cognitiva de se comunicar irá ter que também que se comparar aos outros indivíduos nas questões próprias e subjetivas da demanda do papel da família, um indivíduo que se subtrair mais facilmente ou o “princípio passivo “ irá ter mais respeito com as regras em geral, e irá alcançar mais facilmente a tutoria da sua “figura materna” aonde irá encontrar um caminho pro desenvolvimento de suas habilidades, mas , também terá forte inclinação a se subtrair a qualquer tipo de lei, será extremamente rigoroso, controlador e reterá uma lei própria muito rígida e fará os outros seguirem seus princípios de maneira simbólica e terá uma visão de mundo idealizada pois introjeta os comportamentos da figura da família em si , o “princípio reativo” por conta de um descaso da lei ou uma força demasiadamente forte contra está lei, ele será mais libertário, terá uma visão de mundo com menos rigor e terá mais descaso com situações, e isso fará ele não formular um laço com a “figura materna” tão idealizada, a idealização nessa fase é simbólica levado o indivíduo ter uma visão ideal ou mais “caótica” no decorrer da vida dependendo subjetivamente de como se comportará perante essa dinâmica entre indivíduo e figura da família e indivíduo e os primeiros ciclos sociais.

O processo secundário é essa abstração da lei, ela irá reger de certa forma a impressão da realidade do indivíduo, como sua pulsão irá interagir com os princípios da cultura, sociedade e dos indivíduos que ele irá se deparar, quanto mais autossuficiência é demandada mais rápido é a entrada do processo secundário, isso dependerá da figura da família ser excessivamente rígida ou não.

Ele utilizara defesas egoicas mais estruturadas que é também uma força que conduz a criação de conceitos e formas de utilizar a força pulsional de forma mais encaixada nas leis sociais e culturais além de ser um elemento que irá tirar da pré-consciência e da consciência elementos com efeito neurótico traumáticos que são inaceitáveis a estrutura de conceitos ,moral e regidas por significantes, é uma defesa da estrutura da pisque comparada a defesa automática do animal a frente a uma agressão e um comportamento automático contra essa agressão, este elemento recalcado ficara em impressões no cotidiano a onde a pessoa praticará atos mas não se dará conta este é o elemento de defesa secundário.

Fase Fálica

O ser na sua maturação percebe-se que está chegando perto da imagem que teve na sua fase transicional com a ajuda e afeto da figura materna, sua cognição está desenvolvida e sente seu extinto de forma do simbólico para a fantasia, então cria-se um vínculo afetivo forte com esta figura, ele irá demonstra certa potência pois o ego ideal que ele tinha está simbolicamente se completando, assim demonstra em brincadeiras ou em socializações uma imagem do mundo altamente simbólica, e nele decorre o pensamento que está chegando perto da potência da figura materna , nessa dinâmica ele sente que precisa de um olhar desta figura maior, pois ela é um tipo de ideal que ele seguiu.

Complexo de corte narcísico ou castração

O indivíduo experimentando uma simbólica-fantasiosa potência , agora começa a perceber que não tem todo o olhar da figura materna sobre si assim estando com habilidades e cognição suficiente, a figura castradora demonstra essa falsa visão cognitiva, fazendo o indivíduo se ver no mundo como um outro, como todos, não mais na dinâmica de se agregar a figura materna para se desenvolver e afetivamente, se vê necessário a criação de uma visão de fantasia sobre o mundo, pois sua cognição está desenvolvida e sua potência foi diminuída nesse corte narcísico, assim sua energia psíquica é retirada da fusão indivíduo e figura materna e passada para si mesmo, criado certo estado de luto ambivalente, agora terá que abstrair conceitos de outro lugar para se desenvolver, pois, pode haver um tipo de defesa psicótica sobre esse corte e o indivíduo colocar outro representante no lugar, o que fará ele ter simbolicamente uma objeto ou alguns que façam ele ter o prazer de retornar a esse estado de simbiose onipotente com o “afeto” que lhe proporcionou sua construção e toda a potência assim o indivíduo é chamado de “perverso” pois em sua visão já encontrou algo a substituir essa objeto perdido que representava seu poder nessa dinâmica.

Fase social abstrativa

Nesta fase a pessoa agora precisa encontrar meios de se encaixar na complexa sociedade assim ele procura um capital cultural que se encaixe no seus conceitos egoicos até então construidos para se socializar com certo grupo ou grupos, assim ele irá ter que se encaixar em uma ambivalência entre demostrar conceitos e abstrair, para se sentir confortável e criar regras sociais, morais e éticas com o grupo especifico que ele abstrai, nesse grupo ele pode dar ênfase ao capital cultural(estilo), social(quantidade) e econômico(classe social), afetivo(retorno a figura da família), narcísico(ideal) desta forma criando uma identidade, toda energia ligada ao seu ego no corte narcísico agora flutua entre seu ego e o outro, deste modo como o egoísmo (energia em si) e a empatia(energia no objeto).

Fase social ou genital

Com sua identidade construída agora ele está apto para viver em seus ciclos sociais escolhendo o capital afetivo, cultural, social, econômico e narcísico como principal meio de ideal de realização da idealização que foi construída no decorrer das fases e seus participantes e situações, ele subjetivamente irá dar mais ênfase a algum desses capitais.

As defesas da fase simbólica-imaginária são mais desenvolvidas, são ligadas a sentimentos mais superficiais, como utilizar o humor.

Etapa arcaica ou auto erótica

Oral Psicótico

Etapa Narcísica

Fase Transicional

Fase do Princípio ou Fase Anal

Complexo de corte narcísico ou castração

Etapa Social ou objetal

Fase Social Abstrativa

Fase Social ou genital

Energia de cada fase

A energia que rege o processo primário é carregada de princípios de ter alívio, instinto de auto conservação, e as zonas de prazer no corpo ou em sentidos empíricos.

A que rege o processo secundário é uma subtração a lei então é transformada em potência para comportamentos de cunho auto conservador, intelectual ou uma busca de algum dos tipos de capitais, ela faz do indivíduo apto social e culturalmente na sociedade e espirito do tempo que está inserido além de também ter um mecanismo amortecedor, este mecanismo irá proteger o ego contra significantes e excitações vindas do exterior e do interior do que de alguma forma não podem ser abstraídos, assim contra esses significantes será utilizado alguma defesa ou podem se converter a alguma patologia neurótica que seria uma dinâmica dialética interior que cria um conflito não observável pelo individuo apenas seus sintomas são observáveis.

Os dois processos funcionam simultaneamente dependendo da situação que a persona encara e os traços afetivos, mnêmicos e defesas egoicas que vem à tona.

A Clínica

O indivíduo primeiramente irá livre associar sendo sugestionado sobre o passado, a regra ética da clínica tem que ser comunicadas ao paciente, nessa fase também é perguntado se o paciente tem algum tipo de patologia neura estrutural, desta forma ele irá livre associar e o profissional irá coletar dados e conduzir por sugestão, assim depois é colocado em uma lista. Primeiramente os primeiros signos lembrados, depois a figura familiar, a figura materna, e os primeiros indivíduos da fase social abstrativa e por último os tipos de significantes que levaram o paciente a procura de profissional ou os ”significantes patológicos atuais”, também é importante perceber o ideal do ego do indivíduo pois é uma demanda que o subjuga e este ideal tem que se classificado pelo tipo de força que conduz seu cotidiano e suas escolhas, isto tudo será elaborado em uma lista.

Dialética Na Clínica

Na livre associação o paciente vai formar frases, e nesta estrutura de frases certos signos serão colocados, é nesta hora na escuta flutuante do analista que signos que remetem a sentimentos, comportamentos, dinâmicas com figura, defesas egoicas e capitais este tem que ser listados para criar uma cadeia de significantes, nesta cadeia irá se interpretar o desfecho de cada fase Psicossexual.

A segunda fase é uma dialética cognitivo comportamental a onde o paciente irá participar de uma dialética sobre esses significados captados pela livre associação e seu comportamento na história, nessa dialética não é a rememoração que importa e sim mudar o comportamento questionando, pontuando, sugestionando e refletindo o indivíduo sobre as questões do seu comportamento atual e utilizando de reforços positivos e negativos. O inconsciente também é visto pelos significantes refratários esses são significantes que retornam na vida do indivíduo sem ele perceber fazendo parte do inconsciente e sua determinada energia, o importante para a visão desse significante é começar a produzir material para o indivíduo encarar seus retornos na dialética, também é usado elementos da psicologia positiva para não produzir um efeito negativo no indivíduo ou ele desistir da dialética.

Reforço Positivo

Signo dialético que é utilizado para reforçar positivamente, quantitativamente e qualificadamente uma mudança de comportamento, amortecimento de sentimento e reflexão sobre significantes e sobre a regência atual dos signos refrátarios, tem que ser bem ponderado e pontuado nos momentos corretos para isto a análise da lista de sentimentos é importante para se utilizar no momento certo, dependendo da patologia do indivíduo.

Reforço Negativo

O signo dialético que será utilizado principalmente depois do elemento amortecedor contra ideais do ego, comportamentos, significantes e idealizações patológicas. Primeiramente pontuações serão utilizadas até evoluir para pequenas sugestões a curto e médio prazo, depois a longo prazo dependendo tudo dependendo da estrutura egoica do indivíduo em clínica e seus comportamentos e defesas egoicas sobre esses signos na dialética, e por final a reflexão sobre algumas interpretações de significantes refratários e comportamento repetitivos que foram analisados e listados na associação livre sobre a história a “historização”

Pontuação

Questionamento de certo signo dialético falado pelo paciente, a pontuação é pegar este signo refratário e relacionar a algum significante ou sintoma, também pode ser um ponto de reflexão sobre a fala e antecedentes como demonstração de certa repetição deste signo e suas relações com comportamentos patológicos.

Sugestão

Está ligada a dinâmica de reforços positivos e negativos, e também ligada a sugestionar mudanças de comportamento que causam gatilho, estas sugestões estão ligadas a sugestões de curto, médio e longo prazo e estão ligadas a evolução do indivíduo na clínica, para a sugestão ter uma boa eficácia tem que estar atrelada as mudanças nas listas de sentimento e de sintomas patológicos no decorrer da terapia.

Reflexão

Tem relação as reflexões sobre a história do indivíduo seus capitais, signos, significantes, figuras, ideais do ego, dinâmicas e seus comportamentos atuais que remetem a estes, além que também uma análise reflexiva sobre novas dinâmicas e também sobre as abstrações de conceitos e signos em ciclos sociais e culturais que reforçam sentimentos e comportamentos negativos atuais

Gatilho Psíquico

Sentimento, impressão ou excitação que vem à tona na mente em determinada situação ao se deparar com um signo ou significante refratário.

Gatilho patológico

E o signo que remete a um significante patológico ou que remeta a um significante refratário eles serão trabalhados na clínica na parte dialética para uma mudança de comportamento, visão, reflexão e viés de futuro ou um ideal mais positivo menos patológico assim se dando também dá teoria psicológica da análise da existencial

Posições do Profissional Na Clínica

Ética na Clínica

O profissional tem que se manter em um viés utilitarista, pesando o quanto e a quantas pessoas a patologia do paciente afeta, olhando desta forma irá primeiro trabalhar a influência dessas patologias no indivíduo para a melhoria das relações sociais e ambientais, segundo começar o tratamento destes significantes patológicos na suas ações, comportamento , pensamentos, gatilhos e depois na maneira de encarar as situações, e suas defesas egoicas serem mais saudáveis, seguras e menos patológicas para o indivíduo e outros, para isto será utilizado a ética do meio termo Aristotélica para ir moldando os sentimentos e ações do paciente com reforços para um meio termo saudável, se catalogando as ações, pensamento, comportamentos, gatilhos e ideais para criação de princípios éticos do justo meio, não muito poderoso psiquicamente nem totalmente inibido, a dialética do justo meio é esculpir ações mais ponderadas.

Dialética De Signos ou Gatilhos e Linguística

A dialética é feita de signos, e certo sentimento entrelaçado neste signo, o signo pode ser linguístico ou um gesto, ou até uma agressão, a questão ligada a isto é se o signo é agressivo, passivo, sentimental (negativo) como signo de tristeza ou melancolia (positivo) felicidade ou positividade, potência ou falta de potência (demonstração que tem alguma habilidade ou capital superior), existencial (comentar sobre algo que aconteceu no cotidiano ou fazer uma reflexão sobre o passado) ou sobre um capital(econômico, cultural, narcísico, afetivo) estes são os signos que criam uma dialética, os signos linguísticos, na livre associação de ideias estes signos tem que captados como dados e escritos, os que mais se repetem estão mais ligados na estrutura do ideal e na patologia além da construção do ambiente sobre os signos refratários junto a análise de certos gatilhos, logo se cria uma estrutura de signos, gatilhos e signos refratários(ambientação cotidiana) que podem ser significantes ligando-os a figuras, sentimentos, capitais, ciclos sociais, influenciadores sociais, fases psicossexuais além do contexto sociocultural que o indivíduo está inserido.

Construção da Persona

Depois que existiu uma construção de estrutura de significantes do indivíduo e também listando as demanda das patologias e o mal-estar que o paciente sente está na hora de passar da livre associação de ideias para a dialética comportamental, é de suma importância se analisar o ideal do ego e seus significantes capitais sociais, além da questão dos significantes refratários ou comportamentos, falas e palavras repetitivas, perante algumas perguntas, tem que existir a análise de defesas egoicas se estão estruturadas ou não, quais são as defesas patológicas e de que forma ele as usa, a construção do ambiente atual regido pelos signos refratários é de suma importância pois se cria o ambiente atual e seu cotidiano, existe um ponto importante, quando a criação da persona está em curso certos significantes que são o ideal ou a moral do indivíduo tem que ser captados para o profissional modular sua posição e criar uma transferência positiva para dialética cognitiva comportamental, não tocando em pontos que o indivíduo repudia e não utilizar nenhum signo que remeta a um gatilho, este é um meio humanista de começar o tratamento, sendo o elemento amortecedor, na dialética será trabalhando este vinculo de transferência, com signos existenciais, para construir uma estratégia para utilizar reforços positivos e negativos nos signos linguísticos do paciente assim se precisa se fazer construir uma lista de sentimentos, escreva em um papel cada signo linguístico e capte quantas vezes ele retorna a aquele , isto vai criar uma estratégia pra criação de comportamentos a curto prazo além que o viés afetivo sobre por exemplo signos sentimental negativos, passivos ou agressivos neste início são tratados com total viés de compreensão e afetividade, nesta fase existe uma balança entre posição afetiva e posição reforçadora progressiva, pois o viés aqui é criar a transferência e captar dados.

Dialética Cognitivo Comportamental

Com certa transferência positiva criada agora vai se passando para o elemento sugestionador, com as demandas de cura do paciente, significantes e signos e capitais linguísticos captados, está na hora de começar progressivamente mudanças de comportamento a curto e médio prazo além de sugestões sobre o ideal do indivíduo (se este for patológico) para uma mudança de viés existencial , os signos linguísticos listados que remetem a uma patologia tem que ser trabalhos com reforços positivos e negativos em uma estratégia de mudança do viés imaginário e simbólico do indivíduo utilizando da sugestão.

Com a melhora do viés existencial do indivíduo e mudanças nos comportamentos de curto, médio e longo prazo, vai havendo seções de reforço intercaladas com sessões de livre associação de ideias para captação de novos signos linguísticos, capitais sociais, demandas de cura e uma análise dos comportamentos e significantes refratários e as defesas egoicas que o indivíduo está utilizando se são menos patológicas , se estão se modificando assim na terapia dialética comportamental vão se trabalhando esses novos dados, entrevistas com pessoas próximas do indivíduo são necessárias para análise de uma real mudança.

Elemento amortecedor

Irá analisar como funcionara a dinâmica vendo de um viés ético os signos patológicos demonstrados pelo paciente e a livre associação de ideias histórica, também analisando as defesas secundárias e os objetos significantes e capitais que estão ligados, depois analisar o ego suas defesas e seu ideal além do ambiente e seus signos refratários. Irá trabalhando com a lista de sentimentos assim poderá criar uma dinâmica mais leve ou a dinâmica inicial a onde vai se captando dados primeiramente, importante ver quais objetos a energia de cada processo está colocada é também importante listar os sintomas de um indivíduo com patologia neurobiológica para no tratamento não desencadear os sintomas, assim terá que ser colocado no começo da terapia que existe esta patologia uma nova lista, a lista de sintomas patológicos neura estruturais tem que ser criada para constante avaliação.

Elemento Sugestionador

Passando para a dialética cognitiva comportamental ele começara a sugestionar mudanças e pontuar regressões de forma mais leve e superficial, a dialética também tem que ser de forma humanista sendo sempre um elemento que compreende e de nunca julgar, vai se sugestionando comportamentos a curto prazo positivos, vendo sempre o feedback, tem que existir uma visão sobre quais sugestões utilizar para o indivíduo com patologia neurobiológica pois, assim utilizando a lista de sintomas patológicos neura estruturais para medir a força dos sintomas e suas relações com signos dialéticos, para haver sugestões a onde não se desencadeei surtos.

Elemento Reflexivo

Irá haver maior número de pontuações sobre comportamentos refratários e significantes refratários, o profissional vendo os comportamentos de curto prazo se mudando vai fazendo reflexões, começa a analise existencial, assim vai se sugestionando comportamentos para médio e longo prazo, a comparação da força dos sentimentos sobre os significantes patológicos é essencial para começar a ver quais sentimentos estão se mudando a análise de lista de sentimento, e no caso do paciente sofrer de patologia neura estrutural a análise da lista de sintomas patológicos também tem que ser sempre posta em prática e atualizada.

Elemento de reforço

Quando o indivíduo demonstrar uma mudança sobre os sentimentos e comportamentos muito positivas a curto, médio e a longo prazo e seu ideal de ego ser mais positivo, vai se reforçando e sempre analisando existencialmente e a evolução na lista de sentimentos como vai o decorrer do cotidiano do indivíduo, uma consulta com os parentes, amigos ou qualquer figura próxima periódica é essencial para a verificação da real mudança, dependendo da patologia do indivíduo e seu tipo de neurose objetal com os significantes e agora continuando com a livre associação de ideias em paralelo para a análise de significantes e capitais atuais e as novas dinâmicas e viés com os refratários.

Escrito por: Patryck Vieira Leal Silva
14/10/2022