ANÁLISE DA CORRELAÇÃO ENTRE CIRURGIAS E ÓBITOS POR DOENÇAS CIRCULATÓRIAS NO PIAUÍ DE 2013 A 2022

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10252498


Arthur Cavalcante Morais Veras
Coautor(es):
Rodrigo Vieira do Nascimento
Carolinne Marques Freire e Silva
Laianne Martins Vieira Soares Silva
Mariana Monteiro Vieira Chaves
Orientadora: Michely Laiany Vieira Moura


RESUMO 

INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho circulatório, como o Acidente Vascular Encefálico (AVE) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), apresentam alta morbimortalidade social e demandam intervenção cirúrgica na saúde pública. Os principais desfechos do perioperatório dependem da morfologia e grau de acometimento patológico, podendo gerar complicações e, consequentemente, o óbito. OBJETIVOS: Analisar a relação entre cirurgias e óbitos por doenças do aparelho circulatório no estado do Piauí no período de 2013 a 2022. MÉTODO: Estudo epidemiológico quantitativo retrospectivo baseado em dados do sistema DATASUS, relacionando cirurgias e óbitos por doenças circulatórias no Piauí entre 2013 e 2022. Variáveis analisadas incluíram grau de complexidade, caráter de atendimento, procedimento realizado, causa de óbito, número de internações, número de óbitos e taxa de mortalidade. RESULTADOS: No período analisado, houveram 10.457 óbitos em cirurgias pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no Piauí, sendo 576 relacionados a doenças do aparelho circulatório. A principal causa de óbito foi a revascularização miocárdica com circulação extracorpórea (94 óbitos), seguida pela implantação de cateter de longa permanência (60 óbitos). A maioria dos óbitos ocorreu em cirurgias de alta complexidade e casos de urgência. As cirurgias circulatórias representaram o quinto lugar em número de internações, com 23.540 casos. A taxa de mortalidade foi de 2,47%, sendo mais alta em cirurgias torácicas (13,86%) e neurológicas (10,59%). CONCLUSÃO: Os óbitos em cirurgias cardiovasculares no SUS no Piauí entre 2013 e 2022 ocorreram em situações de urgência, principalmente revascularização miocárdica com circulação extracorpórea e implantação de cateter de longa permanência. Apesar das taxas de internações e mortalidade não serem as mais elevadas, é fundamental aprimorar a qualidade e segurança cirúrgica. Políticas hospitalares e governamentais eficazes, juntamente com acompanhamento especializado intra-hospitalar, são essenciais para evitar o aumento da morbidade cirúrgica ao longo do tempo e melhorar a assistência no sistema de saúde pública do Piauí. 

PALAVRAS-CHAVE: Cirurgia, óbitos, doenças cardiovasculares, Piauí

Referências 

CONSOLIM-COLOMBO, Fernanda M.; SARAIVA, José Francisco Kerr; IZAR, Maria Cristina de Oliveira. Tratado de Cardiologia: SOCESP. In: Tratado de Cardiologia: SOCESP. 2019. p. 1570-1570. 

BRASIL, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. 
Disponível em http://www.datasus.gov.br [Acessado em 15 de setembro de 2023].


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