ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO ENTRE PAINÉIS MONOLÍTICOS (EPS) COMO  ALTERNATIVA ÀS ESTRUTURAS DE ALVENARIA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10223520


Gabriel Furtado Cardoso 
Marcus Vinicius De Lima Costa 
Orientador: Ronaldo Alves De Siqueira


RESUMO 

Esta pesquisa tem como tema a análise do custo-benefício entre painéis monolíticos (EPS)  como alternativa às estruturas de alvenaria. Cujo objetivo foi verificar o método construtivo  com menor custo e prazo entre o método convencional e painéis monolíticos de EPS. O método  consiste em uma pesquisa quantitativa, descritiva e documental com abordagem transversal e  observacional. A amostra foi composta por dois projetos de construção situados em um  condomínio residencial de casas de alto padrão na cidade de Teresina, Piauí. Um dos projetos  seguiu o método convencional de alvenaria, enquanto o outro empregou estruturas monolíticas  de EPS. Os dados foram coletados através de visitas técnicas onde foram realizadas medições  de temperatura in loco durante as execuções. Para a análise dos dados, foi realizada uma  comparação entre o orçamento da estrutura convencional e o orçamento da estrutura de EPS,  além de análise de custos e comparação com dados da literatura para fortalecer a base teórica e  científica da pesquisa. Os principais resultados encontrados foram que os painéis monolíticos  de EPS oferecem uma alternativa mais vantajosa em termos de custos e eficiência. Em  comparação com as estruturas de alvenaria tradicionais, os painéis de EPS demonstraram uma  redução significativa nos custos de material, e menor absorção de calor. Em conclusão, a análise  custo-benefício entre painéis monolíticos de EPS (poliestireno expandido) e estruturas de  alvenaria mostrou que ambos os sistemas têm suas vantagens e desvantagens. Contudo, este  estudo evidenciou a superioridade dos painéis de EPS em termos de custo-benefício em  comparação com o sistema convencional. 

Palavras-chave: Estruturas; Alvenaria convencional; Painéis monolíticos; Custos; Benefícios.

ABSTRACT 

This research focuses on the cost-benefit analysis of monolithic panels (EPS) as an alternative  to masonry structures. The objective was to verify the construction method with the lowest cost  and time between the conventional method and monolithic EPS panels. The method consists of  quantitative, descriptive and documentary research with a cross-sectional and observational  approach. The sample was made up of two construction projects located in a residential  condominium of high-end houses in the city of Teresina, Piauí. One of the projects followed  the conventional masonry method, while the other employed monolithic EPS structures. Data  was collected through technical visits where on-site temperature measurements were taken  during executions. For data analysis, a comparison was made between the budget of the  conventional structure and the budget of the EPS structure, in addition to cost analysis and  comparison with literature data to strengthen the theoretical and scientific basis of the research.  The main results found were that monolithic EPS panels offer a more advantageous alternative  in terms of costs and efficiency. Compared to traditional masonry structures, EPS panels have  demonstrated a significant reduction in material costs, and lower heat absorption. In conclusion, the cost-benefit analysis between monolithic EPS (expanded polystyrene) panels and masonry  structures showed that both systems have their advantages and disadvantages. However, this  study highlighted the superiority of EPS panels in terms of cost-benefit compared to the  conventional system. 

Keywords: Structures; Conventional masonry; Monolithic panels; Costs; Benefits.

1 INTRODUÇÃO 

A construção civil no Brasil tem uma forte raiz em métodos construtivo tradicionais  que estão a bastante tempo no mercado e que por esse motivo traz mais confiança no seu uso  para a execução na obra, sendo entre eles, o de alvenaria convencional, sendo edificado com  tijolos e estruturado com concreto armado, assim sendo difícil de ser substituído por outras  alternativas. No entanto, novos métodos vêm sendo criados na função de inovar e trazer mais  confortos, tanto térmico como acústico, sendo o caso do Poliestireno Expandido- EPS  (AGOPYAN; JOHN, 2006). 

O Poliestireno Expandido (EPS) conhecido no Brasil por Isopor®, marca registrada  pela Knauf Isopor Ltda, foi criado em 1949 no laboratório da empresa alemã BASF. Ele se  caracteriza por ser um material plástico proveniente da polimerização do estireno em água e  ficou bastante conhecida por ter características isolantes, boa resistência e ser bastante leve  devido a sua composição (SANTANA, 2016). 

A utilização básica do poliestireno expandido é em proteção e isolação térmica de lajes,  telhados, paredes e dutos, dentre outros, se dá de maneira satisfatória, isso porque tem a sua  estrutura celular fechada e cheia de ar, no qual aproximadamente 98% do seu volume é  composto por ar e apenas 2% de poliestireno. Sua produção é feita de várias formas, placas de  grandes e pequenas espessuras, blocos maciços ou vazados etc. (YAZIGI, 2021). 

Com a nossa atual situação climática com muito calor se infiltrando para o ambiente  interno, o uso do poliestireno expandido tem sido uma solução viável, usado em lajes, telhados  e em paredes (painéis autoportantes). Este último, objeto de estudo desse trabalho, a parede em  painel monolítico de poliestireno expandido utilizado como elemento de vedação seja um meio  de amenizar o calor, devido ao EPS reduzir os efeitos negativos consequente da isolação nas  paredes e nos telhados da construção (FREITAS; MIRANDA, 2021). 

Atualmente na Engenharia Civil o prazo final para entrega de uma obra tende a ficar  mais curto e tendo uma boa economia, graças a diversos métodos construtivos presentes na  atualidade. Entre o método convencional (bloco cerâmico e concreto armado) ou painéis monolíticos de EPS, qual deles tem o melhor custo-benefício como modelo para alvenaria de  vedação? 

H0: Não há diferença significativa entre a eficácia da alvenaria convencional e dos  painéis monolíticos de poliestireno expandido em termos de desempenho, absorção de calor e  custos totais de construção. 

H1: A substituição da alvenaria convencional por painéis de poliestireno resulta em  melhor desempenho, com melhor conforto térmico por menor absorção de calor, e custos totais  reduzidos. 

Este artigo tem como objetivo verificar o método construtivo com menor custo e prazo  entre o método convencional e painéis monolíticos de EPS. 

A pesquisa sobre este tema pode ampliar a compreensão do mercado em relação a uma  técnica menos convencional, mas gradualmente crescente na construção civil. Isso pode resultar  em um conhecimento mais abrangente sobre a sustentabilidade e economia na obra, fornecendo  uma visão mais ampla sobre a notável versatilidade desse material (SOUZA; ASSIS, 2014). 

No Brasil ainda é muito incomum a utilização de métodos não convencionais na  construção civil, tanto pelo excesso de tradicionalidade no mercado e também pela insegurança  dos profissionais quando se vai projetar e executar esses métodos. O Brasil como país  emergente é ideal para a implementação de novas ideias e assim contribuir com o crescimento  econômico (ABRAPEX, 2016). 

O intuito principal é estimular na comunidade o conhecimento deste método,  apontando pontos positivos e negativos e assim fazer com que um maior número de  profissionais tenha domínio sobre o processo para que possa executá-lo com segurança e  confiança como a melhor solução para cada tipo de situação (BARRETO, 2017).

2 REFERENCIAL TEÓRICO 

2.1 Métodos construtivos tradicionais 

As estruturas de alvenaria estão entre os métodos de construção mais antigos e  amplamente utilizados na engenharia civil. São basicamente constituídos por blocos ou tijolos  que são fixados e ancorados por argamassas de cimento, formando uma estrutura robusta e  resistente. A alvenaria é um dos sistemas construtivos mais utilizados e tradicionais no Brasil,  com ampla utilização em construções residenciais e comerciais (OLIVEIRA; SOUZA,2019). 

A alvenaria convencional é caracterizada por construções que empregam estruturas de  fundação, como vigas e pilares em concreto, que são fabricados e moldados utilizando moldes  de madeira. Além disso, a vedação é realizada por meio de blocos de cerâmica, que são  assentados utilizando argamassa (VASQUES; PIZZO, 2014). 

Atualmente existe também outros métodos construtivos como a alvenaria estrutural  que basicamente consiste na técnica que utiliza a própria alvenaria como elemento estrutural,  dispensando a utilização de vigas e pilares de concreto. Consiste basicamente em materiais (no  nosso caso blocos cerâmicos) dispostos uns sobre os outros unidos com argamassa e encaixe  dos mesmos, formando um conjunto coeso e rígido. Alvenaria estrutural é uma técnica que tem  se mostrado eficiente em termos de economia, rapidez e sustentabilidade, uma vez que dispensa  a utilização de elementos estruturais utilizados em outros métodos (SANTOS, 2018). 

Já a estrutura metálica é uma técnica que utiliza perfis metálicos sendo feita com perfil  metálico de aço, material que é composto pela mistura de ferro com carbono, como elementos  estruturais, oferecendo grande versatilidade e resistência, São produzidos em fábricas tendo  variados formatos, mas os mais utilizados são em seção transversal I,H,U,Z e as cantoneiras em  L, variando de acordo com cada caso. As estruturas metálicas é uma técnica que vem ganhando  espaço na construção civil, sendo bastante utilizada em edificações de grande porte, como  galpões industriais e prédios comerciais” (LIMA; CASTRO, 2019). 

A estrutura metálica com vedação em alvenaria é uma técnica que combina os  benefícios da resistência e durabilidade do aço com a praticidade e versatilidade da alvenaria.  A utilização de estruturas metálicas com vedação em alvenaria vem se mostrando uma solução  construtiva cada vez mais interessante, especialmente em edificações comerciais e industriais,  proporcionando rapidez na execução, redução de custos e segurança estrutural. Além disso, a  combinação desses dois materiais permite uma grande variedade de projetos arquitetônicos,  adaptando-se a diferentes necessidades e estilos construtivos. O Sistema Construtivo 

Tradicional é um sistema corrente e enraizado na nossa cultura e nas nossas construções,  caracteriza-se por uma construção em alvenaria convencional com o sistema estrutural  composto por pilares, vigas e lajes maciças assentes sobre fundações rígidas (ALMEIDA,  2016). 

As principais técnicas utilizadas atualmente são: alvenaria tradicional, alvenaria  estrutural, wood frame, steel frame, concreto pré-moldado, paredes de concreto, container e  concreto PVC. A escolha do melhor sistema construtivo não é aleatória. Com efeito,  recomenda-se que o engenheiro civil ou o arquiteto responsável pela obra efetue um estudo  prévio para determinar qual o método ideal para cada caso’’. Para isso, o profissional deve levar  em consideração as necessidades do cliente, tipo de construção, questões ambientais, tempo de  construção, materiais, mão de obra etc. (FREITAS; MIRANDA, 2021). 

No entanto, o sistema de alvenaria convencional continua sendo o método  predominante de vedação em construções no país, devido às suas vantagens consideráveis.  Estas incluem custos mais baixos, execução simplificada, eficiente desempenho termoacústico,  sólida resistência mecânica e ao fogo, excelente impermeabilidade, durabilidade prolongada e  uma aceitação positiva por parte dos usuários (SOUZA, 2013; SANTOS; RODRIGUES, 2013).  

Entretanto, existem características desfavoráveis associadas ao sistema de alvenaria  convencional, como o considerável peso e massa por unidade de superfície, baixa produtividade  e a necessidade de materiais adicionais para aprimorar o acabamento. Além disso, uma  preocupação relevante diz respeito à quantidade de resíduos gerados no canteiro de obras, o que  é percebido como um problema tanto em termos de desperdício de materiais quanto de impacto  ambiental negativo (SOUZA, 2013). 

Apesar disso, é indiscutível que, no contexto atual, o sistema de construção  convencional detém uma significativa participação de aproximadamente 88,2% no cenário  brasileiro, conforme indicado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD,  2019). Isso reflete a sólida presença desse método na indústria da construção do país.  

No entanto, mesmo sendo ainda amplamente adotado no mercado, esse sistema passou  a ser criticado devido ao seu potencial para gerar desperdício significativo de materiais e ao  fato de que frequentemente não atende a padrões satisfatórios em relação ao tempo de execução  (SOUZA, 2013). 

Diante desses achados, ressalta-se que no cenário da construção civil brasileira tem-se  como método construtivo mais utilizado a alvenaria de vedação com tijolos cerâmicos, também  conhecida como alvenaria convencional, e isso faz com que este ramo seja responsável por  produzir cerca de 50% dos resíduos no Brasil (CARDOSO, 2017), em contrapartida, as construções em painéis monolíticos de poliestireno expandido tem ganhado espaço no Brasil,  uma vez que possuem inúmeras vantagens em relação aos sistemas construtivos convencionais  (SILVA et al., 2019). 

2.2 Painel monolítico de EPS 

A sigla EPS representa o poliestireno expandido, que é, na verdade, um tipo de plástico  celular rígido. Esse material é expandido com a ajuda do gás pentano, transformando-o em  pequenas pérolas com diâmetros de até 3 mm. É importante destacar que o uso desse gás não  representa uma ameaça ao meio ambiente, pois o pentano é um hidrocarboneto que se  decompõe rapidamente por meio de reações fotoquímicas induzidas pela exposição aos raios  solares. As pérolas de EPS passam por um processo de expansão utilizando vapor e,  posteriormente, são fundidas para formar painéis. Ao final do processo de fabricação, esses  painéis apresentam algumas características importantes: são inodoros, não emitem substâncias  contaminantes e são recicláveis. A fabricação do EPS resulta em um material em que cerca de  98% de seu volume é composto por ar, enquanto apenas 2% são constituídos por poliestireno  na forma sólida. Durante o processo de expansão, as pérolas de EPS podem aumentar seu  volume em até 50 vezes em relação ao tamanho original, graças à ação do vapor saturado. Esse  método de produção resulta em um material leve, isolante térmico e versátil, frequentemente  utilizado em uma variedade de aplicações na construção civil e em outros setores industriais.  Além disso, a característica reciclável do EPS contribui para a redução do impacto ambiental  (SANTOS, 2018). 

O poliestireno expandido foi descoberto em 1949 pelos químicos alemães Fritz Stastny  e Karl Buchhholz, a partir de diversos experimentos desenvolvidos na BASF. No entanto, esse  material só chegou no Brasil na década de 90, com o nome de poliestireno expandido, ou EPS.  No Brasil, é comumente conhecido como “Isopor ®”, marca registrada da Knauf. O EPS tem  diversas aplicações em embalagens industriais, objetos de consumo e na agricultura. No  entanto, é na construção civil, que a utilização do poliestireno expandido é mais difundida, por  ser um material isolante, resistente e de extrema leveza (ABREU et al., 2006). 

No Brasil, a adoção dessa técnica ocorreu simultaneamente ao período em que o  sistema construtivo passou por uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Pesquisas  Tecnológicas de São Paulo (IPT). Durante essa pesquisa, o EPS foi submetido a uma série de  testes e ensaios normativos para avaliar e validar sua eficácia como material de construção. No  mercado brasileiro, estão disponíveis comercialmente sete tipos diferentes de EPS, cada um deles classificado de acordo com sua densidade. Na Tabela 1 a seguir, são apresentados os  valores das propriedades desses tipos de EPS, conforme estabelecidos pelas normas  correspondentes: 

Tabela 1 – Tipos de EPS 

Fonte: ABRAPEX (2006) 

Ao contrário do sistema convencional, a construção com painéis monolíticos não  requer pilares e/ou vigas. Pilares e vigas só são utilizados até que a edificação ultrapasse 02  pavimentos. Este método é estrutural e utiliza aproximadamente 10% de todo o aço utilizado  em um sistema tradicional (ABRAPEX, 2016). 

Os painéis de poliestireno expandido (EPS) tem ganhado ampla aplicação na indústria  da construção civil. Exemplos dessas aplicações incluem seu uso como forma para lajes  nervuradas, preenchimento de vazios em paredes para melhorar o isolamento térmico e  acústico, sua adição ao concreto para reduzir o peso e sua incorporação em estruturas de  construção monolítica (ROMFELD; DÁGOLA; ESTEVES, 2021). 

Conforme descrito pela Associação Brasileira do Poliestireno Expandido, o EPS exibe  uma série de características notáveis, que incluem baixa condutividade térmica, mínima  absorção de água, peso reduzido, resistência mecânica, facilidade de manuseio, versatilidade,  durabilidade ao longo do tempo, capacidade de absorção de choque e resistência à compressão.  Essas propriedades fazem do EPS um material amplamente utilizado em diversas aplicações na  construção civil e em outros setores (ABRAPEX, 2016). 

2.3 Painéis monolíticos (EPS) e métodos construtivos tradicionais

O sistema construtivo é composto por painéis de EPS, argamassa, tela eletro soldada,  treliça eletros-soldada e grampos de aço galvanizado, que em conjunto formam as paredes  estruturais internas e externas da edificação. Comparando os sistemas de EPS e Alvenaria que  por sua vez é um sistema tradicionalmente utilizado no Brasil, verifica-se que nas fases de  terraplenagem, fundação, acabamento, instalações e cobertura, não existe variação de preço,  pois são consideradas construções de mesmas proporções métricas. O que diferencia esses  sistemas é o processo de vedação, que possui uma diferença significativa entre esses dois  sistemas construtivos (FREITAS; MIRANDA, 2021). 

Tendo como resultados da pesquisa bibliográfica a respeito do tema, tem-se que o  sistema de EPS é autoportante, sendo assim, as próprias paredes cumprem a função estrutural  da edificação, assim como a alvenaria estrutural. A finalidade do EPS é preencher as paredes  com recursos de forma, o que realmente sustenta a casa é a malha metálica e o microconcreto  aplicado, com isso é obtido uma considerável economia de 30%, gerada pela não utilização de  estruturas de concreto armado (vigas e pilares) como nas obras de sistema convencional,  obtendo também uma redução significativa na agilidade para o prazo de término da obra  (SANTANA, 2016). 

O uso de painéis de EPS na construção civil realmente apresenta várias vantagens,  como a redução do peso da estrutura em comparação com a alvenaria tradicional, considerando  que sua estrutura pode ser de 45% a 55% mais leve que a alvenaria tradicional, o que pode  ocasionar um impacto considerável e direto na economia, já que a leveza dos painéis de EPS  pode resultar em uma estrutura mais leve, diminuindo os custos associados à fundação,  tornando-a mais simples e econômica. No entanto, apesar disso, sua leveza não o torna frágil,  os EPS possuem resistência comprovada e são submetidos a testes rigorosos para garantir sua  resistência e durabilidade. Isso inclui testes de resistência à pressão, impacto e até mesmo testes  balísticos, que demonstram sua capacidade de suportar cargas e impactos (RÊGO; LIMA;  SILVA, 2020). 

Um dos grandes diferenciais do sistema EPS em relação a outros métodos é seu  processo de montagem, onde os painéis pré-fabricados conforme projeto, que passa por um  estudo para fabricação de acordo com sua necessidade, oferecendo assim praticidade tanto em sua instalação como em seu transporte, graças a sua descarga e montagem (GOULART;  JUNIOR, 2018). 

No entanto, é importante ressaltar que a escolha entre painéis de EPS e alvenaria  tradicional deve levar em consideração diversos fatores, incluindo o ambiente local, os regulamentos de construção, os custos gerais do projeto e as necessidades específicas do  edifício. É recomendável que um engenheiro ou arquiteto qualificado seja consultado para  avaliar a adequação desse sistema construtivo para o projeto em questão. 

Além disso, ressalta-se que na medida em que se preocupa com o meio ambiente, a  durabilidade é importante, porque ao usar o sistema EPS, há pouco ou nenhum desperdício de  materiais e restos de entulhos deixados para trás por obras, porque o excesso de EPS da  construção, se descartado adequadamente, pode ser reciclado (GOMES; OLIVEIRA, 2021).  Nesse sentido, a reciclagem do EPS envolve o processo de coleta, compactação e transformação  desse material em novos produtos, reduzindo assim a necessidade de recursos virgens e  minimizando o impacto ambiental. Isso não apenas reduz o desperdício, mas também contribui  para a conservação de recursos naturais, tornando o uso do EPS uma opção ambientalmente  amigável em muitos cenários de construção (MICHALTCHUK; BOUZON, 2023). 

O EPS reciclado encontra uma ampla gama de aplicações em diferentes setores. Na  construção civil, por exemplo, o EPS reciclado é frequentemente misturado com areia e cimento  para produzir concreto leve, que é bastante utilizado para o preenchimento de lajes. Além disso,  é empregado na fabricação de telhas termoacústicas, rodapés, decks para piscinas e elementos  decorativos. Também desempenha um papel crucial como material isolante térmico e acústico.  Já na indústria de móveis, o EPS reciclado é aplicado em pufes, no preenchimento de bancos,  em vasos de flores e molduras de quadros. Além disso, é utilizado na fabricação de produtos  escolares, como canetas esferográficas e réguas (MICHALTCHUK; BOUZON, 2023). 

Essas aplicações diversas demonstram como o EPS reciclado é uma solução versátil e  sustentável que contribui para a redução de resíduos e o uso eficiente de recursos em diversos  setores da indústria. 

2.4 Diretriz para Avaliação Técnica de Produtos: Diretriz SINAT nº 11 

O Sistema Nacional de Avaliação Técnica é uma iniciativa que envolve a colaboração  da comunidade técnica nacional para facilitar a implementação de um conjunto de  procedimentos amplamente reconhecidos pela indústria da construção civil. Seu principal  objetivo é avaliar novos produtos que são utilizados nos processos de construção  (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2014). 

O principal impulso por trás dessa colaboração da comunidade técnica é promover a  inovação tecnológica. Isso significa expandir as opções tecnológicas disponíveis para a  construção de habitações, sem, no entanto, aumentar o risco de falha no processo de inovação. 

Em resumo, o objetivo é elevar a competitividade do setor produtivo da construção, oferecendo  soluções mais avançadas e eficazes, sem comprometer a qualidade e a segurança. As Diretrizes do SINAT desempenham um papel fundamental na orientação não  apenas da avaliação técnica, mas também na orientação da elaboração de projetos, na condução  da construção e na implementação dos controles de qualidade correspondentes, como é o caso  dos EPS (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2014). 

Nesse sentido, a Diretriz SINAT de nº 11, datada de julho de 2014, aborda as paredes,  moldadas no local, constituídas por componentes de poliestireno expandido (EPS), aço e  argamassa, microconcreto ou concreto. Esta Diretriz é aplicável exclusivamente a paredes com  função estrutural, que podem ser encontradas tanto internamente quanto externamente em  diversas configurações de construções, incluindo casas térreas, sobrados isolados e geminados,  casas sobrepostas e edificações multifamiliares de dois pavimentos (térreo mais um pavimento  superior) (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2014). 

De acordo com a Diretriz SINAT de nº 11, são consideradas paredes com dois tipos de  configurações diferentes (Figura 1):  

Figura 1. Tipos de paredes consideradas na Diretriz SINAT nº11 

Fonte: MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2014. 

Na Configuração A: a parede é composta por blocos ou moldes de EPS que são  preenchidos com concreto armado, o qual é moldado no local. Enquanto na Configuração B: a  parede é formada por painéis de EPS com argamassa, microconcreto ou concreto projetados no  local (Figura 1). 

Diante do exposto, ressalta-se que os elementos que fazem parte das paredes  abrangidas por esta Diretriz incluem poliestireno expandido (EPS), concreto, argamassa,  microconcreto, além de malhas de aço e telas de fibra de vidro ou véu de poliéster. Além disso,  no documento de diretrizes SINAT nº 11, prevê dois tipos de ensaios: o de caracterização do  painel de EPS e o de desempenho (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2014). 

Portanto, os ensaios realizados para avaliar as principais características dos materiais  e componentes que constituem as paredes devem responder a dez requisitos fundamentais: caracterização da face do painel; espessura do painel; classificação quanto ao uso de retardante  a chamas; massa específica aparente; tensão por compressão com 10% de deformação;  resistência mínima à flexão; absorção de água; absorção de água total; permeabilidade ao vapor  d’água e coeficiente de condutibilidade térmica máxima (MINISTÉRIO DAS CIDADES,  2014). 

Esses ensaios e requisitos são fundamentais para garantir a qualidade e o desempenho  das paredes em uma construção, contribuindo para a segurança, conforto e durabilidade da  edificação. Da mesma forma que as verificações devem ser realizadas para garantir que as  paredes atendam aos requisitos de segurança, durabilidade e desempenho em diversas  condições e situações de uso em construções. 

De acordo com Pedroso (2019), a Diretriz SINAT de nº 11 geralmente orienta que as  interfaces entre sistemas sejam consideradas. E do ponto de vista conceitual, a responsabilidade  pela realização das avaliações técnicas recai sobre o detentor do sistema construtivo. Essas  avaliações englobam análises de projetos, simulações, ensaios e outras atividades relacionadas.  O detentor do sistema construtivo deve conduzir essas avaliações de forma criteriosa e  completa. Essa abordagem visa a garantir que as avaliações técnicas sejam conduzidas por  especialistas no sistema construtivo em questão e que os ensaios de controle da qualidade sejam  realizados de acordo com as normas e padrões aplicáveis, contribuindo para a entrega de uma  construção segura e de alta qualidade.

3 METODOLOGIA 

Trata-se de uma pesquisa quantitativa, que tem como objeto de estudo a coleta de  dados numéricos que podem ser utilizados para medir variáveis. Os dados quantitativos são  estruturados e estatísticos e seus resultados são objetivos e conclusivos (ESTRELA, 2018). 

Também consiste em um estudo descritivo, e de acordo com Gil (2017), a pesquisa  descritiva têm como principal objetivo a descrição das características de determinada população  ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Esse método, observa, registra,  analisa e correlaciona fatos ou variáveis sem manipulá-los, e procura descobrir, com precisão,  a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e  características. 

Foi realizada uma pesquisa documental, que assim como outros tipos de pesquisa,  propõe-se a produzir novos conhecimentos e consiste em uma análise de diversos materiais,  buscando-se outras interpretações ou informações complementares. Ou seja, a pesquisa  documental é aquela em que se realiza uma análise documentos com o objetivo de extrair  informações neles contidas, a fim de compreender um determinado fenômeno (PEREIRA et al.,  2018). 

Neste estudo, adotou-se uma abordagem transversal e observacional de natureza  quantitativa e descritiva. A pesquisa utilizou uma amostra composta por dois projetos de  construção situados em um condomínio residencial de casas de alto padrão na cidade de  Teresina, Piauí. Um dos projetos seguiu o método convencional de alvenaria, enquanto o outro  empregou estruturas monolíticas de EPS. 

Durante a coleta de dados foram realizadas medições de temperatura in loco, durante  as execuções, para realizar uma comparação dos parâmetros entre os dois tipos de estrutura.  Foram avaliados os seguintes parâmetros: 

Analisar o processo construtivo 

Fluxos físicos dos processos de produção 

Avaliação dos custos 

Análise do custo-benefício 

Além disso, foram verificados e coletados os valores orçamentários dos projetos. Os  orçamentos de cada tipo de estrutura foram analisados individualmente. Foram coletados os  valores unitários de cada item, bem como suas especificidades, e valores totais, tempo e mão de obra. Foram realizados registros fotográficos para coleta de imagens dos cálculos e tabelas  de quantidades de insumos e materiais necessários para as estruturas estudadas. Para a análise dos dados, foi realizada uma comparação entre o orçamento da estrutura  convencional e o orçamento da estrutura monolítica de EPS. Posteriormente foi conduzido uma  análise de custos para determinar a diferença entre os orçamentos e avaliar qual método  ofereceu um custo menor e maior conjunto de benefícios. Além disso, ao final do estudo, foi realizada uma comparação com dados da literatura para fortalecer a base teórica e científica da  pesquisa. 

A coleta de dados foi realizada por meio de várias abordagens, incluindo revisão de  literatura e visitas a canteiros de obras. O objetivo foi adquirir informações detalhadas sobre a  execução das atividades, bem como realizar observações diretas e capturar imagens fotográficas  nos locais de construção.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Os resultados apresentados a seguir foram obtidos por meio de visitas técnicas a um  condomínio residencial de casas de alto padrão, localizado na zona Sudeste da cidade de  Teresina – Pi. As visitas técnicas foram realizadas à obra de duas casas de alto padrão deste  residencial, com a finalidade de realizar um comparativo entre o método convencional e painéis  monolíticos de EPS, e verificar o método construtivo com menor custo e benefícios. 

A análise custo-benefício entre painéis monolíticos de EPS (poliestireno expandido) e  estruturas de alvenaria revelou uma série de aspectos fundamentais para a tomada de decisão  em projetos de construção. Os resultados apontam que os painéis monolíticos de EPS oferecem  uma alternativa mais vantajosa em termos de custos e eficiência. Em comparação com as  estruturas de alvenaria tradicionais, os painéis de EPS demonstraram uma redução significativa  nos custos de material, e menor absorção de calor. Além disso, sua leveza e facilidade de  manuseio contribuem para uma economia substancial nos custos de instalação (SILVA et al.,  2019). 

Na figura 2 é possível visualizar a obra de uma casa de alto padrão construída por meio  estrutura convencional, visualizada nas visitas técnicas realizadas durante esta pesquisa. 

Analisando a figura 2, é possível visualizar as características básicas da alvenaria  convencional é caracterizada por construções que empregam estruturas de fundação, como  vigas e pilares em concreto. Na figura 3, observa-se a obra de uma casa de alto padrão realizada com painéis de  EPS, visualizada nas visitas técnicas realizadas durante esta pesquisa.

De acordo com a figura 3, é possível visualizar alguns aspectos intrínsecos ao método  construtivo por EPS, como as malhas de aço que abrangem toda a superfície dos painéis para  propiciar uma estrutura mais resistente, como também o processo de revestimento do material. 

De acordo com Führ (2017), as malhas de aço abrangem toda a superfície dos painéis,  os quais estão conectados à fundação por meio de arranques, resultando em uma estrutura  integral e altamente resistente. Essa concepção foi desenvolvida com o propósito de garantir a  capacidade de suportar adversidades climáticas.  

Ainda na figura 3, é possível visualizar a aplicação de revestimento do material de EPS  utilizado na construção da casa avaliada. Segundo Costa (2020), a fase de revestimento é  iniciada após a fixação e alinhamento de todos os painéis, com reforços e aberturas de sulcos  para a passagem das instalações elétricas e hidrossanitárias. O revestimento da estrutura é realizado por meio de argamassa projetada, sendo recomendado o uso do sistema de projeção  pneumática para melhorar a eficiência produtiva. O processo de revestimento é dividido em  duas etapas. Na primeira etapa, a argamassa é aplicada nas duas faces do EPS, cobrindo-o até  as malhas, a fim de evitar fissuração diferencial, e após a cura, que ocorre em até 48 horas, é  realizada a segunda camada de acordo com a espessura especificada no projeto.  

Conforme Silveira (2018) destaca, o sistema construtivo em questão é classificado  como altamente industrializado, uma vez que os componentes fundamentais, ou seja, os painéis  de EPS e as malhas de aço, são fabricados em ambiente de fábrica. Os painéis de vedação,  quando finalizados, assumem a forma de uma espécie de “sanduíche”. No núcleo desse  “sanduíche,” encontra-se o poliestireno expandido, e em ambos os lados, há uma camada de  argamassa estrutural contendo a malha de aço incorporada. Esse arranjo, conforme ilustrado na  figura 3, oferece diversas funções essenciais: o EPS preenche os espaços vazios e proporciona  isolamento termoacústico, enquanto a argamassa e a malha de aço desempenham uma função  estrutural crucial, sendo responsáveis por transmitir as cargas para a fundação.  

Além disso, Santos (2022) ressalta que os painéis podem ser fabricados no local da  obra de forma manual, começando pelo corte do EPS, seguido pela montagem da tela  eletrosoldada e aplicação do revestimento estrutural. Alternativamente, também é possível  utilizar pré-painéis industrializados que já incluem placas laminadas e possuem as malhas  eletrosoldadas fixadas. Nesse caso, os painéis pré-fabricados são transportados para o canteiro  de obras e apenas posicionados e revestidos estruturalmente no local, agilizando assim o  processo construtivo. Existe também a opção de produção de painéis completamente  finalizados, que exigem apenas a montagem no local da obra. Isso torna a execução de projetos  de construção em grande escala, como conjuntos habitacionais, mais ágil e eficiente. 

No entanto, apesar destes achados, destaca-se a importância de considerar fatores  como resistência estrutural, isolamento térmico e acústico ao avaliar o verdadeiro valor das  alternativas, destacando a necessidade de uma abordagem equilibrada que leve em conta tanto  os aspectos financeiros quanto os funcionais. 

4.1 Resultados do Desempenho Estrutural 

A relação entre o desempenho estrutural e a quantidade de aço utilizado na estrutura  convencional e na construção com EPS é bastante significativa, porém diferenciada em cada  caso.

No Quadro 1, é possível verificar o quadro de aço utilizado no projeto construído por  alvenaria convencional. 

Quadro 1. Quantidade de aço utilizado no projeto de alvenaria convencional. 

RESUMO

Ø mmKG
5.0580,60
6.3200,00
8.0463,00
10.0750,10
12.5880,20
16.0357,60
TOTAL3231,50
Fonte: Elaboração própria (2023)

No Quadro 2, é possível verificar o quadro de aço utilizado no projeto construído por  EPS. 

Quadro 2. Quantidade de aço utilizado no projeto de EPS

RESUMO

Ø mmKG
5.0344,00
6.3442,00
8.0653,00
10.0150,00
12.51294,00
16.0207,00
20.041,00
TOTAL3131,00
Fonte: Elaboração própria (2023) 

A análise comparativa entre os quadros revela uma discrepância notável na quantidade  de aço entre a estrutura de EPS e a construção por alvenaria convencional. Essa diferença se  torna ainda mais significativa quando consideramos que a área total da construção em EPS foi  de 283,94m², superando a área da construção por alvenaria convencional. Surpreendentemente,  a estrutura de EPS utilizou cerca de 100,5 Kg a menos de aço do que a alvenaria convencional,  apesar de cobrir uma área maior, ressaltando a eficiência do uso de recursos na construção com  EPS. 

Na construção com alvenaria, geralmente, uma maior quantidade de aço em estruturas  convencionais, como vigas e pilares, tende a aumentar a resistência estrutural. O aço é usado para reforçar a alvenaria e suportar cargas, proporcionando resistência à tração. A quantidade  de aço influencia diretamente a capacidade de carga e a capacidade de resistir a tensões e  deformações. Estruturas com mais aço tendem a ter maior capacidade de suportar cargas  maiores (RIZZATTI; RAUBER; MOHAMAD, 2013). 

Já na construção com EPS, a relação entre quantidade de aço e desempenho estrutural  pode ser diferente. O EPS geralmente não é a principal estrutura de suporte, sendo mais  utilizado para isolamento térmico e revestimento. Assim, a quantidade de aço pode ser menor  e pode ter mais relação com a fixação e estabilidade dos painéis de EPS do que com a  capacidade estrutural direta do sistema (ΕLΙΒΙΟ, 2019). 

Portanto, na estrutura convencional, a quantidade de aço tem um impacto mais direto  na resistência estrutural e na capacidade de carga, enquanto na construção com EPS, a  quantidade de aço pode ser menor e sua função pode estar mais ligada à estabilidade e fixação  dos elementos do que à resistência estrutural direta. Essas diferenças refletem os propósitos  distintos e as características de cada tipo de construção. 

4.2 Resultados da Absorção de Calor das Obras Avaliadas 

Para a medição da temperatura das paredes internas e externas das construções  avaliadas, foi empregado um termômetro infravermelho, o qual se destaca por sua capacidade  de realizar medições de maneira ágil e precisa, o que possibilita a verificação instantânea de  diversas superfícies em questão de segundos. As medições foram realizadas no horário de  15:30h, no condomínio residencial de casas de alto padrão avaliado nesta pesquisa. Ressalta-se  que durante as medições o clima estava ensolarado e bastante quente, por isso, observou-se que  a temperatura externa da parede sempre era bem maior do que a temperatura interna. 

Conforme estabelecido na normativa brasileira NBR 15575 da ABNT (2021), os  ambientes internos de um edifício devem atender aos requisitos de conforto térmico que sejam  iguais ou superiores aos do ambiente externo, considerando uma situação de sombra em um dia  de verão.  

Concordando com esses achados, os dados verificados na presente pesquisa de acordo  com a visita técnica realizada em duas casas de alto padrão, confirmam que as paredes  construídas com painéis de EPS apresentam uma temperatura menor, quando comparados a  estruturas de alvenaria convencional. 

Nas figuras 4 e 5 é possível verificar as temperaturas observadas nas medições  realizadas na casa construída por alvenaria convencional.

De acordo com essas imagens, é possível verificar que na casa construída com  alvenaria convencional, a temperatura da parede na parte interna do imóvel apresentou 40° e na  parte externa apresentou 65°. Verifica-se que o gradiente de temperatura entre a parede externa  e interna foi de 25ºC. 

Já nas figuras 6 e 7 é possível verificar as temperaturas observadas nas medições  realizadas na casa construída por painéis de EPS.

De acordo com as imagens acima, é possível verificar que na casa construída com  painéis de EPS, a temperatura da parede na parte interna apresentou 35° e na parte externa apresentou 60°. Verifica-se que a diferença ou gradiente de temperatura entre a parede externa  e interna foi de 25ºC, sendo considerada expressiva. 

Diante desses achados, é possível verificar que apesar das temperaturas nas paredes  interna e externa mostrarem valores diferentes entre a casa construída com alvenaria  convencional e aquela com EPS, notou-se que o gradiente de temperatura entre o ambiente interno e externo permaneceu constante, com uma variação de 25°C em ambas as estruturas.  Essa consistência pode ser atribuída à capacidade do EPS de absorver menos calor. 

Embora a variação de temperatura de dentro para fora seja uniforme em ambas as  estruturas, a natureza de baixa absorção de calor do EPS implica em uma eficiência superior na  transferência de calor para o ambiente interno. Ou seja, o EPS transfere menos calor para o  interior da casa, destacando suas propriedades benéficas em termos de eficiência térmica. 

Corroborando a esses achados, Freitas e Miranda (2021) verificaram em seu estudo  que o sistema construtivo por alvenaria convencional apesar de mostrar um resultado mais  satisfatório referente a temperatura quando comparado à alvenaria estrutural em bloco cerâmico, alvenaria estrutural em bloco de concreto e painéis monolíticos em EPS, observaram  que dentre todos os cenários analisados, o EPS, destacou-se como um isolante mais eficaz,  impedindo a entrada de calor no interior da envoltória.  

Diferente desses achados, Baltokoski (2015) verificaram em seu estudo que a alvenaria  convencional transmite menos calor entre dois ambientes, porém a transmitância, acarreta uma  maior variação da temperatura. 

Diante disso, Baldissera e Lovato (2020) reforçam que o EPS além de ser um material  amplamente disponível e de custo acessível, é considerado a escolha ideal para atender aos  requisitos mínimos de desempenho térmico.  

Concordando com esses achados, de acordo com Medeiros (2017), a comparação entre  a temperatura da alvenaria convencional e a temperatura dos painéis de EPS (poliestireno  expandido) revela diferenças notáveis em relação ao isolamento térmico e à transferência de  calor. A alvenaria convencional, devido à sua alta densidade e capacidade de absorção de calor,  tende a ser mais suscetível às variações de temperatura externa. Isso significa que, em climas  quentes, a alvenaria pode absorver o calor do ambiente, tornando os espaços internos mais  quentes, enquanto em climas frios, ela pode permitir a passagem do frio, resultando em  temperaturas internas mais baixas (MEDEIROS, 2017). 

Por outro lado, os painéis de EPS são conhecidos por seu excelente isolamento térmico  devido à baixa condutividade térmica do material. Isso significa que esses painéis têm a  capacidade de retardar significativamente a transferência de calor entre o ambiente externo e  interno. Em climas quentes, os painéis de EPS ajudam a manter as temperaturas internas mais  frescas, reduzindo a necessidade de resfriamento artificial, como o ar-condicionado. Em climas  frios, eles atuam como uma barreira eficaz contra o frio, mantendo o calor interno. Portanto, a  escolha entre alvenaria convencional e painéis de EPS pode ter um impacto substancial no  conforto térmico dos espaços e nos custos associados à climatização (TREVEJO, 2018). 

Nesse contexto, conforme estipulado pela NBR 15575 da ABNT (2021), é relevante  destacar que a edificação deve incorporar características que atendam às exigências de  desempenho térmico, considerando a região bioclimática em que está localizada, sendo avaliada  sob condições naturais específicas dessa região. 

Portanto, devido às suas propriedades de isolamento térmico e à capacidade de  proporcionar conforto tanto térmico quanto acústico, a utilização de paredes em EPS resulta em  edificações que reduzem a necessidade de uso de aparelhos de ar-condicionado ou aquecedores.  Isso, por sua vez, contribui para a conservação dos recursos energéticos do planeta, conforme  destacado por Printes (2018).

4.3 Resultados dos Custos Totais das Obras Avaliadas 

A partir da análise dos projetos, foi realizado um levantamento quantitativo e de custos  para o sistema construtivo convencional e o sistema construtivo com painéis monolíticos de  EPS. Ao comparar os resultados, tornou-se evidente qual método de construção apresentou maior viabilidade tanto do ponto de vista financeiro quanto construtivo.  

Os custos totais foram determinados com base nos projetos complementares da  unidade habitacional, cujos valores estão descritos nas Tabelas 2 e 3. 

Na Tabela 2 verifica-se o orçamento detalhado da estrutura construída de acordo com  o método convencional. 

Tabela 2 – Orçamento detalhado do projeto da unidade habitacional de alvenaria  convencional. 

Fonte: Elaboração própria (2023)

Enquanto na Tabela 3 é possível conferir o detalhamento do orçamento da estrutura  construída com material de EPS.

Tabela 3 – Orçamento detalhado do projeto da unidade habitacional de EPS.

Fonte: Elaboração própria (2023)

De acordo com os dados apresentados nas Tabelas 2 e 3, foram realizados cálculos de  orçamento elaborados para a implementação de cada sistema construtivo abordado nesta  pesquisa. Os cálculos estão detalhados no Quadro 3, e representam o valor por m2 de cada  sistema de construção. 

O valor por metro quadrado (m²) em construção pode variar significativamente de  acordo com diversos fatores, incluindo a localização geográfica, o tipo de construção, a  qualidade dos materiais, a complexidade do projeto e as condições de mercado. Portanto, é  importante considerar esses fatores ao determinar o custo por metro quadrado em uma  construção específica. 

Em uma construção, o valor por metro quadrado (m²) compreende uma fórmula que  divide o custo total da construção pelo número total de metros quadrados da área construída  para determinar o valor por metro quadrado. Ressalta-se que o custo total da construção inclui todos os gastos relacionados à obra, como materiais, mão de obra, despesas com projeto,  licenças, taxas e quaisquer outros custos associados à construção. Portanto, o cálculo do valor  por metro quadrado (m²) em uma construção pode ser obtido utilizando a seguinte fórmula  simples: 

Além disso, é importante lembrar que os valores do m2 podem variar  consideravelmente dependendo da localização, qualidade dos materiais, complexidade do  projeto e outros fatores. 

De acordo com Santos (2022), os custos entre a alvenaria convencional e a construção  com EPS podem variar significativamente de acordo com vários fatores. No entanto, em geral,  a construção com EPS tende a ser mais econômica em comparação com a alvenaria  convencional em muitos aspectos, como custo de materiais, custo de mão de obra, velocidade  de construção etc. 

Com base no orçamento realizado para o sistema convencional e para o sistema de  painéis de EPS, conseguiu-se chegar ao resultado esperado para a comparação entre os dois  métodos, conforme apresentado no Quadro 3, a seguir. Os cálculos abaixo mostram o valor por  metro quadrado (m²) da estrutura convencional e da estrutura com EPS: 

Quadro 3. Cálculos do valor por metro quadrado das estruturas avaliadas na pesquisa.

Estrutura ConvencionalEstrutura de EPS
Valor total: R$ 398.729,00 
Área construída: 222,19 m2
Valor total: R$ 394.716,17 
Área construída: 283,94
Valor por m² = Custo total da construção 
Área total construída (m2
Valor por m² = 398.729,00 
 222,19 
Valor por m² = R$ 1. 794,54 por m2
Valor por m² = Custo total da construção 
Área total construída (m2
Valor por m² = 394.716,17 
 283,94 
Valor por m² = R$ 1.390,14 por m2
Fonte: Elaboração própria (2023)

Diante dos cálculos realizados, é possível verificar que o valor do m2 de uma estrutura  com painéis de EPS tem um custo menor em relação à alvenaria convencional. De acordo com  os resultados apresentados, a diferença entre os valores por metro quadrado da construção em  alvenaria e da construção com EPS foi aproximadamente 22,74%. Isso significa que a  construção em alvenaria é cerca de 22,74% mais cara em comparação com a construção com  EPS.

De acordo com Medeiros (2017), os painéis de EPS são conhecidos por serem mais  leves e rápidos de instalar, o que pode resultar em economias de mão de obra e tempo. Enquanto  a alvenaria convencional pode ser mais demorada para construir e requer mais mão de obra, o  que pode aumentar os custos. 

Semelhante ao presente estudo, Correa (2020) verificou em seu estudo que no sistema  convencional, os custos da casa avaliada resultaram no valor de R$ 80.504,33, considerando a  obra bruta (estrutura, impermeabilização, instalação elétrica, hidráulica, cobertura e mão de  obra) mais a alvenaria e ART do engenheiro responsável. Enquanto no sistema de painéis  monolíticos, o valor da obra resultou num total de R$ 69.009,92. Ou seja, de acordo com os  dados avaliados pelo autor, o sistema de construção por painéis de EPS apresentaram um menor  custo comparado à alvenaria tradicional, corroborando, portanto, aos achados do presente  estudo. 

Da mesma forma, Balbino (2020) avaliou a viabilidade para a implantação do sistema  construtivo em painéis monolíticos de EPS no desenvolvimento de casas populares, e ao  comparar os dois sistemas construtivos verificou que a estimativa de custos para a construção  em alvenaria convencional foi de R$ R$ 49.421,77, enquanto a estimativa de custos para a  construção em painéis de EPS foi de R$ 35.022,43. Portanto, a partir das estimativas realizadas,  o autor verificou que o custo da construção com painéis monolíticos de EPS foi 29,13% menor  do que os custos para produzir a mesma residência com o sistema convencional em alvenaria  de blocos cerâmicos, assemelhando-se aos resultados verificados esta pesquisa, onde o custo  total por m2 da construção de EPS foi 22,74% menor que o valor do m2 da construção por  alvenaria convencional. 

Além desses, Santos (2022) verificou em seu estudo com relação aos custos que, para  o modelo convencional obteve-se um valor total de 1941,00 R$/m². Já para o modelo de  construção com EPS, obteve-se o valor de 1918,70 R$/m². Portanto, a construção com painéis  de EPS apresentou um menor custo, corroborando aos achados deste estudo. Verificou-se que  para o m² da edificação houve uma redução de 27,50 reais, que para uma única edificação pode  não gerar impacto, mas quando se trata de uma grande escala de produção, este valor deve ser  levado em consideração. 

Romfeld, Dágola e Esteves (2021), também compararam o sistema construtivo em  EPS com a alvenaria convencional e verificaram que o custo total para paredes com sistema de  alvenaria convencional foi R$ 87.662,73, enquanto o custo total para o sistema utilizando os  painéis em EPS foi de R$ 110.212,02. No entanto, esses dados são divergentes dos resultados  verificados nesta pesquisa, já que o sistema de alvenaria convencional se mostrou como uma melhor opção, tendo em vista apenas a questão econômica, tendo seu custo aproximadamente  20,46% inferior ao custo do EPS. 

Os dados encontrados por Camargo (2019) também divergiram dos resultados  encontrados no presente estudo, pois verificaram que o modelo de construção com painéis de  EPS se mostrou mais caro em comparação ao sistema convencional amplamente adotado no  Brasil. Através das análises orçamentárias realizadas, o autor verificou que a construção  utilizando EPS foi aproximadamente 12% mais onerosa do que o sistema mais difundido no  país, que emprega blocos cerâmicos e concreto armado. 

No entanto, de acordo com Balbino (2020), no método monolítico, as instalações  elétricas e hidráulicas demandam menos mão de obra e, devido ao planejamento prévio,  resultam em menor desperdício, pois são concluídas antes da aplicação da argamassa. Além  disso, a instalação das esquadrias é mais eficiente devido à rapidez de sua fixação em  comparação ao método convencional. No que diz respeito à impermeabilização, nos painéis de  EPS, ela se concentra apenas no piso das áreas molhadas, diferentemente da alvenaria  convencional, que requer a aplicação de argamassa impermeabilizante tanto no piso quanto em  uma altura de 30 cm nas paredes. 

Ressalta-se que o orçamento referente aos custos das duas obras não foi  disponibilizado de forma detalhada. Portanto, não é possível determinar com precisão qual  etapa específica resultou em custos mais elevados.

5 CONCLUSÃO 

Em conclusão, a análise custo-benefício entre painéis monolíticos de EPS (poliestireno  expandido) e estruturas de alvenaria mostrou que ambos os sistemas têm suas vantagens e  desvantagens. Contudo, este estudo evidenciou a superioridade dos painéis de EPS em termos  de custo-benefício em comparação com o sistema convencional. 

A análise financeira deste estudo revelou que o custo total por metro quadrado na  construção com EPS foi 22,74% menor do que o custo por metro quadrado na construção por  alvenaria convencional. Além da economia, a construção utilizando EPS também proporcionou  um conforto térmico superior. Apesar de ambos os projetos terem mantido um gradiente de  temperatura similar, a estrutura de EPS demonstrou uma notável capacidade de minimizar a  absorção de calor, contribuindo para um ambiente mais ameno e agradável. 

Destaca-se ainda que, apesar dos benefícios como menor absorção de calor, rapidez na  construção e custos reduzidos, os painéis monolíticos de EPS podem demandar um  investimento inicial mais elevado em comparação com a alvenaria convencional. Entretanto, é  importante notar que, mesmo com essa diferença, a quantidade de aço utilizada na construção  com EPS é substancialmente menor do que na alvenaria convencional, o que também contribui  para uma análise favorável dos custos a longo prazo. 

Portanto, a escolha entre os sistemas deve considerar diversos fatores, como as  demandas do projeto, o orçamento disponível, a localização geográfica e as preferências do  construtor. Em projetos com foco na eficiência energética e na agilidade de construção, os  painéis de EPS se destacam. No entanto, em situações com orçamento mais restrito e menor  complexidade na construção, a alvenaria convencional pode ser mais econômica. 

Salienta-se que a análise custo-benefício deve ser cuidadosamente avaliada, levando  em consideração todos os elementos pertinentes. A quantidade significativamente menor de aço  utilizada nos painéis de EPS, em comparação com a alvenaria convencional, também representa  um fator relevante a ser considerado ao determinar a viabilidade de cada sistema construtivo  para atender às necessidades específicas do projeto. 

Destaca-se a necessidade de investigações mais detalhadas sobre os aspectos  estruturais dos sistemas construtivos, analisando resistência, durabilidade e comportamento em  variadas condições ambientais. Além disso, pesquisas futuras podem focar em métodos para  otimizar e aprimorar tanto os painéis de EPS quanto a alvenaria convencional, visando oferecer  soluções construtivas mais eficazes e economicamente viáveis para diversas demandas e  cenários de projetos.

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