COMPARATIVE ANALYSIS OF COST AND SCHEDULE OF CONSTRUCTION WORKS CONSIDERING THE USE OF DIFFERENT BLOCKS IN THE EXECUTION OF LOW-STANDARD RESIDENTIAL
BUILDINGS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202502111635
Hector Damasceno de Oliveira1
Carolyne Amélia Assis Ávila2
Resumo
Este trabalho apresenta uma análise comparativa dos custos e cronogramas de obras considerando o uso de três tipos de blocos – BCCA, cerâmico e de cimento – na construção de edificações residenciais de baixo padrão. Os resultados indicam que o BCCA permite uma execução mais rápida devido ao seu baixo peso e facilidade de manuseio; no entanto, seu alto custo inicial pode limitar sua viabilidade em projetos de habitação popular. Por outro lado, os blocos cerâmicos demonstraram ser a alternativa mais econômica, mesmo exigindo um tempo maior para a conclusão da alvenaria. Além do menor custo, a cerâmica se destaca por sua ampla disponibilidade, sustentabilidade e boas propriedades térmicas e acústicas, tornando-se uma opção vantajosa para empreendimentos habitacionais de interesse social. Com base na análise realizada, foi possível identificar que o bloco cerâmico, devido à sua relação custo-benefício, pode contribuir para a redução dos gastos com a construção civil em comparação aos blocos de cimento e BCCA. Consequentemente, essa escolha favorece a construção de residências populares de baixo custo, possibilitando a edificação de um maior número de moradias em relação às alternativas concorrentes e, assim, auxiliando no combate ao déficit habitacional no Brasil.
Palavras-chave: BCCA, bloco cerâmico, bloco de cimento, custo de obra.
1 INTRODUÇÃO
A construção civil, como setor vital para o desenvolvimento urbano, está intrinsecamente ligada à eficiência econômica e temporal de suas obras. Nesse contexto, a escolha do tipo de bloco de alvenaria surge como uma variável crítica que influencia diretamente tanto nos custos quanto no cronograma de uma edificação. A diversidade de opções disponíveis no mercado demanda uma análise cuidadosa, pois a seleção inadequada pode acarretar impactos significativos.
A presente pesquisa propõe explorar a importância crucial da seleção do melhor tipo de bloco para alvenaria de vedação a fim de promover construções mais rápidas e eficientes. O argumento central sustenta que essa escolha estratégica não apenas influencia positivamente na rapidez da construção, mas também pode representar uma estratégia eficaz para a minimização de custos em edificações residenciais de baixo padrão. Essa otimização, por sua vez, viabiliza a oferta de moradias mais acessíveis ao público-alvo, contribuindo assim para mitigar o persistente déficit habitacional no Brasil.
Para abordar essa temática, este trabalho será estruturado em seções que contemplarão desde a revisão bibliográfica sobre tipos de blocos de alvenaria até estudos comparativos, analisando o desempenho econômico e cronograma de execução de diferentes blocos em obras. Além disso, serão investigados aspectos normativos e técnicos que guiam a escolha de materiais na construção civil. Por meio dessa abordagem abrangente, pretende-se oferecer uma contribuição significativa para a compreensão e aprimoramento das práticas quanto à escolha de blocos de alvenaria na construção civil. O objetivo deste trabalho é, portanto, fornecer uma base sólida para profissionais e tomadores de decisão no setor, respondendo às seguintes questões de pesquisa: Qual é o impacto da escolha do tipo de bloco de alvenaria nos custos de uma edificação? Como essa escolha influencia o cronograma de uma obra? De que maneira a seleção apropriada pode contribuir para a redução do déficit habitacional no contexto brasileiro?
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ALVENARIA DE VEDAÇÃO
De acordo com Yazigi (2009) a alvenaria é definida como o conjunto de paredes, muros e obras similares, composto de pedras naturais e/ou blocos ou tijolos artificiais, ligados ou não por argamassa. Este é um elemento fundamental na construção civil que remonta à Pré-História.
Cavalheiro (2018) destaca a importância da alvenaria na arquitetura e engenharia civil, não apenas como um elemento estrutural, mas também como um componente estético. A alvenaria, quando bem executada, pode conferir beleza e personalidade a uma construção, além de proporcionar isolamento térmico e acústico. No entanto, a qualidade da alvenaria depende de vários fatores, incluindo a escolha do material, a preparação da argamassa, a técnica de assentamento e a manutenção adequada. Portanto, é essencial que os profissionais de engenharia civil tenham um entendimento sólido dos princípios e práticas da alvenaria para garantir sua durabilidade e segurança das estruturas. Além disso, com o avanço das tecnologias de construção, novos materiais e técnicas estão sendo desenvolvidos para melhorar a eficiência e a sustentabilidade da alvenaria, o que torna o campo de estudo ainda mais relevante e dinâmico.
2.2 BLOCOS DE CONCRETO
O bloco de concreto é um material padronizado utilizado na construção de alvenarias estruturais ou de vedação, é um produto normatizado pelas normas brasileiras NBR 6136 e NBR 12118, publicadas nos anos de 2016 e 2013, respectivamente. Suas dimensões estão apresentadas no Quadro 1.
Fernandes (2013) orienta, que é importante distinguir o bloco de concreto normatizado de produtos similares, porém informais, disponíveis no mercado. Embora estes últimos possam parecer mais econômicos à primeira vista, eles podem acarretar custos adicionais na construção. Isso se deve a fatores como a quebra de peças, o baixo rendimento na execução e o alto consumo de material para assentamento. Portanto, esses produtos podem levar a gastos inesperados no final do projeto.
QUADRO 1 – Dimensões padronizadas
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Fonte: NBR 6136:2016
Fernandes (2013) destaca a importância de diferenciar o bloco de concreto normatizado do produto informal disponível no mercado. O autor ressalta que, embora o produto informal possa parecer mais barato inicialmente, os custos indiretos associados à sua utilização podem resultar em um custo total de construção mais elevado. Esses custos adicionais podem ser atribuídos a uma série de fatores, incluindo a quebra de peças, baixo rendimento na execução e o consumo excessivo de argamassa no assentamento e no revestimento. Portanto, é essencial considerar esses fatores ao escolher os materiais de construção para garantir a eficiência e a economia do projeto.
2.3 BLOCOS CERÂMICOS
Segundo Leggerini (s.d.), os blocos cerâmicos são blocos vazados moldados com arestas vivas e retilíneas, sendo os furos cilíndricos ou prismáticos, produzidos a partir da queima da cerâmica vermelha. O bloco cerâmico, assim como os outros tipos de blocos utilizados em alvenarias, possui suas dimensões comerciais padronizações conforme a NBR 15270-1 publicada em 2023, e estão dispostas no Quadro 2:
QUADRO 2 – Dimensões de fabricação de blocos cerâmicos de vedação
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Fonte: NBR 15270-1:2005
2.4 UMA ALTERNATIVA PROMISSORA PARA O MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Segundo Viana (2013, p.1), “Durante muitos anos a construção civil fez a utilização de sistemas de vedação convencionais em edifícios devido à disponibilidade no mercado, como blocos cerâmicos, tijolos prensados de argila e blocos de concreto […]”. A afirmação de Viana reflete o cenário construtivo nacional atualmente. No entanto, essa realidade não é causada pela falta de opções de diferentes materiais no mercado. Atualmente, existem diversas opções que podem substituir os sistemas convencionais de vedação. Dentre os destaques atuais, pode-se mencionar o BCCA.
Costa (1996) argumenta que os BCCAs possuem um grande potencial para racionalizar a construção devido a várias características. Entre elas, destacam-se a leveza, as grandes dimensões, a boa textura, a uniformidade dimensional e a facilidade de corte. Essas características permitem otimizar a execução da alvenaria de vedação, resultando em racionalização, redução de custos e aumento da qualidade dos serviços.
O BCCA, tem apresentado uma alternativa promissora no mercado. Ele se destaca pelas suas características físicas. Além de possuir um baixo peso, ele possui uma excelente capacidade de isolamento térmico e acústico, e resiste a altas temperaturas. Uma das características que mais se destaca na diminuição no tempo de execução é a sua fácil trabalhabilidade, que se dá especificamente por causa da sua leveza e pelo fato dele poder sofrer recortes e não gerar juntas irregulares.
2.5 O BLOCO CERÂMICO NO ÂMBITO NACIONAL
O bloco cerâmico tem conseguido resistir no mercado, mesmo com opções mais promissoras e eficientes. Isso se deve à sua longa tradição e confiabilidade, sendo um material amplamente utilizado na construção civil há muitos anos.
Viana (2013) destaca que, apesar da existência de outras opções de blocos no mercado, o bloco cerâmico continua sendo uma escolha popular na construção civil. Isso se deve à sua durabilidade, baixo custo unitário, facilidade de fabricação e propriedades de isolamento termoacústico. Além disso, não é necessário mão de obra especializada para sua instalação. No entanto, o autor também aponta algumas desvantagens, como o seu peso elevado, o tempo necessário para a execução, a produção de entulho, o desperdício de materiais e a dificuldade na instalação de tubulações hidráulicas e elétricas.
Embora existam alternativas mais inovadoras no mercado, com tecnologias avançadas e características aprimoradas, o bloco cerâmico continua a ser uma opção sólida para a construção de paredes e elementos de vedação. Sua durabilidade comprovada, aliada ao baixo custo, faz com que ele seja uma escolha atrativa para muitos empreendimentos. Além disso, sua capacidade de isolamento termoacústico também é valorizada em diversos contextos.
2.6 A IMPORTÂNCIA DO ORÇAMENTO EM OBRAS
O orçamento é uma das partes mais importantes na construção de edificações. Segundo Coêlho, 2023, “o orçamento é um instrumento essencial para a tomada de decisões, pois reflete com segurança e garantia o previsto em termos construtivos para a obra, tanto em termos quantitativos quanto financeiros”.
O autor destaca a importância do orçamento na gestão de obras, ressaltando que o orçamento é um instrumento essencial para a tomada de decisões. Isso reforça a ideia de que um orçamento bem elaborado é fundamental para garantir a eficiência e a eficácia de um projeto de construção.
Coêlho (2022) ainda ressalta que “o orçamentista desempenha um papel fundamental, pois é ele quem calcula a quantidade de materiais, mão de obra, horas de trabalho, equipamentos, determina os custos, estuda a viabilidade de execução de um projeto, dentre tantos outros atributos a ele conferido”.
Sem um orçamento preciso, os gestores de projetos podem enfrentar dificuldades em gerenciar os custos e garantir que o projeto seja concluído dentro do prazo e do orçamento estabelecidos. Além disso, um orçamento bem elaborado pode ajudar a identificar possíveis problemas financeiros no início do projeto, permitindo que os gestores tomem decisões informadas sobre onde alocar recursos.
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa se classifica como quantitativa, com abordagem exploratória, conforme os objetivos propostos, comparando os métodos construtivos mais comuns na execução de sistemas de alvenaria. Para o estudo, foi utilizado como base um projeto padrão da Caixa Econômica Federal de uma edificação de baixo padrão, no modelo popular, localizada em Governador Valadares (MG).
A pesquisa foi elaborada em etapas, sendo elas a modelagem do projeto no software ArchiCAD®, a extração das informações, como dados quantitativos disponibilizados pelo programa e composição de preços extraídos da Tabela de Composições e Preços para orçamentos (TCPO); e, por fim, foi realizada a análise dos dados coletados.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados da comparação entre o BCCA, cerâmico e cimento foram divididos em duas partes:
- Análise com base nas horas trabalhadas dos profissionais das diversas áreas da obra.
- Análise comparativa com base na relação de custo e mão de obra.
FIGURA 1 – Planta baixa da edificação.
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Fonte: Autoria própria, 2024
FIGURA 2 – Vista 3D genérica da edificação.
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Fonte: Autoria própria, 2024
4.1 COMPARATIVO ENTRE AS HORAS TRABALHADAS DOS FUNCIONÁRIOS DA OBRA
Para a análise, uma residência de 41,87m² de área a ser construída, e 96,46m² de alvenaria a ser executada. Como escopo do serviço foi considerado os seguintes itens abaixo, que são necessários para a execução de uma alvenaria:
- Chapisco para parede interna e externa com uso de argamassa de cimento e areia;
- Emboço para a parede externa com 3cm de espessura, utilizando argamassa mista de cimento, cal e areia;
- Emboço para parede interna com 3cm de espessura, utilizando argamassa de cal hidratada e areia;
- Execução de alvenaria de vedação.
O gráfico de tempo gasto com mão de obra do pedreiro (Figura 3), e o gráfico de tempo gasto com mão de obra do ajudante (Figura 4) ilustra o impacto causado no tempo por cada um dos sistemas construtivos abordados no estudo, o bloco cerâmico, de concreto celular autoclavado e de cimento. Em alguns casos, como o rendimento do pedreiro será superior ao rendimento do ajudante, será necessário 2 ajudantes para que o serviço do pedreiro seja executado em sua plenitude quanto ao rendimento.
Analisando o gráfico, é possível notar que o impacto no tempo de mão de obra se deu basicamente na etapa de assentamento dos blocos de alvenaria, onde o bloco de concreto celular autoclavado levou aproximadamente 31 horas para ser executado, praticamente a metade do tempo gasto com o bloco cerâmico, que levou próximo de 62 horas e à distância do tempo levado para execução com o bloco de cimento.
Com relação ao chapisco, não houve diferença entre os métodos construtivos. O mesmo ocorre com o emboço interno e externo, visto que a área da superfície da alvenaria continua a mesma, ocorrendo pouca influência da superfície dos blocos no tempo de execução dessas atividades.
Nesse projeto não foi considerado o reboco, partindo de premissa que foi utilizado o emboço paulista, para economia de tempo e material.
FIGURA 3 – Gráfico de horas gastas com mão de obra (Pedreiro).
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Fonte: Dados da pesquisa.
O gráfico de tempo de tempo gasto com mão de obra de ajudante (Figura 4) retrata a mesma situação do gráfico analisado anteriormente (Figura 3). Nesse caso, o tempo gasto com mão de obra na execução utilizando o bloco de concreto celular autoclavado continua sendo inferior ao gasto com os outros materiais, porém não houve tanta discrepância entre eles. O BCCA levou aproximadamente 31 horas, enquanto o bloco cerâmico e o de cimento levaram 36,6 e 45,33 horas respectivamente.
A situação em relação ao tempo de execução do chapisco e emboços permanecem iguais entre eles, sem qualquer diferença visível.
FIGURA 4 – Gráfico de horas gastas com mão de obra (Ajudante).
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Fonte: Dados da pesquisa.
Já no gráfico do comparativo do tempo total gasto para a execução dos serviços (Figura 5), é feito o comparativo com base nos dois profissionais, pedreiro e ajudante, em ralação aos três métodos construtivos.
Na execução com base no método construtivo do bloco cimento, foram gastas 244,0438 horas para conclusão dos serviços, que dá 31 dias de trabalho, com 8 horas diárias. Com o bloco cerâmico foram gastos 233,4332 horas, 30 dias. Já com o bloco de concreto celular autoclavado foram gastas 202,566 horas, 26 dias. Ocorrendo uma diferença de 5 dias de serviço entre os extremos, o que acarretaria em uma semana a menos de serviços utilizando o BCCA se comparado com o bloco de cimento. Tempo esse que poderia ser utilizado para execução de outras atividades na obra, agilizando o serviço geral.
Lembrando que o tempo de execução é extremamente importante no cronograma da obra, visto isso, qualquer tempo economizado faz grande diferença no final, proporcionando uma maior segurança em casos de possíveis imprevistos no processo construtivo.
FIGURA 5 – Gráfico comparativo com total de horas gastas.
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Fonte: Dados da pesquisa.
4.2 COMPARATIVO ENTRE O CUSTO DE MÃO DE OBRA DOS FUNCIONÁRIOS DA OBRA
Analisando os resultados dos gráficos do custo de mão de obra de pedreiro (Figura 6) e de ajudante (Figura 7), é possível verificar que o método construtivo com o BCCA é menos trabalhoso do que os demais, por este motivo, seu custo de execução é mais baixo do que os concorrentes.
Para construção da alvenaria utilizando o método com os blocos de cimento foi gasto o valor total de R$5.837,07 apenas com a mão de obra dos profissionais envolvidos, pedreiro e ajudante. Com o uso do método convencional com bloco cerâmico, foi gasto um total de R$5.570,22. Já com o uso do BCCA, foi gasto um total de R$4.845,82, ocorrendo uma economia de R$988,25 em relação ao de cimento e de R$721,40 em relação ao cerâmico.
Valor esse que poderia ser aumentado em caso da execução de mais de uma edificação, que é o que geralmente ocorre na construção dessas residências de baixo padrão do tipo popular.
FIGURA 6 – Gráfico de custos com mão de obra (Pedreiro).
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Fonte: Dados da pesquisa.
FIGURA 7 – Gráfico de custos com mão de obra (Ajudante).
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Fonte: Dados da pesquisa.
FIGURA 8 – Gráfico comparativo com total gasto com mão de obra.
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4.3 COMPARATIVO ENTRE O CUSTO DOS MATERIAIS
Em relação aos materiais, houve uma diferença se comparado com os dados anteriores. É possível ver no gráfico (Figura 9) o comparativo do preço de compra de cada tipo de bloco e seus insumos para assentamento, o BCCA foi o que se apresentou com valor mais alto no mercado, custando por volta de R$12.487,85 para sua aquisição, levando como base os 96,46m² de alvenaria a ser construída. O bloco de cimento teve um custo de R$9.862,65 e o cerâmico R$9.265,81.
Os preços foram obtidos com base na Tabela de Composições e Preços para Orçamentos (TCPO), da empresa PINI, sem considerar taxas.
FIGURA 8 – Gráfico com total gasto com materiais.
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5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base na análise comparativa dos custos e cronogramas de obras considerando o uso de diferentes tipos de blocos – BCCA, cerâmico e de cimento – na execução de edificações residenciais de baixo padrão, podemos concluir que cada material apresenta particularidades que influenciam tanto o orçamento quanto o prazo da obra.
O BCCA, embora tenha permitido uma execução mais rápida devido ao seu baixo peso e facilidade de manuseio, revelou-se a opção de maior custo inicial, o que pode limitar sua viabilidade econômica em projetos de habitação popular. No entanto, pode ser uma alternativa viável para construções comerciais que demandam rapidez na conclusão, permitindo o início das operações e a geração de receita mais cedo. Contudo, esse aspecto não é o foco deste estudo.
Já os blocos cerâmicos, que se destacaram como a alternativa de menor custo, demonstraram ser uma escolha financeiramente vantajosa, mesmo que tenham exigido um tempo ligeiramente maior para a conclusão da alvenaria em comparação ao concreto celular autoclavado. Além do fator econômico, a cerâmica é um material amplamente disponível, sustentável e com boas propriedades térmicas e acústicas, o que reforça sua adequação para construções de interesse social.
Dessa forma, conclui-se que a utilização de blocos cerâmicos, devido à sua relação custo-benefício, pode contribuir para a redução dos gastos com a construção civil em comparação com os blocos de cimento e BCCA, mesmo exigindo um tempo maior para sua execução. Consequentemente, essa escolha favorece a construção de residências populares de baixo custo, possibilitando a edificação de um maior número de moradias em relação aos concorrentes e, assim, auxiliando no combate ao déficit habitacional no Brasil.
6 APÊNDICES
APÊNDICE A – COMPOSIÇÃO TCPO – BLOCOS DE CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADO
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APÊNDICE B – COMPOSIÇÃO TCPO – BLOCOS CERÂMICOS
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APÊNDICE C – COMPOSIÇÃO TCPO – BLOCOS DE CONCRETO
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APÊNDICE D – COMPOSIÇÃO TCPO – CHAPISCO
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APÊNDICE E – COMPOSIÇÃO TCPO – EMBOÇO INTERNO/EXTERNO
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12118: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria — Métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15270-1: Componentes cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria – Parte 1: Requisitos. Rio de Janeiro, 2023.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6136: Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural. Rio de Janeiro, 2016.
CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (CBIC). (2023). Informativo Econômico 02/03/2023. Recuperado de https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2023/03/informativo-economico-pib-4o-trimestre-2022-1.pdf
CAVALHEIRO, O. P. ALVENARIA ESTRUTURAL – Tão antigo e tão atual. Anicerpro, Disponível em: https://anicerpro.com.br/wp-content/uploads/2018/04/Alvenaria-Estrutural_T%C3%A3o-antiga-e-t%C3%A3o-atual_cavalheiro1.pdf. Acesso em 10 setembro de 2023.
COÊLHO, Ronaldo Sérgio de Araújo. ORÇAMENTO DE OBRAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL. São Luís: Editora UEMA, 2023. 312 p.
COSTA, Marienne R. M. M.. Método construtivo de alvenaria de vedação de blocos de concreto celular autoclavado. 1996. 21 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Engenharia Civil, Departamento de Engenharia da Construção Civil, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.
FERNANDES, Idário. Bloco e pavers: Produção e controle de qualidade. 4. ed. São Paulo: Treino Assessoria e Treinamentos Empresariais, 2013. 200 p.
LEGGERINI, M. R. C. Materiais cerâmicos na construção civil – Blocos cerâmicos. PUCRS. Disponível em: https://www.politecnica.pucrs.br/professores/mregina/ARQUITETURA__Materiais_Tecnicas_e_Estruturas_I/estruturas_i_capitulo_III_paredes.pdf. Acesso em: 14 set. 2023.
PINI. TCPO Web – Tabela de Composições de Preços para Orçamentos. 2024. Disponível em: https://www.tcpo.com.br. Acesso em: 4 jan. 2025.
VIANA, Saulo Augusto de Oliveira; ALVES, Élcio Cassimiro. Análise de Custo e Viabilidade Dentre os Sistemas de Vedação de Bloco Cerâmico e Drywall Associado ao Painel Monolite EPS. Rio de Janeiro: Abpe, 2013. 13 v.
YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. 10. ed. São Paulo: Pini, 2009. 864 p.
1 Discente do Curso Superior de Engenharia Civil do Instituto Federal de Minas Gerais Campus Gov. Valadares e-mail: hectoroliveira5@gmail.com
2 Docente do Curso Superior de Engenharia Civil do Instituto Federal de Minas Gerais Campus Gov. Valadares. Mestra em Educação (UFVJM). e-mail: carolyne.avila@ifmg.edu.br