REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202409041322
Adenil Nonato Taotyjydna Karitiana1; Caio Henrique dos Reses Tavares2; Iasmim Raissa Lima do Nascimento3; Laiane Letícia Fernandes Caggy4; Iara Thuanny Muniz da Silva Cahu5.
RESUMO
Trata-se de artigo científico cuja temática é o aleitamento materno sob a ótica da Enfermagem, promovendo uma análise da relação mãe-bebê a partir da psicanálise. É um processo que requer uma interação íntima entre a mãe e o filho, e isso pode afetar o estado nutricional da criança, sua imunidade, sua fisiologia e seu desenvolvimento cognitivo e emocional. O aleitamento materno é a estratégia que isoladamente mais previne mortes em crianças menores de cinco anos, visto que o leite materno é superior a qualquer outro leite nessa fase da vida, pois é um alimento completo que possui todos os nutrientes que o bebê precisa, sendo de mais fácil digestão. Para a criança, o aleitamento materno reduz o risco de diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia e obesidade na vida adulta, favorece o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento da face e da fala, bem como da respiração, e para a mãe fornece vantagens como proteção contra câncer de mama e diabetes tipo 2. Tem por objetivo geral analisar a atuação da enfermagem a partir do fenômeno de aleitamento materno, buscando compreender as dinâmicas emocionais e psicológicas envolvidas nas relações entre mãe e bebê, sob a óptica da psicanálise. A metodologia empregada foi a de revisão de literatura de caráter descritivo e exploratório. Os resultados desta pesquisa revelaram uma série de aspectos importantes relacionados à relação mãe-bebê durante o aleitamento materno, sob a ótica da psicanálise, e o papel da enfermagem nesse contexto.
Palavras-chave: Aleitamento materno. Enfermagem. Psicanálise.
ABSTRACT
This is a scientific article whose theme is breastfeeding from a nursing perspective, promoting an analysis of the mother-baby relationship from a psychoanalytic perspective. It is a process that requires close interaction between mother and child, and this can affect the child’s nutritional status, immunity, physiology, and cognitive and emotional development. Breastfeeding is the strategy that alone prevents the most deaths in children under five years of age, since breast milk is superior to any other milk at this stage of life, as it is a complete food that has all the nutrients the baby needs, and is easier to digest. For the child, breastfeeding reduces the risk of diabetes, hypertension, hypercholesterolemia and obesity in adulthood, favors cognitive development and the development of the face and speech, as well as breathing, and provides advantages for the mother, such as protection against breast cancer and type 2 diabetes. The general objective of this study is to analyze the role of nursing based on the phenomenon of breastfeeding, seeking to understand the emotional and psychological dynamics involved in the relationship between mother and baby, from the perspective of psychoanalysis. The methodology used was a descriptive and exploratory literature review. The results of this research revealed a series of important aspects related to the mother-baby relationship during breastfeeding, from the perspective of psychoanalysis, and the role of nursing in this context.
Keywords: Breastfeeding. Nursing. Psychoanalysis.
1. INTRODUÇÃO
A amamentação ou aleitamento materno é um importante processo construído e realizado exclusivamente até os 6 meses de idade, na qual estabelece um vínculo afetivo entre mãe e bebê, trazendo diversos benefícios para a saúde materno infantil. A amamentação supri adequadamente com os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento da criança, entretanto é fundamental que a mãe, familiares, profissionais da saúde e sociedade estejam cientes dessa prática, sendo um processo natural na vida das mulheres (SILVA; MOURA, 2010, p. 34-35).
É importante ressaltar, a questão do aleitamento materno após os 6 meses de vida, aliado a outros alimentos, o leite humano traz diversos benefícios para a saúde da dupla mãe e bebê, tais benefícios que vão desde a prevenção do câncer de mama e colo uterino, até a influência do crescimento saudável e vínculo entre mãe e filho.
A psicanálise enfatiza a importância da mãe reconhecer e validar os sentimentos do bebê. Isso ajuda a desenvolver a capacidade da criança de regular suas emoções na construção de sua autoimagem. Segundo Winnicott, a relação entre mãe e bebê é fundamental para o desenvolvimento emocional saudável da criança. Acerca disso, em psicanálise, entende-se que a amamentação, para além de sua função nutrícia, consiste no período em que mãe e filho permanecem entregues a uma relação, momento no qual está em operação todo o processo de satisfação da relação mãe-bebê (SALES, 2022).
O desmame precoce é uma realidade ainda predominante em nosso País e no mundo. As intercorrências mamárias ainda são o pano de fundo do desmame prematuro, e muitas mulheres ao enfrentar tais intercorrências como: ingurgitamento mamário, mastites, fissuras entre outras dificuldades, não conseguem prosseguir com a amamentação e as desistências ocorrem amiúde, em sua maioria por falta de orientação, incentivo e apoio adequado a puérpera e aos familiares envolvidos.
Ao tomar como base as orientações do Ministério da Saúde no que diz respeito ao aleitamento materno, compreendemos que é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. Permite ainda um grandioso impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê e regozijo de toda a sociedade (BRASIL, 2015).
Sendo assim, o leite materno é o alimento adequado para as crianças nos primeiros meses de vida, tanto do ponto de vista nutritivo e imunológico quanto no plano psicológico, além de favorecer o vínculo mãe-filho quando o ato de amamentar é bem vivenciado. Logo a amamentação está inscrita na cultura e submetida à esfera social inserindo uma complexidade própria ao fenômeno que transcende o aspecto nutricional que lhe é inerente e ultrapassa a díade mãe-filho. O aleitamento materno é fundamental para redução da mortalidade infantil, sendo assim é necessária a implementação de ações que promovam, incentivem e apoiem o aleitamento materno (LIMA, 2017).
Sendo assim, percebe-se que a prática da amamentação é tão quão necessária quanto a compreensão dos aspectos biopsicossociais, no vínculo mãe-bebê. Na promoção e apoio ao aleitamento materno, a enfermagem desempenha um papel multifacetado e essencial, atuando em diferentes níveis para garantir o sucesso e a sustentabilidade desse importante vínculo entre mãe e bebê. Algumas das principais funções desempenhadas pelos profissionais de enfermagem incluem: educação e orientação, apoio emocional, resolução de problemas, avaliação da saúde da mãe e do bebê, promoção de práticas de amamentação baseadas em evidências e identificação de possíveis patologias.
Analisar esse tema sob a luz da psicanálise possibilita, além de uma melhor compreensão sobre a construção do vínculo afetivo entre o bebê e sua mãe, o fomento da produção científica sobre o nascimento prematuro, amamentação e, principalmente, possibilitando que os profissionais da saúde a reflitam sobre novas maneiras de olhar e se relacionar com essas mães, que precisam receber uma assistência humanizada no pós-parto.
Desta forma, a presente produção científica propõe uma análise da relação mãe-bebê durante o aleitamento materno sob uma perspectiva psicanalítica, destacando a importância da compreensão das dinâmicas emocionais envolvidas nesse contexto específico da prática. Ao explorar esses aspectos, buscamos ampliar o entendimento sobre a complexidade e a importância do aleitamento materno na promoção da saúde e do bem-estar infantil, bem como no fortalecimento dos laços afetivos entre mãe e filho.
2. METODOLOGIA
A metodologia empregada foi a de revisão de literatura de caráter descritivo e exploratório. Segundo Sousa, et al. (2007) a pesquisa exploratória adota estratégia sistemática com objetivo de gerar e refinar o conhecimento, quantificando relações entre variáveis. A adoção desse modelo qualitativo objetiva compreender as questões que envolvem o aleitamento materno e o papel do enfermeiro nesse processo.
Já a revisão bibliográfica é um método que proporciona a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática. Determinando o conhecimento atual sobre uma temática específica, já que é conduzida de modo a identificar, analisar e sintetizar resultados de estudos independentes sobre o mesmo assunto. (SOUZA, et al. 2010).
Foram elencadas e analisadas as publicações acerca do tema, a fim de compreender as dificuldades e garantir que o aleitamento materno ocorra de maneira a suprir todas as necessidades da criança e das mães que buscam o atendimento na atenção primária à saúde. A seleção das literaturas foi restrita a trabalhos realizados no Brasil, por tratar da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) e ser um modelo adotado em nosso Sistema único de Saúde, foram utilizados como critérios de inclusão os trabalhos publicados no período de 2018 a 2023, sendo excluídos os materiais publicados fora do período considerado e aqueles que não corroboram com a temática proposta.
Para elaboração do presente estudo foi realizada consulta às indicações formuladas pelo Ministério da Saúde, livros, artigos científicos e busca direcionada pelos descritores “aleitamento materno, relação mãe-bebê, psicanálise e enfermagem” que apontaram ocorrências na LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Medline (Medical Literature. Analysis and Retrieval System Online), Scientific Electronic Library Online (SCIELO).
Foram apreciados 25 estudos, dos quais foram excluídos: duplicatas, textos indisponíveis, artigos não relacionados ao tema, teses e dissertações, além de textos excluídos pelo título e leitura de resumo, dentre esses estudos “13” foram selecionadas de acordo com a relevância dos dados para o estudo proposto.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
O leite humano é a alimentação ideal para todas as crianças. Devido a sua composição de nutrientes é considerado um alimento completo e suficiente para garantir o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê durante os primeiros 2 anos de vida. É um alimento de fácil e rápida digestão, completamente assimilado pelo organismo infantil. Ele possui componentes e mecanismos capazes de proteger a criança de várias doenças. Nenhum outro alimento oferece as características imunológicas do leite humano.
A mãe fornece ao filho componentes protetores, através da placenta e do seu leite, enquanto o sistema de defesa do bebê amadurece. Além de ser um Momento de afeto entre a mãe e o bebê que os ajuda a alcançarem a amamentação ótima. Estudos mostram a superioridade do Aleitamento Materno sobre as demais formas de alimentar a criança durante seus primeiros dois anos de vida, embasando-se em pesquisas comprovam que o aleitamento materno é fundamental para redução da mortalidade infantil (CAPUTO NETO, 2013).
A infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades humanas. Os distúrbios que incidem nessa época são responsáveis por graves consequências para indivíduos e comunidades (BRASIL, 2015). Evidências científicas comprovam a superioridade do Aleitamento Materno (AM) sobre outras formas de alimentar a criança pequena, contudo, a maioria das crianças brasileiras não é amamentada por dois anos ou mais, e não recebe leite materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida, como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil (CAPUTO NETO, 2013).
O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. Permite ainda um grandioso impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê e regozijo de toda a sociedade (BRASIL, 2015).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados desta pesquisa revelaram uma série de aspectos importantes relacionados à relaçãomãe-bebê durante o aleitamento materno, sob a ótica da psicanálise, e o papel da enfermagem nesse contexto.
A psicanálise é uma linha psicoterapêutica considerada complexa e intensa. Originada a partir da medicina, tem como intenção mergulhar na psique humana e estudar os fatores escondidos na mente inconsciente. É conduzida por psicólogos ou profissionais de outros campos de atuação com pós-graduação em psicanálise.
Os primeiros meses de vida são cruciais para o desenvolvimento emocional do bebê, que envolve a capacidade da mãe para atender às necessidades do bebê de forma sensível e responsiva. A qualidade da relação mãe-bebê pode influenciar a forma como a criança se relaciona com os outros durante a vida. A psicanálise acredita que as experiências iniciais de apego e cuidado afetam o desenvolvimento da personalidade e do caráter da criança. Segundo a psicanálise, a mãe deve atuar como mediadora entre o bebê e o mundo externo. É por meio da relação com a mãe que o bebê começa a compreender as emoções e sensações do mundo interno. Desta forma, sob a ótica psicanalítica é possível perceber como é importante que a mãe seja capaz de lidar com seus próprios conflitos internos para oferecer um ambiente emocionalmente seguro e estável. os primeiros anos de vida são cruciais para a formação do indivíduo e que a forma como a mãe interage com o bebê é determinante para o seu bem-estar emocional e para o seu futuro psicológico.
Sigmund Freud, pai da psicanálise, criou a teoria do desenvolvimento da personalidade humana, composta por cinco fases psicossexuais: oral, anal, fálico, latência e genital. Para fins de melhor compreensão, ficou-se apenas na fase oral. A fase oral, primeira do desenvolvimento da personalidade, acontece a partir do nascimento até o primeiro ano de vida. Nesta etapa, os impulsos da criança são saciados especialmente nas áreas da boca, esôfago e estômago, ou seja, a libido está associada ao ato de se alimentar.
Frequentemente a criança costuma colocar todo tipo de coisas na boca e desempenha ainda outras atividades orais agradáveis, como o aleitamento, por exemplo. A partir do momento que o bebê consegue relacionar a presença da mãe à satisfação de saciar a fome, ele começa a diferenciar entre si próprio e as outras pessoas. Nessa fase, uma fixação acarreta o desenvolvimento de um tipo de personalidade oral, em que os traços indispensáveis são a dependência, o otimismo e a passividade. De acordo com Freud, os transtornos alimentares poderiam surgir devido às adversidades na fase oral.
Portanto, Freud afirma que a primeira fase do desenvolvimento de uma criança se concentra na região oral. A criança, tem como foco principal a amamentação, sendo a mãe a figura principal, ela tem prazer ao succionar e se sente feliz e saciada com a nutrição que recebe. Desta forma, sob a ótica da psicanálise de Freud pode-se afirmar que se a amamentação for interrompida de modo muito precoce, a criança teria atitudes suspeitas, confiáveis ou sarcásticas, enquanto quem é constantemente amamentado terá uma personalidade confiante e ingênua. A fase oral dura de um ano a um ano e meio e termina no momento do desmame.
Para a psicanalista inglesa Melanie Klein (1936/1997), no prazer experimentado pelo bebê pela estimulação em sua mucosa bucal no ato de sugar o seio materno estariam as raízes da sexualidade. As sensações de desequilíbrio interno provocadas pela fome ocupariam lugar de primazia nesta primeira fase da infância. O bebê pequeno estabeleceria com a mãe um contato parcial através do seio tomando o seio gratificante – portador do alimento que sacia a fome -, como bom e o que frustra, como mau. Essa ambigüidade de sentimentos dessa relação com o seio-mãe seria responsável pelas diversas fantasias inconscientes que vão consolidando as relações do bebê com seus pais, e que posteriormente servirão de protótipo aos demais relacionamentos.
Apesar das variações no enfoque de cada autor, é unânime a afirmação de que o cerne da constituição do psiquismo estaria fundamentado na vivência de prazer compartilhado na primeira infância. A amamentação como o ícone dessa etapa de vida pode ser a pedra fundamental desse percurso.
A relação mãe-bebê é um tema central para a teoria psicanalítica, especialmente, na teoria do desenvolvimento infantil. De acordo com a psicanálise, a relação entre mãe e bebê é fundamental para o desenvolvimento emocional e psicológico da criança. Algumas das principais características dessa relação são: a importância da relação mãe-bebê, a necessidade de um apego seguro, a relação mãe-bebê como modelo de relações futuras, o papel da mãe no mundo interno do bebê, a importância do reconhecimento dos sentimentos do bebê.
O seio materno é o primeiro objeto de uma criança, ainda que em um primeiro momento o bebê não diferencie seu corpo do seio. De fato, inicialmente, o bebê não faz distinção entre seu eu e o mundo exterior, sendo essa separação realizada gradualmente a partir dos estímulos que lhe sobrevém. Entretanto, essa relação com o corpo materno é afetada na medida em que o pai passa a ser significado pela criança como obstáculo à mãe. Com isso, a relação do pai com o filho adquire um caráter hostil. Nesse contexto, a mãe ameaçaria o filho com a castração, conferindo ao pai a execução da ameaça, tornando essa mais crível e assustadora. Desse modo, mediado pela mãe, o pai passa a ser um juiz cujo nome é invocado para ameaçar o filho (FREUD, 1990).
É preconizado que o aleitamento materno seja iniciado nas primeiras horas de vida, ainda na sala de parto, caso a mãe e o recém-nascido estejam em boas condições de saúde. Esse momento favorece o vínculo entre mãe e bebê e o início da sucção eficaz do leite materno, o que influencia positivamente na duração do aleitamento e tem efeitos benéficos a longo prazo na interação mãe-bebê.
Amamentar é a mais sublime tática natural de criação de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e tem um papel de suma importância para a redução da morbimortalidade infantil no mundo. Levando em consideração a importância do aleitamento materno exclusivo (AME) até os seis meses de vida, deve haver um acompanhamento e atenção especial durante a fase de introdução alimentar (IA), assim podemos contribuir para a prevenção de distúrbios nutricionais futuros de grande impacto para a saúde pública.
Para Winnicott (1968/1994), é uma grande riqueza a amamentação vivida tanto pela mãe quanto pelo bebê de forma plena e prazerosa. Ao entregar uma parte de seu corpo ao contato da mucosa bucal do bebê, a mãe favorece uma experiência de união e intimidade sem igual.
O aleitamento materno retrata o modo mais adequado de fornecer alimento a lactentes, é o estágio em que gera mais benefícios para a saúde da mulher e da criança e asseguram um resultado benéfico para a sociedade. O processo de amamentação da criança além de nutrir, permite uma ligação corporal cheia de sentidos para o vínculo biológico e emocional entre mãe e filho, além de influenciar na saúde física e psíquica da mãe.
A lactação é uma oportunidade para a mãe se comunicar com a criança de forma profunda e significativa, só assim a criança conseguiria desenvolver uma sensação de segurança e confiança no mundo ao seu redor. Para isso, é necessário que a mãe seja sensível às necessidades do bebê, reconhecendo suas emoções e oferecendo um ambiente de amor e cuidado. A relação mãe-bebê é fundamental para todos os indivíduos que só poderão ter um bom desenvolvimento maturacional mediante um amparo e acolhimento materno satisfatório.
Importante ressaltar que a amamentação é o primeiro contato do bebê com o mundo exterior, marcando a fase oral. O bebê se alimentará, se saciará e sentirá prazer quando estiver em contato com sua mãe. Portanto, não é surpresa que ele goste de explorar e conhecer os objetos pela boca. As mãos, os pés e depois qualquer coisa que eles segurem. Como resultado, eles experimentam sensações, gostos, texturas e temperaturas.
A duração dessa fase é preocupante para muitos pais, mas é crucial para o desenvolvimento do bebê. Os pais devem estar atentos a outros sinais, como problemas com a alimentação, a fala e a dentição, caso o bebê continue chupando o dedo, a chupeta ou a mamadeira após a fase oral. É possível que seu desenvolvimento seja prejudicado nesses casos, pois eles entrarão imaturos nas próximas etapas da infância. Para garantir que essa fase do desenvolvimento do seu filho seja superada sem traumas ou atrasos, pode ser necessário um acompanhamento psicológico.
Segundo o Ministério da Saúde, para crianças até 6 meses de idade é recomendado o leite materno exclusivo, não sendo indicado nenhum outro tipo de líquido ou sólido, porém existem algumas exceções relacionadas a certos medicamentos. Ressaltando os benefícios do leite materno para essas crianças, o mesmo a protege contra várias infecções, diminui o risco de doenças crônicas e previne também a sua desnutrição (BRASIL, 2012). Apesar de haver um consenso sobre as inúmeras vantagens do aleitamento materno para o binômio mãe-filho, ainda é bastante significativo o desmame precoce, pois as mães encontram diversas dificuldades neste processo como a técnica de amamentação inadequada causando fissuras e rachaduras nos mamilos, ingurgitamento mamário, mastite e abscesso mamário. Culminando, dessa forma, no prejuízo da saúde do bebê, o que tem sido motivo de preocupação dos profissionais de saúde (FERREIRA, et al. 2001).
Atualmente a importância da amamentação é bastante difundida no Brasil, por meio de campanhas ministeriais e pela própria Atenção Primária à Saúde, neste sentido, o Brasil tem registrado progressos na prática da amamentação, mas a oferta prévia de outros alimentos à criança é uma realidade preocupante, o que acaba impossibilitando que a criança desfrute dos benefícios que o aleitamento materno exclusivo traz, assim favorecendo o risco de morbidades.
Os índices de amamentação no Brasil de acordo com resultados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação ou Nutrição Infantil, revela que 53% das crianças brasileiras continuam sendo amamentadas em seu 1º ano de vida, e menores de seis meses, na amamentação exclusiva o índice é de 45,7%, já nas menores de quatros meses é de 60%. Portanto, todos esses indicadores aumentaram nos últimos anos, em comparação ao ano de 2006, houve aumento de aproximadamente 15 vezes na prevalência de Aleitamento Materno (AGÊNCIA BRASIL, 2020).
O progresso das ações para a proteção e a promoção da amamentação, bem como apoio e novas perspectiva de indicadores, são medidas de implementação à legislação para proteção da lactação e a participação dos programas comunitários ao aleitamento materno em uma avaliação contínua, contudo os relatórios das taxas de aleitamento materno não têm sido produzidos a cada cinco anos, e o progresso desses indicadores está muito distante das metas pactuadas para 2030.
A. O AM é parte vital para garantir saúde no início da vida. É a melhor fonte de nutrição e em compostos imunomoduladores únicos, é considerado a primeira vacina que protege a saúde do bebê.
B. O AM pode e tem a possibilidade de melhorar a prosperidade dos países pela diminuição dos custos com tratamentos de doenças e pelo desenvolvimento de pessoas mais saudáveis.
C. O AM não deve ser um trabalho apenas da mulher. A prática requer o encorajamento e apoio dos membros da família, de orientadores qualificados e, bem como acesso aos serviços de saúde, suporte dos empregadores e dos tomadores de decisões políticas e outros. (OMS, 2020).
Beneficiando as condições de saúde e de desenvolvimento das crianças a amamentação exclusiva reduz a mortalidade, diminui a incidência e a gravidade de algumas comorbidades, como: diarreias, pneumonias, otite média, enfim, diversas infecções neonatais (NARAYANAN et al., 1984; TEELE , KLEIN; ROSNER, 1989; VICTORA, 1996).
Bioquimicamente, a quantidade de proteínas do leite humano é três vezes menor do que a do leite de vaca, evitando a sobrecarga renal. Além disso, a relação caseína/proteína no leite de vaca é cerca de 80/20, formando coalho mais duro, o que dificulta a digestão. Ademais, alfalactoalbumina, proteína do soro em maior concentração no leite humano, tem potencial alergênico quase nulo. Quanto às gorduras, ácidos graxos de cadeia longa e seus derivados poli-insaturados de cadeia muito longa têm ação primordial no desenvolvimento neuropsicomotor e na formação da retina. A lactose é o carboidrato predominante no leite humano, não completamente digerido, o que facilita o amolecimento das fezes. A menor concentração de sódio no leite humano impede a sobrecarga renal e diminui o risco de desidratação hipertônica frente a qualquer agravo. O ferro encontra-se em baixa concentração, entretanto apresenta alta biodisponibilidade (BRASIL, 2009).
A enfermagem exerce um papel indispensável na assistência à mulher, é fundamental que suas condutas se baseiam em conhecimentos científicos atualizados, para desempenhar uma prática de precauções que previna o desmame precoce e a baixa produção láctea (ATHANÁZIO, et al 2013). O profissional de enfermagem tem a função de proporcionar um cuidado geral com a puérpera, pois com esse conhecimento poderá ajudar em situações mais complexas. Estar preparado e saber lidar com cada obstáculo que surgir, delinear orientações para cada dificuldade (LIMA, 2017). A atuação do profissional de saúde é indispensável para promoção da educação sobre o aleitamento materno. A família deve ser apresentada a projetos educacionais e pessoas capacitadas para oferecer um aconselhamento apropriado neste período, concedendo informações suficientes para que a gestante e sua família tomem a decisão sobre a melhor maneira que vão optar para alimentarem seu filho (CARVALHO, TAMEZ, 2005).
O enfermeiro deve estar preparado para aconselhar de forma clara a gestante sobre a importância da alimentação saudável. É preciso estar capacitado para oferecer uma assistência completa, humanizada, respeitando a cada mulher, ajudando a superar o medo, dificuldades e inseguranças (LIMA, 2017). Para o ministério da saúde, além do conhecimento básico e perícia em aleitamento materno, o enfermeiro também necessita ter habilidade para se comunicar claramente e com eficiência com a puérpera, o que se obtém de forma mais fácil usando a técnica do aconselhamento em amamentação. Esta técnica se baseia em ajudá-la a tomar decisão, ouvir seus lamentos, entendê-la e conversar sobre as vantagens e desvantagens ao invés de somente dizê-la o que fazer (BRASIL, 2009).
O profissional de enfermagem deve estar apto para atender a nutriz que se desloca até a unidade básica de saúde, é necessário ter olhar holístico, levando em conta os aspectos físicos, emocionais, sociais, espirituais e mentais da paciente, possibilitando a este profissional ajudar e diminuir os casos de desmame precoce e a inserção de alimentos inapropriados para o bebê (ATHANÁZIO, et al. 2013). Na primeira consulta de pré-natal devem ser realizados os exames laboratoriais de rotina, exame físico, anamnese geral, incluindo exame das mamas. Tal exame ajuda a elevar a confiança da mãe de que sua mama é normal e capaz de amamentar, e caso haja algum impasse, a melhor forma será aconselhada, dando espaço para a gestante se preparar. Outro ponto importante a se avaliar nesta visita é a tendência emocional da gestante para a lactação, ações, receios, dúvidas e experiência em outras gestações. Observar também as pessoas que rodeiam como familiares e amigos mais próximos, e o que eles pensam sobre o aleitamento materno, pois influenciam no sucesso do processo de amamentação. A consulta deve ser realizada pelo grupo, enfermeira e obstetra médico evitando perguntas e avaliações repetidas. É importante deixar materiais informativos evidenciando os benefícios do aleitamento materno a curto e longo prazo para mãe e filho (CARVALHO, TAMEZ, 2005)
É importante que o enfermeiro construa um elo de confiança com a mãe, em outras palavras, elevar sua autoestima e confiança, para que ela possa se tornar independente no cuidado do seu bebê. O enfermeiro precisará fazer avaliação da paciente, com a finalidade de analisar e estipular o plano de cuidados de enfermagem especial ligado ao aleitamento. (SOUZA, 2014).
Após o nascimento da criança as mães são aconselhadas para outras precauções durante o período da amamentação como: ter uma alimentação rica e balanceada em nutrientes, não fazer uso de nenhuma medicação não orientada pelo seu médico, não passar cremes na auréola dos seios, ingerir bastante líquidos, se houver rachaduras no bico, não fazer a utilização de pomada, fazer a retirada manual antes de amamentar para facilitar a pega do bebê, uso de sutiãs apropriados e cautela na hora de colocar o bebê em posição para mamar, para que ele consiga sugar leite suficiente
Para a elaboração da revisão integrativa, seguiram-se seis etapas, conforme exposto no quadro a seguir, tendo por base o modelo proposto por Botelho, Cunha e Macedo (2011):
Quadro 1 – Descrição dos procedimentos
Etapa | Descrição dos procedimentos |
1ª | 1. Identificação do tema e seleção da questão de pesquisa; 2. Definição do problema; 3. Formulação de uma pergunta de pesquisa; 4. Definição da estratégia de busca; 5. Definição dos descritores; 6. Definição das bases de dados. |
2ª | 1. Estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão; 2. Busca dos estudos com base nos critérios de inclusão e exclusão. |
3ª | 1. Identificação dos estudos pré-selecionados; 2. Leitura do resumo, palavras-chaves e título das publicações; 3. Organização e identificação dos estudos pré-selecionados. |
4ª | 1. Categorização dos estudos selecionados; 2. Elaboração de síntese; 3. Categorização e análise das informações; 4. Análise crítica dos estudos selecionados. |
5ª | 1. Análise e interpretação dos resultados; 2. Discussão dos resultados. |
6ª | 1. Apresentação da revisão/síntese do conhecimento; 2. Propostas para futuros estudos. |
Fonte: Adaptado de Botelho, Cunha e Macedo (2011).
Quadro 2 – Resumo do corpo do trabalho
Fonte: A autora, 2024
Sobre a atuação eficaz da enfermagem no processo de amamentação e na relação mãe-bebê é correto afirmar que, a promoção da amamentação é considerada um componente fundamental das estratégias de cuidados primários à saúde, devido às evidências epidemiológicas que indicam seu efeito protetor contra a incidência, gravidade e mortalidade causadas por doenças infantis.
O Brasil segue as recomendações da OMS e possui legislações avançadas para proteger o direito da mulher e da criança nesse contexto, garantindo as condições necessárias para o estabelecimento e manutenção da lactação. No entanto, o desmame precoce ainda é uma realidade presente no Brasil.
A avaliação e o suporte fornecidos pelo enfermeiro e sua equipe durante a amamentação desempenham um papel crucial na redução do desmame precoce, especialmente em bebês prematuros. É importante identificar e abordar as barreiras que podem surgir, como dificuldades de pega e posicionamento, ingurgitamento mamário e fissuras mamárias.
O profissional de enfermagem deve estar preparado para oferecer assistência eficaz, solidária, abrangente e adaptada ao contexto de cada família, respeitando etnia, religião e hábitos de vida.
5. CONCLUSÃO
Ao tomar como base as teorias psicanalíticas, pode-se afirmar que a fixação do bebê em sugar, vai além da satisfação nutritiva, pois significa a busca de obter prazer. A finalidade é o objeto de um instinto: a pulsão. Esse objeto da pulsão pode ser o próprio corpo, e pode ser alterado quantas vezes for pertinente no decorrer das alterações que o instinto sofre na sua vida. Vale destacar que essa modificação exerce papel extremamente significativo.
De acordo com a revisão bibliográfica concluída neste estudo pode-se compreender a importância da amamentação até os seis meses de vida, tanto para a saúde da mãe quanto para a da criança. O leite materno é o alimento perfeito para o crescimento e desenvolvimento do lactente e proporciona proteção contra infecções respiratórias, desnutrição, diarreia e dentre outras patologias. Falar sobre amamentação requer muitos cuidados, são muitos tópicos a serem abordados, deve haver tempo e persistência para preparar as mães, quebrar os mitos e tabus implementados pela sociedade, orientar quantos aos costumes e culturas criados no ambiente familiar, principalmente em populações mais carentes.
Mediante a este estudo podemos observar a importância dos grupos de educação, e ações educativas, pois asseguram ao enfermeiro o esclarecimento de dúvidas do grupo, contribuindo assim para promover novos encontros de acordo com a quantidade de pessoas e também propostas e sugestões colocadas pelo grupo. Dessa maneira, os enfermeiros podem procurar formas de facilitar a explicação do aleitamento, de acordo com a demanda da saúde na sociedade, no auxílio direto à família.
Assim é de extrema importância o papel do enfermeiro, orientar, ensinar, tirar dúvidas, medos e encorajar essa prática para a mãe desde as primeiras consultas de pré-natal, até o pós-parto acompanhando a mãe, ensinando a pega correta, para que o processo de amamentação seja tranquilo. Assim o enfermeiro se torna responsável em entusiasmar as mães em conseguir prática no aleitamento materno, que só trará benefícios para a dupla mãe e filho. O enfermeiro tem papel fundamental no sucesso da amamentação através do bom trabalho de acompanhamento e orientação da gestante e sua família.
A revisão bibliográfica serviru como base teórica para a condução do presente estudo, fornecendo insights importantes sobre a complexidade da relação mãe-bebê durante o aleitamento materno e o papel fundamental da enfermagem nesse contexto. As informações obtidas foram integradas e analisadas à luz dos dados coletados durante as observações e entrevistas, contribuindo para uma compreensão mais abrangente e aprofundada do tema em questão. Isso posto, ressalta-se que a discussão foi pautada na
Teoria psicanalítica da relação mãe-bebê: foram exploradas as contribuições da psicanálise, especialmente de autores como Sigmund Freud, Melanie Klein, Donald Winnicott e Jacques Lacan, para a compreensão da relação mãe-bebê durante o período de amamentação. Foram discutidos conceitos como transferência, identificação projetiva, função materna e desenvolvimento psicológico infantil.
Acerca da construção do vínculo mãe-filho à luz da Psicanálise tem em sua constituição o sujeito em sua mais tenra prematuridade. O bebê humano ao nascer evidencia-se em seu desamparo radical, necessitando de ser cuidado por um outro que irá suprir e aliviar as primeiras necessidades básicas como fome, sono, dor, desconforto, etc. Tais necessidades são manifestadas através do choro, e que será interpretado pelo outro (no caso, a mãe ou quem exerce esta função) como sendo a busca por supressão destas necessidades básicas. Nesta busca de necessidade de ser cuidado, o bebê sujeita-se à linguagem como meio de salvação, além de criar um elo amoroso com este que irá suprir estas necessidades.
Benefícios do aleitamento materno: a revisão bibliográfica também abordou os numerosos benefícios do aleitamento materno para a saúde física e emocional tanto da mãe quanto do bebê. Foram destacadas evidências científicas relacionadas à redução do risco de doenças crônicas, fortalecimento do sistema imunológico, promoção do desenvolvimento cognitivo, entre outros aspectos positivos.
Papel da enfermagem no apoio ao aleitamento materno: foram revisados estudos que destacam alguns dos principais temas abordados na revisão bibliográfica que incluíram: o papel essencial dos profissionais de enfermagem na promoção, apoio e orientação do aleitamento materno. Foram discutidas estratégias eficazes para a educação das mães, resolução de problemas comuns, avaliação da saúde mãe-bebê e promoção de práticas de amamentação baseadas em evidências.
A amamentação não deve significar uma sentença dolorosa a ser cumprida pela mãe, mas uma possibilidade de estabelecer com o bebê uma relação única de intimidade, que contribuirá para o fortalecimento de laços afetivos que são construídos desde o nascimento e que se desenvolverão de forma mais aguçada ao longo da vida.
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1Acadêmico do curso de Enfermagem da Faculdade UNAMA. E-mail: adeniltaotyjydna.01363800@gmail.com
2Acadêmico do curso de Enfermagem da Faculdade UNAMA. E-mail: Caio1203tavares@gmail.com
3Acadêmica do curso de Enfermagem da Faculdade UNAMA. E-mail: araissa8@gmail.com
4Acadêmica do curso de Enfermagem da Faculdade UNAMA. E-mail: laianecaggy@gmail.com
5Professora Esp. em Clínica Psicanalítica, orientadora do TCC no curso de Enfermagem daiarathuannymuniz@gmail.com