MENTAL ILLNESS IN PATIENTS WITH ATOPIC DERMATITIS: A LITERATURE REVIEW.
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10241171447
Maria Clara da Silva Barros¹
Erica Pontes Pereira Ferreira²
Abstract
The atopic dermatitis is an eczematous skin disease that affects millions of people around the world, especially children. This work addresses the mental health of patients with atopic dermatitis, seeking out to identify the main psychological disorders that devastated these patients so that this identification helps in understanding the disease process and its aggravating factors, improving its therapy. The research was carried out using the following databases: Portal Regional Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) and the National Library of Medicine (PubMed), using the descriptors “mental health” and “atopic dermatitis” and establishing exclusion and inclusion criteria, such as articles published in the last 3 years, complete and free texts and within the proposed theme. The search result was of 1,216 works, and after entering the criteria, 38 articles were selected in total, showing a significant number of patients with depression, anxiety and sleep disorders. In this way, the intense suffering of patients with atopic dermatitis becomes evident, often triggered by a negative self-perception and difficult control of the disease, especially in cases that extend into adulthood, requiring multidisciplinary support from professionals to achieve a better quality of life.
Keywords: Mental Health; Dermatitis Atopic; Mental Disorders.
Resumo
A dermatite atópica é uma doença de pele eczematosa que afeta milhões de pessoas pelo mundo todo, especialmente as crianças. Este trabalho aborda a saúde mental de pacientes com dermatite atópica, buscando identificar os principais distúrbios psicológicos que assolam estes pacientes de modo que essa identificação auxilie na compreensão do processo da doença e seus agravantes, melhorando sua terapêutica. A pesquisa foi realizada através das bases de dados: Portal Regional Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e a National Library of Medicine (PubMed), sendo utilizados os descritores “mental health” e “dermatitis atopic” e estabelecendo critérios de exclusão e inclusão, como artigos publicados nos últimos 3 anos, textos completos e gratuitos e dentro do tema proposto. O resultado da busca foi de 1.216 trabalhos, que após a inserção dos critérios foram selecionados 38 artigos no total, evidenciando um número expressivo de pacientes com depressão, ansiedade e distúrbios do sono. Dessa forma, torna-se evidente o intenso sofrimento dos pacientes com dermatite atópica, desencadeado muitas vezes por uma autopercepção negativa e um difícil controle da doença, que necessita de medidas de controle ambiental e de estilo de vida, tornando – se um
processo longo, dificultando a adesão dos pacientes, principalmente nos casos que se estendem até a fase adulta, necessitando de um suporte multidisciplinar de profissionais como dermatologistas, psicólogos, psiquiatras, além de uma rede de apoio familiar. Objetivando uma mitigação do sofrimento orgânico e psíquico, visando uma melhor qualidade de vida.
Palavras-Chave: Saúde Mental; Dermatite Atópica; Transtornos Mentais.
Introdução
A Dermatite Atópica (DA) é uma afecção de pele crônica, hereditária e que faz parte do grupo das doenças eczematosas e da “marcha atópica” que compreende, além da DA, asma e alergias alimentares, caracterizadas por uma predisposição para desenvolver uma resposta imunológica excessiva a uma ampla gama de alérgenos, causando diferenciação CD4 + Th2 e síntese prolongada de imunoglobulina E (IgE)1. Geralmente começa na infância e pode persistir na idade adulta dependendo da gravidade da doença, sugerindo a probabilidade de uma doença para toda a vida2.
Além de uma resposta imunológica excessiva, também foram observadas mutações genéticas no gene da proteína conhecida como filagrina, que é responsável pela manutenção da barreira cutânea da pele. Essa alteração faz com que a doença curse com intensa xerose cutânea por grandes perdas hídricas na região epidérmica. Entretanto, a deflagração dessa afecção se dá por uma associação de fatores genéticos e ambientais3.
Entre os fatores ambientais é possível destacar contato com alérgenos como pólen, ácaros e mofos; extremos de temperaturas; não realização dos cuidados constantes de hidratação da pele e distúrbios psicológicos. Por apresentar uma pele constantemente seca os pacientes cursam com intenso prurido, principalmente à noite, ao se preparar para dormir, o que concomitantemente afeta significativamente a qualidade do sono, o que resulta na ocorrência de uma maior labilidade emocional e estresse, desencadeando impactos duradouros na qualidade de vida e no funcionamento diário, nos estudos, na carreira, na vida familiar e social e na saúde mental4.
Muitas pesquisas publicadas destacaram uma associação importante entre a dermatite atópica e ansiedade, depressão e tendências suicidas5, 6, 7, 2, 8. Porém, apesar de ser bem frequente na infância, ainda não existem muitos estudos com foco na saúde mental infantil. Outra faixa etária que merece atenção são os adolescentes que se afetam principalmente pelo efeito inestético das lesões9, devendo chamar atenção do médico para um encaminhamento aos setores de psicologia (referência). Sendo assim, o objetivo dessa análise é identificar os principais distúrbios associados a DA com o intuito de buscar um direcionamento maior na abordagem do cuidado psiquiátrico para profissionais, de modo que possa manejar o paciente como um todo, entendendo suas emoções e angústias, a fim de obter uma melhor e mais satisfatória resposta terapêutica em todas as faixas etárias.
Metodologia
Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, retrospectiva e transversal executado por meio de uma revisão integrativa da literatura. As bases de dados utilizadas foram o Portal Regional Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e a National Library of Medicine (PubMed). Para realizar a busca dos artigos foram utilizados os descritores “ mental health” e “dermatitis atopic”, utilizando o operador booleano “AND”. Para a realização da revisão de literatura foram adotadas as seguintes etapas: estabelecimento do tema; definição dos parâmetros de elegibilidade; definição dos critérios de inclusão e exclusão; verificação das publicações nas bases de dados; análise dos estudos encontrados e exposição dos resultados (quadro 1). Fizeram parte da revisão artigos publicados nos últimos 3 anos (2020-2023), textos completos e de acesso gratuito. Foram excluídos os artigos que se tratava de revisão de literatura e que não estabeleciam uma relação adequada entre saúde mental e dermatite atópica, além daqueles que se encontravam duplicados.
Resultados e Discussão
A busca resultou em um total de 1.216 trabalhos. Foram encontrados 319 artigos na base de dados PubMed e 897 artigos na base de dados BVS. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 23 artigos na base de dados PubMed e 15 artigos na base de dados BVS (Figura 1).
Os principais distúrbios encontrados nos estudos foram depressão, ansiedade, distúrbios do sono, problemas de socialização, estresse, estigmatização, dismorfismo corporal e problemas de autoimagem, ideação suicida, internalização de sintomas, frustração, distúrbios comportamentais e problemas de atenção (quadro 1). Demonstrando uma alta porcentagem para depressão e para distúrbios de ansiedade (Figura 2).
Os resultados deste estudo mostraram que os distúrbios que mais foram encontrados em pacientes com dermatite atópica foram depressão e ansiedade, fazendo parte de 28% e 22% do total de estudos, respectivamente, sugerindo uma intensa relação da doença com tais patologias psiquiátricas. Atualmente a fisiopatologia da doença se explica por uma ação multifatorial, agrupando uma pré – disponibilidade genética com fatores ambientais. Entretanto segundo estudo realizado em uma população de 11.181 pacientes não foi observada uma relação direta entre aumento de biomarcadores inflamatórios, como IL-6 e proteína C reativa, e sintomas depressivos, nos levando a acreditar que os próprios sintomas da DA que estão correlacionados com o desenvolvimento da depressão, como estigmatização e distúrbios do sono6. No mesmo estudo citado, também foi observado que a maior população
afetada é a infantil, sugerindo uma intervenção precoce para interrupção do ciclo de ansiedade exacerbando a DA e vice-versa, o que limita uma adesão eficiente aos planos de tratamento.
Entretanto ao analisarmos o contexto da ansiedade, mais especificamente o transtorno de ansiedade generalizada, temos uma explicação que consiste na hiperativação crônica do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, induzindo um aumento na secreção diurna de cortisol , ativação de mastócitos e eosinófilos e a troca isotópica de linfócitos B em células secretoras de IgE, promovendo uma inflamação do tipo Th210, o que explicaria uma exacerbação dos sintomas de prurido intenso na DA, e o ciclo citado no estudo acima6.
Outra questão a se discutir é a presença de distúrbios do sono, encontrados em 10% dos estudos. Dessa forma, mais da metade, 56,6% e 61,7 % respectivamente, dos pacientes entrevistados relataram algum tipo de dificuldade para dormir, fato este relacionado ao intenso prurido11, 12. De forma mais aprofundada, outro estudo concorda que o distúrbio observado se dá pelo prurido, mas aprofunda a explicação dizendo que a extensão, intensidade e duração da DA estão intimamente ligados com os distúrbios de sono, além de observar uma correlação direta do mesmo com a depressão, o que é explicado pelo aumento do risco de doenças psicológicas devido à interrupção do sono13. Dessa forma, o paciente com DA apresenta uma grande sonolência diurna comprometendo seu desempenho escolar e profissional.
Sendo a pele ser um órgão visível os pacientes com DA possuem uma chance 6 vezes maior de desenvolverem algum tipo de transtorno dismórfico corporal comparado a população sem nenhum distúrbio cutâneo14. Isso se dá por um intenso desconforto e sentimento de vergonha, levando à ocultação das lesões e irritações da pele por meio de roupas compridas. Diante disso, também foi observado uma grande falta de interesse e incompreensão por parte dos profissionais de saúde acerca da doença e sua apresentação dinâmica15.
Dessa forma, pela junção de vários fatores citados, os pacientes com DA tendem a ser menos felizes e a possuírem uma grande carga mental16. Como consequência final, o adoecimento mental significativo e crescente de uma doença que na maior parte dos casos se inicia na infância, e que, nos casos que se estendem até a fase adulta apresentam um acúmulo de comorbidades mentais e degradação da qualidade de vida, tem como desfecho a ideação ou tentativa de suicídio em 35,5% dos casos2, 8. Fato este que não foi observado em outra análise7 visto que o mesmo foi realizado na Áustria, um país com sistema de saúde avançado e que se encontra no primeiro lugar do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) na Europa.
Conclusão
De acordo com o estudo, mostra-se imprescindível a busca por formas de atendimento que abordem o paciente como um todo, buscando sua percepção diante da doença e dos sintomas, a forma como a mesma afeta sua qualidade de vida, capacidade funcional e as expectativas e angústias acerca do tratamento. Sendo assim, parte do profissional de saúde um acolhimento maior com portadores de dermatite atópica, oferecendo um suporte integral com uma equipe multidisciplinar que engloba além do médico dermatologista, psicólogos e psiquiatras, sem excluir a família, amigos e parceiros como importante rede de apoio para o paciente.
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Figura 1. Fluxograma de identificação e seleção dos artigos selecionados nas bases PubMed e BVS.
Quadro 1. Correlação entre os principais distúrbios observados em cada estudo.
Autor | Ano de publicação | Principais distúrbios observados |
Henderson, Alasdair D., et al | 2023 | Aumento da incidência de ansiedade e depressão em adultos. |
Devjani, Shivali, et al | 2023 | Ansiedade, porém, sem pânico. |
Park, Jeong-Hui, et al. | 2023 | Estresse e sintomas depressivos. |
Schlachter, Sophie, et al. | 2023 | Sentimentos de estigmatização, o que inclui: antecipação de rejeição, culpa e vergonha. |
Tawfik, Soha S., et al. | 2023 | Sofrimento emocional em cuidadores e distúrbios do sono para as crianças. |
Badura Brzoza, Karina, et al | 2022 | Maior gravidade de sintomas depressivos. |
Birdi, Gurkiran, et al. | 2022 | Níveis mais elevados de ansiedade e depressão. |
Budu‐Aggrey, Ashley, et al. | 2022 | Depressão e ansiedade. |
Cheng, Brian T., et al | 2022 | Isolamento social e evitação de conflitos. Houve uma dificuldade de identificação de transtornos de humor nas avaliações comumente usadas, entretanto, foram observados sinais e sintomas no exame clínico. |
Hui, Victoria Ka Ying, et al. | 2022 | Depressão e ansiedade, além de constante estresse. |
Iannone, Michela, et al. | 2022 | Transtorno de ansiedade generalizada e transtorno depressivo com sofrimento ansioso. |
Lee, Gyu Na, et al. | 2022 | Estresse psicológico grave, maior necessidade de consulta psicológica e diagnóstico de depressão. |
Lundin, Susanne, et al. | 2022 | Dor e desconforto associados à ansiedade e depressão. |
Muzzolon, Mariana, et al | 2022 | Foi observado uma porcentagem de 63% de risco de desenvolvimento de transtornos mentais, entre eles: distúrbios do pensamento e do humor, ansiedade, depressão e distúrbios de socialização. |
Schuster, Bárbara, et al | 2022 | Emoções negativas e de baixa esperança. |
Schut, Christina, et al | 2022 | Transtorno Dismórfico Corporal associado principalmente a pacientes com menor idade, sexo feminino, maior estresse psicológico e sentimentos de estigmatização. |
Voillot, Paméla, et al. | 2022 | Qualidade de vida prejudicada por um difícil controle da doença, cursando com frustração. |
Yoo, Juhwan, et al | 2022 | Humor deprimido, estresse e ideação suicida em pacientes adultos além de ansiedade e depressão. |
Barbieri, John S., et al. | 2021 | Dificuldade de socialização em todos os âmbitos da vida. |
Bashyam, Arjun M., et al | 2021 | Má qualidade de sono depressão, ansiedade e dificuldade de conexões sociais |
Fereidouni, Mohammad, et al | 2021 | Depressão, ansiedade e insônia, além da redução na qualidade de vida. |
Ferrucci, Silvia Mariel, et al | 2021 | Sintomas depressivos e ansiosos clinicamente significativos. |
Gazibara, Tatjana, et al. | 2021 | Baixa qualidade de vida e constante estresse associado aos sintomas prevalentes. |
Heim-Ohmayer, P., et al | 2021 | Alto exclusão e auto percepção negativa, além de estigmatização interna e externa por parte de outros. |
Huang, Jinghui, et al. | 2021 | Prurido, distúrbios de sono e constrangimento associado a doença. |
Kern, Chloe, et al | 2021 | Em pacientes com Dermatite Atópica Grave foram observados um aumento de 2 vezes na probabilidade de desenvolvimento de sintomas de depressão e internalização de sintomas. |
Kwatra, Shawn G., et al. | 2021 | Distúrbios do sono, depressão e ansiedade. |
Pedersen, Courtney J., et al. | 2021 | Alteração do sono, reduzindo a qualidade de vida. |
Talamonti, Marina, et al | 2021 | Prurido responsável por distúrbios do sono que causam maior sofrimento psicológico podendo resultar em sintomas depressivos. |
Girolomoni, Giampiero, et al | 2020 | Dificuldade de sono, ansiedade e depressão em mais da metade. |
Guo, Fei, et al. | 2020 | Diferentes graus de ansiedade e depressão. |
Hinkley, Sarah B., et al | 2020 | Distúrbios de auto imagem correlacionados com uma baixa auto-estima que podem estar atrelados a sintomas ansiosos e depressivos. |
Hussain, S., et al. | 2020 | Aumento do risco de ansiedade e depressão durante a metade da idade adulta. |
Minatoya, Machico, et al | 2020 | Distúrbios emocionais e comportamentais associados a uma necessidade maior de suporte. |
Pronizius, Ekaterina, e Martin Voracek | 2020 | Maior Risco de suicídio em pacientes com dermatite atópica. |
Son, Sang Wook, et al | 2020 | Depressão e ansiedade (16,7%) e ideação ou tentativa de suicídio (35,5%). |
Wan, Joy, et al. | 2020 | Problemas de emoção, conduta, atenção e relacionamentos sociais. |
Xie, Qian-Wen, et al | 2020 | Sofrimento emocional intenso em crianças, sendo as principais emoções observadas: raiva, aborrecimento, tristeza, medo, constrangimento e confusão. |
Figura 2. Representação em porcentagem dos principais distúrbios observados nos estudos.
1 Discente do curso de Medicina, Universidade de Vassouras, Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil. Email: mariaclarab.2001@hotmail.com ORCID:https://orcid.org/0009-0006-1516-688
²Docente do curso de Medicina, Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, Universidade de Vassouras, Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil. Email: ericapontesdermato@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9543-464X
Autor responsável: Maria Clara da Silva Barros