ADOECIMENTO MENTAL DO DOCENTE PÚBLICO E OS IMPACTOS NA ATUAÇÃO

MENTAL ILLNESS OF THE PUBLIC TEACHER AND THE IMPACTS ON PERFORMANCE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412041245


Bianca de Melo Braga[1]
 Giseli Milhomem da Mata[2]
 Whátina Mota Silva[3]
Maria Elisa Magalhaes Albuquerque Souto Ribeiro[4]


Resumo: Este estudo objetiva contextualizar os tipos de adoecimentos mentais mais recorrentes entre professores, investigando seus impactos na prática docente e como esse fator interfere no desempenho profissional. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura nas bases de dados do Sistema de Biblioteca UEL. Para tanto, selecionou-se 15 artigos dos últimos quatro anos (2019 a 2023), no idioma português. A pesquisa identificou indicadores comuns de sofrimento psíquico característicos de sintomas ansiosos, depressivos, estresse, bem como, síndrome de burnout e transtorno depressivo maior. Os resultados evidenciam que a profissão docente expõe os professores a uma série de fatores de risco que levam ao adoecimento mental, impactando diretamente na qualidade do ensino, rendimento escolar e o bem-estar dos professores. Observou-se uma carência de pesquisas que investiguem os impactos do adoecimento mental na prática profissional dos docentes. Conclui-se que diante do cenário relacionado à atividade do docente e o adoecimento mental, que corrobora na qualidade do desempenho da sua função é essencial assegurar aos educadores da rede pública de ensino acesso a serviços de apoio psicológico. Portanto, é imprescindível que pesquisas e intervenções efetivas no intuito de promover a valorização do professor e a qualidade do ensino sejam realizadas.

Palavraschave: adoecimento mental; docente público; saúde mental; impactos do adoecimento mental docente.

Abstract: This study aims to contextualize the most recurrent types of mental illnesses among teachers, investigating their impacts on teaching practices and how this factor interferes with professional performance. The methodology employed was a literature review using the UEL Library System databases. A total of 15 articles published in Portuguese over the last four years (2019 to 2023) were selected. The research identified common indicators of psychological distress characterized by symptoms of anxiety, depression, stress, burnout syndrome, and major depressive disorder. The results highlight that the teaching profession exposes educators to a series of risk factors leading to mental illness, directly impacting the quality of education, academic performance, and teachers’ well-being. A lack of research exploring the impacts of mental illness on teachers’ professional practice was noted. The study concludes that, given the relationship between teaching activities and mental illness, which affects the quality of job performance, it is essential to ensure public school educators access to psychological support services. Therefore, effective research and interventions aimed at promoting teacher appreciation and education quality are crucial.

Keywords: mental illness; public educators; mental health; impacts of teachers’ mental illness.

INTRODUÇÃO

O adoecimento mental é uma condição que aflige a saúde mental do indivíduo e traz impactos significativos na vida diária da pessoa. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS (ONU, 2022), quase 1 bilhão de pessoas viviam com transtorno mental em 2019. Entre os principais transtornos apontam a depressão e ansiedade.

O termo “adoecimento mental” está intrinsecamente ligado à compreensão sobre a saúde mental do indivíduo, abrangendo uma variedade de condições que influenciam o pensamento, as emoções e a conduta de uma pessoa. Essas condições podem ser diferentes em termos de severidade e duração, podendo afetar de maneira considerável a qualidade de vida da pessoa e a todos que a cercam. É importante destacar que a saúde mental não está relacionada apenas a ausência de doenças mentais, mas ao desenvolvimento integral das pessoas e grupos sociais (Guimarães, 2004).

Dentro desta perspectiva ampla da saúde, os elementos psicológicos, sociais e ambientais, incluindo as mudanças endócrinas e imunológicas do indivíduo, exercem influência direta no processo de saúde mental. Como mostra Guimarães (2004 p.25), “O estado afetivo angustiado e deprimido, e. g., iniciam uma sucessão de mudanças adversas no funcionamento endócrino e imunitário criando uma susceptibilidade maior a uma série de doenças físicas”.

A Organização Mundial da Saúde – OMS (Brasil, 2017), define saúde mental como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade”. Os quesitos apresentados sobre a definição da saúde mental, mencionam aspectos subjetivos de cada indivíduo, o que traz uma complexidade em estabelecer uma definição exata para o termo.

Na perspectiva do adoecimento mental do docente público, a compreensão da saúde mental constitui um aspecto fundamental, pois terá interferência direta na sua prática profissional. Para Tostes et al. (2018), o docente pertence a uma categoria profissional mais propenso ao sofrimento mental. Neste cenário, esta pesquisa apresenta os adoecimentos mentais recorrentes no docente público e seus impactos na prática escolar.

A escolha do tema se justifica pela experiência pessoal de uma das participantes, mãe de criança com diagnóstico de TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, a qual enfrentou muitos desafios no contexto escolar, repletos de angústia e preocupações relacionadas ao filho e às interações com a equipe pedagógica, especialmente os professores. A perspectiva ampliou-se, considerando a figura do educador, que lida com suas próprias ansiedades e inquietações, enquanto busca cumprir suas funções como docente. Dessa forma, esta pesquisa foi conduzida com foco no adoecimento dos docentes, visando desenvolver uma compreensão mais profunda das suas necessidades e vulnerabilidades.

 Avaliou-se a relevância desta pesquisa pela imensurável importância do docente na construção sociocultural da pessoa; importância de extensões humanas, que afetam e influenciam nos aspectos do desenvolvimento do aluno. O ser docente alcança o outro, e interagindo o compõe, e vice e versa (Inês, 2007).

Muito além da transmissão de conhecimentos disciplinares, mas da profundidade das relações estabelecidas entre professor e aluno, como descreve Inês (2007, p. 429) “A docência se instaura na relação social entre docente e discente. Um não existe sem o outro. Docentes e discentes se constituem, se criam e recriam mutuamente, numa invenção de si que é também uma invenção do outro”.

 No entanto, é necessário que o docente esteja em favoráveis condições de se desenvolver, e exercer a docência de forma saudável, sendo percebido não apenas como alguém responsável por transmitir conhecimento, mas também como um ser humano em constante interação com outros indivíduos, inseridos em uma sociedade em constante mudança. Esta interação abrange todos os problemas sociais que os cercam, e por fim, os afetam por meio de suas condições de trabalho, vivências com os alunos e adaptações às políticas públicas vigentes. Isto faz com que não haja como separar o docente dos problemas sociais. Sendo este tantas vezes, o enfrentante deles, enquanto exerce a docência (Arroyo, 2004).

 Ainda que existam pesquisas sobre o adoecimento mental na categoria do docente público, não foram localizados estudos vinculados especificamente ao adoecimento mental relacionado ao impacto na atuação do docente. Diante disso, realizou-se o presente estudo, no intuito de contextualizar sobre recorrentes tipos de adoecimento mental vivenciados pelo docente público, bem como mencionar os impactos na sua atuação. Para fins de artigo, apresenta-se uma breve revisão da literatura, material e métodos e posteriormente, os resultados, e a discussão deles, culminando com as considerações finais.

2. ADOECIMENTO DOCENTE E SEUS IMPACTOS NA PRÁTICA PROFISSIONAL

A Organização Mundial da Saúde (OMS), divulga em seus relatórios o seguinte conceito de saúde mental: “[…] um estado de bem-estar no qual o indivíduo perceba as suas próprias capacidades, possa lidar com as tensões normais da vida, possa trabalhar de forma produtiva e frutífera e possa contribuir para a sua comunidade” (Brasil, 2017). Ainda de acordo com a OMS, mesmo que grande parte das pessoas sejam fortes, outras, que são expostas a cenários que incluem pobreza, violência, deficiência e desigualdade, se tornam mais sensíveis em desenvolver alguma condição de adoecimento mental.

Segundo Almeida Filho (1999), baseado em Good e Good (1982), o termo “doença” não está relacionado estritamente a uma interpretação única, mas a ampliação da noção de rede semântica. Os autores apontam ser insuficiente simplesmente mostrar características ao estado fisiológico alterado do indivíduo, pois essa prática clínica seja insuficiente se não considerar os aspectos psicológicos, sociais e culturais, no processo experiencial da doença, que ocorre de forma subjetiva como cada pessoa vivencia, manifesta e expressa seus sintomas.

No panorama de estudos brasileiros em uma revisão sistemática referente aos anos de 2010 a 2015 realizada por Diehl e Marin (2016), concluiu-se que a saúde dos professores atrai o interesse investigativo de áreas multidisciplinares, e principalmente, em escolas públicas. O que supõe que estas escolas estão mais dispostas a ampliar a discussão para os fatores que geram o adoecimento mental do professor no exercício da profissão.

Aprofundando ainda mais sobre os desgastes dos docentes no ambiente escolar, Diehl (2016), menciona que a partir do ano de 2000 houve um aumento no adoecimento dessa categoria. Nos estudos publicados entre os anos de 1985 e 2007, observou-se a ocorrência de transtornos mentais, estresse, síndrome de burnout, problemas vocais e doenças osteomusculares.

Schuchter e Lomba (2022, p.5) consideram que há muitas formas já existentes de se definir um docente: a pessoa que ensina, que forma e informa, que compartilha conhecimento, facilitador, estimulador, entre muitas outras definições. Mas há uma singularidade na didática de cada docente, algo particular e subjetivo que precisa ser considerado no exercício da docência para que se amplie o olhar sobre a humanidade do professor. Como definiu Inês (2007, p.433) “docência diz respeito ao delicado envolvimento, ao delicado comprometimento, a uma delicada preocupação e zelo com os destinos e temporalidades humanos: uma delicadeza para com a vida.”

Quando o professor ainda era visto como centro da escola, representando uma espécie de exemplo para a comunidade, a profissão docente era respeitável, entretanto, no decorrer das mudanças educacionais do povo, esses profissionais tiveram de ceder seu lugar para as novas exigências da sociedade moderna que tendem em centralizar no aluno, seus métodos e expectativas (Barros et al., 2012).

De acordo com os estudos de Lira (2013), a responsabilidade do professor na sociedade atual avançou para além do ensino e correção de atividades escolares. E apesar de ser indispensável em qualquer sociedade, ainda tem sido alvo de análises e objeto de discussões em múltiplos aspectos, assim como sob a perspectiva de sua própria saúde diante das funções que assumem ou são levados a assumirem. Fato este que afeta significativamente a condição dos docentes.

Penteado e Neto (2019, p.136) afirmam que:

Há, portanto, uma lacuna na literatura – a ser preenchida por estudos que venham a tratar da problemática do mal-estar, dos sofrimentos e dos adoecimentos de professores sob perspectivas mais abrangentes e interdisciplinares e que busquem diálogo com a área de educação (Penteado e Neto, 2019, p.136).

A revisão narrativa acerca do mal-estar, sofrimentos e adoecimentos de professores realizada por Penteado e Neto (2019), apresenta uma leitura crítica ligada à história do ofício de professor, aos modos de ser/estar neste trabalho e ainda, aspectos culturais e práticos da docência que inferem na complexidade da profissão, e contribuem para o adoecimento mental e físico da classe. Penteado e Neto (2019), ainda registram que existe um grande e crescente interesse em trazer a problemática para o status de cientificidade, e concluem que os estudos informam o crescente predomínio de transtornos ligados aos docentes.

Ribeiro (2019), conclui que há relevância em um ambiente escolar saudável para todos, e não somente para os alunos. Neste ambiente, o professor possui um papel importante como influenciador, e ao ser auxiliado em aspectos fundamentais no exercício da profissão, os alunos seriam totalmente beneficiados pelo bem-estar gerado. “Acreditamos que, à medida que os professores se sentirem apoiados em seu trabalho, os estudantes, pelos quais as instituições educacionais são responsáveis, serão os maiores beneficiários” (Ribeiro, 2019, p. 3).

3. MATERIAL E MÉTODOS

A presente pesquisa consiste em uma revisão bibliográfica sistemática, um método de investigação científica que se dedica à análise crítica da literatura relacionada ao tema em estudo. Segundo Carneiro et al. (2020, p. 6), “a metodologia demonstra o caminho a ser percorrido pelo pesquisador, visando responder questionamentos preestabelecidos”. Essa abordagem é amplamente utilizada por pesquisadores e estudantes de diversas áreas, sendo especialmente recomendada para identificar problemas, realizar uma análise criteriosa das informações disponíveis, identificar lacunas no conhecimento existente e propor direções para investigações futuras (Galvão, Sawada e Mendes, 2003, p. 44).

Primeiramente foi realizada uma avaliação das pesquisas científicas disponíveis nas bases de dados: BDTD, Google Acadêmico, BVS, Portal de Periódicos da CAPES e SciELO – Biblioteca Eletrônica Científica, restrita à língua portuguesa e com uma delimitação temporal de quatro anos (2019 – 2023).

  Para isso, empregou-se a plataforma da Biblioteca da Universidade Estadual de Londrina (UEL), usando os termos de pesquisa: “adoecimento mental entre docentes”, “professores da rede pública”, “efeitos do adoecimento mental de educadores na sala de aula” e “resultados do adoecimento em professores”.

4. RESULTADOS

A amostra constituiu-se de periódicos científicos publicados nos últimos quatro anos (2019 a 2023), a partir da busca nas bases de dados da Universidade Estadual de Londrina – UEL, e foram encontrados 76 estudos a partir dos descritores: “adoecimento mental docente”, “docentes públicos”, “impacto do adoecimento mental de professores na sala de aula”, “consequências adoecimento professores”. O quadro 1 apresenta a distribuição inicial dos artigos encontrados e a seleção da amostra final analisada.

Quadro 1. Distribuição dos periódicos publicados entre 2019 e 2023 segundo critérios de inclusão e exclusão.

Critérios de exclusão e inclusãoNº de artigos
Busca Inicial76
Estudos excluídos por não atenderem aos objetivos da pesquisa61
Amostra final analisada15

Fonte: Elaborado pelos autores. Novembro/2024.

Ressalta-se que ao longo da busca, foram encontrados muitos 33 voltados para os fatores de risco e contribuições para o adoecimento mental de docentes dentro do ambiente escolar e semelhanças significativas quanto aos tipos de adoecimento mental na categoria do docente. Assim, como a ausência de estudos que abordam a problemática das consequências deste adoecimento no exercício da docência.

Para tanto, foram considerados os resultados que combinaram um ou mais descritores e que abordaram no cerne da discussão dos estudos, os adoecimentos mentais recorrentes no docente público e seus impactos na prática escolar. Nesse sentido, após a eliminação dos materiais, por não abordarem os temas direcionados ao objetivo desta revisão sistemática, permaneceram 15 artigos para a pesquisa, conforme apresentação no quadro 2 com a distribuição temática dos estudos incluídos nesta revisão.

Quadro 2. Distribuição temática dos estudos analisados

 SQ.ANO/AUTORESTÍTULOTEMÁTICA CENTRALPALAVRAS-CHAVES
   12019 COSTA, Rodney Ferreira; SILVA, Nelson Pedro.Níveis de ansiedade e depressão entre professores do Ensino Infantil e Fundamental Verificar o nível de ansiedade e de depressão dos professores e a sua possível associação com o grau de satisfação no trabalho e os fatores factuais, como idade, escolaridade e religiosidade.Saúde mental. Professores. Ansiedade. Depressão.
2       2019 BOTTEGA, Carla Garcia; PEDROSO Regina.Saúde mental dos professores da rede de Ensino Público e gestão: uma relação possível (?)  Avaliar o papel da Gestão Pública na realização de ações de promoção da saúde e prevenção ao adoecimento mental do professor da rede de ensino público.Saúde do trabalhador. Saúde mental. Professores escolares.
 3      2019 CARDOSO, Jafé da Silva; NUNES, Claudio Pinto; MOURA, Juliana SilvaAdoecimento docente: uma breve análise da saúde de professores do município de Medeiros Neto/BAAnálise da situação da saúde dos professores.Adoecimento docente. Saúde do professor. Trabalho docente.
 4    2020 CAMPOS, Taís Cordeiro; VÉRAS, Renata Meira; ARAÚJO DE, Tânia MariaTranstornos mentais comuns em docentes do ensino superior: evidências de aspectos sociodemográficos e do trabalho  Objetivou estimar a prevalência de TMC em docentes de uma universidade pública da Bahia, através de um estudo epidemiológico de corte transversal, de caráter exploratório com 127 docentes. Docentes. Estudos Transversais. Transtornos mentais.
 5        2020 DEFFAVERI, Maiko; MÉA, Cristina Pilla; FERREIRA, Vinicius Renato ThoméSintomas de ansiedade e estresse em professores de educação básica    Estudo quantitativo com 200 professores de uma cidade do norte do estado do Rio Grande do Sul, a fim de identificar sintomas de ansiedade e estresse em professores do ensino básico.Ansiedade. Estresse. Professores. Educação básica
   6           2020 OLIVEIRA DE, Hayanna Emillyn MatiasESTRESSE OCUPACIONAL: uma revisão bibliográfica sobre o adoecimento mental na docência JOÃO PESSOA- PB  Investigar os fatores estressores que afetam os professores em seu ambiente de trabalho e as implicações destes à sua saúde.Estresse ocupacional. Docência. Profissão. Ambiente de trabalho. Fatores estressores.
7           2021 ALMEIDA, Luana M. Pinheiro; CRUZ, Erislene R. Moreira; ALEXANDRE, Thaís Brito; CARNEIRO, Stânia N. Vasconcelos; CARNEIRO, Sofia Vasconcelos; BEZERRA, Milena de H. Oliveira; MAIA, Anice H. Nunes; CÂMARA, Cândida Maria FariasSaúde mental docente: um olhar para o profissional da rede pública de ensino    Pesquisa de Campo para análise dos impactos da prática docente na saúde mental do professor da rede pública de ensino do interior do Ceará.   Saúde mental. Docente. Rede pública de ensino.
  8              2021 VASCONCELOS, Iana & LIMA DE, Rita de LourdesTrabalho e saúde-adoecimento de docentes em universidades públicasRevisão de literatura e pesquisa de campo com 16 assistentes sociais docentes, a fim de analisa os influxos do trabalho na saúde dos(as) docentes.Trabalho. Saúde do trabalhador. Educação Superior.
9           2021 PRADO, Cristina Oliveira de Araújo  Adoecimento escolar – a saúde física e mental dos professores do ensino fundamental IAnalisar a relação entre o adoecimento do professor e o processo de ensino.Saúde docente. Ensino. Adoecimento.  Saúde Ocupacional
10          2021 CRUZ, Carolinne Teodoro; LIMA DE, Sofia Santos.Adoecimento mental em professores de escolas públicas do Distrito FederalEstudo transversal do sofrimento mental com 262 professores do ensino público da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.Depressão; Ansiedade; Saúde do trabalhador; Professores; Condições de trabalho.
11               2022 CHAVES, Francisco Gilmar da Silva; SOUZA, Bertulino José; MIRANDA, Lucas Vialli Batista Algo a ensinar e a aprender: o sofrimento psíquico e a saúde mental de educadores no Alto Oeste Potiguar.Identificar a existência de danos e fatores de impacto na saúde dos profissionais.Sofrimento Psíquico; Saúde Mental; Educadores; Alto Oeste Potiguar. Representações Sociais.
  12 2022 LUZ, Lucinéia Antunes  de Mello; KAEFER, Carin Otilia.  A saúde mental dos professores da rede pública que atuam no ensino médio: uma contribuição do fazer da psicologia.Saúde mental dos professores da rede pública de ensino médio.Saúde docente. Trabalho. Ambiente escolar. Psicologia.
13  2023 VIEIRA, Camilla A. Lopes; PINHEIRO, Francisco P. H. Aragão; FURTADO, Nathan R. Ximenes; CUNHA, Esthela Sá; AGUIAR, Hellyne M. Teles; ESCÓRCIO, Geovanna Forte; ALVES, Samara Vasconcelos; ALCÂNTARA, Vírnia Ponte.Prevalência e Preditores de Transtornos Mentais Comuns entre Professores Universitários do Interior CearenseIdentificar a prevalência e os preditores dos Transtornos Mentais Comuns (TMCs) em professores universitários e analisar a percepção deles acerca do contexto de trabalho.Trabalho docente. Ensino superior. Saúde mental.
14                 2023
RAUSE, Marcia;
POSSA, Joce Daiane Borilli     
Saúde mental dos professores na contemporaneidade: impactos educacionaisAnálise de como os desafios enfrentados cotidianamente afetam a saúde mental dos professores e compreender seus impactos na qualidade do ensino.Saúde dos professores. Saúde Mental. Educadores. Educação
   15        2023 MOURA, Juliana da Silva; NUNES, Cláudio Pinto; FERREIRA, Lúcia GraciaTranstornos mentais e comportamentais em professores: influências na carreira profissional docenteElencar discussões acerca do adoecimento mental/transtornos mentais e comportamentais em professores e as consequências para a carreira docente.Desenvolvimento Profissional. Professores. Saúde Mental.

Fonte: Elaborado pelos autores. Novembro/2024.

5. DISCUSSÃO

A pesquisa foi direcionada aos tipos de adoecimentos mentais recorrentes que acometem o docente público, investigando quais os possíveis impactos da atuação do docente.

Segundo dados da pesquisa de Deffaveri et al. (2020), realizada com 200 professores da educação básica em uma cidade do norte do estado do Rio Grande do Sul, dividida em três grupos: atuação exclusiva na rede pública (n = 92; 46%), exclusiva na rede privada (n = 84; 42%) e em ambas, denominado pública/privada (n = 24; 12%), observou-se que os índices dos professores da rede pública obtiveram um maior percentual voltados ao adoecimento mental. Os dados apontaram que (66,7%) dos docentes públicos já foram afastados do trabalho por transtorno psiquiátrico com diagnóstico de transtorno depressivo maior. Quanto ao tratamento psiquiátrico (48,3%) são professores da escola pública e (17,2%) são professores pública/privada que fazem uso de psicofármacos, sendo o antidepressivo o tipo de medicamento mais utilizado (71,4% e 60%, respectivamente). A pesquisa também apresentou característica de autorrelato sobre experimentar sintomas de ansiedade, permanecendo os maiores percentuais para o docente público com (50%), comparando os dados com os professores da pública/privada (12%) já tiveram crise. Entretanto, os dados apresentados do grupo de escola privada, a maioria não teve (45,5%), experiência com sintomas de ansiedade.

Os resultados de Deffaveri et al. (2020), alinha-se com os estudos de Diehl (2016), ao mencionar um aumento no adoecimento mental na categoria do docente. Além, da revisão narrativa realizada por Penteado e Neto (2019), que relaciona sobre o ofício do professor e a contribuição para o adoecimento mental e físico da classe. No entanto, os dados da amostra dos professores de escola privada (45,5%) que não tiveram experiência com sintomas de ansiedade, contrária às informações levantadas durante a realização da pesquisa. Uma possível explicação para o percentual de (45,5%) de professores sem vivência com sintomas relacionados à ansiedade, pode ter ligação com vínculo empregatício dos professores de escola privada nas respostas do autorrelato.

Na amostra estudada por Deffaveri et al. (2020) e o resultado relacionado aos docentes públicos (66,7%) no quesito de afastamento do trabalho por transtorno psiquiátrico com diagnóstico de transtorno depressivo maior, que segundo o DSM-5 (2014 p. 206/207), aponta alguns sintomas vinculados ao referido transtorno, como: humor deprimido, Insônia ou fadiga, perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades, mudanças no apetite, diminuição de energia, sentimentos de desvalia ou culpa, dificuldade para pensar, concentrar-se ou tomar decisões, entre outros. Estes sintomas corroboram com os estudos apontados em várias pesquisas deste artigo, na relação do adoecimento do docente público e a depressão (Botega et.al.; Costa et al., 2019; Cruz et al.; Vasconcelos et. al, 2021; Deffaveri et al.; Oliveira, 2020; LUZ et al. 2022; Moura et al., 2023; Vieira et al., 2023).

A pesquisa realizada por Costa e Silva (2019), mencionou dados anteriores ao recorte temporal desta pesquisa, do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que realizou uma pesquisa em 2010 para investigar a saúde dos professores da rede pública estadual. Os resultados mostraram que, em 2009, mais de 40% desses profissionais apresentaram sintomas depressivos (29%) e ansiosos (23%). Também foi citada uma pesquisa de Baldaçara, Silva, Castro e Santos (2015), a qual avaliou a ocorrência de adoecimento mental entre professores da rede pública de Palmas (TO), onde utilizando o SQR-20, constatou-se que, entre 109 professores analisados, 54 (49,5%) apresentavam indícios de Adoecimento mental. Os dados encontrados sustentam a revisão realizada no mesmo intervalo temporal, por Diehl e Marin (2016), os quais destacam que os fatores de risco para o adoecimento metal dos professores das escolas públicas atraem a atenção de diversas áreas do conhecimento, a fim de serem estudadas para melhor compreensão e intervenção.

 Ainda sobre os achados da pesquisa de Costa e Silva (2019) com 105 professores do Ensino Infantil e Fundamental de uma cidade paulista, que responderam à Escala Beck (depressão e ansiedade) e a um questionário sobre satisfação no trabalho, foi possível identificar que cerca de 50% deles demonstravam níveis prejudiciais de ansiedade e/ou depressão ao processo educativo.

Outra informação relevante foi encontrada na pesquisa realizada por Moura, Nunes e Ferreira (2023), de caráter qualitativo e exploratório no município de Itapetinga-BA, a qual demonstrou que os professores enfrentam grande possibilidade de desenvolver problemas mentais mais sérios em algum momento de sua trajetória profissional. Na pesquisa foram mencionados os tipos de transtornos mentais e comportamentais que afetaram os professores desta localidade, sendo: depressão, ansiedade e estresse. 

No mesmo sentido, Cardoso, Nunes e Moura (2019) constataram em uma pesquisa realizada por meio de questionário com 20 docentes da rede pública de Medeiros Neto – Bahia, apontando que 16 destes profissionais enfrentaram problemas de saúde vinculados à sua atividade. Além das questões físicas, também foram reportados sintomas frequentes como ansiedade, depressão e estresse.

Os resultados das pesquisas de Costa e Silva (2019), Cardoso, Nunes e Moura (2019) e Moura, Nunes e Ferreira (2023), apontam uma prevalência similar de quadros de ansiedade e depressão entre os docentes da rede pública. Dados semelhantes foram mencionados em 10 de 15 estudos sobre o adoecimento mental entre os professores da rede pública (Chaves et al., Luz, 2022; Bottega, Cardoso et al., Costa, 2019; Deffaveri et al., Oliveira, 2020; Moura et al., 2023; Cruz, et al., Vasconcelos et al. 2021). Estes resultados confirmam os estudos de Penteado e Neto (2019), que vincula a prática do docente na complexidade da profissão e o aumento ao risco de adoecimento mental.

 Dentre os dados encontrados na referida pesquisa Luz (2022) e Oliveira (2020), em busca dos frequentes adoecimentos mentais dos docentes, mostraram como resultado a “Síndrome de Burnout”, unida a seus sintomas mais recorrentes, como estresse e exaustão, vinculado à sobrecarga de trabalho (Almeida et al. 2021; Campos et al., 2020).

Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL), a Síndrome de Burnout é um “distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade”. Sendo a principal causa de tal distúrbio o excesso de trabalho, envolvendo sintomas como nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas.

Em comparação com o estudo de Prado et al. (2021), no qual dez professores de cinco Escolas Municipais em Foz do Iguaçu (PR) foram entrevistados, e em relatos mencionados na pesquisa, professores expõem que durante o exercício da docência foram acometidos por cansaço físico em virtude das demasiadas horas em pé e desgaste mental devido às inúmeras funções e obrigações desempenhadas por eles. O citado relato só enfatiza o que Lira (2013), trouxe no referencial teórico deste artigo, de que a responsabilidade do docente na sociedade atual ultrapassa os limites de ensino e correção de atividades escolares, fato que afeta significativamente a condição física e mental do professor.

A pesquisa evidenciou uma lacuna significativa sobre os impactos do adoecimento mental na prática profissional dos docentes públicos, não sendo abordada em nenhum dos estudos essa temática como critério de pesquisa. Os resultados encontrados mostram uma conexão simplificada ao associarem o adoecimento mental do docente com a qualidade do ensino e o rendimento escolar, em 5 (cinco) dos 15 (quinze) artigos analisados (Bottega et al., Costa et al., 2019; Krause et al., 2023; Luz et al., 2022; Oliveira, 2020).

Outro ponto importante a ser mencionado sobre os impactos do adoecimento mental do docente público e a prática profissional, Bottega et al. (2019), associa o comprometimento na relação com os alunos. Para Krause (2023), a condução do docente impacta na construção do conhecimento de maneira envolvente e inspiradora, além da influência no desenvolvimento socioemocional dos estudantes. Os resultados encontrados corroboram com os estudos de Schuchter e Lomba (2022), que afirmam sobre a definição do docente ao se referir como uma pessoa que ensina, que forma e informa, que compartilha conhecimento, e é facilitador, estimulador, entre muitas outras definições.

Ainda sobre os achados no tocante ao adoecimento mental e a prática do docente público, Oliveira (2020), aponta sobre o desempenho das atividades do professor no ambiente escolar na forma de perda da autoridade e até rejeição, o qual vai de encontro com Ribeiro (2019), ao se referir a relevância da escola ser um ambiente saudável que promova o bem-estar para todos e a contribuição na relação professor e aluno.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos resultados obtidos, verifica-se que, nos últimos anos, os docentes têm enfrentado desafios significativos relacionados à saúde mental e ao exercício da profissão. Este estudo, além de evidenciar a condição da saúde mental dos professores nesse período, também destaca como a vivência escolar dos profissionais da rede pública se encontra intrinsecamente ligada ao seu bem-estar psicológico. Adicionalmente, a pesquisa contribui para embasar novos estudos que busquem aprofundar a compreensão dos impactos do adoecimento mental na prática docente no setor público, dado que a literatura existente apresenta lacunas importantes, limitando-se, em grande parte, a análises superficiais sobre o tema.

É essencial reconhecer a relevância da relação entre professores e alunos para o sucesso do processo educacional e para a formação social do indivíduo. Conforme argumenta Inês (2007, p. 427), “Como falar da docência deixando de lado as afeições, as afetações?”. Essa perspectiva reforça a importância das dimensões emocionais e afetivas no cotidiano escolar.

Conclui-se, portanto, que é imprescindível assegurar aos educadores da rede pública de ensino acesso a serviços de apoio psicológico. Essa medida visa prevenir, proteger e promover o bem-estar mental e emocional desses profissionais, resultando, por consequência, em impactos positivos no ambiente escolar e na comunidade educacional de forma mais ampla.

REFERÊNCIAS

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[1] Acadêmica do curso de Psicologia da Faculdade UNINASSAU/Palmas TO. E-mail: biancademelobraga@gmail.com

[2] Acadêmica do curso de Psicologia da Faculdade UNINASSAU/Palmas TO. E-mail: damatagiseli@gmail.com

[3] Acadêmica do curso de Psicologia da Faculdade UNINASSAU/Palmas TO. E-mail: whatina2@gmail.com

[4] Professora orientadora Ms. em Psicologia (UFRN), Doutoranda em Educação (UEL) E-mail: elisamagalhaes@ifto.edu.br