ADERÊNCIA E URGÊNCIA DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NO PÚBLICO IDOSO: UMA INVESTIGAÇÃO NARRATIVA DO CENÁRIO PÓS PANDÊMICO

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11509278


Leonardo Queiroz Botta
Sâmilla Larisse Santos Sousa
Orientador: Prof.Ms. Alyson Felipe Da Costa Sena


RESUMO

O mundo viveu uma crise humanitária nos anos de 2019 a 2022 com a chegada da pandemia de COVID-19, tendo em vista seu público mais afetado, os idosos, pois a maioria tendo sua vida mais aliada ao sedentarismo e outras comorbidades que acompanha o processo do envelhecimento. Com base nisso, trouxe o isolamento social por vários meses os deixando ainda mais incapacitados de prática de exercícios físicos, sendo assim o comportamento sedentário se destacou mais na vida destes os deixando ainda mais expostos e refém do vírus e seus avassaladores sintomas. Diante disso, a demanda dos cuidados e a procura pela prática de exercícios físicos tiveram uma grande procura, buscando adotar medidas para que o envelhecimento natural flua de forma mais saudável possível, aumentando a qualidade de vida destes sujeitos. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo investigar como o exercício físico pode reverter os principais malefícios referente ao isolamento social no período pós-pandêmico. A partir dessas informações foi realizada uma revisão bibliográfica, cujo objetivo é o levantamento ou revisão de obras publicadas, consideradas afim com o tema, constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL 2002). Para a confecção desta pesquisa, foi realizada uma busca integrativa relacionadas ao tema proposto, onde a pesquisa de revisão bibliográfica teve como desejo contrastar o objetivo desta pesquisa, utilizando as bases de dados: Pubmed, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) onde grande parte dos artigos utilizados foram entre os anos de 2020 e 2024.

Palavra-chave: Idosos. Pandemia. Comportamento Sedentário. Comorbidades.

ABSTRACT

The COVID-19 pandemic, which lasted from 2019 to 2022, triggered a global humanitarian crisis. Older adults, the most affected population group, were particularly vulnerable due to their sedentary lifestyles and the presence of comorbidities associated with aging. Social isolation measures imposed during the pandemic further hindered their ability to engage in physical activity, exacerbating their sedentary behavior and increasing their exposure to the virus and its severe symptoms. Consequently, the demand for healthcare and physical activity programs surged as individuals sought ways to promote healthy aging and improve the quality of life for older adults. This study aims to investigate the potential of physical activity to mitigate the detrimental effects of social isolation during the post-pandemic period. A systematic literature review was conducted to identify and analyze published works relevant to the topic, primarily focusing on books and scientific articles (GIL 2002). The search strategy included integrative literature search techniques, and the review was conducted using the following databases: PubMed, Scientific Electronic Library Online (Scielo), and Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). The majority of the articles included in the review were published between 2020 and 2024.

Keywords: Aged. Pandemic. Sedentary Behavior. Comorbidity.

1. INTRODUÇÃO  

Entre os anos de 2019 e 2022 a humanidade vivenciou uma crise de saúde em escala global, por conta da pandemia de COVID-19, cujo público mais afetado foram os idosos, que nesta conjectura estavam aliados ao sedentarismo e diversas outras patologias (MONTEIRO et al., 2022). Com o isolamento social por vários meses, o comportamento sedentário se tornou mais evidente e os indivíduos em questão ficaram incapacitados de praticar exercícios físicos pois os setores que promovem tais atividades se mantiveram fechados em todos os países através das medidas de segurança, sendo assim grande parte da população ficou cada vez mais exposta ao vírus (SOUZA et al., 2022). 

Na contemporaneidade ocorreu o aumento da demanda de cuidados com a saúde e prática de exercícios físicos para este segmento da sociedade, tendo isso em vista, o envelhecimento é um processo que ocorre naturalmente em todo ser humano, cabendo ao mesmo adotar medidas para que este processo flua de forma mais saudável possível, pois estes sujeitos reduzem suas capacidades funcionais (LOUREIRO et al., 2022). 

A promoção do bem-estar na velhice é um dos objetivos das políticas de saúde, o que indica que ao seguir essas diretrizes a expectativa de vida da população pode se elevar. De acordo com dados do IBGE, em 2019 a média de vida dos brasileiros era de 76 anos, em 2020 esse número aumentou para 73,1 anos para os homens e 80,1 para as mulheres. Dessa forma, os idosos serão cada vez mais beneficiados com a melhoria da sua qualidade de vida, garantindo que a prática de atividades físicas seja aliada a esse processo (SOUZA et al., 2022).

No Brasil (IBGE, 2019), houve um aumento significativo na expectativa de vida do público idoso, que até 2055 o número de pessoas com mais de 60 anos poderá superar o de brasileiros com até 29 anos, devido a isso, só fortaleceu a eficácia da prática de exercício físico no cenário pós pandêmico, pois os mesmos sabem que através do exercício físico, só ocorrerá benefícios, como melhora na funcionalidade cardiovascular, fortalecimento dos músculos, um bom desempenho cognitivo, melhora do equilíbrio e da coordenação motora (DO NASCIMENTO et al .,2023). 

O cenário pós pandemia em relação aos idosos deixou sequelas, depressão, ansiedade, pânico dentre outros, sabendo-se que aulas coletivas em ambientes abertos, com diversidades podem trazer resultados positivos para o bem-estar dessa pessoa, diminuindo estresse, preocupações, naquele momento torna uma ocupação em sua mente tirando o foco apenas do medo das sequelas deixada pela COVID-19. Partindo desta contextualização, surge a seguinte problematização, “quais os parâmetros atuais relativos à prática de exercício físico para idosos, no cenário pós pandemia?” e para tal, o presente estudo tem como objetivo geral investigar as repercussões da pandemia nos novos parâmetros de prática de exercício físico para idosos no período pós-pandêmico.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Tipo de Estudo

Esta pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura, cujo objetivo é o levantamento ou revisão de obras publicadas, consideradas afim com o tema, constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL 2002). Para a confecção desta pesquisa, foi realizada uma busca integrativa relacionadas ao tema proposto, onde a pesquisa de revisão bibliográfica teve como desejo contrastar o objetivo desta pesquisa, utilizando as bases de dados: Pubmed, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) onde grande parte dos artigos utilizados foram entre os anos de 2020 e 2024.

2.2 Estratégia de Busca

Segue abaixo o modelo de estratégia de busca adotado através do método PEDro, nas bases de dados citadas no quadro 1. 

Quadro 1: Bases Pesquisadas, termos e entretermos.

Bases pesquisadas Termos e entretermos 
Scielo“Exercise” OR “Exercises” OR “Exercise, Physical ““elderly people and physical exercise”“Practice” AND”“Post Pandemic”“COVID 19” OR “SARS-COV-2” OR “Pandemic”
Pubmed
BVS
 

Fonte: Autores (2024)

2.3 Análise de dados

Durante a coleta de dados dos artigos, buscaram-se determinadas informações, tais como os critérios de inclusão adotados no estudo, os grupos de intervenção e controle, as técnicas de intervenção empregadas e os resultados mais significativos obtidos. Dois avaliadores analisaram separadamente a qualidade metodológica dos artigos selecionados, utilizando critérios estabelecidos de acordo com a escala de PEDro.

Quadro 2: Resultados das buscas nos artigos selecionados nas bases de dados adotadas

ArtigosAutores/Ano/País/RevistaObjetivosDesenho/AmostraResultados
01GOMES, L. de O.; COSTA, A. L. P. F.; FERREIRA, W. A. S. L. COSTA, A. C. C.; RODRIGUES, G. de M.; PEDRA, E. C. de P.; LIMA, A. L.; MORAIS, C. F. Brasil. Revista Kairós-Gerontologia, [S. l.], v. 23, p. 09–28, 2020conhecer as opiniões de um grupo de 67 idosos que, anteriormente à pandemia da COVID-19, foram atendidos em ambulatórios de geriatria da universidade.Ensaio clínico com 67 participantes.Mencionaram sentimentos de angústia, medo, impaciente e sentimento de esperança, fé, paz.
02Angela Theresa Zuffo Yabrude, Andressa Caroline Martins de Souza, Catarine Wiggers de Campos, Loyse Bohn, Marcela TiboniCombater fake news e estimular a criação de canais de comunicação confiáveis com essa população. Relato de experiência com 13% da população idosa.Ainda há baixa interpretação crítica de informações, dificuldade de acompanhar o fluxo de notícias e pouca habilidade com ferramentas da internet
03Joel Saraiva Ferreira, Rafael Presotto Vicente Cruz, Tayla Campagna de Assis, Rodolfo André Dellagranaavaliar a associação entre indicadores de comportamento sedentário e variáveis sociodemográficas em adultos e idosos de Campo Grande/MS, durante o período de vigência das medidas de distanciamento social para conter a pandemia de COVID-19 no ano de 2020.Uso de formulário online distribuído via aplicativo.A maioria dos participantes excedeu o valor considerado adequado à saúde para o tempo de tela (86,7%),
04DE SOUZA, Elenilton Correia et al. Impactos do isolamento social na funcionalidade de idosos durante a pandemia da COVID-19: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 10, n. 10, p. e498101018895-e498101018895, 2021.Essa revisão teve como objetivo responder a seguinte pergunta: Quais os impactos do isolamento social da covid 19 na funcionalidade dos idosos?Revisão integrativa com 42 artigos coletados lidos na integra, sendo que 7 foram incluídos na análise finalO isolamento social teve implicações psicológicas, comportamento sedentário e redução da funcionalidade nos idosos.
05Possamai, V. D., Cardoso da Silva, P., Albo da Silva, W., Sant´Helena, D. P., P., Griebler, E.M. Vargas, G. G. de, Martins, V., & Gonçalves, A. K. (2020). Revista Kairós-Gerontologia, 23, 77–98.Avaliar a adesão, a percepção sobre distanciamento social e o papel da atividade física em idosos de um programa de extensão universitária com atividades remotas durante a pandemia de COVID-19.A amostra foi composta por 60 participantes com média de idade 71,3 anos.Adesão dos participantes às aulas, percepções ambivalentes sobre o distanciamento e a importância da atividade física quanto aos aspectos sociais e físicos.
06Rosa Maria Rodrigues Marques, Denise Machado Duran Gutierrez, Ewerton Helder Bentes de Castroanalisar as produções científicas nacionais e internacionais sobre o autocuidado de idosos no contexto da pandemia da covid-19.Revisão integrativa de literatura, com 23 estudos coletados.A pandemia impactou o autocuidado dos idosos, causando problemas no bem-estar psicológico e na saúde mental deles e dificultou a realização de atividades diárias.
07Gabriel Chagas Brandão de Morais, Guilherme Ávila Abrahão Reis, José Felippe Pinho da SilvaAnalisar o grau do comprometimento da capacidade funcional dos idosos em isolamento durante a pandemia por Coronavírus e refletir sobre os principais impactos nos serviços públicos de saúdeEstudo observacional transversal de forma 100% virtualOs resultados indicaram que houve diferença significativa no escore da Escala de Lawton entre: quem possuía e não possuía alguma doença crônica; quem trabalha e quem não; quem cumpriu totalmente e quem cumpriu parcialmente o isolamento social; quem teve e quem não teve dificuldades em manter os cuidados coma saúde durante o período de isolamento.
08UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin et al. Saúde do Idoso no Pós-Pandemia: Estratégias de Enfrentamento. Enfermagem gerontológica no cuidado do idoso em tempos da COVID, v. 19, p. 158-165, 2021.Refletir sobre a saúde do idoso no período pós-pandemia e propor estratégias de enfrentamento.Texto teórico reflexivo embasado em documentos oficiais e literatura científica nacional e internacional que discorre sobre a saúde do idoso e propõe estratégias de enfrentamento. Os efeitos da pandemia dependerão dos cuidados realizados com a saúde da população idosa e da assistência recebida dosprofissionais de saúde nesse período
09Amancio, A. V. M., & Pereira, G. P. (2023). Avaliação da qualidade de vida de idosos participantes de um programa de exercícios multimodais pós-isolamento social.analisar se a aplicação de um programa de exercícios multimodais é eficaz na qualidade de vida em idosos impactados pelo envelhecimento e pelo isolamento social durante a pandemia de COVID-19.14 voluntários, sendo 3 homens e 11 mulheres, com uma idade média de 70 anos, por formulários. Não houve uma diferença significativa entre pré e pós-intervenção, em nenhum dos 8 domínios da SF-36
10Caberlon, I. C., Caberlon, I. C., Lana, L. D., Silva, M. C. S., Paskulin, L. M. G., & Rosa, L. G. F. (2021). Importância do Envelhecimento saudável como Política Pública no Pós-Pandemia da covid-19. Enfermagem gerontológica no cuidado do idoso em tempos da COVID, 19.Refletir sobre a importância do envelhecimento saudável como política pública de cuidado à população no pós-pandemia da COVID-19, indicando desafios e legados.Estudo teórico-reflexivo parte das políticas públicas voltadas ao envelhecimento ativo.Ainda permanecem as questões socioeconômicas, as desigualdades locais, regionais,estaduais, as síndromes geriátricas, a tripla carga de doenças, os cuidados no domicílio e a violência

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados desta pesquisa estão distribuídos por ordem cronológica e pelos respectivos dados: autor, ano, país e revista, objetivo, desenho/amostra, resultados. Os dados desta pesquisa em questão resultaram na análise de 10 artigos escolhidos.

Após o impacto devastador na vida de pessoas de todas as idades com a pandemia de covid-19, o impacto no público idoso foi particularmente preocupante. O isolamento social, o medo do contágio e a interrupção das rotinas regulares de atividade física contribuíram para um declínio geral na saúde física e mental dessa população (Fernandes et al., 2021; Silva et al., 2022; World Health Organization, 2020).

Com a pandemia e seus impactos à saúde e qualidade de vida. De acordo com (Gomes et al.,) foi realizado uma pesquisa de estudo descritivo transversal com abordagem quanti-qualitativa, onde foi proposto um questionário acerca do isolamento social, antes, durante e às expectativas pós pandemia, os critérios de inclusão foi obtido com idosos acima de 60 anos, onde atenderam às chamadas telefônicas, e que apresentaram o estado cognitivo normal acerca do entendimento das perguntas do questionário, e os critérios de exclusão foram pautados por não conseguirem atender o questionário ou por motivo de recusa. 

Diante disso (Gomes et al.,), utilizou um questionário baseado em aproximadamente 11 questões, com perguntando de rápida resposta utilizando (sim/não), e perguntas em que o indivíduo situa-se sua qualidade de vida, no momento atual, no período pandêmico, e após esse período, participaram da pesquisa 67 pessoas , com a média de idade de 60 a 96 anos, sendo a maior parte do sexo feminino (74,6), e os demais do sexo masculino (25,4), entre os participantes (89,6) estavam respeitando a quarentena, já os demais tiveram alguns sintomas, devido a quarentena em uma parte do grupo de entrevistado, mencionaram sentimentos de angustia, medo, impaciente, já outra parte se mostram bastante positivos em relação ao cenário pós pandêmico com sentimento de esperança, fé, paz. 

De acordo com (LOPES et al., 2023) que buscou compreender o processo de autocuidado dos idosos da comunidade em meio a pandemia, foi realizado um estudo explicativo de abordagem qualitativa, onde foi realizado o protocolo COREQ, que buscou aperfeiçoar os resultados da pesquisa proposta.

A pesquisa desenvolvida, foi realizada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS contou com a participação de 18 idosos, onde os critérios de inclusão eram pautados em os indivíduos possuir idade igual ou superior a 60 anos e estar cadastrado na UBS, já os critérios de exclusão se basearam em apresentar a função cognitiva alterada segundo o Miniexame do Estado Mental (MEEM).

Entre os 18 idosos, inicialmente a pesquisa foi realizada com 08 indivíduos, dos quais relataram que a pandemia gerou impactos negativos, onde afetou sua rotina e sua autonomia, sendo assim a caracterização da pesquisa foi pautada em vários aspectos, como, idade, sexo, estado civil entre outros fatores, dos 18 idosos, 15 já possuíam comorbidades pré-existentes, pois que na quarentena esse estado pode ter sido agravado pelo sedentarismo

Foi ressaltado as medidas de autocuidado que idosos tiveram que adotar, como questão de higiene e convívio social, essas medidas chegaram em alguns idosos, em outros não (LOPES et al., 2023) afirmou os impactos causados pela pandemia de covid-19 por parte dos idosos demonstraram ter medo, e outras experiências como desânimo, solidão, já os idosos que vivem sozinhos, ficaram incapacitados de fazer suas atividades diárias que permitem seu convívio social.  

Mediante ao isolamento social e os seus impactos (YABRUDE et al.,) realizou um estudo, de característica observacional descritivo e retrospectivo, com o objetivo da promoção da saúde pública e o combate das fake news chegadas ao público idoso em relação a covid-19, com o intuito de contribuir com esse público através de informações fidedignas e confiáveis sobre a covid-19.

O Estudo contou com a participação de 119 acadêmicos do curso de medicina e 375 idosos, onde foi criado um canal de comunicação entre os acadêmicos e os idosos, a fim e compartilhar informações verídicas acerca da pandemia e como combater as fakes news, os conteúdos criados e compartilhados foi realizado com bases de referências, a OMS e o MS (YABRUDE et al.,).

Foi observado que com relação a infâmia e a vulnerabilidade por parte dos idosos gerou impactos psicológicos ocasionado por diversas informações sem nexos, as chamadas fake news, onde gerou uma sobrecarga emocional, deixando-os mais ansiosos e deprimidos, o contato entre os idosos e os acadêmicos responsáveis pela pesquisa, foi de fato positivo, onde ocorreu a instrução para os idosos com conhecimentos compartilhado e o seu respectivo embasamento teórico, a vista que buscou minimizar a exposição de falsas notícias, instruindo esse público as formas corretas de buscar informações válidas acerca da navegação na internet.

Relacionado de como foi a pandemia e seu processo, principalmente em relação com a internet e a propagação de informações.(KITAMURA et al.,2021) analisou o processo da infodemia e o acesso dos idosos em meio as mídias sociais relacionado a fatores associados a alterações psicopatológicas, onde se tratou de um Estudo transversal, realizado por web-based survey, com a população de 60 anos ou mais, residente em Juiz de Fora, município do interior de Minas Gerais, Brasil, que disseram possuir acesso às mídias sociais e e-mail e/ou telefone, e com habilidade para responder o questionário utilizando as mídias digitais ou mesmo o telefone. 

O objetivo principal do estudo foi analisar o perfil sociodemográfico e repercussões da infodemia de covid-19 nas alterações psicopatológicas em idosos com acesso a mídias digitais, foi realizado um questionário eletrônico que foi enviado por e-mail e pelas redes sociais, Considerou-se como critérios para inclusão no estudo ter 60 anos ou mais e acesso a mídias digitais, já para exclusão, declarar não possuir habilidade para responder o questionário utilizando as mídias digitais ou mesmo pelo telefone.

Foram coletados vários dados demográficos e socioeconômico, além dos dados que se refere à maneira de exposição das informações sobre a covid-19, os dados coletados foram submetidos à análise exploratória visando obter estatísticas descritivas dos indicadores sociodemográficos e das variáveis relacionadas à infodemia.

Através disso, foram recebidos 517 questionários, no que se refere à exposição diária às notícias e informações sobre covid-19, foram divididas as horas que respectivamente faziam exposição de notícias como tv, rádio, redes sociais, sobre o impacto autopercebido das informações sobre a covid-19 a maior parte dos idosos respondeu que não se sentia afetado pelas informações veiculadas nas redes sociais (58,2%) e no rádio (70%). 

A avaliação das consequências das notícias relacionadas à covid-19, como o aumento de casos, óbitos, temores em torno da doença, conteúdo visual, material falso e sua disseminação em diversas plataformas de comunicação (redes sociais, TV e rádio), despertou nos idosos um misto de conscientização, apreensão, estresse e ansiedade. O excesso de informações conflitantes e a falta de uniformidade nos posicionamentos das autoridades diante da pandemia contribuíram para um cenário de insegurança e temor generalizado. A infodemia pode acarretar consequências negativas à saúde e às relações sociais dos idosos, afetando especialmente aqueles com menor escolaridade e renda, ou seja, os mais vulneráveis.

Desde que declarado a pandemia e o isolamento social, ao passar dos meses de quarentena, o comportamento sedentário se tornou de extrema evidência, pois os setores que forneciam atividades relacionadas a qualidade de vida se mantiveram fechados, (FERREIRA et al.,2021) realizou um estudo sobre o comportamento sedentário de adultos e idosos durante a pandemia de covid-19.

A pesquisa se tratou de um estudo transversal e com análise quantitativa de dados, integra e pesquisa, foi realizada para avaliar a associação entre os indicadores de comportamento sedentário e variáveis sociodemográficas em adultos e idosos de Campo Grande/MS durante o isolamento social para conter a pandemia de covid-19, no ano de 2020.

Devido a isso, a coleta de informação de dados sociodemográficos, ocorreu por meio de formulário online vinculado ao Google Forms, das 2113 pessoas, restaram 1907 formulários com respostas completas e válidas para as análises estatísticas, onde foram apresentadas diferentes condições aos indicadores do comportamento sedentário.

Foi apresentado dados significativos com os indicadores de comportamento sedentário, onde os idosos tiveram menor proporção em relação ao tempo de tela excessiva, comparado com jovens e adultos, diante disto a rotina da população investigada foi alterada pela pandemia de covid-19 e o isolamento social, onde tornou os indicadores de comportamento sedentário elevados, principalmente sobre o tempo de tela.

Sabendo que através do envelhecimento o público idoso se torna de fato mas sensível ao meio em que vive, principalmente durante o isolamento social (DE SOUZA et al.,) Buscou compreender através de seu estudo os impactos do isolamento social na funcionalidade de idosos durante a pandemia de covid-19, onde trata-se de uma revisão integrativa a fim de reunir e sintetizar resultados de forma ampla, sistemática e ordenada, permitindo a compreensão completa do tema estudado (Soares et al., 2010; Ercole, 2014).

De Souza et al.,) teve como objetivo principal responder a seguinte pergunta: Quais os impactos do isolamento social da COVID-19 na funcionalidade de idosos? diante disto foram incluídos estudos realizados com idosos afetados pelo isolamento social da covid-19, que compreendessem o tema capacidades funcionais/funcionalidades e comorbidades.

Sendo assim foram encontrados 42 artigos que foram lidos na íntegra, dos quais 7 foram incluídos na análise final do estudo, foi demonstrado que o isolamento social proporciona alterações relacionadas às funções psicológicas, a medida adotada para os idosos e o público em geral teve como o intuito a proteção contra a covid-19, porém através disso pode ocasionar perdas funcionais devido à falta de atividade física e a interação social, com os achados do presente estudo, fica evidente que o isolamento social apresenta efeitos sistêmicos variados em idosos que podem levá-los aos declínios funcionais.

Para quem tinha uma vida tipicamente ativa, com o distanciamento e isolamento social, despertou o desespero nessas pessoas, com isso ( POSSAMAI et al., 2020 ) realizou um estudo qualitativo e quantitativo, observacional e transversal, realizado a partir de um programa de extensão universitária com idos ao qual estava em andamento e se adaptou a pandemia, sendo um programa desenvolvido em uma universidade federal do rio grande do sul, onde tem como objetivo proporcionar saúde e lazer e atividade física para idosos.

Um programa voltado à promoção da saúde que através da pandemia teve que se readaptar para um formato de aulas remoto, desse modo um programa foi estruturado para que os indivíduos manterem suas capacidades físicas como, força muscular, flexibilidade, equilíbrio corporal entre outros.

De acordo com ( POSSAMAI et al., 2020 ) foram desenvolvidas aulas semanais, através de algumas semanas os participantes foram convidados a participar de uma pesquisa Os critérios de inclusão foram: estar ativo no CELARI (Centro de Estudos de Lazer e Atividade Física do Idoso) nos anos de 2019 e 2020, estar acompanhando ou participando das aulas remotas; critério de exclusão: não responder ao instrumento da pesquisa, ao todo 60 idosos participaram da pesquisa composta por um questionário de autopreenchimento.

Uma pesquisa feita em São Paulo revelou que a idade está fortemente ligada ao uso da internet, sendo menos comum entre indivíduos com 60 anos ou mais, juntamente com fatores como classe social e nível de educação. No entanto, os idosos estão cada vez mais interessados em se integrar no uso das tecnologias digitais (Senne, 2019; Blank, Graham, Calvino, 2018; Frias et al., 2011).

Os resultados das pesquisas foram divididos por categorias como adaptação, angústia, aprisionamento, falta de convívio social e apoio familiar e ocupação ao tempo, de maneira geral, a grande parte dos participantes foram do sexo feminino, sendo assim, a tecnologia em meio a pandemia serviu de forma positiva, onde permitiram que os idosos mantivessem contatos com amigos e familiares, acessando recursos que atendem sua necessidade as suas necessidades físicas, sociais e mentais.

À medida que estava a pandemia, se ressaltam bastante os processos de autocuidado, sendo assim (MARQUES et al.,2023) realizou um estudo com o objetivo analisar as produções nacionais e internacionais sobre o autocuidado de idosos no contexto da pandemia de covid-19.

Com o intuito de resposta do devido estudo realizou-se uma revisão integrativa de literatura acerca do tema proposto, onde foi dividida em 6 etapas, 1- elaboração da pergunta norteadora , 2-busca ou amostragem na literatura, 3-coleta de dados, 4-análise crítica dos estudos incluídos, 5-discussão dos resultados, 6- apresentação da revisão integrativa, a partir daí foram selecionados 23 artigos para a leitura na íntegra, após esse processo, optou pela exclusão de 11 estudos que não atendiam ao objetivo da pesquisa.

Os artigos revisados trazem propostas positivas e norteadoras para guiar profissionais de saúde na elaboração de práticas de autocuidado de forma sistematizada para atender as necessidades dos idosos. (Bezerra et al.,2020) Ressalta a importância da atividade física, a nutrição, qualidade de sono, exposição ao sol, saúde mental e espiritualidade como aspectos fundamentais como forma de autocuidado para que o indivíduo tenha uma qualidade de vida melhor em meio ao contexto pandêmico. 

Os estudos realizados por (MARQUES et al.,2023), constatou pesquisas nos variados idiomas, e ressaltou os impactos causados pela pandemia que afetaram o bem-estar psicológico e a saúde mental com aumentos de sintomas de ansiedade, depressão e estresse, seja de forma direta como indireta, os estudos revisados trazem algumas recomendações de estratégias que auxiliam no autocuidado dos idosos durante e após a pandemia.

Com o processo de envelhecimento, que ocorre de forma natural, pois de fato grande parte do público idoso tem suas capacidades funcionais diminuídas, principalmente durante o isolamento social no qual ficaram incapacitado de realizarem suas atividades, seja ela física ou de sua rotina diária (ARAUJO et al.,2021).

Diante disto (DE MORAIS et al.,2022) realizou um estudo, que teve como objetivo, analisar o grau de comprometimento da capacidade funcional dos idosos em isolamento durante a pandemia de covid-19, se trata de um estudo observacional, transversal.

A pesquisa foi realizada por meio de questionários online respondido diante aos critérios de inclusão e de exclusão, onde os critérios de inclusão da pesquisa foram : indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos de idade residente na cidade de Belo Horizonte que tenha aderido ao isolamento social, foram excluída pessoas que não alcançaram a pontuação adequada no mini mental adaptado, pacientes acamados, aqueles que não preencheram o questionário em sua totalidade, e os que contraíram a covid-19.

Participaram 210 indivíduos, sendo 140 (66,7%) mulheres e 70 (33,7% homens). A média de idade dos participantes foi de 67 anos. Dentre os participantes, 120(57,1%) apresentavam alguma doença crônica, sendo que a mais prevalente foi a Hipertensão arterial sistêmica, com 64 indivíduos Ainda, 49 (23,4%)indivíduos da amostra eram tabagistas ativos, 79(38%)moravam sozinhos e 95(45,2%) ainda trabalhavam.

Entre os resultados observados foi evidenciada uma diferença significativa no escore na escala de lawton entre quem possui e quem não possui doença crônica, houve diferença entre quem trabalha e quem não trabalha entre outros resultados que a pesquisa conseguiu distinguir.

Sendo assim (DE MORAIS et al.,2022) ressaltou o estabelecimento de programas que levem a pessoa idosa a ter cuidados com a saúde diante ao isolamento social, e políticas públicas com o objetivo de restabelecer a capacidade funcional da população estudada. 

O período pós pandemia no público idoso gerou várias dúvidas, e como eles poderiam enfrentar esse novo período, sendo assim (UNICOVSKY et al.,2021) realizou um estudo com o intuito de refletir sobre a saúde dos idosos no período pós pandemia e propor estratégias de enfrentamento, onde tratou-se de um texto reflexivo embasado em documento oficiais e na literatura científica nacional e internacional que discorre sobre a saúde dos idosos e propõe estratégias de enfrentamento.

A pesquisa foi dividida em tópicos dos quais, políticas públicas de atenção à saúde do idoso, efeito na saúde do idoso no período pós pandemia e estratégias de enfrentamento. Diante as políticas públicas ressaltou a lei instituída em 1994, lei 8842/94, relacionada à saúde do idoso, promulgando a Política Nacional do Idoso (PNI) que teve como propósito assegurar os direitos da população idosa por meio da criação de condições para promover sua autonomia, integração e participação na sociedade, dentre outras políticas públicas relacionada à saúde e bem-estar do idoso na pesquisa.

Em meio os efeitos na saúde do idoso no período pós pandemia, mediante ao isolamento social houve-se a necessidade da assistência dos profissionais de saúde nesse período, onde os idosos que realizaram exercícios físicos adaptados, e tiveram suas atividades diárias ativas, vivenciaram menores impactos no período pós pandemia

Mediante a isso (UNICOVSKY et al.,2021) ressalta que entre várias preocupações relacionadas à saúde do idoso decorrentes da COVID-19 após a pandemia, a saúde mental ganha relevância. É importante acrescentar que os idosos podem sofrer consequências psicológicas e sociais em vários níveis de intensidade e gravidade, sendo assim deve-se ter sempre um olhar especial, quando se trata do respectivo público.

Dentre as estratégias de enfrentamento, cabe ao idoso procurar alternativas que faça seguir seu processo de envelhecimento de maneira mais saudável, dependendo de vários aspectos como uma alimentação saudável, prática regular de exercícios físicos, estimulação mental e acompanhamento por parte dos profissionais de saúde. Diante desta grande mudança no meio que vivemos, cabe ao ser humano se adaptar e buscar estratégias que tragam uma longevidade e qualidade de vida para destes. 

Através do estudo reflexivo de (UNICOVSKY et al.,2021), onde foi descritivo sobre a saúde e bem-estar do público idoso em questão da pós pandemia, (AMANCIO et al.,2023) teve como objetivo em seu estudo, analisar de forma qualitativa se a aplicação de um programa de exercício multimodais é eficaz para a melhora da qualidade de vida em idosos impactados pelo isolamento social durante a pandemia de covid-19. A pesquisa utilizou a versão brasileira do questionário SF-36 sobre qualidade de vida. O estudo passou pela análise da Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia e os participantes concordaram por escrito com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. No total, 14 voluntários integraram a pesquisa, composta por 3 homens e 11 mulheres, com idades variando entre 60 e 87 anos, com média de 70 anos.

Os critérios de elegibilidade incluíam idade, sendo necessário que os voluntários tivessem mais de 60 anos; nenhuma lesão grave ou fratura de tecidos moles, bem como qualquer distúrbio cardiovascular, respiratório ou cognitivo que impedisse a realização das atividades. Os pacientes com idade inferior a 60 anos foram excluídos dos estudos por causa de qualquer condição médica aguda ou crônica que os impedisse de participar do estudo, bem como por não assinar o termo de consentimento livre e esclarecido.

A intervenção foi realizada através de um programa de exercícios multimodais que consistiam em 5 componentes, exercícios de aquecimento, exercícios de força, exercícios de equilíbrio, exercícios de coordenação e exercícios respiratórios, o programa de exercícios multimodais foi aplicado preferencialmente por trabalhar vários sistemas, portanto os idosos no processo de envelhecimento sofrem com mudanças fisiológicas no corpo trazendo mais dependências físicas no cotidiano. 

Os resultados mostraram que a prática de atividade física está diretamente ligada à melhoria da saúde física e mental, bem-estar e autoestima. Portanto, podemos inferir os resultados deste estudo com os da literatura anterior. Devido a isso, afirma-se nos trinta e três estudos, o domínio de saúde mental foi o segundo que apresentou os resultados mais significativos de pré-intervenção para pós-intervenção, passando de 84,6 para 90,6. Isso indica que a saúde mental geral dos voluntários foi melhorada.

Entretanto verificou importante melhora nos domínios pós-intervenção, principalmente no que se avalia em média, diante disso traz-se necessário mais estudos nessa temática para avaliar se um programa de exercícios pode provocar uma alteração significativa na percepção de qualidade de vida relacionada à saúde em idosos.

O período pós pandemia, incentivou os indivíduos a buscarem hábitos mais saudáveis, (CABERLON et al.,2021) buscou refletir sobre a importância do envelhecimento saudável como uma política pública de cuidado a população nos pós pandemia de covid-19 sendo um estudo teórico-reflexivo, onde explora desafios e avanços no cuidado contínuo e humanizado às pessoas idosas e os legados após a pandemia.

Os temas abordados por parte da pesquisa foram o envelhecimento ativo e políticas públicas relacionadas; desafios e legados no pós-pandemia na perspectiva do envelhecimento saudável, sendo respectivo a políticas públicas, no artigo são citadas as já existentes e promove propostas para que novas se apresentem de acordo com suas necessidades.

Sobre os desafios e legados no cuidado pós pandemia na perspectiva do envelhecimento ativo (CABERLON et al.,2021) ressaltou sobre os novos aprendizados que o público idoso passou a ter relacionado a tecnologia e seus recursos, além de observar que política de envelhecimento saudável é um investimento em longo prazo, proporcionando às pessoas que mantenham a capacidade funcional pelo maior tempo possível.

A partir disso, a pandemia e o isolamento social aumentaram de forma expressiva essa população em meio a navegação na internet, dificultando o controle sobre as informações repassadas para este público. Sendo assim, foi incentivado por meios dos canais de comunicação e redes sociais, o combate a notícias falsas através da educação e do conhecimento passado pelos acadêmicos realizadores da pesquisa. Em virtude da referida pandemia, é possível verificar ainda que a população sofreu drasticamente com prejuízos causados pelo vírus, fato que diminui a qualidade de vida de muitos grupos, principalmente da população idosa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS, 1976), considera o conceito de qualidade de vida de forma ampla, envolvendo um completo estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades. Com base nesse conceito, é possível perceber uma diminuição da qualidade de vida da população, principalmente idosa, uma vez que, em um trabalho realizado por Gomes et al. (2020) onde foram realizados contatos telefônicos com 67 pacientes, verificou-se que um dos maiores desafios do Coronavírus foi convencer os idosos de que eram o principal grupo de risco para a doença. Ao ser decretado o isolamento social no país, a referida pesquisa detalhou que após o primeiro mês já eram considerados 51 (76,1%) idosos em “prisão, solidão, tristeza, ansiedade, estresse, angústia, agonia, preocupação, medo e impaciência”.

Corroborando com essas informações, Oliveira, Reis, Sampaio e Torres (2009) ressaltam que os idosos com limitações em seu ambiente físico têm cinco vezes mais chances de sofrer depressão. De acordo Fredrickson (2009) a proteção da saúde física e mental da pessoa leva em consideração a adoção de medidas contra o estresse, evitando as consequências prejudiciais destes sujeitos, e elevação de pensamentos relacionados a sentimentos de esperança, positividade e a crença de que a pessoa tem capacidade necessária para lidar com determinada situação, tendo como gatilho a confiança em si mesma.

Com base nisso, a pesquisa de Gomes et al. (2020) também mostrou que no grupo de idosos estudados, 13 (19,4%) mencionaram palavras demonstrando sentimentos positivos: “fé, esperança, momento de exceção, naturalidade, paz, está bem, está cuidada, saudades”. A esperança, como sentimento positivo, é a crença que a pessoa tem de possuir capacidade necessária para lidar com determinada situação, tendo como gatilho a confiança em si mesma. Dessa forma, três (4,5%) idosos referiram sentimentos positivos intercalados com negativos, assim designados: “angústia, mas predomínio de tranquilidade; tranquilidade, mas alguns momentos de ansiedade; bem, mas preso em casa”. Verificou-se ainda que 1 (1,5%) idoso estava em estado de negação, referindo que as notícias sobre a Covid-19 eram “exagero da mídia”.

Para Pereira et al. (2006) o processo de envelhecimento saudável é visto como uma interação multidimensional entre saúde física e mental, independência na vida diária, integração social, suporte familiar e independência econômica, levando a uma boa Qualidade de Vida (QV). O autor considera que a avaliação da QV é indicadora importante da percepção da pessoa idosa em relação a sua situação de saúde, vínculo afetivo, perspectivas, medos e o modo de observar a realidade na qual está inserida (Galisteu, Facundim, Ribeiro, & Soler, 2006).

Corroborando com esses achados, o estudo Oliveira Gomes et al. (2020) destaca que quando os idosos foram questionados quanto à QV antes do início da pandemia, responderam: muito boa/boa em 55 (82,1%); e regular, em 12 (17,9%). Naquele momento, nenhum idoso considerou a QV ruim ou muito ruim. Esses idosos justificaram a QV como sendo boa/muito boa por terem: autonomia para sair e fazer atividades (exercícios físicos; visitas a filhos e netos; conversar com amigos; trabalhar sem medo; passear; ir a atividades religiosas, consultas médicas e psicológicas; receber visitas dos familiares; ter quem cuide deles na família; saúde física controlada; não faltar nada.

Com base nesses trabalhos é possível perceber que para manter um bom envelhecimento ativo no cenário pós pandêmico, são necessárias as pessoas procurarem desenvolver um bem-estar físico, social e mental, buscando sempre informações por meio de palestras, cursos, livres, panfletos, dentre outros meios, sobre como viver em sociedade. Aliando tal fato com atividades físicas, esportes, relações familiares agradáveis e cuidados adequados para a necessidade de cada um. Sabendo que é de suma importância levar em consideração a realidade de cada um para a participação dessas políticas públicas, pois inclui suas culturas, moradia, comportamentos diferentes, entre outros.

Dessa forma, a busca pelo desempenho dessas atividades no dia a dia, são parâmetros que podem contribuir de forma positiva para o controle das suas comorbidades e saúde mental. Todavia, a promoção do envelhecimento saudável e o atendimento aos idosos, especialmente aos mais frágeis ou em situação de vulnerabilidade social, são grandes desafios para o Sistema Único de Saúde (SUS) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1997).

O apoio familiar, essencial para um bom desempenho nessas atividades diárias, é fundamental para a melhoria do idoso nesse tal processo que se encontra, ajudando também na conscientização dos benefícios que o exercício físico pode proporcionar ao indivíduo. No entanto, a pandemia da COVID 19, trouxe maior impacto na busca com urgência pela prática de exercícios físicos, tornando o ambiente saudável e agradável para o maior empenho, contribuindo para uma sociedade mais ativa e saudável.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pandemia em seu contexto geral, gerou várias turbulências em meio a sociedade e na rotina diária das pessoas, sabemos que ela gerou diversos impactos na saúde de milhões de indivíduos em todo mundo, seus impactos, mentais e físicos, tanto por parte do isolamento social quando do período pós pandemia, que gerou a necessidade para as pessoas mudarem seu estilo de vida e seus hábitos.

Mediante a isso, vimos no estudo e na relação dos artigos, tanto o contexto por parte do isolamento social – quanto do período após a covid-19 – o público idoso teve que manter medidas de autocuidado em maior vigor, pois se tratava do público mais afetado, sendo assim os artigos revisados , mostraram os impactos causados na pandemia de covid-19 em meio ao isolamento social, quanto o que seria a nova adaptação, em meio essa nova realidade, diante disso o público idoso de fato se faz considerar que aderir medidas de autocuidado e de prevenção da saúde e bem estar, devem estar em primeiro lugar, fazendo o ter qualidade de vida melhor e longevidade, para assim reagir positivamente diante de qualquer circunstância relacionada à saúde. 

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