ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPEUTICO NO TRATAMENTO DE IDOSOS HIPERTENSOS NO USO DE LOSARTANA E CAPTOPRIL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10064141


José Carlos Costa de Sousa1
Raphaela Vitória Albuquerque de Oliveira1
Omero Martins Junior2


RESUMO

Introdução: A hipertensão arterial (HA) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados de pressão arterial (PA), sendo na atualidade considerada um dos mais importantes problemas de saúde pública e de maior redução da qualidade e expectativa de vida. O envelhecimento, associado a um estilo de vida inadequado, como o sedentarismo, a alimentação inadequada, o consumo de álcool, fatores hereditários e exposição a influências ambientais, pode desencadear condições de saúde como a hipertensão, assim como comorbidades em idosos. Este grupo requer atenção abrangente, sendo necessário que políticas públicas de saúde voltadas para idosos, profissionais capacitados e a família se unam para prevenir e/ou minimizar os efeitos negativos na saúde do paciente, além de fornecer orientações para o autocuidado. Objetivo: Análise do acompanhamento farmacoterapêutico no tratamento de idosos hipertensos na utilização dos medicamentos Losartana e Captopril, a partir das características farmacológicas, mecanismos de ação, interação farmacodinâmicas e associações ao uso prolongado destes medicamentos. Metodologia: Revisão bibliográfica com o enfoque nos estudos farmacológicos e a atuação destes sobre as interações farmacodinâmicas de losartana e captopril, sendo selecionados 33 artigos, entre os anos de 2018-2022. Resultados e perspectivas: Losartana e o Captopril representam, uma alternativa eficaz e geralmente segura para o tratamento da hipertensão em idosos. No entanto, a escolha da terapia deve ser personalizada, considerando as condições médicas específicas de cada paciente. O tratamento da hipertensão em idosos requer um acompanhamento farmacoterapêutico cuidadoso para garantir que o tratamento seja eficaz e seguro. A avaliação individualizada, o monitoramento constante e a comunicação aberta entre o paciente e o profissional de saúde desempenham papéis essenciais no gerenciamento eficaz dessa condição em idosos.

Palavras-chave: Hipertensão Arterial. Saúde do Idoso. Losartana. Captopril.

ABSTRACT

Introduction: Arterial hypertension (AH) is a multifactorial clinical condition characterized by high levels of blood pressure (BP), currently considered one of the most important public health problems and the greatest reduction in quality and life expectancy. Aging, associated with an inadequate lifestyle, such as a sedentary lifestyle, inadequate diet, alcohol consumption, hereditary factors and exposure to environmental influences, can trigger health conditions such as hypertension, as well as comorbidities in the elderly. This group requires comprehensive attention, and it is necessary that public health policies aimed at the elderly, trained professionals and the family come together to prevent and/or minimize negative effects on the patient’s health, in addition to providing guidance for self-care. Objective: Analysis of pharmacotherapeutic monitoring in the treatment of hypertensive elderly people using the medications Losartan and Captopril, based on pharmacological characteristics, mechanisms of action, pharmacodynamic interactions and associations with prolonged use of these medications. Methodology: Bibliographic review with a focus on pharmacological studies and their performance on the pharmacodynamic interactions of losartan and captopril, with 33 articles selected, between the years 2018-2022. Results and perspectives: Losartan and Captopril represent an effective and generally safe alternative for the treatment of hypertension in the elderly. However, the choice of therapy must be personalized, considering the specific medical conditions of each patient. Treatment of hypertension in the elderly requires careful pharmacotherapeutic monitoring to ensure that treatment is effective and safe. Individualized assessment, constant monitoring, and open communication between the patient and healthcare professional play essential roles in effectively managing this condition in the elderly.

Key-words: Arterial hypertension. Elderly Health. Losartan. Captopril.

1. INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial (HA) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados de pressão arterial (PA), sendo na atualidade considerada um dos mais importantes problemas de saúde pública e de maior redução da qualidade e expectativa de vida (SBC, 2019).

O censo realizado em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresenta um alerta em relação ao envelhecimento populacional acelerado no país, que atualmente representa 15,1% da população (SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA, 2023).

O envelhecimento, associado a um estilo de vida inadequado, como o sedentarismo, a alimentação inadequada, o consumo de álcool, fatores hereditários e exposição a influências ambientais, pode desencadear condições de saúde como a hipertensão, assim como comorbidades em idosos (MENEZES, 2019).

Estratégias de saúde direcionadas à população idosa devem garantir acesso otimizado aos serviços, visando melhorar a qualidade de vida. A assistência ao idoso deve ser integral e de alta qualidade, com foco primordial na prevenção e acesso fácil aos cuidados médicos (BRASIL, 2014; MORAES, 2018).

Doenças crônicas, como a hipertensão arterial, são responsáveis por aproximadamente 70% das mortes no Brasil. Essa condição silenciosa afeta cerca de 55% da população idosa. Diversos fatores de risco contribuem para o desenvolvimento dessa condição de saúde, sendo o diagnóstico precoce da hipertensão arterial essencial para um tratamento eficaz, incluindo intervenções farmacológicas e não farmacológicas, reduzindo hospitalizações e complicações (ANDRADE, 2018; SCHMIDT et al., 2019; SOARES et al., 2020).

Dentre as opções farmacológicas para o tratamento da hipertensão em idosos, a Losartana e o Captopril se destacam como duas alternativas amplamente utilizadas. A losartana age impedindo a ação de um hormônio chamado angiotensina II, que é um dos responsáveis pelo controle da pressão arterial. A angiotensina II estimula a contração dos vasos sanguíneos e uma maior absorção de sódio pelos rins, ações essas que resultam em elevação da pressão arterial. A ação anti-hipertensiva da losartana ocorre porque ela impede que a angiotensina II se ligue a seus receptores, chamados receptores AT1, impedindo que o hormônio exerça suas funções (PINHEIRO, 2022).

Por sua vez, o Captopril é um inibidor da ECA, que age na constrição dos vasos sanguíneos, aumentando assim a pressão arterial. O medicamento inibe ou bloqueia essa ação da ECA, ajudando a relaxar os vasos sanguíneos, agindo diretamente na redução da pressão arterial (OTSUZI, 2023);

Este trabalho visa, portanto, investigar minuciosamente o papel do acompanhamento farmacoterapêutico no tratamento de idosos hipertensos, focalizando a eficácia, a segurança e a aderência aos regimes de Losartana e Captopril.

2. METODOLOGIA

Este é um artigo de revisão bibliográfica que foi baseada em busca de dados em Bancos como: Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS); Rede de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe (REDALYC) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), o que permitiu o encontro e agrupamento de Revistas digitais especializadas no assunto como: Prevalência da hipertensão arterial e fatores associados em idosos; Organização Mundial da Saúde (OMS); Adesão ao tratamento farmacológico em idosos hipertensos: uma revisão integrada da literatura e eRevista; Interligado, com dissertações, Biblioteca Virtual em Saúde, documentos virtuais do Ministério da Saúde e livros de autores conceituados que tratam sobre estudos na área.

Os procedimentos Metodológicos se deram através da pesquisa bibliográfica, dessa forma, buscou-se na literatura, em artigos, livros e sites informações que tornassem possível conhecimento teórico da temática da pesquisa. A revisão da literatura teve como enfoque nos estudos farmacológicos e a atuação destes sobre as interações farmacodinâmicas de losartana e captopril, foram selecionados 33 artigos, entre os anos de 2013-2023.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1. Mecanismos de ação de Losartana e Captopril

A influência de medicamentos nas medições analíticas é um problema comum em contextos clínicos de laboratório. O uso de múltiplos medicamentos, além de aumentar os riscos de interações entre fármacos e alimentos, também aumenta a chance de interferência nas metodologias usadas em diferentes testes clínicos (DIMESKI, 2018; KROLL, 2018; TAVARES et al., 2018).

Esse cumprimento do regime terapêutico é afetado por vários fatores, incluindo aspectos sociais, econômicos e culturais. A automedicação e a compra de medicamentos online estão se tornando mais frequentes. A automedicação é uma forma de cuidado próprio em relação à saúde, que envolve o uso de medicamentos pelo paciente sem orientação profissional (GUIMARÃES, 2019; OBRELI-NETO et al., 2022).

O efeito causado pela presença de uma substância na amostra analisada é chamado de interferência analítica, resultando na alteração do valor correto do resultado para um dado analito (FERREIRA, 2021).

As fontes de interferência são diversas e podem ser categorizadas em interferentes endógenos e exógenos, ambos podendo influenciar os resultados laboratoriais de maneira positiva ou negativa. Interferentes positivos aumentam o valor do resultado além da concentração real do analito, enquanto interferentes negativos atuam de forma oposta (KROLL, 2018).

Compostos endógenos como hemoglobina, bilirrubina, lipídeos e proteínas, em concentrações acima dos valores normais, consistentemente interferem nos resultados laboratoriais. As principais fontes de interferência exógena incluem medicamentos, toxinas e alimentos, medicamentos administrados em doses terapêuticas, de qualquer forma, juntamente com seus metabólitos, têm uma alta probabilidade de interferir nos testes laboratoriais, afetando os reagentes ou analitos (KAZMIERCZAK, 2020; CATROU, 2021).

Assim, o farmacêutico desempenha um papel crucial ao interagir com esses pacientes, fornecendo orientação sobre o uso apropriado de medicamentos prescritos e não prescritos. Além disso, eles possuem conhecimento sobre interferências analíticas relacionadas a medicamentos, auxiliando os clínicos na interpretação precisa dos resultados analíticos e evitando a realização de exames desnecessários, contribuindo para diagnósticos mais precisos e eficientes.

3.2. Interações farmacodinâmicas

As interações farmacodinâmicas tendem a ser mais previsíveis devido ao nosso conhecimento farmacológico sobre os mecanismos de ação dos componentes ativos. Tais interações podem resultar em três principais efeitos na resposta farmacológica: aumento (sinergia), redução ou inibição (antagonismo) (HURI, 2020).

O aumento na eficácia dos agonistas pode ocorrer quando os medicamentos em questão afetam os mesmos receptores ou enzimas. Por outro lado, a redução ou bloqueio da atividade farmacológica ocorre quando há uma competição entre os medicamentos e antagonistas pelos mesmos receptores ou enzimas, sendo que os antagonistas devem ter uma afinidade maior por esses locais. Um exemplo disso é a interação entre agonistas e antagonistas adrenérgicos ou as interações que ocorrem no sistema de controle fisiológico. Nesse último caso, duas ou mais substâncias, mesmo atuando em receptores diferentes, produzem efeitos em um mesmo sistema fisiológico. Por exemplo, vasodilatadores e diuréticos, agindo por mecanismos diferentes, podem reduzir a pressão arterial. É importante notar que muitos dos efeitos colaterais de diversos medicamentos podem ser o resultado de interações farmacodinâmicas (SECOLI, 2019).

O sinergismo ocorre quando a resposta farmacológica e/ou toxicológica é maior do que a soma dos efeitos individuais de cada medicamento envolvido. Por exemplo, a combinação de epinefrina e efedrina resulta em um efeito aditivo, intensificando os estímulos adrenérgicos em comparação com a administração separada de cada substância. No entanto, também existem situações em que a interação entre medicamentos pode representar riscos, como é o caso da ingestão simultânea de Ginkgo biloba com medicamentos antiagregantes plaquetários, anticoagulantes e anti-inflamatórios não esteroidais, o que aumenta o risco de hemorragia (ISHIGURO et al.,2019).

Um antagonista fisiológico geralmente age ativando ou bloqueando um receptor que induz uma resposta fisiologicamente oposta àquela mediada pelo receptor do agonista. Por exemplo, no tratamento do hipertireoidismo, os antagonistas beta-adrenérgicos são usados como antagonistas fisiológicos para reverter o efeito de taquicardia causado pelo hormônio tireoidiano endógeno. Embora o hormônio tireoidiano não cause taquicardia por meio da ativação beta-adrenérgica, o bloqueio dessa ativação pode aliviar a taquicardia associada ao hipertireoidismo (BRUNTON, HILAL-DANDAN & KNOLMANN, 2018).

3.3. Intervenção farmacêutica adaptada ao paciente idoso

A participação do farmacêutico representa um método eficaz para aprimorar a obtenção de resultados clínicos e econômicos, abordando de maneira sistemática e documentada questões relacionadas à terapia medicamentosa. Essa abordagem é adaptada às necessidades individuais e valoriza a colaboração do paciente. No entanto, no contexto global, a contribuição da equipe multidisciplinar é fundamental (PROVIN et al., 2022).

Através da prática da Avaliação Farmacêutica (AF), o profissional pode identificar problemas relacionados ao uso de medicamentos e implementar um plano de ação e acompanhamento por meio do seguimento farmacoterapêutico. Nesse processo, o farmacêutico assume a responsabilidade pelo uso de medicamentos pelos pacientes, o que resulta em uma melhora significativa na adesão ao tratamento e, consequentemente, em resultados positivos (FOPPA et al., 2021).

O aumento da prevalência da polifarmácia complica o tratamento para os idosos, requerendo maior atenção na organização da administração e nos horários dos medicamentos, assim como uma boa memória. Isso reforça a importância do farmacêutico na sociedade, visto que ele desempenha um papel crucial ao colaborar com as equipes de saúde. Ele contribui para otimizar o uso de medicamentos, esclarecer dúvidas e evitar gastos desnecessários (DASILVA; MACEDO, 2018).

A população idosa apresenta uma alta incidência de comportamentos prejudiciais à saúde, e a maioria das mortes é causada por doenças crônicas. A velocidade de absorção e eliminação de medicamentos no organismo humano varia significativamente de pessoa para pessoa. Vários fatores podem influenciar a absorção, distribuição, metabolismo, excreção e efeitos finais de um determinado medicamento. Algumas pessoas respondem de maneira diferente aos medicamentos devido a diferenças genéticas, à ingestão simultânea de vários medicamentos que interagem entre si ou à presença de condições médicas que afetam os efeitos farmacológicos. É crucial estar atento a esses fatores, pois podem agravar ainda mais a saúde desses indivíduos (SENGER et al., 2020).

A Losartana e o Captopril são dois medicamentos frequentemente usados no tratamento da hipertensão arterial. Ambos pertencem a diferentes classes de medicamentos anti-hipertensivos e têm diferentes mecanismos de ação, o que pode resultar em interações farmacodinâmicas quando administrados juntos ou com outros medicamentos (RIBEIRO, 2019).

Foram encontradas em estudos algumas considerações sobre as interações farmacodinâmicas entre a Losartana e o Captopril. Entre estes os mecanismos sobre Losartana: Descrita como uma antagonista do receptor de angiotensina II. Ela bloqueia seletivamente os receptores de angiotensina II, impedindo a vasoconstrição e a retenção de sódio e água, o que ajuda a reduzir a pressão arterial. Sobre o Captopril é tido um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) bloqueando a conversão da angiotensina I em angiotensina II, reduzindo assim a vasoconstrição e a retenção de sódio e água, levando à redução da pressão arterial (ROMANO, 2018; STRELEC, 2018; TADDEI, 2021).

Sobre a ocorrência de uma devida interação potencial que ocorre quando administrados juntos, a combinação de um inibidor da ECA (como o Captopril) e um antagonista do receptor de angiotensina II (como a Losartana) pode aumentar o efeito anti-hipertensivo, pois bloqueiam diferentes pontos do sistema renina-angiotensina-aldosterona. (VERONEZ, 2018).

No entanto, segundo PALMEIRA (2022), é visto que a combinação também pode aumentar o risco de efeitos colaterais, como hipercalemia (níveis elevados de potássio no sangue) e insuficiência renal em alguns casos. Portanto, essa combinação deve ser usada com precaução e sob supervisão médica rigorosa.

Quando um paciente está tomando tanto a Losartana quanto o Captopril, é importante monitorar regularmente os níveis de potássio no sangue, a função renal e a pressão arterial, isso ajuda a garantir que a terapia esteja sendo bem tolerada e que os efeitos colaterais sejam identificados e gerenciados apropriadamente. Além disso, ambos os medicamentos podem interagir com outros medicamentos que afetam a pressão arterial, como diuréticos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e outros agentes anti-hipertensivos. Portanto, é importante que o médico esteja ciente de todos os medicamentos que o paciente está tomando para evitar interações indesejadas. (KATZUNG, 2020; LIMA, 2018).

Em resumo, a Losartana e o Captopril são medicamentos eficazes para o tratamento da hipertensão arterial, mas sua combinação requer monitoramento médico rigoroso devido aos potenciais interações farmacodinâmicas e ao risco de efeitos colaterais, como hipercalemia e insuficiência renal (MARCATTO, 2022).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Captopril, conhecido como 1-[(2S)-3-mercapto-2-metilpropionil]-L-prolina, é reconhecido por sua eficácia como um poderoso vasodilatador e é amplamente utilizado no tratamento de condições como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e nefropatia diabética, como documentado por Katzung em 2020. Este medicamento foi o pioneiro como inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA), representando um dos primeiros exemplos bem-sucedidos de desenvolvimento de medicamentos com base no conhecimento químico da molécula alvo, conforme destacado por Marcatto e colaboradores em 2022.

O Capoten®, o medicamento de referência, está disponível exclusivamente para administração oral, na forma de comprimidos, com concentrações de 12,5 mg, 25 mg e 50 mg. Outras empresas farmacêuticas também disponibilizam versões genéricas do medicamento com as mesmas formas farmacêuticas e dosagens, conforme indicado pelo Brasil em 2012. É importante salientar que em farmácias de manipulação, o Capoten® pode variar em suas dosagens, como mencionado por Azevedo em 2007. No entanto, a dose deve ser adaptada individualmente e deve ser tomada uma hora antes das refeições.

No tratamento da hipertensão em adultos, a posologia inicial recomendada para o medicamento Capoten® (captopril) é de 50 mg uma vez ao dia ou 25 mg duas vezes ao dia. Caso não se obtenha uma redução adequada na pressão arterial após duas ou quatro semanas de tratamento, é possível considerar o aumento da dose para 100 mg uma vez ao dia ou 50 mg duas vezes ao dia, conforme orientação médica.

Quando se administra Captopril a pacientes que já estão em terapia diurética, é imperativo que o início do tratamento com Captopril ocorra sob supervisão médica rigorosa. Caso sejam necessários ajustes adicionais para a redução da pressão arterial, é essencial implementar medidas apropriadas, sempre seguindo a orientação e acompanhamento médico.

Visto que de acordo com os estudos revisados sobre uso da Losartana potássica no tratamento de idosos hipertensos mostra-se de extrema importância, considerando que a hipertensão arterial é uma condição de saúde frequentemente encontrada em pessoas mais avançadas em idade, demandando cuidados adequados para prevenir complicações graves, como acidentes vasculares cerebrais (AVCs), infartos do miocárdio, insuficiência cardíaca e doença renal.

Ambos os medicamentos representam, uma alternativa eficaz e geralmente segura para o tratamento da hipertensão em idosos. No entanto, a escolha da terapia deve ser personalizada, considerando as condições médicas específicas de cada paciente. Além disso, é crucial manter acompanhamento médico regular para monitorar a eficácia do tratamento e realizar ajustes conforme necessário.

5. CONCLUSÃO

O tratamento da hipertensão arterial em idosos é uma questão crucial para a saúde desses pacientes, pois a hipertensão é um fator de risco significativo para várias complicações de saúde. Nesse contexto, a administração de medicamentos como a Losartana e o Captopril pode ser necessária para controlar a pressão arterial. No entanto, devido às particularidades da população idosa, é fundamental um acompanhamento farmacoterapêutico cuidadoso para garantir a eficácia e a segurança do tratamento.

Em resumo, o tratamento da hipertensão em idosos com Losartana e Captopril requer um acompanhamento farmacoterapêutico cuidadoso para garantir que o tratamento seja eficaz e seguro. A avaliação individualizada, o monitoramento constante e a comunicação aberta entre o paciente e o profissional de saúde desempenham papéis essenciais no gerenciamento eficaz dessa condição em idosos.

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