AÇÕES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE E FATORES QUE INTERFEREM NA MELHORIA DO ALEITAMENTO MATERNO: UMA REVISÃO DE ESCOPO

ACTIONS IN PRIMARY HEALTH CARE AND FACTORS THAT INTERFERE WITH THE IMPROVEMENT OF BREASTFEEDING: ASCOPING REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202408301211


Carmem Lúcia Valério da Silva1; Maria Aryane Arrais Bezerra2; Mariana Mendonça Maia Cavalcante3; Andressa Pereira Peixoto Barbosa4; Ivonilda de Araújo Mendonça Maia5


Resumo

Introdução: Mães em amamentação podem enfrentar barreiras que dificultam o processo, que podem ser de caráter físico, biológico e/ou emocional. Ações voltadas às mães em aleitamento materno, no âmbito da Atenção Primária em Saúde, são eficazes e visam à superação dessas dificuldades. Objetivo: Mapear a literatura, descrever e analisar os fatores que interferem negativamente e os facilitadores do aleitamento materno, além de analisar as ações propostas e desenvolvidas pela Atenção Primária de Saúde para o enfrentamento dos fatores negativos. Metodologia: Revisão de escopo por meio de busca nas bases de dados LILACS, Medline e Scielo, com os descritores “aleitamento materno”, “período pós-parto” e “Atenção Primária à Saúde” e seus respectivos termos em inglês, combinados por meio dos operadores booleanos “AND” e “OR”. Foram encontrados 214 artigos e, após a seleção, quatro foram incluídos na revisão. Resultados e Discussão: Diversos fatores podem interferir negativamente na amamentação, o que revela a importância de uma rede de apoio à mulher em aleitamento materno. Ações desenvolvidas pela atenção primária são fundamentais para ajudar essa população. Todos os estudos incluídos apresentam relatos de que orientações e ações educativas são estratégias facilitadoras do aleitamento materno. Conclusão: Não foram relatados fatores estressores. Dentre os facilitadores, destacam-se as instruções ao predito público, bem como, as atuações educativas a ele dispensado. A ausência da participação do médico na equipe executora das ações em prol do aleitamento materno ainda é uma. Mais estudos sobre o tema são necessários, uma vez que a maioria é direcionada ao ambiente hospitalar.

Palavras-chave: Aleitamento materno, Período pós-parto, Atenção Primária à Saúde.

1 INTRODUÇÃO

O aleitamento materno é considerado uma estratégia eficaz para o vínculo materno-infantil e, o ato de amamentar vai além da nutrição, permitindo a promoção da saúde e bem-estar físico, mental e psíquico, à mãe e para o bebê(JORGE & MARIANI NETO, 2019). O aleitamento materno deve ocorrer até os dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses (GIUGLIANI, 2022; OMS, 2018). No entanto, apesar dos inúmeros benefícios comprovados associados à amamentação, muitas mulheres enfrentam desafios significativos para manter essa prática vital, o que leva ao desmame precoce (BOCCOLINI et al., 2013).

Para o lactente, o aleitamento materno traz benefícios que se relacionam com a redução da mortalidade, minimização dos quadros diarreicos graves, em minorar as infecções de vias aéreas superiores, em reduzir morbidade por otite média aguda e por complicações da asma, além de abrandar ocorrência de leucemia, diabetes mellitus tipo 1 e cânceres diversos, e de influenciar também no desenvolvimento orofacial e cognitivo. Para a lactante, em especial, favorece reduções dos riscos de cânceres de mama, de ovários, de endométrio, além de minimizar riscos de depressões pós-parto e de diabetes mellitus tipo 2 (GIUGLIANI, 2022) .

A importância do aleitamento materno é notável e sua promoção é uma prioridade de saúde pública. No entanto, algumas mães enfrentam dificuldades durante a amamentação. Essas, e fatores, como as relações interpessoais, influenciam negativamente na rotina com o bebê principalmente nos primeiros meses, gerando “estresse” para a lactante, dificultando a manutenção das mamadas. As barreiras enfrentadas pelas mães durante a amamentação são multifacetadas e variam conforme o contexto cultural, econômico e social em que vivem (VICTORA et al., 2016).

O período de amamentação é, então, considerado desafiador para a mulher. De tal forma que esse cenário de aprendizagem e de desafios, pode refletir na saúde mental, por isso a presença de uma rede de apoio é fundamental (BRASIL, 2022). O desgaste físico e mental do acúmulo de funções diárias transforma um momento que deveria ser tão prazeroso, amorável e tranquilo numa nuance de quebra de expectativa a traumas que podem impactar negativamente no relacionamento entre mãe-filho(VENÂNCIO et al., 2013).

O período puerperal é vivenciado de diversas formas, conforme o contexto da puérpera. Durante esse período ocorrem variações biológicas, sociais e emocionais para a mãe, que se encontram mais sensíveis e necessitando de apoio emocional para lidar com as mudanças e desafios inerentes ao processo (CORRÊA et al., 2017).

Um estudo aponta que dentre as causas que comprometem o aleitamento materno exclusivo (AME) ou predominante, estão: falta de conhecimento sobre amamentação, cansaço físico, isolamento materno, sobrecarga emocional, baixa renda e retorno ao trabalho (ROCHA et al., 2018). Ademais, os fatores psicológicos, envolvendo estresse e exaustão, são os mais apontados na literatura os quais impactam, negativamente, na amamentação (BRASIL, 2022).

Dessa forma, implementações de estratégias que visem à orientação e à prevenção de barreiras durante o processo de amamentação, principalmente na Atenção Primária em Saúde (APS), são consideradas estratégias eficazes. Ações e orientações voltadas a essa população, como o posicionamento da dupla mãe-bebê e da pega correta, são fundamentais, a fim de evitarem impactos negativos durante o aleitamento materno (GUEDES-GRANZOTTI et al., 2020).

A APS tem um papel importante na promoção da informação ao público materno acerca da influência de eventos estressores sobre a prática do aleitamento materno, bem como, assistência à nutriz e ao lactente no sentido de criar um ambiente favorável dentro da Unidade Básica de Saúde (UBS) por meio de um olhar especial, respeitando as condições biológicas pertinentes ao período de labilidade emocional pelo qual a lactante passa e as respectivas peculiaridades sociais (BARATIERI; NATAL, 2022).

O aleitamento materno se apresenta “como uma das principais ações da Atenção Primária em Saúde”, sendo assim fundamental que a equipe esteja treinada e, desenvolva ações educativas capazes de promover uma maior adesão e continuidade da amamentação, com redução dos fatores que contribuem negativamente para a manutenção do aleitamento materno, sejam eles físicos e/ou emocionais (VIEIRA et al., 2020).

No âmbito da literatura internacional, são encontradas referências à importância de um acompanhamento profissional e do desenvolvimento de oficinas educativas pré-natal e pós-natal para a saúde pública, como estratégia de APS, a fim de manter um aleitamento materno eficaz(BICH; HOA; MÅLQVIST, 2014; SANTAMARÍA- MARTÍN et al., 2022).

A importância do aleitamento materno, tanto para a saúde materna quanto para a infantil, bem como, o levantamento de fatores que interferem no processo do aleitamento, justifica o presente estudo. Assim, foi conduzida uma revisão de escopo, com objetivo de mapear a literatura, descrever e analisar os fatores que interferem negativamente e os facilitadores do aleitamento materno, além de analisar as ações propostas e desenvolvidas pela APS, para o enfrentamento dos fatores que resultam em desfechos negativos para o aleitamento materno.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo de revisão de escopo desenvolvido, conforme as diretrizes do Joanna Briggs Institute Reviewer’s Manual’s (JBI) (PETERS et al., 2020)e escrito conforme as exigências do checklist Preferred Reporting Items for Systematic reviews and MetaAnalyses extension for Scoping Reviews (PRISMA ScR) (TRICCO et al., 2018). O protocolo da presente revisão está registrado no Open Science Framework (OSF), sob identificação osf.io/2p4c5. Assim, seguindo as recomendações, foi elaborada a seguinte pergunta de pesquisa (obedecendo ao acrônimo população, conceito e contexto (PCC)): Quais fatores interferem na oferta do aleitamento materno e as ações desenvolvidas na Atenção Primária em Saúde para apoiar a mulher neste processo?

Assim, a população (P) corresponde às mulheres em aleitamento materno atendidas e/ou usuárias da APS, em qualquer faixa etária. O conceito (C) corresponde às ações apresentadas pela APS para suporte às mulheres em aleitamento materno, que apresentam fatores impactantes na amamentação de ordem física, social ou emocional. O contexto (C), corresponde à APS. Foram considerados para inclusão apenas artigos científicos, sendo os estudos dos tipos observacionais e de intervenção, com abordagem quantitativa, publicados nos últimos 10 anos nos idiomas português, inglês ou espanhol. Os critérios de exclusão foram: artigos com abordagem qualitativa, literatura não convencional, revisões de quaisquer naturezas, artigos que sem acesso na íntegra e aquele fora do contexto da APS.

2.1. Estratégia de busca

A busca foi realizada nas bases de dados: Lilacs (via BVS), MEDLINE (via PubMed) e SciELO. Os operadores booleanos “AND” e “OR” foram utilizados para combinar ou excluir palavras-chave na pesquisa. As estratégias de busca e os descritores utilizados estão descritos no quadro 1.

Quadro 1. Estratégia de busca elaborada para cada base dados e seus respectivos descritores.

Base dadosEstratégia de buscaN
Lilacs (via BVS)(mh:”Aleitamento Materno” OR (aleitamento materno) OR (breast feeding) OR (lactancia materna) OR (allaitement naturel) OR (aleitamento) OR (aleitamento materno exclusivo) OR (alimentado ao peito) OR (alimentado no peito) OR (alimentação ao peito) OR (amamentado) OR (amamentação) OR (amamentação com ama-de-leite) OR (compartilhamento de leite) OR mh:f01.145.407.199* OR mh:g07.203.650.195* OR mh:g07.203.650.220.500.500* OR mh:g07.203.650.353.199* OR mh:sp6.180.632.301.236* OR mh:sp6.810.304.526.225*) AND (mh:”Período Pós-Parto” OR (período pós-parto) OR (postpartum period) OR (período pós-parto) OR (période du postpartum) OR (puerpério) OR (puérpera) OR (puérperas) OR (puerperal) OR (período posparto) OR mh:g08.686.702*) AND (mh:”Atenção Primária à Saúde” OR (atenção primária à saúde) OR (primary health care) OR (atención primaria de salud) OR (soins de santé primaires) OR (atendimento básico) OR (atendimento primário) OR (atendimento primário de saúde) OR (atenção básica) OR (atenção básica de saúde) OR (atenção básica à saúde) OR (atenção primária) OR (atenção primária de saúde) OR (atenção primária em saúde) OR (cuidado primário de saúde) OR (cuidado de saúde primário) OR (cuidados primários) OR (cuidados primários de saúde) OR (cuidados primários à saúde) OR (cuidados de saúde primários) OR (primeiro nível de assistência) OR (primeiro nível de atendimento) OR (primeiro nível de atenção) OR (primeiro nível de atenção à saúde) OR (primeiro nível de cuidado) OR (primeiro nível de cuidados) OR mh:n04.590.233.727* OR mh:sp2.630.121*) AND ( db:(“LILACS”)) AND (year_cluster:[2014 TO 2024])64
Medline (via PubMed)((“Breast Feeding”[Mesh] OR (Breastfed) OR (Breastfeeding) OR (Breast Fed) OR (Milk Sharing) OR (Sharing, Milk) OR (Breast Feeding, Exclusive) OR (Exclusive Breast Feeding) OR (Breastfeeding, Exclusive) OR (Exclusive Breastfeeding)) AND ((“Postpartum Period”[Mesh] OR (Period, Postpartum) OR (Postpartum) OR (Postpartum Women) OR (Women, Postpartum) OR (Puerperium)) AND (“Primary Health Care”[Mesh] OR (Care, Primary Health) OR (Health Care, Primary) OR (Primary Healthcare) OR (Healthcare, Primary) OR (Primary Care) OR (Care, Primary)))) AND ((y_10[Filter]) AND (medline[Filter]) AND (clinicaltrial[Filter] OR observationalstudy[Filter] OR randomizedcontrolledtrial[Filter]))136
SciELO(((aleitamento materno) OR (breast feeding) OR (lactancia materna) OR (allaitement naturel) OR (aleitamento) OR (aleitamento materno exclusivo) OR (alimentado ao peito) OR (alimentado no peito) OR (alimentação ao peito) OR (amamentado) OR (amamentação) OR (amamentação com ama-de-leite) OR (compartilhamento de leite) ) AND ((período pós-parto) OR (postpartum period) OR (periodo posparto) OR (période du postpartum) OR (puerpério) OR (puérpera) OR (puérperas) OR (puerperal) OR (período posparto)) AND ((atenção primária à saúde) OR (primary health care) OR (atención primaria de salud) OR (soins de santé primaires) OR (atendimento básico) OR (atendimento primário) OR (atendimento primário de saúde) OR (atenção básica) OR (atenção básica de saúde) OR (atenção básica à saúde) OR (atenção primária) OR (atenção primária de saúde) OR (atenção primária em saúde) OR (cuidado primário de saúde) OR (cuidado de saúde primário) OR (cuidados primários) OR (cuidados primários de saúde) OR (cuidados primários à saúde) OR (cuidados de saúde primários) OR (primeiro nível de assistência) OR (primeiro nível de atendimento) OR (primeiro nível de atenção) OR (primeiro nível de atenção à saúde) OR (primeiro nível de cuidado) OR (primeiro nível de cuidados))) AND ((Ano de publicação: 2019) (Ano de publicação: 2020) (Ano de publicação: 2021) (Ano de publicação: 2014) (Ano de publicação: 2022) (Ano de publicação: 2018) (Ano de publicação: 2023) (Tipo de literatura: Artigo))14

Fonte: dados da pesquisa.

Conforme recomendado pelo manual da JBI, uma abordagem em três etapas foi seguida para realizar a pesquisa. Primeiro, uma pesquisa inicial limitada de uma série de artigos relacionados ao tema da pesquisa foi realizada na base de dados LILACS, afim de identificar palavras-chaves que pudessem ser adicionadas aos descritores, na segunda etapa. Como segunda etapa, foi realizada uma busca mais detalhada com os termos da primeira etapa, adicionados aos termos DeCS e MeSH nas respectivas bases de dados. A terceira etapa consistiu em consultar a lista de referência dos estudos incluídos na revisão, a fim de recuperar outros estudos adicionais.

2.2. Seleção dos estudos

Os artigos recuperados por meio da busca eletrônica foram importados para o gerenciador de referências Mendeley, onde foram removidas as duplicatas e foi realizada a seleção dos estudos. A seleção dos estudos ocorreu em duas etapas, por duas revisoras, de forma independente. Os casos de discordância, entre as revisoras na etapa de seleção, foram resolvidos por consenso. Na primeira etapa, as revisoras realizaram a leitura de títulos e resumos de forma independente. Na segunda etapa, foi realizada a leitura na íntegra dos artigos elegíveis, resultantes da etapa anterior.

2.3. Extração e apresentação dos dados

Os dados dos artigos elegíveis foram extraídos por duas revisoras, de forma independente, considerando informações quanto a amostra, profissionais da APS, objetivo do estudo, ações desenvolvidas na APS, fatores que impactam no aleitamento materno.

Os dados estão apresentados por meio de tabelas, quadros e gráficos, alinhados aos objetivos e questões da revisão de escopo, bem como estão acompanhados de uma descrição narrativa.

3 RESULTADOS

A busca nas bases de dados resultou em um total de 214 artigos e, após a exclusão de duplicatas, 209 artigos foram elegíveis para seleção, desses foram excluídos 188 pela leitura de títulos e resumos, restando 21 para leitura na íntegra. Desses 21 artigos lidos na íntegra, um total de 17 foram excluídos nessa fase, resultando ao final quatro artigos incluídos para análise e discussão, conforme apresentado na Figura 1. A Exclusão dos 17 artigos, na fase de leitura na íntegra, ocorreram devido ao fato de sete deles não corresponderem ao escopo temático, ou seja, não envolverem mulheres em aleitamento materno na APS; quatro eram estudos com abordagem qualitativa e seis deles estavam fora do contexto da APS.

Figura 1. Flowdiagram mostrando o processo de seleção dos estudos 

Fonte: Dados da pesquisa.

Os artigos selecionados foram publicados entre os anos de 2018 a 2023. Quanto ao local do estudo, a maioria (75%) foi realizada no Brasil, sendo o único internacional desenvolvido na Espanha (SANTAMARÍA- MARTÍN et al., 2022), que também é o único estudo do tipo ensaio clínico randomizado. Apenas um estudo buscou analisar a ações desenvolvidas na APS pelo olhar dos enfermeiros responsáveis pela ação (IOPP; MASSAFERA; BORTOLI, 2023) Em nenhum dos estudos foi possível observar em detalhes as informações detalhadas quanto a participação dos profissionais envolvidos nas ações.

Os principais resultados encontrados nos estudos foram resumidos em formato de quadro sumário, contendo informações sobre as características dos estudos e identificação dos fatores que interferem na manutenção do aleitamento materno e as ações propostas ao nível da APS, a fim de enfrentar os fatores negativos e permitir uma amamentação eficaz.

Assim, no quadro 2, estão descritas as características dos estudos incluídos, especificamente: objetivo, tipo de estudo, ano de publicação e amostra estudada. Enquanto no quadro 3, estão sumarizados os resultados para ações propostas pela APS a fim de favorecer uma amamentação eficaz e satisfação materna.

Quadro 2. Caracterização dos estudos incluídos quanto ano de publicação, tipo de estudo, objetivo e amostra.

Autor (ano)Local do estudoTipo de estudoObjetivo do estudoAmostra
Alves, Oliveira e Rito (2018)20Rio de Janeiro/BrasilEstudo transversal“[…] analisar a associação entre o recebimento de orientações sobre amamentação em unidades básicas de saúde e o aleitamento materno exclusivo”.– Mães em aleitamento materno, com crianças menores de um ano.
– N: 429. – Idade: 13 a 45 anos
– Experiência prévia com AM: 58 (13,5%) AM < 6 meses; 219 (51%) primíparas e 152 (35,4%) AM ≥ 6 meses.
Bauer et al. (2019)21Norte do Paraná/BrasilEstudo coorte prospectivo“[…] analisar a  orientação sobre amamentação durante a assistência gravídicopuerperal e o desfecho no aleitamento materno  exclusivo.”– Mães em aleitamento materno, com criança menores de um ano.
– N: 300
– Idade: 19 a ≥ 36 anos. 
– Experiência prévia com AM: 119  (39,7%) primíparas e 181 (60,3%) multíparas.
Iopp, Massafera, De Bortoli (2023)19Pato Branco/ParanáEstudo transversal, descritivo, quantitativo          “[…]conhecer as ações desenvolvidas pelo enfermeiro, na promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno, no âmbito da atenção básica à saúde.”– Enfermeiras atuantes em UBS com atendimento as gestantes, mães em aleitamento materno e puérperas.
– N: 13.
– Idade: 27 a 45 anos. – Experiência prévia com AM: sem informação.
Santamaría Martin et al. (2022)14Madri/Espanha  ensaio clínico paralelo, multicêntrico“[…]avaliar a eficácia da intervenção educativa em grupo PROLACT em comparação com a prática habitual nos centros de saúde da AB para aumentar a proporção de díades mãe-filho em AME aos 6 meses.” Avaliou-se, ainda, a eficácia da intervenção para manutenção de qualquer tipo de amamentação aos 6 meses e descrever a adesão e o grau de satisfação das mulheres com a intervenção educativa coletiva”.– Diade mãe bebê, com AME.
– N: 434 díades, sendo 219 no grupo intervenção e 215 no grupo controle. 
– Idade: GI = média de 32,5 anos e no GC = 33,2 anos.
– Experiência prévia com AM: 178 multíparas, sendo 76 (34,7%) no GI e 102 (47,4%) no GC.  

Legenda: N = número de participantes; AME = aleitamento materno exclusivo; GI = grupo intervenção; GC = grupo controle.
Fonte: dados da pesquisa.

Quadro 3. Caracterização dos estudos incluídos quanto aos fatores que interferem no aleitamento materno, as ações desenvolvidas para amamentação eficaz e principais resultados (continuação).

Autor (ano)Fatores interferem no aleitamento maternoAções ao nível da APSResultados
Alves, Oliveira e Rito (2018)20– Dificultam o AM: Parto cesárea; uso de chupetas; alta hospitalar sem AME; menor abordagem sobre orientações sobre pega e posição de amamentar; Consumo de bebidas alcoólicas.
– Fatores estressores: não investigados e nem relatados.
– Facilitam o AM: orientações recebidas na UBS.
Oficinas realizadas nas UBS seguindo o que preconiza a IUBAAM com mães em AM e grávidas.Ter recebido orientação sobre o AME contribuiu para o mesmo, enquanto orientações e práticas inadequadas se associaram a uma menor prevalência.      
Bauer et al. (2019)21– Dificultam o AM: Falta de orientações ao nível da APS.
– Fatores estressores: não investigados e nem relatados.
– Facilitam o AM: orientações recebidas na puericultura.
Orientações durante a consulta de puericultura na atenção primária de saúde. No entanto, não foram descritas as ações. O enfermeiro é o profissional que desenvolve as ações.Orientação de AM nas consultas de puericultura se associou a fator de proteção ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida da criança.
Iopp, Massafera, De Bortoli  – Dificultam o AM: dificuldade da “pega”, ingurgitamento mamário e fissuras mamilares, candidíase mamária, mastite, pouco “leite” e uso de medicamentos.
– Fatores estressores: não investigados e nem relatados.
– Facilitam o AM: ações de promoção e incentivo ao AM na UBS.
Realizam ações de promoção e incentivo ao aleitamento materno, com: observação de uma mamada ao atender a puérpera e todas as participantes; orientam gestantes e mães sobre os riscos do uso de fórmulas infantis, mamadeiras e chupetas e como prevenir e lidar com fissuras, dor e ingurgitamento mamário. Também fazem orientações sobre o retorno ao trabalho e a manutenção do AM e criação de uma rede de apoio a mulher em aleitamento materno.Sem norma institucionalizada para lidar com aleitamento materno. Existem orientações individualizadas realizadas pelas enfermeiras com mulheres em aleitamento materno e gestantes, bem como a busca por envolvimento familiar e criação de uma rede de apoio a fim de incentivar e orientar a prática do aleitamento materno. Uma rede de apoio é vista como estratégia importante e necessária para segurança e eficácia do aleitamento materno.
Santamaría- Martin et al. (2022)14– Dificultam o AM: baixa renda e necessidade de retornar ao trabalho, oferta da chupeta.
– Fatores estressores: não investigados e nem relatados.
– Facilitam o AM: ações educativas, uso de protetores de mamilos, apoio durante a gravidez e familiar durante amamentação, apoio profissional à amamentação. As mães ainda relataram como fator que favorece a AME é a “crença da mãe de que amamentar é melhor do que amamentar com fórmula”.
O Serviço de Saúde de Madrid, operando dentro da Carteira de Serviços Padronizados oferecidos pela Atenção Primária, tem implementado intervenções individuais e em grupo para promover a amamentação. Intervenções em grupo: intervenção educativa elaborada por uma equipe multidisciplinar de especialistas em amamentação. que utiliza a promoção da amamentação.  PROLACT na atenção primária é mais eficaz que a prática habitual para a manutenção do aleitamento materno exclusivo e de qualquer tipo de aleitamento materno aos 6 meses. A adesão e o grau de satisfação das mulheres com a intervenção educativa coletiva foram elevados.

Legenda: AM = aleitamento materno.
Fonte: dados da pesquisa.

4 DISCUSSÃO

A temática sobre aleitamento materno é frequentemente descrita na literatura, todavia poucos estudos estão centrados nas ações desenvolvidas na APS para mães em aleitamento materno, em especial, quanto aos trabalhos desenvolvidos por equipes multiprofissionais. A atenção básica é a porta de entrada para os serviços de saúde, em que os profissionais envolvidos deveriam estar preparados para lidar com ações envolvendo aleitamento materno.

Há algum tempo, grande parte das políticas públicas em foco para o aleitamento materno implementadas no Brasil, desde a década de 1980, teve como foco principal a rede hospitalar 8. Ações ao nível de atenção primária são relevantes, uma vez que permitem eliminar barreiras no âmbito social e emocional. Outros estudos apontam que ações tanto no período pré-natal quanto pós-natal são eficazes para a promoção do aleitamento materno, o que pode ser alcançado por meio de ações educativas (SANTAMARÍA- MARTÍN et al., 2022).

A qualificação profissional na APS, quanto ao apoio, promoção e proteção do aleitamento materno com intervenções eficazes, auxilia não só tecnicamente, mas também, emocionalmente às nutrizes para que percorram essa fase de forma mais segura, com seus respectivos bebês. Além disso, cada técnico atuante na área precisa de um rompimento com as barreiras de crenças limitantes, baseadas nos conceitos intrínsecos pessoais que cada profissional carrega consigo, tais como as definições que têm sobre cada assunto (HIRANO; BAGGIO; FERRARI, 2021).

Em quase sua totalidade, os estudos incluídos mostraram o predomínio da enfermagem nas ações de promoções, prevenção e apoio. Entretanto, o médico, igualmente, deveria ser também facilitador das relações humanas, considerando as próprias atribuições a serem desempenhadas nos serviços de saúde, inclusive na APS. Ademais, conforme a literatura, a APS ele tem uma incumbência importante, no dia a dia, nesse processo de orientações às mães em aleitamento materno e no acompanhamento desse transcurso, com inúmeros sentimentos envolvidos nessa relação (ALVES; OLIVEIRA; RITO, 2018)

Conforme a literatura, o suporte profissional é uma estratégia eficaz para influenciar a mulher na decisão para amamentar. O aleitamento materno, embora seja um ato natural, tem sua prática permeada por desafios e dificuldades, justificando a necessidade de explorar o apoio técnico e emocional oferecido para o sucesso da amamentação (BAUER et al., 2019). Os estudos incluídos apresentaram, em sua totalidade, a importância de ações educativas, como orientações recebidas na UBS (ALVES; OLIVEIRA; RITO, 2018; IOPP; MASSAFERA; BORTOLI, 2023) e orientações na puericultura (BAUER et al., 2019), como recursos relevantes e facilitadores para uma amamentação eficaz e efetiva, conforme pode ser observado no quadro 3.

Um dos estudos incluídos, realizado na Espanha, analisou por meio de um ensaio clinico randomizado, a eficácia de uma intervenção educativa comparada à prática habitual na atenção básica para incentivar a prática do AME nos primeiros seis meses de vida do bebê. Os resultados evidenciaram o quanto é efetivo o trabalho com orientações e ações educativas em saúde quando se trata de amamentação, beneficiando a díade mãe-bebê (SANTAMARÍA- MARTÍN et al., 2022). Destaca-se que esse foi o único ensaio clínico encontrado, os demais estudos foram do tipo observacional.

As primeiras mamadas deveriam ser assistidas e orientadas por profissionais, principalmente aquelas que estão amamentando pela primeira vez (REGINA PIZA FERREIRA JORGE; MARIANI NETO, 2019). Apesar dos benefícios conhecidos sobre o aleitamento materno, fatores emocionais, estressores e de ordem física podem impedir a manutenção de um aleitamento eficaz.

A análise dos estudos incluídos permitiu perceber que não há uma uniformidade entre as práticas desenvolvidas nos cenários de atenção primária. Os estudos no Brasil, mostraram heterogeneidade entre as práticas voltadas às orientações quanto ao aleitamento materno em cada UBS, o que pode comprometer a unissonância da implementação das diretrizes traçadas pelo SUS quanto à Política Nacional do Aleitamento Materno (HIRANO; BAGGIO; FERRARI, 2021).

É notável o arrojo do SUS/Brasil em empreender uma política que valoriza o aleitamento materno. Nela tem-se como objetivo geral: aumentar prevalência dessa prática, na modalidade exclusiva, nos seis primeiros meses de vida e nos demais períodos, de forma complementar, por dois anos de vida ou mais, conforme preconiza a Organização Mundial de Daúde (OMS, 2018). Um relatório da pesquisa realizada pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (UFRJ, 2024), finalizada em 2020, concluiu que “quase a totalidade das crianças brasileiras foram amamentadas algumas vezes e metade delas mamou por pelo menos 15,9 meses”. Apenas 45,8% dos bebês receberam AME até os seis meses e, 43,6% mamaram até o primeiro ano de vida. Os resultados levaram a conclusão de que, apesar de expressivo os números sobre aleitamento materno exclusivo e continuado no primeiro ano de vida, esses estão aquém do que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde.

De fato, há muitos argumentos favoráveis à persistência dessa prática no público-alvo, conforme observado nas descrições no quadro 3. Mas, deve-se estar atento para os fatores que impactam negativamente e que vão além da técnica, como os fatores estressores, não encontrados nos estudos incluídos na presente revisão.

Em um estudo, desenvolvido na região do Nordeste (JORGE e MARIANI NETO, 2019), a amamentação é apresentada como forma de diminuir o estresse do recém–nascido em eventos físicos traumáticos; o que não é suficiente para demonstrar a realidade da consequência da carga de emoções por eles experimentadas, que de fato, englobará o peso do sentido da palavra “estressor” e, apesar de ser muitas vezes, suprimido pela atenuação de mera dificuldade, é basilar um olhar mais atencioso dos profissionais de saúde, em especial do médico que os assiste, pois são situações que surgem com muita frequência na rotina materno-infantil.

Mesmo tendo consciência dos benefícios da amamentação, tanto para seus filhos, quanto para si, as mulheres podem enfrentar desafios e não conseguir transpassá-los, de tal forma que ocorra um impedimento para a continuação da amamentação ou, até mesmo, na iniciação.

Por isso, a rede de apoio torna-se relevante e eficaz no apoio a essas mulheres. Sintomas típicos presenciados no puerpério impactam negativamente sobre o aleitamento materno, como: anedonia, insônia, fadiga, irritabilidade, agitação ou retardo psicomotor, sentimentos de desvalia ou culpa e perda da concentração (ALVES; OLIVEIRA; RITO, 2018). Por fim, um estudo traz um resultado interessante que aponta para existência de um gargalo entre o conhecimento relatado pelo profissional de saúde e pela práxis cotidiana no serviço ofertado a presente dupla, quando declara que as orientações a elas transmitidas não contemplam as reais necessidades da mulher-mãe. Ademais, neste estudo é registrada uma fala de um profissional de saúde, que soa alarmante, quando revela que a inviabilidade do aleitamento materno, por quaisquer que sejam os motivos, transfere culpa à mãe por ela avaliar não ter conseguido exercer completamente o próprio dever materno (MARQUES et al., 2009).

Logo, essas observações do referido estudo pressupõem falhas no segmento de implementação das políticas públicas sobre o aleitamento materno nas unidades de saúde, pois revela que apesar do rico acervo das promoções à saúde física e mental do binômio mãe-bebê durante o aludido processo, precisa que o profissional envolvido compreenda que não é apenas sobre o cumprimento de metas para alcançar superávit em indicadores de saúde, mas também que entenda essa assistência como uma missão especial de contribuir com a formação de indivíduos mais saudáveis e seguros em seus relacionamentos humanos.

Estudos futuros podem ser desenvolvidos de forma mais ampliada, a fim de mapear a literatura sobre as ações da APS junto às mulheres em aleitamento materno.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A APS tem se apresentado uma mola propulsora da Promoção e do incentivo ao acolhimento materno-infantil quanto à amamentação no Brasil. Assim, nota-se o envolvimento dos profissionais de saúde, em especial, dos enfermeiros nesse propósito, operacionalizando o plano de base oferecido pela rede SUS. Entretanto, ainda é necessário um engajamento dos médicos, como facilitadores das relações humanas.

Ações educativas, orientações pré-natal e pós-natal, entre os atores da atenção primária são fundamentais para a díade mãe-bebê. Os fatores físicos ainda são o foco, dentre os estudos incluídos, com falta de relatos quanto aos fatores estressores que contribuem para o desmame precoce. Logo, são primordiais estudos com essa temática, os quais discorram sobre fatores estressores, de forma a vislumbrar um futuro de avanços na permanência do aleitamento materno, alicerçando essa construção tão especial que é o vínculo mãe-bebê.

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1Discente do Curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac. Campus 1. Maceió, AL – carmemluciavaleriodasilva@gmail.com
2Discente do Curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac. Campus 1. Maceió, AL – aryanearrais@hotmail.com
3Mestrado em Biotecnologia, Universidade pela Estadual do Ceará – marianammaiacavalcante@gmail.com
4Docente do Curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac. Campus 1. Maceió, AL – andressappbarbosa@gmail.com
5Docente do Curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac. Campus 1. Maceió, AL – ivonildamaia@gmail.com