AÇÕES EDUCATIVAS DESENVOLVIDAS POR ENFERMEIROS SOBRE A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: REVISÃO INTEGRATIVA 

EDUCATIONAL ACTIONS DEVELOPED BY NURSES ON THE PREGINANCY IN ADOLESCENCE: AN INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10278407


Elany Silveira da Siva¹
Elidarc Gomes Cavalcante da Silva²
Francisca Pâmela Freitas de Lima Valdevino³
Joana Patrícia Moreira da Silva⁴
Luciana Fernandes Costa5
Regisvânia Maria Cardoso De Souza6
Letícia Silveira Serra7
Maria Rossicleide Ferreira Gomes8
Francisco Alain Peixoto de Sousa9
Leandro Faustino10
Milielma Furtado Machado11
Lais Rodrigues de Oliveira Rocha Bastos12
Edinele de Sousa Falcão13
Francisco Oleandro Rodrigues de Lima14
Edina Silva Costa15


RESUMO

O objetivo do estudo é investigar na literatura quais as ações educativas desenvolvidas por enfermeiros sobre a gravidez na adolescência. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, os dados foram coletados durante os meses de novembro de 2022 a março de 2023, utilizando as bases de dados: MEDLINE, Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), com os seguintes descritores (DeCS): “Gravidez na adolescência”, “Assistência de Enfermagem”, “Educação em Saúde” com o uso do operador booleano AND. Critérios de inclusão: artigos originais disponíveis na íntegra em formato eletrônico, publicados no período de 2012 a 2022 divulgados nos idiomas português, inglês ou espanhol. Já os de exclusão foram: manuais, teses, dissertações, revisões de literatura, artigos repetidos, ou ainda, aqueles que atenderam de forma parcial a temática explorada. Constituindo uma amostra de 11 artigos. Seus dados foram organizados em tabela. Dos principais resultados, destacou-se: a “Importância das ações educativas” e a “Insuficiência das ações educativas”; as intervenções foram apresentadas em suas diversas formas de aplicação, juntamente com os desafios enfrentados em sua realização. O estudo conclui que há efetividade nas intervenções, trazendo melhoria do conhecimento e prevenção da gravidez precoce, no entanto, os resultados ainda são pouco significativos levando em consideração toda problemática encontrada. A enfermagem desempenha papel fundamental na implementação dessas ações, que realizadas de forma conjunta podem estimular o vínculo profissional e adolescente além de garantir práticas sexuais seguras e reduzir as estatísticas de gravidez precoce.

Descritores: Ações educativas, enfermagem, gravidez, adolescência.

ABSTRACT

The objective of the study is to investigate in the literature which educational actions are carried out by nurses about teenage pregnancy. This is an integrative literature review, data were collected during the months of November 2022 to March 2023, using the databases: MEDLINE, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), with the following descriptors (DeCS): “Teenage pregnancy”, “Nursing Care”, “Health Education” using the Boolean AND operator. Inclusion criteria: Inclusion criteria: original articles available in full in electronic format, published from 2012 to 2022, published in Portuguese, English or Spanish. The exclusion criteria were manuals, theses, dissertations, literature reviews, repeated articles, or even those that partially addressed the theme explored. Constituting a sample of 11 articles. Its data were organized in a table. Of the main results, the following stood out: the “Importance of educational actions” and the “Insufficiency of educational actions”; the interventions were presented in their various forms of application, together with the challenges faced in their implementation. The study concludes that there is effectiveness in the interventions, bringing improvement in knowledge and prevention of early pregnancy, however, the results are still not very significant taking into account all the problems encountered. Nursing plays a fundamental role in the implementation of these actions, which, when carried out jointly, can encourage professional and adolescent bonding, in addition to ensuring safe sexual practices and reducing the statistics of early pregnancy.

Descriptors: Educational actions, nursing, pregnancy, adolescence.

INTRODUÇÃO

A adolescência é uma fase da vida mediada por alterações biopsicossociais, que podem influenciar o desenvolvimento pessoal, mental e social dos sujeitos. É considerado um ponto crítico da vida, descrita como uma etapa rebelde devido às alterações hormonais e psicológicas que afetam diretamente o indivíduo. Em que, a busca pela autonomia e liberdade podem levar os adolescentes a sofrerem influências do meio social no qual se encontram, ressoando na construção da sua personalidade (Santos, 2020).

Ademais a Organização Mundial da Saúde (OMS) entende como adolescência o ciclo de 10 aos 19 anos. Logo, engravidar nesse contexto, gera uma troca de opiniões e argumentos, já que interliga aspectos pertinentes ao exercício da vida sexual, reprodutiva aos recursos físicos e aos diversos casos de desigualdade que constituem a vida socioeconômica do País (BRASIL, 2018).

Ser adolescente é passar por mudanças, sobretudo para as meninas que se tornam mães nessa fase. Pois implicará dificuldades e angústias para as partes envolvidas, gerando repercussões no cuidado e vínculo com a criança. Existem características que beneficiam boas escolhas maternais no cuidado com seus filhos abrangendo nível de escolaridade, conhecimento e habilidades adquiridas em intervenções educativas. Uma vez que são notadamente relevantes quando se trata de mães adolescentes (Andrade et al., 2020).

Vale ressaltar que a gravidez precoce está associada a maiores taxas de morbimortalidade tanto da mãe como do bebê. O adolescente vivencia problemas relacionados a nutrição, comportamentos arriscados, como consumo de substâncias ilícitas, consumo de álcool, tabagismo e atividade sexual insegura. Além disso, as gestantes adolescentes têm mais necessidades psicológicas e sociais do que as mulheres adultas (Rezaie et al., 2021).

Segundo o último relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) de 2019, o índice de gravidez na adolescência do mundo é de 44 nascimentos por ano em cada mil adolescentes de 15 a 18 anos (Ramos, 2022). De cada 10 concepções dessas jovens no mundo, 9 ocorrem em países subdesenvolvidos, mostrando a íntima relação entre o baixo nível de evolução de um país ou região e altas taxas de gestação precoce. Dados da OMS apontam que metade de todos os partos na adolescência do mundo ocorre em apenas sete países, sendo o Brasil um deles (Who, 2022).

No Brasil, nos últimos dez anos a taxa de nascidos vivos de jovens com menos de 20 anos se mantém elevada de 21.1% do total em 2007 para 21.2% em 2016. Um de cada cinco recém-nascidos por ano são filhos de mães adolescentes, 431 mil em 2016 de acordo com levantamento preliminar do DATASUS, (Arbelo, 2017). De acordo com Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde (CIDACS-Fiocruz), dos nascidos vivos de mães jovens, em 2020, a maior concentração está nas regiões Norte (21,3%) e Nordeste (16,9%), seguido por Centro-Oeste (13,5%), Sudeste (11%) e Sul (10,5%).

A gravidez na adolescência apresenta riscos socioeconômicos, psicológicos e físicos, pois quanto menos idade, maiores serão as dificuldades, principalmente para menores de 14 anos, ou com menos de dois anos de menarca (Teixeira, 2019).

Em 2019, foi instituída pelo Governo Federal, a Semana Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência pela Lei nº 13.798, que tem como finalidade divulgar informações a respeito das medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da gestação precoce na adolescência (BRASIL, 1990).

Baseado na lei, as atividades educativas de cunho preventivo, deverão ser realizadas em conjunto com as organizações da sociedade civil e poder público. A assistência às adolescentes grávidas, comumente, acontece em Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) através da consulta de pré-natal com enfermeiros e médicos. Entre as atividades de acompanhamento seguem as de ensinar sobre aspectos específicos que envolvem cuidados consigo e com o bebê, para que a gestação e o parto ocorram com menos riscos de complicações (Queiroz et al., 2017).

Dentre os programas institucionais existentes que tomam por base a finalidade da promoção da saúde, se sobressai o Programa Saúde na Escola (PSE) que, em conjunto com a Estratégia Saúde da Família, desde 2007 se propõe a articular e integrar os dois setores com ações que objetivam melhorar a qualidade de vida dos alunos das escolas de educação básica (BRASIL, 2011).

Inicialmente o PSE tem o objetivo de colaborar para o fortalecimento de ações na perspectiva do desenvolvimento integral e oferecer à comunidade escolar a oportunidade de participação em programas e projetos que interliguem saúde e educação, para o enfrentamento das vulnerabilidades que possam comprometer o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens brasileiros (Cavalcante et al, 2015).

Nesse contexto, entende-se que educar adolescentes para desenvolver seus conhecimentos sobre saúde integral e para promover comportamentos saudáveis, é uma tarefa que não pode ser adiada. As práticas educativas são ações pedagógicas, metodológicas e avaliativas, desenvolvidas para a realização de um programa cuidadosamente planejado, com o intuito de auxiliar pessoas ou grupos a alcançarem seus objetivos (Bango et al., 2018). Logo, incitam a participação ativa dos adolescentes, promovendo seu protagonismo e autonomia nas decisões para alcance de boas práticas para a saúde sexual e reprodutiva, justificando assim a realização do estudo.

 O enfermeiro é um educador e responsável por orientar os pacientes em prol da prevenção de doenças e da promoção da saúde desenvolvendo atividades que atendem as necessidades sociais. Tais métodos educativos compõem a prática social da enfermagem e caracteriza-se como instrumentos valiosos, que depois de desenvolvidos propiciam o envolvimento e vínculo dos profissionais para com os adolescentes. A enfermagem desempenha papel fundamental ao promover habilidades preventivas e educativas, estabelecendo estratégias que visem à prevenção da gravidez na adolescência (Ribeiro et al., 2016).

Nesse sentido, qual a efetividade das ações educativas desenvolvidas sobre a gravidez na adolescência? O presente estudo tem por objetivo investigar na literatura quais as ações educativas estão sendo desenvolvidas por enfermeiros sobre a gravidez na adolescência.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Introdução à sexualidade na adolescência 

A iniciação sexual precoce (ISP) é determinada como a primeira relação sexual até os 14 anos de idade. Para muitos adolescentes pode ser vista como um marco crítico na caminhada em direção à idade adulta. A prevalência de ISP varia de acordo com o sexo, nos quais adolescentes do sexo masculino são mais propensos a relações íntimas, do que as mulheres, independentemente do contexto. Durante o ano de 2015 nos Estados Unidos (EUA), a iniciação sexual precoce foi de 27,3% entre os meninos e 20,7% entre as meninas, enquanto no Brasil a prevalência de ISP é maior que a média da América Latina (18,6% versus 11%), permanecendo a diferença entre meninos e meninas (Roman-Lay et al., 2021).

Em meio às problemáticas relacionadas à iniciação e prática insegura da sexualidade na adolescência é possível destacar as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e as gestações precoces, não somente pelas despesas para a saúde pública, mas também pelos riscos e complicações nas quais os adolescentes e neonatos podem ter mediante essas ocorrências, deixando-as mais predispostas a morbimortalidade perinatal e mortalidade materna (Alves, 2017).

A alta mudança nos índices de ISP entre os países pode ser explicada pelo desígnio de fatores que persuadem um adolescente a ter a primeira relação sexual. Alguns desses fatores que estão associados a um risco aumentado de ISP são: raça/etnia negra, adoção de comportamentos de risco (por exemplo, consumo de álcool, tabaco ou outras drogas), ser vítima de violência e negligência, ter mães com baixo nível educacional, casamentos precoces, apoio social e econômico inadequado, curiosidade e pressão dos colegas, educação sexual deficiente, serviços de saúde reprodutivas insuficientes. Além disso, a necessidade contrariada de contraceptivos por adolescentes e a crença dos efeitos colaterais dos anticoncepcionais reduz a contracepção e a adesão, contribuído para a gravidez (Yakubu et al., 2019; Roman-Lay et al., 2021).

Inegavelmente a educação sexual centraliza-se em propiciar informações sobre saúde sexual e reprodutiva, proporcionando a transferência de conhecimento sobre fisiologia humana, sistema reprodutivo ou prevenção de ISTs. A educação sexual é reputada de maneira holística, com o objetivo de capacitar os jovens a compreender de forma mais adequada sua sexualidade e relacionamentos, o que acabará por aprimorar a saúde sexual dos adolescentes e a qualidade de vida geral (Leung et al., 2019).

Sendo assim, ter uma educação sexual pertinente demonstrou retardar o início da vida sexual, diminuir o risco de gravidez na adolescência, a constância das relações sexuais, o número de parceiros sexuais e aumentar o uso de preservativos e outros métodos contraceptivos. A escola é o ambiente ideal para fortalecer os conhecimentos desses jovens e modificar seu comportamento, orientando-os para o exercício da sexualidade responsável (Ramirez et al., 2021). 2.2 Fatores de risco da gravidez na adolescência.

2.2 Fatores de risco da gravidez na adolescência 

A gravidez na adolescência gera grandes impactos para a saúde, sendo um importante causa de morte entre as adolescentes de todo o mundo. Calcula-se que 50% dessas gestações nos países em desenvolvimento não sejam intencionais. A maioria delas resulta em abortos; estima-se que ocorram por volta de cinco milhões de abortos entre meninas adolescentes a cada ano e cerca de 70% são inseguros, aumentando a mortalidade materna, morbidade e ocasionalmente problemas de saúde duradouros (Moshi, 2023).

De acordo com (Avelino et al.,2021), os fatores de risco da gravidez precoce dividemse em dois tipos. Fatores relacionados às gestantes, que são: doenças hipertensivas; anemia; diabetes gestacional; abortamento; infecção urinária; hemorragias; aumentos da mortalidade materna e mudanças psicológicas. Como também os fatores de risco ligados ao recém-nascido que são: baixo peso ao nascer; parto pré-termo; doenças respiratórias e tocotraumatismo.

Já segundo (Pretti et al., 2022), a gravidez na adolescência é classificada como de risco, tanto para a mãe como para o bebê do ponto de vista biológico. Tal ocorrido traz ainda, como consequência, o encurtamento precoce da adolescência, minimização de suas oportunidades futuras, escolares e de trabalho, queda no orçamento familiar, distanciamento dos grupos de sua convivência e abandono do parceiro.

Em sua totalidade, a gravidez na adolescência pode decorrer de problemas sociais subjacentes os quais não foram abordados e tratados da forma correta na primeira infância e juventude. Baseado nisso, a educação sexual e a promoção de serviços de saúde sexual deveriam ser tratadas como investimentos em políticas públicas, bem como estratégias relevantes para a diminuição de episódios que afetam adolescentes (Amthauer; Cunha, 2022).

Sabendo que a maternidade precoce dispõe de vulnerabilidades não só biológicas, como também econômicas, epidemiológicas e sociais, além de indicar uma prática sexual não segura. Já existem iniciativas de humanização que ampliam e qualificam a atenção à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde, sendo elas associadas à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, ao Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal e à regulamentação de ações de Vigilância de Óbitos Maternos (Melo; Soares; Silva, 2022).

Atualmente, apesar de já existirem políticas públicas específicas no Brasil para esse assunto, elas ainda são ineficazes, o que coopera para o despreparo dos profissionais de saúde. Estes acabam empregando estratégias afastadas da realidade do adolescente, além de não os posicionar como protagonistas e responsáveis por si mesmos (Cintra et al., 2020)

3 METODOLOGIA
3.1 Tipo de Estudo

O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, sendo este um importante método que proporciona a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática (Souza; Silva; Carvalho, 2010).

Esse tipo de estudo é conduzido seguindo os seguintes passos: A 1ª Fase consistiu na identificação do tema e seleção da questão de pesquisa, que se desenvolveu a partir da temática prevenção da gravidez na adolescência. Assim, foi delimitada a seguinte pergunta norteadora: qual a efetividade das ações educativas desenvolvidas sobre a gravidez na adolescência?

Na 2ª fase ocorre a busca ou amostragem na literatura, em que foram delimitados os critérios de inclusão e exclusão. Sequencialmente, a 3ª fase que consiste na coleta de dados, na qual as informações obtidas requerem uma análise minuciosa capaz de obter a totalidade dos dados relevantes (Vieira et al., 2017).

Nas fases 4ª e 5ª, realizou-se uma análise crítica dos estudos selecionados, analisando os aspectos metodológicos e as confluências e divergências entre os artigos encontrados, seguida da discussão destes. O pesquisador, fundamentado nos resultados da avaliação crítica dos estudos incluídos, realiza a comparação com o conhecimento teórico, a identificação de conclusões e implicações do estudo (Souza; Silva; Carvalho, 2010). 

Por fim, a 6ª fase corresponde à última etapa da revisão, elaborou-se a apresentação, apresentando em categorias as evidencias disponíveis (Vieira et al., 2017).

3.2 Local e Período do Estudo

As buscas foram realizadas de forma extensa e diversificada, contemplando a procura em bases eletrônicas. Utilizou-se três plataformas de forma simultânea, no período de novembro de 2022 a março de 2023, nas três bases de dados MEDLINE, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), valendo-se dos seguintes descritores (DeCS): “Gravidez na adolescência”, “Assistência de enfermagem” e “Educação em Saúde” com o uso do operador booleano AND, no recorde temporal de 2012 a 2022.

Foram realizados os cruzamentos de descritores da seguinte forma: “Gravidez na adolescência” AND “Assistência de enfermagem”; “Gravidez na adolescência” AND

“Educação em saúde” e “Assistência de enfermagem” AND “Educação em saúde”.

Figura 1 – Quadro de busca de acordo com os descritores e conectores boleanos.

Fonte: Elaborado pelos Autores, 2023.

3.3 Coleta de Dados

As buscas realizadas nas bases de dados resultaram nos artigos que embasaram a pesquisa, logo após atenderem o objetivo da pesquisa e se enquadrarem nos fatores de inclusão e exclusão. A partir das buscas realizadas foram encontrados 10.556 artigos na base de dados Medline, 2.238 na LILACS e 740 na SCIELO. A amostra final foi composta por 11 artigos.

Figura 2 – Fluxograma de identificação, seleção e inclusão dos estudos. Fortaleza, CE, Brasil, 2023.

 Fonte: Elaborado pelos Autores, 2023.

3.4 Amostra

No que se refere à composição da amostra foram adotados como critérios de inclusão:

artigos originais disponíveis na íntegra em formato eletrônico, publicados no período de 2012 a 2022, divulgados nos idiomas português, inglês ou espanhol e que tivessem como tema central a gravidez na adolescência, assistência de enfermagem e ações em saúde. 

 Os critérios de exclusão adotados foram: manuais, teses, dissertações, revisões de literatura, artigos repetidos, ou ainda, aqueles que atenderam de forma parcial a temática explorada. Constituindo uma amostra de 11 artigos.

3.5 Análise e Organização  de dados

Para a análise e organização dos dados foi montado um quadro que contemplou os seguintes aspectos, considerados pertinentes: títulos; autores, ano, país, desenho do estudo, resultados.

A apresentação dos resultados e discussão dos dados obtidos foi feita de forma descritiva, possibilitando ao leitor a avaliação da aplicabilidade da revisão integrativa elaborada, de forma a atingir o objetivo desse estudo.

4 RESULTADO E DISCUSSÃO

Na presente revisão integrativa, analisou-se 11 artigos que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos e, a seguir, apresentar-se-á um panorama dos artigos avaliados.

Quadro 1 – Síntese de publicações incluídas na revisão integrativa, segundo o título, autor, país de publicação, desenho do estudo, principais resultados e conclusões. Fortaleza, CE, Brasil, 2023.

TítuloAutor/Ano/País de PublicaçãoDesenho do EstudoResultados/Discussão
      Educação em saúde sexual e reprodutiva do adolescente escolar.        FRANCO, M. S. et al. 2020. Brasil      Trata-se de um estudo descritivo.Percebeu-se que as palestras desenvolvidas por enfermeiros, como forma de intervenções educacionais estimularam a troca de ideias, a transmissão de informações e a obtenção de conhecimentos relacionados à prática do sexo seguro.
      Conhecimento de escolares sobre infecções sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos      BRASIL, M. E.; CARDOSO, F. B.; SILVA, L.M. 2019. Brasil      Trata-se de um estudo qualitativo.Notou-se que a realização de uma gincana tendo o enfermeiro como disseminador do autocuidado, é uma forma de intervenção divertida e interativa, pois tende a fixar a atenção dos adolescentes por mais tempo. A participação ativa dos jovens demonstrou que os objetivos da intervenção foram alcançados.
      Assistência de enfermagem materno-infantil a mães adolescentes: educação em saúde.        ANDRADE, R. D. et al. 2020. Brasil  Trata-se de uma pesquisa-ação.A realização de atividades em grupo por profissionais da saúde é importante para o desenvolvimento, pois permite a discussão de temas relevantes para a promoção e prevenção de doenças e gravidez precoce
      Educação em saúde para adolescentes no contexto escolar: um relato de experiência      BALDOINO, L. S. et al. 2018. Brasil      Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo.Percebeu-se que as atividades realizadas possibilitaram um momento de interação, promoção e fixação do conhecimento, o que ajudou na criação de vínculo com os adolescentes. A interação e integração entre enfermeiros e jovens foram favorecidas pelo momento, já que a compreensão dos fatores que influenciam o processo saúdedoença oferece subsídios para a adoção de novos hábitos e condutas saudáveis.
      Estratégias intersetoriais entre saúde e educação para prevenir a gravidez na adolescência no Chile: resultados de um estudo qualitativo          OBACH, A. et al. 2018. Chile        Trata-se de um relato   de experiência.A estratégia escolar em que os profissionais de saúde desenvolvem ações continuadas nas escolas como parte do currículo, é a que melhor se adequa às necessidades dos adolescentes em questões de saúde sexual e reprodutiva e na prevenção da gravidez na adolescência.
      Promovendo Educação em Saúde com adolescentes: estratégia didática e experiência discente        JUNIOR, A. R. C; OLIVEIRA, M. A.; SILVA, M. R. F. 2018. Brasil        Trata-se de um relato de experiência.Ao desenvolver oficinas que abordam temas “tabus” com a população adolescente, é possível utilizar dinâmicas que permitem aos profissionais enfermeiros, compreender a construção de um processo educativoparticipativo, motivando os adolescentes a atuarem como sujeitos reflexivos e ativos na vivência ensinoaprendizagem.
    Educação em saúde e adolescência: desafios para estratégia saúde da família      COSTA, T.R.L. et al. 2020. Brasil      Trata-se de um estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativaAs intervenções lúdicas que a enfermagem utiliza como ferramenta em ações educativas no cuidado e promoção da saúde pode ser considerada um instrumento educacional capaz de contribuir para o desenvolvimento e construção do conhecimento em saúde, assim como diversos outros métodos recreativos que podem ser utilizados, como oficinas, teatros e dinâmica
      Grupo de gestantes adolescentes:        QUEIROZ, M. V. O. et al. 2016. Brasil        Trata-se de um estudo descritivo deCom base nos resultados obtidos, é possível observar que a realização de dinâmicas de grupo desenvolvidas por enfermeiros, com
contribuições para o cuidado no prénatal. abordagem qualitativa.gestantes adolescentes durante o pré-natal favorece a aproximação delas com os profissionais e a troca de experiências entre os participantes em situação de vida comum. Ensinar e aprender mutuamente são uma forma privilegiada de empoderamento dos sujeitos.
      Diálogos com adolescentes sobre direitos sexuais na escola pública: intervenções educativas emancipatórias!        CAMPOS, H. M. et al. 2018. Brasil        Trata-se de um estudo de abordagem qualitativaObservou-se que a educação em saúde realizada por profissionais da saúde com grupos de adolescentes, estimula a sua participação. Essas entrevistas propiciam reflexão sobre suas vivências relacionais e percepções sobre a saúde sexual, onde eles tomam consciência de seus comportamentos de risco ao ter espaço para o diálogo e a reflexão crítica.
      Gravidez não planejada em comunidades quilombola: percepção de adolescentes        MORAES- PARTELLI, A. N.; COELHO, M. P.; FREITAS, P. S. S. 2021. Brasil            Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa.  Os resultados obtidos por meio da dinâmica da criatividade e sensibilidade apontam para a necessidade das escolas estabelecerem parcerias com os serviços de saúde para realizar um trabalho adequado de conscientização e prevenção da gravidez na adolescência, ofertando momentos de diálogo, escuta e
   informação como forma de orientar esse público sobre os riscos e consequências dessa ocorrência.  

Fonte: Elaborado pelos Autores, 2023.

Entre os estudos avaliados, foram escolhidos os resultados considerados pertinentes para a compreensão acerca das ações educativas desenvolvidas sobre a gravidez na adolescência, e de que maneira os enfermeiros atuam nesse processo.

Nesse contexto, é fundamental contar com práticas educativas em saúde que incentivem a participação ativa dos sujeitos, despertando a sua autonomia e protagonismo nas decisões para promover a saúde sexual e reprodutiva (Praxedes; Queiroz 2018). No entanto, ao identificar essas intervenções, é importante verificar se elas são satisfatórias, visto que a gravidez precoce ainda é considerada uma questão de saúde pública.

Dessa forma, mesmo que os adolescentes reconheçam a existência de práticas educacionais, há aqueles que as consideram insuficientes. Isso reforça a necessidade de investir em ações participativas e com meios tecnológicos que possam instigar o interesse e a participação deste público (Praxedes; Queiroz 2018). 

Dessa forma, a pesquisa destaca como resultado a construção de duas categorias temáticas para discussão: “Importância das ações educativas” e “Insuficiência das ações educativas”.

4.1 Importância das ações educativas.

A intervenção educativa é aplicada para promover mudanças, normalmente de comportamento em relação a conhecimentos, atitudes ou práticas, que se verifica avaliando os dados antes e depois da intervenção (BANGO et al., 2018).

Para (Baldoino et al., 2018) e (Franco et al., 2020) as palestras, desenvolvidas por enfermeiros e direcionada para adolescentes, tratam de uma abordagem educativa coletiva que têm se mostrado muito eficazes, pois permitem que muitas pessoas tenham acesso a informações importantes, além de possibilitar esclarecimentos de dúvidas e promover um aprendizado mais completo.

Já o estudo de (Brasil et al., 2019) demonstrou o desenvolvimento e aplicação de uma gincana, tendo como finalidade avaliar o nível de conhecimento dos adolescentes sobre ISTs e métodos contraceptivos. Depois de realizada a atividade, verificou-se que os jovens participantes conseguiram assimilar e fixar o aprendizado com mais facilidade, o que reforça a teoria de que atividades educativas são importantes formas de intervenção em saúde.

Em relação ao público adolescente, as medidas de educação em saúde desenvolvidas pela enfermagem, nas unidades de saúde, na escola, ou em outros espaços coletivos, são decisivas para a adoção de hábitos que podem permanecer ao longo da vida e enfatizar a importância do cuidado consigo mesmo. Essas práticas devem incentivar a independência dos participantes, ajudando-os a fazer escolhas saudáveis (Costa et al., 2020). 

Os autores (Junior et al. 2019), e (Morais et al. 2020) discorreram acerca da importância do desenvolvimento dessas intervenções nas escolas e em outros espaços e instituições sociais. Os autores adotaram o instrumento de oficinas que abordavam temas relevantes para estimular o diálogo reflexivo entre adolescentes e profissionais, por meio de uma discussão sistematizada.

As oficinas são vistas pelos aplicadores como uma maneira de ajudar os enfermeiros a superar as barreiras que impedem o adolescente de cuidar de si mesmo, minimizando a resistência e permitindo uma participação ativa no processo. Essas promoções de saúde tiveram uma ótima adesão do público-alvo, tornando os adolescentes mais comunicativos, participativos, podendo realizar escolhas a partir de um senso crítico (Júnior et al., 2020.; Morais et al. 2019;).

Outra forma de compartilhar informações e conhecimentos são as dinâmicas de grupos com gestantes adolescentes em seu pré-natal, no qual as jovens podem compartilhar experiências, expor expectativas, sentimentos, dúvidas e medos. (Queiroz et al. 2016) acredita que o apoio da enfermagem e o compartilhamento de experiências e informações, favorecem a interação e estimula o cuidado com o bebê e consigo.

Já quando se trata de intervenções lúdicas, (Andrade et al., 2020) e (Costa et al. 2020) concordam que um jogo, é uma boa ferramenta pois chama a atenção dos adolescentes, o que facilita a aplicação da educação em saúde, tendo como principal objetivo transmitir conteúdos aos jovens de forma dinâmica.

Baseado neste pensamento, (Andrade et al. 2020) apresentou o desenvolvimento de uma intervenção educativa por meio de um jogo com abordagem de aspectos relacionados à maternidade na adolescência e cuidado da criança.

Ações educativas em forma de entrevistas, dinâmicas, palestras, jogos e rodas de conversas, também foram identificadas como ações desenvolvidas pela enfermagem, tendo um grande impacto na vida desses adolescentes, pois propiciam uma reflexão sobre suas vivências relacionadas à saúde sexual, para evitar a gravidez indesejada ou a contaminação por uma IST (Obacha et al., 2018).

Do ponto de vista teórico, prático e social, considera-se de grande importância a realização de intervenções educativas, para atingir um objetivo cujo desfecho é a promoção da saúde e o reconhecimento dos usuários como indivíduos que almejam autonomia. Desse modo, a adoção de práticas educacionais lúdicas é uma forma efetiva de abordar temas relacionados à saúde no processo de ensino e aprendizagem, permitindo a comunicação, expressão, discussão e reflexão entre os envolvidos, garantindo assim a eficácia das intervenções (Costa et al., 2022).

4.2 Insuficiência das ações educativas

Nas intervenções desenvolvidas, os adolescentes demonstraram interesse significativo com o envolvimento de enfermeiros e profissionais de saúde que apoiem a aquisição de conhecimentos e reduza os comportamentos de risco na área sexual. No entanto, essa assistência ainda não tem sido efetivamente empregada; e quando realizada, ainda é baseada no modelo tradicional de imposição de conhecimentos, o que não estimula a autonomia dos sujeitos (Costa et al., 2022).

Já (Franco et al., 2020) discorre acerca das lacunas existentes e do quão imprescindível são as ações educativas voltadas a saúde reprodutiva dos adolescentes e sua sexualidade. Após a intervenção educativa realizada em seu estudo, foi possível identificar a falta de tal conhecimento, o que aumenta o risco de contrair ISTs e de uma gravidez precoce.

É evidente a necessidade de mais intervenções relacionadas à conscientização dos adolescentes sobre os riscos que eles estão expostos, sendo de total importância minimizar os agravos, tendo em vista que a falta de conhecimento sobre prevenção e riscos acarrete mais dificuldades para a gestão de saúde pública (BRASIL; Cardoso; Silva, 2019).

Os autores (Andrade et al. 2020) ressaltam que é necessário preparo e domínio do conteúdo para aplicação de intervenções, o que remete a necessidade de ser o enfermeiro o autor que desempenha o papel de realizar essas ações, pois ele possui competência na área de promoção da saúde e prevenção de doenças.

De acordo com (Morais et al., 2020), comportamentos inseguros podem estar relacionados à falta de diálogo no meio familiar, à ausência de orientações sobre educação sexual nas escolas, bem como o início precoce da vida sexual, e a desinformação sobre fisiologia humana.

 Nesse sentido, se faz necessário pensar em como colocar em prática as estratégias direcionadas pelas políticas públicas já existentes, de forma a atender os adolescentes de maneira ampla e integral. É preciso ampliar os recursos destinados à educação em saúde e aos programas de intervenção que estimulem a adoção de hábitos saudáveis pelos adolescentes (Costa et al., 2022).

A educação em saúde é uma alternativa na atenção primária e uma das possibilidades de intervir criticamente no processo saúde-doença, constituindo-se como parte essencial da promoção da saúde, pois propicia maior consciência, autonomia e construção do conhecimento de si, do outro e do mundo (Campos et al., 2018).

Além disso, as intervenções devem respeitar os aspectos sociais e culturais de cada comunidade, para que as ações sejam bem-sucedidas. Sempre que possível, as estratégias devem ser desenvolvidas em conjunto com a educação e a sociedade civil, levando em consideração as particularidades de cada grupo (Morais-Partelli et al., 2021).

Segundo (Obach et al.,2018), as ações educativas são efetivas, porém necessitam de mais engajamento por parte dos profissionais de saúde, dentre eles o enfermeiro(a), para continuar compartilhando os conhecimentos básicos sobre educação sexual para os adolescentes. Em concordância, (Junior et al. 2019) ressalta que para uma intervenção eficiente é relevante que haja aproximação entre profissional e adolescentes, permitindo assim melhor engajamento e autoconhecimento.

Quando se fala em aproximação, é visto que a falta de vínculo e espaço para uma comunicação ativa, prejudica o desenvolvimento das estratégias educativas, o que torna o adolescente um ser passivo e não protagonista (Queiroz et al., 2016). 

De acordo com (Baldoino et al., 2018), faz-se necessário que as intervenções sejam intensificadas, que promovam vínculos, levando em consideração o alto risco de gravidez não intencional, é de suma importância a melhoria e o aumento dos recursos relacionados a essa temática.

Na Atenção Básica, os enfermeiros salientam as dificuldades na oferta de educação voltada aos jovens, uma vez que estes não frequentam a unidade e as demandas excessivas de trabalho dificultam a ampliação das atividades para esse grupo (Costa et al., 2022). 

De forma concisa, é necessário que educadores e profissionais da saúde trabalhem juntos para programar estratégias educacionais que evitem a gravidez na adolescência e reduzam vulnerabilidades tornando imprescindível a conexão entre escolas e equipes de saúde para proporcionar a aproximação e o contato dos adolescentes com todas as instâncias de cuidado (Morais et al. 2020).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que a efetividade das intervenções educativas comprova a melhoria do conhecimento e a prevenção da gravidez na adolescência, com impacto positivo na saúde sexual. Tendo como objetivo aprimorar o conhecimento e mudar atitudes, os profissionais de enfermagem programaram essas ações de maneiras estratégicas, diversificando sua aplicação.

No entanto, os resultados ainda são pouco significativos, levando em consideração a todas as dificuldades encontradas para execução, tais como: falta de recursos, resistência dos responsáveis, evasão dos adolescentes aos serviços de atenção primária e limitação do campo de aplicabilidade. Depois de identificados os problemas e as razões que os favorecem, é preciso diminuir essas barreiras e assegurar uma assistência que proporcione integralidade e equidade na efetividade das intervenções oferecidas a esses jovens.

A enfermagem desempenha um papel fundamental na educação dos adolescentes, seja em grupo ou individualmente. A combinação de ações educativas que envolvem família, escola, comunidade e serviços de saúde são essenciais para garantir um alto nível de aprendizado, essa cooperação estimula a aproximação e o vínculo dos profissionais com o público-alvo. Com isso, é possível alcançar resultados mais satisfatórios e promover a melhoria do conhecimento, além de garantir práticas sexuais seguras e reduzir as estatísticas de gravidez precoce.

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¹ Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony.
E-mail:Elany.silva@outlook.com

² Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony. 
E-mail:Elidarcgomes@gmail.com 

³ Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony.
E-mail:Pamelavaldivino@hotmail.com

4Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony.
E-mail:joanamoreira.jm39@gmail.com

5 Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony. E-mail:lucianafernandes184@gmail.com

6Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony. E-mail:20191110690@aluno.uniateneu.edu.br

7Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony. E-mail:20191110079@aluno.uniateneu.edu.br

8Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony. E-mail: 20191111286@aluno.uniateneu.edu.br

9Enfermeiro. Especialista em Auditoria em Enfermagem. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Mestrando em Ensino nos Serviços de Saúde (CMEPES).E-mail: alapeixe@ufc.br

10Leandrof@sobral.ufc.br

11Gestora de Qualidade. Especialista em Gestão Hospitalar e Serviços de Saúde. E-mail: laisbastos@ufc.br.

12Edinelesf@yahoo.combr

13Oleandro.lima@hotmail.com

14 Milielmafurtado16@gmail.com

15 Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde, Mestra em Saúde Coletiva e Especialista em Enfermagem Obstétrica e Saúde da Mulher. Professora de Graduação e Coordenadora dos estágios Supervisionado II no Centro Universitário UNIATENEU. E-mail: edina.costa@professor.uniateneu.edu.br