ACIDENTES OCUPACIONAIS COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES ENVOLVENDO PROFISSIONAIS MÉDICOS EM UM HOSPITAL ESTADUAL NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO – RO

ACCIDENTS OCCUPATIONAL WITH SHARP MATERIALS INVOLVING PROFESSIONALS MEDICAL IN A STATE HOSPITAL IN THE MUNICIPALITY OF PORTO VELHO – RO 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7878937


Jéssica De Carli Pinto1
Mariângela de Lima Bezerra Santos2
Marciana Segura Fróio3


RESUMO 

Objetivo: Objetivou verificar o grau de incidência de acidentes com perfurocortantes, estabelecer formas para  o enfrentamento e prevenção ao adoecimento e acidentes de trabalho, identificar dados que relatam as  dificuldades que os profissionais médicos possuem para notificar o acidente. Métodos: Trata-se de um estudo  transversal, descritivo de campo retrospectivo com abordagem quantitativa. Foram abordados no total 82  médicos de ambos sexos, onde 60 aceitaram ter dados coletados por meio de um questionário autoaplicável. A pesquisa foi realizada no Hospital Estadual na Cidade de Porto Velho – Rondônia. As informações foram  avaliadas, tabuladas e representadas por gráficos e tabelas através do programa Microsoft Office e Excel  2013. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Dos questionários respondidos  (51%) declararam já ter sofrido acidente com material perfurocortante e (22%) disseram não ter sofrido nenhum acidente com tal objeto, porém dos profissionais acidentados, (48%) notificaram o acidente, e (52%)  se negaram a notificar o ocorrido. No geral (57%) dos médicos eram casados, a maioria tinham mais de 10  anos de formação, e trabalhavam com (48%) em sistema de plantão. A unidade com maior ocorrência de  acidentes, foi no Centro Cirúrgico, sendo o principal objeto causador de acidentes a agulha. Quanto aos  procedimentos que causam mais acidentes, prevaleceu no momento de ao reencapar a agulha, e ao se referir  ao motivo, apontou a “pressa” fator responsável pelos acidentes. Conclusão/Considerações finais: Conclui-se que a pesquisa foi considerada satisfatória, pois se evidenciou que esse tipo de acidente repercute na  subjetividade do profissional, tornando necessária a adoção de práticas de segurança ao manipular os  perfurocortantes. 

Palavras-chave: Acidentes ocupacionais, Perfurocortante, Médicos. 

ABSTRACT 

Objective: Had the goal to verify the incidence of accidents with sharp objects, establish ways to face and  prevent secondary illnesses and accidents at work, identify data that understands the difficulties that medical  professionals have to report the accident. Methods: This is a cross-sectional, descriptive, retrospective field  study with a quantitative approach. A total of 82 physicians of both sexes were approached, where 60 agreed  to have data collected through a self-administered questionnaire. The research was carried out at the State  Hospital in the city of Porto Velho – Rondônia. The information was evaluated, organized in spreadsheets and represented by graphs and tables using Microsoft Office and Excel 2013. The study was approved by the Research Ethics Committee. Results: Of the questionnaires answered (51%) declared that they had already  suffered an accident with sharps and (22%) said they had not suffered any accident with such an object, but  of the professionals who had been injured, (48%) reported the accident, and (52%) refused to report the  incident. In general (57%) of the doctors were married, the majority had more than 10 years of training, and  worked with (48%) in an on-call system. The unit with the highest occurrence of accidents was in the Surgical  Center, the main object causing accidents being needles. As for the procedures that caused more accidents,  it prevailed at the time of recapping the needle, and when referring to the reason, the “haste” factor was  deemed most responsible for the accidents. Conclusion/Final considerations: It is concluded that the  research was considered satisfactory, as it was shown that this type of accident has correlations to the  subjectivity of the professional, making it necessary to adopt safety practices when handling sharp objects. 

Key words: Occupational accidents, Sharp objects, Physicians. 

INTRODUÇÃO  

Os acidentes de trabalho com material biológico (ATMB) são, portanto de suma importância, pois  têm gravidade e é classificado como uma “emergência médica”, ou seja, uma vez que envolvem risco de  infecção, logo sendo fundamental o início rápido das profilaxias antirretrovirais (ARV) para diminuição do risco  de soroconversão (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011), A carga de trabalho com produtos biológicos gera  processo de desgaste, estando relacionado ao trabalhador da área da saúde, este desgaste acresce pelo fato  de manipulação seguidamente com sangue, o que por descuido acidental pode ocasionar contaminação como  a Vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a Hepatite C (HCV) (GALON et al, apud SILVA et al, 2014). 

Atualmente, tem-se, aproximadamente, 325 milhões de portadores crônicos da Hepatite B e 170  milhões da hepatite C. Sendo que no Brasil, são cerca de dois a três milhões, respectivamente. Onde a grande  maioria desconhece sua condição sorológica, o que agrava ainda mais o controle da cadeia de transmissão  destas infecções (MAGAGNINI; ROCHA; AYRES, 2011). 

Os profissionais de saúde em questão, por natureza, esforçam-se em proporcionar a melhor  assistência possível. Contudo, esse tipo de comportamento, não impede que ocorram falhas e acidentes  devidos aos cuidados prestados aos pacientes, o que acaba se contradizendo com a ideia de perfeição na  assistência médica. Logo, tem-se observado que temendo represálias diante da descoberta de suas falhas e  acidentes, estes profissionais omitem e ocultam o ocorrido, ou, quando identificados, buscam livrar-se do  pesado encargo onde os mesmo criam uma cadeia de censuras que em nada contribui para o entendimento  do que houve (NETO, 2006). 

Nos últimos anos vêm ocorrendo alguns avanços na sociedade, especialmente no que diz respeito  aos avanços tecnológicos observados na área da medicina, logo a referida norma citada acima acabou sendo  considerada incompleta quando comparada aos novos entendimentos teóricos acerca dos riscos ambientais.  Pois, para alguns expoentes no campo de pesquisa e doutrinação, devem-se acrescentar os riscos de caráter psicossocial aos já quatro existentes. Cabe esclarecer, por ser de relevo, que a exposição do homem ao  material biológico pode ocorrer por meio de quatro formas aventadas pela literatura (FIGUEIREDO, 2022). 

Diante do exposto, o presente trabalho através da pesquisa à ser realizada tem como propósito  apontar o grau de incidência de acidentes ocupacionais com profissionais médicos em unidade hospitalar,  durante a utilização de materiais perfurocortantes podendo citar agulhas, pinças, lâminas de bisturi dentre  outros, visto que tais circunstâncias podem resultar em agravos à saúde do trabalhador. Neste estudo  evidenciamos, especialmente, os riscos biológicos, por serem os acidentes com material perfurocortante. 

MÉTODOS  

Trata-se de um estudo transversal com pesquisa de campo de caráter descritivo exploratório, com  abordagem quantitativa, que visa reunir e classificar os fatos relacionados ao acidente com perfurocortantes. 

Para a elaboração do presente estudo foram realizadas algumas fases: levantamento bibliográfico,  formulação dos problemas, leitura do material, referências teóricas publicadas em livros, revistas  especializadas, artigos científicos, termo de consentimento, e organização lógica do tema. 

Na abordagem com os profissionais, onde o sujeito da pesquisa é o médico de ambos sexos foi  apresentado o termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, juntamente com um questionário  contendo 21 perguntas fechadas, sendo entregues para 82 médicos do hospital, sendo que 60 devolveram o  questionário respondido, e 22 se recusaram a responder. Levando em consideração que foram excluídos os  profissionais que não assinaram o TCLE e todos aqueles que se apresentavam de licença ou afastamento. 

As informações obtidas foram avaliadas e tabuladas, e foram representados por gráficos e tabelas  através do programa Microsoft Office Excel 2013 e Word 2013, onde as informações foram analisadas,  distribuídas e classificadas conforme a categoria de respostas. Somente foram utilizadas as informações que  foram coletadas relevantes à pesquisa. A coleta de dados somente foi iniciada após a aprovação do Comitê  de Ética e Pesquisa (CEP), em princípio de pesquisas envolvendo seres humanos, conforme Resolução  466/12 do Conselho Nacional de Saúde – (CNS). Conforme a Resolução 466/12 do CNS, toda a pesquisa  oferece riscos e benefícios, e os procedimentos adotados nesta pesquisa tiveram o máximo de benefícios e  o mínimo de danos e riscos, porém, mantendo sempre a dignidade do colaborador, obedecendo ainda aos  Critérios da Ética em Pesquisa com Seres Humanos, proposto na resolução citada. 

O benefício dessa pesquisa foi para ter uma autoavaliação rotineira e analisar seu conhecimento  relacionado aos riscos que os mesmos profissionais estão predispostos a se submeter. No entanto, iremos  decorrer quais os setores do hospital em questão tiveram um maior índice de acidentes com perfurocortantes,  bem como apontar os principais motivos que deram causa a tais acidentes, se há algum período de horário  com maior ocorrência de tais fatos e se nos casos concretos as providências adotadas pelo profissional  médico foram as corretas. Com isso, o profissional seguindo corretamente as precauções e padrões  estabelecidas para cada procedimento, se aplicadas diariamente, trará como benefício a prevenção de tais  acidentes.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 

Segue a descrição dos dados obtidos na pesquisa de campo sobre Acidentes ocupacionais com  materiais perfurocortantes envolvendo profissionais médicos em um Hospital Estadual no Município de Porto  Velho-RO, sendo tabulados no Microsoft Excel 2013 e no Microsoft Word 2013. Exposta então, através de  tabelas e gráficos juntamente com sua explicativa, assim decorrem os resultados da análise referente aos  dados coletados através das perguntas obtidas. As variáveis levantadas foram: situação conjugal, tempo de  profissão, se já houver sofrido acidente ocupacional perfurocortante, tipo de instrumento envolvido no acidente  ocupacional, notificação do acidente ocupacional, medidas profiláticas pós-exposição, uso de EPI, e se  achavam conhecedores das condutas após a exposição ocupacional. 

Gráfico 1. Quantidade de médicos por ano de formação, estado civil e seus respectivos períodos  de trabalho do hospital, no período de janeiro de 2023. 

Fonte: (AUTORIA PRÓPRIA, 2023) 

No gráfico acima, percebe-se que o tempo de atuação profissional é de (53%) acima de 10 anos,  (29%) até 05 anos e (19%) de 5 a 10 anos de experiência profissional. Notou-se que (57%) dos médicos são  casados, quando questionado sobre o turno de trabalho obtivemos (18%) responderam que trabalham na  manhã das sete horas às treze horas, (8%), ou seja, a minoria trabalha durante o período noturno das  dezenove horas às sete horas, porém prevaleceu 48% em escala de plantão. É importante ressaltar que esses  dados sobre o perfil dos participantes não afirmam o período no qual ocorreu o acidente, já que tal  levantamento se fez necessário apenas para traçar o perfil de profissional que estava respondendo ao  questionário. Porém, ao analisar os dados apenas dos 51% médicos que tiveram o acidente, fora possível  constatar que 53% profissionais afirmaram que seu tempo de formação está acima 10 anos, conforme a  pesquisa do autor Silva et.al., (2010), realizada em Porto Alegre- RS no período de junho a julho de 2008, onde afirma que o estudo indica que independente da categoria profissional, trabalhadores com maior tempo  de serviço acabam se arriscando mais, por adquirir uma autoconfiança na execução de suas atividades, por  vezes, negligenciando medidas de precaução para proteção individual. 

Portanto, Michel et al., apud Silva et al., 2014; afirma que o trabalho noturno pode causar vários  sérios problemas à saúde do trabalhador como o distúrbio do sono, levando a agressividade, irritabilidade,  erros no procedimento, pensamentos mais lentos e atenção reduzida, podendo ocasionar depressão que  poderá a vir ocasionar atendimento psiquiátrico ao profissional.  

Gráfico 2. Distribuição da percentagem de quantos profissionais do hospital se acidentaram, bem  como se já submeteram mais de uma vez, como de notificação de acidentes de trabalho com materiais  perfurocortantes. Porto Velho, 2023. 

Fonte: (AUTORIA PRÓPRIA, 2023) 

Dos 60 profissionais entrevistados, 18 (22%) afirmaram não ter sofrido exposição ocupacional a  material biológico no decorrer de seu trabalho na instituição, enquanto 42 (51%) disseram que já se  acidentaram, e (27%) não responderam a esse questionamento. Ao questionar sobre a conduta após  exposição 22 (52%) afirmaram não ter realizado a notificação de tal acidente, 20 (48%) relataram ter notificado  o fato. Nesse aspecto, os dados coletados indicam se houve mais de uma vez o acidente 32(76%), ou seja, a maior  parte dos que se acidentaram uma vez foram submetidos outra vez à mesma situação, conforme cita no  gráfico 2.  

A falta de informação sobre a notificação de acidentes ocupacionais no hospital deve-se ao fato de  que os profissionais a maioria trabalham em escala de plantão, pois o setor de notificação desses serviços  funciona durante o dia. Uma vez que acontecer o acidente deve ser notificado prioritariamente 02 até 72 horas após o fato ocorrido, vale salientar que depois desse período de tempo, a medida profilática não será mais  viável (CAMPOS; VILAR; VILAR, 2011).  

Nesse contexto, Silva, et.al., (2009), afirma que a notificação do acidente deve ser completa com  todas as suas informações necessárias a fim de identificar as práticas que o profissional que se expõe a  esse tipo de exposição ocupacional. Porém, sendo assim, uma minimização de riscos para os mesmos, pois  com esses dados podem-se desenvolver estudos que vão realizar estratégias que irão conscientizar os  profissionais para essas práticas de riscos de adquirir doenças infecciosas com esses acidentes ocupacionais,  enfatizando a importância do uso de Equipamentos de proteção Individuais (EPI’s) adequado para cada  atividade. Com isso, cabe ao empregador fornecer tipos de equipamentos, ou também o profissional pode  solicitá-los, e quando recebê-los, usá-los corretamente conforme preconiza na NR6 do Ministério do Trabalho. 

Nessa linha, o fato de os trabalhadores não notificarem os casos ocorridos impede a visualização  real dos números de ocorrência, assim impedindo que haja medidas para melhorar a saúde dos mesmos  devido esse índice de subnotificação (SILVA NETO; ALEXANDRE; SOUSA, 2014).  

Essas exposições ocorreram com os profissionais médicos em contato com pacientes nos locais de  internação como PS II- Clínica Médica, Centro Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e Sala de  Emergência (sutura) entre outros conforme demonstrado no (Gráfico 3). 

Gráfico 3. Distribuição dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico ocorrido entre  trabalhadores do hospital segundo unidade de trabalho, Porto Velho, 2023.

Fonte: (AUTORIA PRÓPRIA, 2023) 

Ao realizar uma análise do gráfico acima, podemos perceber que a unidade com maior ocorrência  de acidentes (46%) dos entrevistados, foi no Centro cirúrgico, e (12%) no setor da sala vermelha (sutura ou  emergência), onde o atendimento tem que ser rápido e com agilidade para manuseio com perfurocortante, conforme Oliveira; Diaz; Toledo, (2010), que na prática cotidiana de atendimento em uma unidade de urgência  e emergência, observam-se situações potenciais relacionadas às características do atendimento prestado  que podem favorecer a ocorrência do acidente.  

Nesse sentido, Chagas et al., (2013), afirma que a emergência é um tipo de local que recebe  pacientes graves, onde a assistência deve ser mais rápida e atenciosa, diante disso os profissionais acabam  se expondo aos riscos que o ambiente favorece mediante a não utilização adequadas de epi’s e manuseando  objetos perfurocortantes com mais pressa e com maior frequência.  

Simão et al., (2010b), concordam que devido à intensa rotina nas emergências hospitalares, visando  que os profissionais necessitam realizar várias atividades ao mesmo tempo, em pouco espaço e também  associado ao estresse pela própria natureza de seu ofício, acaba diminuindo a capacidade de concentração  dos mesmos e aumentando assim as chances desse tipo de acidente de trabalho.  

Ainda sobre o gráfico 3, podemos analisar que no setor PSII- Clínica Médica juntamente com a UTI,  obtiveram quantidades próximas dos casos com (4%) e UTI (5%). Apenas a unidade Ala I, Ala II, Ala III, PSI  cirurgia geral, dos dados coletados, sendo os setores onde não ocorreram acidentes com instrumentos  pontiagudos conforme pesquisa realizada nesta instituição.  

Situações similares apontadas no estudo de Oliveira; Gonçalves, (2010), indicam que o alto índice  de acidentes de trabalho com a equipe médica ocorreram de forma mais frequentes no Centro Cirúrgico das  unidades hospitalares. Isto porque, a acentuada dificuldade do serviço, desenvolvidos no bloco cirúrgico e  nas demais repartições de emergências, pode ocasionar aos profissionais ao executarem os procedimentos  invasivos em pacientes em estado mais sensíveis, podendo citar como intubação orotraqueal, contenção de  hemorragias, ráfia de vasos, drenagem de tórax, serem expostos ao contato com sangue e fluidos. Podendo  acrescentar ainda como fatores favoráveis a possível exposição, o excesso de carga de estresse e cobrança  por resultados rápidos e eficazes assistir em ambientes com maior nível de insegurança (DAMASCENO et  al., 2006). 

Nessa linha, alguns aspectos foram abordados, descrevendo qual tipo de material a que o  profissional foi acometido no momento da exposição ocupacional com materiais biológicos conforme citado  na tabela 1 abaixo:  

TABELA 1. Instrumentos causadores, no momento da exposição entre profissionais médicos acidentados no  hospital, Porto Velho, RO, 2023.

Fonte: (AUTORIA PRÓPRIA, 2023) 

Conforme a tabela 1 acima citada, que o principal objeto causador de acidentes citados pelos  profissionais foi a agulha com (57%) dos que aparecem como uma das principais responsáveis pelo número  de acidentes, devido ao seu intenso manuseio pelos médicos em questão na administração de medicações,  em procedimentos cirúrgicos e na realização de exames. Porém, 22% dos entrevistados não responderam a  esse questionário em questão, pois não tiveram acidentes, (15%) apontaram que foram perfurados pela  agulha de bisturi, sendo que os objetos lâminas e ampolas tiveram a mesma quantidade assinaladas pelos  participantes, e (8%) por “outros” instrumentos de trabalho. 

Esses resultados obtidos corroboram com o estudo feito em Niterói/Rio de Janeiro, apresentado por  Simão et al, (2010b), em que a maioria das ocorrências com materiais perfurocortantes, sendo a agulha  (68,2%) o objeto mais frequentemente associado. De acordo com Oliveira; Diaz; Toledo, (2010), relata que  nos Estados Unidos – EUA estima-se que ocorram cerca de 384.000 acidentes nos ambientes hospitalares,  causado a maioria por agulhas. 

Portanto, Marziale et al., (2010) afirma que para evitar esse tipo de infecção de natureza ocupacional  deve seguir algumas recomendações como: a utilização de luvas e epi’s ao manipular qualquer material  contaminado ou até mesmo pele com lesões e sempre que praticar punções venosas ou outros procedimentos  invasivos, relata ainda sobre a utilização de máscara e óculos protetores sempre que houver algum  procedimento que haja possibilidade de gerar gotículas de sangue ou outro fluido orgânico. Os mesmos  autores ainda relatam que sempre que tiver contato com sangue, até mesmo na após retirar as luvas, sempre  realizar a lavagem das mãos imediatamente, e diz sobre a importância de não reencapar agulhas utilizadas  e nem dobrá-las desprezado em recipientes de paredes rígidas e estar o mais próximo onde esteja  manuseando.  

No que diz respeito à efetiva proteção proporcionada pelos equipamentos de proteção individuais  (EPI’s), as luvas, por exemplo, realizam uma proteção superficial como da pele ao contato com sangue e  outros líquidos corporais potencialmente contaminados, porém, é facilmente penetrada por perfuro cortantes,  como as agulhas, muito utilizadas na rotina de trabalho dos profissionais em questão. Dessa forma, medidas  adicionais precisam ser implantadas (DORNELLES et.al., 2016). 

Entretanto, os resultados encontrados neste estudo sobre os acidentes ocupacionais dizem que a  agulha é o principal objeto causador dos acidentes, e são semelhantes aos encontrados em pesquisa  realizada por Feijão; Martins; Marques, 2011, no Município de Fortaleza- Ceará, onde foram citados por todos  (100%) os entrevistados foi a agulha, não tendo sido esclarecido o tipo nem o tamanho.  

Quanto às tarefas que estavam sendo executadas quando da ocorrência da exposição ocupacional,  a Tabela 2 abaixo apresenta os resultados obtidos.

TABELA 2. Distribuição dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico dos  trabalhadores médicos, segundo a tarefa executada no momento da exposição ocupacional, Porto Velho,  2023. 

Fonte: (AUTORIA PRÓPRIA) 

No momento do acidente ao desprezar a agulha foi apontado como o procedimento que causou três  situações de acidente com (4%). Onde também ocorreram acidentes, ao reencapar agulha contaminada  (21%) sendo essa a maior causa apontada pelos profissionais. Houve situações em coleta de sangue para  gasometria (3%), ao manusear bisturi apressadamente (7%), e em momentos em que a agulha estava  misturada junto com gaze, esquecendo e apertando a gaze se perfurando no momento.  

Porém, grande quantidade dos médicos (31%) não respondeu a esse questionamento por que não  tiveram acidentes. Portanto, chama a atenção o fato de que apenas 5 dos participantes marcarem a opção  ao manusear agulha/bisturi apressadamente conforme na Tabela 2, porém no gráfico 4 a alternativa mais  apontada foi a “pressa”.  

Pois, de acordo com Galon; Marziale; Souza, (2011) relata que o profissional possui algumas  responsabilidades, bem como descartar os objetos pontiagudos corretamente, como também não reencapar  agulhas conforme é preconizado no Brasil pela NR32 pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC),  nas suas recomendações mais atuais, cita. Mesmo assim, ainda permanecem sendo apontados nesse estudo  os fatores mais predisponentes. 

Portanto, Simão et al, (2010a) concordam que para o manuseio de materiais pontiagudos e  recomendados cuidados para cada tipo de procedimento, como: não reencapar agulhas, retirar agulhas da  seringa com os dedos ou até mesmo não entortar esses tipos de objetos, portanto, se o material ainda estiver  estéril, ou seja, nunca utilizado, deve ser desprezado em recipiente próprio para seu descarte e estar sempre  próximo do local onde vão ser realizados os procedimentos.

Nesse aspecto, os médicos da pesquisa foram questionados com relação às causas da ocorrência  dos acidentes, as quais se encontram dispostas no gráfico 4. 

GRÁFICO 4. Distribuição dos fatores predisponentes à ocorrência dos acidentes de trabalho por material perfurocortante apontados pelos profissionais do hospital, 2023. 

Fonte: (AUTORIA PRÓPRIA)

Os médicos consideraram que as causas dos acidentes foram multifatoriais, com atribuições que  perpassam os motivos pessoais, coletivos, técnicos e institucionais e assim elas foram categorizadas, de  acordo com a semelhança das respostas, em 4 categorias. A maioria dos participantes que se acidentaram  os 42 (51%), com (39,58 %) apontou a “pressa” como o grande fator causador dos acidentes com  perfurocortantes. Os “outros motivos”, foi apontado por (33,33 %) dos entrevistados como o segundo fator  responsável pelos acidentes, o “cansaço” foi considerado por (16,67 %) dos entrevistados na terceira posição,  o “excesso de trabalho” como a quarta causa (6,25 %), e a falta de treinamento e a falta de equipamentos de  proteção individual adequada com (4,16 %) foi considerada as menos causadoras de acidentes com o  perfurocortante.  

Segundo Lin et al., (2019), mesmo tendo recebido treinamentos quanto à infecção hospitalar, os  profissionais médicos costumeiramente ignoravam as práticas de protocolos de precaução em virtude da  grande carga de trabalho. Consoante a tal situação, ainda houve a justificativa de que muitos profissionais  não utilizavam os equipamentos de proteção, visando evitar possíveis sofrimentos psicológicos que por  ventura os pacientes poderiam a ter face à gravidade de suas patologias. 

Vale ressaltar que a importância da educação constante para os profissionais sobre o uso de Epi’s,  quanto também orientações adequadas para os protocolos de medidas administrativas para quando houver  AT com material biológico saber como agir é importante para diminuir o índice elevado sobre o não uso de  Epi’s no momento do acidente OLIVEIRA; KLUTHCOVSKY; KLUTHCOVSKY, 2008). 

A respeito da variável adoção do uso EPI pelos trabalhadores da saúde, no âmbito de suas  atividades no ambiente hospitalar, apesar de os dados do presente estudo revelarem que grande parte recorre  a tais medidas de biossegurança, essas nem sempre são mencionadas na prática pelos trabalhadores.  Verificou-se que, em 34 registros (57%), os trabalhadores afirmaram estar utilizando EPI, no momento do  acidente. Desses, (13%) responderam não estar utilizando os EPIs e (30%) deixaram em branco, devido ao  fato de não terem se acidentado com objetos pontiagudos. 

Podemos observar que um indicativo de dificuldades para utilizar o uso de Epi e as condutas pós acidentes, pode ser o tempo de experiência de cada profissional onde os mesmos têm seus hábitos e  costumes para trabalhar e não conseguem absorver mudanças, assim podendo ocasionar acidentes do tipo  (FEIJÃO; MARTINS; MARQUES, 2011).  

A respeito da proteção efetiva de EPI’s, Dornelles et al., (2016), concordam que as luvas, por  exemplo, realizam uma proteção da pele devido ao canto com sangue e alguns fluidos corporais, porém não  protege quanto aos objetos perfurocortantes como as agulhas que são muito utilizadas principalmente pelos  profissionais médicos, sendo assim, é preciso ser implantadas algumas medidas para minimizar esses tipos de acidentes.  

Nesse sentido chamam atenção esses resultados, pois a maioria usava epi’s, porém ao questionar  se tem conhecimento de ter adquirido diretamente patologias infecciosas como HIV, Hepatite B e C, (76%)  responderam que os resultados do seu respectivo testes deram negativo, e (24%) deixaram em branco, não  respondendo a essa pergunta. Ao questionar sobre qual patologia foi adquirida nessa fatalidade, obtivemos  de resposta, sendo 8 (19%) disseram que adquiriu HIV/AIDS, 01(2%) respondeu o diagnóstico de Hepatite B,  08(19%) participantes desconheciam sobre essa informação desses possíveis diagnósticos, e 25(60%)  negaram qualquer patologia adquirida. Ao questionamento de que após o acidente foi procurada a entidade  competente para as realizações dos testes, obtemos os seguintes resultados: 24 participantes informaram que  procuraram assistência, e 18 disseram que não foram realizaram. Formozo; Oliveira, (2009) observam que na  assistência aos pacientes sabidamente soropositivos para HIV, deve-se ter uma cautela maior pelos  profissionais do que a outros pacientes, não descartando os protocolos estabelecidos como a precaução  padrão em outros pacientes, mas que com o cliente soropositivo para HIV, consiste uma forma maior de  cautela para que não haja o risco da exposição ocupacional.  

TABELA 3. Distribuição das respostas atribuídas por médicos em relação à conduta tomada e para  que setor informou após o acidente de trabalho com material potencialmente contaminado. Porto Velho, 2023.

AÇÃOQUANTIDADE%
Avisei À CIPA, CAT E À CCIH Do Hospital1111%
Notificou imediatamente1414%
Iniciou os Medicamentos De Profilaxias66%
Garrotear o Local para que não se espalhasse00%
Espremeu a área acidentada 1%
Lavou a área acidentada 19 19%
Lavou o local e fez os exames 0%
Passou álcool 14 14%
Lavou e espremeu a área  acidentada33%
Fez exames e tomou vacina contra  hepatite00%
Procurou assistência técnica e fez  exames22%
Fez exames e tratamento com  imunoglobulina, pois o paciente  tinha hepatite B.11%
Lavou e realizou tratamento com  antirretrovirais.22%
Total 99 100%

Fonte: (AUTORIA PRÓPRIA, 2023) 

Referente à tabela 3, percebem-se divergências entre as respostas, pois diversos médicos  marcaram mais de uma opção. Entretanto, (11%) dos acidentes ocorridos foram notificados ao serviço  responsável, ou seja, a minoria dos casos foi realizada de forma correta por ser considerada a potencialidade  do risco de contaminação e (52%) dos acidentados responderam que não notificaram o caso conforme dados  coletados descritos no gráfico 2. Já na tabela 3 os dados não conferem com a notificação, porém a realização  dos testes sorológicos com (26%) foi a conduta que mais prevaleceu. Diante disso, a posição do que realizou  após a exposição alternativa da conduta realizada “lavar a área acidentada” (19%) marcaram essa opção,  sendo que também (14%) passaram álcool no local do acidente.  

Entretanto, no estudo realizado em um hospital universitário do Sul do Brasil por Ribeiro et al., (2009)  restou evidenciada a ausência de notificação de acidentes, visto que as vítimas julgaram o acidente como sem relevância, sob o julgo de que o material não havia sido utilizado em paciente ou até ainda por  desconhecer quanto a qual conduta adotar em face a esse tipo de acidente que seria o dever de comunicar  de imediato.  

Vale ressaltar com relação à quantidade de profissionais que responderam ao questionamento que  se acidentaram sendo 42 (51%) dos 60 participantes, porém, diversos médicos marcaram mais de uma opção  em virtude de tomarem várias condutas no momento do acidente. Porém, é um fato mais preocupante que significativo, sendo que a conduta pós-acidente mais citada foi a realização de exames sorológicos no  profissional. 

Tem-se que a grande incidência dos acidentes de trabalhos sofridos por equipe médica pode estar  relacionada ao posicionamento profissional mediante tais condutas citadas, o que indicam compreensão  pormenorizada do protocolo padrão. Tal assimilação também fora observada após o acidente de trabalho,  face à baixa procura por assistência técnica (2%), e ainda pela quantidade de exames realizados pós-acidente  (26%), demonstra-se assim a conduta descuidada que os profissionais médicos têm consigo mesmo mediante  às exposições a materiais perfurocortantes com sangue e/ou fluídos corporais. Denota-se que tal situação  possa estar associada ao auto-atendimento do profissional, em decorrência de sua formação acadêmica.  Entretanto, tal ação deve ser ponderada, visto que o protocolo a ser adotado nestes casos de exposição não  é de conhecimento de todas as especialidades médicas (OLIVEIRA; GONÇALVES, 2010). 

Ao verificar a conduta imediata dos profissionais após exposição com material biológico foi  constatado que (19%) lavaram o local com água e sabão, procedimento correto. Segundo as orientações do  COVISA (2007), em caso de exposição com material biológico deve-se seguir esse procedimento.  

De acordo com Vieira; Padilha; Pinheiro, (2011), diz que seja qual for a categoria do tipo de acidente  de trabalho, esse deve ser notificado imediatamente com a emissão de CAT, assim estará contribuindo para  um planejamento de ações voltadas para prevenção de possíveis doenças ou até mesmo agravos na saúde,  porém estará também promovendo melhor saúde para os devidos trabalhadores por meio de uma notificação.  Apesar da frequência do envolvimento desses profissionais em acidentes, verifica-se que existe ainda  subnotificação dessas ocorrências, o que prejudica a adoção de medidas preventivas e de controle visando  melhorar a qualidade de vida desses profissionais e da assistência prestada.  

Diante do exposto e contemplando sobre o instrumento aplicado, os médicos responderam ao  questionário, o qual buscou investigar quanto ao conhecimento dos profissionais médicos do Hospital em  questão, sobre as condutas a serem tomadas diante de um acidente com material perfurocortante. Observou-se que 36 (86%) dos médicos consideraram-se conhecedores das condutas pós-exposição e 6 (14%)  responderam que não. Enquanto ao questionar se se sentiam preparados para agir diante de um acidente  dessa natureza, 32(76%) responderam que se sentem preparados, porém 10(24%) responderam que não  estavam preparados para conduzir esse tipo de acidente de modo correto. E ao questionamento se fizeram  acompanhamento sorológico após o acidente, 27 (64%) responderam que realizaram acompanhamento, e 15  (36%) participantes responderam que não. 

Segundo Silva; Zeitoune, (2009), apesar de os profissionais afirmarem conhecer as medidas de  segurança, os mesmos as utilizam escassamente, tendo como necessidade a rapidez durante determinados  procedimentos o que também confirma o gráfico 4, que descreve que um dos motivos dos acidentes seria a  pressa. A exaustão física e mental ligada ao processo de trabalho, além da falta de equipamentos de proteção  individual, situações que avolumam as chances de acidentes ocupacionais com materiais biológicos.  

Segundo Oliveira; Gonçalves, (2010) os profissionais devem adotar algumas práticas, de modo em  que haja uma educação de forma contínua com a implementação de programas efetivos, havendo ainda a  necessidade de se descobrir o motivo pelo não seguimento das recomendações que são tidas como padrão,  que mesmo conhecendo não as colocam em uso. Com isso, se faz necessário que haja treinamento, onde os médicos consigam aprimorar e se atualizar como profissional, permitindo assim que os mesmos se se  sensibilizem e reconheçam o quão séria é a presente questão, considerando os riscos a que se sujeitam, bem  como, a responsabilidade individual no que tange a prevenção, diminuindo assim possíveis acidentes de  trabalho. 

Diante do exposto, podemos afirmar conforme Lubenow et.al., (2012), que ao lecionar que esse  conhecimento tem como objetivo efetivar algumas práticas preventivas direcionadas aos profissionais sendo  eficiente para afixar em princípios científicos. O autor cita que se esperam melhoras nessas exposições dos  profissionais em questão, pois os mesmos podem compreender que esses tipos de acidentes podem ser  evitados, e que não se pode considerar apenas uma causa de “fruto do mero azar”. 

CONCLUSÃO  

As percepções evidenciaram, sobretudo, um cenário em que o processo de trabalho com cobranças  constantes, verticalização das relações interpessoais, falta de infraestrutura e o elevado fluxo de pacientes  propiciam problemas, como o estresse, o cansaço e a desatenção entre os profissionais, podendo contribuir  para o aumento das chances de um acidente com perfuro cortante. 

Nesse aspecto, torna-se necessário o cumprimento do disposto na NR 32, principalmente no que  tange em exigir que as instituições disponibilizem equipamentos individuais e coletivos aos profissionais,  sendo ainda de grande valia o fornecimento de orientações sobre a forma mais adequada a ser adotada em  cada procedimento no intuito de que evitar ou minimizar os riscos ocupacionais, sendo ainda de suma  importância expedição de notificação do acidente para a instituição empregadora. 

Durante a pesquisa, ainda se constatou que o conhecimento sobre a temática no referido hospital  realiza uma influência positiva à adesão, pois a maioria seguiu pelo menos uma conduta pós-exposição  ocupacional. Espera-se que este estudo forneça subsídios para o planejamento e gerenciamento da atenção  à saúde dos trabalhadores em saúde, principalmente o médico, permitindo o acompanhamento das tendências  e flutuações no contexto dos acidentes, para a revisão de condutas e protocolos de boas práticas entre a  equipe assistencial. 

Diante disso, sugerimos uma implantação de programas de educação permanente, sustentados  pela realização de seminários temáticos, reuniões com profissionais competentes para capacitar tais médicos,  expandindo o conhecimento acerca dos fatores associados à ocorrência dos acidentes, visando minimizar a  ocorrência de acidentes com objetos pontiagudos, mostrando a importância da notificação, diminuindo assim  a subnotificação, a fim para melhorar o acompanhamento daqueles profissionais que se acidentaram.  

REFERÊNCIAS  

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde:  Higienização das Mãos / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 105p. Vigilância Sanitária. 2. Saúde  Pública. I. Título. Brasília: Anvisa, 2009. 

_______ .BRASIL. Lei n. 8.213 de 24 de Julho de 1991. Atualizada até janeiro de 2008. Dispõe sobre os  planos de benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 14  ago. 1991. 

_______.BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância  Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. ed. 08. Brasília. 2010. 

CAMPOS S.F.,VILAR M.S.S., VILAR D.A.,Biossegurança: Conhecimento e Adesão às Medidas de  Precauções Padrão num Hospital. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 15(4):415-420, Paraíba,  2011. 

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M,  Chiarello L, and the Healthcare Infection Control PracticesAdvisory Committee. Guideline for Isolation  Precautions: Preventing Transmission of Infectious Agents in Healthcare Settings 2007. Jun. 2007.  219 p. Disponível em: http://www.cdc.gov/ ncidod/dhqp/pdf/isolation2007.pdf. Acesso em: 22 jan. 2022. 

CHAGAS M.C.S., BARBOSA M.C.N., BEHLING A., GOMES G.C., XAVIER D.M., Risco Ocupacional Na  Emergência: Uso De Equipamentos De Proteção Individual (Epi) Por Profissionais De Enfermagem, Rev  enferm UFPE, 7(2):337-44, fev., Recife, 2013.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos  resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005,  Publicada no DOU no 84, de 4 de maio de 2005, Seção 1, páginas 63-65, 2005. 

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução 466, de 12 de dezembro de 2012. Disponível em:  <conselho.saude.gov.br/resoluções/2012/Reso466.pdf>. Acesso: 30/11/2021. Hora: 10:06. 

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, RESOLUÇÃO Nº 5, DE 5 DE AGOSTO DE 1993,  Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res93/res0593.html, acesso: 01/12/2021. 

COVISA – Coordenação de Vigilância em Saúde. Risco biológico e biossegurança: recomendações  gerais. São Paulo: SMA, 2007. 

DAMASCENO, ARIADNA P., PEREIRA MILCA S., SOUZA, ADENÍCIA C.S., TIPPLE, ANACLARA F.V.,  PRADO, MARINÉSIA A., Acidentes ocupacionais com material biológico: a percepção do profissional  acidentado, Rev Bras Enferm 2006 jan-fev; 59(1): 72-7. Goiânia – GO, 2006. 

DORNELLES C., CARVALHO L.A., THOFEHRN M.B., NUNES N.J.S., FERNANDES H.N., Exposição de  profissionais de saúde ao material biológico: estudo no ambiente hospitalar, J Nurs Health. 1(1):64-75  Pelotas – RS, 2016. 

FEIJÃO Alexandra R., MARTINS Luzy H. F. A., MARQUES Marília B.,-Condutas pós-acidentes  perfurocortantes: percepção e conhecimento de enfermeiros da atenção básica de fortaleza, – Rev  Rene, Fortaleza, 2011. 

FIGUEIREDO, T.Z.A. Acidentes biológicos. Secretaria de Saúde de Goiás. Disponível em:  http://www.sgc.goias.gov.br/upload/links/arq_493_11_DraAThaisa_ProtocoloAdeAacidenteAocupacionalAco mAmaterialAbiologicoAemAGoias.pdf. 2010. Acesso em: 21 jan. 2022. 

FORMOZO G.A., OLIVEIRA D.C., Auto-proteção profissional e cuidado de enfermagem ao paciente  soropositivo ao HIV: duas facetas de uma representação, Acta Paul Enferm. 2009;22(4):392-8, Rio de  Janeiro, 2009. 

GALON, Tanyse, MARZIALE, Maria H.P., SOUZA, Wecksley L.A legislação brasileira e as  recomendações internacionais sobre a exposição ocupacional aos agentes biológicos, Rev Bras  Enferm, Brasília 2011 jan-fev; 64(1): 160-7. 

LIN, C. et al. Using bottleneck analysis to examine the implementation of standard precautions in hospitals.  American Journal Of Infection Control. [S.l.], p. 1-6, dez. 2019.

LUBENOW J.A.M., MOURA M.E.B., NUNES B.M.V.T., FIGUEIREDO M.L.F., SALES L.C., Representações  sociais dos acidentes com materiais perfurocortantes, Rev. Latino-Am. Enfermagem, vol.20 no.6 Ribeirão  Preto Nov./Dec. 2012. 

MAGAGNINI, Maristela A. M., ROCHA, Suelen A., AYRES, Jairo A., – O significado do acidente de  trabalho com material biológico para os profissionais de enfermagem, Rev Gaúcha Enferm., Porto  Alegre (RS) 2011. 

MARZIALE M.H., ZAPPAROLI A.S.,FELLI V.E., ANABUKI M.H., Rede de Prevenção de Acidentes de  Trabalho: uma estratégia de ensino a distância, Rev Bras Enferm, 63(2): 250-6, mar-abr; Brasília 2010. 

MICHEL, O. Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. São Paulo: Ltr, 2000.  

______ Ministério da Saúde. Manual de Exposição Ocupacional. Recomendações para atendimento e  acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico: HIV e hepatites B e C, 2011. 

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Altera a Norma Regulamentadora que trata de  Equipamento de Proteção Individual – NR6 e dá outras providências. PORTARIA N.º 25, DE 15 DE  OUTUBRO DE 2001 (D.O.U. de 17/10/01 – Seção 1 – Págs. 50 a 52) Disponível em:  <portal.mte.gov.br/data/files/…/p_20011015_25.pdf> acesso: 30/11/2021. 

NETO, Antônio, Segurança dos pacientes, profissionais e organizações: um novo padrão de  assistência à saúde, RAS _ Vol. 8, No 33 – Out-Dez, 2006. 

OLIVEIRA A.C., DIAZ M.E.P.,TOLEDO A.D., Acidentes De Trabalho Com Materiais Perfurocortantes  Entre A Equipe Multiprofissional De Uma Unidade De Emergência, Cienc Cuid Saude, Belo Horizonte – MG, 2010. 

OLIVEIRA, B.A. C; KLUTHCOVSKY, A.C.G. C; KLUTHCOVSKY, F.A. Estudo sobre a ocorrência de  acidentes de trabalho com material biológico em profissionais de enfermagem de um hospital. Cogitare  Enferm, Paraná, v.13, n.2, pp:194-205, 2008. 

OLIVEIRA, ADRIANA C., GONÇALVES, JACQUELINE A., Acidente ocupacional por material  perfurocortante entre profissionais de saúde de um Centro Cirúrgico, Rev Esc Enferm USP; 44(2):482- 7, Belo Horizonte – MG, 2010. 

RIBEIRO A.S., GABATZ R.I.B., NEVES E.T., PADOIN S.M.M., Caracterização De Acidente Com Material  Perfurocortante E A Percepção Da Equipe De Enfermagem, Cogitare Enferm, Out/Dez; 14(4):660-6,  Santa Maria -RS, 2009.

SILVA, Olvani M., ASCARI, Rosana A., SCHIAVINATO, Diego, RIBEIRO, Marieli C., Riscos de  adoecimento enfrentado pela equipe de enfermagem do Samu, Rev. Saúde Pública. Florianópolis, v. 7,  n. 1, p. 107-121,2014. 

SILVA T.R., ROCHA S.A., AYRES J.A., JULIANI C.M.C.M., Acidente com material perfurocortante entre  profissionais de enfermagem de um hospital universitário.Rev Gaúcha Enferm., dez;31(4):615-22,  Porto Alegre- RS, 2010. 

SILVA NETO J.P.,ALEXANDRE S.M.B.,SOUSA M.N.A, ACIDENTES DE TRABALHO E  SUBNOTIFICAÇÕES: Estudo Com Enfermeiros Atuantes Na Atenção Terciária, C&D-Revista Eletrônica  da Fainor,v.7, n.2, p.219-231, jul./dez. Vitória da Conquista, 2014. 

SILVA J.A., PAULA V.S., ALMEIDA A.J., VILLAR J.M., Investigação De Acidentes Biológicos Entre Profissionais De Saúde, Esc Anna Nery Rev Enferm, jul-set; 13 (3): 508-16, Rio de Janeiro, 2009.  

SILVA M.K.D., ZEITOUNE R.C.G., Riscos Ocupacionais Em Um Setor De Hemodiálise Na Perspectiva  Dos Trabalhadores Da Equipe De Enfermagem, Esc Anna Nery Rev Enferm., abr-jun; 13 (2): 279- 86, Rio  de Janeiro, 2009. 

SIMÃO, Suzana A. F., SOUZA, Vanessa, BORGES, Rhiva A. A., SOARES, Cátia R. G., CORTEZ, Elaine A.,  Fatores associados aos acidentes biológicos entre profissionais de enfermagem, CogitareEnferm, Rio  de Janeiro 2010a. 

SIMÃO S.A.F., SOARES C.R.G., SOUZA V., BORGES R.A.A., CORTEZ E.A., Acidentes De Trabalho  Com Material Perfurocortante Envolvendo Profissionais De Enfermagem De Unidade De Emergência  Hospitalar, Rev. enferm. UERJ, jul/set; 18(3):400-4, Rio de Janeiro, 2010b. 

VIEIRA M., PADILHA M.I., PINHEIRO R.D.C., Análise dos acidentes com material biológico em  trabalhadores da saúde, Rev. Latino-Am. Enfermagem mar-abr ;19(2):[08 telas, Florianopolis – SC, 2011. 


1Faculdade Metropolitana de Rondônia (METRO), Porto Velho – Rondônia. E-mail:
jehh.decarli@hotmail.com
1Faculdade Metropolitana de Rondônia (METRO), Porto Velho – Rondônia. E-mail:
mariangeladelima9@gmail.com
2Faculdades Integradas Aparício Carvalho (FIMCA), Porto Velho – Rondônia. E-mail:
marcianafroio@hotmail.com