REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202504091717
Orientador: Fábio Costa de Vasconcelos1
Taise Cunha de Lucena2
Roberta Monteiro de Oliveira Cruz3
Vanessa Lima Carvalho4
Ana Marla Duarte de Souza5
Bruno Henrique dos Santos Morais6
William Robert de Souza7
Yago Rodrigo Marçal Munhoz8
Raissa Ribeiro da Silva9
Erika Kariny Nascimento Reis10
RESUMO
O jejum pré-operatório foi largamente difundido a partir de 1946 quando Mendelson observou um pequeno número de casos de aspiração broncopulmonar em parturientes submetidos a anestesia geral. Por consequência, foi identificada a necessidade do jejum por período superior a 6 horas denominado de “jejum noturno” para esvaziamento gástrico ideal para eliminar possíveis riscos, no entanto o períodos de jejum acabam sendo muito superiores ao estipulado e levando em consideração as descobertas do últimos anos tal prática começou a ser contestada. O objetivo do presente estudo foi de realizar uma revisão sistemática da abreviação do jejum pré-operatório em procedimento cirúrgico do trato gastrointestinal. Foi elaborada uma pesquisa qualitativa transversal, a partir de revisão sistemática. Com a aplicação dos descritores de maior relevância de forma isolada, jejum, tratamento cirúrgico operatório e trato gastrointestinal, foram encontrados 1.311.298 artigos. Ao associar os descritores, jejum, procedimento cirúrgico operatório e trato gastrointestinal, foram encontrados 579.127 artigos nos portais de busca. Os artigos potencialmente relevantes foram armazenados para posterior análise. Durante a apreciação dos 1.890.425 artigos, foi identificado que entre os analisados, 1.890.421 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão e ao escopo do trabalho, finalizando a coleta com 4 artigos incluídos. Conclui-se que a abreviação do jejum pré-operatório pode ser utilizada de forma segura sem qualquer risco de aspiração pulmonar e inclusive amenizando os efeitos das alterações metabólicas orgânicas em resposta ao trauma cirúrgico.
Palavras-chaves: Jejum. Procedimento cirúrgico operatório. Trato gastrointestinal.
ABSTRACT
Preoperative fasting was widespread from 1946 when Mendelson observed a small number of bronchopulmonary aspiration cases in parturients undergoing general anesthesia. As a consequence, the need for fasting for more than 6 hours was termed the “overnight fasting” for optimal gastric emptying to eliminate possible risks, however the fasting periods turn out to be much higher than stipulated and taking into account the findings of the last this practice began to be contested. The objective of the present study was to perform a systematic review of the abbreviation of preoperative fasting in surgical procedure of the gastrointestinal tract. A qualitative cross-sectional study was developed based on a systematic review. With the application of the most relevant descriptors in isolation, fasting, operative surgical treatment and gastrointestinal tract, 1,311,298 articles were found. When associating the descriptors, fasting, operative surgical procedure and gastrointestinal tract, 579,127 articles were found in the search portals. Potentially relevant articles were stored for further analysis. During the evaluation of the 1,890,425 articles, it was identified that among the analyzed, 1,890,421 were excluded because they did not meet the inclusion criteria and the scope of the work, finalizing the collection with 4 included articles. It is concluded that the abbreviation of preoperative fasting can be used safely without any risk of pulmonary aspiration and even lessening the effects of organic metabolic changes in response to surgical trauma.
Keywords: Fasting. Operative surgical procedure. Gastrointestinal tract.
1. INTRODUÇÃO
A segurança, resposta ao tratamento e a satisfação do paciente que necessita ser submetido a um procedimento cirúrgico invasivo é sempre um dos principais objetivos do médico cirurgião e de toda equipe multiprofissional envolvida no tratamento do mesmo. Deste modo, existem diversos cuidados tomados para que seja mantida esta proposta, entre eles o jejum pré-operatório, Segundo Carvalho et al. (2017), essa prática foi largamente difundida a partir de 1946 quando Mendelson observou um pequeno número de casos de aspiração broncopulmonar em parturientes submetidas a anestesia geral. O resultado da aspiração do conteúdo gástrico pode ter consequências devastadoras para o indivíduo, ocorrendo a partir da depressão da consciência durante a anestesia predispondo o paciente ao risco de complicação pela diminuição da função do esfíncter esofágico e dos reflexos das vias aéreas (MORO, MODOLO, 2009).
Por consequência, foi identificada a necessidade do jejum por período superior a 6 horas denominado de “jejum noturno”.
A partir do século XIX, houveram alterações nos protocolos de jejum pré-operatório. Até então os pacientes que poderiam consumir um copo pequeno de chá poucas horas antes da operação, passariam a adotar a regra do jejum a partir de meia-noite para procedimento marcado para o período matutino e desjejum leve (chá com bolachas) para procedimento cirúrgico marcado para o período vespertino. Essa postura foi colocada em prática devido ao seu comodismo. Assim, os pacientes passaram a ficar longos períodos em jejum (10 a 16 horas, ou mais) para garantir esvaziamento gástrico até níveis de conteúdos aceitáveis (OLIVEIRA et al, 2009).
Isso reflete grande significância na prevenção de complicações no pré, per e pós-operatório, de forma a influenciar na evolução positiva no prognóstico do paciente. De acordo com Oliveira et al. (2009), tem contestado o jejum prolongado com mais de 6 horas de duração, levando em consideração a não existência de evidência de que o jejum abreviado com utilização de líquidos aumente o risco de broncoaspiração em relação ao jejum convencional.
Pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos gastrintestinais estão em risco de depleção nutricional devido a inadequada ingestão alimentar, tanto no pré-operatório como no pós-operatório. A nutrição tem um papel relevante, diminuindo a resposta orgânica ao estresse cirúrgico, interferindo de maneira significativa no prognóstico (OLIVEIRA et al., 2009).
2. OBJETIVOS
2.1 GERAL
- Realizar uma revisão sistemática da abreviação do jejum pré-operatório em procedimento cirúrgico do trato gastrointestinal.
2.2. ESPECÍFICOS
- Identificar os efeitos metabólicos do jejum;
- Contextualizar sobre as vantagens e desvantagens do jejum convencional e do jejum abreviado no pré-operatório;
- Descrever as condutas nutricionais no jejum abreviado de acordo com a literatura;
- Identificar as publicações sobre o tema na literatura científica.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 EFEITOS METABÓLICOS DO JEJUM
O organismo humano necessita manter a manutenção do equilíbrio interno, consequentemente com a constância de sua composição orgânica. Então, esse conjunto de ações adotadas pelo organismo, visando à manutenção do equilíbrio, constância do meio interno e também a relação com meio ambiente se denomina “homeostase” (MARGARIDO, 2008).
Mediante exposição a um trauma, independentemente de sua origem, a resposta do organismo sob o ponto de vista biológico se dá de maneira uniforme. Constitui-se então, que cirurgias apresentam agressão aos organismos e de mesma maneira desencadeiam uma resposta metabólica ao trauma (MARGARIDO, 2008).
Os componentes biológicos de ação do trauma no organismo, podem ser distribuídos em três grupos. Sendo, componentes primários que são decorrentes e específicos exclusivamente à ação física sobre o organismo e não podem ser eliminados, componentes secundários que ocorrem em decorrência dos efeitos primários, e o terceiro grupo de componentes associados que dependem exclusivamente das condições clínicas e individuais de cada paciente (MARGARIDO, 2008).
O jejum pré-operatório está agrupado aos componentes associados, interferindo de forma direta no quesito aporte de substratos energéticos que são necessários para reações metabólicas, que ficam aumentadas de imediato no pós-operatório (MARGARIDO, 2008).
O trato gastrointestinal é o principal responsável pela digestão, absorção dos alimentos e também exerce a importante função desempenhada mais especificamente pelo intestino de “órgão central de estresse” assim como a de barreira contra microrganismos e toxinas no lúmen para a propagação em tecidos e órgãos distantes (WALCZEWSKI et al., 2012).
A significância da desnutrição com relação aos pacientes submetidos a tratamento cirúrgicos foi reconhecida em 1936, por Studley quando observou que pacientes portadores de úlceras duodenais estenosantes com perda de peso de 20% apresentaram maior taxa de complicações e mortalidade que aqueles com menor perda de peso (WAITZBERG; ALVES, 2008).
Assim, pacientes submetidos a cirurgias gastrintestinais estão em risco de depleção nutricional por inadequada ingestão alimentar, de igual forma no pré e pós-operatório (WALCZEWSKI et al., 2012).
Devido a necessidade de seguir planos alimentares adequados a demanda de pacientes submetidos a cirurgias, é necessário compreender as alterações no metabolismo que ocorrem devido a lesão e o comprometimento nutricional que trazem riscos de complicações (WEIMANN et al., 2017).
Dados do “NutritionDay” europeu destacou que em 15.000 pacientes demonstrava-se claramente que o “risco metabólico” é um fator para a mortalidade hospitalar, com foco especial em idosos (WEIMANN et al., 2017).
Segundo Weimann (2017), a cirurgia em si leva ao estado inflamatório do organismo de acordo com a extensão do trauma cirúrgico desencadeando uma resposta metabólica a esse estresse, que se prolonga em caso de desnutrição.
A resposta metabólica ao trauma do procedimento cirúrgico é potencializada por longos períodos de jejum trazendo diversas alterações ao organismo (FEGURI et al., 2012).
O jejum acarreta modificações como diminuição dos níveis sanguíneos de insulina, proporcionalmente o aumento do nível de produção do hormônio glucagon e o aumento da resistência insulínica sendo um fenômeno transitório que se assemelha às características metabólicas do Diabete Melito tipo 2, onde, há diminuição da captação da glicose pelas células devido a incapacidade do transportador GLUT-4 tendo por consequência menor produção de glicogênio (LUDWIG et al., 2013).
Tais alterações têm regulação central gerando também maior secreção de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) pela hipófise e consequentemente aumento do hormônio cortisol pela glândula suprarrenal. Ademais, as reações catabólicas que fornecem aminoácidos ao sistema circulatório são favorecidas pelo cortisol juntamente com o efeito da queda da insulina e o aumento dos hormônios adrenérgicos (FEGURI et al., 2012).
Segundo Ludwig et al. (2013), de forma simultânea existe outro efeito metabólico decorrente da ativação da neoglicogênese onde ocorre aumento da produção endógena de glicose levando ao aumento dos níveis de glicose sanguínea.
3.2 JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO CONVENCIONAL
3.2.1 Histórico
Em 1946 Mendelson, relacionou que os episódios de aspiração durante o parto sob anestesia geral estavam ligados a alimentação ingerida antes do procedimento cirúrgico. A partir disso, descreveu duas síndromes, onde, a primeira consiste na aspiração de conteúdos sólidos ocasionando a obstrução das vias respiratórias e morte ou atelectasia maciça. E a segunda caracteriza-se pela aspiração de conteúdo gástrico líquido quando os reflexos laríngeos estavam deprimidos pela indução anestésica geral desenvolvendo cianose, taquicardia e dispneia (MORO, 2003).
Por consequência, a partir do século XIX, houveram alterações nos protocolos de jejum pré-operatório. Até então os pacientes que poderiam consumir um copo pequeno de chá poucas horas antes da operação, passariam a adotar a regra do jejum a partir de meia-noite para procedimento marcado para o período matutino e desjejum leve (chá com bolachas) para procedimento cirúrgico marcado para o período vespertino. Essa postura foi colocada em prática devido ao seu comodismo. Assim, os pacientes passaram a ficar longos períodos em jejum (10 a 16 horas, ou mais) para a certeza do esvaziamento total do estômago (OLIVEIRA et al., 2009).
Conforme Oliveira et al. (2009), “o conceito do jejum pré-operatório foi ampliado a partir de outro trabalho, dos anos 50, que definiu o limite máximo de 25 mL de conteúdo gástrico para assegurar não havendo risco de aspiração brônquica durante a indução anestésica”.
O volume gástrico é o resultado do balanço entre a entrada, ou seja, de alimentos, saliva e do suco gástrico e a saída deste conteúdo pelo duodeno. Enquanto que para água e outros líquidos o tal processo ocorre de forma rápida sendo que a velocidade para sólidos varia de forma considerável além de não existir uma definição absoluta para estes alimentos como por exemplo: o caso da gelatina que é sólida antes da ingestão e líquida quando chega ao estômago e o leite que forma componentes sólidos ao chegar no estômago desacelerando o processo de esvaziamento do estômago (MORO; MÓDOLO, 2009).
Entretendo os benefícios do jejum convencional de 6 a 8 horas para evitar aspiração gástrica vem sendo questionado mesmo que a prática denote certa comodidade, no entanto vem sendo considerada obsoleta (FEGURI et al., 2012).
3.2.2 Desvantagens
O jejum noturno pré-operatório foi instituído quando as técnicas anestésicas ainda eram rudimentares para prevenir complicações perioperatórias como broncoaspiração (OLIVEIRA et al., 2009).
A depressão da consciência pelo efeito anestésico, produz diminuição da função do esfíncter esofágico e dos reflexos protetores das vias aéreas possibilitando o retorno do conteúdo gástrico e aspiração pulmonar, apesar de baixa incidência, que pode trazer consequências devastadora ao paciente (MORO e MÓDOLO, 2009).
O jejum convencional contribui para o aumento da resistência insulínica devido a diminuição da funcionalidade do receptor de insulina por alteração estrutural biomolecular (FEGURI et al., 2012).
Nesse sentido a hiperglicemia resultante da resistência insulínica é fator explícito de piora de prognóstico devido ao aumento de índices infecciosos, piora na cicatrização de feridas aumentando agregação plaquetária (FEGURI et al., 2012).
Segundo Ludwig e colaboradores (2013), “o jejum pré-operatório convencional gera diversas alterações metabólicas indesejadas ao organismo no pós-operatório , influenciando de forma negativa a melhoras do paciente”.
Além disso, pode ocasionar sintomas perioperatórios como náuseas, vômitos, fome, sede e ansiedade (BRIANEZ et al., 2014).
Outro ponto negativo quanto ao protocolo convencional do jejum pré-operatório que deve ser considerado é que os pacientes permanecem períodos maiores em jejum do que o período já estipulado, levando em consideração intercorrências médicas, atrasos em operações, transferência de horários entre outros (LUDWIG et al, 2013).
Conforme os estudos de Moro et al (2009) pacientes saudáveis com jejum prolongado podem, no dia da cirurgia, apresentar vômito com conteúdo da refeição do dia anterior como também hipoglicemia, desidratação e irritabilidade.
Além disso, a ansiedade causada pela internação hospitalar juntamente com longos períodos de jejum, podem gerar no paciente sintomas como aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, sudorese, tremores, respiração intensa, bem como a tensão muscular aumentando o desconforto Peri operatório (IMBELLONI; POMBO; MORAIS FILHO, 2014).
É possível observar que existe aumento do volume de acidez gástrica conforme o aumento do período de jejum, juntamente com a presença de ansiedade que é um estímulo emocional podendo inclusive aumentar a produção de HCL (ácido clorídrico) (MORO; MÓDOLO, 2009).
De acordo com o exposto por Walczewski et al. (2012) outro ponto controverso é que em geral os cirurgiões acompanhando a resolução do íleo pós-operatório, prática que pode agravar o estado nutricional dos pacientes internados previamente desnutridos como também prolongando o período de internação.
3.3 JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO ABREVIADO
3.3.1 Histórico
Por volta de 1980, começou a existir o questionamento sobre a real necessidade do período prolongado de jejum, dado o conhecimento de que o esvaziamento gástrico, um dos principais pontos importantes dentre os cuidados operatórios, para líquidos com baixo aporte calórico e sem resíduos é rápido com volume semelhante ao pós jejum convencional (OLIVEIRA et al., 2009).
Considerando que uma das grandes preocupações e desafio tanto do cirurgião como também de toda a equipe de profissionais envolvidos no tratamento de pacientes submetidos a procedimentos do aparelho digestivo, onde os maiores índices de complicações mantêm-se elevados e principalmente observando-se que grande parte das rotinas voltadas ao cuidados perioperatórios em cirurgia abdominal vem mantendo-se pouco alteradas ao longo dos anos, os estudos supracitados desempenharam papel significativo para a evolução e aperfeiçoamento de tais protocolos (AGUILAR-NASCIMENTO et al., 2006).
Outro ponto a ser destacado é a importância dada ao uso racional de antibióticos, controle da dor, náuseas e vômitos pós-operatórios, o preparo emocional dos paciente e abordagem fisioterápica promovendo mobilidade ultra-precose e retorno precoce às atividades no pós-operatório (AGUILAR-NASCIMENTO et al., 2006).
Os dois principais protocolos elaborados para tal objetivo, foram o protocolo ERAS (Enhanced Recovery After Surgery) de origem europeia e do Estados Unidos e Canadá, e o ACERTO (Aceleração da Recuperação Total Pós-Operatória) no Brasil publicados nos últimos anos que utilizam, entre outras, a prática de menor período de jejum com utilização de bebidas ricas em carboidrato poucas horas antes da operação objetivando a maior qualidade no atendimento, segurança e a saúde do paciente (LUDWIG et al., 2013).
Os protocolos de jejum pré-operatório citados são atuais e sugerem períodos menores de jejum, principalmente para líquidos claros, possibilitando desta maneira maior conforto, menos alterações metabólicas a curto e longo prazo e mantendo a segurança e sucesso do procedimento cirúrgico (LUDWIG et al., 2013).
O ERAS foi criado com o objetivo de diminuir a resposta ao estresse da operação e possibilitar a recuperação rápida no pós-operatório iniciando no período de internação hospitalar, utilizando de protocolos de jejum, permitindo o consumo de líquidos claros até duas horas que antecedem ao procedimento cirúrgico (LUDWIG et al., 2013).
Esta nova conduta de caráter multidisciplinar teve como base um amplo rol de estudos que demonstraram que a utilização de protocolos apoiados pela prática da medicina baseada em evidências à cirurgia abdominal podem promover uma significativa melhora do prognóstico do paciente com retorno precoce das funções fisiológicas, resultando e uma diminuição da permanência hospitalar e morbidade operatória (AGUILAR-NASCIMENTO et al., 2006).
No Departamento de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Ciências Médicas na Universidade Federal do Mato Grosso foi desenvolvido o projeto ACERTO (Aceleração da Recuperação Total Pós-Operatória) em 2005, com base em amplas pesquisas de revisão bibliográficas com relação aos cuidados perioperatórios levando em consideração a Medicina Baseada em Evidências onde se deu início ao programa multimodal pioneiro no âmbito nacional, destacando a importância da nutrição na recuperação do paciente cirúrgico (AGUILAR NASCIMENTO et al., 2017). Constituído por um conjunto de ações e medidas multidisciplinares perioperatórias onde envolvem os serviços de Cirurgia Geral, Anestesiologia, Nutrição, Enfermagem e Fisioterapia (OLIVEIRA et al., 2009).
No estudo de Aguilar-Nascimento et al. (2006) avaliou-se os resultados após a implantação do protocolo ACERTO identificou-se que:
“Em cirurgia digestiva, os principais pontos a serem considerados dizem respeito à abordagem nutricional (suporte nutricional perioperatórios, diminuição do períodos de jejum pré-operatório e liberação precoce da dieta no pós-operatório), limitação ao uso de drenos, sonda nasogástricas; menor hidratação venosa perioperatórias e utilização sistemática do preparo pré-operatório do cólon em cirurgias colorretais” (AGUILAR-NASCIMENTO et al. 2006, p. 181)
Após várias pesquisas, a SBA (Sociedade Brasileira de Anestesiologia) definiu as novas diretrizes indicando a utilização de bebidas enriquecidas com carboidratos em até 2 horas antes do procedimento anestésico (BRIANEZ et al., 2014).
A redução do período de jejum pré-operatório tem sido um dos principais objetivos de estudos atuais no contexto de redução das condições provenientes da desnutrição e seus efeitos nocivos à saúde, o que nos comprovam a importância do apoio nutricional (WALCZEWSKI et al., 2012).
3.3.2 Vantagens e Desvantagens
De acordo com Aguilar-Nascimento et al. (2017) “A Medicina Baseada em Evidências tem mostrado amplamente que programas de aceleração de recuperação pós-operatória, aos moldes do ACERTO, são seguros, diminui complicações pós-operatórias e reduzem o tempo de internação hospitalar, sem necessidade de possíveis reinternações”.
“Bebida rica em carboidratos (CHO) reduz significativamente o desconforto pré-operatório, sem afetar o conteúdo gástrico” (IMBELLONI; POMBO; MORAIS-FILHO, 2014, p. 118).
Pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de grande porte e alimentados precocemente desenvolvem melhor oxigenação da mucosa intestinal, diminuição da resposta orgânica e do número de complicações pós-operatórias, bem como, redução do tempo de dismotilidade intestinal (WALCZEWSKI et al., 2012).
Desta maneira com reintrodução precoce de alimentação do pós-operatório é possível acelerar a cicatrização evitando assim complicações referentes a anastomoses (PINTO; GRIGOLETTI; MARCADENTI, 2015).
Com relação ao aumento do pH gástrico dos pacientes que são submetidos à protocolos com utilização de períodos menores de jejum recebendo líquidos 2 a 3 horas antes da intervenção cirúrgica, atribui-se a maior diluição das secreções ácidas e/ou decréscimo de produção pela diminuição dos níveis de ansiedade e fome (MORO; MÓDOLO, 2009).
3.4 CONDUTAS NUTRICIONAIS NO JEJUM ABREVIADO.
Devido um aumento no interesse em relação a satisfação, que é descrito como critério de julgamento da qualidade de atendimento do paciente durante o período de internação em qualquer hospital é também um fator de significância quanto a aceitação ao tratamento proposto representando característica de impacto econômico relevante para o tratamento (IMBELLONI; POMBO; MORAIS FILHO, 2014).
Ensaios randomizados onde foram comparados os resultados do jejum convencional, geralmente 8 horas, com o obtido quando os pacientes abreviam o jejum com bebidas enriquecidas com carboidratos (CHO) em até 4 e 2 horas antes da cirurgia apresentando que o jejum abreviado e uma abordagem segura não sendo associado a nenhuma complicação pós-operatória e ainda proporcionando menor irritabilidade em comparação ao jejum convencional e melhora as respostas metabólicas e diminuição do período de internação hospitalar (GOMES, et al, 2017).
A ingesta preconizada pelo protocolo do projeto ACERTO estipula o consumo de solução de 200 ml contendo 12,5% de dextrinomaltose que melhora a resposta orgânica com esvaziamento gástrico necessário para evitar refluxo e sem risco de broncoaspiração (LUDWIG et al., 2013).
O uso de maltodextrina no pré-operatório além de não apresentar risco de broncoaspiração associado a anestesia também proporciona outros benefícios como no campo emocional e principalmente metabólicos (ZANI et al., 2015).
Além disso, a ingestão de dextrinomaltose, principalmente em cirurgia de médio e grande porte auxilia na recuperação do paciente no sentido de atenuar a resposta metabólica por meio da diminuição da resistência insulínica, reduzindo assim o consumo de nitrogênio(proteína) e preservando a massa muscular (ZANI et al., 2015).
O paciente deve receber, preferencialmente orientações e informações sobre a operação que podem diminuir sua ansiedade e levá-lo a melhor cooperação e aderência ao tratamento sendo esclarecidos passos do protocolo como saber que pode abreviar o período de jejum pré-operatório para certos tipos de líquidos e que em consequência disso pode alimentar-se e deambular precocemente no pós operatório, orientações nutricionais sobre o jejum pré operatório, estimativa de alta dentre outras (AGUILAR-NASCIMENTO et al., 2017).
Condutas preconizadas pelo projeto ACERTO (OLIVEIRA et al., 2009):
- Não permitir um jejum prolongado no pré-operatório. Indicar uso de dieta líquida enriquecida com carboidrato até na véspera da operação, podendo a ingesta acontecer até duas horas antes da operação. Exceção: obeso mórbido, refluxo gastresofágico importante e síndrome de estenose pilórica.
- Em cirurgias de via biliar, herniorrafias e afins dieta oral líquida oferecida no mesmo dia da operação (seis a 12 horas após). Em operações com anastomose digestiva, reintrodução de dieta líquida no primeiro PO (Pós-Operatório) ou no mesmo dia da operação. Em cirurgias com anastomoses esofágicas, deita no primeiro PO pela jejunostomia ou sonda naso-entérica.
- Hidratação por via venosa não deve ser prescrita em herniorrafias no PO imediato. Hidratação por via venosa deve ser retirada com 12 horas após colecistectomias. Salvo exceções, nas demais, reposição volêmica até o primeiro PO no máximo 30 mL.kg¹.dia.
- Não realizar o preparo do cólon de rotina para cirurgias colorretais no pré-operatório.
- Termo de consentimento e informações mais detalhadas ao paciente sobre o seu procedimento operatório.
- Não usa drenos e sondas de rotina. Uso racional e padronizado de antibióticos.
- Informar ao paciente antes da operação detalhes do procedimento a ser realizado precocemente no PO.
- Mobilização ultra-precose: fazer o paciente deambular ou sentar no mesmo dia da operação por pelo menos duas horas. Nos próximos dias o paciente deve ser estimulado a ficar seis horas fora do leito.
Com relação a ingestão de dietas a base de líquidos claros (água, chá, café, suco de frutas sem polpa, todos sem álcool e com pouco açúcar) em volumes variáveis são indicados com segurança em até duas horas ou mais antes das cirurgias (MORO; MÓDOLO, 2009).
Tabela 1 – Outros grupos de revisão têm elaborado recomendações de ingesta para o jejum pré-operatório abreviado (MORO; MÓDOLO, 2009).

A American Society of Anesthesiologists – ASA (Sociedade Americana de Anestesiologistas) por meio da ASA Task Force on Preoperative Fasting (Força Tarefa do jejum pré-operatório) desenvolveu um guia de jejum pré-operatório para que reduzissem a acidez e o volume gástrico em pacientes saudáveis de todas as idades submetidos a procedimentos eletivos, sem incluir pacientes com maior risco e aspiração (MORO; MÓDOLO, 2009).
Tabela 2 – A American Society of Anesthesiologists – ASA (Sociedade Americana de Anestesiologistas) por meio da ASA Task Force on Preoperative Fasting (Força Tarefa do jejum pré-operatório) (MORO; MÓDOLO, 2009).

Adaptado do Fasting Recommendations to Reduce the Risk of Pulmonary Aspiration Anesthesiology, 1999; 90: 896-905
Os guias supracitados têm validade para paciente que não apresentem risco de aspiração pulmonar aumentado como obesidade, gestação, trauma, refluxo gastroesofágico, diabetes e também pacientes que apresentem dor, ansiedade, façam uso de álcool e drogas podem apresentar retardo no fator de esvaziamento gástrico (MORO, 2003).
4. METODOLOGIA
4.1 TIPO DE ESTUDO
Foi elaborada uma pesquisa qualitativa transversal, a partir de revisão sistemática. Esse tipo de investigação disponibiliza um resumo das evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção específica, mediante a aplicação de métodos explícitos e sistematizados de busca, apreciação crítica e síntese da informação selecionada. As revisões sistemáticas são particularmente úteis para integrar as informações de um conjunto de estudos realizados separadamente sobre determinada terapêutica/ intervenção, que podem apresentar resultados conflitantes e/ou coincidentes, bem como identificar temas que necessitam de evidência, auxiliando na orientação para investigações futuras (LINDE E WILLICH, 2003).
4.2 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
1ª Etapa – Identificar as bases de dados
As bases de dados eletrônicas selecionadas para a pesquisa foram: PubMed, BIREME, LILASC, CAPES e biblioteca Cochrane, EMBASE e SciELO.
2ª Etapa – Definição das palavras chaves
Os artigos selecionados apresentaram correlação entre as palavras-chave: “resistência insulínica”, “carboidrato”, “catabolismo”, “Imunossupressão”, “conteúdo gastrointestinal” e “dieta líquida”. Bem como, os seguintes descritores: “jejum” (ayuno, fasting) “Procedimento cirúrgico operatório” (Surgical Procedures operative, Procedimientos Quirúrgicos operativos) e “Trato gastrointestinal” (gastrointestinal tract, tracto gastrointestinal). Ressalta-se que os descritores em ciências da saúde foram consultados na biblioteca virtual de saúde (DeCS/MeSH).
3ª Etapa – Definir critérios para a seleção dos artigos a partir da busca
Os artigos identificados pela estratégia de busca inicial foram avaliados independentemente pelo pesquisador, conforme os seguintes critérios de inclusão: (1) população (pacientes cirúrgicos), (2) intervenção (abreviação do jejum no pré-operatório), (3) desfecho (incidência de complicações cirúrgicas e metabólicas).
Foram utilizados artigos científicos com os idiomas em português, inglês e espanhol, nos últimos 10 anos de acordo com o desenho de estudo. A busca dos artigos foi realizada no período entre agosto a setembro de 2018.
Os artigos excluídos desta pesquisa foram materiais bibliográficos que não apresentaram ligação direta ao escopo desta revisão, embora possam vir a apresentar os descritores selecionados.
4ª Etapa – Analisando a qualidade metodológica dos estudos
Para análise da qualidade dos estudos incluídos na pesquisa foi aplicado a Escala de Jadad modificada, conforme descrição a seguir:
1. O estudo foi descrito como randomizado?
2. A randomização foi descrita e é adequada?
3. Houve comparações e resultados?
4. As comparações e resultados foram descritos e são adequados?
5. Foram descritas as perdas e exclusões?
Cada resposta positiva gera 1 ponto na escala, que resulta na avaliação de 0-5 pontos. Um estudo é considerado de má qualidade se ele receber dois pontos ou menos após sua avaliação (JADAD et al., 1996).
5ª Etapa – Apresentação do Resultados
Os artigos incluídos na revisão sistemática foram apresentados em um quadro que destacará suas características principais, como: autores, ano de publicação, desenho metodológico, número de sujeitos (N), grupos de comparação, caracterização do protocolo de intervenção (tempo, intensidade, frequência de sessões, etc.), variáveis dependentes, principais resultados e qualidade do estudo pela Escala de Jadad.
A pesquisa contempla os resultados positivos de ensaios clínicos, ou seja, os resultados de intervenções que produziram efeito. Assim como, os resultados negativos dos estudos analisados, já que os profissionais que estão na clínica necessitam dessas informações para mudar a sua prática.
5. RESULTADOS
Todos os artigos coletados na pesquisa foram organizados e avaliados quanto à condição de incluído ou excluído, com base nos critérios de elegibilidade.
A tabela a seguir demonstra os descritores utilizados na pesquisa e os bancos de busca, bem como o número de artigos encontrados relacionados. (Tabela 3).
Tabela 3. Artigos encontrados segundo descritores.




Fonte: Revisão de Literatura, 2018.
Com a aplicação dos descritores de maior relevância de forma isolada, jejum, tratamento cirúrgico operatório e trato gastrointestinal, foram encontrados 1.311.298 artigos. Ao associar os descritores, jejum, procedimento cirúrgico operatório e trato gastrointestinal, foram encontrados 579.127 artigos nos portais de busca. Os artigos potencialmente relevantes foram armazenados para posterior análise. Durante a apreciação dos 1.890.425 artigos, foi identificado que entre os analisados, 1.890.421 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão e ao escopo do trabalho, finalizando a coleta com 4 artigos incluídos. Posteriormente foi aplicada a escala de Jaddad modificada, para que a avaliação desses artigos fosse realizada e descrita, como se encontra nas tabelas 4 e 5.
Tabela 4. Escala de Jadad Modificada para avaliação dos estudos incluídos.

Fonte: Revisão de Literatura, 2018.
Tabela 5. Características do 4 artigos incluídos na revisão sistemática









Fonte: Revisão de Literatura, 2018.
6. DISCUSSÃO
A nutrição desempenha papel importante no pré-operatório principalmente na diminuição da resposta orgânica ao estresse e consequentemente na evolução do pós-operatório. Objetivou-se então avaliar de acordo com literatura a aplicação dos protocolos abreviação do jejum pré-operatório assim como seus efeitos no organismo dos pacientes submetidos a procedimento cirúrgico do trato gastrointestinal.
No estudo de Aguilar-Nascimento et al., (2006), e em Walczewski et al., (2012), observou-se que os pacientes submetidos aos protocolos convencionais de preparação cirúrgica permaneciam por períodos prolongados que em média poderiam chegar a 16 horas ou mais em jejum. O tempo estipulado para o jejum convencional era de cerca de 6 a 8 horas, no entanto esse período sempre se torna superior por diversos motivos como alterações na programação cirúrgica ou intercorrências médicas.
Embora o protocolo convencional que vem sendo praticado há décadas desde os primeiros procedimentos cirúrgicos realizados por indução anestésica, garantisse o esvaziamento gástrico necessário para a minimização do risco de aspiração do conteúdo gástrico que era o principal objeto de preocupação até então. Longos períodos de jejum podem potencializar as alterações metabólicas como exposto por MARGARIDO (2008).
No estudo de Imbelloni et al., (2015) ao comparar o período de jejum do pacientes do grupo controle submetido as práticas do jejum convencional foi possível observar uma média de 13 horas e 30 minutos enquanto que no grupo experimental que recebeu bebida enriquecida com carboidrato 4 e 2 horas antes do procedimento cirúrgico teve o tempo médio de 1 hora e 59 minutos de jejum pré-operatório. Possibilitando uma diminuição significativa com a abreviação proporcionando a mesma segurança ao paciente que o jejum convencional, porém com maior conforto logo que a ocorrência de sede e fome antes até a chegada ao centro cirúrgico foi menor no grupo experimental.
Os estudos encontrados na atualidade tratam o assunto do jejum-pré-operatório no contexto multiprofissional dando pouca ênfase ao âmbito nutricional como forma de explorar aprofundadamente os efeitos e alterações metabólicas do trauma cirúrgico podem ser amenizadas ou talvez eliminadas com períodos de jejum menores ou uso de outros nutrientes associados ao protocolos já existentes.
7. CONCLUSÃO
A realização do presente trabalho possibilitou uma análise na literatura existente sobre a abreviação do jejum pré-operatório onde foi possível observar que a abreviação do jejum pré-operatório não incide em aumento de risco de aspiração pulmonar podendo inclusive amenizar os efeitos e alterações metabólicas em resposta ao trauma cirúrgico gerando como consequência melhor aceitação ao tratamento devido maior conforto e segurança ao paciente e toda a equipe multiprofissional envolvida com menores períodos de jejum de forma eficaz.
O assunto por ser abordado do ponto de vista multiprofissional, acaba não sendo tão explorado quanto a nutrição em si, que de fato tem principal importância dentro deste contexto, deixando a possibilidade de realização de pesquisas mais direcionadas.
Conclui-se então que a abreviação do jejum pré-operatório pode ser realizada de forma segura, no entanto existe a necessidade de mais estudos que evidenciem cientificamente de forma mais específica os efeitos no metabolismo humano.
REFERÊNCIAS
AGUILAR-NASCIMENTO, J. E. et al. ACERTO PÓS-OPERATÓRIO: AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA IMPLANTAÇÃO MULTIDISCIPLINAR DE CUIDADOS PERI-OPERATÓRIOS EM CIRURGIA GERAL. Rev. Col. Bras. Cir. Mato Grosso, v. 33, n. 3, p. 181-188, mai./jun. 2006.
AGUILAR-NASCIMENTO, J. E. et al. Diretriz ACERTO de intervenções nutricionais no perioperatórios em cirurgia geral eletiva. Rev. Col. Bras. Cir. Mato Grosso, v. 44, n. 6, p. 633-648. 2017.
BRIANEZ, L. R, et al. GASTRIC RESIDUAL VOLUME BY MAGNETIC RESSONANCE AFTER INTAKE OF MALTODEXTRINI AND GLUTAMINE: a radomized double-blind, crossover study. Arq. Gastroenterol, Várzea Grande MT, v. 51, no. 2, p. 126-127, abr/jun. 2014.
CARUSO, L. Intervenção nutricional no pré e pós-cirúrgico. SILVA, S. M. C. S.; MURA, J. D. P. TRATADO DE ALIMENTAÇÃO, NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA. 2ª ed. São Paulo; ROCA, 2011. Cap. 48, p 833- 844.
CARVALHO, C. A. L. B. et al. MUDANDO PARADIGMAS EM JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO: RESULTADO EM UM MUTIRÃO EM CIRURGIA PEDIÁTRICA. ABCD Arq. Bras. Cir. Dig. Várzea Grande MT, v. 30, n. 1, p. 7-10. 2017.
FEGURI, G. R. et al. Resultados clínicos e metabólicos da abreviação do jejum com carboidratos na revascularização cirúrgica do miocárdio. Rev. Bras. Cir. Cardiovasc. Cuiabá MT, v. 27, no.1, p. 7-17. 2012.
GOMES, P. C., et al. Residual gastric volume evaluation with ultrasonography after ingestion of carbohydrate or carbohydrate plus glutamine-enriched beverages: a randomized, crossover clinical trial with healthy volunteers. Arq. Gastroenterol, Cuiabá MT, v. 54, no. 1, p. 33-36, jan/mar. 2017.
IMBELLONI, L. E.; POMBO, I. A. N e MORAIS-FILHO. A diminuição do tempo de jejum melhora o conforto e satisfação com anestesia em pacientes idosos com fratura de quadril. Rev. Bras. Anestesiol., João Pessoa PB, v. 65, no. 2, p. 117-123. Jul/ago. 2014.
JADAD, Alejandro R. et al. Assessing the quality of reports of randomized clinical trials: is blinding necessary? Controlled clinical trials, v. 17, n. 1, p. 1-12, 1996.
LINDE, Klaus; WILLICH, Stefan N. How objective are systematic reviews? Differences between reviews on complementary medicine. Journal of the Royal Society of Medicine, v. 96, n. 1, p. 17-22, 2003
LUDWIG, R. B. et al. MENOR TEMPO DE JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO E ALIMENTAÇÃO PRECOCE NO PÓS-OPERATÓRIO SÃO SEGUROS? ABCD Arq. Bras. Cir. Dig. Lageado RS, v. 26, n. 1, p. 54-58. 2013.
MARGARIDO, N. F. CLÍNICA CIRÚRGICA: Resposta Metabólica ao Trauma Operatório: 1. ed. São Paulo: Manoele, 2008.
MORO, E. T. JEJUM PRÉ=OPERATÓRIO. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 5, n. 1, p. 27-29. 2003.
MORO, E. T.; MODOLO, N. S. P. INTUBAÇÃO TRAQUEAL E O PACIENTE DE ESTÔMAGO CHEIO. Rev. Assoc. Med. Bras., Araçoiaba da Serra SP, v. 55 no. 2, p. 201-206. 2009.
OLIVEIRA, K. G. B. et al. A abreviação do jejum pré-operatório para duas horas com carboidratos aumenta o risco anestésico? Rev. Bras. Anestesiologia, Mato Grosso, v. 59, p. 557-584, set./out. 2009
PINTO, A. S.; GRIGOLETTI, S. S.; MARCADENTI, A. ABREVIAÇÃO DO JEJUM ENTRE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ONCOLÓGICA: REVISÃO SISTEMÁTICA. ABCD Arq. Bras. Cir. Dig. Porto Alegre RS, v. 28, n. 1, p. 70-73. 2015.
WALCZEWSKI, M. R. M. et al. Avaliação dos resultados de intervenção após mudanças realizadas nos cuidados perioperatórios em paciente submetidos a operações abdominais eletivas. Rev. Col. Bras. Cir. SC, v. 39, n. 2, p. 119-125. 2012.
WEIMANN, A. et al. ESPEN guideline: Clinical nutrition in Surgery. Arq. Clinical Nutrition., v. 36, p. 623-650, february. 2017.
ZANI, F. V. B. et al. Benefícios na função respiratória e capacidade funcional com ingesta de maltodextrina 2 horas antes de colecistectomia por laparotomia: ensaio clínico prospectivo e randomizado. Einsten. Cuiabá MT, v. 13, n. 2, p. 249-254. 2015.
1Graduação em Nutrição, vinculado à Universidade da Amazônia. ORCID: 0000-0001-9777-9468. Orientador.
2Graduação em Nutrição, vinculada ao Centro Universitário da Amazônia. ORCID: 0009-0008-4214-253X.
3Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.
4Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.
5Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia.
6Graduação em Nutrição, vinculado à Universidade da Amazônia. ORCID: 0000-0003-3533-2745.
7Graduação em Nutrição, vinculado à Universidade da Amazônia.
8Graduação em Nutrição, vinculado ao Centro Universitário da Amazônia.
9Graduação em Nutrição, vinculada à Universidade da Amazônia. ORCID: 0000-0001-5088-7517.
10Graduação em Nutrição, vinculada ao Centro Universitário da Amazônia.