ABORTO ESPONTÂNEO E SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ACERCA DOS FATORES DE RISCO E POSSÍVEIS CAUSAS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10481237


Antonia Dyeylly Ramos Tôrres Rios1, Melquesedec Pereira de Araújo2, Maria Elidiane Lopes Ferreira Lima3, Ivone Manon Martins Costa4, Suéli Nolêto Silva Sousa5, Katia Veronica Rocha da Silva6, Taiane Soares Vieira7, Maria Helena Alencar Trigo8, Emilaine Santos Souza Farias9, Rosa Adélia Machado de Carvalho10, Sammia Valeska Ferreira Memoria11, Nayla Ibiapina Furtado12


RESUMO

O aborto espontâneo e a Síndrome do Ovário Policístico são duas realidades que afetam a saúde reprodutiva feminina, suscitando grande interesse na comunidade médica e científica. Ambos estão interligados de maneiras complexas, com estudos sugerindo uma possível associação entre a Síndrome do Ovário Policístico e um risco ligeiramente aumentado de aborto espontâneo em mulheres diagnosticadas com essa síndrome hormonal. O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre os fatores de risco e as possíveis causas de abortamento espontâneo em mulheres com Síndrome do Ovário Policístico. Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, na qual foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados. A conexão entre a Síndrome do Ovário Policístico e o aborto espontâneo tem sido objeto de estudo na comunidade médica e científica. Mulheres diagnosticadas com Síndrome do Ovário Policístico podem enfrentar um risco ligeiramente aumentado de aborto espontâneo em comparação com aquelas sem essa condição. A Síndrome do Ovário Policístico é uma condição hormonal complexa que afeta o sistema reprodutivo feminino. Estudos indicam que mulheres que possuem a síndrome têm uma probabilidade um pouco maior de vivenciar abortos espontâneos em comparação com as que não possuem. Em suma, a relação entre a Síndrome do Ovário Policístico e o aborto espontâneo revela uma conexão complexa. Fatores como desequilíbrios hormonais, resistência à insulina, problemas na ovulação e complicações metabólicas são identificados como possíveis impulsionadores do aumento do risco de aborto espontâneo em mulheres com a síndrome.

Palavras-chave: Aborto Espontâneo; Causalidade; Fatores de Risco; Síndrome do Ovário Policístico.

INTRODUÇÃO

O aborto espontâneo e a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) são duas realidades que afetam a saúde reprodutiva feminina, suscitando grande interesse na comunidade médica e científica. Ambos estão interligados de maneiras complexas, com estudos sugerindo uma possível associação entre a SOP e um risco ligeiramente aumentado de aborto espontâneo em mulheres diagnosticadas com essa síndrome hormonal (ALVES et al., 2022).

A SOP é uma condição caracterizada por desequilíbrios hormonais, afetando o sistema reprodutivo feminino com sintomas como ciclos menstruais irregulares, hirsutismo e dificuldades de fertilidade. Pesquisas indicam que mulheres com SOP podem apresentar uma probabilidade um pouco maior de vivenciar abortos espontâneos, embora as razões precisas para essa associação ainda estejam sendo investigadas (MILLS et al., 2020).

Identificar os fatores de risco e as possíveis causas que conectam a SOP ao aborto espontâneo é um desafio complexo. Desequilíbrios hormonais, problemas na ovulação, resistência à insulina e complicações metabólicas associadas à SOP são alguns dos elementos que podem influenciar esse aumento do risco (CARNEIRO; SILVA, 2021).

Explorar mais profundamente essa inter-relação entre a SOP e o aborto espontâneo é essencial para a compreensão e o tratamento adequado dessas condições. O conhecimento sobre esses fatores de risco e possíveis causas pode ser fundamental para a orientação médica e o desenvolvimento de estratégias de prevenção, oferecendo suporte e cuidados personalizados às mulheres com SOP que planejam engravidar ou estão enfrentando dificuldades relacionadas à fertilidade (KATULSKI et al., 2014).

O presente artigo consiste em uma revisão integrativa, no qual tem como objetivo discorrer sobre os fatores de risco e as possíveis causas de abortamento espontâneo em mulheres com Síndrome do Ovário Policístico, mediante considerações acerca da doença, de aborto espontâneo e da relação existente entre eles, no intuito de ampliar os conhecimentos de estudantes e profissionais da área e conscientizar a sociedade sobre o tema em questão.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, na qual foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS): Sistema Latino Americano e do Caribe de informação em Ciências da Saúde (LILACS) e na Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO – Scientific Electronic Library Online), acerca do tema em estudo. Nesse sentido, para o levantamento das publicações, foram utilizados os descritores cadastrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Aborto Espontâneo; Causalidade; Fatores de Risco; e Síndrome do Ovário Policístico. Os cruzamentos foram efetuados por meio do moderador booleano “AND”, utilizando o formulário para busca avançada. Além disso, foi realizada uma leitura seletiva dos estudos encontrados, no intuito de identificar o tema de interesse.

SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO

A SOP é uma condição hormonal complexa que afeta o sistema reprodutivo feminino. Caracterizada por desequilíbrios hormonais, a mesma influencia a saúde e o funcionamento dos ovários, causando uma série de sintomas e impactando diversos aspectos da vida de quem convive com ela (ALVES et al., 2022).

Um dos principais sinais da SOP é o desenvolvimento de pequenos cistos nos ovários, que são pequenas bolsas cheias de líquido. Embora estes cistos sejam uma característica da síndrome, seu nome pode ser enganoso, já que nem todas as mulheres com SOP apresentam cistos. A condição está ligada a níveis elevados de hormônios masculinos (androgênios) no organismo, como a testosterona, o que pode causar efeitos como crescimento de pelos no rosto e corpo (hirsutismo), acne, irregularidades menstruais e dificuldade para engravidar (ROCHA et al., 2022).

Além dos sintomas físicos, a SOP também pode levar a complicações de saúde a longo prazo, como resistência à insulina, diabetes tipo 2, aumento do risco de doenças cardiovasculares e síndrome metabólica (FRANCO; PEREIRA; SILVA, 2021).

As causas exatas da SOP não são totalmente compreendidas, mas fatores genéticos, hormonais e ambientais parecem desempenhar um papel importante. Os desequilíbrios hormonais, particularmente a resistência à insulina, desempenham um papel crucial na SOP, afetando a produção e a regulação de hormônios como a insulina e o hormônio luteinizante (LH) (ALVES et al., 2022).

O diagnóstico da SOP, muitas vezes, envolve a avaliação dos sintomas, exames de sangue para verificar os níveis hormonais e ultrassonografia para identificar cistos nos ovários. O tratamento visa aliviar os sintomas e reduzir os riscos de complicações a longo prazo. Dependendo das necessidades individuais, o tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios para controlar a resistência à insulina, medicamentos para regular os ciclos menstruais, contraceptivos orais para equilibrar os hormônios e, em alguns casos, intervenções para ajudar na fertilidade (LIVINGSTON et al., 2021).

Para muitas mulheres, viver com SOP pode ser desafiador. Além dos sintomas físicos, há também um impacto emocional significativo, especialmente, quando a SOP afeta a fertilidade e a capacidade de conceber. O suporte médico, psicológico e emocional é crucial para ajudar as pessoas afetadas a gerenciar a condição e suas implicações (SOARES et al., 2023).

Dessa forma, a SOP é uma condição complexa que requer uma abordagem multidisciplinar para o gerenciamento eficaz. Com compreensão, tratamento personalizado e apoio adequado, é possível para muitas mulheres conviver bem com a síndrome e ter uma boa qualidade de vida (SOARES et al., 2023).

ABORTO ESPONTÂNEO

O aborto espontâneo, também conhecido como perda gestacional espontânea, é uma situação delicada e emocionalmente desafiadora para muitas mulheres e casais em todo o mundo. Esse evento é definido como a interrupção natural e involuntária da gravidez antes da 20ª semana, geralmente, nas primeiras 12 semanas de gestação. Estima-se que cerca de 10 a 20% das gestações clinicamente reconhecidas terminem em aborto espontâneo (OLIVEIRA et al., 2020).

As causas do aborto espontâneo podem variar e, em muitos casos, podem ser difíceis de identificar. Fatores genéticos, problemas cromossômicos no embrião ou feto, complicações no desenvolvimento do embrião, condições médicas subjacentes da mãe, como diabetes ou SOP, infecções, distúrbios hormonais, anomalias uterinas e problemas imunológicos podem contribuir para esse desfecho (ZHOU et al., 2016).

Os sintomas de um aborto espontâneo podem incluir sangramento vaginal, cólicas abdominais, dores nas costas e expulsão de tecido ou coágulos pela vagina. Em alguns casos, entretanto, o aborto espontâneo pode ocorrer sem sintomas evidentes, sendo identificado apenas por meio de exames médicos de rotina (MATTOS, 2015).

O impacto emocional do aborto espontâneo pode ser avassalador, causando tristeza profunda, luto e ansiedade, especialmente, para casais que esperavam ansiosamente a chegada de um filho. A complexidade dessas emoções, muitas vezes, é subestimada, mas é essencial oferecer apoio emocional e psicológico às pessoas afetadas por essa perda (NERY; GOMES, 2014).

O tratamento para um aborto espontâneo pode variar dependendo da situação. Em alguns casos, o corpo pode expelir naturalmente os tecidos do útero, mas, em outros, pode ser necessária intervenção médica, como a administração de medicamentos ou procedimentos para remover os tecidos restantes. É fundamental que os profissionais de saúde forneçam orientação e apoio adequados para ajudar as pessoas a lidar com o processo físico e emocional desse momento desafiador (LEITE et al., 2023).

Embora um aborto espontâneo seja uma experiência dolorosa e difícil, muitos casais encontram forças para lidar com a situação, e o tempo pode ajudar na cura emocional. Para aqueles que desejam tentar novamente, é possível ter uma gravidez saudável no futuro. É importante buscar orientação médica e psicológica, conforme necessário, e receber apoio de amigos, familiares e grupos de apoio que possam ajudar durante o processo de cura (NERY; GOMES, 2014).

RELAÇÃO ENTRE SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO E ABORTO ESPONTÂNEO

A conexão entre a SOP e o aborto espontâneo tem sido objeto de estudo na comunidade médica e científica. Mulheres diagnosticadas com SOP podem enfrentar um risco ligeiramente aumentado de aborto espontâneo em comparação com aquelas sem essa condição (KHOMAMI et al., 2019).

A SOP é uma condição hormonal complexa que afeta o sistema reprodutivo feminino. Estudos indicam que mulheres que possuem a síndrome têm uma probabilidade um pouco maior de vivenciar abortos espontâneos em comparação com as que não possuem. A associação entre ambas ainda não está completamente elucidada, mas vários fatores foram sugeridos como possíveis contribuintes (YU et al., 2016).

Desequilíbrios hormonais, resistência à insulina, inflamação e estresse oxidativo são algumas das questões que podem estar relacionadas ao aumento do risco de aborto espontâneo em mulheres com SOP. Além disso, problemas na ovulação regular, qualidade dos óvulos e complicações metabólicas associadas à SOP, também, podem desempenhar um papel importante nesse cenário (TEEDE et al., 2011).

Compreender essa relação é crucial para fornecer o suporte e os cuidados necessários às mulheres com SOP que desejam engravidar. A proximidade médica, o tratamento para regular os desequilíbrios hormonais e a atenção às questões metabólicas são estratégias que podem ajudar a reduzir os riscos de aborto espontâneo nessas situações (AL-BIATE, 2015).

No entanto, vale ressaltar que nem todas as mulheres com SOP terão abortos espontâneos. Com o tratamento adequado e o acompanhamento médico especializado, muitas mulheres com essa condição conseguem ter gestações saudáveis. O suporte e a orientação profissional são fundamentais para lidar com essas questões e auxiliar mulheres com SOP que planejam iniciar uma família (CARNEIRO; SILVA, 2021).

FATORES DE RISCO E CAUSAS

O aborto espontâneo em mulheres com SOP pode estar associado a diversos fatores de risco e possíveis causas específicas relacionadas a essa condição hormonal. Desequilíbrios hormonais, um componente central da SOP, são considerados um dos principais fatores de risco, uma vez que a mesma, frequentemente, resulta em níveis desregulados de hormônios, como androgênios e hormônios sexuais masculinos, que podem interferir no processo reprodutivo, afetando a implantação adequada do embrião ou a manutenção da gravidez (SANTOS; ÁLVARES, 2018).

Além disso, a resistência à insulina, comum em mulheres com SOP, pode desempenhar um papel importante nos abortos espontâneos, visto que está associada a distúrbios metabólicos que podem afetar a saúde do útero e a viabilidade da gravidez (SOARES et al., 2023).

Problemas na ovulação, uma característica da SOP, também são relevantes. Ciclos menstruais irregulares e dificuldades na liberação regular de óvulos podem aumentar o risco de gestações não viáveis. Adicionalmente, a SOP pode estar ligada a problemas na qualidade dos óvulos. A qualidade reduzida dos óvulos pode resultar em embriões com anormalidades cromossômicas, tornando a gestação menos viável e aumentando a probabilidade de aborto espontâneo (CARNEIRO; SILVA, 2021).

Esses fatores, combinados ou isolados, podem contribuir para a ocorrência de abortos espontâneos em mulheres com SOP. Compreender esses elementos específicos é essencial para fornecer cuidados médicos personalizados e estratégias de gestão que possam ajudar a minimizar os riscos associados a essa condição, auxiliando mulheres com SOP que desejam conceber e manter uma gravidez saudável (ALVES et al., 2022).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A relação entre a Síndrome do Ovário Policístico e o aborto espontâneo revela uma conexão complexa. Fatores como desequilíbrios hormonais, resistência à insulina, problemas na ovulação e complicações metabólicas são identificados como possíveis impulsionadores do aumento do risco de aborto espontâneo em mulheres com a síndrome. A compreensão desses fatores é crucial para orientar intervenções médicas direcionadas e estratégias de prevenção, visando reduzir os riscos associados a essa condição e promover uma saúde reprodutiva mais informada e adaptada às necessidades individuais.

REFERÊNCIAS

AL-BIATE, M. A. S. Effect of metformin on early pregnancy loss in women with polycystic ovary syndrome. Taiwan J. Obstet. Gynecol. 2015

ALVES, M. L. S. et al. Síndrome de ovários policísticos (SOP), fisiopatologia e tratamento, uma revisão. Research, Society and Development. 2022.

CARNEIRO, J. S.; SILVA, A. C. R. Complicações gestacionais e perinatais em mulheres com síndrome dos ovários policísticos. Femina. 2021.

FRANCO, M. D.; PEREIRA, M. N.; SILVA, V. R. A. Diabetes Mellitus Gestacional: abordagem e tratamento. Trabalho de Conclusão de Curso em Biomedicina – Faculdade UMA. Pouso Alegre, 2021.

KATULSKI, K. et al. Pregnancy complications in polycystic ovary syndrome patients. Gynecol. Endocrinol. 2014.

KHOMAMI, M. B. et al. Increased maternal pregnancy complications in polycystic ovary syndrome appear to be independent of obesity-A systematic review, meta-analysis, and meta-regression. Obes. Rev. an off J. Int. Assoc. Study Obes. 2019.

LEITE, L. P. et al. Aborto espontâneo: percepções e sentimentos das mulheres. e-Acadêmica. 2023.

LIVINGSTON, J. M. et al. Recent insights into the pathogenesis of pre-eclampsia. Placenta. 2021.

MATTOS, S. B. Causas relacionadas ao aborto expontâneo: Uma revisão de Literatura. Monografia de Pós-Graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. Criciúma, 2015.

MILLS, G. et al. Associations between polycystic ovary syndrome and adverse obstetric and neonatal outcomes: a population study of 9.1 million births. Human Reproduction. 2020.

NERY, I. S.; GOMES, I. S. Motivos e sentimentos de mulheres acerca do aborto espontâneo Metodologia Referencial Teórico. Enferm. Obs. 2014.

OLIVEIRA, M. T. S. et al. Fatores associados ao aborto espontâneo: uma revisão sistemática. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. 2020.

ROCHA, K. N. S. et al. Atualizações sobre a fertilização in vitro para reprodução humana. Brazilian Journal of Health Review. 2022.

SANTOS, R. M.; ÁLVARES, A. C. M. Revisão de literatura sobre a síndrome do ovário policístico. Rev. Inic. Cient. Ext. 2018.

SOARES, C. B. et al. Complicações materno-fetais decorrentes da Síndrome do Ovário Policístico. Brazilian Journal of Health Review. 2023.

TEEDE, H. J. et al. Assessment and management of polycystic ovary syndrome: summary of an evidence-based guideline. Med. J. Aust. 2011.

YU, H. F. et al. Association between polycystic ovary syndrome and the risk of pregnancy complications: A PRISMA-compliant systematic review and meta-analysis. Medicine. 2016.

ZHOU, H. et al. Maternal pre-pregnancy risk factors for miscarriage from a prevention perspective: a cohort study in China. Eur. J. Obstet. Gynecol. Reprod. Biol. 2016.


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