REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11617912
Jonatas Alves Pacheco¹;
Leopoldo Luiz Rocha Fujii².
RESUMO
O clareamento de dentes vitais em ambiente clínico é um procedimento amplamente utilizado para melhorar a estética do sorriso. No entanto, diversos estudos têm destacado os efeitos colaterais associados a esse tratamento, como sensibilidade dentária e danos ao tecido gengival. Deste modo, o presente estudo investigou os métodos de clareamento de dentes vitais realizados em ambiente clínico e sua relação com os efeitos colaterais associados à patologia bucal, tais como: sensibilidade dentária e danos ao tecido gengival. Foi realizada uma revisão abrangente da literatura científica, utilizando bases de dados eletrônicas como PubMed, Bireme e Google Acadêmico, utilizando palavras-chave relacionadas ao tema. Foram incluídos estudos que abordavam os métodos de clareamento dental em ambiente clínico, os efeitos colaterais associados e as estratégias de minimização desses efeitos. Destarte, os estudos revisados destacaram diversos agentes clareadores e técnicas utilizadas no clareamento de dentes vitais, bem como os fatores de risco associados aos efeitos colaterais, como sensibilidade dentária e danos ao tecido gengival. Foram discutidas diferentes abordagens para minimizar esses efeitos adversos, incluindo a utilização de diferentes concentrações dos agentes clareadores e o controle rigoroso do tempo de aplicação. A revisão da literatura evidenciou a importância de adotar medidas preventivas e estratégias de minimização dos efeitos colaterais do clareamento de dentes vitais em ambiente clínico. Profissionais da área da odontologia devem estar cientes dos riscos associados a esse procedimento e seguir diretrizes baseadas em evidências para garantir uma prática odontológica segura e responsável, promovendo assim a saúde bucal dos pacientes.
Palavras-Chave: clareamento dental; agentes de clareamento; branqueadores; efeitos colaterais.
ABSTRACT
Bleaching vital teeth in a clinical setting is a procedure widely used to improve the aesthetics of the smile. However, several studies have highlighted the side effects associated with this treatment, such as tooth sensitivity and damage to the gingival tissue. Therefore, this study investigated the methods used to whiten vital teeth in a clinical setting and their relationship with the side effects associated with oral pathology, such as tooth sensitivity and damage to the gingival tissue. A comprehensive review of the scientific literature was carried out using electronic databases such as PubMed, Bireme and Google Scholar, using keywords related to the topic. Studies were included that addressed tooth whitening methods in a clinical setting, the associated side effects and strategies for minimizing these effects. Thus, the studies reviewed highlighted various whitening agents and techniques used to whiten vital teeth, as well as the risk factors associated with side effects, such as tooth sensitivity and damage to gingival tissue. Different approaches to minimizing these adverse effects were discussed, including the use of different concentrations of bleaching agents and rigorous control of application time. The literature review showed the importance of adopting preventive measures and strategies to minimize the side effects of bleaching vital teeth in a clinical setting. Dental professionals should be aware of the risks associated with this procedure and follow evidence-based guidelines to ensure safe and responsible dental practice, thus promoting patients’ oral health.
Keywords: tooth whitening; whitening agents; bleaching; side effects.
1 INTRODUÇÃO
O sorriso, ao longo dos anos, transcendeu seu papel funcional e tornou-se uma expressão estética que reflete não apenas padrões de beleza, mas também nuances culturais e uma busca incessante pela harmonia facial. O entendimento da estética do sorriso evoluiu significativamente, moldado por diversas influências que abrangem períodos históricos e variadas tradições culturais (VIANA; PORTO; MARTINS, 2020).
Segundo Silva et al. (2021), a contemporaneidade atribui grande importância aos dentes brancos e alinhados no contexto da definição de beleza, higiene e interação social. Para atender a essa necessidade, campos da odontologia, incluindo prótese e dentística, têm se empenhado em criar abordagens destinadas a alcançar essa harmonia e abordar problemas de coloração (SILVA et al., 2021; HENRIQUE et al., 2017).
Recentes estudos revelam que aproximadamente 55% das pessoas, independentemente de idade, gênero ou cultura, expressam insatisfação com a cor de seus dentes. Especial atenção é direcionada ao público feminino, que percebe os dentes mais claros como mais desejáveis (BARBOSA et al., 2015). Assim, o clareamento dentário ganha destaque na área de procedimentos odontológicos estéticos (BRISO et al., 2014)
A prática de clareamento dental tem origens antigas, remontando ao Egito antigo, onde substâncias abrasivas, vinagre e até mesmo urina eram utilizados para esse fim. A partir de 1860, surgiram publicações e experimentos com o intuito de desenvolver métodos eficazes para clarear os dentes. Em 1877, Chapple foi o primeiro a descrever o uso do ácido oxálico para remover várias pigmentações dentárias (SURECK et al., 2017). Em 1989, Heywood e Heymann introduziram uma técnica de clareamento dental que consistia na aplicação de peróxido de carbamida a 10% em moldeiras durante quinze dias, uma abordagem que ainda é amplamente utilizada tanto para o clareamento em casa quanto para o clareamento em consultório (ARAÚJO et al., 2015).
Neste contexto, o clareamento dental é um procedimento que objetiva a remoção ou clareamento de manchas nos dentes procedentes de fatores extrínsecos ou intrínsecos. Os fatores extrínsecos são resultantes da ingestão de alimentos condimentados, como vinhos, café, molhos e sucos, além do hábito de fumar devido ao tabaco presente nos cigarros. Enquanto, os fatores intrínsecos podem estar relacionados à fluorose, necrose pulpar e à ingestão do medicamento tetraciclina pela mãe durante a gestação ou pela criança durante a formação dentária (VIEIRA et al., 2015). Adicionalmente, certas características estruturais da superfície podem aumentar a probabilidade de manchas, incluindo rugosidade, trincas, fissuras e sulcos. Por conseguinte, conhecer a etiologia da mudança de cor e determinar o seu prognóstico e tratamento são importantes para nortear a escolha do melhor protocolo clareador pelo cirurgião-dentista.
O clareamento dental em dentes vitais pode ser realizado de três formas: no consultório odontológico, realizado pelo dentista; na residência do paciente (caseiro), realizado pelo mesmo, seguindo as orientações do cirurgião-dentista; ou por meio do tratamento conjugado, combinando as técnicas de consultório e caseiro, para resultados mais rápidos (MATOS, 2017). O clareamento em consultório apresenta vantagens em relação ao clareamento caseiro, como resultados mais rápidos e maior controle da aplicação do produto e das áreas expostas ao agente clareador (REZENDE et al., 2014). Esse clareamento geralmente é realizado em duas ou três consultas, envolvendo a aplicação de altas concentrações de peróxidos de carbamida ou de hidrogênio na superfície do esmalte (SILVA; NACANO; PIZI, 2012).
O peróxido de carbamida é uma substância chave utilizada tanto em consultório quanto em casa. É um produto encontrado em concentrações entre 10% e 22%. Porém, em altas concentrações (35% e 38%), são utilizados em consultório com ou sem presença de luz. Já o peróxido de hidrogênio, empregado em concentrações de 25% a 35%, favorecem a aplicação na dentina e esmalte dental.
O mecanismo de ação dos agentes clareadores ocorre por meio de uma reação química, envolvendo a oxidação do material clareador e a quebra de macromoléculas em moléculas menores. O gel resultante, ao entrar em contato com os dentes, transforma-se em moléculas de oxigênio reativas, liberando radicais livres que favorecem o processo de clareamento (RIBEIRO; RIBEIRO, 2019).
Em vista disso, o clareamento é indicado para fluorose, coloração escurecida, manchas por tetraciclina não muito escuras, manchas por traumas, e aquelas causadas pela alimentação e pelo tabagismo do paciente. Entretanto, as contraindicações incluem pacientes grávidas ou lactantes, pacientes com câncer, grande sensibilidade dental, amplas trincas no esmalte, restaurações grandes e cáries (FERRA, 2010).
É importante ressaltar que o clareamento dental pode proporcionar reações adversas como danos aos tecidos moles, sensibilidade dentária, irritações pulpares, alterações no esmalte dental e resistência adesiva (VIEIRA et al., 2019). Nesta circunstância, a compreensão dos efeitos colaterais do clareamento dental é fundamental para orientar os cirurgiões-dentistas sobre o procedimento e minimizar possíveis complicações.
Diante dessas informações, a presente revisão de literatura teve por objetivo investigar os métodos de clareamento de dentes vitais realizados em ambiente clínico e sua relação com os efeitos colaterais associados à patologia bucal, tais como: sensibilidade dentária e danos ao tecido gengival.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Investigar os métodos de clareamento de dentes vitais realizados em ambiente clínico e sua relação com os efeitos colaterais associados à patologia bucal, tais como: sensibilidade dentária e danos ao tecido gengival.
2.2 Objetivo Específico
- Realizar uma revisão abrangente da literatura científica disponível sobre os procedimentos de clareamento dental em ambiente clínico, enfatizando o agente clareador peróxido de hidrogênio e sua influência na saúde bucal dos pacientes.
- Avaliar os fatores de risco relacionados aos efeitos colaterais do clareamento dental em dentes vitais, considerando especialmente os impactos em região de polpa e impactos na gengiva e mucosa oral, a fim de identificar estratégias de mitigação desses efeitos adversos.
- Propor recomendações embasadas em evidências para profissionais de odontologia, visando minimizar os efeitos colaterais do clareamento de dentes vitais em ambiente clínico, promovendo uma prática odontológica mais segura e responsável.
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Clareamento de Dentes Vitais
A estética dentária é um campo que considera diversos aspectos para alcançar um sorriso harmonioso, incluindo: a cor, forma, dimensões e simetria dos dentes. É importante considerar que as preferências individuais e as expectativas pessoais também desempenham um papel significativo na satisfação do paciente com seu sorriso. Entre outras coisas, os pacientes podem ficar insatisfeitos com a coloração dos dentes, alinhamento dental, forma ou tamanho irregular e presença de diastema (DEMARCO, MEIRELES, MASOTTI, 2009; ELLAKANY et al., 2022).
A cor do dente é determinada pelas propriedades ópticas do esmalte e da dentina. No entanto, também pode ser influenciada pela presença de manchas extrínsecas ou intrínsecas. As manchas extrínsecas são causadas pela deposição de pigmentos na superfície externa do dente, resultado de hábitos como má higiene bucal, consumo de certos alimentos e bebidas cromatogênicas e de tabagismo (DEMARCO, MEIRELES, MASOTTI, 2009; ALQAHTANI, 2014; JOINER, 2006; ALKAHTANI et al., 2020).
Esses pigmentos são encontrados na película dental e gerados por reação entre os açucares e aminoácidos, bem como, adquiridos a partir de cromóforos exógenos que pigmentam a película dental e causam a descoloração dental adquirida. Estes se apresentam como grandes compostos orgânicos com duplas ligações ou como compostos complexos de metal, sendo estes últimos menos propensos a serem branqueados com sucesso. Ademais, a interação que ocorre entre açúcares e aminoácidos é comumente conhecida como “reação de Maillard” ou “reação de escurecimento não enzimático”. Essa reação envolve rearranjos químicos e interações entre açúcares e aminoácidos (ROCHA et al., 2022).
Neste contexto, as manchas intrínsecas estão integradas na estrutura do dente. Elas podem surgir devido a condições sistêmicas, como doenças genéticas que afetam os tecidos duros do dente, como dentinogênese imperfeita, amelogênese imperfeita ou fatores pré-eruptivos ou pós-eruptivos locais, por exemplo, idade ou de alguns medicamentos (DEMARCO, MEIRELES, MASOTTI, 2009; ALQAHTANI, 2014; JOINER, 2006; ALKAHTANI et al., 2020). Rocha et al. (2022) indicam que o envelhecimento é comumente relacionado à descoloração dos dentes, cuja dentina subjacente tende a escurecer devido à formação de dentina secundária, que apresenta uma tonalidade mais amarelada e opaca em comparação com a dentina original, especialmente à medida que o esmalte se torna mais fino. Essa combinação frequentemente resulta em uma coloração mais amarelada e escura dos dentes.
Por conseguinte, o clareamento dental é a terapia que permite mudar a cor da estrutura do dente por meio da interação de diferentes produtos clareadores com os pigmentos presente nos dentes (KWON, WERTZ, 2015). Devido ao seu baixo custo e à facilidade de obtenção de resultados satisfatórios, tem sido um dos tratamentos mais utilizados para descoloração dental (DEMARCO, MEIRELES, MASOTTI, 2009). Os principais agentes ativos utilizados são peróxido de carbamida e a peróxido de hidrogênio (FAUS-MATOSES et al., 2019).
Existem várias abordagens e técnicas de clareamento dental, como protocolos de prescrição para uso em consultório ou caseiro e utilização de sistemas de ativação por luz (JOINER, 2006; DEMARCO, MEIRELES, MASOTTI, 2009; ARTIS et al., 2020) O tratamento pode ser realizado na superfície externa dos dentes, dentro da estrutura do dente ou uma combinação de ambas as abordagens. Contudo, é crucial que o procedimento seja conduzido sob a supervisão de um profissional de saúde bucal, assegurando resultados seguros e satisfatórios (BLANCHARD, WISSEN, 2020; AIDOS et al., 2024).
Quando se tratado do método de clareamento caseiro é requerido a confecção de uma moldeira plástica personalizada, onde é depositado o gel a base de peróxido de carbanita (entre 10 e 20%) ou peróxido de hidrogênio (entre 4 e 10%), conforme orientado pelo cirurgião-dentista (JOINER, 2006; MARAN et al., 2018; LO GIUDICE, 2016; SILVA, SILVA, MENDONÇA, 2023). É crucial que o paciente coopere para alcançar resultados satisfatórios após o tratamento. Normalmente, as instruções do produto sugerem duas aplicações diárias, com duração de 30 minutos a 2 horas, durante duas a seis semanas, ou uma aplicação mais longa durante esse período (RODRIGUEZ-MARTINEZ, et al., 2018).
O clareamento caseiro com peróxido de carbamida ou de hidrogênio tem se popularizado devido à sua simplicidade, segurança e natureza conservadora (BRISO et al., 2014; ALQAHTANI, 2014; ALKAHTANI et al., 2020; HASSON, ISMAIL, NEIVA, 2006). No entanto, esses produtos apresentam vários efeitos colaterais, como sensibilidade dental irritação gengival ou erosão da mucosa (DEMARCO, MEIRELES, MASOTTI, 2009; ALQAHTANI, 2014; JOINER, 2006; ARTIS et al., 2020). Além disso, como são utilizadas moldeiras, há um risco de danos à mucosa oral e gástrica com esses produtos (DEMARCO, MEIRELES, MASOTTI, 2009; GOLDBERG, GROOTVELD, LYNCH, 2010).
Para concentrações mais elevada, o clareamento caseiro exige múltiplas visitas ao consultório, geralmente ao longo de uma semana, para alcançar o resultado desejado e minimizar a inflamação pulpar associada às altas concentrações de peróxido. Assim, técnicas caseiras e de consultório podem ser combinadas para acelerar o processo e reduzir a sensibilidade dentária (REZENDE et al., 2016). Este método oferece vantagens como custo reduzido, menos visitas ao dentista à concentração mais baixa do gel. Adicionalmente, o intervalo para retoques é prolongado e a conveniência para o paciente é maior, pois o procedimento pode ser realizado em casa (REZENDE et al., 2016; SILVA et al., 2021).
Já no consultório odontológico, o clareamento é geralmente realizado com peroxido de hidrogênio em concentrações mais altas que variam de 35 e 40%, oferecendo a possibilidade de resultados satisfatórios em apenas uma sessão. No entanto, o tempo prolongado de atendimento clínico pode resultar em custos mais elevados. Ainda, recomenda-se de duas a três sessões, com duas a três aplicações por sessão, podendo chegar a até seis sessões com intervalos de pelo menos sete dias entre elas. A quantidade e duração das aplicações em cada sessão variam de acordo com o produto, sendo essencial seguir as instruções do fabricante descritas na bula (CARVALHO et al., 2016).
Antes da aplicação do gel clareador, é essencial realizar a profilaxia dental, seguida de secagem e aplicação de uma barreira gengival fotoativada para proteger a gengiva contra possíveis irritações decorrentes do contato com o gel. Essa técnica é recomendada para paciente não colaborativos, uma vez que o resultado não depende da colaboração do paciente (RIBEIRO, RIBEIRO, 2019). A abordagem de clareamento no consultório permite um acompanhamento mais próximo, eficaz, reduz o risco de danos aos tecidos moles e aumentando a taxa de sucesso clínico. No entanto, as desvantagens incluem custos mais elevados e risco potencial de sensibilidade após o procedimento (SOARES et al., 2021; SARMENTO et al., 2016).
Os pacientes devem tomar precauções, especialmente nas primeira 24 horas após o tratamento de clareamento, pois os dentes estão mais suscetíveis à descoloração devido ao aumento da permeabilidade dentinária. Os cirurgiões-dentistas podem orientar os pacientes a enxaguar a boca com produtos contendo flúor pelo menos três vezes ao dia para promover a formação de fluorapatita, evitar alimentos ricos em corantes e ácidos, evitar fumar e usar batom durante tratamento (SILVA, SILVA, MENDONÇA, 2023).
3.2 Peróxido de Hidrogênio
O peróxido de hidrogênio (H2O2) é um compostoinstável que se decompõe em água e radicais livres de oxigênio reativos. É altamente solúvel, produzindo uma solução ácida com um pH que varia de acordo com a concentração (ALKAHTANI et al., 2020; KWON, WERTZ, 2015).
O mecanismo subjacente ao clareamento dos dentes usando materiais à base de peróxido é um fenômeno complexo, que ocorrem em duas fases distintas, conhecidas como: difusão e oxidação (ALVES, VASCONCELOS, VASCONCELOS, 2020). Logo, na fase da difusão, o agente clareador se espalha pelos tecidos duros do dente, como esmalte e a dentina por meio de um processo conhecido como difusão, para interagir com os cromóforos orgânicos.
No seguimento, durante a fase de oxidação, ocorre a interação do agente clareador com a molécula da mancha, compostos por carbono, hidrogênio e oxigênio que reagem como o clareador. Os radicais de oxigênio liberados pelo peróxido de hidrogênio reagem efetivamente com os cromógenos orgânicos por meio de um processo oxidante, que quebra as duplas ligações fortes, desestabilizando o composto cromogênico e, em última análise, reduzindo a descoloração do dente. Eles convertem as cadeias em estruturas simples ou alteram suas propriedades ópticas. Essas reações também produzirão produtos com maior polaridade e menor peso molecular do que a molécula original da mancha (ALKAHTANI et al., 2020; KWON, WERTZ, 2015). Quanto maior o tempo de exposição ao produto clareador e a sua concentração, mais eficaz e rápido será o processo de oxidação e modificação da cor (JOINER, 2006).
3.3 Comportamento em Tecidos Dentinários
O agente clareador utilizado pode ocasionar algumas alterações no esmalte dental que podem passar despercebidas clinicamente. Essas alterações podem incluir desmineralização, redução da microdureza do esmalte e da dentina, bem como aumento da porosidade do esmalte dentário (MAJEED et al., 2015).
A desmineralização provocada pelo gel clareador torna os elementos dentários mais porosos e opacos, facilitando assim uma maior penetração nos tecidos. Essa modificação no esmalte dental ocorre devido à interação direta dos subprodutos formados durante a reação com o elemento dental (VIEIRA et al., 2015).
A saliva desempenha um papel crucial na remineralização dos dentes devido à sua capacidade tampão, reduzindo os efeitos de algumas reações adversas. No entanto, para intensificar essa ação, pode-se aplicar flúor na superfície dental por aproximadamente 5 minutos. Esse procedimento auxilia na restauração mais rápida da normalidade da superfície dental (MAJEED et al., 2015).
Após o contato da substância clareadora com o elemento dental, ocorre a formação de diversos subprodutos, incluindo radicais livres e moléculas de oxigênio reativas. Após o procedimento clareador, essas substâncias permanecem na estrutura dental, dificultando a polimerização dos monômeros e a adesão do sistema adesivo. Portanto, para garantir a segurança e o sucesso do procedimento restaurador, é recomendado aguardar cerca de uma ou duas semanas após o clareamento antes de realizar a restauração. Após esse período, o oxigênio residual terá sido liberado do elemento dental, proporcionando uma superfície dental mais favorável para o procedimento restaurador (VIEIRA et al., 2015).
3.4 Comportamento em Tecidos Moles
No clareamento dental realizado em consultório, a proteção dos tecidos moles é de suma importância devido à natureza cáustica dos agentes clareadores empregados. Essa proteção é alcançada por meio da aplicação de uma barreira gengival fotopolimerizável (Top Dam) na região cervical dos dentes que serão submetidos ao clareamento. Falhas nessa barreira gengival ou descuidos durante a aplicação do gel pelo cirurgião-dentista podem resultar em alterações nos tecidos moles, desde irritações leves até queimaduras gengivais. No entanto, as lesões leves causadas pelo gel são reversíveis e podem ser tratadas imediatamente com o uso de uma solução de bicarbonato (VIEIRA et al., 2015).
O uso incorreto do gel clareador pelo cirurgião-dentista, como prolongamento do tempo de exposição ou realização de mais sessões do que o necessário, pode causar danos à polpa dental. Como os agentes clareadores agem por difusão, os produtos resultantes da reação com a estrutura dental podem penetrar nos espaços inter e intra-prismáticos, chegando até a polpa. Isso pode levar à irritação pulpar e, consequentemente, aumentar a sensibilidade. A utilização de fontes de calor e luz para acelerar o processo de clareamento também pode intensificar o dano à polpa, uma vez que a exposição à luz pode aquecer a polpa dental (VIEIRA et al., 2019).
Além disso, o efeito de difusão das substâncias clareadoras pode ser amplificado quando o dente fica exposto ao gel por um período prolongado ou quando o gel utilizado possui alta concentração. Outros fatores que contribuem para o aumento da difusão incluem trincas no esmalte, lesões cervicais não cariosas e restaurações inadequadas (VIEIRA et al., 2015).
3.5 Efeitos Colaterais do Clareamento
Independentemente do método empregado, os tratamentos de clareamento dental acarretam diversos efeitos indesejáveis na estrutura dentária, os quais podem ser influenciados por diversos fatores, especialmente a técnica, tipo e concentração do agente ativo, e duração do procedimento (ALKAHTANI et al., 2020). Podem ocasionar efeitos adversos comuns e reversíveis, como sensibilidade temporária, irritação gengival, erosão da mucosa oral e alterações gustativas. Logo, é fundamental enfatizar a importância de uma anamnese completa do paciente, a fim de determinar se ele é um candidato adequado para o procedimento (BRISO et al., 2014).
As reações desencadeadas pelo gel clareador resultam da concentração da substância clareadora, que pode atingir até 35% quando se trata de peróxido de hidrogênio, e do tempo de exposição do agente à estrutura dental. Além disso, esses agentes clareadores possuem um pH bastante ácido, muitas vezes inferior ao pH crítico que o esmalte dental pode tolerar. Portanto, estudos demonstraram que tais substâncias clareadoras podem ocasionar danos à estrutura dental, como perda de mineralização, aumento da porosidade, redução da microdureza do esmalte e sensibilidade dentária (MAGALHÃES et al., 2012). Além disso, o peróxido de hidrogênio e seus radicais têm a capacidade de penetrar na polpa dentária e induzir genotoxicidade, citotoxicidade e inflamação nos componentes pulpares (GOLDBERG, GROOTVELD, LYNCH, 2010; TREDWIN, NAIK, LEWIS, 2006; NAIM et al., 2022).
No caso da sensibilidade dentária pode surgir quando os subprodutos resultantes da reação do clareamento penetram nos túbulos dentinários, alcançando a polpa e desencadeando uma resposta que resulta em sensibilidade. Essa reação é comum na maioria dos pacientes, uma vez que o agente clareador age por difusão, penetrando no esmalte e na dentina, e muitas vezes atingindo a polpa. Essa reação adversa pode se manifestar com maior intensidade quando realizada na presença de fontes luminosas, potencialmente levando a uma pulpite reversível. As fontes luminosas, ainda utilizadas por muitos profissionais, aumentam a temperatura, o que pode causar danos adicionais à polpa (LOEF JÚNIOR, 2016).
Inicialmente, as fontes luminosas foram adotadas como uma maneira de reduzir o tempo do tratamento clareador, acelerando a decomposição do agente clareador. Essas fontes de luzes podem incluir as halógenas proveniente de fotopolimerizadores, lasers e LEDs. No entanto, Loef Júnior (2016) indicam que além de aumentar os riscos para a polpa, as fontes luminosas também podem intensificar a sensibilidade nos dentes clareados. Ainda, a sensibilidade dentária pode ser resultado de um tempo de tratamento prolongado e da realização de múltiplas sessões de clareamento. Nesses casos, se o paciente apresentar sensibilidade, o cirurgião-dentista deve reduzir o tempo de aplicação e o número de sessões.
Outro desconforto causado pelo clareamento é a irritação gengival, cuja causa são os radicais livres provenientes dos agentes oxidantes presentes no gel clareador. Além disso, observa-se que os agentes clareadores podem afetar restaurações e materiais obturadores, diminuindo suas propriedades adesivas e provocando perda de resistência ao cisalhamento da resina composta se o procedimento adesivo for realizado imediatamente após o clareamento. No caso de ingestão do gel clareador, pode ocorrer dor gástrica, porém sem consequências graves (RODRIGUEZ-MARTINEZ et al., 2018).
Entretanto, segundo Aidos et al. (2024) existem diversas revisões sistemáticas sobre esse assunto, mas os resultados são discrepantes. Desta forma, não é viável afirmar com absoluta certeza qual é o melhor método de clareamento e os efeitos adversos associados a cada um.
3.6 Como Minimizar os Efeitos Colaterais do Clareamento
Como alternativas ao uso de terapia medicamentosa (anti-inflamatórios, analgésicos, corticosteroides e antioxidantes), um estratégia para minimizar a sensibilidade é o uso de um dessensibilizante, como o nitrato de potássio e flúor a 2%, que atuam inibindo os estímulos nos canais de sódio e potássio ao penetrarem nos túbulos dentinários, bem como, impedem a transmissão do estímulo, resultando na diminuição ou ausência da sensibilidade (DOMINGOS; BUENO; RASTINE, 2020). Esse componente frequentemente está presente nos géis clareadores, mas em alguns casos pode precisar ser adquirido separadamente. O dessensibilizante é aplicado de 5 a 10 minutos antes do clareamento, reduzindo assim a incidência de sensibilidade dentinária (PALÉ et al., 2014). Ademais, o desconforto relatado por alguns pacientes durante o tratamento clareador desaparece algumas horas após o término do procedimento (SANTANA et al., 2014).
Outro dessensibilizante com ação obliteradora é o glutaraldeído, que funciona coagulando as proteínas presentes nos canalículos dentinários, resultando na formação de um precipitado de albumina sérica que oblitera esses canais. Sua eficácia é aumentada quando combinado com hidroxietil-metacrilato (HEMA), que é polimerizado pela albumina, potencializando a obliteração dos canalículos dentinários (RIBEIRO et al., 2016). Contudo, o dessensibilizante à base de arginina forma um tipo de plugue mineral quando associado ao carbonato de cálcio, resultando em um mineral rico em cálcio que oblitera os túbulos dentinários. Esses produtos estão disponíveis comercialmente na forma de dentifrícios (CAVALCANTE et al., 2019; RIBEIRO et al., 2016).
Já os compostos à base de cálcio precipitam íons cálcio sobre a estrutura da dentina, promovendo a formação de hidroxiapatita e obliteração tubular. Apesar da eficácia imediata, a ação do Hidróxido de Cálcio diminui rapidamente, exigindo múltiplas aplicações para manter sua efetividade (CAVALCANTE et al., 2019; GOMES et al., 2020). E por fim, vernizes, selantes, resinas, adesivos e cimento de ionômero de vidro formam uma barreira mecânica impermeável aderida à dentina, vedando os túbulos dentinários expostos. Além do mais, atuam como fonte de compostos fluoretados. A camada híbrida resultante da impregnação de monômeros na superfície dentinária desmineralizada promove o selamento dos túbulos, limitando a movimentação do fluido intratubular (CAVALCANTE et al., 2019; RIBEIRO et al., 2016).
Em relação aos lasers de alta potência, como o Neodímio Ytrio Alumínio Granada (Nd:YAG) e o de Dióxido de Carbono (CO2), eles atuam através da fundição e recristalização da dentina exposta ao meio, realizando uma irradiação direta. Esses lasers utilizam efeitos fototérmicos para aquecer e derreter a superfície da dentina, que ao resfriar, recristaliza e oblitera os túbulos dentinários (ROCHA et al., 2020). Porém, os lasers de baixa potência, como o de Hélio-Neônio (He-Ne) e o de diodo de Arsenieto de Gálio e Alumínio (AsGaAl), atuam através de diferentes mecanismos dependentes da potência e interação do comprimento de onda com o tecido alvo, não envolvendo aquecimento (GOMES et al., 2020).
4 MATERIAL E MÉTODOS
Para o desenvolvimento metodológico deste estudo optou-se por uma revisão de literatura sobre o tema. A Revisão da Literatura consiste na compilação e integração de ideias de diversos autores relacionadas a um tema específico, obtidas por meio de leituras e pesquisas realizadas pelo pesquisador. Nesse contexto, a revisão da literatura representa a documentação elaborada pelo pesquisador sobre o trabalho ou pesquisa que está prestes a realizar. É importante destacar que esse trabalho não se propõe a ser completamente original, uma vez que a revisão da literatura envolve uma compilação crítica de obras que abordam uma determinada temática (BRIZOLA; FANTIN, 2016).
Em outras palavras, a revisão de literatura é um diálogo entre o pesquisador-escritor e os autores selecionados para discutir o tema, resultando em um texto que, embora não precise ser inédito, deve ser analítico e crítico em relação às ideias estudadas sobre a temática escolhida para o trabalho (BRIZOLA; FANTIN, 2016). Em vista disso, selecionou-se artigos científicos nas bases de dados Google Scholar, PubMed e ScientDirect que abordavam o tema, segundo os descritores: clareamento dental, agentes de clareamento, branqueadores e efeitos colaterais.
Os critérios de inclusão para a seleção desses artigos foram: documentos classificados como artigos científicos, teses, dissertações e monografias, gratuitos, online e em documento físico, textos completos, em português ou inglês e publicados no período de 2015 a 2024. Os critérios de exclusão foram: artigos científicos, teses, dissertações e monografias que não abordassem o tema, incompletos, resumos, pagos, em língua estrangeira que não fosse português e inglês e publicados fora do período estabelecido à esta pesquisa (2006 a 2024).
Todos os artigos encontrados foram lidos e apenas 47 foram selecionados para compor a fundamentação teórica desta pesquisa.
5 RESULTADOS
A metodologia de pesquisa empregada na base de dados resultou em 95 artigos. Após leitura, apenas, 47 compuseram este estudo conforme descrito abaixo na Tabela 1.
Tabela 1. Artigos selecionados para a composição da revisão de literatura.
Identificação | Tipo de estudo | Objetivo | |
1 | AIDOS M, MARTO CM, AMARO I, CERNERA M, FRANCISCO I, VALE F et al. Comparison of in-office and at-home bleaching techniques: An umbrella review of efficacy and post-operative sensitivity. Heliyon, 2024;10:e25833. | Revisão de literatura | Avaliou a eficácia e os efeitos adversos de diferentes técnicas de clareamento dental realizadas em consultório (IO) e em casa (AH), em relação às alterações cromáticas e à sensibilidade dos dentes. |
2 | ALKAHTANI R, STONE S, GERMAN M, WATERHOUSE P. A Review on Dental Whitening. Journal of Dentistry. 2020. | Revisão de literatura | Forneceu uma revisão narrativa sobre a química do clareamento dental vital, toxicidade e segurança, técnicas de clareamento dental vital, sistemas de clareamento, efeitos colaterais potenciais do clareamento e clareamento cíclico usando produtos com uma variedade de concentrações e valores de pH. |
3 | ALQAHTANI MQ. Tooth-bleaching procedures and their controversial effects: A literature review. The Saudi Dental Journal. 2014;26:33–46. | Revisão de literatura | Revisou a história dos procedimentos de clareamento, tipos de clareamento, componentes, mecanismos e seus efeitos nos tecidos moles, estruturas dentárias, resina composta e adesão. |
4 | ARAÚJO KM, VASCONCELOS JÚNIOR HF de, MEIRA G de F, SÁ JL de. Técnicas de clareamento dental: revisão de literatura. Brazilian Journal of Health Review. 2021;4(6):26891-26902. | Revisão de literatura | Realizou uma revisão de literatura selecionando artigos nas principais bases de dados, como: Google Acadêmico, Lilacs, Scielo e Pubmed, apontando os métodos de clareamento disponíveis atualmente, assim como, suas características, particularidades, desvantagens e vantagens. |
5 | BARBOSA DC, DE´STEFANI TP, CERETTA LB, CERETTA RA, SIMÕES PW, D´ALTOÉ LF. Estudo comparativo entre as técnicas de clareamento dental em consultório e clareamento dental caseiro supervisionado em dentes vitais: uma revisão de literatura. Rev. Odontol. Univ. Cid. São Paulo. 2015;27(3):244-252. | Revisão de literatura | Apresentou as técnicas de clareamento dental (caseiro e consultório), por meio de uma revisão narrativa de literatura. |
6 | BLANCHARD D, WISSEN KV. Home-based chemically induced whitening (bleaching) of teeth in adults: A summary of a systematic review. Health Nurs. 2020;00:1–2. | Revisão de literatura | Verificou a eficácia dos produtos clareadores dentais utilizando peróxido de carbamida ou peróxido de hidrogênio em várias formas, ou seja, gel, tiras, enxaguatórios bucais e chicletes, que podem ser adquiridos sem receita médica e administrados em casa, como, por exemplo, um gel em molde em comparação com um placebo em adultos (com 18 anos ou mais). |
7 | BRISO ALF, CONCEIÇÃO EN, MARSON FC, ANGELO LT, GIANNINI CM, PASCOTTO RC et al., Clareamento de dentes vitais e não vitais. Odontologia estética. 2014 | Revisão de literatura | Avaliou os aspectos envolvidos no clareamento de dentes vitais e não vitais. |
8 | CARVALHO EM, LAGO ADN, FIROOZMAND L. Uso da luz no clareamento dental em consultório: há controvérsias? Light use in clinical dental whitening: are there controversies? Rev Pesquisa em Saúde. 2016;16(3). | Revisão de literatura | Realizou uma revisão crítica da literatura dos últimos dez anos acerca do uso das fontes de luz como estratégia para acelerar e/ou ativar agentes clareadores, tendo como ênfase aspectos referentes à eficácia e possíveis efeitos adversos. |
9 | CAVALCANTE SP, SOUZA JÚNIOR VG de, DIAS PC. Efetividade de diferentes tipos de tratamento no controle da hipersensibilidade dentinária cervical. Rev UNINGÁ. 2019;56(S7):68-79. | Revisão de literatura | Abordou a efetividade de diversos tipos de tratamentos para controle da hipersensibilidade dentinária localizada na região cervical do dente, comparando entre os estudos avaliados quais terapias são mais eficazes e apresentam maior longevidade. |
10 | DEMARCO FF, MEIRELES SS, MASOTTI AS. Over-the-counter whitening agents: a concise review. Braz. Oral Res, 2009;23:64-70, 2009. | Revisão de literatura | Avaliou e discutiu o conhecimento atual sobre a eficácia, mecanismo de ação e legislação dos produtos de clareamento dental de venda livre. |
11 | DOMINGOS PA dos S, BUENO NDF, RASTINE RCPB. Clareamento dental e controle da sensibilidade. J Res Dent. 2020;8(6):55-62. | Revisão de literatura | Avaliou os vários métodos de clareamento dental para controle da sensibilidade durante e/ou após o tratamento clareador. |
12 | ELLAKANY P, FOUDA SM, ALGHAMDI MA, ALY NM. Influence of Dental Education on Esthetics Self-Perception and Shade Selection. Int. J. Environ. Res. Public Health. 2022;19: 11547. | Estudo transversal | Determinou a influência da educação odontológica na atitude dos pacientes, autopercepções estéticas e seleção de tonalidade. |
13 | FAUS-MATOSES V, PALAU-MARTINEZ I, AMENGUAL-LORENZO J, FAUS-MATOSES I, FAUS-LLACER V. Bleaching in vital teeth: combined treatment vs in-office treatment. J Clin Exp Dent. 2019;11:e754-e758. | Experimental | Verificou se houve um maior clareamento nos dentes tratados com clareamento combinado do que naqueles que receberam apenas um tratamento clínico, e avaliou a eficiência do tratamento clínico nos casos em que não é possível ou não é desejado realizar a fase domiciliar. |
14 | FERRA JPG. Branqueamento de dentes vitais em consultório. Monografia (Licenciatura em Medicina Dentária) – Universidade Fernando Pessoa. 2010. | Revisão de literatura | Apresentou as vantagens e limitações da técnica de branqueamento dentário em consultório de dentes vitais. |
15 | GOLDBERG M, GROOTVELD M, LYNCH E. Undesirable and adverse effects of tooth-whitening products: a review. Clin Oral Invest. 2010;14:1–10. | Revisão de literatura | Revisou os efeitos do peróxido de hidrogênio (H2O2) no clareamento dental, destacando seus mecanismos de ação, os efeitos indesejáveis locais nas estruturas dentárias e na mucosa oral, bem como a segurança do uso desse agente. |
16 | GOMES LMG. Mecanismos de ação dos agentes terapêuticos empregados no tratamento da hipersensibilidade dentinária. Artigo (Curso de Odontologia) – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 2020. | Revisão de literatura | Discutiu, através de uma revisão de literatura, quais são os mecanismos de ação de diversos agentes utilizados no tratamento da hipersensibilidade dentinária, as suas indicações, contraindicações. |
17 | HASSON H, ISMAIL A, NEIVA G. Home-based chemically-induced whitening of teeth in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2006:4. | Revisão sistemática, seguida de uma meta-análise | Avaliou a eficácia (em comparação com um placebo ou outro produto ativo) e os efeitos colaterais dos produtos para clareamento dental à base de substâncias químicas, vendidos sem receita ou dispensados por dentistas e projetados para uso caseiro. |
18 | HENRIQUE DBB et al. Os principais efeitos colaterais do clareamento dentário: como amenizá-los. SALUSVITA, 2017:141-155. | Revisão de literatura | Realizou uma revisão de literatura acerca dos possíveis efeitos colaterais advindos das técnicas de clareamento dental e como minimizá-los |
19 | JOINER A. The bleaching of teeth: A review of the literature. J Dent. 2006;34:412-419. | Revisão de literatura | Revisou o conhecimento atual sobre o clareamento dental com relação aos métodos de branqueamento externo. |
20 | KWON SR, WERTZ PW. Review of the Mechanism of Tooth Whitening SO RAN. Journal of Esthetic and Restorative Dentistry. 2015;27(5):240-257. | Revisão de literatura | Revisou a literatura atual sobre a difusão de agentes clareadores, suas interações com moléculas de manchas e mudanças na superfície, com o objetivo de estabelecer uma melhor compreensão do mecanismo subjacente ao clareamento dental. |
21 | LO GIUDICE R, PANTALEO G, LIZIO A, ROMEO U, CASTIELLO G, SPAGNUOLO G et al. Clinical and Spectrophotometric Evaluation of LED and Laser Activated Teeth Bleaching. The Open Dentistry Journal. 2016;10:242-250. | Estudo clínico | Avaliou a eficiência dos procedimentos de clareamento dental realizados com peróxido de hidrogênio e peróxido de carbamida, ativados por LED ou laser. |
22 | LOEF JÚNIOR G. Sensibilidade dental associada ao tratamento clareador em dentes vitais. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Odontologia) – Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016. | Revisão de literatura | Averiguou a sensibilidade dental associada ao clareamento. |
23 | MAGALHÃES JG, MARIMOTO ARK, TORRES CRG, PAGANI C, TEIXEIRA SC, BARCELLOS DC. Microhardness change of enamel due to bleaching with in-office bleaching gels of different acidity. Acta Odontologica Scandinavica. 2012;70:122–126. | Estudo clínico | Avaliou a microdureza do esmalte tratado com três agentes de clareamento em consultório, contendo 35% de peróxido de hidrogênio com diferentes acidezes. |
24 | MAJEED A, FARROQ I, GROBLER SR, ROSSOUW RJ. Tooth- Bleaching: A Review of the Efficacy and Adverse Effects of Various Tooth Whitening Products. J Coll Physicians Surg Pak. 2015;25(12):891-6. | Revisão de literatura | Revisou várias técnicas de clareamento dental, incluindo métodos profissionais, produtos de venda livre e clareamento caseiro. |
25 | MARAN BM, BUREY A, DE PARIS MATOS T, LOGUERCIO AD, REIS A. In-office dental bleaching with light vs. without light: a systematic review and meta-analysis. J Dent. 2018;70:1-13. | Revisão de literatura | Realizou uma revisão sistemática e meta-análise para responder à seguinte pergunta de pesquisa: O clareamento vital ativado por luz em consultório tem uma eficácia de branqueamento maior e uma sensibilidade dentária mais alta em comparação com o clareamento vital em consultório sem luz quando usado em adultos? |
26 | MATOS JL de. O clareamento em dentes vitais: a interface da odontologia estética. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia). FAMA – Faculdade de Macapá. 2017. | Revisão de literatura | Abordou o funcionamento e execução das principais técnicas disponíveis no mercado (clareamento de consultório e clareamento caseiro), bem como os materiais mais utilizados em tais procedimentos, buscando entender a relação existente entre o clareamento dental em dentes vitais e a odontologia estética. |
27 | NAIDU AS, BENNANI V, AARTS JM, BRUNTON P. Over-the-Counter Tooth Whitening Agents: A Review of Literature. Brazilian Dental Journal. 2020;31(3):221-235 | Revisão de literatura | Determinou a eficácia dos agentes clareadores de venda livre predominantes de 2006 até 2018, onde uma comparação de cada agente foi feita com um placebo, sem tratamento ou com outros agentes clareadores de venda livre. |
28 | NAIM S, SPAGNUOLO G, OSMAN E, MAHDI SS, BATTINENI G, QASIM SSB et al. Quantitative Measurements of the Depth of Enamel Demineralization before and after Bleach: An In Vitro Study. BioMed Research International. 2022. | Experimental | Avaliou a desmineralização dos esmalte dentário antes e depois do clareamento dental. |
29 | PALÉ M, MAYORAL JR, LLOPIS J, VALLÉS M, BASILIO J, ROIG M. Evaluation of the effectiveness of an in-office bleaching system and the effect of potassium nitrate as a desensitizing agente. Odontology. 2013. | Estudo clínico | Avaliou por espectrofotômetro as mudanças de cor in vivo resultantes da aplicação de um sistema de clareamento dental em consultório contendo 28% de H2O2 ativado por diodo emissor de luz (LED) e determinou se a aplicação de 5% de nitrato de potássio 30 minutos antes do clareamento reduziu a sensibilidade dentária. |
30 | REZENDE ,. OLIVEIRA MCR de, KOSSATZ S, REIS A, LOGUERCIO AD, CALIXTO AL. Avaliação de cor da resina composta após manchamento com café solúvel, vinho tinto e Coca-Cola® seguido de clareamento dental / Color resin assessment made after staining with soluble coffee, red wine and Coke® followed by dental bleaching. Full Dent Sci. 2016, | Experimental | Avaliou a alteração da resina composta submetida à pigmentação pelo café solúvel, vinho tinto e coca-cola®, bem como a alteração após o clareamento dental com peróxido de carbanita 16%. |
31 | REZENDE M, SIQUEIRA SH, KOSSATZ S. Clareamento dental – efeito da técnica sobre a sensibilidade dental e efetividade. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2014;68(3):208-12. | Estudo clínico | Avaliou a efetividade do clareamento (EC), sensibilidade dental (SD) e recidiva de cor (RC) no clareamento de dentes vitais. |
32 | RIBEIRO AHP, RIBEIRO L de O. Técnicas, riscos e benefícios do tratamento clareador dental em dentes vitais: revisão de literatura. Trabalho de Graduação de Curso (Graduação em Odontologia). Universidade de Taubaté. 2019. | Revisão de literatura | Realizou uma revisão de literatura sobre condutas clínicas perante o tratamento clareador de dentes vitais, visando suas técnicas, riscos e benefícios. |
33 | RIBEIRO PJT, ARAÚJO AMP de, MAFRA RP, VASCONCELOS MG, VASCONCELOS RG. Mecanismos de ação dos recursos terapêuticos disponíveis para o tratamento da hipersensibilidade dentinária Cervical. Odontol. Clín.-Cient., Recife. 2016;15(2) 83 – 90. | Revisão de literatura | Revisou a literatura em relação aos recursos terapêuticos disponíveis atualmente para o tratamento da hipersensibilidade dentinária cervical (HDC). |
34 | ROCHA A de O, ANJOS LM dos, LIMA TO, SANTOS R de M dos A, MENESES JÚNIOR NS, SIMÕES MS da S et al. Evidências atuais sobre clareamento dental: uma revisão integrativa. REAS. 2022;15(4):1-9. | Revisão de literatura | Selecionou e avaliou os achados recentes da literatura sobre o clareamento dental. |
35 | ROCHA A de O, AQUINO TS de, LIMA TO, RODRIGUES PCM, ANJOS LM dos, OLIVEIRA TMR. A utilização da laserterapia para o controle da hipersensibilidade dentinária: uma revisão sistematizada da literatura. REAOdonto. 2020;2:e3907. | Revisão de literatura | Avaliou os dados científicos atuais em relação à efetividade da laserterapia como método alternativo no controle da HD. |
36 | RODRÍGUEZ-MARTINEZ J, VALIENTE M, SÁNCHEZ-MARTÍN M-J. Tooth whitening: From the established treatments to novel approaches to prevent side effects. J Esthet Restor Dent. 2019;1–10. | Revisão de literatura | Revisou os aspectos mais importantes sobre os tratamento de clareamento dental, seus efeitos colaterais e as novas abordagens emergentes para superá-los. |
37 | SANTANA MAP, NAHSAN FPS, OLIVEIRA AH de A, LOGUÉRCIO AD, FARIA E SILVA AL. Randomized Controlled Trial of Sealed In-Office Bleaching Effectiveness. Brazilian Dental Journal. 2014;25(3):207-211. | Estudo clínico | Avaliou a sensibilidade dentária e a eficácia do clareamento de técnicas de clareamento selado, em comparação com uma técnica convencional em consultório. |
38 | SARMENTO HR et al. Clareamento dental e micro abrasão do esmalte. In. DA SAF e GUERRA LR. Dentística Restauradora – Do Planejamento à Execução. Editora Santos Grupo GEN. 2016;14:169-188. | Revisão de literatura | Apresentou os conceitos científicos para odontologia estética que cada vez mais tem relevância no dia a dia clínico e dentre as possibilidades de tratamentos odontológicos estéticos um dos mais procurados atualmente é o clareamento dental. |
39 | SILVA FMM, NACANO LG, PIZI ECG. Avaliação Clínica de Dois Sistemas de Clareamento Dental. Rev Odontol Bras Central. 2012;21(56) | Estudo clínico | Avaliou clinicamente dois sistemas de clareamento dental caseiros em diferentes tempos de uso diário conforme o efeito clareador, a sensibilidade e a satisfação do paciente. |
40 | SILVA LK da, SILVA MCB, MENDONÇA ICG de. Clareamento dental em dentes vitais. REAS. 2023;23(6):1-8. | Revisão de literatura | Apresentou os conceitos científicos para odontologia estética que cada vez mais tem relevância no dia a dia clínico e dentre as possibilidades de tratamentos odontológicos estéticos um dos mais procurados atualmente é o clareamento dental |
41 | SILVA M dos AF da, TORRES LM de M, SOUZA DMB, LIMA DAD de, CAVALCANTE RA, RAMOS ATPR. Benefícios e malefícios durante o procedimento de clareamento dental: revisão integrativa. Revista Odontológica de Araçatuba. 2021;42(1):38-43. | Revisão de literatura | Realizou uma revisão integrativa da literatura acercar dos benefícios e/ou malefícios existente durante o processo de clareamento dental. |
42 | SOARES A da S, FERREIRA A, YAMASHITA RK. Pesquisa literária comparativa entre as técnicas de clareamento dental em consultório e clareamento dental caseiro supervisionado. JNT- Facit Business and Technology Journal. 2021;27(1):46-57. | Revisão de literatura | Realizou uma revisão de literatura acerca das técnicas e possibilidades do clareamento dental bem como conhecer as indicações e limitações para que se obtenha o resultado esperado. |
43 | SUREK J, MELLO AMD de, MELLO FAS de. Clareamento dental com luz led violeta – relato de caso clínico. Revista Gestão & Saúde. 2017;17(2): 30-36. | Relato de Caso clínico | Demonstrou uma nova técnica de clareamento dental utilizando-se fonte de luz capaz de quebrar os pigmentos responsáveis pelo escurecimento dental, onde foram abordados aspectos importantes da técnica como os benefícios e limitações. |
44 | TREDWIN CJ, NAIK S, LEWIS NJ, SCULLY C. Hydrogen peroxide tooth-whitening (bleaching) products: Review of adverse effects and safety issues. British Dental Journal. 2006;200(7). | Revisão de literatura | Revisou as informações disponíveis sobre os efeitos colaterais e a segurança do H2O2 no clareamento dental. |
45 | VIANA GG, PORTO ER, MARTINS A. Clareamento dental: aspectos clínicos, efeitos adversos e os desafios da terapia: Revisão de literatura. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Rede de Ensino Doctum. 2020. | Revisão de literatura | Discorreu, através de revisão de literatura, sobre a efetividade das técnicas para clareamento dental junto a influência de hábitos deletérios, como o uso de café e tabaco durante e após o tratamento clareador. |
46 | VIEIRA AP de SB, LEITÃO A de S, PATRÍCIO CEG, CERQUEIRA F da S. Consequências do clareamento em dentes vitais e na saúde geral do paciente. Rev Campo do Saber. 2018;4(5):33-47. | Revisão de literatura | Revisou as técnicas de clareamento dental em dentes vitais, abordando aspectos relacionados aos tipos e modos de ação dos agentes clareadores, mas tendo como foco principal os efeitos adversos dessas substâncias sobre tecidos duros, tecidos moles e saúde geral dos pacientes. |
47 | VIEIRA AC et al. Reações Adversas do Clareamento de Dentes Vitais. Odontol. Clín.-Cient., Recife. 2015:809 – 812. | Revisão de literatura | Revisou as reações adversas do clareamento de dentes vitais, já que o mesmo tem sido bastante popularizado e realizado atualmente. |
6 DISCUSSÃO
O clareamento de dentes vitais é uma ferramenta valiosa na busca por um sorriso estético e confiante. Na discussão sobre o clareamento, foi visto na literatura pesquisada que é essencial considerar diversos fatores, como a escolha do produto clareador, a técnica de aplicação e os potenciais efeitos colaterais, para garantir resultados seguros e satisfatórios para o paciente. Demarco, Meireles e Massoti (2009) destacam a importância de considerar esses aspectos na prática odontológica.
A estética dentária desempenha um papel significativo na satisfação do paciente com seu sorriso, e quando não atende as expectativas do indivíduo, como a alteração na cor dos dentes, pode ocasionar um impacto negativo na autoestima (DEMARCO, MEIRELES, MASOTTI, 2009; ELLAKANY et al., 2022). A cor dos dentes é influenciada por uma série de fatores, incluindo hábitos de higiene bucal, consumo de certos alimentos e bebidas, tabagismo, condições sistêmicas (VIEIRA et al., 2015) e até mesmo o envelhecimento (DEMARCO, MEIRELES, MASOTTI, 2009; ALQAHTANI, 2014; JOINER, 2006; ALKAHTANI et al., 2020). Portanto, o clareamento dental se torna uma terapia valiosa para corrigir ou melhorar a coloração dos dentes, aumentando a confiança do paciente (BRISO et al. 2014; BARBOSA et al., 2015; HENRIQUE et al., 2017; VIANA; PORTO; MARTINS, 2020; SILVA et al. 2021).
Por conseguinte, o clareamento dental emerge como uma terapia eficaz para modificar a cor dos dentes (ARAÚJO et al., 2015; FAUS-MATOSES et al., 2019). Ambos, peróxido de carbamida e de hidrogênio são amplamente adotados devido à sua eficácia e custo-benefício. No entanto, diferentes abordagens e técnicas estão disponíveis, incluindo protocolos de clareamento caseiros ou em consultórios, cada um com suas vantagens e desvantagens (JOINER, 2006; DEMARCO, MEIRELES, MASOTTI, 2009; ARTIS et al., 2020).
Porém, segundo Aidos et al. (2024) independente do protocolo de clareamento, produto e concentrações, ou métodos de avaliação, os resultados da aplicação desses produtos são similares, concordando também com os resultados encontrados por Silva, Nacano, Pizi (2012) quando avaliaram clinicamente o uso dos dois sistemas de clareamento com peróxido de carbamida por 8 horas e hidrogênio por 1 hora, em 10 indivíduos. Os resultados alcançados confirmam que ambos os produtos promovem o clareamento tanto em dentes superiores ou inferiores. Vale também ressaltar que o grupo que permaneceu com o produto por 8 horas desenvolveu maior sensibilidade do que o grupo oposto.
Ao considerar o foco deste estudo, o peróxido de hidrogênio (H2O2), se torna crucial entender a interação e as consequências tanto no esmalte quanto na polpa dental e nos tecidos moles circundantes (VIEIRA et al., 2019). Indica-se o clareamento quando há presença de manchas moderadas causadas por fluorose, tetraciclina, manchas provenientes da dieta ou escurecimento fisiológico devido à deposição aumentada de dentina (VIEIRA et al., 2015; RIBEIRO, RIBEIRO, 2019). Por outro lado, existem algumas contraindicações, como presença de gengivite ou periodontite, gravidez ou amamentação, cáries extensas ou traumas recentes (VIEIRA et al., 2019), bem como, canceres, trincas no esmalte e grandes restaurações (FERRA, 2010).
Em vista disso, o conhecimento sobre como funciona o mecanismo de ação do peróxido de hidrogênio é fundamental. Como agente clareador dental revela um processo complexo que envolve várias etapas, como difusão e oxidação. O H2O2, uma substância altamente solúvel, desempenha um papel fundamental na descoloração dos dentes ao interagir com os cromóforos orgânicos durante o processo de clareamento (ALKAHTANI et al., 2020; KWON, WERTZ, 2015). Essa interação resulta na quebra das ligações cromogênicas, reduzindo assim a descoloração e modificando a estrutura das moléculas de manchas (Alkahtani et al., 2020; Kwon, Wertz, 2015), ou seja, de acordo com Araújo et al. (2015), gera radicais livres e se converte em moléculas de oxigênio e ânions de peróxido de hidrogênio. Os subprodutos resultantes dessa reação penetram nos túbulos dentinários, oxidando as moléculas responsáveis pelo escurecimento dos dentes.
Assim, quanto maior a concentração e o tempo de exposição ao peróxido, mais eficaz será o processo de oxidação e, consequentemente, o clareamento dos dentes. Embora, os produtos de clareamento em concentrações mais baixas possam ter menos capacidade de branqueamento imediato em comparação com os de concentração mais altas, eles são frequentemente usados por um período prolongado, resultando em níveis semelhantes de clareamento dos dentes (JOINER, 2006).
Quanto ao comportamento do peróxido de hidrogênio nos tecidos dentinários, pode desencadear desmineralização, redução na microdureza do esmalte e da dentina, bem como aumentar a porosidade do esmalte dental. Essas alterações podem ocorrer devido à interação direta dos subprodutos formados durante a reação com os elementos dentários. Essa porosidade facilita a penetração mais profunda do agente clareador nos tecidos dentinários, o que pode resultar em maior sensibilidade dentária após o procedimento (MAJEED et al., 2015).
Além disso, os subprodutos da reação do peróxido de hidrogênio com os tecidos dentinários podem permanecer na estrutura dental, dificultando a polimerização dos monômeros e a adesão do sistema adesivo durante procedimentos restauradores. Por isso, é recomendado aguardar um período de uma ou duas semanas após o clareamento antes de realizar restaurações dentárias para garantir uma superfície dental mais favorável. Ainda, a saliva desempenha um papel importante na remineralização dos dentes, mitigando os efeitos adversos do clareamento. Estratégias adicionais, como a aplicação de flúor, podem acelerar esse processo de recuperação (MAJEED et al., 2015; VIEIRA et al., 2015).
No que diz respeito aos tecidos moles, é crucial protegê-los durante o clareamento, especialmente em procedimentos realizados em consultório. A aplicação de uma barreira gengival é essencial para evitar irritações e queimaduras gengivais causadas pelos agentes clareadores. Danos aos tecidos moles podem resultar de falhas na aplicação da barreira gengival ou do uso incorreto do gel clareador. Lesões leves pode ser tratadas imediatamente, mas danos mais graves podem ocorrer se houver exposição prolongada aos agentes clareadores ou se forem utilizadas concentrações muitos altas (6 a 38%) (VIEIRA et al., 2015).
O uso inadequado do gel clareador, como prolongamento do tempo de exposição ao uso de fontes de calor e luz para acelerar o processo, causando danos à polpa dental, aumentando a sensibilidade e até mesmo irritando a polpa. Portanto, é essencial seguir protocolos adequados e realizar o clareamento sob supervisão profissional para minimizar os riscos de danos aos tecidos dentários e moles (VIEIRA et al., 2015).
A escolha entre o clareamento caseiro e o clareamento em consultório também é um ponto importante a ser considerado (MATOS, 2017). O clareamento caseiro oferece conveniência e custo reduzido, mas requer a cooperação do paciente e pode exigir múltiplas sessões para alcançar resultados satisfatórios. Por outro lado, o clareamento em consultório, com concentrações mais altas de peróxido de hidrogênio, pode proporcionar resultados mais rápidos e eficazes, mas a um custo mais elevado e com um risco maior de sensibilidade dental (REZENDE et al., 2014; BARBOSA et al., 2017). Assim sendo, para Vieira et al. (2019), a escolha de optar pelo clareamento dental em consultório deve ser fundamentada em uma avaliação clínica minuciosa. Essa avaliação, feita pelo cirurgião-dentista, visa garantir a segurança do paciente durante o procedimento.
Quando se tratado dos efeitos colaterais, na literatura encontrou-se os seguintes: sensibilidade dental, irritação gengival e até mesmo erosão da mucosa oral (MAGALHÃES et al., 2012; BRISO et al., 2014; CARVALHO et al., 2016; SOARES et al., 2021). Portanto, o clareamento dental, independentemente do método utilizado, pode acarretar uma série de efeitos colaterais indesejáveis na estrutura dentária e nos tecidos moles circundantes, que podem ser decorrentes da técnica, tipo e concentração do agente e duração do procedimento (BRISO et al., 2014; ALQAHTANI, 2014).
Um dos efeitos colaterais mais comuns e reversíveis encontrado na literatura é a sensibilidade dentária temporária, que pode surgir devido à penetração dos subprodutos do clareamento nos túbulos dentinários, atingindo a polpa e desencadeando uma resposta dolorosa (GOLDBERG, GROOTVELD, LYNCH, 2010; TREDWIN, NAIK, LEWIS, 2006; NAIM et al., 2022). Esse desconforto pode ser intensificado pela utilização de fontes luminosas durante o procedimento, aumentando a temperatura e potencialmente causando danos à polpa (LOEF JÚNIOR, 2016). Além disso, a irritação gengival e a erosão da mucosa oral também são relatadas como efeitos colaterais comuns, causada pelos radicais livres presentes nos agentes oxidantes dos géis clareadores (RODRIGUEZ-MARTINEZ et al., 2018; VIEIRA et al., 2019).
Para minimizar os efeitos colaterais do clareamento, algumas estratégias podem ser seguidas, como: o uso de dessensibilizantes, como o nitrato de potássio e flúor a 2%, pode ajudar a reduzir a sensibilidade dentária, inibindo os estímulos nos túbulos dentinários e impedindo a transmissão do estímulo doloroso (DOMINGOS, BUENO, RASTINE, 2020; PALÉ et al., 2014). Além disso, o uso de laser de baixa potência pode ser uma opção para obliterar os túbulos dentinários, sem causar aquecimento excessivo e danos à polpa (GOMES et al., 2020). É importante destacar que, embora existam estratégias para minimizar os efeitos colaterais do clareamento, cada paciente pode responder de forma diferente ao tratamento. Portanto, uma anamnese completa do paciente é fundamental para determinar se ele é um candidato adequado para o procedimento de clareamento dental. Ainda, a supervisão do profissional é essencial em ambas as abordagens para garantir a segurança do paciente e maximizar os resultados estéticos (MAGALHÃES et al., 2012; BRISO et al., 2014; ALKAHTANI et al., 2020).
Independentemente do método escolhido, os pacientes devem ser instruídos a tomar precauções após o tratamento para evitar a descoloração recorrente dos dentes, como evitar alimentos pigmentados e adotar uma rotina de higiene bucal adequada (SILVA, SILVA, MENDONÇA, 2023). Essas medidas ajudam a preservar o sorriso branqueado e garantir a satisfação contínua do paciente com sua estética dentária.
Por fim, ao analisar as pesquisas elencadas neste estudo, alguns pontos positivos relativos ao clareamento dental são: A melhoria da estética, onde Maran et al. (2018) destacam que os sistemas ativados por luz, especialmente com baixas concentrações de agentes clareadores, podem produzir resultados eficazes imediatos e comparáveis aos produtos com concentrações mais altas; O aumento da satisfação dos paciente, como apontados por Ellakany et al. (2022) que observaram um aumento na satisfação dos pacientes com a cor dos dentes após o clareamento que melhora a autoestima e a confiança; Efeitos reversíveis indicados por Rodríguez‐Martínez, Valiente, Sánchez‐Martín (2019) que relatam irritações gengivais leves causadas pelo gel clareador e podem ser tratadas imediatamente com bicarbonato de cálcio; e diversidade de opções como clareamento caseiro, em consultório ou associados.
Já no caso dos pontos negativos, Aidos et al. (2024) apontam a sensibilidade dentária observada em altas quanto em baixas concentrações dos produtos clareadores; Vieira et al. (2015) destacam a irritação gengival e a importância da proteção dos tecidos moles durante o procedimento de clareamento para evitar irritações e queimaduras gengivais; e Magalhaes et al. (2012) indicam os danos à estrutura dental onde as concentrações mais elevadas dos agentes clareadores e longos períodos de exposição podem ocasionar desmineralização, porosidade e redução da microdureza do esmalte. Portanto, apesar das vantagens do clareamento dental, é crucial discutir com os pacientes sobre os possíveis efeitos adversos e restrições antes de iniciar o procedimento.
7 CONCLUSÃO
Com base nos achados deste estudo, concluiu-se que o clareamento de dentes vitais com o peróxido de hidrogênio é uma técnica eficaz e amplamente indicada para melhorar a estética dental, quando aplicado em concentrações adequadas e seguindo as técnicas corretas. No entanto, é importante reconhecer que o procedimento pode acarretar efeitos colaterais, tanto para os tecidos dentários quanto para os tecidos moles circundantes, tais como: sensibilidade dentária temporária, irritação gengival, erosão da mucosa oral e até mesmo danos à estrutura dental, como perda de mineralização e aumento da porosidade.
Diante disso, é essencial que os cirurgiões-dentistas estejam cientes dos potenciais riscos associados ao clareamento com peróxido de hidrogênio e adotem medidas preventivas para minimizar esses efeitos colaterais. Logo, algumas orientações importantes podem ser listadas, como:
- Realizar uma avaliação completa do paciente, incluindo histórico médico e dental, para determinar se ele é um candidato adequado para o clareamento dental.
- Educar o paciente sobre os potenciais efeitos colaterais do clareamento e discutir suas expectativas realistas em relação aos resultados.
- Escolher a concentração adequada de peróxido de hidrogênio com base na avaliação do paciente e nas condições dentárias específicas.
- Seguir as técnicas de aplicação recomendadas pelo fabricante do produto clareador e garantir que o tratamento seja supervisionado por um profissional qualificado.
- Utilizar medidas de proteção, como barreiras gengivais e fotopolimerizáveis, para proteger os tecidos moles durante o procedimento.
- Monitorar de perto qualquer efeito adverso durante e após o clareamento e tomar medidas adequadas para mitigar esses problemas, se necessário.
- Considerar o uso de dessensibilizantes antes e durante o procedimento para reduzir a sensibilidade dentária.
Além disso, é importante ressaltar que a escolha do método de clareamento e a abordagem terapêutica devem ser personalizadas de acordo com as necessidades e características individuais de cada paciente, pode ser benéfica para garantir resultados seguros e satisfatórios para o paciente.
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¹Acadêmico de Odontologia. Artigo apresentado a (nome da instituição), como requisito para obtenção do título de Bacharel em Odontologia da Faculdade FIMCA, Grupo Aparício Carvalho, Porto Velho/RO, 2024.
²Professor Orientador. Professor do curso de Odontologia da Faculdade FIMCA, Grupo Aparício Carvalho, Porto Velho/RO, 2024. E-mail: prof.leopoldo.fujii@fimca.com.br.