ABORDAGENS NEUROBIOLÓGICAS E TERAPÊUTICAS NO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)

NEUROBIOLOGICAL AND THERAPEUTIC APPROACHES IN GENERALIZED ANXIETY DISORDER (GAD)

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10783142


Suzana Mioranza Bif1, Isaque Silva Simões2, Fernando Otávio Ferreira3, João Francisco Teixeira Tavares4, Micaela Reinert Hilgert5, Gelma Maria Jerônymo Vieira Neves6, Isabelle Gassen Martins Clemes7, Maria Denize Lelo Santiago Netta8, Leandro Phelipe Toledo Aredes9, Ana Paula Ribas a Pohlman10


RESUMO

​​A ansiedade, uma resposta intrínseca a situações percebidas como ameaçadoras, desempenha um papel crucial na adaptação humana, sendo um componente natural da sobrevivência. Contudo, quando essa resposta assume uma forma desproporcional e persistente, evoluindo para o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), introduzimo-nos em um domínio intricado e desafiador da saúde mental. Esse transtorno é caracterizado por uma preocupação excessiva e crônica, muitas vezes direcionada para eventos cotidianos, e é acompanhado por uma gama intensa de sintomas físicos e mentais. Este estudo propõe uma revisão de literatura com o objetivo de analisar e sintetizar informações sobre o impacto psicológico do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) na população adulta. Com uma ênfase especial nas nuances e desafios brasileiros, a pesquisa fundamenta-se em fontes confiáveis, como PubMed, Scielo e dados do Ministério da Saúde do Brasil. Relatórios, diretrizes e informações oficiais relacionadas ao impacto psicológico do TAG foram obtidos no site oficial do Ministério da Saúde do Brasil, incluindo boletins, guias de apoio psicológico e estratégias de controle dessa condição no país. No contexto terapêutico, observa-se uma abordagem integrada para lidar com o TAG. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) continua a ser reconhecida como uma intervenção eficaz, proporcionando ferramentas para modificar padrões de pensamento negativos e promover estratégias de enfrentamento saudáveis. Além disso, os Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) e Inibidores da Recaptação da Serotonina e Norepinefrina (IRSN) permanecem como medicamentos de primeira linha para o tratamento farmacológico. Para aprimorar a situação e o tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada  no Brasil, é crucial adotar uma abordagem abrangente. Primeiramente, investir em campanhas de conscientização é fundamental para combater o estigma associado aos transtornos mentais e promover a compreensão na sociedade. Paralelamente, é essencial proporcionar treinamento regular aos profissionais de saúde, integrando a saúde mental nos currículos de formação para melhorar a identificação e manejo precoces do TAG.

Palavras-chave: impacto psicológico do Transtorno de Ansiedade Generalizada; saúde mental na população adulta; estratégias de apoio psicológico para adultos com TAG;

1 INTRODUÇÃO

​​A ansiedade, uma resposta intrínseca a situações percebidas como ameaçadoras, desempenha um papel crucial na adaptação humana, sendo um componente natural da sobrevivência. Contudo, quando essa resposta assume uma forma desproporcional e persistente, evoluindo para o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), introduzimo-nos em um domínio intricado e desafiador da saúde mental. Esse transtorno é caracterizado por uma preocupação excessiva e crônica, muitas vezes direcionada para eventos cotidianos, e é acompanhado por uma gama intensa de sintomas físicos e mentais (Lenhardtk; Calvetti, 2017).

A abordagem do TAG exige uma compreensão aprofundada de suas bases neurobiológicas, explorando os mecanismos subjacentes que desencadeiam e perpetuam essa condição. Além disso, investigar os fatores desencadeantes é fundamental para traçar estratégias terapêuticas eficazes. Neste contexto, a presente exploração científica se propõe a mergulhar nas nuances do TAG, desvendando os avanços contemporâneos que delineiam seu perfil clínico. Será uma incursão no panorama da psiquiatria, analisando as implicações clínicas decorrentes desse transtorno e destacando intervenções promissoras que estão moldando e transformando o cenário terapêutico (Schonhofen et al., 2020).

Por meio dessa investigação, visamos não apenas compreender a complexidade do TAG, mas também contribuir para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas inovadoras. Ao aprofundarmos nosso conhecimento, buscamos oferecer insights valiosos para o avanço da compreensão e tratamento deste transtorno, impulsionando, assim, a evolução contínua da psiquiatria.

2 METODOLOGIA

Este estudo propõe uma revisão de literatura com o objetivo de analisar e sintetizar informações sobre o impacto psicológico do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) na população adulta. Com uma ênfase especial nas nuances e desafios brasileiros, a pesquisa fundamenta-se em fontes confiáveis, como PubMed, Scielo e dados do Ministério da Saúde do Brasil. A busca por artigos inclui termos como “impacto psicológico do Transtorno de Ansiedade Generalizada”, “saúde mental na população adulta”, “estratégias de apoio psicológico para adultos com TAG” e termos relacionados. A seleção limitou-se a estudos publicados desde 2010 até o presente, buscando abranger informações atualizadas.

Relatórios, diretrizes e informações oficiais relacionadas ao impacto psicológico do TAG foram obtidos no site oficial do Ministério da Saúde do Brasil, incluindo boletins, guias de apoio psicológico e estratégias de controle dessa condição no país. A análise dos dados foi conduzida de maneira sistemática, destacando tendências, desafios no diagnóstico e tratamento psicológico, bem como as políticas de saúde mental implementadas para o controle do TAG no contexto da Atenção Primária à Saúde. Comparativos e sínteses dos dados provenientes das diferentes fontes serão realizados, proporcionando uma visão abrangente e atualizada sobre o impacto psicológico do TAG na população adulta no Brasil.

Os resultados desta revisão de literatura serão apresentados e discutidos na seção subsequente do artigo, visando fornecer uma análise crítica do impacto psicológico do TAG na Atenção Primária à Saúde no Brasil. Serão abordados avanços alcançados e desafios enfrentados nas políticas de saúde mental, contribuindo para uma compreensão mais profunda e embasada da abordagem desse transtorno no contexto da atenção primária.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

A atualidade do Transtorno de Ansiedade Generalizada revela um cenário desafiador, com a prevalência crescente dessa condição na sociedade contemporânea. O impacto psicológico do TAG se torna mais pronunciado em um mundo marcado por estresses cotidianos, incertezas e pressões sociais (Costa et al., 2017).

No contexto terapêutico, observa-se uma abordagem integrada para lidar com o TAG. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) continua a ser reconhecida como uma intervenção eficaz, proporcionando ferramentas para modificar padrões de pensamento negativos e promover estratégias de enfrentamento saudáveis. Além disso, os Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) e Inibidores da Recaptação da Serotonina e Norepinefrina (IRSN) permanecem como medicamentos de primeira linha para o tratamento farmacológico (Oliveira, 2011).

No entanto, a terapêutica atual também enfrenta desafios, como a necessidade de personalização do tratamento, considerando a variabilidade na resposta dos pacientes aos diferentes enfoques terapêuticos. A pesquisa continua a explorar novas opções farmacológicas e terapêuticas para aprimorar a eficácia e reduzir efeitos colaterais (Neto; Amarante, 2912).

Além disso, a conscientização sobre a importância da saúde mental tem levado a um enfoque mais amplo na abordagem do TAG, integrando práticas de autocuidado, promoção de bem-estar e intervenções multidisciplinares. O envolvimento ativo de profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, psicólogos e outros terapeutas, é crucial para oferecer suporte abrangente aos indivíduos afetados (Jorge et al., 2011).

Em resumo, a situação atual da TAG destaca a necessidade contínua de aprimoramento nas estratégias terapêuticas, uma abordagem personalizada e uma visão holística que englobe fatores biopsicossociais. O caminho adiante envolve a pesquisa constante, a adaptação de protocolos terapêuticos e o fortalecimento da conscientização sobre a saúde mental para promover um tratamento mais efetivo e compassivo para o TAG.

4 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para aprimorar a situação e o tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada  no Brasil, é crucial adotar uma abordagem abrangente. Primeiramente, investir em campanhas de conscientização é fundamental para combater o estigma associado aos transtornos mentais e promover a compreensão na sociedade. Paralelamente, é essencial proporcionar treinamento regular aos profissionais de saúde, integrando a saúde mental nos currículos de formação para melhorar a identificação e manejo precoces do TAG.

Além disso, expandir a rede de serviços de saúde mental é vital, assegurando a presença de profissionais qualificados e implementando programas de teles-saúde para superar barreiras geográficas. No âmbito das políticas públicas, é necessário desenvolver estratégias mais abrangentes, focadas na prevenção e tratamento do TAG, garantindo o acesso a medicamentos e terapias psicológicas nos serviços públicos.

A pesquisa contínua desempenha um papel crucial, incentivando estudos sobre o TAG na realidade brasileira e explorando inovações terapêuticas. Uma abordagem integrada à saúde mental, envolvendo profissionais de diversas especialidades, é fundamental para oferecer suporte abrangente. Além disso, promover práticas de autocuidado e bem-estar como parte das estratégias terapêuticas contribui para uma abordagem holística.

Ao implementar essas medidas, o Brasil pode fortalecer sua resposta ao TAG, proporcionando um ambiente mais favorável para identificação, tratamento e apoio contínuo. Essas ações não apenas melhoram a situação atual, mas também estabelecem bases sólidas para uma abordagem mais compassiva e eficaz do TAG no país.

REFERÊNCIAS

ACIOLI NETO, M. DE L.; AMARANTE, P. D. DE C. O acompanhamento terapêutico como estratégia de cuidado na atenção psicossocial. Psicologia Ciência e Profissão, v. 33, n. 4, p. 964–975, 2013.

COSTA, C. O. DA et al. Prevalência de ansiedade e fatores associados em adultos. Jornal brasileiro de psiquiatria, v. 68, n. 2, p. 92–100, 2019.

JORGE, M. S. B. et al. Promoção da Saúde Mental – Tecnologias do Cuidado: vínculo, acolhimento, co-responsabilização e autonomia. Ciencia & saude coletiva, v. 16, n. 7, p. 3051–3060, 2011.

LENHARDTK, G.; CALVETTI, P. Ü. Quando a ansiedade vira doença?: Como tratar transtornos ansiosos sob a perspectiva cogntivo-comportamental. Aletheia, v. 50, n. 1–2, p. 111–122, 2017.

OLIVEIRA, M. I. S. DE. Intervenção cognitivo-comportamental em transtorno de ansiedade: relato de caso. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, v. 7, n. 1, p. 30–34, 2011.

SCHÖNHOFEN, F. DE L. et al. Transtorno de ansiedade generalizada entre estudantes de cursos de pré-vestibular. Jornal brasileiro de psiquiatria, v. 69, n. 3, p. 179–186, 2020.


1Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNINASSAU  Campus Cacoal, Rondonia, e-mail: suzanamioranzabif@gmail.com.

2Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNINASSAU  Campus Cacoal, Rondonia.

3Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNINASSAU  Campus Cacoal, Rondonia.

4Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNINASSAU  Campus Vilhena, Rondônia.

5Medica pela Faculdade Assis Gurgacz – FAG Campus Cascavel, Parana.

6Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNISL  Campus Porto Velho, Rondônia.

7Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNISL  Campus Porto Velho, Rondônia.

8Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto METROPOLITANA  Campus Porto Velho, Rondônia.

9Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNINASSAU  Campus Cacoal, Rondonia.

10Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNINASSAU  Campus Vilhena, Rondônia.