DIAGNOSTIC AND THERAPEUTIC APPROACHES TO URINARY TRACT INFECTION – UTI
REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10866229
Suzana Mioranza Bif1; Jeniffer da Silva Alencar Mendes2; Jhenifer Cristina Ribeiro3; Hugo Wadi Payão Farath4; Isabelle Soares Tavares5; Ellen Cristina Dequi6; Letícia Lima Fonseca7; Talissa Martins Nascimento8
Resumo
A Infecção do Trato Urinário (ITU) é uma condição prevalente e clinicamente significativa, caracterizada pela presença de agentes patogênicos no sistema urinário. Este fenômeno, predominantemente causado por bactérias, pode afetar qualquer segmento do trato urinário, incluindo a uretra, bexiga, ureteres e rins. O processo infeccioso geralmente tem início na uretra ou na bexiga e, se não tratado adequadamente, pode progredir para comprometer estruturas mais complexas do sistema renal. Este estudo propõe uma revisão de literatura com o objetivo de analisar e sintetizar informações sobre a Infecção do Trato Urinário (ITU), uma condição prevalente que demanda atenção clínica específica. Com foco nas peculiaridades e desafios brasileiros relacionados à ITU, a pesquisa baseia-se em fontes confiáveis, como PubMed, Scielo e dados do Ministério da Saúde do Brasil. A análise exaustiva da literatura sobre Infecção do Trato Urinário destaca implicações clínicas significativas, particularmente na ausência de intervenção adequada. A ascensão da infecção para os rins, com a ameaça iminente de pielonefrite, delineia as sérias consequências renais associadas à ITU. A premência do tratamento eficaz não apenas para alívio sintomático imediato, mas também para prevenir complicações a longo prazo, reforça a necessidade de abordagens terapêuticas específicas. As estratégias preventivas ganham destaque como pilares fundamentais na abordagem da ITU. Educação sobre higiene íntima, promoção de hábitos saudáveis e conscientização sobre sinais precoces emergem como fatores cruciais. A orientação sobre esvaziamento vesical regular e a importância da ingestão adequada de líquidos permeiam as estratégias preventivas eficazes. Para prevenir eficazmente a Infecção do Trato Urinário (ITU) e mitigar riscos associados à não abordagem, medidas simples podem ser adotadas. Campanhas educativas devem enfocar práticas de higiene íntima, destacar a importância da ingestão adequada de líquidos e conscientizar sobre sintomas precoces, incentivando a busca por atendimento médico imediato.
Palavras-chave: epidemiologia da ITU; tratamento da ITU; diagnóstico da ITU;
1 INTRODUÇÃO
A Infecção do Trato Urinário (ITU) é uma condição prevalente e clinicamente significativa, caracterizada pela presença de agentes patogênicos no sistema urinário. Este fenômeno, predominantemente causado por bactérias, pode afetar qualquer segmento do trato urinário, incluindo a uretra, bexiga, ureteres e rins. O processo infeccioso geralmente tem início na uretra ou na bexiga e, se não tratado adequadamente, pode progredir para comprometer estruturas mais complexas do sistema renal (Haddad; Fernandes., 2019).
As ITUs são frequentemente classificadas com base na localização anatômica e na extensão da infecção, sendo as cistites, uretrites e pielonefrites categorias comuns. O Escherichia coli é o patógeno mais comumente associado a ITUs, embora outras bactérias, como Klebsiella, Proteus e Enterococcus, também possam desempenhar um papel significativo. Fatores de risco, como sexo, idade, anatomia do trato urinário e comprometimento do sistema imunológico, desempenham um papel crucial na suscetibilidade individual à ITU (Braoios et al., 2009).
Diante da complexidade e das ramificações clínicas associadas à ITU, uma abordagem abrangente, envolvendo métodos diagnósticos precisos e estratégias terapêuticas eficazes, é essencial para mitigar os impactos adversos dessa condição. Esta revisão científica busca explorar detalhadamente as múltiplas facetas da ITU, desde seus mecanismos fisiopatológicos até as opções contemporâneas de diagnóstico e tratamento, com o objetivo de fornecer uma compreensão aprofundada e fundamentada desta condição ubíqua na prática clínica.
2 METODOLOGIA
Este estudo propõe uma revisão de literatura com o objetivo de analisar e sintetizar informações sobre a Infecção do Trato Urinário (ITU), uma condição prevalente que demanda atenção clínica específica. Com foco nas peculiaridades e desafios brasileiros relacionados à ITU, a pesquisa baseia-se em fontes confiáveis, como PubMed, Scielo e dados do Ministério da Saúde do Brasil. A busca por artigos inclui termos como “epidemiologia da ITU”, “tratamento da ITU”, “diagnóstico da ITU” e termos correlatos. A seleção limitou-se a estudos publicados desde 2010 até o presente, buscando abranger informações atualizadas.
Relatórios, diretrizes e informações oficiais relacionadas à epidemiologia e tratamento da ITU foram obtidos no site oficial do Ministério da Saúde do Brasil, incluindo boletins, guias de tratamento e estratégias de controle dessa condição no país. A análise dos dados foi conduzida de maneira sistemática, destacando tendências, desafios no diagnóstico e tratamento da ITU, bem como as políticas de saúde implementadas para o controle da ITU no contexto da Atenção Primária à Saúde.
Comparativos e sínteses dos dados provenientes das diferentes fontes serão realizados, proporcionando uma visão abrangente e atualizada sobre a epidemiologia e tratamento da ITU no Brasil. Os resultados desta revisão de literatura serão apresentados e discutidos na seção subsequente do artigo, visando fornecer uma análise crítica da epidemiologia e estratégias terapêuticas da ITU na Atenção Primária à Saúde no Brasil. Serão abordados avanços alcançados e desafios enfrentados nas políticas de saúde, contribuindo para uma compreensão mais profunda e embasada da abordagem dessa condição no contexto da atenção primária à saúde.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
A análise exaustiva da literatura sobre Infecção do Trato Urinário destaca implicações clínicas significativas, particularmente na ausência de intervenção adequada. A ascensão da infecção para os rins, com a ameaça iminente de pielonefrite, delineia as sérias consequências renais associadas à ITU. A premência do tratamento eficaz não apenas para alívio sintomático imediato, mas também para prevenir complicações a longo prazo, reforça a necessidade de abordagens terapêuticas específicas (Lopes; Tavares., 2005).
A importância do tratamento e prevenção emerge como um ponto central. A necessidade de estratégias que vão além do alívio dos sintomas, abrangendo a mitigação de riscos crônicos, é evidente. Os dados analisados destacam a urgência de protocolos eficazes, considerando a resistência antimicrobiana e a personalização do tratamento com base em fatores como gravidade dos sintomas e resistência local (Araujo et al., 2020).
No cenário feminino, a vulnerabilidade à ITU, notadamente durante a gestação, requer abordagens específicas. A implementação de medidas preventivas direcionadas e tratamento focalizado para gestantes torna-se imperativa, considerando os impactos não apenas na saúde materna, mas também nas complicações obstétricas. A gestão eficaz da ITU em mulheres torna-se um componente crítico da saúde reprodutiva (Lopes; Tavares., 2005).
No âmbito pediátrico, a revisão destaca a relevância de intervenções proativas. A ITU não tratada em crianças não apenas predispõe a recorrências, mas apresenta o risco de danos renais a longo prazo. A necessidade de educação parental abrangente sobre prevenção e identificação precoce de sintomas, aliada à gestão clínica precisa, é vital para evitar sequelas (SBP, 2006).
As estratégias preventivas ganham destaque como pilares fundamentais na abordagem da ITU. Educação sobre higiene íntima, promoção de hábitos saudáveis e conscientização sobre sinais precoces emergem como fatores cruciais. A orientação sobre esvaziamento vesical regular e a importância da ingestão adequada de líquidos permeiam as estratégias preventivas eficazes (Silva et al., 2021).
O tratamento da Infecção do Trato Urinário (ITU) deve ser conduzido de acordo com os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde do Brasil e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FESBRASGO). A abordagem terapêutica adotada visa assegurar eficácia, minimizar resistência antimicrobiana e prevenir complicações (Elauar et al., 2022).
Conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, a escolha do tratamento antibiótico para ITU leva em consideração a gravidade dos sintomas, a presença de fatores de risco, como gestação, e a resistência local aos antimicrobianos. A FESBRASGO, por sua vez, enfatiza a necessidade de considerar especificidades relacionadas à saúde da mulher, incluindo gestantes e não gestantes (Brasil, 2018).
Os protocolos recomendam a utilização de antibióticos de amplo espectro, como cefalosporinas de segunda geração ou amoxicilina associada a ácido clavulânico. A duração do tratamento varia conforme o tipo de ITU e a resposta clínica, com uma média de 7 a 14 dias (Freitas, 2015).
É crucial salientar que o não tratamento adequado da ITU pode acarretar complicações graves. A ascensão da infecção para os rins pode resultar em pielonefrite, associada a risco aumentado de septicemia. Além disso, a persistência da infecção pode contribuir para o desenvolvimento de resistência antimicrobiana, tornando o tratamento mais desafiador no futuro (Brasil, 2023).
4 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para prevenir eficazmente a Infecção do Trato Urinário (ITU) e mitigar riscos associados à não abordagem, medidas simples podem ser adotadas. Campanhas educativas devem enfocar práticas de higiene íntima, destacar a importância da ingestão adequada de líquidos e conscientizar sobre sintomas precoces, incentivando a busca por atendimento médico imediato.
É essencial desencorajar a automedicação, promovendo a busca por orientação profissional. Garantir um acesso facilitado aos cuidados de saúde, especialmente para grupos vulneráveis, e direcionar campanhas específicas para gestantes e crianças complementam estratégias abrangentes, capacitando a sociedade na prevenção efetiva e no tratamento oportuno da ITU.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, B. C. DE et al. Prevenção e controle de resistência aos antimicrobianos na Atenção Primária à Saúde: evidências para políticas. Ciencia & saude coletiva, v. 27, n. 1, p. 299–314, 2022.
BRAOIOS, A. et al. Infecções do trato urinário em pacientes não hospitalizados: etiologia e padrão de resistência aos antimicrobianos. Jornal brasileiro de nefrologia: ’orgao oficial de Sociedades Brasileira e Latino-Americana de Nefrologia, v. 45, n. 6, p. 449–456, 2009.
HADDAD, J. M.; FERNANDES, D. A. O. Infecção do trato urinário. Disponível em: <https://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/12/1046514/femina-2019-474-241-244.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2024.
Infecção urinária não tratada pode evoluir para complicações graves. Disponível em: <https://www.capital.sp.gov.br/noticia/infeccao-urinaria-nao-tratada-pode-evoluir-para-complicacoes-graves>. Acesso em: 11 mar. 2024.
LOPES, H. V.; TAVARES, W. Diagnóstico das infecções do trato urinário. Revista da Associacao Medica Brasileira (1992), v. 51, n. 6, p. 306–308, 2005.
SILVA, J. B. DA et al. Educação em saúde sobre autocuidado íntimo e ISTs para mulheres em situação de vulnerabilidade. Revista Enfermagem Digital Cuidado e Promoção da Saúde, v. 6, 2021.
Disponível em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/12/Nefrologia-Infeccao-Trato-Urinario.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2024a.
Disponível em: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/download/44213/pdf/110534>. Acesso em: 11 mar. 2024b.
Disponível em: <https://www.saude.sc.gov.br/index.php/informacoes-gerais-documentos/atencao-basica/notas-tecnicas-ab-aps/saude-da-mulher-2/14425-nota-tecnica-assistencia-a-infeccao-do-trato-urinario-na-gestacao/file>. Acesso em: 11 mar. 2024c.
Disponível em: <https://antigo.ufrr.br/procisa/component/phocadownload/category/58-2015?download=637:aline-gondim-de-freitas&Itemid=277>. Acesso em: 11 mar. 2024d.
1 Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNINASSAU Campus Cacoal e-mail: suzanamioranzabif@gmail.com
2 Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto Universidade de Cuiabá Campus Cuiabá, Mato Grosso
3 Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNINASSAU Campus Vilhena, Rondônia.
4 Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto Fundação Educacional do Município de Assis – FEMA Campus Assis, Sao Paulo.
5 Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNINASSAU Campus Cacoal, Rondônia.
6 Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto Faculdades Integradas Aparicio de Carvalho – FIMCA Campus Porto Velho, Rondônia.
7 Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNINASSAU Campus Cacoal, Rondônia.
8 Discente do Curso Superior de Medicina do Instituto UNINORTE Campus Rio Branco, Acre..