THEORETICAL APPROACH TO SPORTS INJURY REHABILITATION PROTOCOLS IN THE KNEE: AN INTEGRATIVE REVIEW.
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8021371
Valdson Santana de Holanda Filho1
Welysson Brendo Araújo Luz2
Alyson Felipe da Costa Sena3
RESUMO
O crescimento das práticas esportivas teve como consequência o aumento do número de lesões em diversas articulações, como o joelho. Este estudo objetivou investigar por meio de uma revisão integrativa da literatura os protocolos de intervenção adotados nas estratégias de reabilitação em lesões do joelho provocadas em práticas esportivas. Esta pesquisa caracteriza-se como sendo uma revisão bibliográfica integrativa da literatura científica, ao qual, após os critérios de inclusão e exclusão, 14 artigos foram qualificados. Evidenciou-se que o risco de lesão do LCA foi menor em equipes que usaram o protocolo FIFA 11+ do que nas que não usaram, portanto, este protocolo parece ser eficaz para o retorno esportivo de indivíduos que se lesionaram com este tipo de dinâmica. Porém, alguns sujeitos tem dificuldade de retornar as atividades, e ao que parece a explicação dessas baixas taxas de retorno ao esporte parece ser multifatorial, mas pode ser fortemente influenciada pelo menor nível percebido de função do joelho e medo de reincidência, assim, pode-se afirmar que os fatores psicossociais tem papel importante no período de reabilitação, assim como entender a dinâmica da lesão e diagnosticar eficientemente o desequilíbrio de forças para reabilitação do ligamento cruzado anterior. Na literatura científica existem protocolos eficientes para a retomada, mas o acompanhamento especializado de ortopedistas, fisioterapeutas e profissionais de educação física é fundamental neste processo. O componente psicológico pode afetar a velocidade de retorno do indivíduo, sendo necessário mais estudos para investigar sua influência, bem como a interação entre diferentes tipos de treinamento na reabilitação.
PALAVRAS-CHAVE: Joelho. Lesão. Protocolos Clínicos. Exercício Físico.
ABSTRACT
The growth of sports practices has led to an increase in the number of injuries in various joints such as the knee. This study aimed to investigate through an integrative literature review the intervention protocols adopted in rehabilitation strategies for knee injuries caused by sports practices. This research is characterized as an integrative literature review of scientific literature, in which, after inclusion and exclusion criteria, 14 articles were qualified. It was evidenced that the risk of ACL injury was lower in teams that used the FIFA 11+ protocol than in those that did not, therefore, this protocol appears to be effective for the sports return of individuals who were injured with this type of dynamics. However, some subjects have difficulty returning to activities, and apparently the explanation for these low rates of return to sport seems to be multifactorial, but it can be strongly influenced by the perceived lower level of knee function and fear of recurrence, so it can be affirmed that psychosocial factors have an important role in the rehabilitation period, as well as understanding the dynamics of the injury and efficiently diagnosing the imbalance of forces for anterior cruciate ligament rehabilitation. There are already efficient protocols for resumption in the scientific literature, but specialized follow-up by orthopedists, physiotherapists, and physical education professionals is fundamental in this process. The psychological component can affect the speed of the individual’s return, and more studies are necessary to investigate its influence, as well as the interaction between different types of training in rehabilitation.
KEYWORDS: Knee. Injury. Clinical Protocols. Exercise.
1. INTRODUÇÃO
O aumento da aderência as práticas esportivas, teve como efeito o aumento do número de lesões traumáticas em virtude do aumento de praticantes, consequentemente diversas articulações acabam sendo submetidas a choques mecânicos, que irão induzir danos, havendo a possibilidade de ocorrerem mais lesões, e uma das articulações com mais propensão a lesão, é a articulação do joelho, que está sempre vulnerável a impactos mecânicos, seja por movimentos fora do eixo anatômico da articulação, forças externas, torções e até mesmo a própria ação do peso corporal (DE CASTRO, 2009; SILVÉRIO, VENEZIANO, 2022). Uma de suas estruturas que é normalmente atingida e que está interligada a lesões ligamentares é o menisco, por receber fortes impactos e saltos com má aterrissagem, porém outras estruturas como os ligamentos, também podem ser afetadas, pois cada lesão possui uma dinâmica de acontecimento diferente (AKIMA et al, 2012; EVANGELIDIS et al, 2022).
A maior incidência de lesões no esporte ocorre na articulação do joelho, e foi percebido que as mulheres são as mais afetadas e apresentam mais riscos de ser acometidas com estas lesões (TAUNTON et al, 2002). Outra condição que pode lhes afetar é a síndrome da dor fêmur-patelar (SDFP), além das rupturas do ligamento cruzado anterior (LCA) que têm recebido atenção especial, pois são lesões cujo o tratamento são de alto custo e podem acarretar sérios problemas articulares, independentemente do fator sexo (HEWETT et al, 1999; NOYES, BARBER-WESTIN, 2018; HEWETT, 2000; VIJ et al, 2023).
Geralmente, as lesões no joelho ocorrem após a aterrisagem do salto quando os pés tocam o solo, ou quando ocorre uma mudança de direção do movimento executado, com fixação do pé ao solo e a presença do joelho em valgo (GRAY et al, 2017). No que concerne às medidas de prevenção, estudos apontam para uma baixa adesão às mesmas, contudo cabe aos profissionais de saúde alertarem os atletas e praticantes de exercícios físicos, para a necessidade da prática desportiva consciente como mecanismo preventivo de possíveis lesões decorrentes da prática (MARTINEZ et al, 2017).
A recuperação desses pacientes é de suma importância, ao final da qual o paciente deve poder retornar ao ambiente familiar, social e laboral sem nenhuma sequela. A cirurgia traz riscos pós-operatórios significativos, pois é uma operação de grande porte que requer uma equipe multidisciplinar para evitar cada um desses riscos (IOSHITAKE, 2016). Lesões envolvem danos físicos ou danos causados por impactos físicos ou doenças, ossos, músculos e articulações frequentemente sofrem com este tipo de condição. Complicações de lesões podem resultar de uma tensão muscular leve, tensão ligamentar, luxação articular ou fratura. Essas lesões geralmente cicatrizam completamente, no entanto, eles podem ser dolorosos e levar a complicações de longo prazo (SWIONTKOWSKI, 2018).
Devido ao aumento das exigências físicas do esporte, os atletas são mais propensos a sofrer lesões. As mudanças no futebol levaram os atletas a trabalhar em seus esforços de nível submáximo com altas chances de lesões (ASTUR et al, 2016). Parte deste problema pode ser explicado em função do calendário brasileiro em que os atletas jogam diversas partidas em sequência, sem o devido tempo de descanso, de tal modo que os atletas, precisam participar de um esquema de treinamento e jogos, que por vezes o esforço físico em excesso acaba passando despercebido ou mesmo é necessário em função das demandas esportivas (MONTENEGRO et al, 2022).
Conforme Lima et al. (2022) há vários fatores de riscos que podem influenciar o surgimento dessas lesões, como: a falta de flexibilidade, desequilíbrio das forças entre os músculos de ações opostas, (agonistas e antagonistas), distúrbios nutricionais, distúrbios hormonais, fatores relacionados ao treinamento (aquecimento inadequado, a técnica incorreta, sobrecarga e fadiga.
Neto et al. (2022), descrevem que a lesão do ligamento cruzado anterior (LCA), é uma das lesões mais sérias, que causam dor, incapacidade de movimento e o desgaste articular, geralmente é causada quando o indivíduo freia bruscamente com o pé fixo no solo e mudanças rápidas de direção, assim podendo causar um trauma em valgo e rotação (externa ou interna). É um dos principais vilões de jogadores de futebol, pois além da recuperação ser longa é dolorida. Se após a lesão o ligamento não cicatriza adequadamente, a situação é cirúrgica, e o tempo de recuperação depende da biologia e da qualidade de reabilitação do paciente.
Neste contexto, levantam se discussões sobre a possibilidade dos protocolos de intervenção adotados nas estratégias de reabilitação em lesões no joelho, possuírem de fato alguma base científica comum, se são exercícios propostos por uma integração de discussões promovidas por uma equipe multidisciplinar, ou se não há esta integração. Desta forma, este trabalho busca investigar por meio de uma revisão integrativa da literatura os protocolos de intervenção, adotados nas estratégias de reabilitação em lesões no joelho provocadas em práticas esportivas.
2. METODOLOGIA
Esta pesquisa caracteriza-se como sendo uma revisão bibliográfica integrativa da literatura científica. De acordo com Sampaio e Mancini (2007), é uma forma de pesquisa que utiliza como fonte de dados a literatura científica sobre determinado tema. O método consiste na busca de artigos de acordo com critérios de inclusão previamente determinados e a análise crítica dos mesmos por dois ou mais pesquisadores independentes. Este trabalho foi realizado a partir da estratégia PICO (Pacient, Intervention, Control, Outcome). Portanto, foi elaborada a seguinte pergunta norteadora: “Quais efeitos e/ou dinâmicas os protocolos clínicos em lesões esportivas no joelho investigam?”.
Esta pesquisa foi realizada de acordo com os princípios estabelecidos no Código de Nuremberg, na Declaração de Helsinque e na resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), não sendo, desta forma, necessária a submissão a um Comitê de Ética, por tratar-se de um estudo realizado com dados secundários, sem envolver diretamente seres humanos.
Foram consultadas as seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PUBMED. As buscas foram realizadas sem filtros, ou seja, todas as pesquisas sobre o assunto foram analisadas. A busca foi realizada com a combinação dos descritores padronizados em português e inglês pelo DeCS – Descritores em Ciências da Saúde: Joelho, Lesão, Protocolos Clínicos e Exercício Físico). Para realizar as combinações, foram utilizados os operadores booleanos “AND”.
Foram incluídos na revisão os estudos que atenderam os seguintes critérios:
a) publicações a partir de janeiro de 2012 até dezembro de 2022; b) estudos experimentais de treinamento com relato de resultados agudos e/ou crônicos; c) com delineamento transversal, longitudinal e ensaios clínicos randomizados; d) com humanos; e) publicado nos idiomas português e inglês; f) textos completos disponíveis.
Já os estudos que após a inclusão, foram excluídos e, portanto, não fizeram parte deste estudo foram os artigos que estavam enquadrados nos seguintes aspectos: a) estudos qualitativos; b) artigos de revisão, de opinião; c) cartas ao editor, livros ou capítulos de livro; d) monografias, dissertações e teses.
Os estudos que satisfizeram os critérios de inclusão foram sintetizados em duas tabelas por meio do programa Microsoft Excel, o primeiro contendo informações gerais, como: Autor(es), Título da pesquisa, Periódico Publicado e Qualis da Revista. O segundo quadro foi preenchido com informações sobre: Divisão da amostra, Objetivo do estudo, Resultados e Desfecho.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir dos critérios estabelecidos para esta revisão, foram selecionados 14 artigos, dos 33 identificados na busca nas bases de dados, para constituírem a presente revisão integrativa. A composição dos artigos de acordo com as bases de dados está exposta abaixo na tabela 1.
Tabela 1 – Relação do número de artigos selecionados nas diferentes bases de dados
Bases de Dados | Número de publicações selecionadas |
BVS | 04 |
SCIELO | 05 |
PUBMED | 04 |
Total | 14 |
Fonte: Dados da pesquisa |
A seguir segue a relação nominal dos autores com o ano da pesquisa, o título dos referidos artigos publicados e para facilitar a compreensão do leitor deste trabalho, a relação numérica do estudo com o título, expostos na Tabela 2.
Tabela 2 – Relação de artigos segundo autor/ano, título, nome do periódico e QUALIS.
Autor (ano) | Título | Nome do Periódico | Qualis |
White et al. (2013) | Anterior cruciate ligament- specialized post-operative return-to-sports (acl-sports) training: a randomized control trial. | BMC musculoskeletal disorders | A3 |
Chmielewsk et al. (2016) | Low-versus high-intensity plyometric exercise during rehabilitation after anterior cruciate ligament reconstruction. | The American journal of sports medicine | A1 |
Arundale et al. (2017) | Report of the clinical and functional primary outcomes in men of the acl-sports trial: similar outcomes in men receiving secondary prevention with and without perturbation training 1 and 2 years after acl reconstruction | Clinical Orthopaedics and Related Research | A1 |
Silvers-granelli et al. (2017) | Does the fifa 11+ injury prevention program reduce the incidence of acl injury in male soccer players? | Clinical Orthopaedics and Related Research | A1 |
Flosadottir et al. (2018) | Impact of treatment strategy and physical performance on future knee-related self-efficacy in individuals with acl injury. | BMC musculoskeletal disorders | A3 |
Lim et al. (2019) | Isokinetic knee strength and proprioception before and after anterior cruciate ligament reconstruction: a comparison between home-based and supervised rehabilitation. | Journal of Back and Musculoskeletal Rehabilitation | A4 |
Zebis et al. (2019) | Electromyography evaluation of bodyweight exercise progression in a validated anterior cruciate ligament injury rehabilitation program: a cross-sectional study | American journal of physical medicine & rehabilitation | A2 |
Vidmar et al. (2020) | Isokinetic eccentric training is more effective than constant load eccentric training for quadriceps rehabilitation after anterior cruciate ligament reconstruction: a randomized controlled trial. | Brazilian journal of physical therapy | A2 |
Chen et al. (2021) | Sports mechanics rehabilitation effects on knee and muscle | Revista Brasileira de Medicina do Esporte | B1 |
Nagelli et al. (2021) | Neuromuscular training improves biomechanical deficits at the knee in anterior cruciate ligament-reconstructed athletes. | Clinical journal of sport medicine | A1 |
Li (2022) | Application of physical training in injury rehabilitation in table tennis athletes | Revista Brasileira de Medicina do Esporte | B1 |
Shu; Han; Yang (2022) | Effect of rehabilitation training on cruciate ligament injury | Revista Brasileira de Medicina do Esporte | B1 |
Wei; Huang (2022) | Effects of functional motor training on post-surgical rehabilitation of anterior cruciate ligament | Revista Brasileira de Medicina do Esporte | B1 |
Zhao; He; Liu (2022) | Runners sports injuries and rehabilitation | Revista Brasileira de Medicina do Esporte | B1 |
Seguem os resultados dispostos em uma tabela (Tabela 3), dos principais achados dos artigos que foram considerados elegíveis para esta pesquisa após os processos de inclusão e exclusão que foram adotados.
Tabela 3 – Relação de achados por amostra, objetivo, resultados e desfecho.
Amostra | Objetivo | Resultados | Desfecho |
80 pacientes que sofreram reconstrução de LCA, 40 homens e 40 mulheres, idades entre 13 e 55. | Comparar dois programas de retorno ao esporte para determinar as melhores práticas para essa população. | As respostas motoras em curto e longo prazo após a RLCA são piores do que as relatadas em atletas de alto nível. | As taxas iniciais de lesão do LCA continuam elevadas e as taxas subsequentes de re-lesão são ainda maiores, apesar da evolução positiva dos protocolos de reabilitação pós-operatória. |
24 pacientes submetidos à reconstrução unilateral do LCA. | Comparar o efeito imediato do exercício pliométrico de baixa e alta intensidade durante a reabilitação após a reconstrução do LCA na função do joelho. | Os grupos não diferiram significativamente na mudança de qualquer medida de resultado primário ou secundário após os procedimentos de intervenção. | Em ambos os grupos, o exercício pliométrico induziu mudanças positivas nas funções motoras do joelho, estado psicossocial, facilitando o retorno a práticas esportivas. |
40 homens atletas, com idade média de 23 ± 7 anos. | Examinar a efetividade de um programa de retorno ao esporte para a funcionalidade e a simetria de um membro após a reconstrução do LCA. | O treinamento de perturbação tem sido usado na lesão não cirúrgica do LCA e na reabilitação pré-operatória da reconstrução do LCA, mas não foi examinado a eficácias deste método na reabilitação pós-operatória da reconstrução do LCA, para à reabilitação esportiva. | O treinamento de perturbação pode não contribuir com benefícios adicionais para a prevenção secundária do programa de treinamento ACL-SPORTS |
1525 atletas de futebol profissional universitário | Examinar se o programa de prevenção de lesões FIFA 11+ pode reduzir o número geral de lesões do LCA em homens que jogam futebol universitário competitivo | O risco de lesão do LCA foi menor nas equipes que usaram FIFA 11+ do que nas que não usaram (1,1% [três de 19] versus 2,4% [16 de 19]; | Este estudo demonstra a capacidade do FIFA 11+ de diminuir em 77% a incidência de lesões do LCA em jogadores de futebol universitários masculinos competitivos. |
121 adultos fisicamente ativos com lesão aguda do LCA em um – joelho lesionado. | Investigar a auto eficácia relacionada ao joelho 6 anos após a lesão aguda do LCA em pacientes tratados apenas com terapia de exercícios ou em combinação com reconstrução precoce ou tardia do LCA. | Não houve diferenças significativas nos escores de auto eficácia relacionados ao joelho entre os grupos de tratamento supervisionado e em casa após seis anos de acompanhamento. | A taxa de auto eficácia relacionada a reabilitação de joelho 6 anos após uma lesão aguda do LCA não diferiu entre pacientes tratados com reconstrução do LCA, com intervenção precoce, tardia, ou aqueles tratados apenas com terapia de exercícios. |
30 pacientes, sendo 19 homens e 11 mulheres, com idade entre 16 e 45 anos. | Investigar as diferenças na melhora da força isocinética do joelho, resistência e propriocepção entre a HBR e a SR. | O grupo SR apresentou uma melhora significativa desde o início, mas não o grupo HBR. | HBR recuperou a força do joelho tão eficazmente quanto o SR, mas o SR foi mais eficaz do que o HBR para a recuperação da propriocepção e do movimento funcional do joelho. |
20 praticantes recreacionais | Avaliar a progressão da atividade dos músculos isquiotibiais e quadríceps durante exercícios de peso corporal usados em um programa validado de reabilitação de lesão do ligamento cruzado anterior. | A atividade muscular dos isquiotibiais não aumentou de uma fase de reabilitação para a seguinte, variando entre 8% e 45% de eletromiografia normalizada para semitendíneo e 11% e 54% de eletromiografia normalizada para bíceps femoral. | Os exercícios de peso corporal examinados não propiciaram o aumento da atividade muscular dos isquiotibiais, mas houve progresso para a atividade do músculos quadríceps. |
30 atletas recreativos do sexo masculino submetidos à reconstrução do LCA, com idade média de 25 anos | Comparar os efeitos do treinamento excêntrico convencional e do treinamento excêntrico isocinético na massa muscular do quadríceps | GI teve melhorias significativamente maiores do que GC (p < 0,05) para todos os resultados de massa muscular, bem como para isométrico e excêntrico. | O treinamento excêntrico isocinético promove respostas maiores do que o treinamento excêntrico convencional na massa muscular do quadríceps e força de atletas recreacionais. |
80 pacientes com lesão do LCA | Investigar a estabilidade e influência da cinemática no treino para reabilitação da junta do joelho | A taxa excelente e boa do grupo de observação foi de 97,5%, significativamente maior que a do grupo controle (85,0%), e a diferença entre os dois grupos foi estatisticamente significativa. | A reabilitação com exercícios devidamente acompanhado por profissionais é mais efetiva após a reconstrução do LCA. |
18 atletas de RLCA e 10 controles não lesionados. | Quantificar o efeito de um programa de NMT na biomecânica do joelho em uma coorte de atletas de RLCA. | O grupo RLCA demonstrou uma melhora na biomecânica do joelho plano sagital e controle neuromuscular após a participação no programa NMT. Além disso, após o treinamento, o grupo de atletas de RLCA demonstrou biomecânica do joelho e controle neuromuscular semelhantes a um grupo de atletas de controle sem lesões. | Os programas de treinamento podem aumentar a chance recuperação de atletas com lesões no joelho. |
20 jogadores universitários de tênis de mesa da Hebei Normal University. Com idades entre 18 e 24 anos, com nível esportivo grau 2 | Estudar a aplicação do Functional Motion Scanning na reabilitação de lesões esportivas em mesatenistas masculinos. | O número de lesões no joelho no tênis de mesa diminuiu gradualmente de 3 para 1. Uma redução geral no IMC e um aumento na circunferência da coxa e da panturrilha também foram observados. | O treinamento físico com triagem impactou positivamente na prevenção e tratamento de lesões no joelho. |
40 pacientes foram divididos aleatoriamente em grupo de observação (n= 19) e grupo controle (n= 21). | Observar o efeito do treinamento de reabilitação abrangente precoce na recuperação da função do joelho após a reconstrução do ligamento cruzado anterior. | 3 meses após o treinamento, a amplitude ativa de flexão e extensão do joelho no grupo de observação foi melhor do que no grupo controle (p < 0,05). | O treinamento de reabilitação sistemática precoce pode reduzir a dor e o inchaço e melhorar a função da articulação do joelho. após a operação. |
Grupo de treinamento de reabilitação tradicional: 10 homens, 10 mulheres (31,55±11,59 anos) Grupo de treinamento de reabilitação esportiva (grupo B): 8 homens, 7 mulheres (32,73±16,64 anos). | Investigar os efeitos do treino com exercício funcional em fase de reabilitação na função motora pós-cirúrgica do LCA | A diferença no tempo de equilíbrio na posição ortostática com apoio unipodal no grupo de reabilitação com treinamento funcional foi menor do que no grupo de reabilitação tradicional; o grupo que recebeu o treinamento com exercícios funcionais também alcançou maior distância no salto. | Melhora das habilidades da força muscular do membro afetado do paciente, amplitude de movimento articular, estabilidade articular, propriocepção, equilíbrio e estabilidade central após a cirurgia |
Corredores chineses comuns, com um total de 265 pessoas, sendo 166 corredores do sexo masculino e 99 do sexo feminino. | Avaliar as lesões e a reabilitação nos praticantes de corrida | 38,12% dos corredores sofreram lesões esportivas dor após o exercício, em segundo lugar, 21,89% dos corredores têm dor durante a corrida. 45,30% dos corredores tiveram melhora da dor no local da lesão e nenhum corredor apresentou agravamento da dor no local da lesão. | Recomenda-se a realização de exercícios de aquecimento antes da prática esportiva. Os equipamentos de proteção podem reduzir a probabilidade das lesões. |
Legenda: NMT: Treinamento Neuromuscular; RLCA: Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior; HBR: Reabilitação Domiciliar; SR: Reabilitação Supervisionada; IMC: Índice de Massa Corporal; GC: Grupo Convencional; GI: Grupo Isocinético; LCA: Ligamento Cruzado Anterior; ACLSPORTS = Retorno ao esporte pós-operatório especializado em LCA.
White e colaboradores (2013) destacam que as taxas iniciais de lesão do LCA continuam elevadas e as taxas subsequentes de re-lesão são ainda maiores, apesar da evolução positiva dos protocolos de reabilitação pós-operatória, isso demonstra que houve a falta de um programa bilateral de treinamento neuromuscular para promover melhores resultados após a RLCA, assim evitando novas lesões, mas cabe destacar que estes resultados possuem esta discrepância se comparados com atletas, o que pode enviesar a discussão, tornando necessário discutir que fatores realmente são determinantes para o retorno à atividades motoras em indivíduos não atletas (FEYZIOĞLU et al, 2019). Boitrago et al. (2017) apresentam em seu trabalho que as alterações cinemáticas podem ser modificadas, e tal achado pode estar atrelado ao treinamento neuromuscular para um melhor padrão de movimento e aprendizado para uma correta execução do movimento durante atividades funcionais como subir e descer escadas, levantar da cadeira e consequentemente a própria deambulação.
Cabe destacar que para Chmielewsk et al. (2016) não foram identificadas diferenças significativas entre exercícios pliométricos de baixa e alta intensidade, para melhoria de um movimento, evidenciando que o aprendizado do padrão motor é um fator prioritário na volta após um período de lesões. Nos achados de Arundale et al. (2019), foram apresentados dois programas de reabilitação do LCA que consistem no fortalecimento, agilidade e prevenção secundária de uma articulação do joelho, e que consiste nestes elementos para promover perturbação no treinamento do joelho, com o intuito de induzir o fortalecimento ligamentar, através do uso de plataformas de suporte que promovem uma perturbação, portanto, dá-se a este tipo de treino a definição de treinamento de perturbação, segundo Fitzgerald et al. (2000). No referido estudo, é citado que o grupo que sofreu perturbação acabou não apresentando benefícios adicionais para o fortalecimento, agilidade, e que, portanto, não foram uma base de prevenção secundária efetiva ao programa de treinamento, pois para tal, seria necessária a consideração clínica e estudos adicionais como um complemento à reabilitação de reconstrução do LCA baseada em critérios objetivos, como grau de lesão ou comprometimento dos ligamentos.
Desta forma, fica evidente a necessidade de um protocolo que seja capaz de sintetizar práticas adequadas para a reabilitação deste público, tal qual exposto Pérez-Gómez et al. (2022), que apresentam em seu trabalho diversos programas de aquecimento usados para prevenir lesões, e incluíam com destaque o programa “FIFA 11+”. Neste estudo foi demonstrado que quando o programa FIFA 11+ foi implementado corretamente, 2 a 3 vezes por semana durante as sessões de treinamento, houve uma redução da taxa de lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) em jogadores de futebol masculino, o que reforça os achados de Silvers-granelli et al. (2017).
Esta linha de raciocínio complementa-se com e Flosadottir et al. (2018) que entendem que os níveis de autoeficácia do joelho, são um fator importante após uma lesão de ligamento cruzado anterior, para ajudar na ampliação dos níveis de esforço e iniciativa de ação de um gesto motor. Este estudo aponta que o treinamento realizado para melhorar a simetria das pernas, na sua força muscular de flexão do joelho e a pratica do salto unipodal, pode promover um impacto efetivo, porém reduzido, para o retorno de atividades motoras após a lesão de LCA. Isso porque no estudo dos referidos autores, foi identificado um padrão de desempenho físico considerado fraco, ao final da terapia de exercícios unipodais, sendo este relacionado a uma redução da eficiência motora do joelho durante 6 anos. Cabe explicar, que a auto eficácia tratada por estes autores, refere-se ao conceito postulado por Bandura (1977) que diz que auto eficácia, é definida como a percepção da própria capacidade de realizar uma tarefa específica, independentemente de realmente fazê-la ou poder realizá-la.
Uma possível explicação a isso pode ser levantada por Luz (2009), que teve como objetivo investigar a simetria entre os membros inferiores, de sujeitos que realizaram a reconstrução de LCA, durante a prática de tarefas dinâmicas bipedais. Que concluíram que indivíduos submetidos a reconstrução de LCA, que realizaram a enxertia dos tendões flexores, continuaram apresentando assimetrias entre os movimentos dos membros inferiores, mesmo após o retorno ao esporte. E complementam que durante os saltos, foi observado que o joelho operado teve um pior desempenho nas seguintes variáveis: potência mecânica e potência articular do joelho. Porém estes autores destacam, que os protocolos atuais enfatizam a prática de exercícios bilaterais multiarticulares em cadeia fechada, que são considerados mais seguro e funcionais. Portanto, seria interessante que os sujeitos que sofreram um processo de reconstrução sejam expostos tanto a ações unipodais, como bipedais, com o intuito de promover um equilíbrio na promoção de força de ambos os membros, o que evidencia a necessidade de um acompanhamento profissional, além de facilitar sua própria percepção de avanço.
Deste modo Lim et al. (2019), apresentam dados que sugestionam respostas eficazes de reabilitação do joelho lesionado, porém, há de se notar que um dos grupos não apresentou esta melhora. No trabalho é dito que o grupo HBR (Reabilitação Domiciliar) não foi tão eficaz quanto ao grupo SR (Reabilitação Supervisionada) indicando que os pacientes podem não ser capazes de restabelecerem sozinhos sua capacidade funcional e estado postural durante uma intervenção domiciliar sem que haja um acompanhamento profissional. Assim, para recuperar com sucesso o estado funcional após um procedimento cirúrgico de reconstrução do LCA, os pacientes obterão melhores resultados caso possuam orientações e correções ao realizar exercícios de reabilitação sob a supervisão de um especialista.
Deste modo, Krutsch et al. (2022) em seu trabalho demonstram que adaptar os programas de prevenção existentes de acordo com as preferências dos respectivos treinadores é um caminho considerado aceitável, uma vez que as necessidades do cliente também devem ser respeitadas, e neste sentido o trabalho deve ser multiprofissional, portanto, integrar os treinadores no processo de decisão atenuará fatores de limitação metódica e levará a resultados significativos.
Zebis et al. (2019), avaliaram como seria a progressão da atividade dos músculos do quadríceps e isquiotibiais na realização de exercícios de peso corporal, no período de reabilitação de ligamento cruzado anterior de vinte atletas. Para tal, utilizaram a eletromiografia para registrar os sinais gerados pelos músculos dos isquiotibiais (semitendíneo, bíceps femoral) e quadríceps (vasto medial, vasto lateral). Durante o processo foi visto que, a atividade dos isquiotibiais não apresentaram um aumento significativo na fase de reabilitação para a outra, com números de (8% e 45%) de eletromiografia para o semitendíneo e (11% e 54%) para bíceps femoral. Já para o quadríceps a atividade muscular aumentou, assim a alta eletromiografia ficou, vasto lateral – 60% e vasto medial com 90% normalizada. Este achado evidência a necessidade de diálogo entre os profissionais envolvidos no processo de reabilitação, para que a tomada de decisão seja efetiva de acordo com as especificidades e individualidades de cada sujeito, tal qual citado anteriormente.
Vidmar et al. (2020), concluem que o exercício excêntrico isocinético é mais eficaz que o treinamento excêntrico convencional na recuperação de atletas após reconstrução de LCA, isso porque o treino isocinético no decorrer do estudo trouxe respostas maiores na força do quadríceps desses atletas. Destacando também que os exercícios isocinéticos tem sido incluído em programas de reabilitação para aumentar o fortalecimento muscular de atletas de elite (CHEN et al, 2021; NAGELI et al, 2021).
Na pesquisa de Baroni, (2012) também é exposto que os exercícios excêntricos podem proporcionar ganhos significativos de força muscular, ocorrendo tanto por fatores neurais e morfológicos, além de induzir a hipertrofia muscular, e isto pode ser útil em modalidades de esportes de raquete, cuja dinâmica esportiva como no tênis por exemplo, envolvem diversas ações de aceleração e desaceleração de membros inferiores (LI, 2022). Baroni (2012) explica que a intervenção do treinamento excêntrico e o treinamento de força convencional são dificultados pelo escasso número de estudos encontrados àquela época, e que conclusões como essas somente serão claras após estudos com desenho experimental mais adequados para expor as dinâmicas de um esporte com o treinamento resistido.
Finalizando, existem diversos fatores que influenciam na retomada esportiva de um atleta que sofreu uma lesão de LCA, e que podem ser prejudiciais para o tratamento, tais como: lesão vascular, dilatação, hiperemia e formação de microtrombos, e infiltração inflamatória local (SHU, HAN e YAN, 2022). Desta forma, é importante destacar que o treinamento que vise recuperar um atleta lesionado, deve levar em consideração na execução destes exercícios a segurança do movimento, que permitam a produção de força muscular adequada para o fortalecimento da articulação ou maculatura afetada do paciente, e que sejam executados com a devida amplitude de movimento articular, com estabilidade articular, e que isso seja desenvolvido adotando exercícios que promovam propriocepção, equilíbrio e estabilidade do local lesionado após a cirurgia (WEI, HUANG, 2022; ZHAO, HE, LIU, 2022).
Todos estes aspectos devem ser considerados, pois o atleta que sofre uma lesão já parte de uma condição psicológica que podem promover ansiedade e depressão nestes sujeitos (PUSSI et al, 2022). Por entender-se que este retorno ao esporte parece ser multifatorial, o mesmo pode ser fortemente influenciado pelo menor nível percebido de função do joelho e medo de reincidência, assim, pode-se afirmar que os fatores psicossociais tem papel importante no período de reabilitação, e devem ser considerados para que o paciente possa ter ganho de autoconfiança, e assim uma melhor preparação para retornar ao esporte, tanto fisicamente quanto psicologicamente.
Corroborando com esta linha de raciocínio, Crivellaro et al. (2019), afirma em seu trabalho que para a efetividade deste tipo de tratamento, é importante pensar em um contexto amplo que valorize aspectos psicológicos, individuais e que permitam personalizar ao paciente um trabalho que contemple não apenas as soluções biomecânicas necessárias para sua reabilitação, como também que lide com os medos presentes em todas as fases da sua recuperação.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entende-se que para um programa de reabilitação de lesões do ligamento cruzado anterior, é de extrema importância o entendimento da dinâmica da lesão, mas que para a reabilitação seja bem sucedida é essencial que os atletas sejam diagnosticados com um método eficiente para que o desequilíbrio de forças seja de fato mensurado, para ampliar a discussão dos profissionais envolvidos naquele programa de reabilitação.
Torna-se interessante também, consultar a literatura científica e identificar protocolos que sejam capazes de atender as necessidades dos atletas de acordo com cada fase que o mesmo se encontra no processo de retomada aos exercícios após a lesão, tal qual o protocolo FIFA 11+. Mas para que este processo seja eficiente, há necessidade de um acompanhamento especializado por profissionais da área, como ortopedistas, fisioterapeutas e profissionais de educação física, para que sejam executados os movimentos corretos de acordo com as necessidades do sujeito, por este motivo neste contexto é essencial a integração multiprofissional.
E por ser uma lesão multifatorial, a reabilitação também o é, pois várias condições clínicas podem afetar a velocidade de retorno de um sujeito, como por exemplo o componente psicológico, desta forma são necessários mais estudos para identificar como o componente emocional e psicológico podem afetar um indivíduo que passou por um evento traumático que gerou a lesão de LCA, bem como investigar a interação entre diferentes tipos de treinamento para a eficácia destes sujeitos no retorno as atividades esportivas.
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1 Graduando em Educação Física. Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA).
E-mail: valdsonfilho2015@hotmail.com
2 Graduando em Educação Física. Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA).
E-mail: welyssonbr19@gmail.com
3Mestre em Educação Física. Docente no Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA).
E-mail: afdcs13@gmail.com