ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA): UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Physiotherapeutic Approach to Psychomotor Development in Children with Autism Spectrum Disorder (ASD): A Systematic Review

REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th102411292049


Michael Douglas de Sousa Lacerda1
Rayan Rocha da Silva2
Uiara Beatriz Gomes de Oliveira3


Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) compromete o desenvolvimento psicomotor e social de crianças, gerando déficits em comunicação, interação social e padrões comportamentais. A fisioterapia tem se mostrado uma intervenção eficaz, promovendo neuroplasticidade, funcionalidade e qualidade de vida. Este estudo teve como objetivo analisar, por meio de uma revisão sistemática, os efeitos das intervenções fisioterapêuticas no desenvolvimento psicomotor de crianças com TEA. Realizou-se uma revisão sistemática em bases como SciELO, Lilacs, PubMed, Google Acadêmico e Portal de Periódicos CAPES, utilizando palavras-chave em português e inglês. Foram incluídos estudos publicados entre 2014 e 2024 que aplicaram intervenções fisioterapêuticas em crianças com TEA, com foco em resultados psicomotores. As intervenções fisioterapêuticas analisadas, incluindo equoterapia, hidroterapia, hipoterapia e estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), mostraram-se eficazes na melhoria de habilidades motoras, equilíbrio, bem-estar emocional e inclusão social. Conclui-se que a fisioterapia é uma ferramenta essencial no manejo do TEA, contribuindo para o desenvolvimento integral das crianças e melhorando sua qualidade de vida, especialmente quando adaptada às necessidades individuais.

Palavras-chave: Fisioterapia, Autismo, Desempenho psicomotor

Abstract

Autism Spectrum Disorder (ASD) compromises children’s psychomotor and social development, causing deficits in communication, social interaction and behavioral patterns. Physiotherapy has been shown to be an effective intervention, promoting neuroplasticity, functionality and quality of life. This study aims to analyze, through a systematic review, the effects of physiotherapeutic interventions on psychomotor development of children with ASD. A systematic review was conducted in databases such as SciELO, Lilacs, PubMed, Google Academic and CAPES Newspaper Portal, using keywords in Portuguese and English. We included studies published between 2014 and 2024 that applied physiotherapeutic interventions to children with ASD, with a focus on psychomotor outcomes. The physiotherapeutic interventions analyzed, including echotherapy, hydrotherapy, hypotherapy and transcranial continuous current stimulation
(TCS), were shown to be effective in improving motor skills, balance, emotional well-being and social inclusion. It is concluded that physiotherapy is an essential step in the management of ASD, contributing to the overall development of children and improving their quality of life, especially when adapted to individual needs. Keywords: Physiotherapy, Autism, Psychomotor performance

INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por dificuldades persistentes na comunicação e interação social, além de padrões comportamentais repetitivos e interesses restritos. Reconhecido como condição clínica distinta a partir do DSM-III (1980), o termo “Transtorno do Espectro Autista” foi consolidado pelo DSM-5 em 2013 para refletir a amplitude das manifestações e intensidades dos sintomas (American Psychiatric Association, 2014; Andrade, 2024). Com critérios diagnósticos atuais descritos no DSM-5 e na CID-11, o diagnóstico de TEA requer a presença de sintomas desde a infância, impactando significativamente a vida do indivíduo (Organização Mundial da Saúde, 2019).

Apesar da possibilidade de diagnóstico a partir dos 2 anos, no Brasil, a média de idade para diagnóstico é de 6 anos, prejudicando intervenções cruciais no período de maior plasticidade cerebral e comprometendo o desenvolvimento infantil (Holanda et al., 2013; De Sousa et al., 2024). Esse atraso diagnóstico está associado à falta de capacitação profissional e de protocolos estruturados, destacando a necessidade de estratégias diagnósticas e terapêuticas mais eficazes (De Sousa et al., 2024).

Nos últimos anos, a prevalência global do TEA tem aumentado, refletindo maior conscientização e ampliação dos critérios diagnósticos. Entretanto, fatores socioeconômicos ainda limitam o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento, especialmente em países subdesenvolvidos, contribuindo para subnotificação e barreiras de tratamento (Matson & Kozlowski, 2011; Novaes, 2022). Além disso, observa-se uma disparidade de gênero, com prevalência quatro vezes maior em meninos, possivelmente pela capacidade de adaptação comportamental das meninas, o que frequentemente mascara sintomas e dificulta o diagnóstico (Loomes, et al, 2017).

Além dos desafios no diagnóstico, indivíduos com TEA frequentemente apresentam comorbidades, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), ansiedade e depressão, reforçando a necessidade de abordagens multidisciplinares (Leyfer et al., 2006; Leitner, 2014). Nesse cenário, intervenções precoces mostram-se fundamentais para o desenvolvimento psicomotor, social e cognitivo de crianças com TEA (Blumberg et al., 2016).A intervenção precoce é essencial para aproveitar ao máximo a neuroplasticidade cerebral das crianças com TEA, já que o desenvolvimento do encéfalo é altamente plástico nos primeiros anos de vida. Dessa forma, estímulos terapêuticos iniciais podem contribuir de forma decisiva para otimizar o desenvolvimento e promover ganhos significativos nas habilidades psicomotoras e sociais desses indivíduos (Dawson et al., 2012 citado por Ramos, 2023).

Embora as intervenções fisioterapêuticas tenham demonstrado benefícios importantes, ainda há uma lacuna na literatura sobre técnicas específicas voltadas para crianças com TEA, dificultando a implementação de práticas padronizadas entre profissionais e famílias (Segura, Nascimento & Klein, 2011). Considerando a crescente prevalência do TEA, que afeta aproximadamente 1 em cada 54 crianças (CDC, 2020), é urgente investigar estratégias terapêuticas eficazes para impactar positivamente o desenvolvimento psicomotor e funcional dessas crianças

Este estudo visa analisar a importância da fisioterapia na melhoria do desempenho psicomotor de crianças com TEA.

Os objetivos específicos incluem:

  1. Avaliar o desempenho psicomotor de crianças com TEA;
  2. Identificar as características psicomotoras dessas crianças;
  3. Demonstrar a eficácia das intervenções fisioterapêuticas no tratamento de crianças com TEA.

Espera-se que este estudo contribua para a prática clínica ao explorar técnicas fisioterapêuticas que promovam avanços no desenvolvimento motor e funcional, além de fornecer subsídios para profissionais e familiares no manejo do TEA.

METODOLOGIA

Este estudo é uma revisão sistemática conduzida de acordo com as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), com o objetivo de garantir transparência e rigor metodológico. A pesquisa foi realizada nas bases de dados SciELO, Lilacs, PubMed, Google Acadêmico e Portal de Periódicos CAPES. Para assegurar a abrangência e relevância dos resultados, foram utilizadas combinações de palavras-chave em português e inglês, como “Fisioterapia e Autismo”, “Desenvolvimento psicomotor e Autismo” e “Intervenção motora e Criança com Autismo”, bem como seus equivalentes em inglês: “Physical therapy and Autism”, “Psychomotor development and Autism” e “Motor intervention and Child with Autism”. Os operadores booleanos “AND” e “OR” foram empregados para refinar as buscas.

Os critérios de inclusão consideraram estudos publicados entre 2014 e 2024, focados em intervenções aplicadas a crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com ênfase nos resultados psicomotores, além de artigos escritos em português ou inglês. Por outro lado, foram excluídos estudos que não abordassem intervenções fisioterapêuticas, revisões sistemáticas ou meta-análises sem análise de resultados clínicos específicos, e publicações incompletas ou sem acesso ao texto completo.

O processo de seleção dos estudos seguiu três etapas principais: inicialmente, foi realizada a leitura dos títulos para identificar trabalhos potencialmente relevantes; em seguida, os resumos foram analisados para verificar a adequação aos critérios de inclusão; e, por fim, os artigos pré-selecionados foram lidos na íntegra para confirmação da relevância. Esse processo resultou em um fluxograma detalhado, baseado no modelo PRISMA, que demonstra as etapas de seleção. No total, 3.599 estudos foram inicialmente identificados, mas, após a remoção de duplicatas, revisão de critérios temporais e avaliação de relevância, oito artigos foram selecionados. Destes, sete atenderam plenamente aos critérios e foram incluídos na análise final.

Os dados extraídos dos estudos foram organizados em uma tabela que sintetizou informações como autores e ano de publicação, descrição das intervenções, características dos participantes e resultados no desenvolvimento psicomotor. A análise dos dados foi realizada de forma qualitativa, discutindo tendências, limitações e a eficácia das diferentes intervenções fisioterapêuticas. Por fim, reconhecem-se limitações metodológicas relacionadas à variabilidade dos estudos incluídos, como tamanhos amostrais reduzidos, diferenças nos métodos de avaliação e ausência de padronização nas intervenções analisadas.

Fonte: Autoria própria (2024)

A Figura 1 apresenta o fluxograma do processo de seleção dos artigos, detalhando o número de estudos identificados em cada base de dados, os excluídos após a triagem inicial e os selecionados para análise final. Essa representação segue o modelo PRISMA, garantindo clareza no processo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A intervenção fisioterapêutica desempenha um papel fundamental no desenvolvimento psicomotor de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), abordando desde a motricidade até aspectos emocionais e sociais. Para explorar essa relevância, foram selecionados 06 artigos que analisam diferentes abordagens terapêuticas e seus impactos.

A Tabela 1 foi elaborada para sintetizar as características principais desses estudos, oferecendo uma visão geral sobre as técnicas fisioterapêuticas, os perfis das crianças participantes e os resultados obtidos. Essa tabela facilita a compreensão dos dados e sustenta a análise crítica que orientará as discussões a seguir

Tabela: Resumo dos Estudos sobre Intervenções Fisioterapêuticas em Crianças com TEA

Fonte: Autoria própria (2024).

As pesquisas contemplaram abordagens fisioterapêuticas, incluindo equoterapia, hipoterapia, hidroterapia e Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC), cada uma influenciando de maneira distinta o desenvolvimento psicomotor de crianças com TEA.

Os resultados indicam que essas intervenções terapêuticas contribuíram para avanços na coordenação motora, no equilíbrio, na motricidade fina, na mobilidade e em aspectos biopsicossociais.

Abaixo, uma tabela comparativa com os principais critérios de impacto de cada técnica.

Tabela Comparativa das Técnicas Fisioterapêuticas
CRITÉRIOSEQUOTERAPIAHIPOTERAPIAHIDROTERAPIAETCC
DESENVOLVIMENTO MOTORMelhora na motricidade fina e equilíbrio (Fernandes et al., 2023)Melhora na coordenação motora grossa e equilíbrio (Castilho et al., 2018)Aumento da mobilidade e coordenação motora (Mills et al., 2020)Melhora no controle motor sustentado e atenção (Castro et al., 2020)
ASPECTOS PSICOSSOCIAISFacilita a comunicação e o esquema corporal (Zhao et al., 2021)Reforça a organização espacial, favorecendo a interação social.Aumento das habilidades sociais e de relaxamento, criando um ambiente emocionalmente estávelAtua em áreas executivas, melhorando a atenção e resposta motora
EMOÇÃO E BEMESTARRedução da irritabilidade, proporcionando uma melhor interação.Menos eficácia para questões emocionais.Promove estabilidade emocional e reduz o estresse.Potencial para reduzir o estresse e reorganizar áreas de controle motor.
EXEMPLOS PRÁTICOSAvanços em autocuidado e mobilidade, como alimentação e higiene (Bender e Guarany, 2016)Melhora no equilíbrio e motricidade em crianças com TEA (Castilho et al., 2018)Benefícios físicos e emocionais, incluindo adaptação social (Mills et al., 2020).Melhor controle motor e atenção em crianças com TEA (Castro et al., 2020)

Fonte: Autoria própria (2024).

Análise Comparativa Geral das Técnicas Fisioterapêuticas

Uma avaliação das técnicas de fisioterapia revela como cada método promove de forma única o desenvolvimento psicomotor e emocional em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). As intervenções analisadas incluíram equoterapia, hipoterapia, hidroterapia e estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), cada uma abordando diferentes necessidades motoras, cognitivas e emocionais.

Equoterapia

A equoterapia se destaca por melhorar a motricidade fina e habilidades de autocuidado em crianças com TEA, conforme destacado por Fernandes et al. (2023). A prática estimula a coordenação motora e promove a autonomia em atividades diárias, como alimentação e higiene (Sônego et al., 2018). Os movimentos tridimensionais do cavalo ajudam na regulação do tônus muscular e no equilíbrio, contribuindo para a independência funcional e a melhoria da comunicação social (Lloyd et al., 2011; Teixeira et al., 2019). Dos Santos et al. (2022) enfatizam que intervenções precoces envolvendo equoterapia podem promover avanços significativos na interação social e independência funcional. Vito e Santos (2020) destacam que a falta de habilidades motoras finas pode ser um indicador precoce do TEA, reforçando a importância de intervenções como a equoterapia. Além disso, Bender e Guarany (2016) observaram que a equoterapia é eficaz na melhoria do desempenho funcional de crianças com TEA, especialmente em áreas de autocuidado e mobilidade. Usando o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI), eles identificaram avanços em tarefas como alimentação e higiene pessoal, promovendo a independência nas atividades cotidianas. Gabriels et al. (2012) sugerem que uma interação com animais, facilitada pela equoterapia, pode melhorar a comunicação social, o que é essencial para o desenvolvimento psicossocial dessas crianças.

Hipoterapia

A hipoterapia, semelhante à equoterapia, utiliza os movimentos tridimensionais do cavalo, mas com foco mais direto na coordenação motora grossa e na organização espacial. De Castilho et al. (2018) destacam que essa técnica é eficaz para melhorar o equilíbrio e o controle postural, essenciais para crianças com dificuldades na estabilidade corporal. Pesquisas de Rosa Neto et al. (2010) e Teixeira et al. (2019) identificam que o equilíbrio e a motricidade global são áreas de maior desafio para crianças com TEA. Hellendoorn et al. (2015) apontam que essas habilidades motoras também são cruciais para o desenvolvimento da linguagem e da comunicação, o que ressalta a relevância de intervenções que combinem aspectos motores e sociais.

Hidroterapia

A hidroterapia oferece benefícios tanto físicos quanto emocionais. Mills et al. (2020) revelaram que essa prática não apenas melhora aspectos físicos, mas também o bem-estar emocional das crianças, criando um ambiente relaxante que incentiva comportamentos emocionais saudáveis. Polli et al. (2024) destacam que a hidroterapia favorece a interação social, a percepção ambiental e o desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais. Borges et al. (2016) também ressaltam os efeitos positivos da hidroterapia na flexibilidade e na força muscular, promovendo a inclusão social e a adaptação. O método Halliwick, conforme mencionado por Vodakova et al. (2022), é eficaz em melhorar a adaptação aquática e a motricidade, complementando outras intervenções motoras e sensoriais.

Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC)

A ETCC tem se revelado uma técnica promissora para o desenvolvimento psicomotor e a melhoria das funções cognitivas em crianças com TEA. Estudos de Nitsche e Paulus (2000) demonstram que a ETCC anódica pode aumentar a força muscular e a atividade neural, enquanto Coggiamanian et al. (2007) observaram melhorias significativas na força isométrica dos músculos. Montenegro et al. (2013) descobriram que a ETCC anódica pode auxiliar na regulação do metabolismo e na redução de comportamentos hiperativos e compulsivos. Dos Santos et al. (2022) ressaltam que a combinação da ETCC com outras abordagens terapêuticas, como a equoterapia e a hidroterapia, pode resultar em um plano de tratamento mais abrangente e eficaz.

Integração das Técnicas

A integração de diferentes técnicas terapêuticas permite um atendimento personalizado e abrangente para crianças com TEA. Cada abordagem oferece benefícios específicos e, quando utilizada de forma coordenada, potencializa os resultados no desenvolvimento psicomotor e social dessas crianças.

A hidroterapia, frequentemente usada como etapa inicial, promove relaxamento emocional e bem-estar, aliviando o estresse e facilitando a adesão às intervenções subsequentes. O ambiente aquático favorece a interação social, a percepção ambiental e o desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais, além de contribuir para a flexibilidade e o fortalecimento muscular (Polli et al., 2024). Estudos destacam que o contato com a água estimula o equilíbrio emocional e aumenta a receptividade das crianças para atividades motoras futuras, consolidando a hidroterapia como uma base para o plano terapêutico integrado (Mills et al., 2020).

A equoterapia e a hipoterapia têm como etapas complementares, focando no desenvolvimento motor e no equilíbrio. Essas técnicas trabalham diretamente na coordenação motora, na postura e na integração visuomotora, áreas frequentemente comprometidas em crianças com TEA (Rosa Neto et al., 2010; Prestes et al., 2009). Além dos benefícios físicos, essas intervenções promovem a inclusão social e a melhoria da comunicação interpessoal, como evidenciado por Gabriels et al. (2012). Estudos apontam que a equoterapia também contribui para a autonomia nas atividades do dia a dia, sendo crucial no desenvolvimento de habilidades de autocuidado e independência (Sônego et al., 2018).

Para complementar essas abordagens, a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) é uma técnica eficaz que potencializa o controle motor e a atenção. Estudos mostram que a ETCC anódica pode aumentar a força muscular e melhorar a atividade neural, otimizando os ganhos obtidos com a hidroterapia e a equoterapia (Nitsche & Paulus, 2000). Além disso, o ETCC contribui para a regulação emocional e comportamental, ajustando comportamentos hiperativos e compulsivos, o que favorece a participação da criança em atividades multidisciplinares (Montenegro et al., 2013; De Castro et al., 2020).

Análise Crítica dos Resultados

Ao analisar os estudos selecionados, identifiquei quatro aspectos fundamentais que impactam os resultados das intervenções fisioterapêuticas no desenvolvimento psicomotor de crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esses pontos incluem o tamanho das amostras, os métodos de avaliação, a duração e frequência das disciplinas, e as limitações logísticas e financeiras. A seguir, explique cada um deles com base nos trabalhos revisados.

Tamanho da Amostra

Os estudos variaram muito no número de participantes, e isso influenciou diretamente a representatividade dos resultados:

  • Estudos menores, como os de Silva, Monteiro e Leite (2020) e Castilho et al. (2018), analisaram casos individuais ou pequenos grupos, oferecendo um olhar profundo sobre situações específicas, mas com limitações para generalizar os resultados.
  • Pesquisas científicas, como as de Mills et al. (2020) e Castro et al. (2020), apesar de consistência, mas ainda enfrentaram dificuldades em representar populações maiores.
  • Por outro lado, estudos mais amplos, como os de Bender e Guarany (2016) e Gabriels et al. (2016), trouxeram uma visão mais robusta e confiável, possibilitando identificar padrões entre diferentes subgrupos de crianças com TEA.

Essas diferenças mostram como é essencial ampliar o número de participantes em pesquisas futuras, garantindo maior validade e aplicabilidade dos achados.

Vieses nos Métodos de Avaliação

Outro ponto importante foi como os estudos avaliaram os resultados das disciplinas:

  • Métodos subjetivos, como relatórios de pais ou terapeutas (Silva, Monteiro e Leite, 2020; Fernandes et al., 2023), ajudam a captar mudanças no dia a dia, mas correm o risco de serem influenciados pelas percepções individuais.
  • Já as escalas padronizadas, como o PEDI (Bender & Guarany, 2016) e a EDM (Castilho et al., 2018), aumentaram a consistência e a confiabilidade na avaliação dos ganhos psicomotores.
  • Estudos que obtiveram métodos mais rigorosos, como randomização e cegamento, como os de Castro et al. (2020) e Mills et al. (2020), se destacam para evitar vieses e apresentar dados mais objetivos e confiáveis.

Fica evidente que, para garantir resultados mais sólidos, as futuras pesquisas deverão adotar instrumentos padronizados e metodologias que minimizem vieses.

Duração e Frequência das Intervenções

A forma como as intervenções foram realizadas – em termos de tempo e regularidade – também tiveram um papel crucial:

  • Intervenções de longo prazo, como descritas por Bender e Guarany (2016) e Fernandes et al. (2023), trouxe benefícios mais consistentes e duradouros.
  • Por outro lado, estudos de curta duração , como os de Silva, Monteiro e Leite (2020) e Mills et al. (2020), ofereceram informações preliminares valiosas, mas deixaram dúvidas sobre os efeitos prolongados.
  • A presença de grupos de controle , como nos estudos de Gabriels et al. (2016) e Mills et al. (2020), reforçou a confiabilidade das conexões, enquanto a ausência desse recurso em outros trabalhos dificultou uma análise mais precisa das causas e efeitos.

Esses resultados reforçam a necessidade de projetos mais longos e bem controlados, que possam capturar os benefícios das intervenções ao longo do tempo.

Limitações Logísticas e Financeiras

As barreiras práticas para implementar essas disciplinas também foram um tema recorrente:

  • Abordagens como equoterapia e hipoterapia, descritas por Fernandes et al. (2023) e Castilho et al. (2018), desativar infraestrutura especializada, como cavalos treinados e locais adaptados, algo ainda inacessível para muitas famílias.
  • Técnicas como hidroterapia (Mills et al., 2020) e ETCC (Castro et al., 2020) apresentam custos elevados devido à necessidade de equipamentos específicos e profissionais altamente construídos.
  • Estudos como o de Bender e Guarany (2016) apontam que as famílias de baixa renda enfrentaram dificuldades significativas para acessar essas terapias, ressaltando desigualdades no acesso ao tratamento.

É evidente que, além de provar a eficácia dessas intervenções, é necessário criar estratégias que tornem mais acessíveis, como subsídios, investimentos em infraestrutura e o desenvolvimento de alternativas mais econômicas.

Minha análise mostrou que o impacto das intervenções fisioterapêuticas em crianças com TEA está intimamente ligado ao rigor metodológico, à representatividade dos estudos e à superação de barreiras logísticas e econômicas. Para avançar nesse campo, as pesquisas futuras precisam:

  1. Incluir amostras maiores e mais diversas para garantir resultados generalizáveis.
  2. Usar métodos de avaliação padronizados e bem controlados, que evitem vieses.
  3. Priorizar projetos de longo prazo com acompanhamento regular.
  4. Desenvolver políticas públicas e estratégias de baixo custo que ampliem o acesso às terapias, especialmente em regiões menos favorecidas.

Essas ações não só aumentam a eficácia e a aplicabilidade das disciplinas, mas também promovem uma maior inclusão social e qualidade de vida para as crianças e suas famílias.

Tabela: Análise Crítica dos Estudos Selecionados

A tabela a seguir apresenta uma síntese dos principais fatores analisados nos estudos selecionados sobre intervenções fisioterapêuticas no desenvolvimento psicomotor de crianças com TEA.

CategoriaAutores e Detalhes
Tamanho da AmostraFernandes et al., 2023: 9 crianças (4 a 11 anos), praticantes de equoterapia há pelo menos 6 meses. Amostra pequena. Silva, Monteiro e Leite, 2020: 1 criança autista (6 anos). Estudo de caso individual. Bender & Guarany, 2016: 28 crianças (3 a 15 anos), 14 praticantes de equoterapia e 14 não praticantes. Castilho et al., 2018: Relato de caso com 1 criança (10 anos) em centro de reabilitação equestre. Mills et al., 2020: 8 crianças (6 a 12 anos) divididas em dois grupos para estudo controlado cruzado. Castro et al., 2020: 18 crianças e adolescentes (6 a 12 anos), média de idade 8,7 anos (DP = 1,95). Gabriels et al., 2016: 127 participantes (6 a 16 anos), divididos em grupo intervenção e grupo controle.
Métodos de AvaliaçãoFernandes et al., 2023: Escala de Desenvolvimento Motor (EDM). Possíveis vieses subjetivos. Silva, Monteiro e Leite, 2020: Avaliação semanal baseada em relatórios de mãe e terapeuta, com risco de viés de confirmação. Bender & Guarany, 2016: PEDI e MIF usados para avaliação funcional; exclusão de indivíduos com diagnósticos adicionais para reduzir viés. Castilho et al., 2018: Uso de escalas padronizadas (CARS e EDM) para consistência de avaliação. Mills et al., 2020: CBCL, randomização e estrutura cruzada para minimizar viés. Gabriels et al., 2016: Avaliadores cegos usaram formulários padronizados; cuidadores completaram relatórios com possível viés. Castro et al., 2020: Design duplocego com randomização. Avaliadores e participantes não sabiam a que grupo pertenciam.
Duração e FrequênciaFernandes et al., 2023: Intervenções de equoterapia há pelo menos 6 meses; frequência não detalhada. Silva, Monteiro e Leite, 2020: Quatro sessões consecutivas semanais, limitando análise de longo prazo. Bender & Guarany, 2016: Sessões de prática há pelo menos 6 meses, algumas com mais de 1 ano. Castilho et al., 2018: Intervenção de hipoterapia com 13 sessões (1 vez/semana por 3 meses, 50 minutos cada). Mills et al., 2020: Oito semanas de hidroterapia, 45 minutos por sessão (1 vez/semana). Gabriels et al., 2016: Dez semanas de intervenção com sessões de 45 minutos (1 vez/semana). Controle realizou atividades simuladas sem cavalos.
Castro et al., 2020: Dez sessões de 20 minutos de ETCC, seguidas de 3 meses de wash-out e nova intervenção.
Grupo ControleFernandes et al., 2023: Não houve grupo controle, comprometendo análise causal. Silva, Monteiro e Leite, 2020: Sem comparação com outras crianças ou técnicas.
Bender & Guarany, 2016: Controle com crianças que não praticavam equoterapia. Castilho et al., 2018: Sem grupo controle, focando na evolução individual. Mills et al., 2020: Design cruzado, grupos alternaram entre intervenção e controle. Gabriels et al., 2016: Controle fez atividades simuladas sem interação direta com cavalos. Castro et al., 2020: Controle usou estimulação sham (corrente inicial sem efeito ativo).
Limitações Logísticas e FinanceirasFernandes et al., 2023: Equoterapia requer infraestrutura especializada, limitando acesso em regiões remotas. Silva, Monteiro e Leite, 2020: Centro com apenas dois cavalos e equipe reduzida. Bender & Guarany, 2016: Custos elevados dificultaram acesso ao tratamento por algumas famílias.0
Castilho et al., 2018: Infraestrutura específica para hipoterapia, com altos custos associados. Mills et al., 2020: Hidroterapia exigiu piscina específica com temperatura controlada e profissionais qualificados. Gabriels et al., 2016: Custo de manutenção de animais e treinamento especializado foi uma barreira. Castro et al., 2020: Complexidade logística para monitoramento de três meses e demanda por equipamentos especializados.

Legenda: A tabela resume os principais aspectos analisados nos estudos revisados, destacando o tamanho das amostras, os métodos de avaliação utilizados, a duração e frequência das intervenções, a presença de grupos controle e as limitações logísticas e financeiras enfrentadas. Esses elementos foram considerados fundamentais para avaliar a qualidade e a aplicabilidade dos resultados das intervenções fisioterapêuticas no desenvolvimento psicomotor de crianças com TEA.

Fonte: Autoria própria (2024).

Resultados

A abordagem integrada, que combina hidroterapia, equoterapia e ETCC, fornece resultados abrangentes e duradouros no desenvolvimento psicomotor e social das crianças com TEA. Iniciar o plano terapêutico com hidroterapia para apoio emocional, seguido de equoterapia para fortalecimento motor e equilíbrio, e incorporar a ETCC para otimização do controle neural resulta em um programa de intervenção completo e eficaz.

Estudos reforçam que estratégias multidisciplinares, que também incluem fonoaudiologia e musicoterapia, trazem benefícios ainda mais significativos ao abordar as necessidades emocionais, cognitivas e motoras das crianças com TEA (Vito & Santos, 2020). Essa combinação de técnicas terapêuticas promove avanços no equilíbrio, na coordenação motora e na interação social, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e para o desenvolvimento global da criança (Teixeira et al., 2019; Rosa Neto et al., 2010).

Considerações Finais

Este estudo destacou a importância das intervenções fisioterapêuticas no desenvolvimento psicomotor de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Técnicas como equoterapia e hidroterapia demonstraram benefícios claros na melhora das habilidades motoras e do equilíbrio, enquanto a hipoterapia e a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) contribuíram para o bem-estar emocional e a inclusão social.

A fisioterapia, quando adaptada às necessidades individuais, é essencial no manejo do TEA. Contudo, barreiras como a falta de padronização e os altos custos limitam o acesso a essas terapias, reforçando a necessidade de estudos mais amplos e políticas públicas que garantam sua acessibilidade.

Espera-se que este trabalho inspire profissionais da área e colabore para a criação de estratégias mais integradas, que promovam não só o desenvolvimento motor, mas também o emocional e social dessas crianças, ampliando sua qualidade de vida e inclusão.

REFERÊNCIAS
  1. ANDRADE, Aurélio Matos et al. Recursos educacionais para estudantes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA): síntese de evidências qualitativas. Psicologia Escolar e Educacional , v. 28, p. e259575, 2024. Disponível em:https://doi.org/10.1590/2175-35392024-259575. Acesso em: 10 nov. 2024.
  2. ASSOCIAÇÃO PSIQUIÁTRICA AMERICANA. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5ª ed. Arlington: Associação Psiquiátrica Americana, 2013.
  3. BENDER, Daniele Dornelles; GUARANY, Nicole Ruas. Efeito da equoterapia no desempenho funcional de crianças e adolescentes com autismo. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo , v. 3, pág. 271-277, 2016. Disponível em: https://revistas.usp.br/rto/article/view/114667/122813. Acesso em: 15 nov. 2024.
  4. BLUMBERG, S. J.; et al. Diagnosis lost: Differences between children who had and who currently have an autism spectrum disorder diagnosis. Autism: The International Journal of Research and Practice, v. 20, n. 7, p. 783–795, 2016. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26489772/. Acesso em: 18 nov. 2024.
  5. COGIAMANIAN, F.; MARCEGLIA, S.; ARDOLINO, G.; BARBIERI, S.; PRIORI, A. Improved isometric force endurance after transcranial direct current stimulation over the human motor cortical areas. European Journal of Neuroscience, v. 26, n. 1, p. 242-249, jul. 2007. doi: 10.1111/j.1460-9568.2007.05633.x. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17614951/ Acesso em: 18 nov. 2024.
  1. DE CASTILHO, Mariana Caetano et al. Efeitos da hipoterapia no desenvolvimento psicomotor da criança autista: relato de caso. In: Colloquium Vitae. ISSN: 1984-6436, 2018.p. 68-73. Disponível em: https://journal.unoeste.br/index.php/cv/article/view/1564/2158.Acesso em: 10 nov. 2024.
  2. DE CASTRO, Mariana Lessa et al. Estimulação transcraniana por corrente contínua em crianças e adolescentes com autismo: desfechos motores. Revista Pesquisa emFisioterapia, v. 10, p. 17-22, 2020. Disponível em:https://doi.org/10.17267/22382704rpf.v10i5.3579. Acesso em: 09 nov. 2024.
  3. DE SOUSA, Ana Clara Santos et al. Obstáculos para o diagnóstico e tratamento do transtorno do espectro autista. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 24, n. 10, p. e16973-e16973, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.25248/reas.e16973.2024. Acesso em: 13 nov
  4. DOS SANTOS, Clistenis Clênio Cavalcante et al. Efeitos da fisioterapia precoce na reabilitação de crianças com TEA: uma revisão sistemática. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , v. 11, n. 14, pág. e191111435246, 2022. Disponível em:10.33448/rsd-v11i14.35246. Acesso em: 18 nov. 2024.
  5. FERNANDES, Maria Clara Zordan; PFEIFER, Luzia Iara; SPOSITO, Amanda Mota Pacciulio. Avaliação do perfil psicomotor de crianças com Transtorno do Espectro Autista praticantes de equoterapia. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , v. 12, n. 3, pág. e7012340429, 2023. Disponível em:10.33448/rsd-v12i3.40429. Acesso em: 05 nov. 2024.
  6. GABRIELS, Robin L. et al. Estudo piloto medindo os efeitos da equitação terapêutica em crianças e adolescentes em idade escolar com transtornos do espectro autista. Research in Autism Spectrum Disorders , v. 6, n. 2, p. 578-588, 2012.
  7. HELLENDOORN, A.; WIJNROKS, L.; VAN DAALEN, E.; DIETZ, C.; BUITELAAR, J.K.; LESEMAN, P. Motor functioning, exploration, visuospatial cognition and language development in preschool children with autism. Research in Developmental Disabilities, v.39, p. 32-42, 2015. Disponível em: 10.1016/j.ridd.2014.12.033. Acesso em: 05 nov. 2024.
  8. HOLANDA, MDW; e outros. Autismo pensando sobre crianças . Porto Alegre, 2013.
  9. LEITNER, Yael. A coocorrência de autismo e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em crianças–o que sabemos?. Frontiers in Human Neuroscience , v. 8, p. 268, 2014. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24808851/. Acesso em: 10 nov. 2024.
  10. LEYFER, OT et al. Transtornos psiquiátricos comórbidos em crianças com autismo: desenvolvimento de entrevistas e taxas de transtornos. Journal of Autism and Developmental Disorders , v. 36, n. 7, p. 849-861, 2006. Disponível em: https://www.ama.org.br/site/wpcontent/uploads/2017/08/DesenvolvimentodeEntrevista.pdf. Acesso em: 17 nov.2024.
  11. LLOYD, M.; LORD, C. Habilidades motoras de crianças pequenas com transtornos do espectro autista. Autism , v. 17, n. 2, p. 133-146, 2011. Disponível em: https ://doi .org /10.1177 /1362361311402230 . Acesso em: 18 nov. 2024.
  12. LOOMES, R.; MANDY, WPL Qual é a proporção homem-mulher no transtorno do espectro autista? Uma revisão sistemática e meta-análise. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry , v. 56, n . 6, p. 466-474, 2017.Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jaac.2017.03.013. Acesso em: 03 nov. 2024.
  13. MATSON, Johnny L.; KOZLOWSKI, Alison M. A crescente prevalência de transtornos do espectro autista. Research in Autism Spectrum Disorders , v. 5, n. 1, p. 418-425, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.rasd.2010.06.004. Acesso em: 10 nov. 2024.
  14. MILLS, W.; KONDAKIS, N.; ORR, R.; WARBURTON, M.; MILNE, N. Does hydrotherapy impact behaviours related to mental health and well-being for children with autism spectrum disorder? A randomised crossover-controlled pilot trial. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 17, n. 2, p. 558, 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31952323/. Acesso em: 17 nov. 2024.
  15. MONTENEGRO, R. A.; OKANO, A. H.; CUNHA, F. A.; FONTES, E. B.; FARINATTI, P. Does prefrontal cortex transcranial direct current stimulation influence the oxygen uptake at rest and post-exercise? International Journal of Sports Medicine, 2013. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23526591/. Acesso em: 17 nov. 2024.
  16. NITSCHE, M. A.; PAULUS, W. Excitability changes induced in the human motor cortex by weak transcranial direct current stimulation. Journal of Physiology, Paris, v. 527, Pt. 3, p.633-639, set. 2000. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10990547/. Acesso em:18 nov. 2024.
  17. NOVAES, Antonio Fontes Pinto. A importância do psicólogo profissional na terapia do Transtorno do Espectro Autista (TEA) na infância. Revista Psicologia em Debate , 2022. Disponível em: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/27588.Acesso em: 19 nov. 2024.
  1. POLLI, Alessandra Hellmann et al. Efeitos da hidroterapia associada à psicomotricidade em crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista: uma revisão integrativa. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, v. 15, n. 1, p. 29-47, 2024.Disponível em: https://doi.org/10.31072/rcf.v15i1.1363. Acesso em: 14 nov. 2024.
  2. PRESTES, D. B.; AMARO, K. N.; ARAB, C.; ROSA NETO, F. Avaliação e intervenção motora com uma criança autista. Efdeportes.com, ano 14, n. 138, 2009. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd138/intervencaomotoracomumacriancaautista.htm. Acesso em: 17 nov. 2024
  3. RAMOS, Jorge Marcos. Alterações encefálicas no Transtorno do Espectro do Autismo: aproximações da neuroplasticidade e da atividade física. Revista daAssociação Brasileira de Atividade Motora Adaptada , v. 1, pág. 107-130, 2020. Disponível em:https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/sobama/article/view/14034. Acesso em: 15 nov. 2024.
  4. ROSA NETO, F.; SANTOS, A.P.M.; XAVIER, R.F.C.; AMARO, K.N. A importância da avaliação motora em escolares: análise da confiabilidade da Escala de Desenvolvimento Motor. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 12, n. 6, p. 422427, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.5007/1980-0037.2010v12n6p422. Acesso em:05 nov. 2024.
  5. SEGURA, Dora de Castro Agulhon; NASCIMENTO, Fabiano Carlos do; KLEIN, Daniele. Estudo do conhecimento clínico dos profissionais da fisioterapia no tratamento de crianças autistas. Arq. Ciências Saúde UNIPAR, p. 159-165, 2011. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil621316. Acesso em: 05 nov. 2024.
  6. SÔNEGO, Gabriela Leite et al. Contribuições da equoterapia ao desenvolvimento de crianças com deficiência: uma abordagem interdisciplinar. SALUSVITA , v. 3, pág.653-670, 2018. Disponível em:https://secure.unisagrado.edu.br/static/biblioteca/salusvita/salusvita_v37_n3_2018/ salusvita_v37_n3_2018_art_13.pdf. Acesso em: 17 nov. 2024.
  7. TEIXEIRA, BM; CARVALHO, F.T. de; VIEIRA, JRL Avaliação do perfil motor em crianças com transtorno do espectro autista (TEA). Revista Educação Especial , v. 71, 2019. Disponível em : https://doi.org /10.5902 / 1984686×33648 . Acesso em: 18 nov. 2024.
  8. VITO, Rossana de Vasconcelos Pugliese; SANTOS, Darlan. O desenvolvimento motor e a aquisição de habilidades motoras em autistas. Biológicas & Saúde , v. 34, pág. 1-15, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.25242/8868103420202010.Acesso em: 19. Nov. 2024.
  9. VODAKOVA, E. et al. The effect of Halliwick method on aquatic skills of children with autism spectrum disorder. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 19, p. 16250, 2022. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36498324/. Acesso em: 19nov. 2024.

1 graduando(a) em Fisioterapia pela UNIFAESF. E-mail: douglassousa456.ds@gmail.com
², graduando(a) em Fisioterapia pela UNIFAESF. E-mail: rayanrocha9@gmail.com
³ Fisioterapeuta Especialista em Saúde Pública e Comunidade – UFPI; Mestra em Epidemiologia em Saúde Pública pela Fiocruz-RJ, Docente do curso de Fisioterapia. E-mail: uiarabia@hotmail.com
concluded that physiotherapy is an essential step in the management of ASD, contributing to the overall development of children and improving their quality of life, especially when adapted to individual needs. Keywords: Physiotherapy, Autism, Psychomotor performance