REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10251187
Raynna Prado Araújo1
Coautores:
Rayssa Moraes do Nascimento1
Auriane de Sousa Alencar2
Adriano Pádua Reis2
Josenil Bezerra Nascimento Neto2
Orientador: Edinaldo Gonçalves Miranda2
RESUMO:
INTRODUÇÃO: Cistos esplênicos são raros e são classificados em primários e secundários. Mais de 70% dos pacientes com cisto esplênico são sintomáticos e mais da metade dos assintomáticos podem ser detectados ao exame físico. Sintomas estão relacionados ao tamanho do cisto. Exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e/ou ressonância magnética são necessários para determinar as características do cisto. O tamanho da lesão é determinante na abordagem (operatória ou não). Esplenectomia total é indicada em casos de: policistos; lesão inacessível por fenestração ou marsupialização; cisto gigante. Destarte, esse trabalho visa relatar o caso de paciente pediátrico com cisto esplênico que passou por abordagem cirúrgica. RELATO DE CASO: Paciente de 10 anos, feminino, vem ao serviço com queixa de tumoração na região abdominal esquerda, que surgiu há 1 ano. Há 6 meses, em consulta ao ortopedista por queixa de dor na coluna, foram realizados exames de imagem. TC abdominal com volumosa formação ovalada de contornos regulares com atenuação cística, medindo 14,2×13,2cm no hipocôndrio esquerdo. Foi encaminhada para hospital de referência. Após consulta com cirurgião pediátrico, internada para investigação da massa abdominal. Tumoração de crescimento lento; sem perda ponderal; dor a exercícios intensos e melhora com dipirona. Exame físico: paciente estável e sem queixas, com presença de abaulamento em hipocôndrio esquerdo, massa de aspecto cístico que impede depressão abdominal, ruídos hidroaéreos diminuídos e dor à palpação superficial do lado esquerdo do abdome. Exames laboratoriais: fosfatase alcalina elevada (299,9); cálcio elevado (10,6); DHL elevado (343). TC de abdome com contraste: volumosa lesão cística, homogênea, encapsulada, bem delimitada, no baço, medindo 17,8×13,9×13,8cm, que desloca a câmara gástrica e apresenta contato com lobo esquerdo do fígado e corpo do pâncreas. Esplenectomia total realizada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Cistos esplênicos geralmente são diagnosticados em tamanhos menores. Com até 5cm de diâmetro, opta-se pela conduta conservadora. Porém maiores que isso, como é o caso relatado (cisto gigante de 17,8cm), a conduta indicada é esplenectomia total, já que os benefícios superam os riscos, mesmo sendo uma cirurgia mais radical.
Palavras-chave: Esplenopatias; Criança; Cirurgia Geral.
REFERÊNCIAS:
- HANSEN, M. B.; MOLLER, A. C. Splenic Cysts. Surgical Laparoscopy Endoscopy and Percutaneous Techniques, v. 14, n. 6, p. 316-322, 2004.
- MELO, V. A. et al. Splenic cyst: Review of the literature and report of 2 cases. Revista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, v. 50, n. 5, p. 289-293, 1995.
- REIMONDEZ, S. et al. True giant’s splenic cysts: Report of two cases with laparoscopic approach. Acta Gastroenterológica Latinoamericana, v. 49, n. 1, p. 77- 80, 18 mar. 2019.
Centro Universitário UNINOVAFAPI
Hospital Infantil Lucídio Portella – Universidade Estadual do Piauí