REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202511301109
Elizângela Ferraz De Lima Rios
RESUMO: O estudo dedica a observar as perífrases conjuncionais já que e agora que sob a perspectiva da sociolinguística variacionista, os contextos em que as perífrases aparecem e mostrar que apesar de ambas serem aceitas em textos jornalísticos a perífrase conjuncional agora que ainda possui um certo estigma, pois ainda não está descriminada na gramática. O objetivo deste estudo é mostrar que a língua em situações reais de uso apresenta variação, conforme se verifica com o uso das variedades agora que e já que, uma vez que podem usadas de forma concomitante sem alteração do sentido original. O estudo fundamenta-se teórico e metodologicamente em Bagno (2002), Bortoni-Ricardo (2004), Faraco (2008), Martelotta (2017), Lucchesi (2015).
Palavras-chave: Sociolinguística. Norma padrão. Norma culta. Gramaticalização.
1 INTRODUÇÃO
A Sociolinguística surgiu a partir dos estudos sobre a relação entre língua e sociedade que tem como objetivo a diversidade linguística que pode ser observada por meio dos usos que o falante faz da língua em detrimento da comunicação e sua forma de se expressar em um determinado contexto e num determinado momento.
A diversidade linguística está presente em todos os segmentos sociais, manifestada pelas práticas sociointerativas, sendo assim, a língua é concebida e se desenvolve no seio da comunidade humana. A língua é usada em práticas sociais de interlocuções. Portanto, a Sociolinguística se ocupa da relação entre língua e sociedade e do estudo da estrutura e da mudança linguística.
É na década de 1960 liderados por Willian Labov nos Estados Unidos, os sociolinguistas pioneiros desenvolveram várias análises entre a variedade do inglês nas comunidades e o inglês padrão – falado e ensinado na escola – daí decorre o seu aspecto prioritariamente voltado para a descrição da variação dos fenômenos em processo de mudança, inerentes à língua e ao seu aspecto heterogêneo e que se expandiu para outras dimensões da linguagem.
E é dentro deste contexto de variação que este trabalho será desenvolvido a partir dos usos das conjunções perifrásticas já que e agora que, uma vez que são gramaticalizados, em textos da língua escrita em contextos de formalidade.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta parte trataremos de alguns pressupostos sobre a variação linguística, norma padrão e norma culta, sociolinguística educacional, gramaticalização a luz dos estudos de Bagno (2002), Bortoni-Ricardo (2004), Faraco (2008), Martelotta (2017), Lucchesi (2015).
3 METODOLOGIA
Para realização deste estudo, optou-se pelo método de pesquisa descritivo com a abordagem qualitativa. No primeiro momento, apresentaremos um apanhado sobre a Sociolinguística,em seguida, discute-se sobre norma padrão e norma culta, logo após, abordase o conceito de gramaticalização. E o corpus do trabalho é constituído a partir dos estudos da tese de mestrado de Galbiatti (2008), e a gramática de Ataliba Castilho e quatro fragmentos de textos jornalísticos em que aparecem as perífrases conjuncionais agora que e já que e as considerações finais.
3.1 Sociolinguística
Muitos são os esforços empreendidos em pesquisas que demonstram a importância e as contribuições da Sociolinguística para o ensino de língua materna. Pois, o ensino de língua portuguesa no Brasil ainda está arraigado ao ensino da gramática normativa, como se a língua fosse homogênea, única e restrita a um grupo de falantes, desconsiderando a sua dimensão heterogênea e de que a língua sofre variações e deve ser vista segundo a sua relação com a sociedade, os contextos sociais, seja na modalidade escrita ou na oral. Bagno (2002, p.24) “significa considerar a língua como atividade social, como um trabalho empreendido conjuntamente pelos falantes toda vez que se põe a interagir verbalmente, seja por meio da fala, seja por meio da escrita”.
Ainda de acordo com Bagno (2002) a formação profissional dos professores de língua materna ainda reflete uma prática pedagógica de ensino de língua que revela pouca ou nenhuma influência das contribuições das novas perspectivas de abordagem do fenômeno da linguagem. Pois, os professores que se formaram há mais de vinte anos considera a língua como homogênea – se pauta apenas em ensinar a gramática normativa como sinônimo de ensino de língua portuguesa, e os que se formam atualmente ainda não conseguem consolidar essas novas propostas científicas em instrumento pedagógico efetivo para a sua prática em sala de aula, seja pela tradição arcaica de ensino de gramática que a sociedade ainda se espelha, ou seja pelo embate com estruturas de um sistema educacional obsoleto, pouco flexível e extremamente burocratizado.
Faraco (2008, p.31) afirma que “empiricamente a língua é o próprio conjunto de variedades”, pois não existe a língua de um lado e as variedades de outro. E o ensino de língua materna faz esta distinção. É muito comum os materiais didáticos trazerem um capítulo em sua grande maioria intitulado “Variação linguística” e nos demais reproduzirem as normas prescritas pelas gramáticas normativas. Ora, em todas as situações de uso da língua seja ela escrita ou oral percebe-se variações.
3.2 Norma-padrão e Norma culta
Os termos norma-padrão e norma culta às vezes são utilizados como sinônimos, um atrelado ao outro. O termo norma-padrão foi instituído com a intenção de unificação da língua no século XIX a fim de implantar uma língua “correta” para os brasileiros, baseada na língua usada pelos escritores portugueses. A norma-padrão na visão de Bagno:
[…] exerce uma influência simbólica muito forte no imaginário de todos os brasileiros, mas é uma influência que vai diminuindo progressivamente, quanto mais a gente se afasta das camadas sociais privilegiadas. A norma-padrão está intimamente ligada à escola, ao ensino formal, e como no Brasil o acesso à educação é mais um elemento que contribui para a nossa triste posição de campeões da desigualdade social, é fácil imaginar que a norma-padrão tradicional tem poder de influência praticamente nulo sobre os falantes das variedades mais estigmatizadas. (BAGNO, 2003, p. 69).
Sendo assim, é uma definição de língua que vive no plano abstrato, um ideal que nada tem a ver com os usos dos falantes reais. E de acordo com Lucchesi (2015, p.178)
[…] a norma padrão terá por base a linguagem das classes dominantes, sobre a qual incide o processo de formalização que separa a linguagem espontânea do ambiente familiar e do senso comum da linguagem técnica e especializada do saber formal e da sistematização do conhecimento. Portanto, sobre a base social da linguagem dos grupos que dominam econômica, política e culturalmente a sociedade, aplica-se o parâmetro da formalização linguística (na qual está embutido o letramento) para se constituir a norma padrão.
Faraco (2008) afirma que a norma culta é a norma linguística praticada em determinadas situações, envolvendo certo grau de formalidade e indivíduos plenamente escolarizados, situados em esferas sociais mais privilegiadas economicamente, e com acesso a cultura letrada. Entendendo as palavras de Faraco (2008), Lucchesi (2015), a expressão norma culta é usada para firmar o conjunto de variedades que constituem a linguagem usada por sujeitos com amplo acesso a bens economicamente favorecidos e com alto grau de escolaridade. Na visão de Faraco:
O qualificativo “culta”, tomado em sentido absoluto, pode sugerir que esta norma se opõe as normas “incultas”, que seriam faladas por grupos desprovidos de cultura. Tal perspectiva está, muitas vezes, presente no universo conceitual e axiológico dos falantes da norma culta, como fica evidenciado pelos julgamentos que costumam fazer dos falantes de outras normas, dizendo que estes “não sabem falar”, “falam mal”, “falam errado”,“são incultos”, “são ignorantes” etc. (FARACO, 2008, p. 54)
Conforme, demonstrado pelos estudos antropológicos não existe povo sem cultura, culta segundo o autor é utilizado para se referir a cultura escrita, ou seja, por grupos sociais que tem estado mais diretamente relacionados com a cultura da escrita. Na figura abaixo é possível observar a definição que Bagno faz sobre a acepção do termo norma.


Figura (1): Conceito de norma segundo Marcos Bagno (2003, p. 41)
Conclui-se que norma tem dois sentidos, um de uso recorrente, real e outro é ideal, prescritivo, conforme a regra. Para Faraco (2008, p.33) o conceito de norma, nos estudos linguísticos, surgiu da “necessidade de estipular um nível teórico capaz de captar, pelo menos em parte, a heterogeneidade constitutiva da língua”. . A norma culta é, também, uma variedade heterogênea, empregada por usuários letrados, em situações monitoradas de fala e escrita (FARACO, 2008) por oposição à norma padrão, que se caracteriza como “uma codificação relativamente abstrata, uma baliza extraída do uso real para servir de referência, em sociedades marcadas por acentuada dialetação, a projetos políticos de uniformização linguística” (FARACO, 2008, p. 75).
Atualmente, diante desta falta de entendimento sobre a diferença entre norma padrão e norma culta a escola passa por um dilema sobre o que ensinar e qual o objetivo do ensino de língua portuguesa, uma vez que os alunos chegam na escola com um repertório linguístico constituído. A Sociolinguística propõe um ensino pautado na variação e mudança, uma vez que de acordo com Lucchesi:
[…], os processos de variação e mudança que caracterizam a realidade sociolinguística brasileira podem ser sistematizadas da seguinte maneira. De um lado, no plano da norma culta, observa-se uma flexibilização de usos, que reflete a dinamização da cultura, resultante da industrialização e da urbanização, bem como da proliferação dos meios de comunicação de massa e do fenômeno da indústria cultural. Tais processos de variação e mudança, que tendem a aprofundar a tensão entre norma culta e norma padrão, têm afetado vários mecanismos da estrutura morfossintática da língua, […] (LUCCHESI, 2015,P.203).
Sendo assim, cabe à escola propiciar o conhecimento das outras variedades da língua, aquela que deve ser usada em situações monitoradas de fala e de escrita, sem desconsiderar as outras variedades, menos prestigiadas, inclusive aquelas que são do repertório linguístico dos alunos. E, partindo do princípio de que toda língua muda e varia o ensino de língua materna não deve se pautar apenas sobre a norma padrão ou norma culta, mas refletir sobre as mudanças que ocorrem na língua em situações reais de uso, considerando o contexto sociointeracional.
3.3 Gramaticalização e perífrases conjuncionais agora que e já que
Na perspectiva funcionalista “a gramática é vista como um organismo maleável, que se adapta às necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes” (MARTELOTTA, 2017, P.13). Sendo assim, a gramaticalização é um processo pelo qual itens lexicais se transformam em um item gramatical, ou, como um item gramatical se torna ainda mais gramatical.
“Gramaticalização designa um processo unidirecional, segundo o qual itens lexicais e construções sintáticas, em determinados contextos, passam a assumir funções gramaticais e, uma vez gramaticalizados, continuam a desenvolver novas funções gramaticais”. (MARTELOTTA, 2017, P.13).
Desta forma, fazendo uma análise podemos observar os usos das perífrases conjuncionais agora que e já que. Em sua dissertação de mestrado Gabialtti (2008) fez um estudo comparativo das perífrases conjuncionais agora que e já que sob a perspectiva da gramaticalização. Em seu trabalho a autora mostra o percurso de gramaticalização que os advérbios agora e já que na sua origem exprimem tempo, percorreram até dar origem às perífrases conjuncionais causais/explicativas agora que e já que, embora a perífrase agora que tenha apresentado um certo atraso no processo em relação a já que, concluiu-se que a mesma desempenha funções semânticopragmáticas correspondentes aos elementos pertencentes ao paradigma dos conectores causais/explicativos.
Na Nova Gramática do Português Brasileiro Ataliba Castilho afirma que as seguintes conjunções introduzem uma adverbial causal: porque, desde que, como, que, já que. (CASTILHO, 2022, p.374). Também é possível observar o uso da perífrase conjuncional já que no material estruturado de Língua Portuguesa séries finais 9° ano do ensino fundamental do estado de Mato Grosso em orações subordinadas adverbiais causais. Percebe-se que tanto no material de ensino quanto na gramática de Castilho é possível perceber que a perífrase conjuncional já que é a forma mais prestigiada.
Embora a perífrase conjuncional agora que não seja mencionada, o seu uso pode ser encontrado em várias situações, como pode ser observado nos exemplos abaixo, assim como a perífrase conjuncional já que.
(1) “Eles ligam 24 horas por dia. Às vezes, 7h, eu posso dormir até tarde e eles ligam. É para vender, ligam procurando outra pessoa. Eu já troquei de número porque recebia ligações de cobrança que não eram para mim. Agora que eu troquei de número, as ligações são de venda, para aumentar meu pacote de internet e mesmo falando que não quero, continuam ligando”.
(https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2019/06/25/especialista-em-consumo-demogi-da-dicas-para-ligacoes-indesejaveis-de-telemarketing.ghtml. Acesso em 25/06/2023).
(2) “Isso adquire mais importância agora que, sem Neymar, Tite utiliza David Neres, canhoto, na esquerda, e Richarlison, destro, na direita, criando a tendência que ambos conduzam a bola para os pés mais fortes e acabem atuando como pontas mais tradicionais”.
(https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2019/06/17/foco-de-criticas-lateraisveteranos-se-reinventam-com-tite-na-selecao.htm?. Acesso em 25/06/2023).
(3) Além disso, as placas de veículos furtados e roubados podem ser identificadas assim que entrarem na cidade, já que um aplicativo de análise registra dados nas imagens, como marca, modelo e placa.
(https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/sistema-de-monitoramento-por-cameras-e-instaladoem-bertioga-sp.ghtm. Acesso em 25/06/2023).
(4) Mas para chegar a este número de entidades não foi tarefa fácil, já que o desejo de ajudar a humanidade ultrapassaria o continente.
(https://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2012/05/missionaria-abriu-mao-decasamento-para-ser-mae-de-centenas-de-criancas.html. Acesso em 25/06/2023).
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho buscou evidenciar os usos das perífrases conjuncionais já que e agora que sob a perspectiva da sociolinguística variacionista com enfoque no funcionalismo. As perífrases destacadas neste artigo conforme demonstrado pela pesquisa de Galbiatti (2008) já estão gramaticalizadas, pois ambas apesar de possuir relação com sua origem de tempo, as mesmas também apresentam relação de causa/explicação. Podem ser encontradas em textos jornalísticos, que geralmente são textos que possui certo grau de monitoramento em relação à norma culta/padrão. Porém, a construção agora que ainda não está descrita nos material didático aqui mencionado, e nem na gramática de Ataliba Castilho.
Porém, nota-se que ambas as perífrases são usadas, de modo que não há nenhuma diferenciação no sentido, e a sociolinguística, com suas pesquisas baseadas na produção real dos indivíduos possibilitou observar as perífrases sendo usadas em textos que requerem maior grau de monitoramento da escrita. Com isso, a área da educação se enriquece com as informações que podem ser usadas também no ensino da língua culta, que passa a ser baseada em dados reais. O professor de língua não deve apenas mostrar os usos prescritos nas gramáticas, é preciso levar o aluno a refletir sobre o uso em contextos reais de comunicação.
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BAGNO, M. NORMA LINGUÍSTICA, HIBRIDISMO & TRADUÇÃO. Traduzires, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 19–32, 2018. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/traduzires/article/view/20891. Acesso em: 27 ago. 2023.
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LARISSA, Paris Giacometti e PINA, Maria Cristina. Ensino Fundamental: 9º ano séries finais. Língua Portuguesa. São Paulo: Todotipo Editorial, 2023.
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TRAUGOTT, E. C.; TROUSDALE, G. Construcionalização e mudanças construcionais. Trad. Taísa Peres de Oliveira e Angélica Furtado da Cunha. Petrópolis, RJ: Vozes, 2021.
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