A UTILIZAÇÃO DO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS NA AVALIAÇÃO DO COVID-19: REVISÃO DE LITERATURA

THE USE OF THE SIX MINUTE WALK TEST IN THE ASSESSMENT OF COVID-19: LITERATURE REVIEW.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10127775


Cleidson Felipe Barcelos Ramos Junior1
Evelin Beatriz Azevedo de Sales1
Gabriel Elias Solart Siqueira de Lima1
Keila Rouse Rodrigues Franco
Wanderson Henrique dos Santos
Natalia Gonçalves2


RESUMO

Introdução: A avaliação fisioterapêutica é extremamente relevante na análise das limitações e da capacidade funcional do paciente acometido por Covid-19. O teste de caminhada de seis minutos é um estudo chave capaz de fornecer uma resposta funcional, terapêutica e dados prognósticos que são valiosos no cuidado desses pacientes. Através desse modelo de avaliação é possível mensurar a distância percorrida de um indivíduo durante o período de seis minutos, levando a possibilidade de observar-se as respostas fisiológicas individuais de cada paciente. O teste fornece informações consolidadas da resposta cardiopulmonar e musculoesquelética ao exercício. Objetivo: Verificar a importância da aplicação do Teste de caminhada de seis minutos na avaliação dos pacientes com Covid-19. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura utilizando artigos com o foco no tema, a pesquisa foi realizada por meio das bases de dados Pubmed, Biblioteca Virtual em Saúde e Periódicos CAPES. A seleção dos materiais foi realizada através dos critérios de inclusão e exclusão, agregando-se por fim 5 estudos a revisão. Resultados: Os estudos apresentaram o teste de caminhada de seis minutos como uma ferramenta de avaliação excepcionalmente utilizada no protocolo de reabilitação fisioterapêutica, demonstrando melhoras significativas na capacidade de exercício, além de expressar dados que auxiliam a equipe multidisciplinar no processo de tomada de decisão durante o tratamento. Conclusão: A revisão expôs mediante o teste de caminhada de seis minutos variações de progresso na reabilitação dos pacientes, além de sintetizar informações necessárias para um prognóstico mais favorável em pacientes acometidos por Covid-19.

Palavras-chave: “Teste de caminhada de seis minutos”. ” Reabilitação”. “Covid-19”

ABSTRACT

Introduction: Physiotherapeutic assessment is extremely relevant in analyzing the limitations and functional capacity of patients affected by Covid-19. The six-minute walk test is a key study capable of providing a functional and therapeutic response and prognostic data that are valuable in the care of these patients. Through this assessment model, it is possible to measure the distance traveled by an individual during a six-minute period, making it possible to observe the individual physiological responses of each patient. The test provides consolidated information on the cardiopulmonary and musculoskeletal response to exercise. Objective: To verify the importance of the six-minute walk test in the assessment of patients with Covid-19. Materials and methods: This is a literature review using articles focusing on the subject, the research was carried out using the Pubmed, Virtual Health Library and CAPES journals databases. The materials were selected using the inclusion and exclusion criteria, ultimately adding 5 studies to the review. Results: The studies presented the six-minute walk test as an assessment tool exceptionally used in the physiotherapy rehabilitation protocol, demonstrating significant improvements in exercise capacity, as well as expressing data that helps the multidisciplinary team in the decision-making process during treatment. Conclusion: The review showed variations in progress in the rehabilitation of patients using the six-minute walk test, as well as summarizing the information needed for a more favorable prognosis in patients affected by Covid-19.

Keywords: “Six Minute Walk Test”. “Rehabilitation”.  “Covid-19”

1. INTRODUÇÃO

A avaliação fisioterapêutica é de suma importância para analisar a capacidade funcional e as limitações do paciente com Covid-19, bem como sintetizar uma reabilitação individualizada, a fim de tratar e prevenir as complicações causadas pela doença, proporcionando uma melhora na qualidade de vida e retorno às atividades normais do dia a dia. (Leal et al. 2023). Na década de 60, Balke, desenvolveu um teste simples que mensurava a distância percorrida de um indivíduo durante um período de 12 minutos. Porém, logo o teste foi reduzido a 6 minutos de caminhada, visando não submeter os pacientes a exaustão, uma vez que eles apresentavam alterações fisiológicas devido os acometimentos do sistema cardiorrespiratório. (Figueiredo et al. 2019).

Durante todo o tempo de realização do teste de caminhada de seis minutos (TC6M) o indivíduo deve ser monitorado através de um oxímetro, para avaliação da saturação de oxigênio, a aferição da pressão arterial e controle dos demais sinais vitais. O paciente deve caminhar o mais rápido possível, sem correr, por maior tempo que conseguir, durante seis minutos. Este teste deve ser feito em um corredor que esteja com o espaço demarcado, de preferência seguindo o protocolo American Thoracic Society,que consiste numa pista plana e rígida, com 30 metros de comprimento, marcada a cada um metro. O paciente deve realizar o teste duas vezes, em um intervalo de 60 minutos sendo considerada a maior distância percorrida entre os dois testes. Deve-se interromper o teste caso o paciente apresente dor torácica, dispneia não suportável ou cãibras nas pernas. (Texeira et al. 2018)

Para Casano et al. (2023) o teste de caminhada de seis minutos é um estudo chave que fornece uma resposta funcional, terapêutica e dados prognósticos que são valiosos no cuidado desses pacientes. É amplamente utilizado devido à sua simplicidade e reprodutibilidade, fornecendo uma imagem consolidada da resposta cardiopulmonar e musculoesquelética ao exercício. A sua natureza simples permite uma avaliação integrada e não específica dos muitos sistemas envolvidos durante a atividade física. Especificamente, seus resultados podem auxiliar na determinação do grau de comprometimento funcional e potencialmente levar a modificações no trabalho fisioterapêutico a ser realizado.

Segundo Klok et al. (2020) os pacientes com Covid-19 podem apresentar comprometimento persistente da função pulmonar, fraqueza muscular, dor, fadiga, depressão, ansiedade, problemas e redução da qualidade de vida. De acordo com (Strabelli et al. 2021) as comorbidades mais frequentes nos pacientes que evoluíram a óbito foram hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença cardiovascular e idade acima de 70 anos. A utilização de estudos clínicos para a reabilitação de pacientes com Covid-19 pode ser aplicada como um preditor no desfecho do tratamento e resultar em maiores possibilidades de alta precoce aos pacientes que se encontram hospitalizados.

De acordo com Silva et al. (2019) o teste de caminhada de seis minutos, reflete mais significativamente o comportamento da variação da frequência cardíaca e a dessaturação de oxigênio que é induzida pelo esforço submáximo em indivíduos com doenças pulmonares.  Inúmeros fatores contribuem para que os pacientes tenham o comportamento alterado da frequência cardíaca, dentre estes a hipoxemia, hiperinsuflação dinâmica e inflamação sistêmica que poderiam afetar a resposta submáxima da frequência cardíaca ao exercício com consequências adversas no prognóstico das doenças. Para (Azevedo et al. 2018) caminhar é uma atividade realizada diariamente pela maioria dos pacientes moderadamente ou gravemente comprometidos. Essa técnica avalia a resposta global e integrada de todos os sistemas envolvidos. O teste de caminhada de seis minutos fornece, portanto, indicadores de reserva funcional pela distância total percorrida (DTC6), indicadores do estresse sensorial pelos escores de dispneia e fadiga, avalia a resposta cardiovascular através da frequência cardíaca e a integridade das trocas gasosas. Através dele, pode-se observar objetivamente a progressão de perda funcional ou o efeito positivo de intervenções terapêuticas, e obter parâmetros preditores de morbidade e mortalidade na Covid-19.

O teste de caminhada de seis minutos é uma das metodologias mais utilizadas por fisioterapeutas, porém é escasso o número de estudos registrados que relacionam a importância da utilização do teste com a avaliação fisioterapêutica, medida que se faz necessária para que haja maiores probabilidades de um prognóstico favorável. Em razão disso existe a necessidade do encorajamento às iniciações científicas, visando a resolução desse debate e gerando por consequência, um maior conhecimento sobre os possíveis riscos recorrentes da doença.

A utilização de estudos clínicos na reabilitação de pacientes pode agir como instrumento para garantir um processo de assistência transparente, é capaz de proporcionar maior acertabilidade na aplicação e interpretação do teste de caminhada de seis minutos, podendo ser aplicada como um preditor no desfecho do tratamento e resultar em maiores possibilidades de alta precoce aos pacientes que se encontram hospitalizados.  Ademais, há possibilidade de atuar como um fator decisivo na determinação de quais pacientes podem realizar a reabilitação de maneira domiciliar. (Klanidhi et al. 2022)

O objetivo deste estudo é verificar a importância da aplicação do Teste de caminhada de seis minutos em pacientes com Covid-19, procurando identificar e analisar os efeitos do teste, bem como descrever os seus resultados colocando em evidência as especificidades da doença.

MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura, foi realizado através de um levantamento por meio de busca eletrônica nas bases de dados: National Library of Medicine (PubMed), Periódicos (CAPES) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no período de 15 de agosto de 2023 à 30 de outubro de 2023. Os termos utilizados nas bases de dados foram: Six Minute Walk Test, Rehabilitation e Covid.

Os critérios de inclusão dos artigos foram: artigos publicados de 2020 a 2023 no idioma inglês, artigos do tipo estudo de caso, ensaio clínico e randomizado. Foram excluídos artigos que não foram compatíveis com o tema e artigos duplicados nas bases de dados. Para proceder a pesquisa, primeiramente foram identificadas as palavras chaves, sendo colocadas nas bases de dados e em seguida foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão. Os artigos foram filtrados, lidos, analisados e selecionados, apenas os que atendiam a todos os critérios.

RESULTADOS

Foram identificados inicialmente 172 artigos através das pesquisas das bases de dados selecionadas, 148 na PubMed, 23 na Biblioteca Virtual em Saúde e 1 no Periódicos CAPES. Foram excluídos 134 artigos por não serem compatíveis com o tipo de estudo proposto para a expressão dos resultados da pesquisa. A partir disso restou-se 42 artigos e foram excluídos os que apresentaram duplicidade nas bases de dados. Leu-se na íntegra 10 arquivos e excluiu-se 5 por não serem compatíveis com a temática. Por fim foram incluídos 5 artigos conforme (Figura 1).


Dos artigos incluídos na síntese, 1 foi publicado em 2021 e dos 4 restantes, 2 foram publicados em 2022 e 2 em 2023. Dos textos selecionados foram extraídas as variáveis: população a ser avaliada, métodos, objetivo e resultados.

Liu et al. (2020) avaliou a saturação percutânea de oxigênio (SpO2), frequência cardíaca, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, frequência respiratória e percepção subjetiva de esforço, medidas antes e após uma caminhada de seis minutos usando um oxímetro de pulso saturado. Demonstrou-se após reabilitação respiratória de seis semanas que as medidas de resistência ao exercício avaliadas pelo teste de caminhada de seis minutos, levaram a melhorias significativas na capacidade de exercício, além de demonstrar que a distância percorrida do TCM6 após reabilitação respiratória no grupo de intervenção foi significativamente maior do que antes da intervenção, o que foi estatisticamente significativo. No estudo de Hockele et al. (2022) após as avaliações iniciais, os pacientes realizaram o protocolo de reabilitação em dezesseis sessões (treinamento muscular inspiratório, exercício aeróbio e força muscular periférica) e ao final observou-se que no teste de caminhada de seis minutos, a maioria atingiu o valor previsto na avaliação pós-intervenção, a capacidade funcional dos pacientes aumentou em metros percorridos de 326,3  140,6 para 445,4 151,1 (p < 0,001) com aumento do valor previsto de 59,7% para 82,6% ( p < 0,001).

Tozato et al. (2021) verificou 4 casos de pacientes diferentes, avaliados com Teste da Caminhada de 6 Minutos e força muscular periférica para verificar o efeito da reabilitação após 3 meses de protocolo de no mínimo, 300 minutos por semana. Pôde-se observar variáveis citadas associada à escala de Borg com redução em todos os casos, demonstrando aumento da capacidade funcional e melhora prognóstica, independente da gravidade. Os pacientes apresentaram evolução na distância percorrida no teste da caminhada de 6 minutos com aumento em 16%, 49%, 67% e 94%, respectivamente dos casos 1 ao 4. 

Souza et al. (2022) avaliou um paciente admitido em um programa de reabilitação cardiopulmonar de 6 semanas, através do teste de caminhada de seis minutos. A distância prevista foi de 453m, e inicialmente o paciente conseguia caminhar somente 320m, o mesmo necessitou da utilização de oxigênio suplementar e o teste precisou ser interrompido duas vezes.  Ao final da reabilitação cardiopulmonar houve aumento da distância do teste de caminhada para 480m, em ar ambiente e sem interrupções, apresentou ainda diminuição da percepção de esforço e não relatou dispneia. E por fim Zampogna et al. (2021) avaliou pacientes inscritos em um programa de acompanhamento de 3 a 5 semanas no ambulatório do Istituti Clinici Scientific Maugeri, na Itália. De acordo com a distância total percorrida (DTC6), foram divididos em dois grupos: aqueles com DTC6 < 75% e aqueles com DTC6 ≥ 75%. A distância do teste de caminhada e as pontuações na SPPB foram maiores no grupo ≥ 75% do que no grupo < 75%. Ambos os grupos apresentaram melhora na capacidade de exercício, mas apenas o grupo < 75% apresentou melhoras significativas na dispneia e na função dos membros superiores.

Ao decorrer de cada estudo avaliou-se a necessidade de um conhecimento mais abrangente a respeito de determinadas áreas, os artigos incluídos apresentaram alta relação com o teste de caminhada de seis minutos na avaliação de pacientes com Covid-19, entretanto também houve destaque em outras ferramentas de avaliação, trazendo uma ascensão do discernimento na avaliação do paciente.

DISCUSSÃO

Os estudos demonstraram o teste de caminhada de seis minutos como um método muito utilizado por fisioterapeutas em programas de reabilitação para pacientes acometidos pelo Covid-19, o teste permitiu diversas interpretações através das mudanças fisiológicas do paciente, facilitando a avaliação funcional, que é ferramenta indispensável no processo semiológico dos indivíduos. A síntese buscou a relação da avaliação do teste de caminhada de seis minutos com outros modelos utilizados, evidenciando como é necessário dispor de conhecimentos abrangentes, gerando uma avaliação mais cautelosa, visando proporcionar o prognostico mais favorável possível.

A resistência ao exercício medida no estudo de Liu et al. (2020) através do teste de caminhada de seis minutos foi correlacionada com a Escala de Borg e a avaliação da qualidade de (QV) dos pacientes dos dois grupos antes e depois da intervenção foi avaliada por meio do Short Form-36 (SF-36). A partir disso, demonstrou-se melhorias significativas na capacidade de exercício para a intervenção, melhorando a função pulmonar significativamente. Resultados semelhantes aos de Hockele et al. (2022) onde os pacientes foram avaliados durante o teste de caminhada de seis minutos relacionado a escala de Borg e Tozato et al. (2021) que observou variáveis citadas associadas à escala de Borg com redução em todos os quatro casos avaliados em seu estudo, apresentando melhora prognóstica, independente da gravidade. A conexão do teste de caminhada de seis minutos com outras ferramentas de avaliação contribuiu com a demonstração de resultados positivos.

O estudo de Zampogna et al. (2021) na avaliação final, associou o teste de caminhada de seis minutos com alguns questionários como à Short Physical Performance Battery e à Euro Quality of Life Visual Analogue Scale, avaliando simultaneamente equilíbrio, velocidade e força. Já Sousa et al. (2022) apresentou um relato de caso avaliando seu paciente com o teste de caminhada de seis minutos associado ao One Minute Sit To Stand Test (1-MSTST), e a Short Form Health Survey (SF-12), uma versão abreviada do Short Form (SF-36), utilizado no primeiro estudo apresentado.

Os autores apresentaram diferentes maneiras de utilização e interpretação do teste, as medidas de resistência ao exercício avaliadas pelo teste de caminhada de seis minutos demostraram melhorias significativas após a reabilitação dos pacientes, resultados semelhantes ao estudo de Sahin et al. (2023) que mostra as mudanças na distância do teste de caminhada, na dispneia aos esforços e na fadiga aos esforços antes e depois da reabilitação pulmonar nos grupos de estudo e controle, apresentando aumento da distância do teste de caminhada e diminuição da percepção de dispneia no grupo de estudo. Já no estudo de Hanwg et al. (2022) avaliou-se o teste de caminhada de seis minutos realizado em domicílio, comprovou-se que a capacidade de resposta do teste em casa ou administrado remotamente parece variável. O protocolo de caminhada domiciliar não melhorou a percepção do funcionamento físico dos participantes, a distância percorrida, a qualidade de vida ou a autoeficácia no exercício, mas houve uma melhora no comportamento de autocuidado e no nível de atividade física autorrelatado em comparação com o protocolo de caminhada domiciliar no grupo controle.

Dos estudos analisados, nenhum utilizou o teste de caminhada de seis minutos de maneira isolada, pois a junção dele com outras ferramentas demonstra contribuir positivamente como método de avaliação. Apesar de serem muitas as variáveis que podem alterar os resultados dos testes, as informações obtidas aumentam com relação a confiabilidade e disseminam um maior nível de conhecimento a respeito do paciente avaliado.

Diversos são as etapas que compõem o processo de tomada de decisão em um tratamento de reabilitação, este estudo pode contribuir para a instrução nesse processo, tornando-o mais assertivo e eficaz. O teste de caminhada de seis minutos além de ser utilizado como ferramenta de triagem, auxilia como preditor no desfecho de pacientes acometidos com Covid-19. Em função da indisponibilidade de algumas informações, recomenda-se para futuras pesquisas a incorporação de novos modelos de avaliação.

CONCLUSÃO

Este estudo identificou e analisou artigos relacionados ao efeito do teste de caminhada de seis minutos utilizado no protocolo de avaliação fisioterapêutica de pacientes acometidos com Covid-19.

Mesmo com os diversos comprometimentos cardiorrespiratórios causados ao paciente pela doença, a utilização do teste demonstra variações de progresso na reabilitação fisioterapêutica, o teste utilizado como ferramenta de avaliação ocasiona não somente às respostas fisiológicas do paciente, entretanto as informações geradas são extremamente importantes para um prognóstico favorável.

A revisão revelou que os parâmetros do teste foram avaliados no início e ao final do tratamento, alguns autores relacionaram o modelo a outros testes de avaliação, ocasionado diferentes interpretações, maiores distâncias percorridas pelos pacientes, melhora da dispneia, função dos membros superiores e diminuição na percepção de esforço.

Vale salientar que os resultados obtidos sendo isolados ou não, precisam ser interpretados com cautela devido as inúmeras variantes que podem ser apresentadas pela doença ou pela fisiologia individual de cada paciente. Recomenda-se para novas pesquisas a busca pelo conhecimento de todas essas variáveis, afim de gerar novas descobertas.

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1 Discentes do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Norte – UNINORTE.

2 Professora Especialista em Fisioterapia Neurofuncional do Centro Universitário do Norte – UNINORTE

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