A TRAJETÓRIA DE UM PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO NA INCLUSÃO DE DEFICIENTES MORADORES DA PERIFERIA.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7247931


Matheus Naracci Guedes


Introdução: A inclusão de pessoas com deficiência é uma pauta que parece ter caído no esquecimento, para que isso não se prolongue por mais tempo, trazemos as percepções de um profissional que vive o seu 1° ano como professor na rede pública, e neste caso específico, dentro de uma periferia que está distante da realidade urbana de sua cidade.

Objetivo: O objetivo deste trabalho é o de colaborar para a inclusão dos alunos especiais na realidade acadêmica.

Metodologia: Vídeos, Atividades Adaptadas, provas adaptadas e debates inclusivos (com espaço reservado para os alunos com deficiência expressarem suas opiniões)

Me chamo Matheus, atualmente eu dou aula em duas escolas na “cidade nova” e nenhuma dessas escolas contém rampa de acesso para deficientes físicos, muito menos professores adjuntos para todos os alunos com deficiência, e isso é um reflexo do descaso que o Estado parece ter com essas pessoas e com a própria educação pública.

Tenho alguns alunos deficientes intelectuais, auditivos, assim como também alunos com TDHA, hiperatividade e ansiedade.

Dentre esses alunos eu percebo aqueles que entendem suas deficiências e aqueles que não tiveram a oportunidade de se perceberem assim, e isso porque embora ambas as escolas tenham psicólogos com hora marcada para alunos os pais não tem condições de conseguirem bancar remédios ou até mesmo um acompanhamento mais diário como mais sessões de terapia, espaços de lazer adaptados, escolas específicas para seus filhos entre outras coisas.

A forma como trabalho com esses alunos se dá por trazer vídeos adaptados sobre a matéria abordada, procurar falar mais devagar e escrever o significado das chamadas “palavras difíceis”, além de atividades adaptadas, cadernos de ortografia e provas condizentes com o aprendizado destes alunos.

Resultado: Os alunos já sabem ler e escrever, além de conseguirem se expressar de uma forma mais harmônica com a suas intenções.

Conclusão: Esse relato mostra que é possível inserirmos todos os alunos na mesma realidade e que não só é possível mas extremamente gratificante, isso resume o que é ser professor(a).