A TERAPIA NUTRICIONAL COMO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DO VÍRUSHIV/AIDS EM JOVENS

NUTRITIONAL THERAPY AS TREATMENT AND PREVENTION OF THE HIV/AIDSVIRUS IN YOUNG PEOPLE

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412092301


Dianna Freitas Brito1
Izabela Sandriny Barbosa Sardinha1
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas2
Rosimar Honorato Lobo3


RESUMO

A infecção pelo HIV está ligada a várias mudanças no metabolismo e na composição do corpo, além de causar desnutrição, anemia e deficiências vitamínicas. Dessa forma, há particularidades no diagnóstico e no tratamento que variam conforme o estágio da doença e o contexto em que o paciente se encontra. Este trabalho tem como objetivo fornecer uma base teórica e conceitual sobre a terapia nutricional como abordagem para o tratamento de indivíduos quevivem com HIV/AIDS. O diagnóstico nutricional abrange uma gama de aspectos, habilidades clínicas e conhecimentos específicos relacionados a essa condição: a história clínica e a condição atual do paciente, a avaliação do consumo alimentar, dados antropométricos, análise da composição corporal, exames bioquímicos. A análise no diagnóstico nutricional foi possibilitada para oferecer suporte na identificação de parâmetrosque ajudem a desenvolver um plano de cuidado nutricional. O objetivo é promover, prevenir e reverter as alterações observadas em pessoas que vivem com HIV/AIDS.

Palavras-chave: Terapia Nutricional, Prevenção de Jovens, HIV, Fatores de risco, Aspectos Sociais.

ABSTRACT

HIV infection is associated with several metabolic and body composition changes, in addition to causing malnutrition,anemia and hypovitaminosis. Thus, there are particularities in diagnosis and treatment that vary according to the stage of the disease and the context in which the patient finds himself. This paper aims to present a theoretical and conceptualfoundation on nutritional therapy as nutritional treatment in individuals living with HIV/AIDS. To answer the guiding questions of the research, current scientific evidence was investigated, through academic articles, recent books, protocols, consensuses and guidelines. Nutritional diagnosis encompasses a range of aspects, clinical skills and specificknowledge related to this condition: the patient’s clinical history and current condition, assessment of food intake, anthropometric data, analysis of body composition, biochemical tests. This enabled the analysis of the nutritional diagnosis process in order to offer support, allowing the identification of parameters that enable the elaboration of a nutritional care plan, with the aim of promoting, preventing and reversing the changes observed in people living with HIV/AIDS.

Keywords: Nutritional Therapy, Youth Prevention, HIV, Risk Factors, Social Aspects.

1 INTRODUÇÃO

A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) é a forma avançada da doença resultantede uma imunodeficiência provocada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Esse vírus podeser transmitido por meio de relações sexuais, contato sanguíneo ou de mãe para filho. O HIV se divide em dois tipos: HIV-1, que é o mais patogênico e predominante no mundo, e HIV-2, que é mais comum na África Ocidental e se espalha pela Ásia (Standish, 2010).

A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) representa um sério desafio para a saúde pública, uma vez que o aumento no número de casos globalmente é preocupante. Conforme apontado por Silva e Libonati (2020), ao término de 2010, aproximadamente 62 milhões de pessoas no mundo estavam contaminadas pelo HIV, sendo que 95% dessas viviam em países em desenvolvimento, locais onde os recursos disponíveis eram limitados.

No Brasil, no período de 1980 a junho de 2007, foram notificados 474.273 casos de AIDS, e entre os aspectos da evolução da epidemia, apresenta uma modificação significativa na razão de sexos, que era de 15,1 homens por mulher em 1986 e diminuiu para 1,7 homem por mulher em 2007(Standish, 2010).

Silva et al. (2015) ressaltam que a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) intensifica o ciclo vicioso de ingestão alimentar inadequada, levando à desnutrição, a qual, por sua vez, acelera a progressão da doença. Esse processo enfraquece as células imunológicas do indivíduo, tornando-o mais suscetível a diversos impactos pós-infecção e conduzindo a um prognóstico crítico da enfermidade. Santos et al. (2020) afirmam que a desnutrição agrava ainda mais a imunodeficiência, comprometendo a eficácia dos resultados da terapia medicamentosa.

Nesse contexto, a terapia antirretroviral combinada (TARV), conhecida como terapia antirretroviral potente, começou a ser utilizada a partir da introdução dos inibidores de protease em1996. Essa abordagem tem promovido a supressão contínua da carga viral e a recuperação do sistema imunológico, resultando em uma redução da morbidade e mortalidade, além de aumentar aexpectativa de vida das pessoas infectadas pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). (Lazzarotto, 2007).

No Brasil, aproximadamente 170 mil pessoas utilizam a terapia antirretroviral (TARV), que é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Como resultado, entre 1996 e 2005, houve uma redução significativa nas taxas de mortalidade (de 40 a 70%) e morbidade (de 60 a 80%), prevenindo cerca de 90 mil óbitos no país. No entanto, no cenário

mundial, dos seis milhões de pessoas vivendo com HIV/AIDS que necessitam de terapia antirretroviral, apenas 300 mil têm acesso gratuito. Observa-se que, com o avanço da infecção pelo HIV e o consequente aumento da imunossupressão, a utilização da TARV torna-se essencial para garantir a expectativa de vida dos indivíduos infectados (Standish, 2010).

Nesse contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu que as intervenções nutricionais devem ser incorporadas a todos os programas relacionados ao controle e tratamento dovírus da imunodeficiência humana (HIV). Isso ocorre porque a alimentação e a nutrição podem contribuir para a eficácia da terapia antirretroviral, reduzindo seus efeitos adversos e melhorando aqualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus (Brasil, 2013). Dessa forma, observa-se que a nutrição desempenha um papel fundamental na vida de indivíduos portadores do HIV, já que a realização de intervenções nutricionais focadas na manutenção e progressão adequada do estado nutricional auxilia na melhor absorção de nutrientes, fortalece o sistema imunológico, diminui os sintomas associados e favorece tanto a adesão quanto a eficácia da terapia antirretroviral. Isso resultaem uma promoção de saúde mais efetiva e em uma qualidade de vida superior para esses indivíduos(Tshingani et al., 2017; Fisher, 2019).

O acompanhamento nutricional de pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) envolve três etapas fundamentais: avaliação, intervenção e monitoramento/revisão nutricional. Dado o elevado risco de complicações relacionadas ao estado nutricional, a intervenção deve ser realizada logo após o diagnóstico da infecção, utilizando informações detalhadas obtidas por meio de uma avaliação abrangente. Além disso, é fundamental destacar que tanto o acompanhamento quanto a avaliação nutricional são procedimentos indispensáveis para garantir uma assistência otimizada por parte do nutricionista (Oliveira et al., 2015; Gonçalves, Piccinini, 2015).

Nesse processo de intervenção, a avaliação contínua do estado nutricional desses pacientes é essencial para assegurar cuidados adequados, evitando a piora clínica e a vulnerabilidade a complicações. Uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes contribui para a melhoria da qualidade de vida, buscando a manutenção ou recuperação do estado nutricional (Pinto et al., 2016).

Dado que essas informações são essenciais para direcionar estratégias voltadas ao diagnóstico precoce, bem como para orientar um tratamento nutricional personalizado para indivíduos com fatores de risco, visando a diminuição da incidência e do impacto da desnutrição, a realização deste trabalho se justifica em prol do bem-estar do indivíduo relacionado ao tema em questão.

2.    METODOLOGIA
2.1  Tipo de estudo

Esta pesquisa abrange em uma pesquisa de revisão integrativa de literatura de cunho qualitativo.

A revisão integrativa consolida o conhecimento atual sobre um tema específico, sendo conduzida com o objetivo de identificar, analisar e sintetizar os resultados de estudos independentes que exploram o mesmo assunto (Silveira et al., 2018).

Segundo Guerra (2014, p. 11), na abordagem qualitativa o cientista não se preocupa com “a representatividade numérica nem tampouco com generalizações estatísticas, sendo seu objetivo aprofundar-se na compreensão dos fenômenos que estuda, interpretando-os dentro das perspectivasdos próprios sujeitos que participam da situação”.

2.2  Coletas de dados

Para extrair os dados, a pesquisa será realizada através das palavras- chaves como: HIV, AIDS, Terapia Nutricional, Prevenção, Jovens, Gêneros, Desnutrição, Dietoterápica, Descriminação, Preconceito, Fatores de risco e Aspectos Sociais.

As bases de dados serão consultadas nas plataformas renomadas, como Pubmed, Sciello e Revistas cientificas, para localizar artigos científicos, revisões sistemáticas e reanálises relacionadasao HIV/AIDS. Além disso, serão incluídos relatórios regionais sobre estudo de caso em relação aosjovens.

Os critérios de elegibilidade incluíram a seleção de artigos que abordassem a terapia nutricional e a prevenção do vírus HIV em jovens. Por outro lado, os critérios de exclusão envolveram estudos experimentais e aqueles que não apresentavam correlação com a terapia nutricional ou com o tratamento e a prevenção do vírus HIV em jovens.

Foram excluídas as publicações que não havia correlação com a temática proposta neste projeto, além de estarem fora do período estabelecido para a pesquisa.

2.3  Análise de dados

As análises de dados serão realizadas para comparar resultados entre diferentes estudos e destacar áreas críticas e avanços sobre a prevenção e tratamento do HIV/AIDS.

Com isso, os dados para esta pesquisa foram coletados em diversas plataformas de busca científica e bibliotecas virtuais, como PubMed, Scielo e Google Acadêmico, além de livros acadêmicos. Foram utilizados descritores relacionados a terapia nutricional, HIV, prevenção de jovens, fatores de risco, além de fatores sociais, com o objetivo de maximizar a abrangência

A seleção dos artigos científicos seguiu critérios rigorosos baseados na análise de títulos e resumos, em consonância a temática abordada neste estudo. Os critérios de elegibilidade, foram selecionados artigos que abordasse terapia nutricional, prevenção de vírus HIV, em jovens, já os critérios de inelegibilidade foram estudos experimentais e aqueles que não correlacionavam terapia nutricional ou tratamento e prevenção do vírus HIV em jovens. E depois, foram analisados materiais publicados no período 2007 a 2024, nos idiomas português e inglês, cuja método utilizado foi a revisão bibliográfica com abordagens de revisão de literatura, permitindo assim, desenvolvimento confiável desse estudo.

Com base nisso, será realizada uma leitura minuciosa e criteriosa, enfatizando os estudos que cumprirem os critérios de elegibilidade e que abordarem o objetivo proposto, a fim de apresentar os resultados da pesquisa de maneira objetiva.

Após a análise dos títulos, foram selecionados 158 artigos. Com a leitura dos resumos, aplicando os critérios de elegibilidade, restaram 80 publicações, e em uma próxima etapa, com a leitura completa dos trabalhos, 54 artigos de maior relevância associativa com o tema escolhido foram selecionados para essa revisão, permitindo assim, o foco em estudos que contribuíssem diretamente para o objetivo da pesquisa, garantindo a relevância e qualidade dos dados analisados.Esses resultados podem ser observados no fluxograma a seguir:

Figura 1: Fluxograma do processo de seleção do material a ser estudado.

3.    RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1  Fisiopatologia da Infecção pelo HIV

A infecção pelo HIV possui um amplo espectro de manifestações clínicas, que variam desde a fase inicial aguda até os estágios mais avançados da doença. Em indivíduos que não recebem tratamento, O período médio entre a infecção pelo HIV e o desenvolvimento da doença é estimado em aproximadamente dez anos (Brasil, 2017). O HIV integra seu material genético ao DNA das células hospedeiras-alvo, especialmente dos linfócitos CD4, que desempenham um papel essencial na defesa do sistema imunológico humano. O vírus destrói essas células após realizar uma extensa replicação em seu interior(UNAIDS, 2023).

Destaca-se que o HIV é um retrovírus humano que infecta os linfócitos T auxiliares, os quais possuem o receptor CD4 em sua membrana e desempenham um papel crucial na coordenação da resposta imune. Além disso, esses linfócitos ativam um perfil de produção de citocinas que é utilizado pelo vírus para otimizar sua replicação (Ewald, 2008). Neste mesmo sentindo, Polacow, et al. (2004) destaca que a replicação do vírus resulta na morte das células- alvo, o que provoca imunodeficiência e torna os indivíduos com HIV/AIDS suscetíveis a diversas infecções oportunistas.

O corpo humano reage constantemente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios através do sistema imunológico. Este sistema, altamente complexo, é formado por milhões de células de diferentes tipos e funções, que têm a responsabilidade de garantir a defesa do organismo e manter o corpo protegido contra doenças (Brasil, 2022).

O HIV se adere e penetra nas células T do hospedeiro, liberando seu RNA viral e enzimas no interior da célula. A transcriptase reversa do HIV converte o RNA viral em DNA proviral. Esse DNA proviral então entra no núcleo da célula hospedeira, onde a integrase do HIV facilita sua integração ao DNA do hospedeiro. (Brasil, 2022).

Após a integração, a célula hospedeira começa a produzir RNA e proteínas do HIV. Essas proteínas virais são agrupadas nos vírions e transportadas para a superfície celular. A protease do HIV cliva as proteínas virais, transformando o vírion imaturo em um vírion maduro e infeccioso (Cachay, 2023).

Essas proteínas virais formam vírions na membrana interna da célula hospedeira, que se fundem à superfície celular, levando consigo um invólucro da membrana celular humana modificada. Toda célula hospedeira é capaz de gerar milhares de vírions. Após esse processo, a protease, outra enzima do HIV, cliva as proteínas virais, transformando o vírion imaturo em um vírion maduro e infeccioso (Edward et al., 2019).

3.2  Epidemiologia

A recorrência de HIV entre jovens e adolescentes manifestam as maiores taxas de novas infecções, com a faixa etária de 15 a 24 anos sendo responsável por quase maioria dos novos casos de HIV (Santos et al., 2010).

No Brasil, entre 2010 e 2018, a propagação da infecção por HIV apresentou mudanças significativas em seu perfil epidemiológico, com um aumento de 21% no número de novos casos ao longo de oito anos, conforme dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS de 2018. Além disso, o Boletim Epidemiológico de 2015 do Ministério da Saúde (MS) indicou um aumento de 41% no número de jovens de 20 a 24 anos diagnosticados com HIV nos últimos dez anos (Moreira, 2019).

No contexto brasileiro, entre 1981 e junho de 2017, foram notificados 882.810 casos de AIDS, sendo que 52,3% desses casos originaram-se na região Sudeste. Nos últimos cinco anos, tem sido registrado uma média anual de 40 mil novos casos de AIDS. (Brasil, 2017).

Diante dessa realidade, desde 1985, o Ministério da Saúde implementou o Programa Nacional de DST/AIDS, com o objetivo de oferecer assistência integral às pessoas afetadas por essas infecções, além de promover ações de saúde para reduzir a incidência dessas doenças (Brasil,2015).

Todavia, ainda que reconhecidamente o Brasil tenha alcançado muitos avanços no combateao HIV/AIDS, percebem-se lacunas no que é preconizado pelas 12 políticas de saúde e assistência prestada às pessoas com HIV/AIDS, em como baixa resolutividade no tocante a estratégias de prevenção, dado o número significativo de infecção por via sexual, sobretudo em adultos jovens, compreendidos na faixa etária de 20 e 24 anos de idade. (Sacramento, 2016; Brasil, 2015).

De acordo com Moyer (2015), é amplamente reconhecido que a alta taxa de mutação do vírus da imunodeficiência humana (HIV) confere um grande potencial para alterações nas taxas de replicação viral. Por essa razão, fora do período de latência, o vírus se replica de forma intensa no intervalo entre o surgimento dos sinais clínicos e a morte do indivíduo.

3.3  Prevenção

É sabido que a prevenção do HIV é uma questão de saúde pública de suma importância, dada a magnitude do impacto desta doença sobre milhões de pessoas ao redor do mundo. Nesse sentido, Farmer (1996) destaca que as modernas terapias antirretrovirais, quando acompanhadas deuma informação abrangente, democrática e contínua para toda a sociedade, bem como de serviços de saúde preparados, equipados e igualmente acessíveis a todos os cidadãos, têm o potencial de melhorar significativamente o controle da infecção pelo HIV.

Os novos infectados têm conseguido conviver com a soropositividade sem que isso prejudique os aspectos mais essenciais de seus projetos e estilos de vida. Grande maioria da geração atual está vivendo a adolescência com o HIV. Crianças brincam e estudam como seus pares, e mulheres e homens vivendo com AIDS têm conseguido, com cada vez mais segurança, exercer a paternidade e a maternidade (Farmer et al., 1996; Parker, Camargo Jr., 2000).

Além disso existem as principais estratégias de prevenção, destaca-se o uso de preservativos, que serve como uma barreira eficaz contra a transmissão do vírus durante relações sexuais. A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) tem se mostrado uma alternativa valiosa para indivíduos em situação de alto risco, permitindo que estes utilizem medicamentos que diminuem significativamente as chances de infecção. Se, por um lado, esse fato representa uma grande conquista no controle da epidemia, tanto do ponto de vista da assistência quanto da prevenção, como foi destacado, por outro lado, significa que as oportunidades de transmissão do HIV por meio de relações sexuais, uso de substâncias injetáveis, gestação e transfusão de hemoderivados podem aumentar proporcionalmente (Ayres, 2002).

Portanto, embora o controle da epidemia do HIV atualmente dependa, em grande parte, daeficácia dos antirretrovirais e de uma assistência à saúde de qualidade, é impossível negar que esse controle também depende essencialmente da construção de uma cultura preventiva mais universalizada, sustentável, plural e versátil para toda a sociedade (Farmer et al., 1996; Parker, Camargo Jr., 2000).

3.4  Diagnóstico

O diagnóstico de HIV é um passo fundamental para o controle da epidemia e exige uma combinação de exames laboratoriais convencionais com aqueles que utilizam novas tecnologias, como os testes rápidos (TR) point-of-care, para expandir a cobertura, melhorar o acesso e gerar um impacto positivo na gestão do cuidado das pessoas vivendo com HIV (Puren et al., 2019). O autor ainda destaca que para que se mantenha o papel central do diagnóstico de HIV em programas de aids/IST, são necessários monitoramento periódico e otimização com garantia de qualidade, a fim de que sejam informados ajustes ou alinhamentos para o controle da epidemia.

Os métodos de diagnóstico da infecção pelo HIV são classificados em dois grupos: métodos diretos e métodos indiretos. Klimas (2008), os métodos diretos visam evidenciar a presença da partícula viral ou de seus componentes. Neste grupo, incluem-se os métodos de isolamento e cultura viral, a detecção do antígeno p24 (Ag p24) e a detecção do genoma viral (RNA e DNA) por RT-PCR e PCR, respectivamente.

Klimas (2008), descreve que nos métodos indiretos põe-se em evidência a presença de anticorpos específicos para antigénios virais; deste grupo fazem parte os testes de rastreio e de confirmação Como os anticorpos apenas são detectáveis a partir da soro conversão, que ocorre na fase assintomática da infecção, para fazer o diagnóstico de um indivíduo que se encontre na fase aguda da infecção teremos de usar os métodos diretos.

Klimas (2008) destaca que a forma mais comum e eficaz de proceder ao isolamento e cultura do HIV baseia-se no método de co-cultura. Neste método, as células mononucleadas do sangue periférico (CMSP: linfócitos e monócitos) do paciente, previamente separadas por centrifugação em gradiente de Ficoll, são co-cultivadas com as CMSP de doadores não infectados, que foram previamente estimuladas com um agente mitogênico. A cultura é considerada positiva quando ocorre a formação de sincícios, ou seja, células gigantes e multinucleares resultantes da fusão de várias células CD4+ não infectadas com uma única célula CD4+ infectada, ou pela detecção, no sobrenadante da cultura, da presença da transcriptase reversa ou do antígeno, eventos que indicam a replicação viral. Outras células expressam que os receptores de quimiocinas e o CD4 podem ser alvo de infecção, afetando não apenas as células T CD4 em repouso, mas também monócitos, macrófagos e células dendríticas. Além disso, a infecção pode envolver células adicionais, como astrócitos e células epiteliais renais. (Chen et al., 2011).

O diagnóstico precoce da infecção primária pelo HIV é fundamental para que os pacientes, especialmente os jovens, possam ser rapidamente encaminhados e acompanhados em centros de referência especializados, considerando os indiscutíveis benefícios do tratamento e da prevenção.

Dessa forma, não apenas os profissionais de saúde terão a oportunidade de determinar o momento ideal para iniciar o tratamento antirretroviral, mas o paciente também poderá acessar precocemente os cuidados e tratamentos adequados contra o vírus (Cassana, 2012).

Pereira et al., (2014) acrescentam como uma das principais causas da infecção pelo HIV emjovens a prática sexual desprotegida ou uso descontinuado do preservativo, seja com parceiro estávelou eventual. Almeida et al., (2014) alegam que os motivos que levam os jovens a terem práticas sexuais desprotegidas são multifatoriais e estão relacionadas a contextos socioculturais.

Com isso, Sousa e Junior (2016) destacam que o tratamento das doenças oportunistas visa apenas curar a doença presente no momento, não prevenindo, portanto, novas infecções ou reinfecções futuras. Sendo assim, o acompanhamento médico de pacientes com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) é essencial para diagnosticar e tratar rapidamente essas infecções, além de garantir que a contagem de células T-CD4+ permaneça dentro dos parâmetros desejados.

Também é necessário realizar o exame parasitológico de fezes de forma regular para monitorar possíveis infecções.

3.5  Recomendação de nutrientes para pacientes com HIV/AIDS.

Não há evidências na literatura sobre o aumento do gasto energético em pacientes com HIV/AIDS contudo um estudo demonstrou aumento de 25% na GEB de pacientes com Aids estáveis e, aumento de 29% na GEB em pacientes com Aids associada a Infecções secundárias, na maioria das vezes, resultam em anorexia e aumento da GEB (Gasto Energético Basal), o que leva àperda de peso e diminuição da ingestão dietética. Essa condição de hipermetabolismo pode elevar o metabolismo basal em até 20% a 30% das necessidades energéticas (Coppini, 2009).

Estudos que avaliaram o balanço nitrogenado com isótopos marcados demonstraram um balanço nitrogenado positivo em pacientes com HIV sintomáticos que ingeriram entre 1,2 g/kg e 1,8 g/kg de proteína por dia, pois a proteína é essencial para o bom funcionamento do organismo, proporcionando benefícios como defesa imunológica, manutenção da massa muscular e renovação tecidual. Quanto às recomendações de vitaminas e minerais para pacientes com HIV/AIDS, há orientações específicas sobre o assunto (Barsch, 2003).

Alguns estudos demonstraram que os níveis plasmáticos de vitamina A, E, B12, zinco e selênio estão reduzidos em pacientes com HIV. Esses déficits foram correlacionados com a ingestão dietética e associados a alterações significativas na resposta imunológica, como a diminuição da eficácia das células T e a redução da produção de citocinas, comprometendo a defesa do organismo CD4, progressão da doença e problemas neuropsiquiátricos (Coppini, 2009).

Como complicações relacionadas à doença podem ocorrer em pacientes não tratados, mesmo com contagens elevadas de CD4, e considerando o desenvolvimento de antirretrovirais menos tóxicos, atualmente recomenda-se a terapia antirretroviral (TARV) para todos os pacientes. Os benefícios da TARV superam os riscos em todos os grupos de pacientes e cenários cuidadosamente analisados (Günthard, 2014).

Todo portador de HIV deve ser avaliado de forma integral para determinar seu estado nutricional, levando em consideração o estágio da doença. Uma abordagem dietética voltada para a manutenção do estado nutricional deve utilizar a dietoterapia para melhorar a absorção de nutrientes e promover a tolerância à medicação (Maria, 2012).

A triagem nutricional é uma avaliação sistemática que tem como objetivo identificar características que possam estar associadas à deterioração do estado nutricional do paciente. nutricional (Kamimura et al., 2014). As necessidades energéticas variam de acordo com a apresentação da doença e com o estado do portador em relação à infeção, ou seja, se este é assintomático ou sintomático (Paula et al., 2010; Polo, Gomes-Candela et al., 2007).

Em relação a alimentação, Canini (2004) destaca que alimentação equilibrada auxilia na melhoria do sistema imunológico, de acordo com American Dietetic Association. A adoção de umanutrição adequada para os pacientes com HIV tem sido recomendada devido a implicações nutricionais na evolução da infecção pelo vírus, assim a desnutrição diminui a atividade do sistemaimunológico, afetando a razão entre os marcadores imunológicos CD4 e CD8.

De acordo com as DRIs (Ingestão Diária de Referência), existem necessidades especiais de micronutrientes como as vitaminas A, B, C, E, selênio e zinco, cujos níveis não devem ser inferiores a 100% das recomendações (Coppini; Jesus, et al., 2011).

De maneira geral, garantir a ingestão de micronutrientes conforme as DRIs, estimulando uma dieta saudável, é essencial. No entanto, a ingestão de micronutrientes de acordo com as DRIs pode não ser suficiente para corrigir as deficiências nutricionais já existentes em alguns portadoresde HIV (Polo;).Gomes et al., 2007).

Nos indivíduos infectados pelo HIV, a promoção de uma alimentação saudável e equilibrada, com uma variedade adequada de alimentos, é fundamental para garantir uma boa nutrição e auxiliar no fortalecimento do sistema imunológico. Além disso, é frequentemente necessário o uso de suplementos de micronutrientes, como vitamina A, ferro, zinco e outros, para corrigir possíveis deficiências que possam surgir devido às alterações no metabolismo causadas pela infecção ou pelo tratamento antirretroviral. A deficiência de micronutrientes pode comprometer a função imunológica e agravar o quadro clínico, tornando os suplementos uma importante ferramenta no manejo nutricional desses pacientes. Assim, a adequação nutricional e a suplementação correta são essenciais para promover a saúde e prevenir complicações associadas ao HIV. (Forrester; Sztam et al., 2011).

No entanto, determinados suplementos, como vitaminas A, E, C e B6, além dos minerais zinco, selênio e cálcio, podem ser tóxicos quando administrados em doses elevadas, o que pode resultar em um aumento da mortalidade (Dutra; Libonati et al., 2008).

Portanto, é necessário monitorar as mudanças no padrão corporal dos portadores de HIV. Segundo Santana et al. (2019), as doenças oportunistas são infecções que afetam o organismo humano devido a falhas no sistema imunológico. Este sistema é responsável por liberar as células de defesa que combatem antígenos. Essas células desempenham a função de destruir corpos estranhos que invadem o corpo, ou seja, que não pertencem ao organismo, e precisam ser expelidosdo local em que se encontram.

O acompanhamento nutricional em pacientes com HIV/AIDS desempenha um papel crucial, pois possibilita a identificação precoce de alterações no estado nutricional e a implementação de intervenções adequadas para otimizar a saúde do paciente. Esse monitoramento é particularmente importante devido às especificidades do HIV, que podem impactar a absorção de nutrientes e levar ao desenvolvimento de doenças oportunistas. A perda de peso significativa é um fator que agrava o quadro clínico e aumenta as chances de complicações graves, tornando o controle nutricional ainda mais essencial para prevenir desnutrição e melhorar a resposta ao tratamento. Dessa forma, o acompanhamento nutricional adequado contribui diretamente para a qualidade de vida do paciente, melhorando sua resistência ao vírus e minimizando os riscos associados às complicações do HIV/AIDS. (Rodrigues et al., 2013).

A abordagem nutricional é fundamental no tratamento desses pacientes, pois a adoção de uma alimentação equilibrada é crucial para o controle do peso e para garantir que os parâmetros bioquímicos se mantenham dentro dos valores ideais. (Silva et al., 2012).

Além disso, a intervenção nutricional pode melhorar a resposta ao tratamento, contribuindo para a redução do quadro de desnutrição ou excesso de peso, promovendo uma melhora na qualidade de vida dos pacientes e minimizando os efeitos colaterais associados (Dutra et al.,2011). A tabela 1 apresenta alguns resultados que demonstram como terapia nutricional pode ter essa relação positivano tratamento e prevenção do vírus HIV em jovens.

Tabela 1 – Síntese dos estudos analisados sobre a terapia nutricionalmo tratamento e prevenção do vírus HIV/AIDS em jovens.

ReferênciaTerapiaBenefícios
Oliveira et al. (2015)Avaliação,      e      o seguimento nutricionalProcedimentos essenciais para que haja uma ótima prestação de cuidados alimentar adequado para ospacientes.
Lazzarotto (2007)Terapia    antirretroviralDiminui a morbidade e a mortalidade                     e, aumentando a expectativa de vida dos indivíduos infectados pelo HIV.
Kamimura et al. (2014)AntropometriaAvalia o estado nutricional do paciente e monitora ganho ou perda de peso ao longo do tempo
Forrester et al.(2011)Suplementos de micronutrientes (Vitamina A, ferro, zinco)Ajudam                             colmatar eventuais défices de micronutrientes                e evitando deficiências de nutrientes  no  sistema imunológico.
Coppini (2009)Ingestão de proteínaDefesa imunológica, manutenção da massa muscular além progressão de                          problemas neuropsiquiátricos.
Polo; Gomes et al. (2007)Ingerir gorduras insaturadas provenientes do azeite, óleo de sojae nozesAumento de HDL, facilita a absorção das vitaminas lipossolúveis (vitamina A, D, E, K) pelo organismo.
Silva et al. (2012)Intervenção nutricionalPrevenir ou minimizar as alteraçõesmetabólicas.
Agostini et al. (2023)Suplementação Vitamina DPrevenção à saúde muscular, óssea eneural.

Os resultados apresentados neste estudo oferecem uma perspectiva sobre a terapia nutricional no contexto do diagnóstico e tratamento do HIV em jovens. A detecção precisa dessa infecção viral é crucial. No estudo de Oliveira (2015), destaca-se a importância da avaliação que deve ocorrer imediatamente após o diagnóstico de infecção pelo vírus, para garantir uma prestação de cuidados eficaz por parte do nutricionista, facilitando o acesso a tratamentos adequados.

De acordo com Lazzarotto (2007), a terapia antirretroviral prolonga a vida das pessoas quevivem com HIV/AIDS, uma vez que os medicamentos impedem a replicação viral do HIV. Isso resulta em um aumento no número de linfócitos CD4+, que são células de defesa do organismo responsáveis por combater os antígenos causadores das diversas doenças oportunistas, diminuindo assim o risco de infecções. Além disso, essa terapia reduz a chance de transmissão do vírus.

Nesta perspectiva, é importante a utilização da antropometria para pacientes jovens portadores do vírus de HIV, como base para analise nutricional desses pacientes. A triagem nutricional para pacientes jovens portadores do HIV serve como base para a análise nutricional desses indivíduos. Ela consiste em uma avaliação sistemática com o objetivo de identificar características que possam estar associadas ou refletir a deterioração do estado nutricional (Kamimura et al.2014), possibilitando que os profissionais responsáveis pelo cuidado nutricional acompanhem rigorosamente esses pacientes, evitando complicações, aumento da morbimortalidade, e possibilite a busca por estratégias para prevenir ou recuperar o estado nutricional dos portadores do vírus HIV,uma vez que a desnutrição nesse público aumenta o risco de evolução para a fase mais avançada dainfecção causada pelo vírus HIV.

Forrester et al.(2011), enfatiza a importância do uso de suplementos de micronutriente, como, por exemplo, de vitamina A, ferro, zinco, entre outros, para colmatar eventuais défices de micronutrientes, recomenda-se uma dose diária superior à recomendada para ultrapassar múltiplas deficiências de nutrientes, também nos indivíduos infectados é incentivada a prática de uma alimentação saudável e variada, tais suplementos ajudam colmatar eventuais défices de micronutrientes e evitando deficiências de nutrientes no sistema imunológico.

Nesta mesma perspectiva nutricional Coppini (2009) destaca a importância do consumo de proteínas, além de ajudar na defesa imunológica, manutenção da massa muscular e progressão de problemas neuropsiquiátricos, elas mantêm os órgãos internos em bom estado. O autor ainda destacaque a necessidade proteica para portadores na fase assintomática deve ser de 1,2 g/kg de peso atual/dia. Para portadores do HIV na fase sintomática, a necessidade proteica é aumentada para 1,5 g/kg de peso corporal atual por dia. (Coppini et al., 2011).

Além disso, as necessidades nutricionais devem envolver a modificação do tipo de gorduraconsumida, especialmente em indivíduos que apresentam níveis elevados de colesterol e triglicerídeos. (Polo; Gomes et al., 2007). Deste modo devem ser preferidas as gorduras insaturadas(poli saturadas e monoinsaturadas) provenientes do azeite, óleo de soja e nozes, pois esse tipo de nutrição para portadores, ajudam o aumento de HDL, estimulando uma dieta saudável.

Relacionando todos os métodos de terapia nutricional para jovens portadores do vírus no contexto do HIV, podemos destacar a intervenção nutricional, que é essencial para pessoas vivendo com o vírus, pois pode melhorar os desfechos clínicos, reduzir complicações associadas à doença, atenuar a progressão da enfermidade, melhorar a qualidade de vida e reduzir a mortalidade relacionada ao HIV, Silva et al. (2012) Destaca-se que a intervenção nutricional é uma ferramenta essencial no tratamento desses pacientes, pois hábitos alimentares saudáveis são fundamentais para o controle do peso e para a manutenção dos parâmetros bioquímicos dentro dos níveis adequados.

Portanto a intervenção nutricional é uma etapa crucial pós diagnóstico, pois além de promover a qualidade vida dos indivíduos, pode minimizar os sintomas do HIV e prevenir infecções,minimizando os efeitos da terapia antirretroviral e manter a composição corpórea. Outro micronutriente necessário à qualidade de vida de saúde, é a suplementação de vitamina D, pois com uma ingestão adequada há possibilidade de manter os níveis adequados desse micronutriente visando a prevenção à saúde muscular, óssea e neural (Agostini et al., 2023).

4.  CONCLUSÃO

Conclui-se que é de extrema importância alinhar o método de prevenção com a terapia nutricional como forma de tratamento do HIV, especialmente entre a população-alvo. É possível concluir, ainda, que o profissional poderá realizará uma avaliação detalhada do perfil nutricional dopaciente, estabelecendo e priorizando intervenções dietéticas adequadas por meio de metas individualizadas.

A prevenção e o tratamento da desnutrição e de seus distúrbios devem ser fundamentadosem três pilares: avaliação, orientação e intervenção nutricional. A complexidade da avaliação, o tipo de orientação fornecida e o nível de intervenção devem ser ajustados de acordo com o estágio da doença do paciente.

Dessa maneira, é evidente que as recomendações nutricionais precisam ser adaptadas a diversos fatores, como o estado clínico, as necessidades individuais e a evolução da doença.

Os pacientes precisam de uma dieta que forneça todos os nutrientes essenciais para atender às suas necessidades nutricionais aumentadas, contribuindo não apenas para a prevenção oumanutenção do peso, mas também para o combate à infecção e para o desenvolvimento ou preservação da massa muscular.

REFERÊNCIAS

AGOSTINI, D.; GERVASI, M; et al. Uma abordagem integrada para a saúde do músculo esquelético no envelhecimento. Nutrientes 2023.

ALMEIDA, S. A.de; et al., Concepção de jovens sobre o HIV/ aids e o uso de preservativos nas relações sexuais. Rev. Gaúcha Enfermagem, João Pessoa, v. 35, n. 1, p.39-46, mar., 2014. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/37074/28908. Acesso em: 29 set. 2024.

AYRES, J.R.C.M. Educational practices and the prevention of HIV/Aids: lessons learned and current challenges, Interface _ Comunic, Saúde, Educ, v.6, n.11, p.11-24, 2002.

BAKHTIN, M.M. Estética da criação verbal. 5. ed. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2010. Disponível em: : http:// Vista do O ensino da leitura e da escrita: desafios do PNAIC | Revista Contemporânea de Educação (ufrj.br). Acesso em 22/08/2024.

BARSCH G, Muurahainen N. Protein intake is positively associated with body cell mass in weight-stable HIV infected men. J Nutr 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo clínico e Diretrizes terapêuticas para adultos vivendo com HIV/AIDS. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

                           . Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos. Brasília: MS, 2015.

                               . Ministério da saúde, Departamento de Vigilância, prevenção e controle das infecções sexualmente transmissíveis, do HIV/AIDS e das hepatites virais. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos. Brasília, 2017. Disponível em: aids.gov.br/pt-br/pub/2013/protocolo- clinico-e-diretrizes terapeuticas-para-manejo-da-infeccao-pelo-hiv-em-adultos. Acesso em: 22 de set. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico AIDS e DST. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo clínico e Diretrizes terapêuticas para adultos vivendo com HIV/AIDS. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Relatório de monitoramento clínico do HIV. Brasília: Ministério da Saúde; 2019.Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2019/relatorio-de-monitoramento-clinico-do-hiv-2019. Acesso em 18/07/2024.

BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde. Centro de referência e treinamento dst/aids SP.Carga viral indetectável torna infecção por HIV intransmissível, 2017. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/centro-de-referencia- e-treinamento-dstaids sp/homepage/destaques/carga-viral-indetectavel-torna-infeccao-por-hiv-intransmissivel. Acesso em: 22 de set. 2024.

BEYRER, C. et al. Global epidemiology of HIV infection in men who have sex with men. The Lancet, v. 380,

n. 9839, p. 367-377, 2012.

CACHAY, E. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Manual MSD. MAS, University of California, San Diego School of Medicine, 2023.Disponivel em: Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) – Doenças infecciosas – Manuais MSD edição para profissionais (msdmanuals.com). Acesso em: 30/08/2024.

CANINI, S.R.Qualidade de vida de indivíduos com HIV/AIDS: uma revisão de literatura.Revista Latino- Americana de Enfermagem 12 (2004): 940-945.

CASSANA, A. A infecção por HIV -importância das fases iniciais e do diagnóstico precoce. Revista Academica deLisboa: Unidade dos Retrovírus e Infecções Associadas-Centro de Patogénese Molecular. Lisboa, 2012.Disponívelem:www.academia.edu/39318216/A_infecção_por_HIV_importância_das_fases_iniciais_e_do

_diagnósticoprecoce. Acesso em 03/10/2024.

CHEN P., CHEN B.K., MOSOIAN A., et al. Virological synapses allow HIV-1: uptake and gene expression in renaltubular epithelial cells. J Am Soc Nephrol 2011; 22: 496 507.

COPPINI, L, ZUOLO et al. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). Nutrição oral, enteral e parenteral naprática clínica/v. 2. Tradução. São Paulo: Atheneu, 2009.

DUTRA CBT, et al. Avaliação do consumo alimentar em pacientes HIV positivos com Lipodistrofia. Revista Ciência & Saúde, Porto Alegre, p. 59-65, 2011. Disponível em: file:///C:/Users/maria/Downloads/9483- Texto%20do

%20artigo-37391-1-10-20111215%20(1).pdf. Acesso em: 09 de set. de 2024.

DUTRA, C.; R. Libonati. Abordagem metabólica e nutricional da lipodistrofia em uso da terapia anti- retroviral. Revista de Nutrição, Campinas, v. 21, n. 4, p. 439-446, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415                                                                                                 52732008000400008&lng=en&nrm=ipt. Acesso em: 21 de set. 2024.

EWALD, P. A. Fenomenologia e existencialismo: articulando nexos, costurando sentidos. Estudos e Pesquisa em Psicologia, 2008.

EDWARD R., et al. Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Manual MSD, versão saúde para a família, 2019. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec. Acesso em: 26 de set. de 2024.

FARMER, P. Social inequalities and emerging infectious diseases. Emergent Infectious Diseases, 1996.

FERREIRA, M. G. História da homossexualidade ligada à transmissão de HIV/AIDS: abordagem na escola pelo filme Filadélfia de Jonathan Demme. Revista Discente Ofícios de Clio, Pelotas, 2019.

FORRESTER, J.; K. A. SZTAM. Micronutrients in HIV/AIDS: is there evidence to change the WHO 2003 recommendations. The American Journal of Clinical Nutrition, v. 94, n. 1, p. 1863-1869, 2011. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3226021/. Acesso em: 20 de set. de 2024.

GUERRA, E.L. de A. Manual de Pesquisa qualitativa. Grupo Ânima Educação. Belo Horizonte, 2014. Disponível em: http://disciplinas.nucleoead.com.br/pdf/anima_tcc/gerais/manuais/manual_quali.pdf. Acesso em: 16 set. 2024.

GÜNTHARD HF, JACOBSEN DM, VOLBERDING PA: International Antiviral Society-USA Panel. Antiretroviraltreatment of adult HIV infection: 2014 recommendations of the International Antiviral Society- USA Panel. JAMA. 2014 Jul 23-30;312(4):410-25. doi: 10.1001/jama.2014.8722. PMID: 25038359.

KAMIMURA MA, et al. Avaliação nutricional. In: Cuppari L. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar: nutrição clínica do adulto. Barueri, São Paulo, v. 3, p. 71-109, 2014. Disponível em: http://books.scielo.org/id/ddxwv/pdf/sampaio-9788523218744.pdf. Acesso em: 12 de set. de 2024.

KLIMAS N, et al. Cardiopulmonary and CD4 changes in response to exercise training in early symptomatic HIVinfection. Med Sci Sports Exerc, 2008.

LAZZAROTTO, A. O treinamento concorrente com séries simples nos parâmetros imunológico, virológico, cardiorrespiratório e muscular de indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2007.

LENZI TL, Guglielmi CAB, Arana-Chavez VE, Raggio DP. Microscopy and Microanalysis, 2013.

MARIA R, et al. Alterações lipídicas em pacientes HIV/AIDS em uso de terapia antirretroviral. Faculdade Atenas, Minas Gerais, 2012. Disponível em: AIDS_importancia_do_acompanhamento_nutricional_na

prevenção.pdf. Acesso em: 28 de set.2024.

MOYER, E. The Anthropology of after AIDS: epistemological continuities in the age of antiretroviral treatment”.Annual Review of Anthropology, 2015. Acesso em 20/07/2024.

PARKER, R.; CAMARGO JÚNIOR, K. R. Pobreza e HIV/AIDS: aspectos antropológicos e sociológicos. Cad. Saúde Pública, v.16, supl.1, p.89-102, 2000.

OLIVEIRA, E. C., LEITE, J. L. A gerência do cuidado à mulher idosa com HIV/AIDS em um serviço de doençasinfecto-parasitárias. Saúde Rev. 2015.

PEREIRA, B. de S.; et al., Fatores associados à infecção pelo HIV/AIDS entre adolescentes e adultos jovens: matriculados em Centro de Testagem e Aconselhamento no Estado da Bahia, Brasil. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, vol. 19, n. 3, p. 747-758, out., 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v19n3/1413-8123- csc-19-03-00747.pdf. Acesso em: 18 de set. 2024.

PINTO A, et al. Estado nutricional e alterações gastrointestinais de pacientes hospitalizados com HIV/AIDS no Hospital Universitário João de Barros Barreto em Belém, Estado do Pará, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, v.             7,              n.             4,     p.                    47-52,                                       2016.      Disponível             em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176     62232016000400006&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 28 de set. de 2024.

POLACOW, M.; ZAINA, et al. HIV e AIDS: Fisiopatologia. Portal Educação, São p. 1, 2004. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/hiv-e-aids fisiopatologia/28687. Acesso em: 26 deset. de 2024.

POLO R.; C. GOMES, et al. Recommendations from SPNS/GEAM/SENBA/SENPE/AEDN/SEDCA/GESIDA on nutrition in the HIV- infected patient. Nutrição Hospitalar, v. 22, n. 2, p. 229-243, 2007. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17416041/. Acesso em: 23 de set. de 2024.

PUREN A., KALOU MB, ROTTINGHAUS E., et al. Diagnosis of human immunodeficiency virus infection. Clin Microbiol Rev. 2019; 32(1): e00064-18. https://doi.org/10.1128/CMR.00064-18. Acesso em: 18 de set. 2024.

RIBEIRÃO PRETO. Dados Epidemiológicos HIV/AIDS. Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto – Divisão VigilânciaEpidemiológica, 2017.

RODRIGUES EC, et al. Avaliação do perfil nutricional e alimentar de portadores do HIV. Revista Paraense de Medicina, v. 27, n. 4, 37-46, 2013. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0101- 5907/2013/v27n4/a4075.pdf. Acesso em: 23 de set. de 2024.

SACRAMENTO, O. Indivíduos, estruturas e riscos: panorâmica da prevenção primária do HIV em Portugal. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 32, n. 6, e00129715, 2016.

SANTOS NJS, et al. A aids no Estado de São Paulo: as mudanças no perfil da epidemia e perspectivas da vigilância epidemiológica. Revista Brasileira de Epidemiologia, vol. 5, no. 3, p. 286–310, 2002.

SANTANA JC, et al. Principais doenças oportunistas em indivíduos com a HIV. Revista Multidisciplinar, v. 16, n.13, p. 405-422, 2019.

SILVA, A. F. C., & CUETO, M. HIV/Aids, os estigmas e a história. Hist. cienc. Saúde. Rio de Janeiro, 2018.

SILVA VS, et al. Alterações Nutricionais em Pacientes associados ao HIV/AIDS de uma Unidade de Referência doMunicípio de Belém – Pará. Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, v. 24, n. 4,

p. 233-238, 2012. Disponível em: http://cpa.sites.uff.br/wp-content/uploads/sites/303/2018/02/r24-4-2012- 3Alteracoes-Nutricionais-em- Pacientes-HIV.pdf

Acesso em: 29 de agosto de 2024.

SILVEIRA, A. G., et al. Revisão integrativa da literatura: assistência de enfermagem a pessoa com HIV. Brasília,2018.

SILVA, T., LIBONATI, R. Ângulo de fase e indicadores do estado nutricional em pessoa vivendo com HIV/Aids

com síndrome lipodistrófica secundária à terapia antirretroviral. Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, 2020.

SOUSA, A. C. A., SUASSUNA, D. S. B., & COSTA, S. M. L.Perfil clínico-epidemiológico de idosos com Aids. DST.. Obras Doenças Sex Transm, 2016. Acesso em 08/08/2024.

SOUSA, A. I. A., JUNIOR, V. L. P. Carga viral comunitária do HIV no Brasil, 2007-2011: potencial impacto da terapia antirretroviral (HAART) na redução de novas infecções. Rev. bras. Epidemiológica, 2016.

STANDISH LJ, GREENE KB, BAIN S, REEVES C, SANDERS F, WINES RC, ET al. Alternative medicine

use in HIV-positive men and women: demographics, utilization patterns and health status. AIDS Care, 2010.

TSHINGANI, K., et al. Impact of Moringa a lei fera l am. Leaf power supplementation versus nutritional counseling on the body mass in dex and immune response of HIV patients on antiretroviral therapy: a single- blind randomized control trial. BMC complementary and alternative medicine, 2017.

UNAIDS. Global AIDS Update. Geneva: UNAIDS, 2023. Disponível em: https://www.unaids.org>. Acesso em: 24 maio 2024.

VALLE, C. G. Memórias, histórias e linguagens da dor e da luta no ativismo brasileiro de HIV/Aids. Salud Soc. Rio de Janeiro, 2018.

VERISSIMO, G. A. Nutrição e Imunodepimidos. Heart. Rev, Curitiba, 2020


1 Graduandas do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: diannafreitas02@gmail.com, izabelasandriny@gmail.com

2 Orientadora de TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do curso deBacharelado em Nutrição do Centro Universitário Fametro.E-mail:francisca.freitas@fametro.edu.br

3 Co-orientadora do TCC, Especialista em Psicopedagogia pela Estácio. Docente do Curso de Bacharelado em Nutriçãodo Centro Universitário FAMETRO. E-mail: rosimar.lobo@fametro.edu.br