A SÍNDROME DE BURNOUT EM TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DA UTI PÓS PANDEMIA DE COVID-19

BURNOUT SYNDROME IN ICU NURSING WORKERS POST-COVID-19 PANDEMIC

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202506061322


Patrícia Daniela Sampaio Costa Araújo1
Giselia da Silva Souza2
Stefanie de Sousa Toledo3
Joel Levi Ferreira Franco4


RESUMO  

Os enfermeiros das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) enfrentaram níveis de estresse extremo, físico e mental, devido à sobrecarga de trabalho, falta de recursos e decisões difíceis. Mesmo após o pico da crise, a COVID-19 ainda é considerada um problema de saúde pública e os profissionais continuam lidando com os efeitos expressivos e consequências psicológicas, prejudicando sua saúde mental e comprometendo a qualidade do atendimento. O objetivo desse estudo foi identificar ações e medidas de prevenção que estão sendo implementadas para mitigar os efeitos da SB. Trata-se de uma revisão de literatura, de caráter descritivo e abordagem qualitativa. Os achados puderam fornecer uma visão geral sobre a Síndrome de Burnout em enfermeiros da UTI pós pandemia, oferecendo informações valiosas para a formulação de intervenções que visem a melhoria das condições de trabalho e a preservação da saúde mental desses profissionais essenciais.  

Palavras-chave: Assistência de Enfermagem. Covid-19. Saúde Mental. Síndrome de Burnout.  

ABSTRACT  

Intensive Care Unit (ICU) nurses have faced extreme levels of physical and mental stress due to work overload, lack of resources, and difficult decisions. Even after the peak of the crisis, COVID-19 is still considered a public health problem, and professionals continue to deal with the significant effects and psychological consequences, harming their mental health and compromising the quality of care. The objective of this study was to examine the impact and consequences of Burnout Syndrome in ICU nurses after the COVID-19 pandemic, as well as to outline the consequences of this Syndrome for the mental health of ICU nurses and identify preventive and coping actions and measures to mitigate its effects and promote the improvement of the mental health of nursing professionals. This is a descriptive literature review with a qualitative approach. The findings were able to provide an overview of Burnout Syndrome in ICU nurses after the pandemic, offering valuable information for the formulation of interventions aimed at improving working conditions and preserving the mental health of these essential professionals.  

Keywords: Nursing Care. COVID-19. Mental Health. Burnout Syndrome.  

1. INTRODUÇÃO  

O tema desse estudo aborda os aspectos da Síndrome de Burnout em trabalhadores de enfermagem da UTI no período PÓS pandêmico de Coronavírus Disease 2019 (COVID-19). Os enfermeiros das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) enfrentaram níveis extremos de estresse físico, emocional e mental durante a pandemia de COVID-19. Segundo Oliveira et al., (2024) a sobrecarga de trabalho, aliada à escassez de recursos e à necessidade de decisões rápidas e difíceis, resultou em um ambiente de trabalho exaustivo.  

O aumento da demanda, a adaptação ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e a incerteza em relação à doença colocaram os profissionais sob intensa pressão (Freitas et al., 2021). No entanto, os efeitos dessa experiência traumática não cessaram com o fim do pico da pandemia. Mesmo após esse período crítico, os enfermeiros continuam a lidar com as consequências psicológicas da crise sanitária, impactando diretamente a saúde mental desses profissionais e comprometendo a qualidade do atendimento prestado.  

A Síndrome de Burnout, que já representava um problema psicossocial significativo, tornou-se ainda mais prevalente nas UTIs, refletindo a necessidade urgente de estratégias de apoio à saúde mental dos enfermeiros no cenário pós-pandemia, destacando as consequências duradouras da crise e a relevância de intervenções específicas para mitigar seus efeitos (RIBEIRO et al., 2021; HEESAKKERS et al., 2023).   

A síndrome de Burnout, termo derivado do inglês, foi inicialmente descrita pelo psiquiatra Herbert Freudenberger em 1974 e, atualmente, é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na Classificação Internacional de Doenças (CID-11). O modelo teórico proposto por Christina Maslach em 1976 define essa síndrome como uma resposta prolongada ao estresse crônico no trabalho, evidenciada pelas três dimensões interdependentes: exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização profissional. Refere-se ao esgotamento físico e emocional dos profissionais, manifestando-se por sintomas como irritabilidade, dores musculares, anorexia, desânimo e exaustão, causando um impacto significativo tanto na saúde dos trabalhadores quanto no desempenho organizacional (SILVA et al., 2020). 

Como delimitação, este estudo buscou investigar os fatores que contribuíram para o desenvolvimento e agravamento da Síndrome de Burnout entre os enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) mesmo após o período crítico da pandemia. A problemática se refere ao fato de que a Síndrome de Burnout (SB) tem se tornado uma preocupação crescente entre os profissionais de enfermagem, especialmente em UTI, com a pandemia de COVID-19 intensificando esses riscos.  

Um estudo de Santos et al., (2021) destaca que, mesmo em condições normais enfermeiros enfrentam altos níveis de estresse, ansiedade e esgotamento, mas a pandemia exacerbou essa situação, resultando em uma alta prevalência de sintomas psicológicos, incluindo medo, ansiedade, depressão e insônia entre os profissionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta a importância de um ambiente de trabalho que ofereça suporte adequado à saúde mental destes profissionais, para então compreender os riscos associados a essa Síndrome, e intervir precocemente ao identificar sinais. O reconhecimento antecipado e a adoção de estratégias preventivas contribuem para a proteção da saúde dos trabalhadores e garante a qualidade dos serviços prestados.   

Frente ao contexto mencionado, surgiram as seguintes questões norteadoras: (1) Quais foram as consequências da SB para os profissionais da enfermagem de UTI? (2) Como a SB pode ser prevenida ou tratada?  

Acredita-se que esse tema é de extrema relevância, pois destaca as consequências significativas para a saúde mental e qualidade de vida da enfermagem de UTI pós-pandemia. A compreensão desse impacto é fundamental para aprimorar o suporte, e identificar intervenções eficazes para prevenir a (SB) e fortalecer a resiliência desses profissionais. Dada a relevância da enfermagem na força de trabalho da saúde, é essencial investigar os fatores associados ao desenvolvimento da SB, promovendo conhecimento baseado em evidências sobre seus impactos e estratégias de enfrentamento para garantir a qualidade da assistência e a segurança prestadas ao paciente (AMPOS et al., 2023; GRIGORESCU et al., 2020).  

Assim, o objetivo geral deste estudo foi examinar o impacto e as consequências da Síndrome de Burnout na saúde dos enfermeiros de UTI após a pandemia de COVID-19, como objetivos específicos, buscou-se delinear as consequências da Síndrome de Burnout para a saúde mental dos enfermeiros de UTI e identificar ações, medidas de prevenção e enfrentamento para mitigar os efeitos da síndrome.   

2. MÉTODO  

Trata-se de uma revisão de literatura, de caráter descritivo e abordagem qualitativa. Este tipo de estudo fornece uma visão abrangente da literatura relacionada a um tema/teoria/método e sintetiza estudos anteriores para fortalecer a base do conhecimento (DORSA, 2020).  

Para conduzir a pesquisa sobre a temática abordada, foram utilizadas como principais fontes, as bases de dados: PUBMED (National Library of Medicine), BVS (Biblioteca Virtual em saúde), Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde. Como critérios de inclusão, utilizaram-se artigos com periodicidade dos últimos 5 anos, nos idiomas inglês e português, com disponibilidade na íntegra e de exclusão, descartaram-se artigos duplicados e aqueles que não atendiam aos objetivos do estudo.   

Para início da pesquisa foram definidos quatro descritores-chave através dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH): Assistência de Enfermagem. Covid-19. Saúde Mental. Síndrome de Burnout. Com esses termos escolhidos, utilizando operador booleano “And” nas plataformas, conforme a Figura 1 evidencia, encontraram-se:   

Figura 1. Fluxograma de seleção

Fonte: Autoras (2025)

Conforme evidencia a Figura 1, a busca totalizou em 408 estudos encontrados, sendo 109 do portal da BVS e 299 da Pubmed. Artigos disponibilizados na íntegra, totalizaram 287. Após a utilização dos filtros de periodicidade dos últimos 5 anos, além dos idiomas (português, inglês e espanhol) elegeram-se 74, e após a exclusão, totalizaram 54, por fim, selecionaram-se 20 estudos que atenderam aos objetivos propostos e respondiam as questões norteadoras.  

3. REVISÃO DE LITERATURA   

A Síndrome de Burnout em trabalhadores de enfermagem da UTI pós pandemia de COVID-19. 

Em dezembro de 2019, uma síndrome respiratória aguda grave altamente infecciosa causada por um novo coronavírus (SARS-CoV-2) surgiu em Wuhan, China. Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a COVID-19 uma pandemia global (HUANG et al., 2020). Nesse sentido, a função da enfermagem no contexto de cuidar tornou-se ainda mais crítica durante esse período, quando lideraram o atendimento, testes, triagem e gerenciamento da doença. Com essa responsabilidade, estiveram na linha de frente, enfrentando os desafios de saúde emergentes. No entanto, a enfermagem foi um dos grupos mais severamente impactados pela pandemia (LLOP-GIRONÉS et al., 2021).   

Em comparação com outros desastres de grande escala, epidemias e pandemias apresentam desafios únicos para os profissionais de saúde. Nessas situações, o tratamento da doença é frequentemente incerto, o isolamento social torna-se necessário após a manifestação dos primeiros sintomas, e os profissionais da linha de frente enfrentam não apenas o medo pela segurança de seus pacientes, mas também preocupações com sua própria saúde e a de seus familiares. Além disso, muitos profissionais de saúde foram forçados a desempenhar funções desconhecidas em áreas de atendimento de alto risco e alta intensidade, o que está associado a níveis elevados de sofrimento psicológico. Essas características reduziram a disponibilidade de apoio social, incluindo o suporte de colegas e familiares, que é crucial para atenuar o impacto negativo do estresse (BROOKS et al., 2020).   

O trabalho costuma ser de importância central para a identidade e autoestima de uma pessoa, por isso, não é surpresa que tenha o potencial de melhorar ou prejudicar o bem-estar de uma pessoa. O bem-estar do trabalhador torna-se uma preocupação das organizações e “se resume ao bem-estar geral dos trabalhadores”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a Síndrome de Burnout (SB) na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID11) como um fenômeno ocupacional, definindo-o como uma síndrome resultante do estresse crônico no trabalho que não foi gerenciado com sucesso (OMS, 2021).  

Ainda, segundo a OMS (2020) trabalhar na UTI envolve muitos aspectos de complexidade, pois os pacientes estão sujeitos a alterações hemodinâmicas e risco iminente de morte, necessitando, portanto, de cuidados intensos, atenção ininterrupta e tomada de decisão rápida, o que pode causar uma alta carga mental. Para a enfermagem de UTI a responsabilidade é maior e reconhece alguns fatores estressores, incluindo: falta de pessoal; falta de equipamentos de proteção (EPI’s); falta de reconhecimento social, ou seja, despersonalização em relação à profissão. O excesso de trabalho pode levar a exaustão emocional e física, restringindo o profissional no nível de energia, eficiência, saúde e bem-estar.  

A Síndrome de Burnout envolve uma série de sintomas emocionais e físicos, como desesperança, solidão, depressão, irritabilidade, exaustão, falta de empatia, baixa energia e aumento da vulnerabilidade a doenças, incluindo dores de cabeça, náuseas, tensão muscular e problemas de sono. Esse distúrbio resulta em um afastamento emocional, gerando sensação de alienação e pode levar a uma percepção de baixo desempenho profissional, onde as conquistas parecem insignificantes e sem valor (Novelli et al., 2017). Corrobora um estudo de Razai et al., (2023) ao afirmar que os sintomas da Síndrome de Burnout podem levar ao aumento do absenteísmo, redução da produtividade, problemas de saúde física e mental, relacionamentos sociais precários e redução da satisfação no trabalho. 

A necessidade de lidar com a iminência da morte em pacientes terminais e seus familiares podem levar a um maior risco de desenvolver a SB, e os enfermeiros da UTI devem lidar com a dor, o sofrimento e a angústia, desencadeando uma carga emocional significativa, maior do que em outros setores hospitalares. Além disso, estão mais expostos a problemas de relacionamento interpessoal, turnos duplos e pressão de superiores. Essas condições são importantes fontes de estresse que podem ocasionar o aparecimento da síndrome (PEREIRA et al., 2020).  

Embora a literatura ainda não indique quais condições são mais significativamente associadas à SB pós pandemia, foi sugerido contexto social de instabilidade, associado a intensas demandas neste contexto, o que tornou a enfermagem mais suscetível a essa patologia durante e após esse período. Contudo, foi possível constatar que o estresse ocupacional, a sobrecarga física e mental e a SB são recorrentes em enfermeiros de UTI mesmo após o período de surto pandêmico, devido à alta demanda psicológica e emocional de cuidados a pacientes críticos (RIBEIRO et al., 2021).  

Recentemente, a literatura de enfermagem passou a investigar as condições de saúde ocupacionais e o bem-estar organizacional dos enfermeiros face aos desafios a que foram submetidos diariamente. Nesse sentido, compreende-se que o bem-estar dos enfermeiros contribui para a obtenção da qualidade da assistência, a excelência do cuidado e a segurança do paciente (TOWER et al. 2019).  Prova disso, foram ações de políticas públicas desenvolvidas recentemente em rol da saúde mental do trabalhador, a qual visa garantir o acesso universal e equitativo a serviços de saúde de qualidade, com foco na promoção do cuidado psicossocial e na redução do estigma e da discriminação. O governo tem fortalecido essa política com investimentos na expansão de centros de atenção, serviços residenciais terapêuticos e unidades de acolhimento, além de um aumento significativo no orçamento desses serviços, com a meta de crescer mais de 5% ao ano (BRASIL, 2024).  

Para garantir que esses profissionais continuem a fornecer um atendimento de qualidade e segurança, é essencial oferecer suporte psicossocial adequado para proteger seu bem-estar mental. Nesse sentido, a pandemia de Covid-19 teve um impacto profundo na saúde mental dos profissionais de enfermagem. O quadro 1 apresenta os principais efeitos:  

Quadro 1. Principais efeitos ocasionados pela Pandemia de Covid-19 na enfermagem.

Impactos na saúde mental  Principais efeitos  
Uso indevido de álcool e drogas  Sofrimento psicológico e Queda abrupta da autoestima com pensamentos suicidas  
Ocorrência de Doenças psicossomáticas  Alergias, hipertensão e automedicação  
Sintomas de transtorno de estresse pós traumático (TEPT)  Absenteísmo e afastamento  
Depressão  Sentimento de tristeza profunda  
Ansiedade  Sentimentos de nervosismo indeterminado e tensão com colegas de trabalho  
Síndrome de Burnout  Exaustão e Cansaço excessivo, físico e mental com Diminuição gradual do ânimo ou prazer com o trabalho  
Comportamento evitativo aos pacientes  Sentimentos de fracasso, medo, angústia e culpa e insegurança  
Comprometimento das habilidades e capacidades  Comportamentos prejudiciais ao atendimento   
Falta de energia  Sentimentos de incompetência  
Dificuldades de concentração  Erros operacionais frequentes, lapsos de memória, atenção dispersa  
Distúrbios do sono  Insônia e Inquietação  
Incapacidade de tomar decisões  Desempenho reduzido, dificuldade e resistência em realizar tarefas complexas   
Negatividade constante  Pessimismo constante e autodepreciação de si próprio com sentimentos de derrota e desesperança  

Fonte: Adaptado de Stuijfzand et al., (2020) e Latha et al., (2020)  

Para Asadi et al (2022), embora muitos enfermeiros estejam expostos a situações de extrema angústia emocional (morte prematura, sofrimento do paciente, mau prognóstico), nem todos conseguem gerir o stress emocional resultante dessa exposição. Assim, o apoio psicológico é crucial para evitar que desenvolvam respostas inadequadas e prejudiciais, podendo posteriormente evoluir para a SB. Como esperado, um aumento na exposição a fatores de risco potencializou o desenvolvimento da síndrome, tornando cada vez mais necessário abordar essa questão.  

Para Galetta et al.(2021), durante a pandemia de Covid-19, os enfermeiros enfrentaram não apenas o risco físico de infecção, mas também graves impactos psicossociais, como estresse, fadiga e preocupação. Estudos apontam que, além da sobrecarga de trabalho e jornadas longas, os profissionais de enfermagem, como parte da linha de frente, estiveram particularmente expostos ao sofrimento psicológico. Preocupações com a própria saúde e a de seus familiares, estigmatização e o aumento das demandas de trabalho foram fatores críticos para o adoecimento mental. O estresse percebido, a ruminação e o choro no trabalho foram comuns, afetando a saúde mental dos profissionais, independentemente de estarem na linha de frente ou não.  

Embora a atuação direta com os pacientes não tenha sido a principal causa do impacto mental, a exposição constante a eventos estressantes gerou sintomas de traumáticos, e estes sim, se tornaram um fator significativo para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout (SILVA et al., 2020).   

4. DISCUSSÃO 

Um estudo de Anido et al.(2021) buscou compreender como um evento sanitário sem precedentes como a pandemia de Covid-19 impactou a vida das pessoas que a enfrentaram diretamente na linha de frente como a enfermagem. Os achados evidenciaram que a pandemia de Covid-19 gerou repercussões significativas na saúde mental dos profissionais de enfermagem atuantes em UTI, afetando suas relações familiares e mudanças nos hábitos diários. A adaptação à nova realidade foi difícil e exigiu mudanças abruptas no trabalho. O sofrimento emocional foi exacerbado pela sobrecarga no trabalho, o estresse gerado pelo convívio familiar prolongado e conflituoso, o isolamento social, a incerteza sobre a doença e a redução da renda familiar também contribuíram para sentimentos de ansiedade, medo, frustração e irritabilidade. O sentimento de desvalorização e desamparo foi presente entre os profissionais da saúde, com uma percepção de falta de apoio dos governantes e estigmatização social.  

Alguns autores como Berger et al., (2020); Lima et al., (2021) e Razai et al., (2023) propuseram ações de prevenção da Síndrome de Burnout: conscientização dos gestores sobre o impacto da saúde mental dos trabalhadores; abordagem sobre o Burnout, garantindo cuidados de alta qualidade ao paciente. reconhecimento das dificuldades específicas enfrentadas pelos trabalhadores; criação de um espaço de saúde no local de trabalho para cuidados da saúde física e mental; identificação precoce dos sinais de Burnout em trabalhadores; triagem para detectar o risco de desenvolvimento da doença; promoção de um ambiente de trabalho saudável e a redução da sobrecarga; incentivo práticas de autocuidado, como meditação, férias e interação social. 

Segundo a OMS (2022) a pandemia destacou a necessidade urgente de apoiar a saúde mental dos profissionais de enfermagem por meio de intervenções eficazes, incluindo acesso a serviços de saúde mental, suporte emocional e estratégias para gerenciamento do estresse. No quadro 2, estes aspectos foram expostos com o objetivo de informar as recomendações para prevenção e posteriormente a intervenção.  

De acordo com a pesquisa, os Programas de Intervenção devem abordar os resultados de saúde mental em profissionais de saúde, e os Programas Preventivos devem abordar questões organizacionais, de atendimento ao paciente, e psicológicas. 

Quadro 2. Disposição dos fatores relacionados a recomendações para prevenção e a intervenção da SB

Antes do surto   Durante o surto   Após o surto  
Treinamento de profissionais de saúde,   Triagem para identificar profissionais que precisam de apoio  O risco percebido deve ser rastreado após alguns meses do surto da doença  
Planejamento e alocação de pessoal,   Campanha educacional alertando os profissionais sobre sua saúde mental   Workshop sobre psicoeducação  
Fornecimento de equipamentos de proteção suficientes   Avaliação de resultados de sofrimento psicológico ligados ao surto da doença   Promover apoio psicológico sempre que necessário  
Estabelecimento de uma equipe de saúde mental para profissionais  Sessões semanais de terapia cognitiva comportamental (TCC)   Acompanhamento psicológico contínuo e programas de reintegração profissional 
Treinamento de simulação computadorizada de atendimento ao paciente durante um surto   Aumentar o apoio organizacional  Reavaliação dos profissionais de saúde para monitoramento do bem-estar a longo prazo 
Treinamento de resiliência assistido por computador que consiste em exercícios reflexivos interativos   Fornecer regularmente informações atualizadas sobre a Pandemia e proteção  Implementação de programas de prevenção para futuros surtos 
Planejamento para suporte contínuo sobre procedimentos seguros e EPIs  Treinamento especializado sobre controle de infecção pessoal   Atualização contínua dos profissionais 

Fonte: Adaptado de Stuijfzand et al., (2020)  

Um estudo de Razai et al., (2023) ressaltou que em relação às ações de enfrentamento da Síndrome, podem ser realizadas alterações na redução de carga horária, flexibilidade para folgas; manter um os níveis adequados de pessoal com equipes suficientes para atendimento das demandas; definição de tarefas alinhadas com os recursos disponíveis. Ainda, autores como Lima et al., (2021) ressaltam que, para prevenir e tratar a síndrome de Burnout, é importante a mudança da organização, da postura da equipe e o fortalecimento do enfrentamento individual. 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS   

Os profissionais de saúde que trabalham diretamente com pacientes durante uma epidemia ou pandemia enfrentam um risco elevado de desenvolver problemas de saúde mental, tanto a curto quanto a longo prazo. Esses problemas podem comprometer a qualidade do atendimento prestado, embora mais evidências sejam necessárias para compreender completamente essa relação.  

A possibilidade do profissional da enfermagem de UTI desenvolver doenças como a Síndrome de Burnout são altas, uma vez que o mesmo tem seu trabalho associado ao ato de cuidar e produzir o bem-estar do paciente, enfrentando limitações e desafios diários associados à dor, sofrimento e morte. A Síndrome de Burnout é considerada um problema de saúde pública, considerando suas consequências na saúde física e mental do enfermeiro, além do comprometimento da qualidade do serviço prestado. Assim, torna-se necessário implementar ações para estabelecer o desgaste profissional e recuperar a satisfação no trabalho, mesmo após a Pandemia.  

Mais de 4 anos após o início da pandemia, suas repercussões ultrapassaram as implicações biológicas, afetando profundamente a sociedade, as relações familiares, o trabalho, e a saúde mental dos profissionais de enfermagem da UTI. Profissionais da área da Saúde, além dos fatores estressores comuns, enfrentam ainda as consequências dos desafios adicionais que enfrentaram como o constante medo de infecção, frustração com desfechos negativos e sobrecarga de trabalho.  

No Brasil, falhas nas políticas públicas e a incoerência das informações agravaram a situação. Até o momento parecem existir poucos programas de prevenção ou intervenção baseados em evidências que fornecem apoio aos profissionais de enfermagem no pós período pandêmico.  É essencial que, assim como as sequelas físicas, também se tratem as sequelas psicológicas decorrentes da pandemia e se amplie a consciência crítica sobre a saúde como um direito fundamental.   

Conclui-se que a Síndrome de Burnout apresenta um nível de morbidade extremamente alta, incluindo o risco de suicídio. Portanto, os profissionais da enfermagem devem estar informados sobre esse distúrbio e buscar ajuda ao identificarem os sintomas. A educação também desempenha um papel importante no tratamento bem-sucedido dessas patologias.  

Espera-se que o conhecimento adquirido ofereça melhor entendimento sobre os impactos psicológicos e emocionais vividos por esses profissionais durante o período crítico da pandemia, e que revele a magnitude da SB entre os enfermeiros de UTI, evidenciando a gravidade dos sintomas de exaustão mental e física que os mesmos enfrentaram. Além disso, o trabalho contribui para elucidar estratégias de enfrentamento adotadas pelos trabalhadores e a eficácia dessas abordagens na mitigação dos efeitos da SB.   

Como proposta para mitigar as consequências da SB, recomenda-se investir na educação continuada dos profissionais de saúde, em especial com foco no cuidado com a saúde mental desses trabalhadores, uma vez que esse setor é essencial para cuidar, promover o bem-estar e garantir a segurança do paciente.  

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1Discente do curso de Enfermagem do Centro Universitário Piaget (UNIPIAGET). E-mail: patydan67@gmail.com
2Discente do curso de Enfermagem do Centro Universitário Piaget (UNIPIAGET). E-mail: gimaximo@hotmail.com
3Discente do curso de Enfermagem do Centro Universitário Piaget (UNIPIAGET). E-mail: fanny.jose9418@gmail.com
4Enfermeiro Mestre em Atenção Primária à Saúde pela EEUSP.  Curriculum Lattes: https://lattes.cnpq.br/2234720828480646 ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2748-7982