A MENTAL HEALTH OF NURSING PROFESSIONALS THROUGH THE COVID-19 PANDEMIC
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10196664
Isabella Cruz Montenegro da Silva1
Louíse Helena Couto de Souza Sanches2
Roberta Nader Zuchelli3
Viviane de Melo Souza4
RESUMO
Introdução: A apreensão com a saúde mental da sociedade acentua-se no decorrer de uma grave crise social. Atualmente, a pandemia da COVID-19, que pode ser considerada como uma das maiores dificuldades enfrentadas pela saúde pública nos últimos anos, tendo afetado aproximadamente o mundo todo. Objetivo: O objetivo deste artigo é discutir os impactos na saúde mental dos profissionais de enfermagem frente ao cenário pandêmico. Método: Trata-se de um artigo com abordagem qualitativa em que foi realizada uma revisão integrativa (RI) de literaturas técnico-científicas produzidas em diversos países. Foram feitas buscas sobre o tema através de artigos científicos disponíveis em plataformas de busca, selecionando bases de dados específicas. Resultados: Foi realizada uma análise crítica dos 11 artigos selecionados. Discussão: A enfermagem é uma profissão de suma importância e durante a pandemia da COVID-19 esses profissionais foram expostos a vulnerabilidades físicas e psicológicas, necessitando de estratégias que contribuam para a promoção e prevenção à saúde mental destes profissionais que atuam na linha de frente. Conclusão: Por fim, nota-se a importância do cuidado para com a saúde mental desses profissionais e um olhar mais humanitário voltado para esta área, além da relevância da atuação da enfermagem na assistência à população e a valorização da profissão.
Palavras-chave: COVID-19. Pandemia. Saúde Mental. Enfermagem.
ABSTRACT
Introduction: The concern with the society’s mental health is accentuated during a serious social crisis. Currently, the COVID-19 pandemic, which can be considered as one of the greatest difficulties faced by public health in recent years, has affected approximately the entire world. Objective: The article’s purpose is to discuss the impacts on nursing professionals mental health, facing the pandemic scenario. Method: This is an article with a qualitative approach in which an integrative review of technical-scientific literature produced in several countries was carried out. Searches were made on the subject through scientific articles available on search platforms, selecting specific databases. Results: A critical analysis of the 11 selected articles. Discussion: Nursing is a profession of high importance and during the COVID-19 pandemic, these professionals were exposed to physical and psychological vulnerabilities, requiring strategies that contribute to the promotion and prevention of the mental health of these professionals who work on the front line. Conclusion: It is noted the importance of the mental health care of these professionals and a more humanitarian look at this area, in addition to the relevance of nursing in assisting the population and valuing the profession.
Keywords: COVID-19. Pandemic. Mental Health. Nursing.
INTRODUÇÃO
A apreensão com a saúde mental da sociedade acentua-se no decorrer de uma grave crise social. Levando em consideração o atual cenário mundial, evidenciado por significativas crises na saúde pública – sanitária, socioeconômica e humanitária. Atualmente, a pandemia da COVID-19, que pode ser considerada como uma das maiores dificuldades enfrentadas pela saúde pública nos últimos anos, tendo afetado aproximadamente o mundo todo.
O primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi registrado no final de 2019, na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China, como uma “pneumonia de causa desconhecida”. A ligeira ascensão da doença, com propagação em nível mundial, levou à Organização Mundial da Saúde (OMS), em janeiro de 2020, a considerá-la uma pandemia (WHO, 2020).
Segundo BRASIL (2020), uma situação como essa origina distúrbios psicossociais que acometem a capacidade de enfrentamento da sociedade em geral, em inúmeros graus de intensidade e propagação. Desse modo, o empenho das diversas áreas da saúde, em uma equipe multidisciplinar, especialmente a Enfermagem, são necessárias para auxiliar no enfrentamento da atual circunstância que atravessa uma crise.
Além das preocupações quanto às condições patológicas físicas, há também preocupações quanto à saúde mental da população frente às consequências da pandemia, uma vez que estudos recentes apresentaram alterações consideráveis no estado de saúde mental da população geral em níveis mundiais. Segundo Pereira (2020), a incerteza do período da pandemia é um agravante que pode desencadear sintomas de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático, caso o sujeito sofra alterações consideráveis em sua vida, seja em sua rotina ou em seu planejamento futuro.
A insegurança e o medo advindos da possível contaminação por um vírus fatal e de rápida propagação afetam o bem-estar psicológico das pessoas, sendo possível identificar queixas maiores de sintomas psicológicos como a solidão, desesperança, angústia, exaustão, irritabilidade, tédio, raiva e sensação de abandono (BRASIL, 2020).
Com o objetivo de reduzir os impactos da pandemia, alguns países têm adotado medidas de prevenção, como isolamento de casos suspeitos, fechamento de escolas e universidades, distanciamento social, bem como quarentena de toda a população (BROOKS et al, 2020; FERGUSON et al, 2020).
Vê-se que o impacto psicológico durante episódios de pandemias que exijam isolamento e quarentena na população pode levar a consequências negativas na saúde mental, sendo uma preocupação o surgimento de ideação suicida ou o próprio suicídio durante esse período (PANCHAL et al, 2020).
Além disso, casos de suicídio também já foram relatados em alguns países e preocupações com a carência de suprimentos e as dificuldades financeiras (SCHMIDT et al, 2020). Ainda assim, as “Fake News” propagadas, o distanciamento dos entes queridos, a falta de liberdade da livre circulação, a incerteza sobre a doença, o tédio, entre outros fatores, gerou efeitos negativos ao bem-estar psíquico, que podem durar meses ou anos, mesmo após o fim da pandemia (ROCHA et al, 2020).
Desse modo, espera-se que essas medidas consigam diminuir a curva de infecção ao contribuir com a redução da aglomeração e consequentemente da transmissibilidade, diminuindo também, as possibilidades de que a disponibilidade de leitos nos hospitais, respiradores e diversos suprimentos sejam insuficientes, caso haja um aumento inesperado da demanda, o que acarretaria na alta da mortalidade (FERGUSON et al, 2020).
Segundo a UNILEÃO (2021), para os profissionais de enfermagem esse cenário não é diferente, já que compõem o maior grupo de atuantes na área da saúde na assistência aos acometidos pela COVID-19. Com a chegada da pandemia tornaram-se ainda mais relevantes e necessários, atuando na linha de frente da pandemia e consequentemente, talvez tenha sido um dos grupos que mais foi abalado pela mesma.
A pandemia do novo coronavírus expôs o profissional de enfermagem a uma vulnerabilidade profissional e, principalmente, à vulnerabilidade humana diante dos impactos da pandemia. Diversos profissionais de enfermagem tiveram que “abrir mão” e se afastar de seus familiares para protegê-los e oferecer os melhores cuidados aos seus pacientes, sendo os primeiros a agirem para realizá-los (ACIOLI et al, 2021; TAYLOR, 2019).
A necessidade de estar à frente no combate ao vírus colocou o enfermeiro em uma posição crucial de luta contra a doença, o medo e a incerteza de adoecer ou contaminar familiares e amigos, além de ter que lidar com a frustração da perda de pacientes em grandes quantidades, familiares e colegas de trabalho, a sobrecarga de trabalho e o cansaço físico e emocional (ACIOLI et al, 2021; TAYLOR, 2019).
É inegável o impacto da pandemia na vida do profissional enfermeiro, que precisou se adaptar à realidade vivenciada, tanto no âmbito físico, quanto psicológico. (ACIOLI et al, 2021; TAYLOR, 2019). O impacto dessas consequências precisa ser avaliado a fim de criar estratégias de enfrentamento (BRASIL, 2020). Cabe ressaltar que essas consequências no âmbito da saúde mental podem perdurar mais que a pandemia (BANDIERA, 2020).
OBJETIVO
Mediante a dimensão do impacto que essa pandemia reflete na saúde mental de quem a está vivenciando, e principalmente, na busca de estratégias que possam diminuir os possíveis impactos negativos relacionados a ela, o presente artigo tem como objetivo discutir os impactos na saúde mental dos profissionais de enfermagem frente ao cenário pandêmico.
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA
A escolha desta temática surgiu a partir do atual cenário pandêmico e da percepção da ausência e simultaneamente da relevância do cuidado com a saúde mental dos profissionais de enfermagem na linha de frente da COVID-19. Dito isto, o presente trabalho se faz importante, tendo em vista que a saúde mental usualmente é negligenciada, e com esses três anos de pandemia diversos profissionais de saúde, especialmente os de enfermagem, sofreram com os impactos da mesma em sua saúde mental, sendo de grande magnitude que esse assunto seja abordado.
MÉTODO
Trata-se de um artigo com abordagem qualitativa em que foi realizada uma revisão integrativa (RI) de literaturas técnico-científicas produzidas em diversos países, no sentido de reunir desenvolvimentos atuais ligados à COVID-19. Segundo MENDES, SILVEIRA e GALVÃO (2008), a revisão integrativa é um método de pesquisa que permite a busca, a avaliação crítica e a síntese das evidências disponíveis do tema investigado, sendo o seu produto final o estado atual do conhecimento do tema investigado, a implementação de intervenções efetivas na assistência à saúde e a redução de custos, bem como a identificação de lacunas que direcionam para o desenvolvimento de futuras pesquisas. É um método valioso para a enfermagem, pois muitas vezes os profissionais não têm tempo para realizar a leitura de todo o conhecimento científico disponível devido ao volume alto, além da dificuldade para realizar a análise crítica dos estudos.
As informações obtidas através dessa revisão integrativa são exibidas por meio de alguns estudos realizados durante a pandemia. Nos quais os resultados são acerca do impacto da pandemia na saúde mental dos profissionais de enfermagem e orientações quanto às intervenções psicológicas.
No que diz respeito ao processo de construção da pesquisa, foi utilizado como referências, protocolos estabelecidos por instituições de saúde especializadas mundialmente, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), com o intuito de assegurar a qualidade e veracidade das informações transmitidas.
O processo de elaboração da revisão integrativa (RI) consiste em seis etapas. Elaboração da questão norteadora, busca ou amostragem na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa (SOUZA, SILVA, CARVALHO, 2010).
Como primeira etapa da RI foi elaborada a questão norteadora, sendo: Quais os impactos da pandemia do COVID-19 na saúde mental dos profissionais de enfermagem?
Seguidamente, foram feitas buscas sobre o tema através de artigos científicos disponíveis em plataformas de busca, sendo a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), selecionando bases de dados específicas, como a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), Banco de Dados em Enfermagem (BDENF), através dos descritores “COVID-19”, “pandemia”, “saúde mental” e “enfermagem”, confirmados na Plataforma de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), utilizando operador booleano “AND” para a associação simultânea dos descritores.
Na terceira etapa os critérios de inclusão e exclusão são utilizados para a elaboração do estudo incluindo os artigos publicados desde 2020 até os dias atuais, finalizando essa busca em Outubro de 2022, visto que ainda, mesmo em controle e avanço da imunização, permanece-se pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2022) em cenário pandêmico, com a disponibilidade gratuita de textos na íntegra, originais e em português, que abordassem os impactos na saúde mental dos profissionais de enfermagem frente ao cenário pandêmico e discutissem estratégias que reduzam tais danos psicológicos. Foram usados como critérios de exclusão os artigos duplicados, os links indisponíveis, os artigos que não possuem relação com a temática proposta, ou artigos de revisão, teses, monografias e dissertações. Nesta perspectiva, durante a quarta etapa foram encontrados ao todo 643 publicações, sendo aplicado os critérios de inclusão, exclusão e leitura crítica, culminou na análise de 11 artigos que serviram de base para a pesquisa. Todos esses dados foram sintetizados através do Fluxograma do tipo PRISMA, que de acordo com MENDES (2021) o fluxograma PRISMA é uma representação de todo o processo de busca e seleção dos artigos e documentos nas bases de dados, desde o início, determinando a quantidade de artigos recuperados com a aplicação das estratégias de busca em cada base, até o fim, delimitando a quantidade de artigos que ficou na amostra da revisão.
1. Fluxograma de coleta de estudos publicados, 2022.
Após a análise crítica dos artigos selecionados, os mesmos foram sintetizados para base de conhecimento das publicações (APÊNDICE A), dando seguimento à quinta etapa do processo de elaboração da RI que consiste na discussão dos resultados e, por fim, a última etapa, sendo esta a apresentação da revisão integrativa concluída.
RESULTADOS
Os 11 artigos selecionados foram lidos na íntegra, de forma repetitiva, crítica e analítica, onde abaixo são organizados no quadro para melhor compreensão e tabulação de dados.
Quadro 1 – Artigos selecionados nas bases de dados, 2022.
Artigos | Revista | Local e ano do estudo | Fluxo | Perfil de publicação | Formação dos autores |
Impactos da pandemia de COVID-19 para a saúde de enfermeiros | UERJ Nursing Journals (Revista Enfermagem UERJ) | Alagoas (AL), 2021 | Contínuo | Publicar artigos originais e inéditos de autores brasileiros e de outros países, que contribuam para o conhecimento e desenvolvimento da Enfermagem, da Saúde e ciências afins. | Enfermagem |
Depressão, ansiedade e estresse em profissionais da linha de frente da COVID-19 | Revista portuguesa de enfermagem de saúde mental | Rio Grande do Norte (RN), 2020 | Semestral | A Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental é uma associação científica, sem fins lucrativos, constituída por enfermeiros que se interessam pelo estudo e desenvolvimento da saúde mental, entendida num contexto multidisciplinar. | Psicologia |
Ansiedade e depressão em profissionais de enfermagem de uma maternidade durante a pandemia de COVID-19 | Escola Anna Nery Revista de Enfermagem | Fortaleza (CE), 2020 | Quadrimestral | Publicar manuscritos originais de Enfermagem, do campo da saúde e outras áreas com interfaces nas ciências da Saúde e ciência de Enfermagem. | Enfermagem |
Burnout e resiliência em profissionais de enfermagem de terapia intensiva frente à COVID-19: estudo multicêntrico | Revista Latino-Americana de Enfermagem (RLAE) | Rio Grande do Sul (RS), 2020 | Contínuo | Contribuir para o avanço do conhecimento científico e da prática profissional da enfermagem e de outras ciências da área da saúde por meio da publicação de artigos de relevância, interesse, qualidade e originalidade que contribuam para o avanço do conhecimento científico e para a prática de enfermagem e saúde. | Enfermagem |
Impacto na saúde mental e qualidade do sono de profissionais da enfermagem durante pandemia da COVID-19 | Uerj Nursing Journals (Revista Enfermagem Uerj) | Paraná (PR), 2020 | Contínuo | Publicar artigos originais e inéditos de autores brasileiros e de outros países, que contribuam para o conhecimento e desenvolvimento da Enfermagem, da Saúde e ciências afins. | Enfermagem e Ciências Biológicas |
Saúde mental dos profissionais da saúde na pandemia do coronavírus (COVID-19) | Revista Brasileira de Psicoterapia | Brasil (BR), 2020 | Quadrimestral | Publica artigos na área de psicoterapia, englobando todas as práticas psicoterápicas cientificamente reconhecidas e temas que cubram o amplo espectro de disciplinas correlatas. | Psicologia e Medicina |
O estresse e a saúde mental de profissionais da linha de frente da COVID-19 em hospital geral | Jornal brasileiro de psiquiatria | Rio Grande do Sul (RS), 2020 | Trimestral | Divulgar trabalhos de pesquisa científica no campo da psiquiatria e áreas afins, realizados em instituições brasileiras e estrangeiras | Psicologia e Medicina |
Depressão e ansiedade em profissionais de enfermagem durante a pandemia da COVID-19 | Escola Anna Nery Revista de Enfermagem | Rio Grande do Norte (RN), 2020 | Quadrimestral | Publicar manuscritos originais de Enfermagem, do campo da saúde e outras áreas com interfaces nas ciências da Saúde e ciência de Enfermagem. | Enfermagem, Odontologia, Fisioterapia, Nutrição e Farmácia |
Sintomas de depressão em profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19 | Revista Cogitare Enfermagem | Brasil (BR), 2020 | Contínuo | Publicar e divulgar o conhecimento produzido nas áreas da saúde e de enfermagem com excelência e respeito aos princípios éticos. | Enfermagem |
Enfermagem e saúde mental: uma reflexão em meio à pandemia de coronavírus | Revista Gaúcha de Enfermagem (RGE) | Rio Grande do Sul (RS), 2020 | Contínuo | Divulgar a produção científica da Enfermagem e áreas afins. | Enfermagem |
Saúde mental de profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19: recursos de apoio | Escola Anna Nery Revista de Enfermagem | Rio Grande do Sul (RS), 2020 | Quadrimestral | Publicar manuscritos originais de Enfermagem, do campo da saúde e outras áreas com interfaces nas ciências da Saúde e ciência de Enfermagem. | Enfermagem |
Fonte: Elaboração própria.
Ante todo o exposto, foi realizada uma análise crítica dos 11 artigos selecionados avaliando em quais revistas foram publicados, quais seus fluxos e perfis de publicação, local e ano de estudo além da formação dos autores.
Através dessa avaliação, observou-se que a revista Anna Nery aparece mais pois ela foca em estudos com grupos mais vulneráveis, dos quais os achados contribuem diretamente para o cuidado com um olhar mais ético e humanizado, como foi necessário durante a pandemia. A mesma por ser uma revista da área da saúde e principalmente que publica manuscritos originais de enfermagem, desenvolvidos por métodos quantitativos, qualitativos, mistos reflexões, ensaios e revisões sistematizadas, contribuiu para que fosse a mais acessada por nós.
A maioria dos estudos foram realizados no Rio Grande do Sul (RS), visto que o Estado foi um dos mais afetados pela COVID-19, na região Sul do Brasil. Inicialmente o governo foi ágil tomando medidas necessárias antes que o número de casos confirmados crescesse muito. Porém, a quantidade de indivíduos infectados já era bem maior do que os confirmados. Quando houve o decreto de estado de calamidade o número de infectados até deu uma estabilizada, eram um dos estados com a maior taxa de isolamento social e embora tenham conseguido reduzir a gravidade da pandemia com essas medidas, logo foram sendo negligenciadas, visto que poucos dias depois foi autorizada a reabertura de alguns comércios e daí em diante os números foram crescentes. Praticamente 1 mês depois o uso obrigatório de máscara e o distanciamento controlado entraram em vigor, porém já havia um crescimento acelerado de casos e óbitos (UNB, 2020; SOARES et al, 2020).
Como os primeiros casos confirmados no Brasil começaram em fevereiro de 2020 e pelo coronavírus ser um vírus novo, onde não se tinha conhecimento sobre nem como ele agia, as taxas de infecções só aumentavam e com ela a sobrecarga dos profissionais de saúde, principalmente da equipe de enfermagem, visto que não havia um tratamento específico, o que acarretou em diversos óbitos. Diante disso, acredita-se que a maioria dos estudos foram realizados nesse ano devido ao impacto que a enfermagem sofreu, tanto em sua saúde mental quanto física, vivenciando o luto de seus pacientes bem como de seus familiares e amigos, sobrecarga excessiva de trabalho, além de medo e preocupações com a saúde de seus familiares.
Além disso, como a enfermagem está na linha de frente desde sempre, mesmo não sendo valorizada como deveria, tais estudos foram realizados nestes 2 anos, no auge da pandemia, com o intuito de alertar quanto a saúde mental destes profissionais imprescindíveis e buscar estratégias de apoio psicossocial aos mesmos. Embora pouco publicado, tendo em vista que foram selecionados apenas 11 artigos, essa temática é de suma relevância para a valorização destes profissionais que são fundamentais na arte do cuidar.
Diante de um assunto tão relevante e desconhecido como o COVID-19 é comum que haja um interesse na agilidade da publicação de artigos, como no modelo de publicação de fluxos contínuos em revistas. A maioria desses artigos selecionados são de revistas com esse fluxo, em que visa uma divulgação mais ligeira, seja para a propagação do conhecimento elaborado quanto para a divulgação dos mesmos, a fim de que avancem e façam parte de novos estudos acerca do coronavírus e da saúde mental dos profissionais de enfermagem.
A abordagem de método quantitativo foi a que mais esteve presente dentre os artigos selecionados, em virtude das informações limitadas a respeito da COVID-19. Dessa forma, a utilização desse método buscou quantificar e entender a dimensão dessa doença, além de coletar dados concretos, através de números e estatísticas, servindo de base para as conclusões dos artigos.
Por fim, já era esperado que a maioria dos autores sejam enfermeiros, devido a enfermagem ter sido uma das, se não a mais afetada pela pandemia, principalmente porque esses profissionais atuaram e atuam na linha de frente, sendo os primeiros na prática dos cuidados aos pacientes.
DISCUSSÃO
Após a análise dos artigos foi codificado a unidade temática: O protagonismo dos profissionais de enfermagem, sua saúde mental e os desafios diante da pandemia da COVID-19.
4.1 O protagonismo dos profissionais de enfermagem, sua saúde mental e os desafios diante da pandemia da COVID-19
Minayo (2007, apud Acioli et al, 2021) enfatiza que a enfermagem é uma profissão com características que demandam permanência integral no cuidado com o paciente, levando esse profissional a fazer parte da “linha de frente’’ no combate à Covid-19. O enfermeiro é o responsável por comandar e realizar os cuidados complexos tecnicamente, o que torna necessário maior conhecimento científico e tomada de decisão em tempo hábil. Dito isso, a enfermagem é a categoria profissional que abrange a maior parte da equipe multidisciplinar da área da saúde e sua prática é embasada no cuidado integral do ser humano, assim sendo o diferencial da profissão em comparação às outras, na qual cada paciente possui uma demanda distinta e necessita de seus cuidados 24 horas por dia.
Oliveira (2021, apud Acioli et al, 2021) destaca que é necessário um olhar crítico e científico no processo de cuidado da enfermagem, e o Modelo de Adaptação de Callista Roy se debruça sobre esse contexto, em que a enfermagem tem papel fundamental durante o período adaptativo. Isso porque ela leva em conta as relações das pessoas com a saúde, o ambiente e o processo de trabalho, a fim de propiciar ao profissional enfermeiro uma adaptação, uma vez que ele está em contato direto com a saúde da população/comunidade que vivencia o adoecimento, a qual precisará de estratégias de adaptação para oferecer uma assistência de qualidade, visando à prevenção, à promoção da saúde e ao bem-estar para a população. Desta forma, diante da pandemia os enfermeiros necessitaram se adaptar à nova realidade que vivenciaram, em todas as esferas de sua vida, ou seja, pessoal, social e profissional.
Também tiveram que se adaptar às dificuldades do sistema de saúde perante a falta de leitos e respiradores em hospitais, de equipamentos de proteção individual (EPIs), que segundo Duarte; Silva; Bagatini (2020) está sendo orientado o uso de máscaras faciais de tecido para a população em geral, já que as descartáveis precisam ser destinadas a estes profissionais. Além de testes insuficientes, falta de vacinas e de um cuidado eficaz, além da sobrecarga da alta jornada de trabalho, incertezas sobre a doença e o medo do desconhecido. Corroborando, Ramos-Toescher et al (2020) com base nessa situação, um possível colapso na capacidade hospitalar e do sistema de saúde como um todo, torna-se palco de grande preocupação, principalmente quando somos levados a refletir sobre as limitações de leitos hospitalares, escassez de recursos humanos, materiais e dentre tantos outros elementos essenciais para o gerenciamento do surto. Nesse caso, emergem o medo e a incerteza que podem influenciar de forma negativa no comportamento e bem-estar geral desses profissionais e, consequentemente, interferir na sustentação da qualidade dos cuidados em saúde destinados à população.
Diante do desconhecido, foi observado nos profissionais de enfermagem o medo de contrair e transmitir a COVID-19, visto que esses profissionais estavam constantemente expostos ao vírus durante seus plantões, sendo um dos fatores de vulnerabilidade na saúde mental dos mesmos. Em conformidade com Cavalcante et al (2020) o medo de contrair, infectar o familiar ou ter um familiar infectado com o vírus tem sido reconhecido como fator predisponente a resultados adversos em saúde mental.
Sabe-se que durante a pandemia a enfermagem foi exposta a vulnerabilidades, considerando a sua atuação na linha de frente no combate à COVID-19, evidenciou-se um maior prejuízo para este grupo, no que tange a saúde física e mental. Segundo Vieira et al (2022) a percepção do impacto da pandemia na saúde física e mental e a percepção sobre a exposição à doença demonstraram interferir na saúde mental, sob a presença de distúrbios psíquicos menores e de alto desgaste emocional.
Alguns estressores como o distanciamento social de seus familiares e amigos, cansaço, esgotamento, ter que lidar com a dor e a morte, juntamente com a sensação de impotência, entre outros, ocasionou em impactos psicológicos na saúde mental desses indivíduos, evidenciados pelo desenvolvimento de transtornos psíquicos. De maneira análoga, Ribeiro et al (2020) cita que para proteger seus familiares e amigos, muitos profissionais de saúde se distanciaram fisicamente dessas pessoas, diminuindo sua rede de apoio afetiva e social. Esse distanciamento, associado a vários outros fatores estressores, leva a um desequilíbrio psíquico e mental. Complementa ainda que esse fato pode ser justificado devido aos profissionais na linha de frente estarem diante de maior risco de infecção do vírus, da sensação de impotência em face de uma doença permeada pela incerteza, e do sofrimento físico e psíquico diante das mortes ocorridas no decorrer da oferta de cuidados.
Segundo Santos et al (2020), os profissionais de enfermagem apresentam maior predisposição para sofrimento mental, isto se deve não só a natureza da atividade que desenvolvem; que está diretamente relacionada a sofrimentos físicos e emocionais daqueles a quem estes prestam seus serviços, mas também as condições de trabalho e falta de reconhecimento profissional. Isso posto, os impactos psicológicos estão mais presentes em profissionais da enfermagem atuantes da linha de frente, visto que suas condições de trabalho e descanso não foram favoráveis. Horta et al (2020) cita que o isolamento e o processo de trabalho surgem como períodos de maior pressão e cansaço que o habitual, isso pela dificuldade de realizar intervalos, devido à paramentação, que precisa ser desfeita e refeita a cada saída da área reservada à pacientes COVID-19.
Por essa razão, sintomas de estresse, ansiedade e depressão foram bastante observados nesses profissionais, além de distúrbios do sono, uma vez que com longos plantões e aumento da intensidade de trabalho, resultaram em menos tempo para se preocuparem com sua própria saúde, fomentando tais sofrimentos psicológicos. Maier; Kanunfre (2020) relatam que os principais agravos psicossociais encontrados na enfermagem foram ansiedade precedida pela depressão, estresse e distúrbios do sono e que uma má qualidade do sono tem consequências na vida diária e na saúde dos profissionais, repercutindo na assistência aos pacientes, devido à queda do nível de atenção, esquecimento e falta de agilidade oriundas do desgaste mental e físico.
Correlacionando os fatores psicossociais aos impactos psicológicos na saúde mental dos profissionais de enfermagem mencionados anteriormente, nota-se a relevância de estratégias que contribuam para a promoção e prevenção à saúde mental destes profissionais que atuam na linha de frente. Ávila et al (2021) reforça que são necessárias ações gerenciais e assistenciais que forneçam suporte psicológico regular como estratégia de prevenção para lidar com o sofrimento mental expresso por alguns profissionais durante a pandemia. Dito isso, é vital que os profissionais de enfermagem identifiquem seus possíveis transtornos psíquicos para que recebam o suporte psicossocial necessário durante o manejo da COVID-19. Como também, é fundamental atentar para as necessidades básicas como a alimentação, a hidratação e o descanso.
Maier; Kanunfre (2020) salienta que é imprescindível identificar os sintomas de depressão e ansiedade para que os desfechos desfavoráveis do cenário da pandemia possam ser minimizados. Ribeiro et al (2020) complementa que ações visando à melhoria das condições de trabalho são benéficas para a manutenção e fortalecimento das condições de saúde mental dessa população. Além disso, manter o contato com familiares e amigos, principalmente, por meios digitais, fazer algumas pausas durante o expediente para descansar, ter uma noite de sono adequada, se possível realizar alguma atividade física ou meditação, estimular o desenvolvimento de resiliência no trabalho através do trabalho em equipe como um fator de proteção, entre outros.
Cavalcante et al (2020) ressaltam a necessidade de sensibilização e educação da população geral dos profissionais de saúde e dos gestores públicos, para que os aspectos psicológicos recebam a devida atenção e cuidado, tanto quanto as condições físicas dessa doença. Por essa razão, os cuidados com a saúde mental dos profissionais de enfermagem não podem ser interrompidos ou reduzidos após o período pandêmico, pois alguns profissionais podem demorar a externar sua exaustão física e psíquica.
Por fim, considerando a importância destes profissionais e da força de trabalho da enfermagem, valorizá-los e proporcionar melhores condições de trabalho pode ser eficaz para evitar o adoecimento e o absenteísmo durante e após a pandemia (ÁVILA et al, 2021).
CONCLUSÃO
Ante todo o exposto, pode-se afirmar que o objetivo do presente artigo foi atingido, visto que foram elencadas todas as problemáticas que envolvem a questão da saúde mental dos profissionais de enfermagem diante da pandemia da COVID-19 e foram discutidas estratégias para a redução destas. Sabe-se que a enfermagem é uma profissão primordial na saúde e durante o enfrentamento da COVID-19 esses profissionais foram inclusive chamados de heróis, porém foi somente diante do caos que o mundo foi capaz de enxergar com um olhar mais humanizado a sua importância de fato.
A desvalorização da profissão já é uma questão observada bem antes do atual cenário e isso pode ser visível também na discrepância de piso salarial em relação à outras profissões da área, o que contribui para o sofrimento mental. Refletir sobre a saúde mental desses profissionais vai além da promoção da saúde e deve ser priorizada nesse momento, pois além de ser a profissão que mais sofreu com a pandemia, certamente deixará marcas irreparáveis que podem perdurar durante bastante tempo ou até por toda a vida destas pessoas. Sugere-se então que seus órgãos representativos e públicos criem estratégias de promoção à saúde e deem o certo reconhecimento que essa profissão merece, a fim de proporcionar integridade mental e física desses profissionais que atuam na linha de frente da pandemia. Discorrer esse ponto em meio a um surto pandêmico é capaz de assegurar que os trabalhadores de enfermagem disponham de um melhor estado para uma assistência de qualidade.
REFERÊNCIAS
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ALMEIDA FILHO, Antônio José de; MORAES, Ana Emília Cardoso; PERES, Maria Angélica de Almeida. Atuação do enfermeiro no centro de atenção psicossocial: implicações históricas da enfermagem psiquiátrica. Rev. Rene, v.10, n.2, p. 58-165, 2019. Disponível em: file:///C:/Users/PC/Downloads/admin,+BJD+039+AGOSTO%20(1).pdf. Acesso em: 08 de setembro de 2022.
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BROOKS, et al. (2020). The psychological impact of quarantine and how to reduce it: rapid review of the evidence. The Lancet, 395(10227), 912-920. Disponível em: https://www.thelancet.com/action/showPdf?pii=S0140-6736%2820%2930460-8. Acesso em: 18 de setembro de 2021.
CAVALCANTE et al. Depressão, ansiedade e estresse em profissionais da linha de frente da COVID-19. 10.19131/rpesm.321. Disponível em: https://scielo.pt/pdf/rpesm/n27/1647-2160-rpesm-27-6.pdf. Acesso em: 28 de outubro de 2022.
DUARTE, Maria de Lourdes Custódio; SILVA Daniela Giotti da; BAGATINI Mariana Mattia Correa. Enfermagem e saúde mental: uma reflexão em meio à pandemia de coronavírus. Rev Gaúcha Enferm. 2021;42(esp):e20200140. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rgenf/a/MnRHwqvgq3kTrHQ3JPSLR7H/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 28 de outubro de 2022.
FARO, et al. COVID-19 e saúde mental: a emergência do cuidado (COVID-19 and mental health: the emergence of care). Estud. psicol. Campinas 37 e200074. 2020. Disponível: https://www.scielo.br/j/estpsi/a/dkxZ6QwHRPhZLsR3z8m7hvF/#. Acesso em: 02 de junho de 2022.
FERGUSON, et al. (2020). Report 9: impact of non-pharmaceutical interventions (NPIs) to reduce COVID19 mortality and healthcare demand. Disponível em: https://spiral.imperial.ac.uk:8443/bitstream/10044/1/77482/14/2020-03-16-COVID19-Report-9.pdf. Acesso em: 18 de setembro de 2021.
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MAIER, Michele do Rocio; KANUNFRE, Carla Cristine. Impacto na saúde mental e qualidade do sono de profissionais da enfermagem durante pandemia da COVID-19. Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2021; 29:e61806. Disponível em: http://www.revenf.bvs.br/pdf/reuerj/v29/0104-3552-reuerj-29-e61806.pdf. Acesso em: 28 de outubro de 2022.
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VIEIRA et al. Burnout e resiliência em profissionais de enfermagem de terapia intensiva frente à COVID-19: estudo multicêntrico. Rev. Latino-Am. Enfermagem 2022;30:e3589. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rlae/a/K9wJD9NSCKr9bbQm9cBj8vF/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 28 de outubro de 2022. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Coronavirus disease 2019 (COVID-19): situation report – 78. April 07th, 2020. Disponível em: https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200407-sitrep-78-covid-19.pdf?sfvrsn=bc43e1b_2. Acesso em: 02 de junho de 2022.
APÊNDICE A
Título do Artigo Científico | DOI | Autores do Artigo Científico | Tipo de Estudo | Revista Publicada | Qualis da Revista | ||
Impactos da pandemia de COVID-19 para a saúde de enfermeiros | https://doi.org/10.12957/reuerj.2022.63904 | ACIOLI et al. | Estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa | UERJ Nursing Journals (Revista Enfermagem UERJ) | B1 | ||
Depressão, ansiedade e estresse em profissionais da linha de frente da COVID-19 | https://doi.org/10.19131/rpesm.321 | CAVALCANTE et al. | Estudo transversal, correlacional e quantitativo | Revista portuguesa de enfermagem de saúde mental | B2 | ||
Ansiedade e depressão em profissionais de enfermagem de uma maternidade durante a pandemia de COVID-19 | https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2022-0041pt | RIBEIRO et al. | Estudo observacional, descritivo, transversal e quantitativo | Escola Anna Nery Revista de Enfermagem | A2 | ||
Burnout e resiliência em profissionais de enfermagem de terapia intensiva frente à COVID-19: estudo multicêntrico | https://doi.org/10.1590/1518-8345.5778.3537 | VIEIRA et al. | Estudo transversal, multicêntrico, observacional e quantitativo | Revista Latino-Americana de Enfermagem (RLAE) | A1 | ||
Impacto na saúde mental e qualidade do sono de profissionais da enfermagem durante pandemia da COVID-19 | http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2021.61806 | MAIER, M. R.; KANUNFRE, C. C. | Estudo quali-quantitativo de caráter transversal | Uerj Nursing Journals (Revista Enfermagem Uerj) | B1 | ||
Saúde mental dos profissionais da saúde na pandemia do coronavírus (COVID-19) | https://doi.org/10.5935/2318-0404.20210009 | MOSER et al. | Estudo transversal online e quantitativo | Revista Brasileira de Psicoterapia | B4 | ||
O estresse e a saúde mental de profissionais da linha de frente da COVID-19 em hospital geral | https://doi.org/10.1590/0047-2085000000316 | HORTA et al. | Recorte transversal de estudo prospectivo, com abordagem mista | Jornal brasileiro de psiquiatria | B1 | ||
Depressão e ansiedade em profissionais de enfermagem durante a pandemia da COVID-19 | https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0370 | SANTOS et al. | Estudo seccional e quantitativo | Escola Anna Nery Revista de Enfermagem | A2 | ||
Sintomas de depressão em profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19 | http://dx.doi.org/10.5380/ce.v26i0.76442 | ÁVILA et al. | Estudo transversal e observacional, de abordagem quantitativa | Revista Cogitare Enfermagem | B1 | ||
Enfermagem e saúde mental: uma reflexão em meio à pandemia de coronavírus | https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20200140 | DUARTE, M. L. C.; SILVA, D. G.; BAGATINI, M. M. C. | Estudo de cunho teórico-reflexivo e qualitativo | Revista Gaúcha de Enfermagem (RGE) | A2 | ||
Saúde mental de profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19: recursos de apoio | https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0276 | TOESCHER et al. | Artigo de reflexão e qualitativo | Escola Anna Nery Revista de Enfermagem | A2 |
Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), 2022.
Isabella Cruz Montenegro da Silva – Enfermeira pela Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy (UNIGRANRIO AFYA) – Enfermeira pela Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy (UNIGRANRIO AFYA)1
Louíse Helena Couto de Souza Sanches – Enfermeira pela Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy (UNIGRANRIO AFYA)2
Roberta Nader Zuchelli – Enfermeira pela Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy (UNIGRANRIO AFYA)3
Viviane de Melo Souza – Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)4