A RESILIÊNCIA DO SISTEMA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE FRENTE ÀS ADVERSIDADES

UMA REVISÃO DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7239209


Cássyo Santos Monteiro
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1699-9256
Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju/SE.


INTRODUÇÃO: É sabido que o Sistema Único de Saúde (SUS) consiste em uma rede complexa de instituições, financiada pelos governos federal, estadual e municipal, cujo objetivo primordial é zelar pela saúde da população, abarcando desde atendimentos de baixa complexidade, por meio da Atenção Primária à Saúde (APS), até atendimentos mais complexos, como cirurgias, em redes hospitalares melhores estruturadas. Diante disso, deve estar apto a atuar em momentos de crises sanitárias. Um dos setores do SUS que mais tem demonstrado resiliência frente as emergências na saúde pública é o Sistema de Atenção Primaria à Saúde. OBJETIVOS: O estudo teve como principal objetivo identificar a capacidade de resiliência do Sistema Único de Saúde (SUS) frente às adversidades que acometem o referido sistema, com foco na Atenção Primária. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura, com abordagem qualitativa. Foi elaborado com o auxílio da base de dados Scielo e Google Acadêmico, sendo utilizados os seguintes descritores: Atenção Primária à Saúde (APS); Crise Sanitária; Resiliência da APS e Sistema Único de Saúde (SUS); REVISÃO DE LITERATURA: O Sistema de Atenção Primária à Saúde (APS) possui grande relevância no Sistema Único de Saúde (SUS), visto que pode alcançar populações marginalizadas pela pobreza e outras vulnerabilidades sociais. Diante disso, é uma forte ferramenta do sistema frente aos contratempos e adversidades que surgem no cotidiano. Um dos momentos em que a APS se mostrou resiliente foi durante a pandemia ocasionada pelo vírus COVID-19, nela houve mudança na natureza do trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), ocorrendo reorganização de suas atividades profissionais. Desse modo, o Serviço de Atenção Primária (APS) conseguiu se manter resiliente e se reorganizar de modo que pudesse continuar oferecendo seus serviços durante a crise sanitária. No entanto, cumpre mencionar que o SUS e, por conseguinte, a APS, atuam de maneira descentralizada. Isso significa dizer que os governos federal, estadual e municipal dividem a responsabilidade pelo referido sistema, tendo em vista a autonomia política de cada entidade, atuando cada governo, portanto, dentro de sua esfera de competência, com a finalidade que o serviço prestado (saúde) chegue à população com maior qualidade e efetividade. Diante disso, a fim de que a Atenção Primária mantenha-se sustentável durante uma crise sanitária, é fundamental que o governo apoie o referido sistema. CONCLUSÃO: A Atenção Primária é uma forte arma do sistema público de saúde, tanto no contexto de crises sanitárias quanto no cotidiano. Assim, é capaz de se adaptar e manter-se sustentável e resiliente frente as emergências na saúde pública, entretanto, para que a Atenção Básica funcione desse modo, é necessário que esta tenha o pertinente apoio do governo, para seu devido desenvolvimento.

PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde (APS); Crise Sanitária; Resiliência da APS; Sistema Único de Saúde (SUS); Sustentabilidade.

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