A RELEVÂNCIA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA GESTÃO DE LÍDERES

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11820320


Camila Aparecida Catarino;
Orientador: Marcel Dancini Rodrigues


RESUMO 

Este trabalho procura identificar pontos fortes na liderança que usa a inteligência  emocional como aliada, encontrando práticas que proporcionem melhor formação  profissional, pessoal do futuro, isto é, agregando habilidades e percepção de como  gerir uma equipe vencedora. Fazemos então as seguintes indagações para esta  pesquisa: Essa falta de inteligência emocional atrapalha a manutenção e  crescimento das pessoas e das organizações? Para gerir equipes é essencial a  inteligência emocional? Quais as vantagens do uso da inteligência emocional na  gestão pelos líderes? Diante disso a pesquisa possui como objetivo geral analisar  qual a relevância da inteligência emocional para gestão de líderes nas organizações.  Como objetivos específicos busca compreender a liderança no contexto moderno,  avaliar liderança e psicologia positiva no meio empresarial, conceituar a inteligência  emocional e analisar qual a relevância da inteligência emocional para gestão de  líderes nas organizações. 

No momento pós covid-19, a motivação aliada a inteligência emocional no trabalho  vem se tornando um dos desafios do ambiente atual das organizações. Desse modo,  buscar manter um bom nível de satisfação e motivação no trabalho é  crescentemente um desafio com o qual gestores e líderes precisam lidar.  Desenvolveu-se uma pesquisa científica de natureza pura, bibliográfica e explicativa  sobre o tema. Nos resultados da pesquisa se pode apontar o papel que a inteligência emocional possui na gestão dos líderes nas empresas e suas vantagens. Se compreendeu que o uso da inteligência emocional agrega nas  habilidades emocionais e por sua vez, no controle pessoal. Sendo assim a  inteligência emocional trata-se de um elemento de extrema relevância para sucesso  profissional e instrumento essencial para líderes gerirem com muito mais eficiência  suas equipes. 

Palavras-chave: Inteligência. Emocional. Gestão. Líderes. 

ABSTRACT 

This work seeks to identify strengths in leadership that uses emotional intelligence as  an ally, finding practices that provide better professional and personal training for the  future, that is, adding skills and perception of how to manage a winning team. We  then ask the following questions for this research: Does this lack of emotional  intelligence hinder the maintenance and growth of people and organizations? Is  emotional intelligence essential to managing teams? What are the advantages of  leaders using emotional intelligence in management? Therefore, the research has the general objective of analyzing the relevance of emotional intelligence for  managing leaders in organizations. The specific objectives seek to understand  leadership in the modern context, evaluate leadership and positive psychology in the  business environment, conceptualize emotional intelligence and analyze the  relevance of emotional intelligence for managing leaders in organizations. In the post-covid-19 moment, motivation combined with emotional intelligence at work has  become one of the challenges in the current environment of organizations. Therefore,  seeking to maintain a good level of satisfaction and motivation at work is increasingly  a challenge that managers and leaders need to deal with. Scientific research of a  pure, bibliographic and explanatory nature was developed on the topic. The research  results show the role that emotional intelligence plays in the management of leaders  in companies and its advantages. It was understood that the use of emotional  intelligence adds to emotional skills and, in turn, to personal control. Therefore,  emotional intelligence is an extremely important element for professional success and an essential tool for leaders to manage their teams much more efficiently. 

Keywords: Intelligence. Emotional. Management. Leaders. 

1 INTRODUÇÃO 

No cenário moderno se percebe que a gestão de pessoas está focada em  melhorar o ambiente dos colaboradores e assim o aumento de produtividades nas  organizações (Chiavenato, 2020). 

Se sabe que o processo de produtividade e qualidade está associado ao  comportamento e satisfação dos colaboradores, e esse é ligado diretamente aos  problemas do ambiente organizacional (Chiavenato, 2020). A área de gestão de  pessoas tem desenvolvido estratégias destinadas ao aumento da produtividade das  organizações mediante o desenvolvimento das habilidades humanas, principalmente  as ligadas à motivação para criar um clima organizacional favorável. 

Assim, exige-se da gestão de pessoas todo empenho em identificar as  lacunas na formação do quadro funcional e construir estratégias capazes de superar  tal realidade. Diante de tal situação, o estudo procurou avaliar quais as influências  em motivação e comportamento humanos (Chiavenato, 2020). 

Assim, se pode entender que a liderança é a chave central para maior  motivação das pessoas nas empresas. As grandes corporações apontam a falta de  gerentes com perfil de liderança que saibam motivar funcionários e criar um  ambiente de trabalho agradável e mais produtivo. Sendo assim este trabalho procura  identificar pontos fortes na liderança que usa a inteligência emocional como aliada,  encontrando práticas que proporcionem melhor formação profissional, pessoal do  futuro, isto é, agregando habilidades e percepção de como gerir uma equipe  vencedora. 

Fazemos então as seguintes indagações para esta pesquisa: Essa falta de  inteligência emocional atrapalha a manutenção e crescimento das pessoas e das  organizações? Para gerir equipes é essencial a inteligência emocional? Quais as  vantagens do uso da inteligência emocional na gestão pelos líderes? 

Diante disso a pesquisa possui como objetivo geral analisar qual a relevância  da inteligência emocional para gestão de líderes nas organizações. Como objetivos específicos busca compreender a liderança no contexto  moderno, avaliar liderança e psicologia positiva no meio empresarial, conceituar a inteligência emocional e analisar qual a relevância da inteligência emocional para  gestão de líderes nas organizações. 

No momento pós covid-19, a motivação aliada a inteligência emocional no  trabalho vem se tornando um dos desafios do ambiente atual das organizações.  Desse modo, buscar manter um bom nível de satisfação e motivação no trabalho é  crescentemente um desafio com o qual gestores e líderes precisam lidar. As  exigências das pessoas hoje são diferentes do que eram de anos atrás, e é preciso  adequar as organizações para atender a esse novo público. Caso contrário, os  prejuízos causados podem ser enormes, tanto para a organização, quanto para os  colaboradores. 

Na posição de gestor, é pertinente entender que a motivação é algo pessoal e  que precisa ser trabalhada de acordo com cada grupo de pessoas e em  conformidade com a cultura e os valores de cada empresa. Já o colaborador, precisa  trabalhar seu autoconhecimento e entender o que de fato é capaz de mantê-lo  engajado, em busca de atingir a alta performance, a sabedoria em relação a nós  mesmos que a inteligência emocional pode nos proporcionar faz com que antes de  expressar nossos impulsos observemos qual será o retorno que isso trará para cada  um. 

No contexto atual torna-se de grande importância a utilização de  desenvolvimento da inteligência emocional das pessoas, pois uma organização só  funciona bem e harmonicamente, se seus funcionários estiverem emocionalmente  estáveis e motivados. 

Desenvolveu-se uma pesquisa científica de natureza pura, bibliográfica e  explicativa sobre o tema. A metodologia utilizada durante a pesquisa, foi o método de revisão bibliográfica, tendo como base fontes secundárias como: pesquisas  bibliográficas, revistas científicas e artigos disponíveis em banco de dados na  internet. 

O material de pesquisa foi utilizado para compreender conceitos e reafirmar  a importância do tema escolhido nos quais se espera conseguir confirmar as  conclusões estabelecidas. O resultado de caráter qualitativo obtido com a pesquisa  não é passível de medição numérica, vista a subjetividade da pesquisa sobre o tema. Para elaboração da pesquisa os principais autores de embasamento foram  Chiavenato (2020), Goleman (2012), entre outros. 

2 DESENVOLVIMENTO 

2.1 LIDERANÇA 

Os estudos relacionados ao âmbito organizacional direcionado para a  liderança podemos encontrar definições ilimitadas, inúmeros artigos e polêmicas. As  pesquisas de Chiavenato (2020), elucidando sobre a liderança, com a intenção de  exagerar a diferença, apontou que a maior parte das organizações está super administrada e sub-liderada. 

Ainda na concepção de Chiavenato (2020), todas as peças integrantes das  organizações, certamente, apresentam razões pessoais ou institucionais próprias  para se dedicar à organização e fazem suas contribuições à medida que recebem  incentivos ou premiações como retorno de seu investimento dentro de um processo  de reciprocidade que tende a se realimentar ao mesmo tempo em que o resultado  aponte compensações para as partes envolvidas. 

A liderança e o comando são fatores de essencialidade para que as pessoas  possam trabalhar satisfatoriamente em equipe. Para fazer a equipe funcionar e  produzir resultados, o gerente precisa desempenhar diversas funções ativadoras,  com a liderança sobressaindo dentre as demais. 

Lacombe (2010) conceitua, com especial talento, a liderança como: “um  fenômeno tipicamente social” que ocorre exclusivamente em grupos sociais. Uma  influência interpessoal exercida numa dada situação e dirigida através do processo  de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos. 

Chiavenato (2020) nos coloca: 

liderança como influência: uma pessoa pode influenciar outra em função do  relacionamento existente entre elas; liderança que ocorre em determinada situação: ocorre em dada estrutura  social decorrente da atribuição de autoridade para a tomada de decisão; liderança dirigida pelo processo de comunicação humana, capacidade de  induzir o grupo a cumprir as obrigações atribuídas a cada um com zelo e  correção; liderança visando à concepção de um ou de diversos objetivos específicos: o líder como meio para atribuir seus objetivos ou necessidades (Chiavenato,  2020, p. 137). 

Sendo assim, a liderança não pode ser confundida com o rumo tomado ou  ainda com gerência, precisando estes serem conduzidas através de um excelente  líder, indivíduo este que não é em todas as ocasiões que ocupa a função de diretor  ou gerente de uma organização. Este líder precisa se encontrar presente em todos  os níveis hierárquicos e também em todas as áreas que a empresa atua. 

Podemos ver que nessa atual realidade de competitividade e nessa era do  conhecimento, é possível evidenciar que as empresas que apresentam fidelidade ao  velho ditado de que não deve se mexer em time que está ganhando, certamente  apresentam maior propensão a ficarem estagnadas, deixando de ter seu espaço no  mercado. Cabe ressaltar então que “o líder acompanha o desempenho de suas  equipes para que se tornem mais eficazes” (Testa et al., 2018, p. 116). 

Sendo assim, a liderança já não é mais um assunto da modernidade,  transformando-se em um elemento real e de extrema importância para todas as  organizações. Ter adequado conhecimento sobre como é possível lidar com os  indivíduos, trabalhando em equipe, poder adquirir novas habilidades, estar sempre  aberto ao diálogo, ouvir, efetuar tarefas durante a construção de relacionamentos  são algumas das características do novo tipo de gerencia encontrado nas empresas  que procuram se manter ou ainda subir degraus dentro do mercado de trabalho.  Apontando ainda que “a liderança de pessoas é uma qualidade que está intimamente ligada àquele que dirige uma organização” (Marinho et al., 2012, p.  153). 

Neste sentido, é preciso que a liderança tenha uma adequada estratégia de  aprendizado contínuo. Sendo assim, um líder, estando em posições estratégicas,  intermediárias ou ainda na base da pirâmide empresarial, necessitar ser capaz de  englobar os indivíduos que possam se dispor a enfrentar um desafio, adequar os  seus valores, alterar as perspectivas e aprender novos hábitos. Um líder deve se  expor e administrar as ações de uma equipe. A liderança então não faz parte somente do líder. Para que ela possa existir, é preciso que ela esteja no líder.  Precisando existir uma direta relação entre a visão e as ações do líder com as  necessidades e anseios de um grupo. (Chiavenato, 2020). 

2.2 LIDERANÇA E PSICOLOGIA POSITIVA 

Para que realmente os funcionários possam aprender eficazmente, eles  precisam especialmente estar engajados no processo de definição de metas, para  que então possam definir metas particulares de aprendizado alinhadas ao objetivo  maior. Para tanto, tais funcionários precisam ter um profundo conhecimento da  empresa e de suas principais tecnologias, assim como o desejo e a capacidade de  trabalhar em conjunto para a criação de um novo conhecimento, uma real  capacidade de aprendizado nas áreas de trabalho em equipe. A necessidade de  investir na aprendizagem se impõe diante da necessária reestruturação empresarial  e da adaptação das empresas a uma economia globalizante. (Robbins; Judge, 2020). 

Dessa maneira, é extremamente comum assegurar que um bom ambiente de  trabalho influencia beneficamente em muitos elementos, tais como o engajamento,  comprometimento e motivação no trabalho, existindo, realmente, diversas pesquisas  e trabalhos acadêmicos que apontam essa realidade. 

Entretanto, o que faz um ambiente ser entendido como “bom”? 

Segundo a concepção apresentada pela Psicologia Positiva, esse ambiente  bom caracteriza-se pelo predomínio das emoções positivas que geram um clima  benéfico e saudável buscando a melhor produtividade. De forma mais direta, são três as emoções que influenciam nesse ambiente, que são esses: compaixão,  perdão e gratidão. (Cameron, 2016). 

As razões são razoáveis: no cotidiano das rotinas de trabalho, habitualmente  tentamos nos sobressair uns dos outros, apontando observações ríspidas no  momento em que nos encontramos irritados. Observando ainda que o perdão e a  compaixão se apresentam como as emoções ideais para assegurar a existência de  um ambiente de trabalho que apresente o menor stress possível nas relações entre  os indivíduos. A gratidão, diferentemente, se apresenta como uma notória emoção  que junta as pessoas, tornando mais forte os vínculos e auxilia na edificação de uma  confiança, sentimento essencial para um trabalho em equipe. (Cameron, 2016).

Dessa forma, nada existe nada mais prejudicial para a alma do ser humano  do que uma vida, e também um trabalho, que não possui um significado. No  momento em que a pessoa é capaz de entender a existência de um senso de propósito e importância em sua atividade profissional, resultados surpreendentes  passam a ser alcançados, e assim se torna visível uma diminuição de stress em níveis  de engajamento individual, satisfação, maior felicidade, entre outros. Sendo então a  responsabilidade do líder auxiliar o seu liderado a fortificar o referido sentido, fazendo a junção das atividades do profissional tendo uma visão mais ampla de todas as vantagens no seu presente e também no seu futuro, não só para si, mas também  para toda a comunidade, empresa e sua equipe. (Cameron, 2016). 

Ademais, um dos fundamentais requisitos de uma Liderança Positiva,  consequentemente da Psicologia Positiva, é o de que os indivíduos necessariamente desejam alcançar o bem, através da virtude e através da felicidade. Estando então ao menos um terço de nossos dias dentro do ambiente de  trabalho, sendo assim, naturalmente precisamos fazer com que esse tempo valha a  pena. Os Líderes Positivos, sem levar em consideração se ocupam ou não cargos de gerencia, se apresentam como os agentes de maior importância de mudança e  transformação dentro das organizações (Cameron, 2016). 

2.3 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 

No decorrer dos anos de 1980, os estudos de Claude Steiner foram focados  em um pioneiro conceito de conhecimento emocional, e embasados nas informações  disponibilizados pelo referido autor, outros conceitos foram sendo criados,  ressaltando entre eles, o de inteligência emocional, sendo mencionando  primeiramente pelos estudos de Peter Salovey e Jonh Mayer. Apontando ainda que  um dos mais famosos estudiosos dessa área, o psicólogo Daniel Goleman, com sua  obra “Inteligência Emocional”, visou apontar que as pessoas que são  emocionalmente inteligentes são aquelas que possuem a capacidade de identificar e  compreender as suas emoções de maneira mais simples (Goleman, 2012). 

O referido psicólogo ainda aponta que existiu um momento onde o sucesso de uma pessoa era obtido e mensurado através de suas habilidades  matemáticas/espaciais e também pela sua capacidade de raciocínio lógico  (Goleman, 2012). Ainda segundo o autor, observa-se que em grande parcela das situações vividas pelas pessoas, ressaltando então que os indivíduos que são mais  capazes de interagir e administrar as relações humanas vividas, possuem melhores  chances de alcançar sucesso (Goleman, 2012). Salientando ainda que: 

Enquanto a inteligência emocional determina nosso potencial para aprender  os fundamentos do autodomínio e afins, nossa competência emocional  mostra o quanto desse potencial dominamos de maneira que ele se traduza  em capacidades profissionais (Goleman, 2012, p. 33). 

Já os estudos de Torres (2019) apontam que a inteligência emocional é  caracterizada como o potencial que certos indivíduos possuem para identificar e  controlar suas emoções de forma mais simples e benéfica. Possuindo ainda  habilidades para saber o melhor momento de agir, visando sempre o sucesso nas  diferentes áreas de sua vida. 

Segundo a concepção de Torres (2019), ressalta-se ainda que a inteligência  emocional se trata de um fluxo cerebral que resulta na opção mais vantajosa diante  de algum obstáculo, sendo então possível fazer com que os problemas sejam  resolvidos da melhor maneira. Isto é, ressalta-se que a inteligência emocional  resumidamente, é da capacidade do cérebro de uma pessoa em processar  informações, disponibilizando assim melhores alternativas para a solução de  situações. Salientando ainda que a inteligência emocional é de um elemento  extremamente buscado nos profissionais na atualidade, vejamos: 

A inteligência emocional (IE) é a capacidade que nós temos de controlarmos  nossas próprias emoções, não sendo levados por impulsos, e também a  forma como lidamos com as emoções dos outros. A IE envolve um conjunto  de habilidades emocionais como autoconfiança, coragem, paciência,  persistência, autoconhecimento, resistência à frustração e empatia. A IE é  fator-chave para estabelecer uma liderança saudável, pois, antes de  gerenciar pessoas, é necessário gerenciar a si mesmo e as suas emoções.  

Para Daniel Goleman, estudioso do tema, o que diferencia um excelente  líder é a inteligência emocional, que ele define como sendo um grupo de  cinco habilidades: autoconhecimento, autorregulação, motivação, empatia e  habilidade social (Botelho, 20201). 

Tendo então melhor compreensão sobre a inteligência emocional, observa-se  então que se trata de um elemento que beneficia significativamente para a ampliação da saúde mental e para o crescimento pessoal e profissional das pessoas, contribuindo assim com as empresas. Salientando ainda que o profissional se torna capaz de ampliar a sua confiança, atuando de forma equilibrada e ética,  influenciando diretamente para o aumento de seu rendimento (Botelho, 2020). 

Os estudos de Ariely et. al. (2019) evidenciam que a inteligência emocional  trata-se de um elemento de extrema relevância para o autocontrole de uma pessoa,  levando em consideração que, quando um indivíduo entra em uma loja visando  efetuar a compra de algum item que realmente precisa e realiza a compra de outros  itens a mais, observa-se que ocorreu algum tipo de influência do ambiente, se  deixando levar pelas emoções, não sendo então uma pessoa com inteligência  emocional o bastante para desconsiderar as ofertas ou a atuação dos vendedores,  realizando a compra de itens que não precisava, gastando mais do que o necessário, faltando inteligência emocional. 

Existem situações as as quais diversas pessoas acabam perdendo o controle  financeiro adquirindo muitas dívidas, contundo em alguns Ficando claro nesses  casos a utilização adequada da inteligência emocional, influenciando diretamente na  forma de agir das pessoas, podendo contribuir beneficamente na tomada de boas  escolhas financeiras (Ariely et al., 2019). 

Sobre o assunto, as contribuições de Goleman (2012) apontam ainda que: 

Esses dois modos fundamentalmente diferentes de conhecimento interagem  na construção de nossa vida mental. Um, a mente racional, é o modo de  compreensão de que, em geral, temos consciência: é mais destacado na  consciência, mais atento e capaz de ponderar e refletir. Mas, além desse, há um outro sistema de conhecimento que é impulsivo e poderoso, embora  às vezes ilógico – a mente emocional. (Goleman, 2012, p. 54). 

Observa-se ainda que o Quociente de Inteligência (QI), trata-se de uma escala utilizada visando avaliar as capacidades cognitivas de um indivíduo,  realizando para isso testes e padronizando os resultados. Pela concepção mede-se o nível de habilidade de uma pessoa em certo momento comparando suas respostas  a um padrão comum de sua idade, levando em consideração que a inteligência de  determinada pessoa pode ser caracterizada como o “produto” final de uma 

sequência de interações de grande complexidade entre fatores ambientais e  hereditários. (Ariely et al., 2019). 

Salientando ainda que: 

Que fatores entram em jogo, por exemplo, quando pessoas de alto QI  malogram e as de QI modesto se saem surpreendentemente bem? Eu diria  que a diferença muitas vezes está nas aptidões aqui chamadas de  inteligência emocional, que incluem autocontrole, zelo e persistência, e a  capacidade de nos motivar a nós mesmos (Goleman, 2012, p. 42). 

Já no caso do Quociente Emocional (QE), esse trata-se de um elemento que  pode ser medido através de um conjunto de habilidades emocionais responsáveis  por auxiliar no controle, avaliação e expressão das emoções, tornando as relações  interpessoais mais simples e saudáveis. O fator em questão se apresenta na forma  prática quando as pessoas pensam melhor na forma de gastar seu dinheiro,  deixando de efetuar uma compra ao perceber que não precisa do produto no  momento, ou perceber que iria comprar na empolgação do momento (Fernandes,  2020). 

Diferentes pesquisas focadas na inteligência emocional evidenciam que nem  sempre os indivíduos com maior capacidade intelectual são os que alcançam maior  sucesso na vida pessoal e profissional, entretanto sim, são os que possuem maior  controle emocional. Dessa forma, ressalta-se então que o quociente emocional está  conquistando maior relevância do que o quociente de inteligência, pois trata-se de  um elemento que pode influenciar diretamente no sucesso pessoal e financeiro das  pessoas (Ariely et al., 2019). 

Mesmo tendo em mente que as emoções são de extrema relevância para o  ser humano, é fundamental que as pessoas saibam equilibra-las adequadamente.  Em diversas ocasiões, é fundamental que os indivíduos sejam mais racionais, já em  outras, extravasar as emoções é preciso. Entretanto, no âmbito das finanças, é  essencial que as pessoas tenham maior controle emocional, sendo mais racionais,  visando sempre optar pelas escolhas em qual beneficia-las em sua vida financeira  (Fernandes, 2020). 

2.4 GESTÃO DE LÍDERES COM INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 

Nas organizações se faz o uso dessas mencionadas estratégias  motivacionais com o objetivo de se obter melhora no setor de produtividade, com  foco no setor produtivo que é o humano. As palavras de Goleman contribuem  esclarecendo que: 

As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm mais  probabilidade de se sentirem satisfeitas e de serem eficientes em suas  vidas, dominando os hábitos mentais que fomentam sua produtividade; as  que não conseguem exercer nenhum controle sobre sua vida emocional  travam batalhas internas que sabotam a capacidade de concentração no  trabalho e de lucidez de pensamento (Goleman, 2012, p. 49). 

Destaca-se entre os fatores motivacionais: programas de estímulo,  remuneração de acordo com os resultados, autogestão nos grupos de trabalho,  enriquecimento do trabalho, dentre outros. São essências como estímulo e  motivação laboral os estímulos de remuneração (prêmios) benefícios sociais,  segurança no trabalho (psicológicas e físicas). 

Trabalhando então todo o potencial apresentado por um líder e fazer evoluir as suas  competências, de maneira natural esse colaborador irá colocar em prática e até  mesmo transmitirá o seu aprendizado e também irá alterar o seu cotidiano de  trabalho com a sua equipe, alterando também a sua maneira de liderar os seus  colaboradores. Sendo assim, o desenvolvimento e também o amadurecimento das  competências de indivíduos executivos, certamente esse processo irá desenvolver  também as competências que se associam às questões gerenciais. 

Muitos dos mais relevantes benefícios se associam diretamente aos seguintes  resultados: elevação da produtividade, manutenção dos bons profissionais não tendo gastos exorbitantes para que eles se desenvolvam, maximização de sua  equipe, melhoria das ações do executivo e também de toda a sua equipe, maior  eficiência do trabalho em equipe, diminuição da ocorrência de conflitos, etc.  Ademais, o líder acaba exercendo o seu cargo, levando consigo, toda a pressão de  alcançar a excelência e o dever de obter resultados excelentes a curto e longo prazo, reforçando assim a importância de nunca parar de procurar por  desenvolvimento e estar preparado para ser capaz de lidar com as ocorrências  rotineiras e os imprevistos que venham a ocorrer. 

Dessa forma, é possível ainda assegurar que o contexto organizacional  apresenta a cada dia uma maior competitividade, fazendo a exigência de um preparo mais adequado das empresas e também dos seus executivos. As alterações incessantes ocorridas nesta área fazem com que as empresas que não estão  adequadamente preparadas acabem vivenciando relevantes dificuldades para a sua  adaptação e acompanhamento em tempo real das alterações do mercado. Desta  forma, o que fomenta as ações de uma empresa são os colaboradores que atuam ali  e dessa maneira, é de extrema relevância proporcionar maior valorização do  desenvolvimento incessante de seus colaboradores e também dos seus líderes. 

Os estudos de Goleman (2012) evidenciam ainda que os novos parâmetros do  mercado de trabalho atualmente estão se transformando, isso porque o que era  compreendido como tendo relevância antes, o quociente intelectual (QI), atualmente  se focaliza nas qualidades das pessoas, como uma iniciativa e empatia, capacidade  de adaptação e de persuasão. E o que anteriormente era denominado de habilidades pessoais e interpessoais (habilidades associadas aos relacionamentos  dos indivíduos, assim como empatia, liderança, otimismo, capacidade de trabalho de  equipe, de negociação etc.). Nos dias de hoje a compreensão mais adequada deste  talento humano, passou a ter um novo nome: Inteligência Emocional. 

Desta maneira, a Inteligência Emocional se associa a habilidades tais como o  autoconhecimento, o gerenciamento e controle emocional, controlando impulsos,  podendo canalizar as emoções para as ocasiões mais adequadas, a competência de  conseguir motivar a si próprio e ter persistência diante de algumas frustrações, tendo  a pratica de uma gratificação prorrogada, conseguindo então a empatia e  conhecimentos sobre os indivíduos e motivando as mesmas, auxiliando elas a  liberarem os seus melhores talentos, e ser capaz de alcançar o seu engajamento nos objetivos de interesses comuns. 

As pesquisas de Weisinger (2001), orientam que a falta da inteligência  emocional no ambiente organizacional é capaz de causar prejuízos ao progresso e  ao sucesso, isso no contexto individual ou da empresa, e também o inverso, que a utilização da inteligência emocional resulta em ações produtivas, tanto no tocante do  indivíduo ou para a organização. A utilização das aptidões do quociente emocional  (QE) na empresa pode ajudar na construção de uma instituição inteligente no âmbito  emocional, onde cada um deve se responsabilizar pelo crescimento da própria  inteligência emocional, também pela aplicação da sua inteligência emocional para o  relacionamento com os demais indivíduos e através da aplicação das aptidões da  sua inteligência emocional na instituição em geral.

Segundo a concepção de Catanante (2000), o sucesso no ambiente  organizacional compreende-se pela combinação de uma série de competências  pessoais apresentadas de maneira adequada. Desta maneira, a utilização das  emoções no ambiente organizacional é um elemento de grande relevância para a  ascensão profissional, desde que estas sejam usadas de maneira coerente e precisa. 

As lições de Goleman (2012) contribuem evidenciando através de um  levantamento nacional nos Estados Unidos sobre o que os empregadores  compreendiam ser mais relevante para que fosse possível admitir nas suas  companhias uma pessoa que acabou de se formar. Deixando assim muito claro que  atualmente as habilidades técnicas de maior especificação são menos relevantes do  que a capacidade implícita de aprender no trabalho pelo que foi exposto neste  levantamento. 

I – Capacidade de conseguir ouvir e de se comunicar oralmente; 

II – Adaptabilidade e respostas mais criativas para solucionar reveses e  obstáculos; 

III – Gerenciar a si próprio, confiança, motivação com o intuito de trabalhar para  alcançar as metas, desejo de desenvolver uma carreira própria e orgulho de suas  realizações; 

IV – Eficiência nos contextos interpessoais e de grupo, cooperatividade e  capacidade de trabalhar em equipe, aptidão para poder negociar quando ocorre  algum desacordo. 

V – Eficiência na empresa, desejo de apresentar a sua contribuição, potencial  de liderança. 

Desta maneira, pode-se observar a evolução da relevância da inteligência  emocional como um elemento de sucesso profissional, isso porque ela está se  apresentando com cada vez mais importância e sendo mais desejada como um  importante item no ambiente das organizações de trabalho. Neste contexto, temos: 

Quadro 1 – Os cinco componentes da inteligência emocional em ação.

Fonte: Goleman (2012, p. 71). 

Os estudos de Chiavenato (2020) apontam que cada líder possui uma  maneira diferente de agir na gerencia de sua equipe. Muitos são bem reprimidos e  mais analíticos e outros possuem maior carisma e também são decididos, levando  em consideração que, cada tipo de ocasião necessita de uma maneira de liderança e gestão, entretanto, sob um único aspecto líderes de maior eficiência são iguais:  todos possuem um alto nível de Inteligência Emocional. 

Ainda segundo Goleman (2012), a Inteligência Emocional pode ser a  representação de uma condição de grande relevância para a liderança de maior  eficácia, especialmente para aqueles que estão ocupando os níveis mais altos de  cargos em uma empresa. Não tendo esta inteligência, a pessoa é capaz de ser  detentora do melhor treinamento, possuir uma mente relevantemente aguda e  perspicaz e uma criatividade infinita, entretanto não irá se tornar um importante líder. 

As palavras de Chiavenato lecionam assim: 

Inteligência emocional não significa simplesmente ter autocontrole sobre as  emoções ou se dar bem com as pessoas, mas entender bem sua própria constituição emocional e a das outras pessoas para direcioná-las no rumo  certo para a realização dos objetivos da empresa. Pessoas que dominam  suas emoções são capazes de ir em frente com as mudanças sem entrar em pânico (Chiavenato, 2020, p.162). 

Os estudos de Chiavenato (2020) agregam também apontando que a  habilidade de liderar com Inteligência Emocional é capaz de se dividir em quatro  diferentes capacidades, todas sendo muito importantes, que são estas: 

I – Autoconsciência: 

a) Autoconsciência emocional: caracteriza-se em como a pessoa compreende  as próprias emoções e de que maneira essas podem influenciar em seu  desempenho profissional e pessoal. É capaz de ser trabalhada e para tanto é  necessário que haja uma grande dedicação e força de vontade. 

b) Auto avaliação: esta compreende-se pela capacidade de conseguir olhar  para si próprio, internamente, de maneira que possa perceber as suas forças e  fraquezas, procurando sempre aprender com os erros que foram cometidos e, sendo  assim, fazer crescer os seus pontos fortes. 

II Autoconfiança: caracteriza-se pela capacidade de se reconhecer  adequadamente, evidenciando os seus pontos mais fortes como um elemento que  deva ser valorizado. É o instante em que a pessoa tem a capacidade de ser feliz  sendo ele mesmo, mesmo com os seus defeitos e limitações. 

III – Autogerenciamento 

a) Autodomínio: compreende-se pela capacidade que a pessoa possui de  permanecer estável perante as situações mais complicadas. Ser capaz ainda de  controlar os seus instintos e impulsos irracionais. 

 b) Segurança: esta é a capacidade de despertar no próximo o senso de que a  pessoa em questão é honesta e integra. 

1 Estado-consciente: caracteriza-se pela capacidade de se desenvolver de  maneira correta e responsável. 

2 Adaptabilidade: esta é a capacidade de se adequar a diferentes ocasiões,  que não são comuns na rotina. 

3 Orientação de proezas: esta é a capacidade de conseguir evidenciar  internamente um padrão de excelência.

4 Iniciativa: caracteriza-se pela capacidade de aproveitar as oportunidades no  momento em que elas surgem. 

III – Consciência social 

1 Empatia: esta pode ser evidenciada no momento em que o indivíduo fica  verdadeiramente preocupado com a emoção do próximo. Sendo o momento em que  o mesmo é capaz de se colocar no lugar do outro e entende as suas perspectivas  com interesse. Quanto mais o ser humano apresentar uma boa consciência das suas emoções, mais ele será capaz de compreender o sentimento alheio.

2 Consciência organizacional: esta é a habilidade de compreender a vida  organizacional, fundamentar decisões em networks e administrar políticas. 3 Orientação de serviço: esta evidencia-se pela habilidade de compreender e  diagnosticar as necessidades de seus clientes. 

IV – Habilidade social 

1 Liderança visionária: está se apresenta como a capacidade que um líder  possui em inspirar apresentando uma visão convincente do futuro.

2 Influência: esta é a capacidade de saber ser persuasivo de maneira que  convença o próximo. 

3 Desenvolver pessoas: esta é a capacidade de tornar mais forte as  características positivas dos demais por meio do retorno e orientação.

4 Comunicação: esta é a capacidade de ouvir e falar corretamente de maneira  a entender e fazer ser compreendido adequadamente. 

5 Mudança catalisadora: esta é a capacidade de possuir novas ideias e liderar  indivíduos em novas direções. 

6 Gestão de conflitos: esta é entendida como a habilidade de influenciar os  indivíduos a compreenderem que a existência de um conflito só traz prejuízos e, ser  capaz, dessa maneira, instalar um consenso. 

7 Construção de laços: esta é a capacidade de cultivar e preservar uma rede  de relacionamentos. 

8 Trabalho de equipe e colaboração: esta é a habilidade de colocar em prática  um clima de cooperação entre os indivíduos e fazer evoluir as equipes.

Desta maneira, avaliando os citados acima, Chiavenato (2020) evidencia  também que o profissional que possui a intenção de desenvolver a excelência em  sua maneira de conseguir liderar, precisando estar preocupado em elaborar e  aprimorar incessantemente todas essas habilidades, pois elas vão lhe possibilitar a  criação de um relacionamento que se fundamenta na confiança e lealdade dos seus  liderados. 

As palavras de Rodrigues (2008, p. 38) evidenciam que “podemos notar que  as grandes empresas estão mudando suas exigências quando se trata em recrutar  profissionais […]”. 

Sendo assim, um exemplo não muito bom no tocante do assunto é o fato de  que desde o instante em que um indivíduo realiza uma entrevista para conseguir um  emprego, ele já utiliza a sua Inteligência Emocional. 

Caso este indivíduo fique tenso perante o entrevistador com as mãos trêmulas,  este transmite uma insegurança e apresenta pouco autocontrole, em outras palavras, não possui uma Inteligência Emocional adequadamente evoluída, não  tendo noção de como agir diante este tipo de ocasião, fazendo com que aquele  instante seja uma verdadeira catástrofe. Deixando então escapar a chance de se  sobressair com uma adequada primeira impressão. 

Os dizeres de Rodrigues (2008, p. 42) também lecionam ainda que  atualmente os “profissionais que também saibam administrar suas emoções de  maneira inteligente e ainda conseguem alcançar bons resultados são ‘disputados a  tapas’ pelas grandes empresas”. 

Durante o recrutamento e no decorrer da seleção de grandes organizações,  são averiguadas as capacidades intelectuais dos candidatos e habilidades  empresariais, entretanto o que irá definir o alcance do sucesso durante o tempo do  profissional contratado será a sua habilidade emocional de conseguir lidar com as  suas próprias emoções e com as emoções dos outros. 

Goleman (2012) instrui assim sobre a inteligência emocional: 

Enquanto a inteligência emocional determina nosso potencial para aprender  os fundamentos do autodomínio e afins, nossa competência emocional  mostra o quanto desse potencial dominamos de maneira em que ele se  traduza em capacidades profissionais (Goleman, 2012 p. 15).

Já os estudos de Nadler (2011), a Inteligência Emocional é atualmente  compreendida como um indicador mais forte do sucesso no contexto empresarial. O  autor ainda assegura que líderes que apresentam a inteligência emocional mais  visível, possuem uma capacidade mais elevada, fazendo com o que lhe apresenta  uma melhoria na gestão de pessoas. 

A concepção de Ari Lima evidencia que nos dias de hoje “qualquer  profissional para ter sucesso precisa desenvolver a capacidade de gerir sua própria  carreira, seu negócio, e ser uma pessoa atualizado do ponto de vista de situações  sociais” (LIMA, 2008, p. 47). Sendo assim, é preciso compreender que, ao procurar  por avanços que possam proporcionar opções para se destacar no mercado de  trabalho, que está a cada dia mais competitivo e exigente, e também na vida  pessoal, precisamos buscar por alternativas de maior eficiência. 

Ainda neste sentido, Lima (2011) relata que seja possível fazer evoluir a sua  Inteligência Emocional, é preciso levar em consideração algumas etapas, tal como a  de evidenciar os próprios comportamentos, analisá-los e avaliá- los (ter um  autoconhecimento) com o intuito de que seja capaz de alcançar melhorias. Após isso  começar um treinamento, no que diz respeito aos comportamentos com ações  práticas, fazer seu gerenciamento e tentar melhorar as competências  comportamentais, analisar os resultados até ser capaz de alcançar as metas  estipuladas, tanto no ambiente pessoal quanto profissional. 

Após ter o conhecimento de quais são os pontos fortes e fracos e as suas  limitações, o indivíduo precisa receber uma orientação para que seja possível  desenvolver as competências comportamentais que mais possam prejudicar o seu  desenvolvimento pessoal e profissional (Lima, 2010). Ainda neste sentido, vejamos: 

Habilidades como empatia, flexibilidade, espírito de liderança, poder de  persuasão, motivação, comunicação e relacionamento interpessoal, entre  outras, devem fazer parte do programa de desenvolvimento de sua  Inteligência Emocional (Lima, 2010). 

Nas ocasiões em que mencionarmos a Inteligência Emocional, somos  capazes de também lembrar da palavra disciplina, isso porque, para ser capaz de se  apresentar emocionalmente estável é preciso um relevante empenho. Os estudos de  Rodrigues (2008) afirmam que é preciso fazer investimentos em atividades que  tenham a capacidade de lhe resultar em um maior equilíbrio emocional.

O líder que desenvolveu a sua inteligência emocional baseia as relações com seus colaboradores na empatia, envolvendo a equipe e inspirando-o através de seu  comportamento. Esse tipo de líder é autoconfiante e como vimos, participativo, mas  também está disposto a se sacrificar pelo bem da empresa, não tendo medo de  enfrentar desafios e mudanças organizacionais. Diante de alguns estudos, podemos  identificar que os colaboradores produzem mais quando sabem claramente quais  são as atribuições, desempenhando suas atividades com mais agilidade. Portanto  os superiores precisam esclarecer para os seus colaboradores quais são os  objetivos a serem atingidos e quais meios para alcaçá-los. Sendo assim, podemos  definir as metas de produtividade, como peças, hora, relatórios, atendimento entre  outros. E não podemos esquecer a satisfação do cliente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Com esta revisão se compreendeu que o uso da inteligência emocional agrega  nas habilidades emocionais e por sua vez, no controle pessoal. Sendo assim, a  inteligência emocional trata-se de um elemento de extrema relevância para sucesso  profissional e instrumento essencial para líderes gerirem com muito mais eficiência  suas equipes. 

Também pelas pesquisas apresentadas e informações analisadas podemos  concluir que desenvolver equipes está diretamente relacionado a um novo estilo de  liderança ligada a inteligencia emocional, o que por sua vez tem impacto na melhoria  e continuidade de formação de equipes cada vez mais capacitadas. 

Por isso é necessário que os estudos sejam aprofundados, para que possam proporcionar dados concretos que comprovem outros meios de capacitação de equipes de alta performance e qual o papel dos perfis de liderança de acordo com  cada ambiente de trabalho.


1 Disponível em: https://www.gestaoerh.com.br/pt_br/artigos/7894-as-dez-competencias-mais valiosas-ate-2022 . Acesso em: 7 maio 2024.


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