A RELEVÂNCIA DA DANÇA DE SALÃO PARA PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO COM QUALIDADE PARA IDOSOS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10283166


Ana Fabiola Lira Coelho1;
Gessy Lennon Pereira Soares1;
José Israel Lima de Sales1;
Juliano Valois Picanço1;
Marcos Costa de Oliveira1;
Elvis Geanderson Lima do Vale2.


Resumo: O envelhecimento populacional é uma realidade global, e no Brasil, a população idosa tem crescido significativamente. A manutenção das habilidades funcionais é crucial para a independência dos idosos, impactando diretamente na qualidade de vida. No entanto, a implementação de estratégias eficazes para promover a saúde e bem-estar nessa fase nem sempre acompanha esse crescimento demográfico. O estudo busca analisar como a participação regular em aulas de dança de salão influencia positivamente o processo de envelhecimento saudável em idosos. Os objetivos específicos incluem a investigação dos benefícios físicos, impactos psicossociais e contribuições para a manutenção das habilidades cognitivas fornecidas pela prática contínua da dança de salão. Este trabalho se enquadra como uma revisão de literatura, descrito por uma análise crítica e sistemática de pesquisas, teorias e informações sobre o impacto da dança do salão no envelhecimento. Uma abordagem qualitativa fornece uma compreensão profunda e contextual das experiências e características relacionadas à dança na idade adulta. Os resultados desta revisão destacam a dança de salão como uma atividade física benéfica para os idosos, não apenas promovendo a saúde física, mas também melhorando a saúde mental, proporcionando momentos de diversão saudável e fortalecendo as relações sociais. A participação regular em aulas de dança de salão demonstra contribuir positivamente para o envelhecimento saudável, com benefícios físicos, sociais e mentais.

Palavras-chaves: Idosos, Envelhecimento, Dança de Salão.

Abstract: Population aging is a global reality, and in Brazil, the elderly population has grown significantly. Maintaining functional skills is crucial for the independence of the elderly, directly impacting their quality of life. However, the implementation of effective strategies to promote health and well-being at this stage does not always keep pace with this demographic growth. The study seeks to analyze how regular participation in ballroom dancing classes positively influences the healthy aging process in the elderly. Specific objectives include investigating the physical benefits, psychosocial impacts, and contributions to the maintenance of cognitive abilities provided by continued practice of ballroom dancing. This work is framed as a literature review, described by a critical and systematic analysis of research, theories and information on the impact of ballroom dancing on aging. A qualitative approach provides an in-depth, contextual understanding of dance-related experiences and characteristics in adulthood. The results of this review highlight ballroom dancing as a beneficial physical activity for the elderly, not only promoting physical health, but also improving mental health, providing moments of healthy fun and strengthening social relationships. Regular participation in ballroom dancing classes has been shown to contribute positively to healthy aging, with physical, social and mental benefits.

Keywords: Elderly, Aging, Ballroom Dancing.

1 INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), nas próximas décadas, a população com mais de 60 anos (população idosa) aumentará gradualmente de forma significativa (OMS, 2020). O crescimento é resultado do declínio da fertilidade, da redução da mortalidade e do aumento da expectativa de vida da população brasileira. Consequentemente, a manutenção das habilidades funcionais do idoso é importante para manter sua independência, principalmente na realização das atividades diárias (YABUUTI et al., 2019).

A qualidade de vida, bem-estar, boas condições de saúde, são alguns dos aspectos fundamentais que aumentam a perspectiva de vida da população, que tende a envelhecer gradualmente, alterando a pirâmide demográfica, com o crescimento de seu topo (LIMA et al., 2020). Porém, o surgimento de novas exigências nem sempre é acompanhado pelos planos de ação dos governos e gestores, cuja realidade reflete a situação dos idosos no Brasil e a necessidade de melhorias que beneficiem esse grupo prioritário (VEIGA et al., 2021).

Nesse contexto a problemática central a ser investigada neste estudo, visa contribuir para o desenvolvimento de estratégias e políticas voltadas para a promoção da saúde e qualidade de vida na terceira idade, observando: De que forma a participação regular em aulas de dança de salão impacta a qualidade do envelhecimento em idosos?

No que concerne Atividades Físicas (AF), a dança funciona como uma atividade física que, além de cuidar das relações sociais dos idosos, cuida do corpo e da mente e ajuda a aumentar a autoestima, já que essa atividade é feita em grupo (FONTOURA et al., 2016). Por ser uma AF para idosos, a dança traz benefícios psicológicos como redução do estresse e da ansiedade, melhora do humor e também proporciona ao idoso um papel social mais ativo (YABUUTI et al., 2019).

A prática de AF durante um longo período de tempo, pode melhorar o controle motor e cognitivo, além de contribuir para a formação de novas amizades. Atividades que utilizam música e movimento, como a dança, não são apenas motivadoras e divertidas, mas também importantes para o desenvolvimento (MATTOS, 2019).

Nessa perspectiva o Objetivo Geral deste presente estudo consiste em: Analisar como a prática continua de dança de salão influência positivamente o processo de envelhecimento saudável em idosos. E os Objetivos Específicos nos auxiliaram em: 1. Investigar os benefícios físicos proporcionados pela dança de salão para a saúde de idosos; 2. Avaliar os impactos psicossociais da participação em atividades de dança de salão na qualidade de vida de idosos; 3. Analisar como a dança de salão pode contribuir para a manutenção das habilidades cognitivas em idosos.

Ao praticar a dança os idosos participam de um período de diversão saudável, onde eles farão o corpo se movimentar (LIMA et al., 2020). Nesse contexto, a dança surge como uma AF com características diferenciadas que proporciona cuidados físicos e mentais, bem como relações sociais nos idosos, benéfica ao processo de autoestima, já que na maioria das vezes essa atividade é realizada em grupos (SILVA; BRITO, 2017).

A dança é considerada um importante AF que melhora satisfatoriamente a qualidade de vida e, principalmente, a saúde das pessoas em fase de envelhecimento. Visto que, os idosos precisam de ser independentes nas suas atividades diárias na comunidade, para o que devem envolver-se em programas de treino e força de baixo impacto para reduzir quedas e melhorar a função física e o equilíbrio (SOUZA; MENDONÇA, 2019).

Para chegarmos aos objetivos propostos, este estudo é categorizado como uma revisão de literatura, que envolve uma análise crítica e sistemática de pesquisas, teorias e informações publicadas sobre um tema selecionado. A abordagem qualitativa enfatiza uma compreensão profunda e contextual das experiências e fenómenos relacionados com a dança na idade adulta.

Deste modo o presente estudo é composto inicialmente por esta introdução, seguido por uma revisão bibliográfica onde é apresentado os aspectos fundamentais sobre o envelhecimento e a importância da dança de salão na terceira idade. Seguido pela metodologia utilizada para coleta de informações e ao fim os resultados e discussão do trabalho. Finalizando com as considerações finais acerca dos achados encontrados durante a pesquisa.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ENVELHECIMENTO

O envelhecimento é um processo normal, individual e gradual, caracterizado por fases da vida que sofrem alterações bioquímicas, psicológicas e fisiológicas com o passar do tempo. Está associado a mudanças fisiológicas que ocorrem ao longo do tempo em organismos multicelulares. Essa mudança ocorre em moléculas e células, prejudicando em última análise o funcionamento geral dos órgãos e do corpo (ROCHA, 2018).

As causas desse período podem ser divididas levando-se em consideração a genética, o estilo de vida e o ambiente em que a pessoa vive. Muitas das diminuições associadas ao processo de envelhecimento podem ser o resultado do estilo de vida de um indivíduo e não apenas uma característica específica e inevitável do processo (NASCIMENTO, 2020).

O processo de envelhecimento pode ser explicado pela divisão celular (mitose), durante a qual as sequências de DNA são encurtadas, levando a uma perda gradual da capacidade de renovação. Como mencionado antes, o estilo de vida de uma pessoa tem grande influência no envelhecimento, por exemplo, o sedentarismo pode levar ao acúmulo de gordura e açúcar no corpo, dificultando o funcionamento dos órgãos (BARRETO, 2017).

O ambiente também pode ser propício ou prejudicial à longevidade de um indivíduo, uma vez que a poluição, o abastecimento de saneamento instável, o excesso de trabalho e outros fatores podem aumentar a probabilidade de envelhecimento prematuro (SILVA; BRITO, 2017).

O envelhecimento é um processo único e imparável, caracterizado por um declínio gradual na capacidade de vários sistemas orgânicos de desempenharem as suas funções de forma eficiente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualquer pessoa com mais de 60 anos é considerada idosa. Vale ressaltar que esta consideração é avaliada frente ao envelhecimento biológico, o que não impede a pessoa de ser ativa social e intelectualmente (ALMEIDA; LOURENÇO, 2019).

A saúde intelectual e física tem grande correlação nesse processo. Estas podem ser equilibradas com atividades sociais, desportivas e de lazer que não façam com que os idosos se sintam socialmente excluídos e incapazes de funcionar (FERP et al., 2018).

O termo “envelhecimento ativo” tem crescido significativamente e, com ele, o número de seus adeptos. Prioriza atividades de envelhecimento, emocionais, físicas, profissionais e de cuidado, além de atividades sociais. Estas atividades enriquecem a vida cotidiana dos idosos, mantêm-nos ocupados e tornam-nos menos vulneráveis a problemas de saúde e psicológicos (PAPALIA; MARTORELL, 2021).

Atualmente sabe-se que é sabido que o envelhecimento da população cresce a um ritmo acelerado, para o qual os avanços da medicina têm contribuído significativamente. O crescimento populacional global é relativamente rápido, e uma das razões para o aumento gradual da população idosa é a melhoria das condições de vida da população idosa e o prolongamento da esperança de vida (MONTEIRO; COUTINHO, 2020).

O aumento acelerado do número de idosos tem implicações para a sociedade e, obviamente, para os indivíduos desta faixa etária. É necessário identificar os determinantes das condições de saúde e de vida dos idosos e compreender as diversas dimensões da velhice e do processo de envelhecimento. Ver estes fenômenos apenas através do prisma da biofisiologia, faz com que se ignore a importância das questões ambientais, psicológicas, sociais, culturais e econômicas que os afetam (JOHNER; NETO, 2021).

Em vez disso, dever-se-ia ter uma visão global do envelhecimento como um processo e dos idosos como indivíduos. Felizmente, hoje, todas as áreas do conhecimento sobre o envelhecimento estão passando por uma enorme evolução (GOTTLIEB et al., 2019). Consequentemente, o processo de envelhecimento pode ser considerado sob uma perspectiva diferente, pois vê-se que é um processo normal, individual e gradual. Num contexto mais filosófico, pode continuar a viver, a criar vida e a ultrapassar os limites dos seus antecessores (PEREIRA, 2019).

2.1.1  Perdas físicas, motoras e psicológicas

O envelhecimento é um processo fisiológico dinâmico e progressivo que reduz a reserva funcional de órgãos e dispositivos. O problema do envelhecimento populacional é amplamente reconhecido, e o número de idosos no Brasil ocupa atualmente o sétimo lugar no mundo; espera-se que ocupe o sexto lugar até 2025 (VIANA; JUNIOR, 2017).

O declínio da mobilidade é ainda maior com o aumento da idade cronológica e com o número de pessoas que se tornam menos ativas devido à diminuição da capacidade física e às alterações psicológicas e sociais que ocorrem com a idade (sentimentos de velhice, estresse e depressão). A AF que promove o aparecimento de doenças crônicas, agrava ainda mais o processo de envelhecimento (NOGUEIRA; MARTINS, 2017).

Durante o envelhecimento ocorrem perdas estruturais e funcionais que progridem de forma relutante ao longo do tempo. As medidas fisiológicas de desempenho geralmente melhoram rapidamente durante a infância e atingem o pico entre o final da adolescência e o início dos trinta anos. No processo de envelhecimento, os fatores genéticos desempenham um papel, pois acredita-se que cada organismo tenha uma vida útil máxima determinada por ele, porém, verificar esse fato torna-se difícil porque o processo de envelhecimento ocorre por associação. (MOREIRA et al., 2021).

Além dos fatores genéticos, existem vários motivos. Em geral, as mulheres vivem mais que os homens, em média cinco a sete anos mais. Esse fato se deve ao caráter protetor dos hormônios (principalmente o estrogênio) para as mulheres e à tendência dos homens de se submeterem a cirurgias que apresentam maiores riscos à sua saúde e sobrevivência (ANDREIS et al., 2018).

À medida que o ser humano envelhece o acúmulo de radicais livres no organismo favorece alterações proteicas. Os radicais livres são substâncias que podem reagir e alterar certas partículas que constituem as proteínas. Os danos causados pelos radicais livres constituem o mecanismo pelo qual o metabolismo aeróbico leva ao dano celular. No entanto, a presença desses radicais livres determina o dano oxidativo que leva ao envelhecimento celular e desencadeia certas doenças (ROCHA, 2018).

Um dos fatores que contribuem para o envelhecimento é a poluição dos grandes centros urbanos devido às altas concentrações de monóxido de carbono. Essas áreas apresentam maior incidência de doenças pulmonares crônicas e suas complicações, aumentando a mortalidade por problemas respiratórios. Vale ressaltar que esse fator não tem efeito significativo no processo de envelhecimento em si, mas como a grande maioria dos idosos é mais propensa a problemas respiratórios, mesmo esses problemas são ampliados devido a alterações fisiológicas (ANDREIS et al., 2018).

Sabe-se que a alimentação é outro fator importante que afeta a saúde e a qualidade de vida de um indivíduo. Um padrão alimentar equilibrado, melhora a saúde e contribui diretamente para a prevenção e controle das principais doenças que afetam os idosos, como prisão de ventre, excesso de peso, dislipidemia, hipertensão, diabetes, osteoporose, câncer e outros (NOGUEIRA; MARTINS, 2017).

 Várias mudanças durante o envelhecimento podem afetar os padrões alimentares de um indivíduo, como redução das papilas gustativas, perda do paladar; diminuição do olfato e da visão; diminuição da saliva e das secreções estomacais; falha na mastigação devido à falta de dentes ou uso de próteses mal ajustadas; diminuição motilidade intestinal (ROCHA, 2018).

É valido mencionar nesse processo o envelhecimento biológico, que corresponde ao processo de envelhecimento de um indivíduo sem alterações patológicas associadas. Para todos os seres vivos, exceto os humanos, o envelhecimento biológico é o único fator que importa e, para os humanos, os fatores psicológicos e sociais desempenham um papel importante neste processo. Na maioria das vezes, o envelhecimento mental é imposto quando as pessoas atingem uma determinada idade, mesmo que o indivíduo não apresente alterações motoras, intelectuais ou reflexas (NOGUEIRA; MARTINS, 2017).

Bem como o envelhecimento social, que se refere a questões intimamente relacionadas com os fatores psicológicos do envelhecimento humano, que são determinados por cada sociedade de acordo com padrões comportamentais específicos e aplicados de acordo com as diferentes fases da vida. O envelhecimento social cria preconceito e depressão, o que agrava o estado físico e emocional dos idosos (NASCIMENTO, 2020).

2.2 IDOSOS E A ATIVIDADE FÍSICA

A qualidade de vida do idoso é definida como a felicidade da pessoa, que decorre de sua avaliação, de sua realização em um desejo de vida idealizado e de sua satisfação com o que foi possível concretizar até o momento. Além disso, à medida que envelhece, sua qualidade de vida depende em grande parte da capacidade de manter sua autonomia e independência e, portanto, do controle de possíveis doenças crônicas já existentes. Assim, o envelhecimento bem-sucedido é acompanhado de qualidade de vida e bem-estar, que devem ser cultivados ao longo dos estágios de desenvolvimento (ZAGO et al., 2004).

Diante disso, Caromano, Ide e Kerbauy (2006) afirmam que o exercício físico pode não só eliminar a quantidade de sedentarismo, mas também dar uma contribuição importante para a manutenção da aptidão física dos idosos em termos de saúde e capacidade funcional. Outro benefício deste exercício é que melhora as funções orgânicas e cognitivas, garante maior independência pessoal e previne doenças.

Como sabe-se, com o aumento da idade, o comportamento da prática de exercícios físicos vai diminuindo, acarretando que os idosos sejam fisicamente inativos, especialmente quando se trata no lazer. Devido à aposentadoria, esse grupo populacional tem mais tempo para aproveitar, portanto, a avaliação da atividade nessa área é um importante indicador do seu nível de AF (ALVES et al., 2010).

No Brasil, o sedentarismo é muito comum, principalmente em áreas subdesenvolvidas. Com a participação da atenção primária à saúde e de seus profissionais, a redução da falta de exercícios e a promoção de estilos de vida saudáveis podem ter um grande impacto na melhoria das taxas de saúde da população e nos custos relacionados à gestão dos serviços (ZAGO et al., 2000).

Nessa perspectiva, Mendonça, Moura e Lopes (2018) salientam que a prática de exercícios físicos para idosos é considerada parte importante de um estilo de vida saudável, principalmente por estar associada a múltiplos benefícios à saúde física e mental. Em razão disso, os exercícios físicos tornam-se cada vez mais importantes no processo de envelhecimento ativo, pois podem manter a qualidade de vida dos idosos.

2.2.1 Atividades físicas e a promoção de saúde e qualidade de vida do idoso

A prática regular de AF pode trazer benefícios ao corpo, a mente e vida social do idoso. Manter-se bem consigo, alimentando regularmente, mantendo suas AFs diárias, mesmo que seja uma simples caminhada, contribui para sua promoção na saúde. Realizar “exercícios físicos diários – principalmente os aeróbios, de impacto, exercícios de peso e resistência – em intensidade moderada, com este trabalho físico, estará promovendo a independência da vida do idoso” (VELASCO, 2006, p.111).

O profissional de Educação Física tem um papel fundamental de equilíbrio para o bem-estar do idoso, de acordo com o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF):

orienta que o professor e profissional de educação física, procure estimular, orientar, realizar atividades físicas que mantenha o idoso ativo, mas sempre respeitando o limite do corpo do idoso, com prudência, realizar exercícios físicos, mesmo que simples em casa para que evitem aglomerações. O profissional deve orientar que as pessoas com comorbidades e idosos, devem entender que de risco e não podem realizar atividades em grupos para evitar o perigo de contrair o vírus por que é letal. (CONFEF, 2020, s/n),

Buscando formas diferenciadas de lazer em ambientes como clubes, Organização não governamental (ONGs), universidades, sindicatos, centros de convivência, associações e outros órgãos se dedicam para esse aspecto, orientando o idoso a encontrar suas características pessoais e emocionais com as quais devem ocupar sua vida física, emocional e social, no dia a dia, sendo de grande ajuda para que o idoso possa viver bem e seguro.

É fundamental que os idosos procurem melhorar constantemente suas valências físicas, com o intuito de torná-los independentes e terem possibilidade de efetuarem as tarefas rotineiras e permanecerem saudáveis. Essas valências quando bem otimizadas tornam os idosos parcamente vulneráveis a quedas, a distensões musculares, rompimento de ligamentos, entre outras lesões ou distúrbios associados ao envelhecimento (CIVINSKI ET AL., 2011).

Para que os idosos possuam qualidade de vida é primordial que sustentem níveis de força, essencialmente para seu aspecto psicológico, fazendo com que eles se sintam especialmente independentes em relação as suas atividades e afazeres. São parâmetros que auxiliam e contribuem para que o idoso venha aceitar sua nova vida com prazer, bem-estar físico e emocional de qualidade, deixando sua saúde física mais ativa mesmo que sua habilidade diminui, não afetará seu comportamento por viver interagindo de maneira constante em benefício de seu bem-estar (CIVINSKI et al. 2011).

O processo de envelhecimento é individual e diferenciado, mas que todos podem viver e superar a fase com sabedoria e maturidade, apesar de alguns limites físicos que ocorrem não se pode deixar levar pelas circunstâncias e ir em busca da paz e liberdade de espirito, é o que todo ser humano tem como meta (VELASCO, 2006).

Segundo Vieira (1996), alguns aspectos pertinentes como admitir mudanças, prevenir doenças, estabelecer interações sociais e relações familiares positivas e consistentes, manter um senso de humor elevado, ter autonomia e um efetivo suporte social colaboram para a melhoria do bem-estar geral do idoso e, como resultado, influenciam numa melhor qualidade de vida.

Com o decorrer dos anos estes indivíduos tendem a tornar-se sedentários, intensificando ainda mais a o cenário, não tendo mais entusiasmo para se movimentar, executar qualquer atividade ou até mesmo para sair de sua residência. Isso será capaz de ocasionar doenças crônicas e degenerativas ampliando o caso de pessoas impossibilitadas para a prática de atividades cotidianas (CIVINSKI et al. 2011).

Nota-se a importância da prática de AF de forma regular, para que assim impactos negativos a saúde física, mental e emocional possa ser reduzida, sendo, portanto, uma aliada na promoção da sua saúde e qualidade de vida, com vistas à oportunidade de ampliar vínculos sociais entre as pessoas (MORAES, 2011).

2.3 DANÇA ASPECTO HISTÓRICOS E CONCEITUAIS

A dança é uma forma de expressão física, e muitas vezes não faz parte do dia a dia de muitas pessoas, por isso deve ser vista como uma situação nova e, portanto, analisada e executada em harmonia entre mente e corpo. Como qualquer nova AF que requer comunicação entre o corpo e o cérebro, ela só prosseguirá com precisão se o corpo estiver recebendo adequadamente os dados que lhe são enviados (SOUZA; MENDONÇA, 2019).

É preciso ter consciência de que a expressão física é vital para o ser humano, pois pode melhorar a coordenação motora e trazer muita tranquilidade ao dia a dia; quando feita em grupo, além de beneficiar o corpo, também proporciona atividades sociais saudáveis. Dançar, às vezes pode causar exaustão, porém, esse fator deve se sobrepor aos benefícios que pode nos trazer (OLIVEIRA et al., 2016).

A dança é um movimento corporal rítmico organizado, acompanhado de música e bailado. A dança faz parte da cultura humana, do trabalho, da religião e do lazer. A dança, como forma de expressão artística, é o resultado das necessidades expressivas humanas, seu surgimento está relacionado tanto com as necessidades mais específicas como as subjetivas do ser humano (LEAL; HAAS, 2006).

As atividades de dança podem desenvolver a compreensão dos seres humanos sobre sua capacidade de movimento, compreendendo melhor como seus corpos funcionam. Com isso, poderia-se utilizá-lo de forma expressiva com maior sabedoria, autonomia, responsabilidade e sensibilidade (MARBÁ et al., 2016).

Quando falamos em dança, pode-se pensar em diversas danças como: dança de salão, samba, foro, pagode, jazz, sapateado, balé clássico, afro, moderna, contemporânea, folclórica, dança pop, maxixe, quadrilha, valsa, etc. Na dança social, os participantes dançam para seu próprio prazer. Todos os tipos de dança envolvem movimento, energia, ritmo e criatividade (FREIRE, 1999).

Desde os tempos antigos, os humanos usam a dança para expressão física como forma de comunicação. Encontra-se muitas influências nas culturais de países onde as danças são executadas e onde os ritmos se originaram. Cada cultura transmite o seu conteúdo às mais diversas esferas, das quais a dança absorve grande parte dessa transmissão (MARBÁ et al., 2016).

Pois, a dança sempre teve grande importância nas sociedades ao longo dos tempos, tanto como forma de expressão artística como como objeto de culto dedicado aos deuses ou como simples entretenimento. Em tempos mais distantes, porém, o significado da dança era tingido de mistério, visto que era amplamente executada em cerimônias religiosas e raramente dançada em reuniões comemorativas (DICKOW, 2017).

A dança também sofreu profundas mudanças ao longo dos anos. Desde então, a dança social tem vindo a mudar, sendo gradativamente aceite pelos socialmente desfavorecidos, que têm vindo a desenvolver outro tipo de dança: a dança popular; com estas mudanças de comportamento, a dança social foi inevitavelmente acrescentada, pelo que uma nova vertente da música foi nascida, nomeadamente dançando por casais, que mais tarde seria denominada Danças de Salão (FREIRE, 1999).

A dança de salão já existia no Brasil antes da chegada da família real, mas foi ainda mais aprimorada depois da chegada da família real, porque trouxe toda a cultura da corte para o Brasil. Quanto aos benefícios, a dança de salão pode levar a uma maior compreensão do corpo das pessoas: dos seus limites, da beleza dos seus movimentos, da alegria da expressão corporal (PERNA, 2002).

Mas, além disso, a dança desenvolve a coordenação motora, a agilidade, o ritmo e a consciência espacial, desenvolve a musculatura corporal de forma integrada e natural, melhora a autoestima e quebra diversas barreiras psicológicas, permite a interação social e aumenta a sociabilidade. Aumentar os laços sociais, tornar-se uma opção de lazer e ainda promover a melhoria de problemas como doenças. Neste contexto, a dança de salão é muito importante para o desenvolvimento dos idosos, principalmente no que diz respeito à mobilidade física e emocional (PERNA, 2002).

2.4 OS BENEFÍCIOS DA DANÇA NA TERCEIRA IDADE

A dança é uma mistura do homem e da natureza no mesmo corpo, um grupo de pessoas mudando sua rotina de forma alegre. Também temos a dança como forma de invocar os deuses, por isso o corpo possui certos rituais e danças que precisam ser realizados para aproximar a entidade. A dança é a experiência e expressão explícita da relação entre as pessoas, a natureza, a sociedade, o futuro e o sagrado (GARAUDY, 1980).

A dança é considerada uma forma de vida e como resultado da necessidade humana de expressão. Esse sentimento tem a ver com uma característica fundamental da natureza humana. Viver, dançar e conviver, mudar corpos e mentes um tanto cansadas e enferrujadas pela vida, fazem parte do ser humano.

Cabe a cada indivíduo procurar estas mudanças, e persegui-las pode por vezes levar as pessoas a resistir e muitas vezes a desistir daquilo que desejam. Outros, ao descobrirem isso, encontram uma sensação de autossatisfação que faz da dança uma parte quase diária de suas vidas, trazendo-lhes alegria, energia e saúde (FONSECA; GAMA, 2011).

A dança na terceira idade deve romper com as regras formais ditadas pela mídia e pelos padrões reproduzidos de dança e processos de condicionamento corporal. Todos precisam inovar com criatividade, inteligência e alegria, para deixar de ser apenas uma apresentação de dança e se solidificar como uma dança em que cada um tem o direito de escrever sua própria história (FONSECA; GAMA, 2011).

Ao permitir que a dança influencie seu estilo de vida, os idosos percebem mudanças em seus corpos. Em termos leigos, corpos que antes eram um pouco doloridos e duros tornam-se mais flexíveis e menos doloridos com a ajuda da dança e da prática. Além disso, as condições de saúde melhoraram (SILVA et al., 2012).

Através da dança pode-se melhorar atributos físicos, sociais e éticos. A dança exercita a memória, a concentração, o raciocínio, a imaginação e a criatividade, além de trazer inúmeros benefícios à saúde. Os principais benefícios da dança incluem: benefícios cardiovasculares; melhora da expressão corporal; desinibição; autoconsciência; aumento da autoestima; estimula a circulação; melhora da comunicação; melhora da capacidade respiratória (FONTOURA et al., 2016).

A dança também proporciona consciência espacial, consciência corporal, prazer; melhora nos relacionamentos; desenvolve raciocínio abstrato; ajuda a compreender a cultura; reduz a ansiedade e o estresse e libera a tensão; reduz o sedentarismo; contém conceitos e procedimentos como áreas de conhecimento e estudo; auxilia na saúde mental; aumenta os ciclos de relacionamento; melhora social, emocional e cognitiva em áreas de conhecimento; incentiva a espontaneidade e criatividade (GASPAR et al., 2018).

Atividade de dançar pode alterar o físico do idoso, tornando-o mais ativo, e também pode alterar a memória, principalmente a autoestima, sem falar na melhoria do funcionamento de órgãos internos como o coração e o sangue. Uma das principais funções da dança é a interação, que envolve compreender o estilo de vida atual, os comportamentos observados ao seu redor e a aceitação de todos esses fatos (FONTOURA et al., 2016).

A criatividade do indivíduo também é afetada favoravelmente, pois o torna mais um inventor, por assim dizer. Desta forma, os problemas de depressão, estresse, dores físicas, mentais e musculares são bastante reduzidas. Assim, através da dança, o indivíduo encontra todas as atividades de que necessita numa única forma, nomeadamente a dança (GASPAR et al., 2018).

Quando organizada de forma sistemática com frequência, duração e intensidade pré-definidas, a dança torna-se uma grande aliada na saúde física e mental. Melhora o desempenho nas atividades diárias, autonomia, autoconfiança, prevenção de doenças, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida (SILVA; ZARPELON, 2007).

A prática regular da dança pode contribuir muito no tratamento de doenças que afetam os idosos, melhorar o desempenho diário, a confiança, o equilíbrio e a vida física, social e até cultural, proporcionando aos idosos uma nova visão de mundo (SOUZA et al., 2015).

Os benefícios de dançar com o coração são muito importantes, pois também ajudam a melhorar a expressão corporal, a circulação sanguínea, a interação social, o humor, a interpretação da sociedade para compreender as mudanças diárias simultâneas da vida e adaptar-se a elas com mais facilidade (SOUZA et al., 2015).

De modo geral, a AF no idoso ajuda a evitar a atrofia muscular, facilita a movimentação articular, evita a descalcificação óssea, faz com que o coração se contraia com mais eficiência, reduz o risco de infarto do miocárdio, aumenta a capacidade respiratória, melhora as relações sexuais, previne a obesidade e reduz o risco de trombose, ajuda no equilíbrio psicológico e emocional, melhora a personalidade, etc (SILVA et al., 2018).

Dançar previne a atrofia muscular e óssea, beneficia a pronúncia, a frequência cardíaca e a vida sexual, e um fato muito importante observado é que esse equilíbrio fica mais evidente aos olhos de quem presencia as mudanças físicas. (SOUZA et al., 2015).

Em geral, a dança como forma de AF traz muitos benefícios ao corpo. A dança é frequentemente usada como forma de terapia e, com o tempo, descobrirá que seus benefícios vão muito além da saúde física. Quando são dados os primeiros passos de dança, a pessoa se livra de tabus, medos e preconceitos e aos poucos vê sua vida transformada. Dançar é uma AF adequada a todos, não existe limite de idade ou qualquer outra restrição, não existem obstáculos, pois os passos de dança podem sempre ser adaptados às limitações físicas de cada pessoa (SILVA et al., 2018).

Muitos idosos procuram a dança para se divertir, relaxar e, muitas vezes, para orientação médica, pois dançar é uma atividade muito prazerosa e proporciona um bom condicionamento físico, entre outros benefícios: aumenta a flexibilidade e melhora o condicionamento aeróbico, melhora a coordenação motora, auxilia no emagrecimento, auxilia na perda de peso, melhora a aptidão cardiorrespiratória, fortalece os músculos, protege as articulações, reduz dores, previne problemas posturais e osteoartrite, aumenta o convívio social, combate a depressão e a timidez, traz felicidade, melhora a autoestima, combate ao estresse, ajuda no relaxamento. Dançar é uma ótima maneira de se manter saudável, em forma e se divertir (SILVA; ZARPELON, 2007).

3 METODOLOGIA

Para construção deste trabalho foi adotada como abordagem metodológica de pesquisa bibliográfica e qualitativa, com busca de artigos científicos, dissertações, teses e livros. Pois, através da pesquisa bibliográfica o autor, pelo contato direto com as informações publicadas. Para Severino (2013, p.106),

A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente registrados.

Para Lakatos e Marconi (2010), a metodologia qualitativa envolve analisar e explicar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análises mais detalhadas sobre pesquisas, hábitos, atitudes, tendências de comportamento, etc.

Foram acessadas as seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Portal da Capes, Google Schoolar e Repositórios de Universidades e Bibliotecas públicas visto que permite buscas simultâneas das principais fontes nacionais e internacionais.

Como critérios de exclusão foram utilizados os seguintes: estudos apenas com resumos; idiomas diferentes do inglês e português; títulos dos artigos que não correspondiam às descrições; texto sem elementos relevantes. E como critérios de inclusão foram adotados os seguintes: documento em texto completo; publicado em português e inglês; publicado entre 2013 e 2023; título do descritor de referência.

A investigação da literatura fora realizada por meio das seguintes palavras chaves: “qualidade de vida”, “dança”, “envelhecimento”, “dança de salão” Após a revisão da literatura, procedeu-se à seleção das teses, dissertações e literatura. Os materiais foram selecionados e segregados tematicamente de acordo com sua relevância para o assunto a ser estudado. Depois disso, foram realizadas a leitura minuciosamente do material a ser analisado, para por fim realizar-se a redação deste estudo.

4 RESULTADOS

Para expressar os resultados centrais deste trabalho, foram identificados e listados 10 artigos conforme o “quadro 1”, os quais serão utilizados como fundamentação na análise dos principais desdobramentos deste estudo. A escolha desses artigos baseia-se em sua significância e contribuição para a compreensão da temática em foco, estabelecendo assim uma base sólida teórica e empírica que respalda as conclusões a serem abordadas ao longo desta pesquisa. Este recorte está alinhado com o tema central: “A Relevância da Dança de Salão na Promoção do Envelhecimento com Qualidade para Idosos”.

Quadro 1- Resultados da pesquisa.

Autor/DataTítuloMétodosResultados esperados
Barreto (2017)Envelhecimento e qualidade de vida: o desafio actual.Pesquisa descritivaO artigo aborda as teorias biológicas do envelhecimento, ampliando para fatores culturais que influenciam a qualidade de vida dos idosos. Destaca a importância das condições externas, analisando lacunas nos cuidados aos idosos, com ênfase no apoio às famílias responsáveis ​​pelos idosos dependentes. Alerta para o risco à saúde mental dos mencionados de cuidados, impactando o bem-estar da família. O artigo enfatiza a necessidade de suporte material, técnico, atenção às dificuldades individuais e bom relacionamento humano.
Civinski; Montibeller; Oliveira (2011)A importância do exercício físico no envelhecimento.Pesquisa bibliográfica e descritivaEste estudo aborda o envelhecimento como um complexo que envolve aspectos biológicos, fisiológicos, sociais e psicológicos em todos os seres vivos. O objetivo geral da pesquisa é investigar, por meio do método biográfico, os benefícios dos exercícios físicos para idosos e sua relação com o processo de envelhecimento.
Dickow (2017)Características idenitárias do ser professor de Dança de Salão.Revisão de documentos e de literaturaEste estudo refere-se à formação de professores em Dança de Salão, especificamente explorando as características identitárias e constitutivas do ser professor nessa área. A análise das Cartas revelou que as características identitárias do ser professor de Dança de Salão desempenham um papel significativo na construção dos saberes docentes. Estas características auxiliam na realimentação da avaliação permanente do que é ser um professor, resultando em uma base representativa para a definição da identidade de um professor de Dança de Salão.
Fonseca (2011)A imagem corporal na dança de salão.Pesquisa descritivaO estudo se concentra em apresentar a dança como não competitiva, destacando-se como uma forma de manifestação corporal que promove a união entre corpo, mente e emoção. A dança é sugerida como tendo influência sobre os aspectos psicológicos e fisiológicos do ser humano, proporcionando aprendizado cognitivo e perceptivo dos sistemas, influenciando a imagem corporal. O estudo utilizou uma escala de silhuetas proposta por Stunkard para avaliar o grau de autosatisfação corporal antes e depois do módulo inicial de aulas de dança.
Fontoura (2016)Dança na terceira idade: benefícios biopsicossociais na vida do idoso.Estudo qualitativo de cunho descritivoEste estudo refere-se a uma pesquisa qualitativa realizada na disciplina de Pesquisa em Psicologia, com o objetivo de investigar os benefícios biopsicossociais gerados pela prática da dança na vida de idosos. A pesquisa utilizou uma abordagem qualitativa, aplicando entrevistas semiestruturadas a sete mulheres idosas, membros de um grupo de dança da terceira idade, com idades entre 60 e 91 anos. Os resultados indicam que a prática da dança teve impactos significativos na vida dessas idosas.
Gaspar (2018).A dança na terceira idade promovendo qualidade de vida.Estudo qualitativo de cunho descritivoEste estudo é uma pesquisa quantitativo-descritiva que visa identificar a percepção dos idosos em relação à dança e seus possíveis benefícios na qualidade de vida. A pesquisa foi realizada com 30 alunos participantes do Projeto Social Saúde, Idoso, Bombeiros e Sociedade, utilizando um questionário estruturado como instrumento. Os resultados indicaram que uma grande maioria (97%) dos entrevistados concorda que a dança promove benefícios na terceira idade. Apenas 3% dos praticantes de dança afirmaram que não obtiveram nenhuma melhoria ou benefício correspondente à prática dessa atividade.
Leal (2006)O significado da dança na terceira idade.Pesquisa de campoEste estudo busca um aprofundamento teórico-prático sobre o perfil das pessoas que buscam a dança na terceira idade, com o objetivo geral de analisar o significado da dança nessa fase da vida. A amostra é composta por 13 idosas do sexo feminino, com idade acima de 65 anos, que participam do projeto “Dança na Terceira Idade”, vinculado à Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e à Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. As considerações finais do estudo apontam que a dança é significativa para todas as entrevistadas, proporcionando-lhes bem-estar físico, social e psicológico.
Lima (2020)Idosos e a dança: uma revisão sistemática da literatura.Pesquisa bibliográfica descritivaO estudo se propôs a analisar as pesquisas realizadas no Brasil relacionadas à prática da dança entre idosos. A maioria esmagadora dos participantes nos estudos (95%) eram mulheres idosas que praticavam dança. Isso destaca um padrão específico de participação nas atividades de dança entre os idosos. As pesquisas revisadas mostraram que a prática da dança oferece benefícios para os idosos.
Marbá (2016)Dança na promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida.Pesquisa QualiquantitativaO estudo aborda a dança como uma atividade física capaz de melhorar a disposição para as atividades do dia-a-dia, proporcionando benefícios como força muscular, estética corporal e autoestima aos seus praticantes. Os resultados indicam que há uma grande busca pela prática da dança, motivada pelos benefícios que essa atividade proporciona à saúde.
Oliveira (2016)A dança de salão como atividade física na melhoria da postura do idoso.Pesquisa Qualiquantitativa de campoO estudo abordou a relação entre a prática da Dança de Salão e a melhoria na postura de idosos, considerando o contexto do envelhecimento da população e o aumento das doenças crônicas e desvios posturais associados a esse grupo. Em resumo, o estudo destaca a importância da dança de salão como uma intervenção possível para promover a saúde postural em idosos, forneceu evidências de melhoria com base na análise da amostra selecionada.

Fonte: autores, 2023

Os 10 estudos apresentados abordam diferentes aspectos relacionados ao envelhecimento, qualidade de vida, dança de salão, exercício físico, exercício do professor de dança de salão, imagem corporal, dança na terceira idade e os benefícios biopsicossociais associados à prática da dança, entre idosos.

Esses estudos não apenas são direcionados à base de conhecimento científico, mas também têm implicações práticas na promoção da saúde e no bem-estar da população idosa, influenciando políticas públicas, práticas clínicas e programas de atividade física adaptados às necessidades específicas desse grupo.

 5 DISCUSSÃO

Barreto (2017) exorta sobre a diferença no envelhecimento entre as pessoas na era moderna, especialmente em comparação com períodos mais distantes, como na antiguidade. Quando ele menciona que hoje já não é raro chegar à velhice como os milênios atrás, sugere que atualmente as pessoas enfrentam desafios e condições diferentes ao envelhecer em comparação com o passado.

O estudo de Civinski; Montibeller; Oliveira (2011) destaca que a diminuição da capacidade funcional ao longo da vida está relacionada a diversos fatores, como genética, estilo de vida e estado psicoemocional. Nesse contexto, a participação em programas regulares de exercícios físicos é considerada essencial. Esses programas são vistos como uma forma eficaz de reduzir, prevenir e tratar declínios funcionais associados ao envelhecimento, e a dança é um exemplo desses programas.

De acordo com Dickow (2017), a dança é uma prática intrínseca à história humana, refletindo movimento, cultura e comunicação ao longo do tempo. Ela se manifesta por meio de movimento e ritmo, guiada pela música, representando emoção, arte, mito, filosofia e religião. A Dança de Salão, com mais de cinco séculos de história, destaca-se como uma modalidade que perdurou ao longo das mudanças culturais e conceituais, mantendo sua relevância.

Nessa linha de pensamento Fonseca (2011), destaca a importância da dança como uma expressão intrínseca ao ser humano, vinculando-se à história da comunicação humana e aos valores culturais. A dança é vista como um meio de revelação dos sistemas de valores, normas, ideais, conceitos estéticos e aspectos psicológicos de uma sociedade. O movimento na dança é considerado um meio de comunicação do homem em resposta às emoções vívidas, expondo aspectos psicológicos e físicos complexos que unem corpo, mente e emoção.

Nesse ínterim Fontoura (2016), menciona que a dança de salão, em particular, é uma atividade sensório-motora que requer a integração de habilidades como ritmo, padrão espacial, sincronia, dinâmica e sensações. Os dançarinos são chamados de compreender o espaço disponível, os planos de movimento e a interação física e psicologicamente com seus parceiros.

Em seus estudos Gaspar (2018), sugere que a dança está associada à melhoria da qualidade de vida, no bem-estar social e físico dos idosos. Além disso, destaca que a prática da dança auxilia nas atividades do cotidiano, gera motivação e autoestima, contribuindo para uma maior participação desse grupo na sociedade. Exorta ainda, a importância da dança como elemento de expressão que pode proporcionar autonomia e transformação aos idosos, além de trabalhar a mobilidade e facilitar as atividades diárias, promovendo um envelhecimento mais ativo e saudável.

Leal (2006), destaca que a prática da dança é benéfica para a saúde e representa uma atividade que traz satisfação pessoal para as idosas. A dança é uma forma de exercício físico que envolve movimento corporal, ajudando a melhorar a condição cardiovascular, fortalecer os músculos, melhorar a flexibilidade e a coordenação motora. A prática regular pode contribuir para a manutenção da saúde física e reduzir o risco de doenças crônicas.

Lima (2020), também menciona que benefícios da dança incluem melhorias na saúde, no nível motor, nos aspectos psicológicos e na socialização. Além disso, a dança contribuiu para ampliar as capacidades físicas dos idosos, proporcionando-lhes uma maior expectativa de vida. A dança para idosos oferece oportunidades de desenvolvimento.

Marbá (2016), também enumera alguns benefícios da dança para os idosos, além da perda de peso, os praticantes de dança encaram a dança como terapia motivacional, integração social e melhoria da autoestima. O autor conclue que a dança vai além de uma simples atividade física, sendo percebida como uma prática que promove diversos aspectos positivos para a saúde mental, emocional e social dos seus praticantes.

De acordo com Oliveira (2016), a manutenção de uma postura adequada é crucial para a saúde e o bem-estar dos idosos. Problemas posturais levam a dores crônicas, limitações de mobilidade e, em última instância, podem afetar a qualidade de vida. À medida que a medicina avança, a busca por disciplinas não farmacológicas para melhorar a saúde e o bem-estar se torna mais relevante. A dança de salão representa uma abordagem que não envolve medicamentos, podendo ser uma opção acessível e agradável para os idosos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da análise abrangente dos diversos estudos, emerge uma compreensão sólida dos resultados positivos da dança, em particular da Dança de Salão, no processo de envelhecimento. A análise dessas pesquisas revela uma compreensão sólida dos resultados positivos associados à dança, especialmente no contexto do envelhecimento.

Diversos estudos destacam os benefícios físicos da Dança de Salão para idosos. A atividade constante promove a melhoria da coordenação motora, equilíbrio e flexibilidade, fatores essenciais para a manutenção da saúde física à medida que envelhecemos. Além disso, a prática regular da dança tem sido associada a um aumento da resistência cardiovascular e muscular, contribuindo para a promoção do bem-estar geral.

Além dos aspectos físicos, a Dança de Salão apresentou resultados positivos na saúde mental e emocional dos participantes mais velhos. A interação social proporcionada por essa forma de expressão artística é crucial para combater o isolamento social comum em idosos. A dança em pares, característica da Dança de Salão, estimula a comunicação, fortalecendo laços interpessoais e promovendo um senso de comunidade.

A natureza lúdica da Dança de Salão também é um fator relevante. A prática regular desta atividade oferece uma fonte de prazer e entretenimento, elementos fundamentais para o homem. A dança é uma forma de expressão artística, permitindo que os praticantes explorem sua criatividade e individualidade. A Dança de Salão encoraja a experimentação com diferentes estilos, passos e variações, permitindo que cada pessoa aprimore sua própria interpretação da dança.

O ato de dançar pode como uma forma de aliviar as pressões do dia a dia. A concentração na música, nos movimentos e na parceria ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade. A dança é muitas vezes considerada uma forma de expressão emocional, permitindo que os praticantes liberem emoções de maneira positiva, dessa forma é uma prática essencial para o bem estar da pessoa idosa.

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1. Estudante de graduação no curso de Bacharelado em Educação Física na Universidade Paulista – UNIP Aqui Você Pode. Manaus, Amazonas, Brasil.
2. Professor orientador do curso de Bacharelado em Educação Física da Universidade Paulista – UNIP Aqui Você Pode. Manaus, Amazonas, Brasil.