THE RELATIONSHIP BETWEEN SOCIAL MEDIA AND MENTAL HEALTH: A CRITICAL ANALYSIS
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10051223
Altemir dos Santos Arirama1
Samuel Reis2
Andreziane Cassiano Ribeiro3
Resumo: O uso crescente das redes sociais por jovens tem gerado discussões sobre os efeitos positivos e negativos dessa tecnologia. Este artigo científico aborda o comportamento dos jovens nas redes sociais, explorando as tendências, os impactos psicossociais e as implicações sociais dessa interação digital. Os autores analisam como os jovens se envolvem nas redes sociais, seus padrões de uso, motivações subjacentes e os possíveis impactos em sua saúde mental, relacionamentos e participação na sociedade. Além disso, discutem questões emergentes, como privacidade, auto-imagem, ciberbullying e o papel das redes sociais na formação de identidade dos jovens. Os autores concluem que o uso das redes sociais tem um impacto significativo na vida dos jovens, tanto positivo quanto negativo. É importante que os jovens sejam conscientizados sobre os riscos e benefícios dessa tecnologia, para que possam usá-la de forma responsável e segura.
Palavras-chave: Comportamento; Redes Sociais; Saúde Mental.
Abstract: The growing use of social networks by young people has generated discussions about the positive and negative effects of this technology. This scientific article addresses the behavior of young people on social networks, exploring the trends, psychosocial impacts and social implications of this digital interaction. The authors analyze how young people engage in social media, their usage patterns, underlying motivations and the possible impacts on their mental health, relationships and participation in society. Furthermore, they discuss emerging issues such as privacy, self-image, cyberbullying and the role of social networks in young people’s identity formation. The authors conclude that the use of social networks has a significant impact on the lives of young people, both positive and negative. It is important that young people are made aware of the risks and benefits of this technology, so that they can use it responsibly and safely.
Key words: Behavior; Social media; Mental health.
INTRODUÇÃO
O uso das redes sociais é uma realidade cada vez mais presente na vida das pessoas, crianças, adolescentes e adultos, porém esse uso pode ter conseqüências negativas para a saúde mental, pelo condicionamento e geração de diversos transtornos e fobias.
Tendo em vista o exposto este artigo apresenta uma breve análise crítica da relação entre redes sociais e saúde mental, considerando os principais riscos e benefícios associados ao uso dessas ferramentas. O uso das redes sociais por jovens é uma realidade cada vez mais presente em nossa sociedade. Diante disso, este artigo tem como objetivo compreender o comportamento de pessoas nas redes sociais, recorrendo a uma sucinta contextualização.
Para atingir o objetivo proposto, este artigo analisará a influência das redes sociais, conhecerá as principais redes sociais virtuais que são utilizadas pelos jovens e identificará os principais impactos da relação existente entre as redes sociais e os diversos seguimentos humanos.
A partir dessa análise, serão respondidos os seguintes questionamentos: Os influenciadores digitais influenciam de alguma forma no comportamento dos jovens? Quais as redes sociais mais utilizadas pelos jovens? Quais os danos causados pelo uso excessivo das redes sociais?
A pesquisa baseia-se em uma revisão sistemática da literatura, incluindo estudos empíricos, análises qualitativas e teorias relacionadas ao comportamentos nas redes sociais. Foram utilizados bases de dados acadêmicos e plataformas de pesquisas para coletar uma variedade de perspectivas sobre o assunto.
Também enfatizamos a função do psicólogo diante dos possíveis transtornos causados pelas mídias sociais, sua atuação como profissional de saúde mental, oferecendo avaliação, diagnóstico e intervenção terapêutica para indivíduos que apresentam problemas relacionados ao uso excessivo ou disfuncional das mídias sociais, ajudando a conscientizar sobre os riscos e promovendo o uso saudável das mídias sociais.
2 A RELAÇÃO ENTRE REDES SOCIAIS E SAÚDE MENTAL
No mundo contemporâneo, assistimos a uma incessante evolução tecnológica, como destacado por Ferreira et al. (2020), que desempenha um papel fundamental na transformação das vidas das gerações atuais, proporcionando meios para a troca de informações e interações entre indivíduos, este é um aspecto significativo considerando que,
…o avanço tecnológico é importante para o conhecimento e preparação da sociedade, porém, a influência das mídias sociais pode comprometer a percepção da realidade da vida, especialmente, para os adolescentes. (DE SILVA JUNIOR et al, 2022).
Considerando a analise dos autores citados, embora as redes sociais ofereçam muitos benefícios, como conexão com amigos, compartilhamento de interesses e informações à medida que a população se torna cada vez mais engajada nesses novos modelos de comunicação e interação, observamos um aumento significativo da presença humana na internet e nas plataformas de mídia social.
Conseqüentemente, torna-se imperativo considerar as potenciais ramificações, tanto positivas quanto negativas, desse envolvimento crescente.
Segundo LUSTOSA (2021), o conceito de “rede social” adquiriu ampla notoriedade como um termo correlacionado à tecnologia de comunicação e informação, tornando-se de uso comum em uma variedade de contextos e transcendendo as barreiras sociais estabelecidas por diversos agentes sociais.
De conformidade com SILVA (2016), um dos principais problemas relacionados ao uso das redes sociais é a desestruturação familiar, considerando que as redes sociais podem substituir as interações sociais reais, como o diálogo e o convívio familiar.
Segundo SANTROCK (2014), afirma que após a década de 1980, parte da sociedade tornaram-se dependentes da tecnologia, cuja principal necessidade é estar conectadas ao mundo das redes sociais, na perspectiva de diminuir o sentimento de solidão, diante do exposto podemos considerar que as crianças e adolescentes e adultos que passam muito tempo nas redes sociais podem se tornar menos sociáveis e mais propensos a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e isolamento social, vamos analisar criticamente essa relação, considerando tanto os riscos quanto os benefícios associados ao uso das redes sociais.
2.1 Riscos para a saúde mental
A saúde mental está intrinsecamente vinculada à maneira como uma pessoa lida com as circunstâncias da vida, responde ao estresse, desempenha no ambiente de trabalho, mantém sua produtividade e equilibra seus desejos, habilidades, aspirações, pensamentos e emoções.
A dependência das mídias digitais tem gerado possíveis riscos à saúde mental, contribuindo para o aumento de problemas como depressão, ansiedade, cyberbullying, transtornos relacionados ao sono e à alimentação, bem como problemas auditivos e visuais, como destacado por De Alencar Figueiredo et al. (2018), bem como o uso excessivo das mídias digitais pode resultar em agressões verbais e interpretações equivocadas de mensagens, o que pode desencadear desestruturação familiar e agravamento das taxas de depressão, conforme observado por SOUZA E DA CUNHA (2019).
O aumento do uso da Internet através do telefone celular, seja de forma exclusiva ou não, impacta em hábitos dos usuários, tais como a freqüência de utilização e os locais onde se conectam. Assim, a conexão à rede via telefone celular, dispositivo móvel e de uso pessoal, possibilita que os indivíduos se conectem cada vez mais em outros lugares, além da própria casa (CGI, 2017, p. 139).
O uso de celulares tem alterado a forma como nos relacionamos com o espaço e com o tempo. Essa mudança tem produzido efeitos psicológicos, que devem ser estudados pela Psicologia.
COSTA (2006) afirma que os celulares alteram não apenas os espaços físicos, mas também criam novos espaços virtuais. Essa mudança, segundo o autor, produz efeitos psicológicos, como a sensação de estar sempre conectado e a dificuldade de estabelecer limites entre o trabalho e a vida pessoal.
BAUMAN (2001) também discute os efeitos psicológicos dos celulares, segundo o autor afirma, que a “irrelevância do lugar” torna os interlocutores sempre disponíveis para um contato, uma interação. Essa mudança, segundo Bauman, pode levar ao aumento da ansiedade e da sensação de estar sempre sob vigilância.
As reflexões de Costa e Bauman destacam a importância da Psicologia se debruçar sobre os efeitos psicológicos dos celulares como instrumento de acesso a mídias diversas.
Além disso, essas reflexões permitem questionar se modificações no cotidiano profissional dos psicólogos já podem ser sentidas. Isso porque a flexibilização de horários e atividades pressupõe que todos os eventuais interlocutores têm sempre seus celulares perto de si e ligados.
Ansiedade e Depressão: O uso excessivo das redes sociais pode levar a sentimentos de ansiedade e depressão. A comparação constante com os outros, a exposição a imagens idealizadas de vida e a pressão para obter curtidas e comentários podem causar insegurança e baixa auto-estima.
A ansiedade pode ser definida como sinal de alarme perante determinadas situações que são vistas como ameaça aos interesses da pessoa, um temor de que as coisas não saiam como previsto. É uma resposta do sistema nervoso através de respostas fisiológicas, comportamentais, cognitivas e afetivas, preparando o corpo para uma situação de luta e/fuga (OBELAR; ALBORNOZ, 2016)
Cyberbullying: Crianças e adolescentes estão em risco de sofrer cyberbullying nas redes sociais, o que pode ter sérias conseqüências para sua saúde mental. Insultos, ameaças e assédio online podem causar trauma emocional.
A presença de humor triste, vazio ou irritável é o ponto central desses transtornos, mas, inclui também alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas (sono, apetite). Os critérios de diferenciação são duração, momento ou etiologia presumida (MARQUES, 2016).
Isolamento Social: Embora as redes sociais proporcionem uma forma de conexão, o uso excessivo delas pode levar ao isolamento social no mundo real. As interações online não substituem o contato face a face e podem afastar as pessoas de relacionamentos reais.
O transtorno de ansiedade social, também conhecido como Fobia Social, está entre os mais comuns e caracteriza pela manifestação excessiva de uma ou mais situações sociais ou de desempenho, geralmente inicia-se na infância de forma gradual. Frequentemente os pacientes apresentam medo de serem avaliados negativamente pelas pessoas ou ser vistos comportando-se de maneira embaraçosa e são inibidos e autocríticos nas situações sociais, acarretando prejuízos no desempenho social (MULLER et al., 2015)
Vício em Tecnologia: O vício em redes sociais é uma preocupação crescente. O uso constante e compulsivo das redes pode prejudicar outras áreas da vida, como estudos, trabalho e relacionamentos pessoais.
O vício em internet, também chamado de transtorno de dependência da internet ou uso patológico de internet é motivo de debate entre profissionais da saúde mental. Embora não seja reconhecido como um distúrbio pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o assunto conta com ampla e crescente pesquisa. Discordâncias quanto aos critérios diagnósticos também dificultam a compreensão no que se refere à dimensão do problema. Segundo algumas estatísticas, o distúrbio afeta até 8,2% da população mundial. Já outras, calculam a prevalência em 38% da população.(VASCONCELOS; LOBO; MELO NETO, 2015).
2.2 Benefícios para a saúde mental:
Conexão Social: As redes sociais permitem que as pessoas se conectem com amigos e familiares, mesmo que estejam geograficamente distantes. Isso pode ser especialmente importante para crianças e adolescentes que podem se sentir mais isolados.
Pensemos na computação, em toda sua gama de tecnologia de ponta que favoreceu o surgimento da internet. O ciberespaço possibilita novas formas de interação, redimensionando a relação do sujeito com o tempo e o espaço. Estaríamos assistindo ao esvaziamento da sociabilidade, ao favorecimento do individualismo contemporâneo, ou à produção de novas formas de socialização? A internet representa, sem dúvida um modo de produção subjetiva contemporânea, um lugar, mesmo que virtual, de produção de valores, costumes, linguagem. (Miranda, 2000, p. 40).
Apoio Comunitário: Grupos online oferecem um espaço para pessoas compartilharem experiências e encontrarem apoio em momentos difíceis, como problemas de saúde mental. Isso pode ser reconfortante para jovens que se sentem incompreendidos em seu ambiente imediato.
Recursos de Saúde Mental: Muitas organizações e profissionais de saúde utilizam as redes sociais para disseminar informações sobre saúde mental e oferecer recursos de apoio.
Segundo Rutter (1987) a característica essencial apoio comunitário e dos processos de proteção é de provocar uma modificação da resposta que seria esperada do indivíduo aos processos de risco. Possuem quatro principais funções: (1) reduzir o impacto dos riscos, fato que altera a exposição da pessoa à situação adversa; (2) reduzir as reações negativas em cadeia que seguem a exposição do indivíduo à situação de risco; (3) estabelecer e manter a autoestima e auto-eficácia, através do estabelecimento de relações de apego seguras e o cumprimento de tarefas com sucesso; (4) criar oportunidades para reverter os efeitos do estresse (RUTTER, 1987).
3 O PAPEL DO PSICÓLOGO EM ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL
Segundo o Ministério da Saúde, (2014), entre diversos conceitos, afirma que saúde mental é um componente essencial do bem-estar humano e desempenha um papel fundamental na qualidade de vida. Nesse contexto, a atuação do psicólogo desempenha um papel crucial na promoção e manutenção da saúde mental.
Redes sociais são estruturas sociais formadas por pessoas ou organizações que se conectam a partir de interesses ou valores comuns.
De acordo com Aguiar (2007), as redes sociais são as interações de indivíduos em suas relações cotidianas.
Essa propriedade foi o que motivou a criação das redes sociais virtuais, que permitiram que pessoas que se conhecem na vida real conversassem no meio virtual.
Dentre as dez redes sociais mais acessadas no Brasil estão: YouTube (usado por 95% dos usuários brasileiros cadastrados em redes sociais), Facebook (90%), WhatsApp (89%), Instagram (71%), Messenger (67%), Twitter (43%), LinkedIn (36%), Pinterest (35%), Skype (31%) e, por último, Snapchat (23%). O número de usuários aumenta a cada ano no país: em 2022, foram 10 milhões de novos usuários brasileiros, o que representa um aumento de 8% em relação a 2018 (Global Web Index, 2022).
Um dos principais pontos que as plataformas virtuais têm a seu favor é o fator social, a coragem que proporcionam aos seus usuários. Muitas vezes o sujeito é tímido demais para se socializar, e redes como Facebook, Orkut, Twitter são estimuladores. Segundo Luciana Ruffo (2020), do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP, criam “a possibilidade de aproximar pessoas e fazer com que elas pertençam a um grupo e, muitas vezes, ajudam-nas a encontrar apoio numa hora difícil”.
Segundo JOTTA (2020), há no ambiente virtual uma “intensificação”, por isso, embora seja comum os internautas tentarem montar uma personalidade positiva, é difícil fugir de quem se é na vida real. “Se eu tenho como característica algo mais amargo, é comum que meus comentários na internet sejam mais ácidos”, considera ainda que na rede social é mais difícil esconder o que é natural em você.”
A psicóloga Dora Sampaio Góes, do Grupo de Dependência de Internet do Ambulatório de Transtornos do Impulso, que faz parte do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, afirma que o problema começa quando ocorre a substituição do mundo real pelo virtual: se a pessoa tenta diminuir o uso da web e não consegue, se tem mais amigos virtuais do que reais, deixa de ter uma vida cotidiana – se encontrar com amigos, fazer refeições, passear etc.
Mas até chegar a este ponto, a própria rede ajuda, pois escancara os rastros de cada um. O Facebook é o melhor exemplo disso por conta da linha do tempo, pela qual é possível olhar para trás e, se for o caso, identificar algum problema. segundo GÓES (2020), no entanto, que só o vício pequeno dá condições de resolução própria: “Quando uma pessoa percebe que faz um uso excessivo e consegue parar, significa que aquilo não é patológico”.
Os aplicativos e jogos também são favoráveis, que por trás dos objetivos óbvios ligados a entretenimento acabam servindo também como ferramentas de aproximação de pessoas. Dois internautas que não têm nada a ver um com o outro se encontram naquele ambiente por terem um FarmVille ou um Angry Birds em comum.
As redes sociais não dependem da web, elas são criadas a partir do momento em que pessoas estão presentes. Por isso, a internet é só um passo adiante, mas ajuda no treinamento comportamental por funcionar como encurtadora de distâncias e por gerar diversas facilidades.
A recomendação para não encontrar as mazelas das plataformas é moderar sempre; GÓES (2020), afirma que o problema mais grave é a perda de controle, mídias sociais tem de servir a nosso favor, não nos transformar em escravos.
Conforme afirmam Portugal e De Souza (2020), a internet facilitou o cotidiano da população, por conta do seu vasto conjunto de ferramentas disponíveis, proporcionando mais conforto e comodidade, além de provocar constantes sensações de prazer e bem-estar. Como consequência, as redes acabam ganhando cada vez mais adeptos advindos de todas as faixas etárias, sobretudo entre os adolescentes, onde essa aquisição é mais volumosa e questão de grande atenção. Deste modo, os usuários tornam-se cada vez mais reféns dessas tecnologias (OLIVEIRA et. al, 2017).
Os psicólogos podem desenvolver atividades de atenção no tratamento de adolescentes que desenvolveram dependência de internet ou outros comportamentos aditivos para que as mesmas pessoas permaneçam tranqüilas, com sua saúde mental e dignidade preservadas, neste ambiente virtual, considerando que,
A psicologia caracteriza-se como um amplo campo de conhecimento, dividido em diferentes abordagens teóricas, sem um paradigma único aceito por toda a comunidade. Podemos falar, então, de “psicologias” na busca da construção dos seus “saberes”, de forma que é possível compreender/estudar um mesmo fenômeno por várias perspectivas (Japiassu, 1983).
O psicólogo desempenha um papel central na compreensão do indivíduo e de suas experiências emocionais. Como afirma Aaron T. Beck (2005), a psicologia cognitiva, abordagem que baseia-se na premissa de que nossos pensamentos moldam nossas emoções e comportamentos”.
O psicólogo, ao explorar os pensamentos e sentimentos de um indivíduo, contribui para uma compreensão mais profunda dos desafios emocionais enfrentados por ele,
A resiliência é um fator-chave na saúde mental. Como afirmou Martin Seligman, um dos principais pesquisadores em psicologia positiva, “A resiliência não é hereditária.
É uma série de habilidades que podem ser ensinadas e aprendidas”. O psicólogo desempenha um papel fundamental no ensino dessas habilidades, capacitando os indivíduos a lidarem de maneira saudável com o estresse e as adversidades da vida.
A intervenção terapêutica é um aspecto crucial da atuação do psicólogo. A terapia oferece um espaço seguro para os indivíduos explorarem seus problemas e emoções.
Como Carl Rogers, um dos fundadores da abordagem centrada na pessoa, afirmou: “O curativo está na pessoa, não no médico ou no terapeuta”. O psicólogo, ao oferecer empatia e apoio, desempenha um papel vital no processo de cura.
Além de lidar com problemas de saúde mental oriundos principalmente do uso de plataformas sociais, o psicólogo também desempenha um papel importante na prevenção e promoção da saúde mental. Segundo Martin E.P. Seligman, (2019) “o objetivo é não apenas aliviar o sofrimento humano, mas também cultivar talentos e virtudes”. Isso envolve a implementação de estratégias e programas que fortaleçam a saúde mental e previnam o desenvolvimento de transtornos.
Em conclusão, a atuação do psicólogo é de extrema importância para a promoção da saúde mental. Por meio da compreensão, intervenção terapêutica, promoção da resiliência, prevenção e educação, os psicólogos desempenham um papel vital na melhoria do bem-estar emocional e psicológico das pessoas.
Suas contribuições são fundamentais para enfrentar os desafios da saúde mental na sociedade contemporânea. Como afirmou B.F. Skinner, “a psicologia é o que nos faz entender cada vez melhor como as pessoas pensam, agem e sentem”. Portanto, a psicologia desempenha um papel insubstituível na busca por uma sociedade mentalmente saudável, pois;
Para minimizar os riscos e maximizar os benefícios, é importante promover o uso consciente das redes sociais,
especialmente entre crianças e adolescentes. Isso pode incluir:
Definir limites de tempo: Estabelecer regras sobre quanto tempo se pode passar nas redes sociais diariamente.
Educação digital: Ensinar as crianças sobre os riscos online, incluindo cyberbullying e segurança online. (AMIGO, B. M. P., pp.53-72, 2018).
De conformidade com DE ALENCAR FIGUEIREDO, (2018) promover a comunicação incentivando o diálogo aberto sobre as experiências online, para que crianças e adolescentes se sintam à vontade para falar sobre qualquer problema que enfrentem, encorajar atividades offline, como esportes, leitura e interações sociais em pessoa.
Em análise da literatura acadêmica, o presente estudo identificou a existência de artigos que abordam questões relacionadas ao uso excessivo das redes sociais e sua influência sobre adolescentes. O uso continuo, ininterrupto dessas plataformas tem demonstrado um crescimento constante, o que suscita preocupações em relação ao impacto na saúde psicológica dos jovens e adultos, em virtude de uma possível dependência das mídias sociais.
Em síntese, as redes sociais possuem a capacidade de tanto influenciar positivamente quanto negativamente a saúde mental, sobretudo no contexto infanto juvenil.
A ênfase reside na necessidade de se estabelecer um equilíbrio saudável no uso dessas ferramentas e de promover uma abordagem consciente, visando maximizar os benefícios e minimizar os riscos associados a essa utilização.
CONCLUSÃO
A saúde mental é influenciada por diversos fatores, que podem ser de natureza socioeconômica, profissional, biológica ou ambiental. Portanto, é possível concluir que as redes sociais exercem uma influência sobre a saúde mental das pessoas.
O papel do psicólogo diante dos transtornos causados pelas mídias sociais é atuar como profissional de saúde mental, oferecendo avaliação, diagnóstico e intervenção terapêutica para indivíduos que apresentam problemas relacionados ao uso excessivo ou disfuncional das mídias sociais, desempenhando um papel importante na educação e prevenção, ajudando a conscientizar sobre os riscos e promovendo o uso saudável das mídias sociais.
Com base na premissa que as alterações no comportamento dos adolescentes, em específico, podem ser atribuídas à influência das novas tecnologias, as quais estão intrinsecamente associadas às redes sociais, emerge a argumentação em prol da imperatividade de uma compreensão aprofundada dessas interações.
Esta compreensão se mostra fundamental com o intuito de fornecer orientações relevantes para os jovens, visando promover um uso responsável e consciente dessas ferramentas tecnológicas.
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FONTE: Grupo NetCampos https://www.netcamps.com/ <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103 84862017000100009&lng=pt&nrm=isso>. Acesso em set 2023
1Altemir dos Santos Arirama
altemir29santos@gmail.com
2Samuel Reis psisamreis@gmail.com
3Andreziane Cassiano Ribeiro andreziane.ribeiro12@gmail.com