REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202502151136
Jordana Teixeira Da Nóbrega
Rebeca Vieira De Azevedo Oliveira
Yriana Ramos De Lima
Cryslayne Clara Espínola Diniz
Ana Luíza Arruda Meira Brito
Matheus Pires Cavalcanti
Maria Leticya Mota Dos Santos Araújo
Samantha Chaves Santos
Pedro De Araújo Santos
Pedro Adiel De Araújo Prudêncio
RESUMO
A comunidade médica tem estudado impactos profundos no diagnóstico clínico e no tratamento do Transtorno do espectro autista (TEA). Na atualidade o TEA é descrito como um conjunto de transtornos do neurodesenvolvimento altamente heterogêneos. Além dos distúrbios de comunicação social e comportamentos estereotipados e repetitivos, existem outros sintomas que acompanham esses indivíduos, como a seletividade alimentar e a consequente neofobia alimentar, associados a distúrbios gastrointestinais e neurobiológicos. A seletividade alimentar em crianças diagnosticadas com TEA é comumente identificada, e sua influência no aspecto nutricional desses indivíduos é conhecida. Essa restrição de grupos de alimentos, acabam modulando a microbiota intestinal, causando uma disbiose intestinal com consequências gastrointestinais. Neste adendo, trazemos neste artigo uma revisão integrativa sobre a importância da microbiota intestinal e seu papel marcante na saúde e na doença mediante interações do intestino, cérebro e a própria microbiota em crianças com TEA. No entanto, ressalta-se a necessidade de mais estudos com rigor metodológico na seleção de crianças com TEA, com base em critérios homogêneos na avaliação das doenças gastrointestinais, classificando de forma adequada a seletividade alimentar em crianças com TEA e suas consequências na relação intestino e cérebro.
Palavras-chave: TEA, disbiose, microbiota intestinal, seletividade alimentar, distúrbios gastrointestinais, afetações neurobiológicas.
1. INTRODUÇÃO
O transtorno do espectro autista (TEA) são distúrbios neurológicos complexos que interferem na capacidade de interação social e de comunicação do indivíduo. Estes déficits persistentes prejudicam uma série de padrões de comportamento, interesses ou atividades, que são claramente atípicos.
Atrelados a esses sintomas, algumas morbidades intestinais coexistem com o TEA, e são mais relatados em crianças, como constipação, dor abdominal e diarreia, seguidos por diarreia crônica, refluxo gastroesofágico, náusea/vômito, acalasia e distensão abdominal (MADRA et al., 2019).
Nesse contexto, existem evidências de interações do sistema nervoso central (SNC) com a microbiota, e embora os possíveis mecanismos ainda sejam pouco conhecidos, tem sido sugerido que a disbiose intestinal pode estar relacionada com o agravamento de sintomas autistas (STILING et al., 2014).
De fato, o microbioma intestinal desempenha um papel crucial no desenvolvimento do sistema imunológico e metabólico, influenciando na absorção e distribuição de nutrientes, protegendo o organismo de agentes patogênicos e xenobióticos, contribuindo para a homeostase e mediando a boa comunicação entre o intestino e o cérebro (KHANNA et al., 2014).
Ao contrário, a disbiose intestinal age de maneira negativa na fisiologia do intestino, causando uma transmissão inadequada de estímulos entre SNC e o intestino, e consequentemente a quebra da permeabilidade intestinal, levando a um quadro inflamatório onde as citocinas liberadas podem entrar na corrente sanguínea e chegar ao cérebro, acarretando desregulações comportamentais no SNC (ARNET et al., 2018).
Outro aspecto a ser observado é a seletividade alimentar, fator também comum em crianças com TEA e que pode ser mais um agravante no funcionamento intestinal. Normalmente, a maioria das crianças típicas têm transtornos alimentares nos primeiros dois anos de vida, todavia, nas crianças com TEA tendem a ser mais graves e persistirem por toda a vida (LIDER et al., 2020).
Essa seletividade nas crianças autistas pode desempenhar um papel importante na exacerbação de sintomas gastrointestinais (GI), considerando a preferência desses pacientes por alimentos ultra processados, ricos em calorias e aditivos alimentares, pobres em fibras e ricos em gorduras saturadas, que afetam seu estado nutricional e de saúde gastrointestinal (SHARP et al., 2018).
A correlação de sintomas GI com o TEA, não apenas aumenta a dificuldade no diagnóstico clínico da doença, mas também aumenta a complexidade do tratamento. Contudo, as associações entre esses sintomas e o quadro clínico de crianças autistas ainda não estão claras (THEIJE et al.,2018). Portanto, o objetivo do presente artigo é realizar uma investigação mais aprofundada sobre a relação da microbiota intestinal na função cerebral, determinando se estão aleatoriamente ou intimamente associados ao agravamento de sintomas em crianças com transtorno do espectro autista.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
A revisão integrativa será feita em busca de estudos nacionais e internacionais pelas seguintes palavras-chaves: autismo, microbiota, criança, doenças do SNC, disbiose e nutrição, sendo usado os termos de forma isolada e também associado, em que o método de pesquisa usado é a revisão integrativa, será realizada em Campina Grande-PB. Para que o estudo venha a acontecer, teve levantamento bibliográfico em cima de artigos periódicos científicos sobre a relação da microbiota intestinal na função cerebral e a sua influência em crianças com o TEA. Os principais autores que colaboraram com a pesquisa foram Arneth, Tuohy, Madra e Stilling. Além do mais, os pesquisadores investigaram nos bancos de dados US National Library of Medicine National Institutes of Health (PUBMED), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde (ABCS Health Sciences), Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE) e Google Acadêmico. Diante dos artigos selecionados, buscou-se o consenso entre os pesquisadores na definição dos artigos que estavam de acordo com os critérios de inclusão. Nenhuma linguagem ou restrição cronológica foi aplicada na pesquisa de artigos. A seleção inicial foi feita a partir do título e resumo de todos os artigos encontrados, no qual atendiam aos critérios de discussão se havia uma relação entre a disbiose com o agravamento dos sintomas do TEA em crianças . Os estudos duplicados foram removidos comparando os autores, o título, o ano e o jornal de publicação. Em caso de dúvida, toda a publicação foi baixada e avaliada. Após a triagem inicial, todos os estudos potencialmente relevantes foram baixados em texto completo e extraindo informações sobre o transtorno do espectro autista, a seletividade e a neofobia alimentar, quais os impactos fisiológicos da disbiose.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A busca preliminar desta pesquisa bibliográfica resultou em 813 artigos. Partimos então, para a primeira triagem dos estudos, utilizando como critério a data de publicação entre os anos de 2016 e 2022, resultando na eliminação de 654 artigos. Em seguida, partimos para uma seleção mais minuciosa dos 154 artigos remanescentes, utilizando como filtros o título e o resumo dos trabalhos analisados. Finalizada a triagem, foram selecionados 50 artigos para leitura e avaliação do conteúdo. Por fim, foram incluídos nos resultados 15 artigos.
Os trabalhos incluídos nesta revisão bibliográfica foram estudados qualitativamente, considerando o ano de publicação, o tipo de estudo, as estratégias implementadas e os resultados alcançados. Esses dados foram descritos na tabela abaixo (tabela 1), para melhor compreensão dos resultados alcançados nesta revisão integrativa.
Tabela 1: Síntese qualitativa dos artigos incluídos na revisão integrativa
NOME/ANO | TIPO DE ESTUDO | OBJETIVOS | PRINCIPAIS RESULTADOS | CONCLUSÃO |
ALMEIDA, CÁTIA, et al. Influência da disbiose da microbiota intestinal na função cerebral: uma revisão sistemática, em 2020. | Revisão Sistemática. | Enfocar na influência da microbiota função cerebral, para resumir o estado da arte intestino-cérebro, literatura sobre a associação entre disbiose e doenças do SNC. | Existem cada vez mais estudos que apoiam a existência intestinal na de uma comunicação bidirecional ao longo do eixo atual da que demonstram que a microbiota intestinal influencia o funcionamento do SNC. | Estudos de intervenção clínica devem ser realizados para elucidar os mecanismos pelos quais a microbiota interage com o cérebro humano. |
AMARAL, ANA PAULA SANTOS DO, Influências do eixo intestino-cérebro no transtorno do espectro autista,2021. | Revisão Narrativa. | Elencar possíveis ligações entre o transtorno do espectro autista e o eixo microbiota-intestino-cérebro. | As estruturas do eixo cérebro-intestino processam e executam sinais e respostas às mudanças do ambiente do trato digestório. A disfunção do eixo provoca o mau funcionamento da barreira intestinal aumentando reações imunológicas que levam a uma inflamação de baixo grau na mucosa intestinal e no cérebro com potencial de desenvolvimento de distúrbios permanentes. A hipótese de que crianças com autismo apresentavam colônias de Bifidobacterium em quantidades menores do que em crianças não afetadas foi efetivamente observada. A espécie Clostridium foi identificada em quantidades elevadas em crianças com TEA, essa espécie produz neurotoxinas que interferem no desenvolvimento comportamental. | Conclui-se que uma microbiota intestinal saudável regula a integridade da barreira intestinal e da barreira hematoencefálica. As crianças com TEA possuem alterações na microbiota e desenvolvem distúrbios de barreira. |
ANGELIS,M A RIA DE, et al. Transtornos do espectro do autismo e microbiota intestinal, 2015 | Revisão Sistemática | Resumir as descobertas de estudo recente microbiota fecal, sobre a microbiota fecal e metabolômicas de crianças com transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação (PDD-NOS) ou autismo (AD) em comparação com crianças saudáveis (HC) | O estudo revelou um desequilíbrio na microbiota fecal, que incluiu o crescimento excessivo de alguns organismo e a perda de outros (disbiose) em crianças com PDD-NOS e, principalmente, DA em comparação com HC. Distúrbios gastrointestinais (dor abdominal, diarreia e distensão abdominal) e distúrbios metabólicos típicos de disbiose microbiana frequentemente descritos em lactentes com TEA. O estudo revelou também que as espécies de Clostridiaceae estão presentes no nível mais alto em crianças com DA. As espécies de Clostridium estão associadas à sintomatologia de TEA. | Futuras abordagens com a categorização apropriada de pacientes e controles, juntamente com a aplicação de métodos “ômicos” de última geração para identificar a microbiota e os metabólitos fecais, urinários e plasmáticos, ajudarão a revelar os mecanismos subjacente que controlam a desregulação do eixo microbiota-intestino-cérebro em pacientes com TEA e possivelmente a conquista de novas estratégias terapêutica. |
ASBORNSD O TTIR, B.,SNORRA D OTTIR, H., ANDRESDO T TIR, E., Etal. Permeabilidade Intestinal Dependente de Zonulina em Crianças Diagnosticadas com Transtornos Mentais: Uma Revisão Sistemática e Meta-análise, 2020. | Revisão Sistemática. | Resumir evidências de estudos observacionais sobre IP, avaliando biomarcadores intrísecos ou endotoxinas como exposição em crianças e adolescentes diagnosticados com transtornos mentais | Três dos cinco estudos incluídos nesta revisão sistemática demonstram uma associação entre níveis séricos aumentados de zonulina e função da barreira intestinal prejudicada em transtornos mentais, ou seja, em TDAH e TEA, e um estudo sobre níveis plasmáticos de haptoglobina aumentados e IP prejudicado. Um estudo relatou aumento dos níveis séricos de claudina 5 e aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica no TOC. Os níveis médios de zonulina, um marcador de permeabilidade intestinal, parecem ser maiores em crianças diagnosticadas com transtornos mentais em comparação aos controles. | Mais estudos são necessários para melhor compreender o papel complexo da função de barreira, ou seja, barreira intestinal e hematoencefálica, e inflamação na fisiopatologia dos transtornos mentais e do neurodesenvolvimento. |
LI, C., LIU, Y., FANG, H., CHEN, Y., WENG, J., MENGYAO, Z., XIAO, T., KE, X. Estudo sobre Comportamentos Alimentares Aberrantes, Intolerância Alimentar e Comportamentos Estereotipados no Transtorno do Espectro do Autismo, 2020. | Estudo qualitativo e quantitativo. | Investigar os Comportamentos alimentares aberrantes (EBs), sintomas gastrointestinais (GI) e intolerância alimentar em crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA) e sua associação com sintomas clínicos centrais do TEA. | Os resultados da análise de correlação mostraram que a gravidade dos EBs aberrantes se correlacionou positivamente com o comportamento estereotipado de crianças com TEA e que as concentrações de anticorpos IgG específicos de alimentos se correlacionaram positivamente com o comportamento estereotipado de alto nível em crianças com TEA. | TEA com EBs aberrantes ou altas concentrações de anticorpos IgG específicos de alimentos apresentaram comportamento estereotipado mais grave, o que pode ter implicações para explorar o mecanismo imunológico do TEA. |
LEEKAM, Susan R., NIETO , Carmem., LIBBY, Sarah J., LORNA, Asa., GOULD, Judith. as anormalidades sensoriais de crianças e adultos com autismo, 2022. | Estudo qualitativo e quantitativo | Padrões de anormalidades sensoriais em crianças e com autismo | O estudo 1 mostrou que mais de 90% das crianças com autismo apresentavam anormalidades sensoriais e apresentavam sintomas sensoriais em múltiplos domínios sensoriais. Diferenças de grupo entre crianças com autismo e crianças de comparação clínica foram encontradas no número total de sintomas e em domínios específicos de olfato/paladar e visão. O estudo 2 confirmou que as anormalidades sensoriais são generalizadas e multimodais e persistentes ao longo da idade e habilidade em crianças e adultos com autismo. | Informações detalhadas sobre a capacidade de resposta a uma ampla gama de estímulos sensoriais em crianças com TEA. |
LÍDER. et al. Problemas de alimentação, sintomas gastrointestinais, comportamento desafiador e problemas sensoriais em crianças e adolescentes com transtorno do espectro do autismo, 2020. | Estudo quantitativo e qualitativo. | Determinar a frequência de problemas de alimentação, sintomas gastrointestinais (GI), comportamento desafiador, problemas sensoriais e psicopatologia comórbida em crianças e adolescentes com autismo | Foram avaliados: ferramenta de triagem para problemas de alimentação para crianças, inventário de sintomas gastrointestinais, formulário curto de inventário de problemas de comportamento, perfil sensorial curto e autismo Transtorno do Espectro-Comorbidade Infantil (TEA-CC) em 136 crianças e adolescentes com TEA. | Oitenta e quatro por cento apresentaram seletividade alimentar, seguida de recusa alimentar (78,7%), alimentação rápida (76,5%), problemas de mastigação (60,3%), roubo de alimentos (49,3%) e vômitos (19,1%). Taxas mais altas de sintomas gastrointestinais , comportamento desafiador e problemas sensoriais foram encontradas naqueles que apresentaram alimentação rápida, recusa alimentar e roubo de alimentos do que aqueles sem esses problemas. A psicopatologia comórbida previu alimentação rápida, seletividade alimentar e recusa alimentar. |
LOBOS, P. et al. Neofobia alimentar em crianças, 2019. | Revisão sistemática. | As consequências para a saúde da neofobia | A gravidade da neofobia alimentar determina a maneira de alimentar as crianças, formando seus hábitos alimentares para a vida futura. | O mecanismo que condiciona o aparecimento da neofobia alimentar não foi totalmente compreendido. Pode ser determinado pela combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais, que incluem: várias condições genéticas, predisposição es de personalidade individual, o nível de familiaridade da criança com o sabor, o momento e o método de introdução de novos produtos e a atitude dos pais em relação aos alimentos. |
Magagnin, Tayná et al. Aspectos alimentares e nutricionais de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista, em 2021. | Estudo qualitativo. | Este estudo tem como compreender dificuldades e estratégias alimentares das crianças e adolescentes com TEA | Entender as peculiaridades que objetivo permeiam o cuidado com os hábitos, crianças e adolescentes com TEA, principalmente no que se refere às características e padrões alimentares. | A dificuldade no processamento sensorial presente no TEA corrobora para o estabelecimento de padrões alimentares restritivos decorrentes da recusa e seletividade alimentar, além de manifestações de comportamentos compulsivos no consumo diário. |
SMITH, Bobbie., ROGERS, Samantha L., BLISSETT, Jacqueline., LUDLOW, Amanda K. A relação entre sensibilidade sensorial, agitação alimentar e preferências alimentares em crianças com transtornos do neurodesenvolvimento, 2022. | Estudo qualitativo e quantitativo | O presente estudo teve como objetivo examinar a sensibilidade sensorial como um preditor de agitação alimentar em três diferentes transtornos do neurodesenvolvimento, controlava a comorbidade entre esses transtornos | Crianças com distúrbios do neurodesenvolvimento apresentaram níveis significativamente mais alto de agitação alimentar e sensibilidade sensorial, e também significativamente menos preferência por frutas do que enquanto crianças com TEA. É importante ressaltar que níveis mais altos de sensibilidade ao paladar/olfato previram agitação alimentar para todos os quatro grupos de crianças pesquisados. | Os resultados destacam que a agitação alimentar é semelhante entre esses transtornos do neurodesenvolvimento, apesar de contabilizar a comorbidade, e que uma maior sensibilidade ao paladar/olfato pode explicar por que as crianças com transtornos do neurodesenvolvimento são mais propensas a serem comedoras exigentes. |
ZAMORA, A., VALENZUEL A , D., JIMÉNEZ, A. Seletividade Alimentar e Suas Implicações Associadas a Distúrbios Gastrointestinais em Crianças com Transtorno do Espectro Autista, 2022. | Estudo qualitativo. | Compreender a possível relação entre seletividade alimentar e SIG em crianças com TEA. | A seletividade alimentar parece ter um papel essencial no aparecimento de doenças gastrointestinais, devido ao papel predominante da dieta nas alterações da microbiota intestinal. | Os achados deste estudo sugerem uma relação entre a seletividade alimentar e os sintomas gastrointestinais em crianças diagnosticadas com TEA, mas são necessários mais estudos para provar isso. Sugere-se que o estudo desses problemas seja abordado com métodos padronizados, validados e específicos. |
HAN, Ying et al. A microbiota intestinal e os distúrbios do espectro do autismo, 2017. | Revisão narrativa. | Verificar se a microbiota intestinal anormal está relacionada com TEA. | Os resultados sugerem que o intestino desempenha um papel importante na etiologia do TEA. | Definiu-se o papel da microbiota no TEA e descreveu algumas terapias potenciais para modular a microbiota intestinal. |
HYMAN, sl el al. Ingestão de nutrientes dos alimentos em crianças com autismo, 2012. | Revisão qualitativa. | Comparando a ingestão de nutrientes dos alimentos consumidos por crianças com ou sem TEA e deficiência e o excesso de nutrientes. | Uma porcentagem maior de crianças com TEA atendeu às recomendações de vitamina K e E. Crianças de 2 a 5 anos com TEA apresentaram mais sobrepeso e obesidade. | Crianças com TEA, consomem menos do que as quantidades recomendadas de certos nutrientes dos alimentos. A atenção primária para todas as crianças deve incluir vigilância nutricional e atenção ao IMC. |
LIU, Xiao et al.Correlação entre Nutrição e Sintomas: Pesquisa Nutricional de Crianças com Transtorno do Espectro Autista em Chongqing, China, 2016. | Revisão narrativa. | Determinar se o crescimento, os comportamentos na hora das refeições e os sintomas gastrointestinais de crianças com TEA diferem dos controles. | Ingestão reduzida de macronutrientes, problemas graves de comportamento alimentar, constipação e deficiência de vitamina A são bastante comuns entre crianças com TEA. | A maior taxa de desnutrição entre as crianças com TEA de Chongqing, China, pode ter resultado da menor ingestão diária de macronutrientes. |
Grokoski KC Composição corporal e avaliação do consumo e do comportamento alimentar em pacientes do transtorno do espectro autista/2016 | Revisão narrativa. | Avaliar o estado nutricional, o consumo e o comportamento alimentar em crianças e adolescentes com TEA. | O grupo TEA ingeriu em média mais calorias do que o grupo controle que apresentou repertório limitado de alimentos consumido , e alta prevalência de inadequação no consumo de cálcio, sódio, ferro, vitamina B5, ácido fólico, e vitamina C. | Evidências sobre seletividade alimentar que não parecem estar associadas com a redução da ingestão de calorias, mas sim com a qualidade da alimentação, sendo assim um potencial fator de risco para doenças nutricionais. |
3.1 O Transtorno do Espectro Autista e a seletividade alimentar
O transtorno do espectro autista (TEA) é classificado como parte de um grupo heterogêneo e complexo de transtornos neurobiológicos. Esses são descritos na literatura como disfunções do indivíduo na interação social, deficiência intelectual, disfunção motora e sensorial, bem como comportamentos obsessivo-repetitivos, auto restritivos, que se manifestam na primeira infância e permanecem por toda a vida da pessoa afetada (ZAMORA, et.al, 2022).
Em relação às disfunções sensoriais e os comportamentos auto restritivos, a seletividade alimentar é tida como uma consequência. Durante a primeira infância, todas as crianças são expostas a novas experiências alimentares, com interações sensoriais importantes, que incluem novos sabores, cores, temperaturas e cheiros, o que pode evidenciar problemas na alimentação nesse período. Contudo, há evidências de problemas de seletividade alimentar mais agravado em crianças atípicas, afetadas por transtornos neurológicos, como é o caso de crianças diagnosticadas com TEA (LÍDER, et al. 2020).
Nesse aspecto, embora na maioria das crianças típicas os transtornos alimentares perdurem nos 2 primeiros anos de vida, nas crianças com TEA, essa seletividade alimentar tende a ser mais grave e perdurar por toda a vida, o que pode acarretar no desenvolvimento de uma neofobia alimentar. Nessa perspectiva, a neofobia alimentar é definida como o medo de experimentar novos alimentos, e é caracterizada como um transtorno restritivo do comportamento alimentar (LOBOS, et al. 2019).
3.2 Neofobia alimentar
Crianças diagnosticadas com TEA apresentam forte sensibilidade sensorial, que interfere intensamente em suas atividades diárias. As hiper reações a estímulos visuais, táteis/orais, olfativas e auditivas, observadas nessas crianças, resultam de alterações na geração do processamento da informação (SMITH, 2020).
Nesse sentido, estudos mostram que várias alterações comportamentais em crianças com TEA podem ser influenciadas, moderada ou severamente, pela hiper e hiposensibilidade sensorial desses indivíduos, e entre essas alterações está a neofobia alimentar (SMITH, 2020).
A neofobia alimentar em crianças com TEA, resulta de uma resposta exagerada aos estímulos alimentares, baseada em um processamento sensorial atípico. O processo alimentar é bastante complexo, pois integra vários aspectos sensoriais que irão influenciar diretamente na aceitação e preferência individual por alimentos (ZAMORA, 2022).
Considerando esses aspectos observados em crianças com TEA, Leekam et al. (2020) afirma que, em pesquisas clínicas realizadas, mais de 90% das crianças com autismo apresentaram anormalidades sensoriais e sintomas sensoriais em múltiplos domínios, principalmente em relação ao olfato, paladar e visão.
Embora as sensibilidades sensoriais, visuais e olfativas, sejam relatadas em vários estudos como responsáveis por impactar nos comportamentos alimentares de crianças com TEA, as respostas orais atípicas são apontadas como o grande gatilho para a neofobia alimentar (ZAMORA, 2022). Corroborando este pensamento, Muratori et al. (2015) afirma que crianças com TEA apresentam uma neofobia alimentar mais grave quando apresentam uma resposta sensorial oral exagerada.
Esse entendimento de que crianças com TEA são mais propensas a uma resposta sensorial oral atípica, fundamenta-se na observação clínica dessas crianças que rejeitam alimentos por causa de sua textura e consistência. Dito isto, estudos revelam que os alimentos menos consumidos por crianças com TEA são geralmente frutas, verduras, legumes, carnes e alguns cereais macios, e os alimentos preferidos são os que apresentam texturas crocantes, uniformes e semi secas (ZAMORA, 2022).
Ademais, os indivíduos com TEA, também tem preferência por alimentos ultraprocessados, apresentando desinteresse por alimentos in natura ou minimamente processados (Magagnin, 2021). Os alimentos ultraprocessados, devido a seus ingredientes, são carentes em nutrientes e compostos por aditivos alimentares. Esses alimentos tendem, ainda, a ser consumidos em exagero e a suprir alimentos in natura ou minimamente processados que deveriam ser a base alimentar (BRASIL, 2014).
Nesse contexto, a falta de variedade alimentar somada a ingestão de alimentos ultraprocessados pode gerar nesses indivíduos uma alteração na composição da microbiota intestinal, e consequentemente distúrbios gastrointestinais, como constipação, alergia, dor abdominal e vômitos (Magagnin, 2021).
3.3 A seletividade alimentar e sua relação com distúrbios gastrointestinais do TEA
A limitação na variedade dos alimentos, o inadequado estado nutricional e o grau dos sintomas associados ao transtorno do espectro autista influenciam de forma direta e significativa na qualidade de vida dos pacientes, pais e cuidadores (GROKOSKI, 2016).
As dificuldades alimentares presente em crianças com TEA, como por exemplo, seletividade para alguns alimentos, disfunções motoras-orais, distúrbios comportamentais, podem gerar a diminuição de alguns macronutrientes responsáveis no desenvolvimento infantil, além de ser um fator de risco para alterações no trato gastrointestinal, acarretando em sintomas como dores abdominais, constipação, diarreia e vômito (LIU, 2016).
Nesse sentido, estudos demonstraram que a maioria das crianças com TEA comem pequenas variedades de alimentos, com forte preferência por alimentos processados e rejeitam a maioria das frutas e legumes (HAN, 2017). Devido a esse comportamento, a digestão das crianças está prejudicada, ocorrendo à baixa sulfatação e transulfuração, processos essenciais na digestão, para a integridade da mucosa intestinal, a desintoxicação e o equilíbrio da microbiota, podendo interferir na absorção de nutrientes e consequentemente ocasionar baixos níveis de minerais e vitaminas, entre outros compostos (HYMAN, 2012).
Ademais, foram comumente observados sintomas gastrointestinais em pacientes com TEA quando comparado a crianças com desenvolvimento típico. Inclusive, tais indivíduos geralmente se apresentaram mais tendenciosos a irritabilidade, retraimento social, estereotipia e hiperatividade, além de uma microbiota disbiótica em amostras fecais, comparado com crianças que não apresentam sintomas gastrointestinais frequentes. (ASBJORNSDOTTIR et al., 2020).
3.4 Eixo cérebro – intestino
A relação entre intestino e cérebro é cientificamente descrita como o eixo cérebro-intestino e compreende alterações que ocorrem de forma bidirecional, ou seja, é uma comunicação entre o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Entérico (SNE) que pode ser tanto originada no cérebro, afetando o intestino ou de forma contrária. (VERAS, et al., 2019).
Essa interação entre cérebro e intestino pode levar a patologias já conhecidas, como por exemplo, a síndrome do intestino irritável, além de transtornos do humor e do afeto, doença de Parkinson, depressão, esquizofrenia e dor crônica. Essas patologias ocorrem devido aos metabólitos que a microbiota intestinal libera e que agem afetando a permeabilidade intestinal, a função imune e sensibilidade da mucosa, com a liberação de hormônios e neurotransmissores gastrointestinais (VERAS, et al., 2019).
As alterações da regulação e comunicação do eixo ocorrem através do nervo vago, metabólitos da microbiota (Ácidos graxos de cadeia curta), citocinas pró-inflamatórias e neurotransmissores, em particular a serotonina (MARTINS, A.L.P., 2018).
A via neural, indica como o SNC exerce o controle sobre o SNE. Através do nervo vago (nervo que percorre do cérebro até o abdômen), sinais advindos da microbiota intestinal, desempenhados por efeito de bactérias como Lactobacillus rhamnosus, que são capazes de alterar a composição do ácido Gama-Aminobutírico (AGAB) e podem ocasionar algumas alterações emocionais como ansiedade e comportamento depressivo (FERREIRA, J.P, 2019).
A presença de ácidos graxos de cadeia curta no intestino se dá pela fermentação da microbiota, e são muito benéficos ao hospedeiro. Entretanto, o excesso de alguns desses ácidos graxos, como o propionato, pode afetar a fisiologia do sistema nervoso central, levando a sintomas neurológicos (VERAS, et al., 2019).
As citocinas pró-inflamatórias produzidas pela microbiota são capazes de atingir o cérebro pela via sanguínea. Em condições fisiológicas, não é possível que essas citocinas atravessem a barreira hematoencefálica, porém em certas condições há a capacidade de sinalizar através da barreira e assim influenciar áreas cerebrais que apresentem deficiência nessa barreira, gerando estímulos ao eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, realizando a liberação de cortisol e consequentemente ativação do estresse (DINAN, et al., 2017).
Dentre os neurotransmissores envolvidos no eixo cérebro-intestino, a serotonina possui um destaque importante, visto que é a responsável pela modulação do neurodesenvolvimento e age de forma significativa nas funções sociais e nos comportamentos repetitivos. No TEA há o aumento de algumas bactérias (Ex.: Clostridium e Lactobacillus) intestinais que influenciam o metabolismo da serotonina e de outros neurotransmissores (BERDING & DONOVAN, 2016).
A disfunção da serotonina nesses casos contribui para o desenvolvimento dos sintomas e sua presença é confirmada em exames de sangue em até 30% das crianças no transtorno, aproximadamente. Entretanto, a ação da serotonina nesses casos não ocorre de forma direta, uma vez que não há a capacidade de cruzar a barreira hematoencefálica. A ação cerebral ocorre de forma indireta, agindo sobre o sistema nervoso entérico que através do eixo cérebro-intestino-microbiota irá alterar a fisiologia nervosa (BERDING & DONOVAN, 2016).
Atualmente, não existem tratamentos definitivos para essa condição, e os pais e tutores, geralmente procuram a medicina complementar e alternativa, na esperança de diminuir os efeitos negativos da seletividade alimentar dessas crianças. Entre esses tratamentos alternativos, que visam diminuir a sintomatologia dos pacientes, estão o uso de suplementos vitamínicos e minerais, secretina e melatonina e a adoção de probióticos (ANGELIZ, 2015).
Nessa perspectiva, os probióticos podem ser úteis na restauração do equilíbrio microbiano no intestino e melhorar os sintomas gastrointestinais. Alguns estudos evidenciam sobre o possível papel dos probióticos na efetiva modulação de alguns sintomas neurológicos. Dessa forma, como os pacientes com TEA apresentam disbiose gastrointestinal, o que pode provocar no agravamento da doença, esses pacientes poderiam ser beneficiados pela terapia do ecossistema microbiano, dos probióticos (ANGELIZ, 2015).
Por fim, até que as evidências clínicas sobre a eficácia dos probióticos sejam confirmadas, a administração de probióticos deve ser considerada uma profilaxia adjuvante às abordagens farmacológicas convencionais, atualmente disponíveis para estimular uma microbiota mais saudável em crianças com TEA. Ainda são necessários mais estudos (ANGELIZ, 2015).
4. CONCLUSÃO
De acordo com os artigos revisados, suspeita-se que há uma correlação entre a disbiose e o TEA. As dificuldades no processamento sensorial presente corroboraram para o estabelecimento de padrões alimentares restritivos decorrentes da recusa e seletividade alimentar, além de manifestações de comportamentos compulsivos no consumo diário. Como consequência, alterações na composição da microbiota intestinal estão presentes em crianças diagnosticadas com TEA, principalmente em uma alta concentração de bactérias do gênero Clostridium.
Sendo assim, considera-se que esses indivíduos necessitam de atenção qualificada no tratamento alimentar e nutricional, precisando de intervenções multiprofissionais para melhorar o quadro de dificuldades e padrão alimentar. A família, nesse sentido, tem papel fundamental no processo de educação alimentar e nutricional, visto que o presente estudo destacou o reflexo dos fatores ambientais e gastrointestinais na rotina diária de consumo alimentar dessas crianças e adolescentes.
Por fim, entender as peculiaridades que permeiam o cuidado com crianças e adolescentes com TEA, é importante para proporcionar uma melhor qualidade de vida para essa sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, C., OLIVEIRA, R., SOARES, R., Et al. Influência da disbiose da microbiota intestinal na função cerebral: uma revisão sistemática. Pubmed, 2020. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7722401/. Acesso em: 25/01/2025.
ANGELIZ, A., FRANCAVILLA, R., PICCOLO M., et al. Transtornos do espectro do autismo e microbiota intestinal. PubMed, 2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4616908/. Acesso em: 25/01/2025.
ARNETH, B. M. Sinalização bioquímica do eixo intestino-cérebro do trato gastrointestinal para o sistema nervoso central: disbiose intestinal e função cerebral alterada. Revista médica de pós-graduação. 2018; 94 :446-452.
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