A PREVALÊNCIA DA OSTEOPOROSE NA POPULAÇÃO IDOSA

 THE PREVALENCE OF OSTEOPOROSIS IN THE ELDERLY POPULATION

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202503261614


Ubiracyr das Dores Pereira Neto1 / Edinéia Melo Hoffmann2 / Raquel Porto Mendanha3 / Lorraine Teixeira Avellar Martins4 / Jaqueline Pessoa Perez Ocanha5 / Flaviane Tomé de Souza6 / Márcia Andréia Gonçalves Silva7 / João Vitor de Abreu Figueiredo8 / Gabryella Nery Teles Nogueira Silva9 / Weverton do Prado Lopes10 / Gabriel Marcos Pessotto11 / Rangel Bandeca Rodrigues12 / Yasmin Lisa Thissato de Souza Fuzita13 / Juliana Marrafon Linário Leal14 / Amanda Gonçalves Pessuto Cândido15


RESUMO: A osteoporose (OP) é uma enfermidade osteomuscular caracterizada principalmente pela perda de massa óssea, muitas vezes associada às quedas em idosos, atingindo mais a população feminina após a menopausa devido à diminuição dos níveis do hormônio sexual estrogênio. Este trabalho caracterizou-se como uma revisão bibliográfica. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: PubMed, SciELO e Google Acadêmico, buscando estudos que correlacionaram idosos e a OP. Foram selecionados três estudos, totalizando uma população de 2.221 idosos. No primeiro estudo a amostra foi de 385 idosos, dos quais 51 tinham OP. No segundo, foram 1.419 e 210 tinham OP. O terceiro estudo pesquisou 417 idosos e, destes, 39 tinham a doença. O total consolidado de pesquisados com OP foi de 13,5%. Sendo assim, conclui-se que a presença dessa doença em 1,3 a cada 10 indivíduos com mais de 60 anos é um ponto importante a se levar em conta no cuidado com a pessoa idosa, visto que a OP é uma das principais causas de morbidade e mortalidade nessa faixa etária. 

Palavras-chave: Osteoporose, idosos, doenças ósseas. 

ABSTRACT: Osteoporosis (OP) is a musculoskeletal disease characterized mainly by loss of bone mass, often associated with falls in the elderly, affecting more the female population after menopause due to the decrease in the levels of the sex hormone estrogen. This work was characterized as bibliographic review. The following databases were used: PubMed, SciELO and Google Scholar, searching for studies that correlated the elderly and OP. Three studies were selected, totaling a population of 2,221 elderly people. In the first study, the sample was of 385 elderly people, of which 51 had OP. In the second, there were 1,419 and 210 had OP. In the third study, 417 elderly people were surveyed and 39 had the disease. The consolidated total of respondents with OP was 13.5%. Therefore, it is concluded that the presence of this disease in 1.3 out of every 10 individuals over 60 years of age is an important point to take into account when caring for the elderly, since OP is one of the main causes of morbidity and mortality in this age group.  

Keywords: Osteoporosis, elderly, bone diseases. 

1 – Introdução 

A osteoporose (OP) é uma enfermidade osteomuscular caracterizada principalmente pela perda de massa óssea, muitas vezes associada às quedas em idosos, atingindo mais a população feminina após a menopausa devido à diminuição dos níveis do hormônio sexual estrogênio. Essa condição atinge cerca de 15 milhões de brasileiros, segundo a 

Organização Mundial da Saúde(OMS)¹ e cerca de 500 milhões de pessoas, segundo a International Osteoporosis Foundation (IOF)², dados tão relevantes que fazem marcar o dia 20 de outubro como dia Nacional e Mundial da Osteoporose. 

O Brasil enfrenta atualmente uma transição demográfica e epidemiológica, marcada pelo aumento da população idosa em relação a outras faixas etárias³. Esse cenário tem contribuído para o fenômeno do envelhecimento populacional, que está diretamente relacionado a uma maior incidência de doenças crônicas não transmissíveis, em detrimento das doenças agudas. Segundo a OMS, entre 2015 e 2050, a proporção de pessoas com mais de 60 anos deve dobrar globalmente³. 

Certas doenças crônicas, como a OP, diabetes mellitus e hipertensão arterial, não apenas causam disfunções metabólicas e nutricionais, mas também promovem comportamentos e hábitos de vida pouco saudáveis, sendo consideradas as mais comuns nos últimos anos. 

A mobilidade física prejudicada pode impactar negativamente a funcionalidade do idoso, levando a um aumento na frequência de quedas, hospitalizações e uso de medicamentos⁴. Essas limitações motoras intensificam o sedentarismo e a dependência, além de favorecerem o isolamento social e o surgimento de doenças psiquiátricas. 

2 – Metodologia 

Este trabalho caracterizou-se como uma revisão bibliográfica. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: PubMed, SciELO e Google Acadêmico, buscando estudos que correlacionaram idosos e a OP . Os descritores empregados foram: osteoporose, idosos, doenças ósseas, incidência e prevalência, aplicados de forma isolada e combinada. Como critério de exclusão, restringiu-se a pesquisa nos últimos 15 anos. 

O primeiro estudo, com o título “Fatores associados a doenças crônicas em idosos atendidos pela Estratégia de Saúde da Família” foi realizado por quatro pesquisadores: Fernanda B. Pimenta, Lucinéia Pinho, Marise F. Silveira e Ana C. C. Botelho. Neste primeiro trabalho, por meio de um estudo transversal e descritivo com abordagem quantitativa, investigaram por meio de visita domiciliar por um pesquisador acompanhado pela equipe de ESF local, a prevalência de doenças em uma amostragem de 385 idosos do município de Teófilo Otoni–MG.   

O segundo estudo intitula-se “Osteoporose auto-referida em população idosa: pesquisa de base populacional no município de Campinas, São Paulo” realizado por duas pesquisadoras: Iara G. Rodrigues e Marilisa B. A. Barros. Mediante um estudo transversal de base populacional desenvolvido em amostra de 1419 idosos não institucionalizados do município de Campinas–SP. 

O terceiro estudo denomina-se “Fatores associados à osteoporose em idosos: um estudo transversal” realizado por quatro pesquisadores: Bruna B. Brito, Sheilla Tribess, Jair S. V. Júnior e Renata Damião. Por meio de um estudo observacional transversal de base populacional, investigaram uma amostra de 417 idosos do município de Alcobaça–BA. 

3 – Discussão e Análise  

Compilando os dados encontrados nas literaturas foi observado que, no primeiro estudo, entre 385, todos os 13,25% tinham OP. No segundo estudo, com uma amostra de 1419 idosos, 14,8% tinham OP e, no terceiro, com 417 pesquisados, 9,35% declararam que tinham OP.

 Fonte: Pimenta FB et al. (2014), Rodrigues IA et al. (2016) e Brito BB et al. (2022).

Encontrou-se que a média total de idosos com a doença foi de 13,5% de toda a população pesquisada. Também foi visto nas pesquisas que, no segundo estudo, o número de mulheres com OP foi 5,08 vezes maior do que em homens. Já no terceiro estudo, o número de mulheres com OP foi 5,5 vezes maior do que em homens. O primeiro estudo não contabilizou por sexo.  Constatando assim, que a diminuição da densidade óssea acontece principalmente em idosas mulheres, sendo mais evidente nos membros inferiores 5

4 – Conclusão 

A ocorrência de quedas, fraturas e a redução da qualidade de vida estão diretamente ligadas à OP, uma condição que, como constatado por meio desta revisão de literatura, afeta cerca de 1,3 a cada 10 pessoas com mais de 60 anos. A perda de densidade óssea oriunda da OP quando chega a uma porcentagem importante pode causar alterações na postura, no equilíbrio e na forma de caminhar, aumentando o risco de quedas. O fator envelhecimento também está associado a esse índice, uma maior predisposição a esses incidentes somando perdas sensoriais e de mobilidade natural, sendo assim a presença dessa doença um ponto importante a se levar em conta no cuidado com a pessoa idosa visto que a OP é uma das principais causas de morbidade e mortalidade nessa faixa etária 6

5 – Referências  

  1. Dia Mundial e Nacional da Osteoporose. (2011, outubro 18). Hcor. https://www.hcor.com.br/imprensa/noticias/dia-mundial-e-nacional-da-osteoporose/
  2. On World Osteoporosis Day, take five steps to better bone health. (2022, outubro 17). Osteoporosis.Foundation.https://www.osteoporosis.foundation/news/world-osteoporosis-daytake-five-steps-better-bone-health-20221020-0109  
  3. Jun, 21. (sem data). Leading causes of death and disease burden in the Americas: Noncommunicable diseases and external causes. Paho.org. Obtido 2 de março de 2025, de https://www.paho.org/en/node/96074 
  4. Ribeiro, I. A., Lima, L. R. de, Volpe, C. R. G., Funghetto, S. S., Rehem, T. C. M. S. B., & Stival, M. M. (2019). Frailty syndrome in the elderly in elderly with chronic diseases in Primary Care. Revista Da Escola de Enfermagem Da U S P, 53(0), e03449. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2018002603449  
  5. Teixeira, L. E. P. de P., Peccin, M. S., Silva, K. N. G. da, Oliveira, A. M. I. de, Teixeira, T. J. de P., Costa, J. M. da, & Trevisani, V. F. M. (2013). Efeitos do exercício na redução do risco de quedas em mulheres idosas com osteoporose. Revista brasileira de geriatria e gerontologia, 16(3), 461–471. https://doi.org/10.1590/s1809-98232013000300005  
  6. Osteoporose é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em idosos. (2022, outubro 20). Ministério da Saúde. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/outubro/osteoporose-e-uma-das-princ ipais-causas-de-morbidade-e-mortalidade-em-idosos

1Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: ubiracyr@live.com – ORCID: 0009-0005-3364-3584
2Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: edimhoffmann@icloud.com – ORCID: 0009-0003-7917-3595
3Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: rmendanha.med@gmail.com – ORCID: 0009-0004-0601-1832
4Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: lorraine_avellar@hotmail.com – ORCID: 0009-0001-4594-0763
5Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: jakocanha@yahoo.com.br – ORCID: 0009-0003-8140-9958
6Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: flavidesouza@gmail.com – ORCID: 0009-0009-8844-4055
7Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: marcinhaandreiag@gmail.com – ORCID: 0009-0003-4569-5643
8Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: jvafmed@gmail.com – ORCID: 0000-0002-1653-1012
9Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: gabryellanerytelesnogueira@gmail.com – ORCID: 0000-0002-2134-8650
10Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: wevertonmarket@gmail.com – ORCID 0009-0009-0626-5011
11Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: pessottogabrielmarcos@gmail.com – ORCID: 0009-0009-7267-7356
12Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: rangelbandeca@hotmail.com – ORCID: 0009-0002-4362-4713
13Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: y7058943@gmail.com – ORCID: 0009-0006-2572-2490
14Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: jumarrafon.med@gmail.com – ORCID: 0009-0004-3146-1544
15Graduando em Medicina pela Universidade Brasil / e-mail: amandagpcandido@gmail.com – ORCID: 0009-0001-7287-2807